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Diretor Responsável: Edgard Fonseca
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DéboraCabral-makeupartist:JoãoVargas-foto:JulioCezarCerino Edição Online Para Um Milhão e Oitocentos Mil Leitores
Zona Sul, Oceânica e Centro de Niterói16 Mil Exemplares Impressos
Diz: Todo Mundo Gosta
2ª Quinzena
Nº 183
de Setembro
Ano 10
de 2017
Página 03
Reprimir
Legalizar ou
as Drogas?
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Informes
Expediente
Edgard Fonseca Comunicação Ltda.
R Otavio Carneiro 143/704 - Niterói/RJ.
Diretor/Editor: Edgard Fonseca
Registro Profíssional MT 29931/RJ
Distribuição, circulação e logística:
Ernesto Guadelupe
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DG
Dieta “low carb”?
O
nome da dieta veio do inglês, e significa “baixa quantidade de carboidratos”. É
este que se tornou vilão por ganhar a fama de engordar as pessoas. Então, uma
dieta com uma baixa quantidade dessa macromolécula emagreceria.
Na verdade, o carboidrato é de suma importância para fornecer energia para o cérebro,
músculos e fígado. O carboidrato é o combustível do corpo, quando diminuímos a quan-
tidade dele, obrigamos nosso corpo a utilizar outras fontes de combustível, que muitas
vezes já temos estocado em forma de gordura. Mas, antes disso depletamos músculo e
temos que ter cuidado como manipular esse tipo de dieta. Existem outras inúmeras variá-
veis a serem levadas em conta antes de fazer uma dieta “low carb”; o índice glicêmico do
alimento, os momentos de restrição dos carboidratos, e principalmente a individualidade
do paciente.
A parte boa da dieta low carb é que tem forçado as pessoas a comerem mais vegetais,
saladas e se permitirem a outros tipos de alimentos além dos pães, biscoitos, bolos e tantos
outros carboidratos presentes na nossa cultura.
Na maioria das dietas existem pontos positivos e negativos, mas o que realmente deve ser
entendido é: a reeducação alimentar e o comportamento perante o alimento é muito mais
importante, acima da dieta em si. Seja ela low carb, cetogenica, hiper ou hipocalórica.
Procure um nutricionista. Este é o melhor caminho para não errar.
Um Novo Vice-Presidente
Ficou resolvida a
composição da ca-
beça de chapa para
direção da AFACC –
Associação Fluminen-
se de Advogados Ci-
vilistas e Criminalistas
na próxima eleição. O
advogado civilista será
o vice-presidente com
o apoio de um expres-
sivo grupo e teve a sua
indicação pelo grande
líder.
Conselho Escolar Indígena
AComissão de Educação da ALERJ, presidida pelo de-
putado Comte Bittencourt, oficiou no dia 14/9, à
Secretária de Estado de Educação solicitando a imediata
instalação do Conselho Estadual de Educação Escolar Indí-
gena do Estado do Rio de Janeiro (CEEI). Como resultado
da iniciativa, a secretaria Estadual de Educação deu posse
aos membros do órgão nesta segunda-feira (25/9), às 11h, no Colégio Estadual Roberto
Montenegro, em Angra dos Reis.
“A inércia do Executivo durante esse período é inaceitável. A justificativa da SEEDUC de
que algumas instituições demoraram a comunicar à secretaria os indicados para integrar
o órgão é descabida. O fato é que o governo deve cumprir a legislação e que o ensino
indígena aconteça de forma plena na rede. Valorizar e respeitar a cultura indígena é, acima
de tudo, preservar a nossa história”. Disse o deputado Comte Bittencourt (foto).
Claudio Vianna e Bruno Paura
Sergio Gomes
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3
Documento
Legalizar ou Reprimir as Drogas
A cada dia que passa se torna mais urgente a ampliação do debate pro-
ativo em
relação ao uso de drogas alucinógenas. Mas afinal, que tipo de benefício
teria a sociedade se elas fossem liberadas para o consumo? A questão não
diz respeito apenas à maconha, sabidamente menos agressiva e perigosa.
Mas, a maior preocupação é com as drogas sintéticas, aquelas produzidas
em laboratórios clandestinos, sempre inconfiáveis, que além do efeito
devastador no comportamento dos usuários, provocam danos à saúde,
muitas vezes irreversíveis, causando até a morte.
A
ntes de tudo, tomemos por base que
outras drogas de igual teor destru-
tivo são legalmente usadas e social-
mente aceitas, como o álcool e o tabaco.
O álcool produz efeitos mais duradouros e
nocivos do que a maconha. Entretanto, a
maconha, tão combatida, é a droga ilegal
mais consumida no Brasil, e produz efeitos
muito mais anestésicos do que excitantes.
A maconha, além dos efeitos calmantes,
em alguns pacientes, como os portadores
de epilepsia tem efeito terapêutico, assim
como os portadores de câncer e expostos
a radiação e químicos, onde reduz muito
o mal estar e aumenta a capacidade de su-
portar o tratamento. Para tanto, já existem
medidas legalizadas no Brasil para uso te-
rapêutico, (inclusive licença para o plantio
doméstico) embora ainda seja visto com
certa reserva e distanciamento, e até com
certo preconceito. Apesar da tipificação
menos perigosa, ela é o maior motivo de
processos e prisões no universo das drogas
no Brasil. As cadeias brasileiras estão lota-
das de jovens, muitas vezes sem associação
com comandos e organizações criminosas,
por terem sido flagrados com pequenas
(muitas vezes irrisórias) quantidades, mas
que permitem legalmente o enquadramento
criminal. Na ânsia de punir estes pequenos
delitos, criaram uma superpopulação carce-
rária, promíscua, sem distinção nos graus
de periculosidade, onde, ao invés de recu-
perar, as cadeias transformam-se em verda-
deiras escolas de criminosos. Quem entra
por delitos leves sai pesado e de fácil cap-
tura pelas organizações criminosas. Estas
penas mais prejudicam do que reeducam.
Cadeia não recupera ninguém.
Os conservadores, de modo geral com
pouca informação ou com perfis focados
num pensamento único e sem disposição
para dialogar, demonizam a possibilidade
de descriminalização ou um processo de li-
beração geral, como se fosse o fim do mun-
do. Experiências em outros países, como o
vizinho Uruguai, demonstram que, apesar
de algumas dificuldades de adaptação cons-
tante, não provocam “epidemias de uso” e
nem quem nunca usou passa usar somente
por estar “liberado”. Pode até, num primei-
ro momento, algumas pessoas fazerem uso
apenas por curiosidade. Mas, quem não
tem perfil de dependência química, jamais
insistirá no uso continuado. O dependente
químico é refém de uma doença compulsi-
va. Ele usará sempre as drogas, liberadas
ou não. E a proibição só aumenta o dese-
jo de uso, pelo “frisson” do desafio e da
transgressão de costumes, tão reconfortan-
te para quem já possui desvios de conduta.
Este quadro de proibição só fortalece os
traficantes, úteis em última instância.
Inúmeras figuras públicas já se posiciona-
ram a favor da liberação geral das drogas,
como o ex presidente Fernando Henrique
Cardoso ou os ministros do Supremo Tri-
bunal Luís Roberto Barroso e Edson Fachin,
ainda que com restrições e regras de Esta-
do para administrar a nova realidade. Todos
concordam que seria um golpe mortal nos
traficantes, retirando deles o empoderar-
mento social e a redução drástica no fatu-
ramento com o comercio ilegal. O Estado
passaria a gerir a questão, normatizando
a venda em estabelecimentos adequados,
como farmácias, e faturariam impostos que
deveriam ser revertidos na manutenção de
instituições especializadas em tratamentos
da dependência química.
A economia de recursos, utilizados na
guerra contra o tráfico, seria imensa. Inde-
pendente de poupar vidas, de inocentes e
policiais. Sem o tráfico haveria o desmon-
te das organizações, pois teriam que partir
para outras modalidades de crimes, se ex-
pondo mais, saindo dos seus redutos, tão
bem controlados. No mais, a criminalização
mitiga a liberdade individual das pessoas.
As decisões a vida íntima não cabe ao Es-
tado controlá-las. O uso recreativo dessas
substâncias não difere do uso do álcool, e
nem por isso temos uma epidemia de al-
coolistas. A criminalização das drogas cor-
rompe a polícia e as instituições, deixando
um legado de corrupção, prejuízos e vícios
piores, produzindo um legado de corrup-
ção. Muitas drogas podem ser usadas de
forma mais efetiva e barata para tratar mui-
tas pessoas doentes. Criminalizar a maco-
nha, por exemplo, significa negar a estas
pessoas um alívio para suas dores, ainda
que emocionais. A criminalização encarece
as drogas e obriga a muitos a ter que roubar
para sustentar o uso.
Por outro lado, quem é contra a legalização
das drogas diz que o Estado deficiente e
corrupto não conseguiria produzir tantas
toneladas de drogas para suprir a deman-
da das pessoas. O tráfico ainda assim iria
existir para suprir essa demanda. Teríamos
dois problemas ao invés de um. Em contra
posição, a qualidade das drogas produzidas
clandestinamente, em geral é muito ruim,
prejudicando a saúde dos usuários, que vão
posteriormente se tratar em hospitais públi-
cos. Se houvesse a legalização, haveria um
controle de qualidade das drogas e menor
incidência de problemas de saúde.
Na realidade, a situação de descontrole da
violência advinda do crime organizado, ca-
pitaneados pelo grande poder do tráfico de
drogas, é o grande problema. Para manter
o poder as quadrilhas se armam como exér-
citos em guerra, levando a toda população
a uma situação onde todos são reféns. Le-
galizar e controlar as drogas através do Es-
tado significa quebrar a espinha dorsal do
poder paralelo. Ademais, nada é definitivo.
Podemos montar uma situação de libera-
ção temporária para mensurar os efeitos,
ganhos e perdas. Se depois de dois anos
os efeitos forem mais negativos do que
positivos, reverte-se a posição anterior. O
que não se pode é deixar como está, que
é uma situação de comprovada falência das
autoridades governamentais, e este poder
paralelo aos pouco está tomando conta de
tudo. Algo deve ser feito, antes que tudo
esteja verdadeiramente dominado.
A cocaína, a heroína (menos comum no Brasil), o Crack (derivada da
cocaína numa mistura de cloridrato de cocaína e bicabornato de sódio),
o velho LSD, e os compostos de A 3-4 metilenodioximetanfetamina, co-
nhecida como “ecstasy”; e outras metanfetaminas, apelidadas de “balas”,
representam graves riscos ao usuário, que se não tomar medidas de hi-
dratação constante durante o uso poderão chegar até o óbito.
A questão se divide entre proibicionistas e antiproibicionistas com acu-
sações de que o interesse econômico se sobrepõe ao rigor científico no
caso dos defensores de restrições ao uso da droga.
Ministro do STF Luis Roberto Barroso
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4
Cultura
Paulo Roberto Cecchetti cecchettipaulo@gmail.com
annaperet@gmail.com
DIZ pra mim... (que eu conto)
Anna Carolina Peret
Edição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores
Adágio
E
u sou teimosa, orgulhosa, introverti-
da, insegura, inflexível, indecisa, im-
paciente, dentre outras coisas. Listo
facilmente meus defeitos. Tenho, porém,
muita dificuldade em relacionar qualidades.
Este, talvez, seja, inclusive, um grande de-
feito meu. Consigo ver virtudes nos outros
e, paralelamente, não acho fácil enxergar
pontos positivos em mim. Bem, esta é ape-
nas uma das minhas tantas questões a se-
rem trabalhadas nesta minha cabeça dura. A
questão é que um autor, ao tecer sua obra,
precisa compor seus personagens. E, para
isso, precisa conhecê-los, mais do que nin-
guém. O autor é o progenitor daquela cria-
tura que ganha vida com suas canetadas.
É através da sua imaginação, que o per-
sonagem ganha personalidade, sentimen-
tos, contornos e limites. O escritor, assim
como o pintor, precisa vislumbrar os míni-
mos detalhes daquele novo “ser vivo”, para
desenhá-lo em seus particulares matizes. É
como um fotógrafo, que precisa capturar a
alma do objeto, o qual ficará eternizado em
suas lentes.
Nós, leitores, espectadores, testemunhas
das obras alheias, nutrimos nossos espíri-
tos com as coordenadas que os artistas nos
dão. Afinal, cabe também a nós realizar
uma verdadeira re- interpretação do que
nos é exposto. Nós somos convidados a as-
sumir o papel de intérpretes. Cada um de
nós decifra os personagens de uma forma
diferente, pois, temos um background di-
verso, que interfere diretamente na nossa
concepção de mundo. Nossa história de
vida está intimamente relacionada à forma
com que lemos um livro, assistimos a um
filme, apreciamos um vernissage. Se você já
enfrentou problemas de saúde em casa, por
exemplo, ao assistir um longa com esta te-
mática, fatalmente encontrará similaridades
e traçará paralelos com sua própria vida. E,
possivelmente, esta película, em particular,
lhe tocará mais do que a uma pessoa que
jamais vivenciou tal questão. O que que-
ro dizer é que, depois que um personagem
nasce nas linhas de seu fundador, este pos-
teriormente “renascerá” com contornos es-
pecíficos e peculiares, na mente de quem lê
e incorpora a obra. E esta é a grande mági-
ca das obras de arte: não existe apenas um
personagem morto e eternizado. Não há
apenas um filme, uma tela, uma foto, uma
canção,... Estes elementos e suas respecti-
vas partes sempre estarão vivas, ganhando
novas perspectivas, a cada vez que alguém
se propõe a corporificá-los e a materializá-
-los em suas mentes.
Talvez seja por isso que viver a arte seja tão
importante. Não apenas para adquirir cul-
tura. Não somente para demonstrar ser co-
nhecedor. Não. Nada disso. Não se trata de
uma tentativa de apropriação. Longe disso.
Essa “desculpa” é frívola e não corresponde
à verdadeira dimensão do que é ter conta-
to com a arte. Sim, pois, quando fazemos
isso, passamos a, literalmente, fazer parte
daquela obra. Esqueça a postura passiva de
leitor, espectador, ouvinte! Somos mais do
que isso, quando nos permitimos explorar
tudo o que os livros, filmes, fotos, músicas
têm a nos dizer. Eu, por exemplo, jamais
defendi uma interpretação unívoca de um
livro, como aprendemos na escola. Ora,
pra mim, a maior riqueza das linhas de um
autor está nas múltiplas possibilidades que
podemos desenvolver a partir do seu rotei-
ro inicial. Ao escutar uma canção, a mesma
pode levar pessoas a dimensões diferentes.
E é este o valor incalculável da arte: sua
abundancia sem-fim!
Bem, depois de tantas divagações, vou fa-
lar sobre uma genuína obra-de-arte: “Os
Meyerowitz: Família Não Se Escolhe”. E,
a mim, o filme muito tocou. Esta produ-
ção original da Netflix foi elogiadíssima no
Festival de Cannes e tem elenco de peso,
como Dustin Hoffman, Emma Thompson,
Ben Stiller e Adam Sandler. A trama não é
demasiadamente original, visto que se trata
de uma análise psicológica de uma família
americana disfuncional. Porém, é a aborda-
gem do roteirista, as vigorosas atuações e
a platéia atenta que fazem deste longa um
dos grandes dramas de 2017.
Ao olhar para cada personagem, interpre-
to-os como quero, gosto e consigo. Tudo
dentro das minhas limitações. E neles, vejo
meus defeitos, crenças, sentimentos. E eu
convido a todos a fazerem o mesmo. Apro-
veite a arte, deleite-se! E, através dela,
conheça um pouco mais de si próprio. O
autoconhecimento é de suma importância
para a nossa evolução enquanto seres hu-
manos. Afinal, o primeiro passo para uma
existência plena, é um vasto entendimento
do próprio ser, enquanto unidade, assim
como já sugeria o aforismo grego “conhe-
ce-te a ti mesmo”.
- A Galeria La Salle (Rua Gastão
Gonçalves, nº 79 - Santa Rosa)
apresenta a exposição ‘Arte e sus-
tentabilidade’, de Everaldo Oliveira.
Visitação até 06 de outubro, de 2ª
a 6ª, das 8 às 20h; sábados, das 8
às 12h.
- O Espaço Cultural Correios (Av.
Visconde do Rio Branco, nº 481 -
Centro) apresenta a exposição ‘Vejo
mar’ (foto), de Gabriela Bandeira,
com curadoria de Luiz Vergara. Visi-
tação gratuita até 04 de novembro,
de 2ª a sábado, das 11 às 18h.
- O acadêmico da Academia Nite-
roiense de Letras/ANL, Renato Au-
gusto Farias de Carvalho, profere
palestra dia 25 de outubro, 4ª feira,
às 17h, com o tema “Veneza: uma
visão sentimental”. Local: Associa-
ção Fluminense de Fotografia - Rua Dr. Celestino, nº
115 - Centro).
- A AFN (Rua Lopes Trovão, nº 52 - 2º andar - Icaraí)
exibe, dia 29 de setembro, às 19h, com entrada franca,
o filme ‘Le Grande Jeu’, seguido de debate do Curso de
Cinema da Universidade Federal Fluminense/UFF. (foto 3)
- A OAB-Niterói, em comemoração ao Dia Internacio-
nal do Idoso, promove palestra “Direitos da Terceira
Idade”, dia 02 de outubro, das 15 às 18h, no auditório
da Avenida Amaral Peixoto, nº 507 - 11º andar - Cen-
tro. Vale conferir!
- Até 29 de outubro o Museu Janete Costa (Rua Presi-
dente Domiciano, nº 178 - Boa Viagem) apresenta a be-
líssima exposição ‘Mambembe’, sobre o mundo mágico
do circo. A curadoria é de Jorge Mendes. Visitação: de
3ª a dom., das 10 às 18h. Imperdível!
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Edgard Fonsecaedgardfonseca22@hotmail.com
Está Ficando Bom
N
ão é exatamente um pedido de
ajuda mística, bate cabeça e pede
maleme... É que estamos numa es-
pécie de fim de festa, quando o cansaço
é maior que o raciocínio lógico. Estamos
saudosos de nós mesmos e até um pou-
co desapontados com o que assistimos no
nosso país. Está ruim? Muito! Mas, o gran-
de alento é que se formos analisar detalha-
damente, está ficando bom. Os papeis de
cada um estão se mostrando e as máscaras
caindo. Não tem esta falácia de lado des-
te ou daquele processo ideológico. O que
está se desnudando com clareza é aquilo
que todos nós já sabíamos e por descrença
na transformação, incorporávamos como se
fosse regra.
Desde a nossa origem lusitana, que as ma-
zelas são parte do cotidiano. Já na a carta
de Pero Vaz de Caminha ao Rei de Por-
tugal havia ali o primeiro fato explícito de
nepotismo, tráfico de influência e bajulação
servil.
Os donos da terra, os indígenas, foram se-
guidamente desrespeitados, desalojados,
escravizados, e até torturados. Espalharam
intencionalmente bactérias, germes e vírus,
para que sem convívio com estes males e
sem anticorpos fossem morrendo aos mon-
tes. Genocídio, crueldade e dominação.
Esta é parte da nossa origem. Por que seria
diferente agora?
Temos uma extensa história de segregação
racial, social e violência urbana. Agora as
favelas representam a nossa omissão, o pa-
norama geral. Vai ser goela abaixo e não
adianta fugir. É a hora da verdade!
A grande maioria, não se compromete, ig-
nora e se aliena, e neste momento cobra
“justiça”. Como sabemos, “não há almoço
grátis” e tudo tem preço. A bandidagem
está em todos os lugares, e o que os difere
é o status de bandido explícito, vindo dos
extratos sociais mais baixos, ou os que es-
tão travestidos de representantes do povo,
na Câmara, no Senado e nos governos, em
todas as instâncias. Bandidos não faltam.
E nós, os colocamos lá! Corrompemo-nos
solidariamente quando cedemos o nosso
direito de voz e representação através do
voto. Muitos dirão que se enganaram ou
foram enganados... Conversa! Na maioria
das vezes sabemos que o chifre será certo,
mas, interesseiramente aceitamos o jogo
que nos convém e nos misturamos com
estes parceiros. Ninguém é corno instantâ-
neo. A traição é sempre advinda dos pactos
que fazemos, e vem numa trama que esta-
mos cansados de saber, mas, mesmo assim,
fechamos os olhos e seguimos. Quando a
traição aparece todos se revoltam, mas,
tornar-se corno é uma mera opção. Não
é absolutamente um infortúnio inespera-
do. Todo corno tem o dia, ou muitos dias,
de prenúncio. Só não vê quem não quer.
E acontece sempre quando relaxamos, ce-
demos terreno por inércia e preguiça, ou
por omissão obsequiosa. Acontece sempre
nos momentos que nos sentimos seguros e
incólumes. E sem vigilância não há demo-
cracia. Toda traição tem a participação das
partes envolvidas. Nada é unilateral.
Portanto, o que nos assalta é o presente
trazendo a mala de omissões, do nosso
consentimento e acomodação. Mas, a dura
realidade, tão oportuna e necessária, é fato
irrecusável. É o bode fedido na nossa sala,
nos quartos, e até quando não se sabe...
Para melhorar, a contenção do sangue co-
agulado e apodrecido deverá sangrar, para
que como um leito de rio pleno, possa fluir.
Mas, o remédio amargo terá que ser solvi-
do na nossa garganta já tão entupida de sa-
pos e palavras não ditas. Devemos rejeitar
a continuidade da imoral sodomia política,
Talvez nos deixem ficar de pé, pois a posi-
ção de quatro já se esgotou.
ZAPS...
...Vem aí o novo livreto de Paulo Roberto Cecchetti: 'Trovas com Provas' (edição limitada
de 50 exemplares), Primavera de 2017, editado por 'Escritores ao ar Livro'.
... “Os direitos básicos dos encarcerados à luz dos Direitos Humanos e da reserva do
possível” será tema de debate no dia 5 de outubro, quinta-feira, às 18 horas, na OAB
Niterói, no auditório da entidade, na Av. Amaral Peixoto, 507.
... A Exposição Nikitikitikeru IV. Terá seu vernissage dia 07 de novembro, às 18h. Visita-
ção: de 08 a 30 de novembro, na Sala de Cultura Leila Diniz (Rua Profº Heitor Carrilho,
nº 81 - Centro - Niterói). Curadoria de
Paulo Roberto Cecchetti.
...O advogado Claudio Vianna manifesta-se através correspondência a esta coluna, expres-
sando o seu repúdio ao ato de violência contra Maria Alcina Gil, de 66 anos, moradora
de Niterói, assassinada na Alameda Carolina, em Icaraí, durante tentativa de assalto. Ele
se solidariza com os familiares.
...Humberto Ripoll está convocando os ex alunos do Abel, da turma que completou 50
anos de formado no científico, para o encontro de final de ano, que será dia 11 de novem-
bro, com churrasco na beira da piscina, com banho e sauna liberados.
... Os dez anos da Escola Canadense de Niterói foram comemorados em sessão solene,
realizada na Câmara de Vereadores. O embaixador do Canadá no Brasil, Ricardo Savone,
e a consul-geral Evelyne Coulombe, representaram o governo canadense na solenidade.
Mulheres Prateadas
D
ezenas de mulhe-
res já confirmaram
presença no even-
to sobre longevidade, que
promete trazer reflexões en-
riquecedoras, no dia 7 de
outubro, às 17h na Igreja
Betânia São Francisco, em
Niterói. A palestra será da
jornalista Maristela Vello-
so, uma das fundadoras do
“Mundo Prateado”, empresa
que levanta a bandeira de um
envelhecimento saudável.
A entrada é franca e tem es-
tacionamento fácil no local.
V Edição do Mix Bazar
C
omo o objetivo de
transformar o Ingá
no novo “point da
moda”, será realizada a 5ª
Edição do Mix Bazar Moda
e Gastronomia com o tema
”Oktoberfest”. Será no dia 8
de outubro, no Viareggio Ho-
tel (Rua Paulo Alves, 77), das
10h às 19h.
O evento conta com a par-
ticipação de 15 expositores
classificados em: moda femi-
nina, masculina, artesanato,
decoração e gastronomia.
Maristela Velloso
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Fernando Mello - fmelloadv@gmail.com
Fernando de Farias Mello
Fernando Mello, Advogado
www.fariasmelloberanger.com.br
e-mail: fmelloadv@gmail.com
Fonte:Firjan.Fonte:Firjan.
Comissão de
Segurança
Fonte:Firjan.
Rock ou Rocinha?
Rocinha ou Rock in Rio? Coisa ruim ou
coisa boa? Escrever o que?
Comentar a bandidagem criando um
Estado, um poder paralelo um pouco mais
bandido que o Estado do Rio de Janeiro?
Os traficantes, comandados à distância por
um condenado cumprindo pena num presídio
de segurança máxima a milhares de quilôme-
tros de distância, resolveram utilizar técnicas
de grupos terroristas que usam a população
como escudo. O famoso escudo humano que
tomou contornos reais recentemente em ter-
ras tupiniquins, que eu me lembre, foi incre-
mentado nas guerras do Afeganistão, Iraque,
Croácia, Sérvia e etc. Com dezenas de milha-
res de vítimas.
Os traficantes se escondem nos morros até
por uma estratégia de guerra urbana: do alto
eles conseguem controlar os acessos com
mais facilidade. Portanto, nessa loucura toda
de tentativa de poder entre bandidos, fica a
sociedade honesta e angustiada servindo de
escudo.
O governo Estado do Rio, entulhado de cafa-
jestes, corruptos, irresponsáveis e verdadei-
ros políticos nefastos sociais (porque sinteti-
zam tudo de ruim que um ser humano tem em
si mesmos), teve que se virar, ajoelhando-se
nas rampas palacianas do “Detrito Federal”,
implorando por socorro financeiro, claro.
O Estado do Rio se transformou no Estado
da vergonha. Nós, fluminenses, não merece-
mos mais essa, desculpem a palavra, porcaria
de governo. Mas escolhemos isso mesmo.
Democraticamente. Vejam quem foram os
governantes do RJ de 1979, até hoje, um su-
cedendo o outro, sem folego. Chagas Freitas
(eleição feita pela Alerj), o restante pelo voto
direto: Leonel Brizola (duas vezes), Moreira
Franco, Nilo Batista, Marcello Alencar, An-
thony Garotinho, Benedita da Silva, Rosinha
Garotinho, Sergio Cabral (duas vezes), Luiz
Fernando Pezão (duas vezes, lembrem-se que
ele substituiu Cabral, quando renunciou em
abril/2014).
Em sua coluna no Globo, o cineasta Cacá
Diegues foi muito feliz ao escrever que o Rio
do traficante Nem é o mesmo que abriga em
sua história o Cartola. Ou seja, por mais que
cuspam balas, bombas e provoquem o terror,
o que vi nos últimos fins de semana aqui em
Niterói foi comovente. Dezenas e dezenas de
ônibus de excursão levando pessoas de todas
as idades para o Rock in Rio.
Fui ao festival dois dias se-
guidos e fiquei encantado
com o astral de todo mundo,
passando a impressão que
aquela festa mostrava que o
Rio de Janeiro mantém um
pacto histórico com a cul-
tura, com o entretenimento.
Parecia uma redoma a prova
de medo e trevas. Milhares
de pessoas, adolescentes, jo-
vens, adultos e muita gente
da terceira idade sem regis-
trarem qualquer confusão.
Nenhum bêbado, ninguém
pagando mico.
Saí de lá pensando: o Rio é
maior do que suas mazelas, mas esse mesmo
Rio sabe que essas mazelas precisam ser ex-
tirpadas com urgência em nome da qualidade
de todas as gerações e em prol de sua própria
sobrevivência. E os políticos só tomam provi-
dências radicais quando a sobrevivência deles
está em risco. Niterói está na mesma situação,
com a vantagem de que os niteroienses são
muito mais bairristas e apaixonados por sua
cidade. Por isso, quando pisam no calo dele,
o cidadão daqui reage forte.
Todos nós sabemos que não é só polícia que
resolve. Em minha modesta opinião, ainda há
(pouco) tempo para o Estado do Rio fazer um
programa de controle da natalidade em todos
os níveis sociais. Quem vive nas comunidades
sabe que muitos traficantes obrigam as ado-
lescentes a engravidarem de comparsas seus,
visando ampliar o contingente do tráfico. Em
muitos casos, os chefes simplesmente rou-
bam as meninas de suas casas e nunca mais
devolvem. Elas servem de escravas sexuais e
reprodutoras de novas gerações de bandidos.
O controle da natalidade vai atender também
as demandas do Estado. Não há quantidade
de escolas, hospitais, metrô, trem, uma gama
enorme de serviços que resista a explosão de-
mográfica que a Região Metropolitana do Rio
registra há anos. Se a população da Rocinha
chegou a impressionante 60 mil pessoas, a
Barra da Tijuca também incha a olhos vistos.
Para lá, e também para São Conrado, Recreio
dos Bandeirantes, migram a nova classe mé-
dia alta nascida na Baixada Fluminense, in-
terior do Estado e dos subúrbios. Graças a
especulação imobiliária descontrolada, que
corrompe a tudo e a todos, o Rio não para
de inchar e o governante que tiver a coragem
política de fazer o controle da natalidade em
médio prazo será reconhecido. Isso se não for
assassinado em poucos meses, já que contro-
lar a natalidade significa contrariar os interes-
ses de maus religiosos que querem mais que
o “rebanho” exploda e os políticos de bica
d’água, que negociam miséria na maior cara
de pau.
Em Niterói não é diferente. A Região Oceâni-
ca é um exemplo. O paliteiro de espigões que
assola Santa Rosa, Ingá, Icaraí Boa Viagem
também não. Isso sem falarmos das favelas,
que crescem, crescem, crescem.
Fundamental chutar o baixo astral, mas só isso
não basta.
Niterói
29/09 a 13/10/17
www.dizjornal.com
7
Conexões erialencar.arte@gmail.com
E! Games
dizjornal@hotmail.com
Jêronimo Falconi
EASports em 1980?
É
estranho imaginar um mundo onde
os videogames não existam. Quem
é da nova gera-
ção até acredita que
eles sempre estiveram
aí e que os renomadas
competições de EAS-
ports atraiam milhares
de fãs como acontece
hoje. Entretanto, isso
está longe de ser ver-
dade. Navegando na
internet você pode en-
contrar fotos da década
de 80 do que se pode
considerar o primeiro
campeonato de games
fotografado do mundo.
O evento que se chamava “The Atari In-
ternational Asteroids Tournament”, foi re-
alizado em novembro de 1981, em São
Francisco, nos EUA, e
utilizava o aclamado Ata-
ri 2600 como plataforma
principal.
O que chama a atenção
é o número considerável
de meninas competindo
e também alguns parti-
cipantes que já possuíam
certo “status” devido às
insígnias que ostenta-
vam, referentes a outros
campeonatos. Alguns
dos jogadores levavam
a parada a sério! Seriam
os primeiros pro players?
Cada jogador tinha um tempo certo para fa-
zer sua pontuação enquanto um juiz obser-
vava para evitar qualquer
tipo de trapaça e manter
registro.
As competições regionais
classificavam os jogadores
com as melhores perfor-
mances para o campeo-
nato nacional. Neste, por
exemplo, o grande vence-
dor foi Andrew Breyer, que
na época tinha 16 anos.
Ele conseguiu ir para as
grandes finais, realizadas
em Washington D.C., e
levou para casa US$ 5 mil
e um “Asteroids Deluxe”.
Por conta de seu feito, Breyer apareceu em
alguns comerciais da Atari na época. Até a
próxima
Cadê o Dinheiro dos Royaltyies?
Épreocupante o comportamento da pre-
feitura de Niterói em relação à utilização
dos recursos vindos dos royalties. Niterói é
o segundo maior recebedor desses recursos
e não faz qualquer economia. Gasta e gasta
sem a menor preocupação com o futuro. O
prefeito deveria observar a história de outros
municípios que fizeram dos royalties receita
líquida e até contraíram dívidas, como o caso de Campos dos Goytacazes, que hoje está
quebrado. O município de Niterói gastou no ano passado bem mais de 300 milhões e
este ano a receita está em torno de 650 milhões. Era para o município estar muito bem
financeiramente e os seus serviços muito bem atendidos, o que em verdade não acontece.
Não há transparência nesses gastos, apesar deles divulgarem que são campeões em “trans-
parência”. Se o município tivesse um quadro de vereadores ativos estes fatos estariam
sendo duramente investigados. Que lástima! Tem tudo para dar certo e vive uma situação
de absoluta insegurança: urbana, jurídica e moral.
Menor, Mas Não Muito...
Édesapontador ver este estatuto do adolescente. O assaltante de 17 anos tentou levar
os pertences de um grupo que ia para o trabalho num carro, na Rua Domingues de
Sá. Apontou a arma e arrancou o cordão do passageiro que estava na janela do carro. Na
ganância foi tentar levar o anel do cidadão e se descuidou. O assaltado reagiu e travou luta
com o assaltante, que foi logo imobilizado pelos demais ocupantes do carro. Dois deles
se feriram na luta e o assaltante também. Aí, imobilizado ele alega que é menor para não
apanhar. Esta lei está muito fácil para bandidos juvenis. Na hora que aponta uma arma é
homem, quando vai apanhar é menor... Outro dia um “menor” esfaqueou e matou uma
senhora em Icaraí. E agora? O menor fica protegido; e a senhora morta. E como fica? Tem
algo errado nisso aí...
Indústria do Reboque
Convenhamos que num domingo pela manhã, lá
pelas 9:30h, numa rua deserta da Boa Viagem,
o bairro praticamente ainda dormindo, aparece um
reboque para levar um carro estacionado numa
sarjeta inútil... O carro não estava atrapalhando o
trânsito e estava lá quietinho numa rua silenciosa.
Que justificativa se tem para rebocar um carro nesta
situação? Estacionamento proibido? Próximo de um
Ponto de Taxi, sem taxis naquela hora... De onde veio aquele reboque? Como soube do
carro quietinho numa rua deserta? Para mim, eles estão “organizados” demais. Estão em
todos os lugares, têm olhos na cidade inteira... Certamente era um carro de algum mora-
dor. Pagamos o IPTU mais caro do mundo, pagamos Taxa Rodoviária, e nem podemos es-
tacionar um carro próximo de nossas casas? Está concessão está errada. Morador deveria
isenção pagamento, um salvo conduto para estacionar nas imediações da sua casa, já que
paga pelo solo, pela morada, e pela energia. Alô Ministério Público! Alguém já prestou
atenção nessas práticas abusivas? Isto é ou não é a indústria do Reboque?
Niterói
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Renda Fina
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Edição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores
Internet
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Aniversariantes da Edição
Beatrice Barquette Claudia Medeiros Antonino Gonçalves Helô Abreu Vera Gonçalves Ulisisses Franceschi
Feliz Aniversário
E
ra uma receita complexa. Misture
telas sensíveis ao toque, retire o te-
clado real, adicione aplicativos e in-
ternet e decore com músicas e vídeos. Está
pronto! Esse é o Iphone. O smatphone da
Apple que completa 10 anos, tempo que
revolucionou o mundo. Quando começou a
vender o iPhone, a Apple já havia inovado
em outras duas indústrias: a dos PCs, com
o lançamento do Macintosh, e a da música,
com o iPod, em 2001.
O iphone foi um verdadeiro tiro nas empre-
sas de telecomunicações detentoras do mo-
nopólio que pouco inovavam. Nascia assim
a era da internet móvel que transformaria
completamente as relações e o comporta-
mento humano.
Cada apresentação do Iphone era um dis-
putado evento midiático idealizado original-
mente por Steve Jobs. A Apple apresentou
de fato muita das inovações que utilizamos
hoje, influenciando na cultura e ditando
tendências, seguidas por grande parte dos
outros conglomerados tecnológicos.
Atualmente o mercado de smartphone é
disputado fortemente entre a Apple e a Sa-
msung que se alternam no ranking como as
empresas tecnológicas mais poderosas.
Feliz aniversário Iphone!
Até a próxima!
Painel da Saudade
Homenagem a Emmanuel de Macedo Soares
Foi realizado na Academia Niteroiense de Letras o “Painel da Saudade” em homenagem ao acadêmico Emmanuel Bragança de Macedo Soares, falecido em 14 de abril. Este é um ri-
tual de passagem onde a foto do acadêmico vai integrar a galeria dos que já passaram, mas serão imortais na memória da Academia. Teve como orador o acadêmico Edgard Fonseca.
Fabricia Soares e Marcelo Soares penduram a foto do pai na Galeria dos Eternos Fabricia Soares, Marcelo Soares, Marcia Pessanha, Célio Erthal e Wanderlino Teixeira
Wanderlino Teixeira Aldo Pessanha

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  • 2. Niterói 29/09 a 13/10/17 www.dizjornal.com 2 Informes Expediente Edgard Fonseca Comunicação Ltda. R Otavio Carneiro 143/704 - Niterói/RJ. Diretor/Editor: Edgard Fonseca Registro Profíssional MT 29931/RJ Distribuição, circulação e logística: Ernesto Guadelupe Diagramação: Eri Alencar Impressão: Tribuna | Tiragem 16.000 exemplares Redação do Diz R. Cônsul Francisco Cruz, nº 3 Centro - Niterói, RJ - Tel: 3628-0552 |9613-8634 CEP 24.020-270 dizjornal@hotmail.com www.dizjornal.com Os artigos assinados são de integral e absoluta responsabilidade dos autores. D! Nutrição clara.petrucci@dizjornal.com | Instagram: Clara PetrucciEdição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores Distribuidora Guadalupe 25 Anos de bons serviços Jornais Alternativos - Revistas - Folhetos - Encartes Demonstração de Placas Sinalizadoras Entrega de Encomendas e Entregas Seletivas Niterói - Rio de Janeiro - São Gonçalo - Itaboraí - Magé - Rio Bonito - Maricá - Macaé eguada@ar.microlink.com.br guada@ar.microlink.com.br 99625-5929 | 98111-0289 3027-3281 | 2711-0386 (sec.elet. 7867-9235 ID 10*73448 DG Dieta “low carb”? O nome da dieta veio do inglês, e significa “baixa quantidade de carboidratos”. É este que se tornou vilão por ganhar a fama de engordar as pessoas. Então, uma dieta com uma baixa quantidade dessa macromolécula emagreceria. Na verdade, o carboidrato é de suma importância para fornecer energia para o cérebro, músculos e fígado. O carboidrato é o combustível do corpo, quando diminuímos a quan- tidade dele, obrigamos nosso corpo a utilizar outras fontes de combustível, que muitas vezes já temos estocado em forma de gordura. Mas, antes disso depletamos músculo e temos que ter cuidado como manipular esse tipo de dieta. Existem outras inúmeras variá- veis a serem levadas em conta antes de fazer uma dieta “low carb”; o índice glicêmico do alimento, os momentos de restrição dos carboidratos, e principalmente a individualidade do paciente. A parte boa da dieta low carb é que tem forçado as pessoas a comerem mais vegetais, saladas e se permitirem a outros tipos de alimentos além dos pães, biscoitos, bolos e tantos outros carboidratos presentes na nossa cultura. Na maioria das dietas existem pontos positivos e negativos, mas o que realmente deve ser entendido é: a reeducação alimentar e o comportamento perante o alimento é muito mais importante, acima da dieta em si. Seja ela low carb, cetogenica, hiper ou hipocalórica. Procure um nutricionista. Este é o melhor caminho para não errar. Um Novo Vice-Presidente Ficou resolvida a composição da ca- beça de chapa para direção da AFACC – Associação Fluminen- se de Advogados Ci- vilistas e Criminalistas na próxima eleição. O advogado civilista será o vice-presidente com o apoio de um expres- sivo grupo e teve a sua indicação pelo grande líder. Conselho Escolar Indígena AComissão de Educação da ALERJ, presidida pelo de- putado Comte Bittencourt, oficiou no dia 14/9, à Secretária de Estado de Educação solicitando a imediata instalação do Conselho Estadual de Educação Escolar Indí- gena do Estado do Rio de Janeiro (CEEI). Como resultado da iniciativa, a secretaria Estadual de Educação deu posse aos membros do órgão nesta segunda-feira (25/9), às 11h, no Colégio Estadual Roberto Montenegro, em Angra dos Reis. “A inércia do Executivo durante esse período é inaceitável. A justificativa da SEEDUC de que algumas instituições demoraram a comunicar à secretaria os indicados para integrar o órgão é descabida. O fato é que o governo deve cumprir a legislação e que o ensino indígena aconteça de forma plena na rede. Valorizar e respeitar a cultura indígena é, acima de tudo, preservar a nossa história”. Disse o deputado Comte Bittencourt (foto). Claudio Vianna e Bruno Paura Sergio Gomes
  • 3. Niterói 29/09 a 13/10/17 www.dizjornal.com 3 Documento Legalizar ou Reprimir as Drogas A cada dia que passa se torna mais urgente a ampliação do debate pro- ativo em relação ao uso de drogas alucinógenas. Mas afinal, que tipo de benefício teria a sociedade se elas fossem liberadas para o consumo? A questão não diz respeito apenas à maconha, sabidamente menos agressiva e perigosa. Mas, a maior preocupação é com as drogas sintéticas, aquelas produzidas em laboratórios clandestinos, sempre inconfiáveis, que além do efeito devastador no comportamento dos usuários, provocam danos à saúde, muitas vezes irreversíveis, causando até a morte. A ntes de tudo, tomemos por base que outras drogas de igual teor destru- tivo são legalmente usadas e social- mente aceitas, como o álcool e o tabaco. O álcool produz efeitos mais duradouros e nocivos do que a maconha. Entretanto, a maconha, tão combatida, é a droga ilegal mais consumida no Brasil, e produz efeitos muito mais anestésicos do que excitantes. A maconha, além dos efeitos calmantes, em alguns pacientes, como os portadores de epilepsia tem efeito terapêutico, assim como os portadores de câncer e expostos a radiação e químicos, onde reduz muito o mal estar e aumenta a capacidade de su- portar o tratamento. Para tanto, já existem medidas legalizadas no Brasil para uso te- rapêutico, (inclusive licença para o plantio doméstico) embora ainda seja visto com certa reserva e distanciamento, e até com certo preconceito. Apesar da tipificação menos perigosa, ela é o maior motivo de processos e prisões no universo das drogas no Brasil. As cadeias brasileiras estão lota- das de jovens, muitas vezes sem associação com comandos e organizações criminosas, por terem sido flagrados com pequenas (muitas vezes irrisórias) quantidades, mas que permitem legalmente o enquadramento criminal. Na ânsia de punir estes pequenos delitos, criaram uma superpopulação carce- rária, promíscua, sem distinção nos graus de periculosidade, onde, ao invés de recu- perar, as cadeias transformam-se em verda- deiras escolas de criminosos. Quem entra por delitos leves sai pesado e de fácil cap- tura pelas organizações criminosas. Estas penas mais prejudicam do que reeducam. Cadeia não recupera ninguém. Os conservadores, de modo geral com pouca informação ou com perfis focados num pensamento único e sem disposição para dialogar, demonizam a possibilidade de descriminalização ou um processo de li- beração geral, como se fosse o fim do mun- do. Experiências em outros países, como o vizinho Uruguai, demonstram que, apesar de algumas dificuldades de adaptação cons- tante, não provocam “epidemias de uso” e nem quem nunca usou passa usar somente por estar “liberado”. Pode até, num primei- ro momento, algumas pessoas fazerem uso apenas por curiosidade. Mas, quem não tem perfil de dependência química, jamais insistirá no uso continuado. O dependente químico é refém de uma doença compulsi- va. Ele usará sempre as drogas, liberadas ou não. E a proibição só aumenta o dese- jo de uso, pelo “frisson” do desafio e da transgressão de costumes, tão reconfortan- te para quem já possui desvios de conduta. Este quadro de proibição só fortalece os traficantes, úteis em última instância. Inúmeras figuras públicas já se posiciona- ram a favor da liberação geral das drogas, como o ex presidente Fernando Henrique Cardoso ou os ministros do Supremo Tri- bunal Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, ainda que com restrições e regras de Esta- do para administrar a nova realidade. Todos concordam que seria um golpe mortal nos traficantes, retirando deles o empoderar- mento social e a redução drástica no fatu- ramento com o comercio ilegal. O Estado passaria a gerir a questão, normatizando a venda em estabelecimentos adequados, como farmácias, e faturariam impostos que deveriam ser revertidos na manutenção de instituições especializadas em tratamentos da dependência química. A economia de recursos, utilizados na guerra contra o tráfico, seria imensa. Inde- pendente de poupar vidas, de inocentes e policiais. Sem o tráfico haveria o desmon- te das organizações, pois teriam que partir para outras modalidades de crimes, se ex- pondo mais, saindo dos seus redutos, tão bem controlados. No mais, a criminalização mitiga a liberdade individual das pessoas. As decisões a vida íntima não cabe ao Es- tado controlá-las. O uso recreativo dessas substâncias não difere do uso do álcool, e nem por isso temos uma epidemia de al- coolistas. A criminalização das drogas cor- rompe a polícia e as instituições, deixando um legado de corrupção, prejuízos e vícios piores, produzindo um legado de corrup- ção. Muitas drogas podem ser usadas de forma mais efetiva e barata para tratar mui- tas pessoas doentes. Criminalizar a maco- nha, por exemplo, significa negar a estas pessoas um alívio para suas dores, ainda que emocionais. A criminalização encarece as drogas e obriga a muitos a ter que roubar para sustentar o uso. Por outro lado, quem é contra a legalização das drogas diz que o Estado deficiente e corrupto não conseguiria produzir tantas toneladas de drogas para suprir a deman- da das pessoas. O tráfico ainda assim iria existir para suprir essa demanda. Teríamos dois problemas ao invés de um. Em contra posição, a qualidade das drogas produzidas clandestinamente, em geral é muito ruim, prejudicando a saúde dos usuários, que vão posteriormente se tratar em hospitais públi- cos. Se houvesse a legalização, haveria um controle de qualidade das drogas e menor incidência de problemas de saúde. Na realidade, a situação de descontrole da violência advinda do crime organizado, ca- pitaneados pelo grande poder do tráfico de drogas, é o grande problema. Para manter o poder as quadrilhas se armam como exér- citos em guerra, levando a toda população a uma situação onde todos são reféns. Le- galizar e controlar as drogas através do Es- tado significa quebrar a espinha dorsal do poder paralelo. Ademais, nada é definitivo. Podemos montar uma situação de libera- ção temporária para mensurar os efeitos, ganhos e perdas. Se depois de dois anos os efeitos forem mais negativos do que positivos, reverte-se a posição anterior. O que não se pode é deixar como está, que é uma situação de comprovada falência das autoridades governamentais, e este poder paralelo aos pouco está tomando conta de tudo. Algo deve ser feito, antes que tudo esteja verdadeiramente dominado. A cocaína, a heroína (menos comum no Brasil), o Crack (derivada da cocaína numa mistura de cloridrato de cocaína e bicabornato de sódio), o velho LSD, e os compostos de A 3-4 metilenodioximetanfetamina, co- nhecida como “ecstasy”; e outras metanfetaminas, apelidadas de “balas”, representam graves riscos ao usuário, que se não tomar medidas de hi- dratação constante durante o uso poderão chegar até o óbito. A questão se divide entre proibicionistas e antiproibicionistas com acu- sações de que o interesse econômico se sobrepõe ao rigor científico no caso dos defensores de restrições ao uso da droga. Ministro do STF Luis Roberto Barroso
  • 4. Niterói 29/09 a 13/10/17 www.dizjornal.com 4 Cultura Paulo Roberto Cecchetti cecchettipaulo@gmail.com annaperet@gmail.com DIZ pra mim... (que eu conto) Anna Carolina Peret Edição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores Adágio E u sou teimosa, orgulhosa, introverti- da, insegura, inflexível, indecisa, im- paciente, dentre outras coisas. Listo facilmente meus defeitos. Tenho, porém, muita dificuldade em relacionar qualidades. Este, talvez, seja, inclusive, um grande de- feito meu. Consigo ver virtudes nos outros e, paralelamente, não acho fácil enxergar pontos positivos em mim. Bem, esta é ape- nas uma das minhas tantas questões a se- rem trabalhadas nesta minha cabeça dura. A questão é que um autor, ao tecer sua obra, precisa compor seus personagens. E, para isso, precisa conhecê-los, mais do que nin- guém. O autor é o progenitor daquela cria- tura que ganha vida com suas canetadas. É através da sua imaginação, que o per- sonagem ganha personalidade, sentimen- tos, contornos e limites. O escritor, assim como o pintor, precisa vislumbrar os míni- mos detalhes daquele novo “ser vivo”, para desenhá-lo em seus particulares matizes. É como um fotógrafo, que precisa capturar a alma do objeto, o qual ficará eternizado em suas lentes. Nós, leitores, espectadores, testemunhas das obras alheias, nutrimos nossos espíri- tos com as coordenadas que os artistas nos dão. Afinal, cabe também a nós realizar uma verdadeira re- interpretação do que nos é exposto. Nós somos convidados a as- sumir o papel de intérpretes. Cada um de nós decifra os personagens de uma forma diferente, pois, temos um background di- verso, que interfere diretamente na nossa concepção de mundo. Nossa história de vida está intimamente relacionada à forma com que lemos um livro, assistimos a um filme, apreciamos um vernissage. Se você já enfrentou problemas de saúde em casa, por exemplo, ao assistir um longa com esta te- mática, fatalmente encontrará similaridades e traçará paralelos com sua própria vida. E, possivelmente, esta película, em particular, lhe tocará mais do que a uma pessoa que jamais vivenciou tal questão. O que que- ro dizer é que, depois que um personagem nasce nas linhas de seu fundador, este pos- teriormente “renascerá” com contornos es- pecíficos e peculiares, na mente de quem lê e incorpora a obra. E esta é a grande mági- ca das obras de arte: não existe apenas um personagem morto e eternizado. Não há apenas um filme, uma tela, uma foto, uma canção,... Estes elementos e suas respecti- vas partes sempre estarão vivas, ganhando novas perspectivas, a cada vez que alguém se propõe a corporificá-los e a materializá- -los em suas mentes. Talvez seja por isso que viver a arte seja tão importante. Não apenas para adquirir cul- tura. Não somente para demonstrar ser co- nhecedor. Não. Nada disso. Não se trata de uma tentativa de apropriação. Longe disso. Essa “desculpa” é frívola e não corresponde à verdadeira dimensão do que é ter conta- to com a arte. Sim, pois, quando fazemos isso, passamos a, literalmente, fazer parte daquela obra. Esqueça a postura passiva de leitor, espectador, ouvinte! Somos mais do que isso, quando nos permitimos explorar tudo o que os livros, filmes, fotos, músicas têm a nos dizer. Eu, por exemplo, jamais defendi uma interpretação unívoca de um livro, como aprendemos na escola. Ora, pra mim, a maior riqueza das linhas de um autor está nas múltiplas possibilidades que podemos desenvolver a partir do seu rotei- ro inicial. Ao escutar uma canção, a mesma pode levar pessoas a dimensões diferentes. E é este o valor incalculável da arte: sua abundancia sem-fim! Bem, depois de tantas divagações, vou fa- lar sobre uma genuína obra-de-arte: “Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe”. E, a mim, o filme muito tocou. Esta produ- ção original da Netflix foi elogiadíssima no Festival de Cannes e tem elenco de peso, como Dustin Hoffman, Emma Thompson, Ben Stiller e Adam Sandler. A trama não é demasiadamente original, visto que se trata de uma análise psicológica de uma família americana disfuncional. Porém, é a aborda- gem do roteirista, as vigorosas atuações e a platéia atenta que fazem deste longa um dos grandes dramas de 2017. Ao olhar para cada personagem, interpre- to-os como quero, gosto e consigo. Tudo dentro das minhas limitações. E neles, vejo meus defeitos, crenças, sentimentos. E eu convido a todos a fazerem o mesmo. Apro- veite a arte, deleite-se! E, através dela, conheça um pouco mais de si próprio. O autoconhecimento é de suma importância para a nossa evolução enquanto seres hu- manos. Afinal, o primeiro passo para uma existência plena, é um vasto entendimento do próprio ser, enquanto unidade, assim como já sugeria o aforismo grego “conhe- ce-te a ti mesmo”. - A Galeria La Salle (Rua Gastão Gonçalves, nº 79 - Santa Rosa) apresenta a exposição ‘Arte e sus- tentabilidade’, de Everaldo Oliveira. Visitação até 06 de outubro, de 2ª a 6ª, das 8 às 20h; sábados, das 8 às 12h. - O Espaço Cultural Correios (Av. Visconde do Rio Branco, nº 481 - Centro) apresenta a exposição ‘Vejo mar’ (foto), de Gabriela Bandeira, com curadoria de Luiz Vergara. Visi- tação gratuita até 04 de novembro, de 2ª a sábado, das 11 às 18h. - O acadêmico da Academia Nite- roiense de Letras/ANL, Renato Au- gusto Farias de Carvalho, profere palestra dia 25 de outubro, 4ª feira, às 17h, com o tema “Veneza: uma visão sentimental”. Local: Associa- ção Fluminense de Fotografia - Rua Dr. Celestino, nº 115 - Centro). - A AFN (Rua Lopes Trovão, nº 52 - 2º andar - Icaraí) exibe, dia 29 de setembro, às 19h, com entrada franca, o filme ‘Le Grande Jeu’, seguido de debate do Curso de Cinema da Universidade Federal Fluminense/UFF. (foto 3) - A OAB-Niterói, em comemoração ao Dia Internacio- nal do Idoso, promove palestra “Direitos da Terceira Idade”, dia 02 de outubro, das 15 às 18h, no auditório da Avenida Amaral Peixoto, nº 507 - 11º andar - Cen- tro. Vale conferir! - Até 29 de outubro o Museu Janete Costa (Rua Presi- dente Domiciano, nº 178 - Boa Viagem) apresenta a be- líssima exposição ‘Mambembe’, sobre o mundo mágico do circo. A curadoria é de Jorge Mendes. Visitação: de 3ª a dom., das 10 às 18h. Imperdível!
  • 5. Niterói 29/09 a 13/10/17 www.dizjornal.com 5 Edgard Fonsecaedgardfonseca22@hotmail.com Está Ficando Bom N ão é exatamente um pedido de ajuda mística, bate cabeça e pede maleme... É que estamos numa es- pécie de fim de festa, quando o cansaço é maior que o raciocínio lógico. Estamos saudosos de nós mesmos e até um pou- co desapontados com o que assistimos no nosso país. Está ruim? Muito! Mas, o gran- de alento é que se formos analisar detalha- damente, está ficando bom. Os papeis de cada um estão se mostrando e as máscaras caindo. Não tem esta falácia de lado des- te ou daquele processo ideológico. O que está se desnudando com clareza é aquilo que todos nós já sabíamos e por descrença na transformação, incorporávamos como se fosse regra. Desde a nossa origem lusitana, que as ma- zelas são parte do cotidiano. Já na a carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei de Por- tugal havia ali o primeiro fato explícito de nepotismo, tráfico de influência e bajulação servil. Os donos da terra, os indígenas, foram se- guidamente desrespeitados, desalojados, escravizados, e até torturados. Espalharam intencionalmente bactérias, germes e vírus, para que sem convívio com estes males e sem anticorpos fossem morrendo aos mon- tes. Genocídio, crueldade e dominação. Esta é parte da nossa origem. Por que seria diferente agora? Temos uma extensa história de segregação racial, social e violência urbana. Agora as favelas representam a nossa omissão, o pa- norama geral. Vai ser goela abaixo e não adianta fugir. É a hora da verdade! A grande maioria, não se compromete, ig- nora e se aliena, e neste momento cobra “justiça”. Como sabemos, “não há almoço grátis” e tudo tem preço. A bandidagem está em todos os lugares, e o que os difere é o status de bandido explícito, vindo dos extratos sociais mais baixos, ou os que es- tão travestidos de representantes do povo, na Câmara, no Senado e nos governos, em todas as instâncias. Bandidos não faltam. E nós, os colocamos lá! Corrompemo-nos solidariamente quando cedemos o nosso direito de voz e representação através do voto. Muitos dirão que se enganaram ou foram enganados... Conversa! Na maioria das vezes sabemos que o chifre será certo, mas, interesseiramente aceitamos o jogo que nos convém e nos misturamos com estes parceiros. Ninguém é corno instantâ- neo. A traição é sempre advinda dos pactos que fazemos, e vem numa trama que esta- mos cansados de saber, mas, mesmo assim, fechamos os olhos e seguimos. Quando a traição aparece todos se revoltam, mas, tornar-se corno é uma mera opção. Não é absolutamente um infortúnio inespera- do. Todo corno tem o dia, ou muitos dias, de prenúncio. Só não vê quem não quer. E acontece sempre quando relaxamos, ce- demos terreno por inércia e preguiça, ou por omissão obsequiosa. Acontece sempre nos momentos que nos sentimos seguros e incólumes. E sem vigilância não há demo- cracia. Toda traição tem a participação das partes envolvidas. Nada é unilateral. Portanto, o que nos assalta é o presente trazendo a mala de omissões, do nosso consentimento e acomodação. Mas, a dura realidade, tão oportuna e necessária, é fato irrecusável. É o bode fedido na nossa sala, nos quartos, e até quando não se sabe... Para melhorar, a contenção do sangue co- agulado e apodrecido deverá sangrar, para que como um leito de rio pleno, possa fluir. Mas, o remédio amargo terá que ser solvi- do na nossa garganta já tão entupida de sa- pos e palavras não ditas. Devemos rejeitar a continuidade da imoral sodomia política, Talvez nos deixem ficar de pé, pois a posi- ção de quatro já se esgotou. ZAPS... ...Vem aí o novo livreto de Paulo Roberto Cecchetti: 'Trovas com Provas' (edição limitada de 50 exemplares), Primavera de 2017, editado por 'Escritores ao ar Livro'. ... “Os direitos básicos dos encarcerados à luz dos Direitos Humanos e da reserva do possível” será tema de debate no dia 5 de outubro, quinta-feira, às 18 horas, na OAB Niterói, no auditório da entidade, na Av. Amaral Peixoto, 507. ... A Exposição Nikitikitikeru IV. Terá seu vernissage dia 07 de novembro, às 18h. Visita- ção: de 08 a 30 de novembro, na Sala de Cultura Leila Diniz (Rua Profº Heitor Carrilho, nº 81 - Centro - Niterói). Curadoria de Paulo Roberto Cecchetti. ...O advogado Claudio Vianna manifesta-se através correspondência a esta coluna, expres- sando o seu repúdio ao ato de violência contra Maria Alcina Gil, de 66 anos, moradora de Niterói, assassinada na Alameda Carolina, em Icaraí, durante tentativa de assalto. Ele se solidariza com os familiares. ...Humberto Ripoll está convocando os ex alunos do Abel, da turma que completou 50 anos de formado no científico, para o encontro de final de ano, que será dia 11 de novem- bro, com churrasco na beira da piscina, com banho e sauna liberados. ... Os dez anos da Escola Canadense de Niterói foram comemorados em sessão solene, realizada na Câmara de Vereadores. O embaixador do Canadá no Brasil, Ricardo Savone, e a consul-geral Evelyne Coulombe, representaram o governo canadense na solenidade. Mulheres Prateadas D ezenas de mulhe- res já confirmaram presença no even- to sobre longevidade, que promete trazer reflexões en- riquecedoras, no dia 7 de outubro, às 17h na Igreja Betânia São Francisco, em Niterói. A palestra será da jornalista Maristela Vello- so, uma das fundadoras do “Mundo Prateado”, empresa que levanta a bandeira de um envelhecimento saudável. A entrada é franca e tem es- tacionamento fácil no local. V Edição do Mix Bazar C omo o objetivo de transformar o Ingá no novo “point da moda”, será realizada a 5ª Edição do Mix Bazar Moda e Gastronomia com o tema ”Oktoberfest”. Será no dia 8 de outubro, no Viareggio Ho- tel (Rua Paulo Alves, 77), das 10h às 19h. O evento conta com a par- ticipação de 15 expositores classificados em: moda femi- nina, masculina, artesanato, decoração e gastronomia. Maristela Velloso
  • 6. Niterói 29/09 a 13/10/17 www.dizjornal.com 6 Fernando Mello - fmelloadv@gmail.com Fernando de Farias Mello Fernando Mello, Advogado www.fariasmelloberanger.com.br e-mail: fmelloadv@gmail.com Fonte:Firjan.Fonte:Firjan. Comissão de Segurança Fonte:Firjan. Rock ou Rocinha? Rocinha ou Rock in Rio? Coisa ruim ou coisa boa? Escrever o que? Comentar a bandidagem criando um Estado, um poder paralelo um pouco mais bandido que o Estado do Rio de Janeiro? Os traficantes, comandados à distância por um condenado cumprindo pena num presídio de segurança máxima a milhares de quilôme- tros de distância, resolveram utilizar técnicas de grupos terroristas que usam a população como escudo. O famoso escudo humano que tomou contornos reais recentemente em ter- ras tupiniquins, que eu me lembre, foi incre- mentado nas guerras do Afeganistão, Iraque, Croácia, Sérvia e etc. Com dezenas de milha- res de vítimas. Os traficantes se escondem nos morros até por uma estratégia de guerra urbana: do alto eles conseguem controlar os acessos com mais facilidade. Portanto, nessa loucura toda de tentativa de poder entre bandidos, fica a sociedade honesta e angustiada servindo de escudo. O governo Estado do Rio, entulhado de cafa- jestes, corruptos, irresponsáveis e verdadei- ros políticos nefastos sociais (porque sinteti- zam tudo de ruim que um ser humano tem em si mesmos), teve que se virar, ajoelhando-se nas rampas palacianas do “Detrito Federal”, implorando por socorro financeiro, claro. O Estado do Rio se transformou no Estado da vergonha. Nós, fluminenses, não merece- mos mais essa, desculpem a palavra, porcaria de governo. Mas escolhemos isso mesmo. Democraticamente. Vejam quem foram os governantes do RJ de 1979, até hoje, um su- cedendo o outro, sem folego. Chagas Freitas (eleição feita pela Alerj), o restante pelo voto direto: Leonel Brizola (duas vezes), Moreira Franco, Nilo Batista, Marcello Alencar, An- thony Garotinho, Benedita da Silva, Rosinha Garotinho, Sergio Cabral (duas vezes), Luiz Fernando Pezão (duas vezes, lembrem-se que ele substituiu Cabral, quando renunciou em abril/2014). Em sua coluna no Globo, o cineasta Cacá Diegues foi muito feliz ao escrever que o Rio do traficante Nem é o mesmo que abriga em sua história o Cartola. Ou seja, por mais que cuspam balas, bombas e provoquem o terror, o que vi nos últimos fins de semana aqui em Niterói foi comovente. Dezenas e dezenas de ônibus de excursão levando pessoas de todas as idades para o Rock in Rio. Fui ao festival dois dias se- guidos e fiquei encantado com o astral de todo mundo, passando a impressão que aquela festa mostrava que o Rio de Janeiro mantém um pacto histórico com a cul- tura, com o entretenimento. Parecia uma redoma a prova de medo e trevas. Milhares de pessoas, adolescentes, jo- vens, adultos e muita gente da terceira idade sem regis- trarem qualquer confusão. Nenhum bêbado, ninguém pagando mico. Saí de lá pensando: o Rio é maior do que suas mazelas, mas esse mesmo Rio sabe que essas mazelas precisam ser ex- tirpadas com urgência em nome da qualidade de todas as gerações e em prol de sua própria sobrevivência. E os políticos só tomam provi- dências radicais quando a sobrevivência deles está em risco. Niterói está na mesma situação, com a vantagem de que os niteroienses são muito mais bairristas e apaixonados por sua cidade. Por isso, quando pisam no calo dele, o cidadão daqui reage forte. Todos nós sabemos que não é só polícia que resolve. Em minha modesta opinião, ainda há (pouco) tempo para o Estado do Rio fazer um programa de controle da natalidade em todos os níveis sociais. Quem vive nas comunidades sabe que muitos traficantes obrigam as ado- lescentes a engravidarem de comparsas seus, visando ampliar o contingente do tráfico. Em muitos casos, os chefes simplesmente rou- bam as meninas de suas casas e nunca mais devolvem. Elas servem de escravas sexuais e reprodutoras de novas gerações de bandidos. O controle da natalidade vai atender também as demandas do Estado. Não há quantidade de escolas, hospitais, metrô, trem, uma gama enorme de serviços que resista a explosão de- mográfica que a Região Metropolitana do Rio registra há anos. Se a população da Rocinha chegou a impressionante 60 mil pessoas, a Barra da Tijuca também incha a olhos vistos. Para lá, e também para São Conrado, Recreio dos Bandeirantes, migram a nova classe mé- dia alta nascida na Baixada Fluminense, in- terior do Estado e dos subúrbios. Graças a especulação imobiliária descontrolada, que corrompe a tudo e a todos, o Rio não para de inchar e o governante que tiver a coragem política de fazer o controle da natalidade em médio prazo será reconhecido. Isso se não for assassinado em poucos meses, já que contro- lar a natalidade significa contrariar os interes- ses de maus religiosos que querem mais que o “rebanho” exploda e os políticos de bica d’água, que negociam miséria na maior cara de pau. Em Niterói não é diferente. A Região Oceâni- ca é um exemplo. O paliteiro de espigões que assola Santa Rosa, Ingá, Icaraí Boa Viagem também não. Isso sem falarmos das favelas, que crescem, crescem, crescem. Fundamental chutar o baixo astral, mas só isso não basta.
  • 7. Niterói 29/09 a 13/10/17 www.dizjornal.com 7 Conexões erialencar.arte@gmail.com E! Games dizjornal@hotmail.com Jêronimo Falconi EASports em 1980? É estranho imaginar um mundo onde os videogames não existam. Quem é da nova gera- ção até acredita que eles sempre estiveram aí e que os renomadas competições de EAS- ports atraiam milhares de fãs como acontece hoje. Entretanto, isso está longe de ser ver- dade. Navegando na internet você pode en- contrar fotos da década de 80 do que se pode considerar o primeiro campeonato de games fotografado do mundo. O evento que se chamava “The Atari In- ternational Asteroids Tournament”, foi re- alizado em novembro de 1981, em São Francisco, nos EUA, e utilizava o aclamado Ata- ri 2600 como plataforma principal. O que chama a atenção é o número considerável de meninas competindo e também alguns parti- cipantes que já possuíam certo “status” devido às insígnias que ostenta- vam, referentes a outros campeonatos. Alguns dos jogadores levavam a parada a sério! Seriam os primeiros pro players? Cada jogador tinha um tempo certo para fa- zer sua pontuação enquanto um juiz obser- vava para evitar qualquer tipo de trapaça e manter registro. As competições regionais classificavam os jogadores com as melhores perfor- mances para o campeo- nato nacional. Neste, por exemplo, o grande vence- dor foi Andrew Breyer, que na época tinha 16 anos. Ele conseguiu ir para as grandes finais, realizadas em Washington D.C., e levou para casa US$ 5 mil e um “Asteroids Deluxe”. Por conta de seu feito, Breyer apareceu em alguns comerciais da Atari na época. Até a próxima Cadê o Dinheiro dos Royaltyies? Épreocupante o comportamento da pre- feitura de Niterói em relação à utilização dos recursos vindos dos royalties. Niterói é o segundo maior recebedor desses recursos e não faz qualquer economia. Gasta e gasta sem a menor preocupação com o futuro. O prefeito deveria observar a história de outros municípios que fizeram dos royalties receita líquida e até contraíram dívidas, como o caso de Campos dos Goytacazes, que hoje está quebrado. O município de Niterói gastou no ano passado bem mais de 300 milhões e este ano a receita está em torno de 650 milhões. Era para o município estar muito bem financeiramente e os seus serviços muito bem atendidos, o que em verdade não acontece. Não há transparência nesses gastos, apesar deles divulgarem que são campeões em “trans- parência”. Se o município tivesse um quadro de vereadores ativos estes fatos estariam sendo duramente investigados. Que lástima! Tem tudo para dar certo e vive uma situação de absoluta insegurança: urbana, jurídica e moral. Menor, Mas Não Muito... Édesapontador ver este estatuto do adolescente. O assaltante de 17 anos tentou levar os pertences de um grupo que ia para o trabalho num carro, na Rua Domingues de Sá. Apontou a arma e arrancou o cordão do passageiro que estava na janela do carro. Na ganância foi tentar levar o anel do cidadão e se descuidou. O assaltado reagiu e travou luta com o assaltante, que foi logo imobilizado pelos demais ocupantes do carro. Dois deles se feriram na luta e o assaltante também. Aí, imobilizado ele alega que é menor para não apanhar. Esta lei está muito fácil para bandidos juvenis. Na hora que aponta uma arma é homem, quando vai apanhar é menor... Outro dia um “menor” esfaqueou e matou uma senhora em Icaraí. E agora? O menor fica protegido; e a senhora morta. E como fica? Tem algo errado nisso aí... Indústria do Reboque Convenhamos que num domingo pela manhã, lá pelas 9:30h, numa rua deserta da Boa Viagem, o bairro praticamente ainda dormindo, aparece um reboque para levar um carro estacionado numa sarjeta inútil... O carro não estava atrapalhando o trânsito e estava lá quietinho numa rua silenciosa. Que justificativa se tem para rebocar um carro nesta situação? Estacionamento proibido? Próximo de um Ponto de Taxi, sem taxis naquela hora... De onde veio aquele reboque? Como soube do carro quietinho numa rua deserta? Para mim, eles estão “organizados” demais. Estão em todos os lugares, têm olhos na cidade inteira... Certamente era um carro de algum mora- dor. Pagamos o IPTU mais caro do mundo, pagamos Taxa Rodoviária, e nem podemos es- tacionar um carro próximo de nossas casas? Está concessão está errada. Morador deveria isenção pagamento, um salvo conduto para estacionar nas imediações da sua casa, já que paga pelo solo, pela morada, e pela energia. Alô Ministério Público! Alguém já prestou atenção nessas práticas abusivas? Isto é ou não é a indústria do Reboque?
  • 8. Niterói 29/09 a 13/10/17 www.dizjornal.com Renda Fina 8 Edição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores Internet Laio Brenner - dizjornal@hotmail.com Aniversariantes da Edição Beatrice Barquette Claudia Medeiros Antonino Gonçalves Helô Abreu Vera Gonçalves Ulisisses Franceschi Feliz Aniversário E ra uma receita complexa. Misture telas sensíveis ao toque, retire o te- clado real, adicione aplicativos e in- ternet e decore com músicas e vídeos. Está pronto! Esse é o Iphone. O smatphone da Apple que completa 10 anos, tempo que revolucionou o mundo. Quando começou a vender o iPhone, a Apple já havia inovado em outras duas indústrias: a dos PCs, com o lançamento do Macintosh, e a da música, com o iPod, em 2001. O iphone foi um verdadeiro tiro nas empre- sas de telecomunicações detentoras do mo- nopólio que pouco inovavam. Nascia assim a era da internet móvel que transformaria completamente as relações e o comporta- mento humano. Cada apresentação do Iphone era um dis- putado evento midiático idealizado original- mente por Steve Jobs. A Apple apresentou de fato muita das inovações que utilizamos hoje, influenciando na cultura e ditando tendências, seguidas por grande parte dos outros conglomerados tecnológicos. Atualmente o mercado de smartphone é disputado fortemente entre a Apple e a Sa- msung que se alternam no ranking como as empresas tecnológicas mais poderosas. Feliz aniversário Iphone! Até a próxima! Painel da Saudade Homenagem a Emmanuel de Macedo Soares Foi realizado na Academia Niteroiense de Letras o “Painel da Saudade” em homenagem ao acadêmico Emmanuel Bragança de Macedo Soares, falecido em 14 de abril. Este é um ri- tual de passagem onde a foto do acadêmico vai integrar a galeria dos que já passaram, mas serão imortais na memória da Academia. Teve como orador o acadêmico Edgard Fonseca. Fabricia Soares e Marcelo Soares penduram a foto do pai na Galeria dos Eternos Fabricia Soares, Marcelo Soares, Marcia Pessanha, Célio Erthal e Wanderlino Teixeira Wanderlino Teixeira Aldo Pessanha