1. Música na educação infantil
Maria Cristina Bortolozo de Oliveira Martins
Mcristinanrte_edu@yahoo.com.br
2. Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil
Parecer CNE/CEB 20/2009
Resolução CNE/CEB nº 5, de 17 de
dezembro de 2009
D.O.U. de 18/12/2009, Seção 1, Pág. 18.
3. Art. 3º O currículo da Educação Infantil é
concebido como um conjunto de práticas que
buscam articular as experiências e os saberes
das crianças com os conhecimentos que fazem
parte do patrimônio cultural, artístico,
ambiental, científico e tecnológico, de modo a
promover o desenvolvimento integral de
crianças de 0 a 5 anos de idade.
4. Art. 4º As propostas pedagógicas da Educação
Infantil deverão considerar que a criança,
centro do planejamento curricular, é sujeito
histórico e de direitos que, nas interações,
relações e práticas cotidianas que vivencia,
constrói sua identidade pessoal e coletiva,
brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende,
observa, experimenta, narra, questiona e
constrói sentidos sobre a natureza e a
sociedade, produzindo cultura.
5. Art. 6º As propostas pedagógicas de Educação
Infantil devem respeitar os seguintes princípios:
I – Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da
solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio
ambiente e às diferentes culturas, identidades e
singularidades.
II – Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício
da criticidade e do respeito à ordem democrática.
III – Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da
ludicidade e da liberdade de expressão nas
diferentes manifestações artísticas e culturais.
6. Art. 7º Na observância destas Diretrizes, a proposta
pedagógica das instituições de Educação Infantil deve
garantir que elas cumpram plenamente sua função
sociopolítica e pedagógica:
I - oferecendo condições e recursos para que as
crianças usufruam seus direitos civis,humanos e
sociais;
II - assumindo a responsabilidade de compartilhar e
complementar a educação e cuidado das crianças com
as famílias;
III - possibilitando tanto a convivência entre crianças
e entre adultos e crianças quanto a ampliação de
saberes e conhecimentos de diferentes naturezas;
7. IV - promovendo a igualdade de oportunidades
educacionais entre as crianças de diferentes classes
sociais no que se refere ao acesso a bens culturais
e às possibilidades de vivência da infância;
V - construindo novas formas de sociabilidade e de
subjetividade comprometidas com a ludicidade, a
democracia, a sustentabilidade do planeta e com o
rompimento de relações de dominação etária,
socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional,
linguística e religiosa.
8. § 1º Na efetivação desse objetivo, as propostas
pedagógicas das instituições de Educação Infantil
deverão prever condições para o trabalho coletivo e
para a organização de materiais, espaços e tempos
que assegurem:
I - a educação em sua integralidade, entendendo o
cuidado como algo indissociável ao processo
educativo;
II - a indivisibilidade das dimensões expressivo-
motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética,
estética e sociocultural da criança;
9. VIII - a apropriação pelas crianças das
contribuições histórico-culturais dos povos
indígenas, afrodescendentes, asiáticos, europeus e
de outros países da América;
IX - o reconhecimento, a valorização, o respeito e a
interação das crianças com as histórias e as
culturas africanas, afro-brasileiras, bem como o
combate ao racismo e à discriminação;
10. Art. 9º As práticas pedagógicas que compõem
a proposta curricular da Educação Infantil
devem ter como eixos norteadores as
interações e a brincadeira, garantindo
experiências que:
I - promovam o conhecimento de si e do
mundo por meio da ampliação de experiências
sensoriais, expressivas, corporais que
possibilitem movimentação ampla, expressão
da individualidade e respeito pelos ritmos e
desejos da criança;
11. II - favoreçam a imersão das crianças nas
diferentes linguagens e o progressivo domínio por
elas de vários gêneros e formas de expressão:
gestual, verbal, plástica, dramática e musical;
III - possibilitem às crianças experiências de
narrativas, de apreciação e interação com a
linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes
suportes e gêneros textuais orais e escritos;
12. VII - possibilitem vivências éticas e estéticas com
outras crianças e grupos culturais, que alarguem
seus padrões de referência e de identidades no
diálogo e reconhecimento da diversidade;
IX - promovam o relacionamento e a interação das
crianças com diversificadas manifestações de
música, artes plásticas e gráficas, cinema,
fotografia, dança, teatro, poesia e literatura;
13. XI - propiciem a interação e o conhecimento pelas
crianças das manifestações e tradições culturais
brasileiras;
Parágrafo único - As creches e pré-escolas, na
elaboração da proposta curricular, de acordo com
suas características, identidade institucional,
escolhas coletivas e particularidades pedagógicas,
estabelecerão modos de integração dessas
experiências.
14. Proposta MEC - Orientações
curriculares
Educação Infantil e Curriculo Zilma de Moraes Ramos
de Oliveira
Brincadeiras como eixo do curriculo Tisuko Morchida
Kishimoto
Educação infantil e as multiplas linguagens da
criança ou Ciência, arte e cultura Marcia Gobbi
16. Pitágoras de Samos: a seqüência
correta de sons pode mudar padrões de
comportamento e acelerar o processo
de cura (BRÉSCIA, p. 31, 2003).
17. Música na Educação
Inteligência Musical (teoria das
inteligências múltiplas, Howard
Gardner): favorece a harmonia pessoal,
a integração, a inclusão social e o
equilíbrio psicossomático.
18. - despertar e desenvolver o gosto musical;
- favorecer o desenvolvimento da sensibilidade,
criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música,
da imaginação, memória, concentração, atenção, auto-
disciplina, alteridade, socialização e afetividade, a
consciência corporal e de movimentação, permite o
autoconhecimento.
19. pensando em criatividade:
Número aumentado de informações
Interconectividade sinápticas
Hiperfoco no assunto alvo
Conhecimento, memória, intuição, confiança
Impulsividade criativa
Paixão, organização, atenção, concentração
Imaginação, fantasias, planejamento, ação
Não ter medo de errar
20. Podemos trabalhar:
gravar sons e pedir que os identifiquem;
produzir sons e pedir que os identifiquem, ou
descubram de que material é feito o objeto (metal,
plástico, vidro, madeira) ou como o som foi
produzido (agitado, esfregado, rasgado, jogado no
chão);
localizar a fonte sonora e estabelecer a distância em
que o som foi produzido (perto ou longe);
trabalhar os atributos do som: altura: agudo, médio,
grave; intensidade: forte, fraco; duração: longo,
curto; timbre: característica de cada som, o que nos
faz diferenciar as vozes e os instrumentos.
21. Não precisamos ser músicos
Mas é preciso formação. Se o professor,
do ponto de vista pessoal, está eivado
de preconceitos, desconhecimento da
cultura erudita, popular, contracultura
ou da cultura de massa (indústria
cultural) ou não tem preocupações com
tais questões, deve receber formação
para isso.
22. O Estado (federal, estadual ou
municipal) deve oferecer formação)
Inúmeros municípios já oferecem
formação continuada e em serviço;
A omissão do estado, entretanto, não
deve constituir omissão por parte do
docente.
* Este trabalho é CURRÍCULO de Educação
Infantil, não é uma opção do professor
23. Professor de anos posteriores,
Qualquer que seja a disciplina, pode, no entanto,
fazer uso da música na sua prática pedagógica:
- Física: comprimento de onda, por exemplo;
-Matemática: escala musical é matemática;
- História: a música (letra e melodia) são crônicas
da vida cotidiana, etc.;
Mas não é disso que trata o ensino de música na
Educação Infantil!
24. Mas a música na Educação
Infantil tem como objetivo
Música é linguagem
Tem função estruturante e
organizadora
Como a linguagem não surge de
forma espontânea deve ser
estimulada – em um sistema de
relações e significações sociais
25. Perspectiva histórico-cultural:
compreensão no âmbito das relações entre
os indivíduos na vida social organizada e
isto demanda:
Profunda e bem orientada imersão nos
gêneros e estios musicais, nos aspectos
históricos e culturais, étnicos, políticos
Familiarização: produção de sentidos.
26. REFERÊNCIAS
BRÉSCIA, Vera Lúcia Pessagno. Educação Musical: bases
psicológicas e ação preventiva. São Paulo: Átomo, 2003.
GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
SNYDERS, Georges. A escola pode ensinar as alegrias da
música? 2. ed. São Paulo: Cortez, 1994.
WEIGEL, Anna Maria Gonçalves. Brincando de Música: Experiências
com Sons, Ritmos, Música e Movimentos na Pré-Escola. Porto Alegre:
Kuarup, 1988.