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As Dimensões da Vida Humana
Dimensão da
Práxis
3º Período Psicologia
Belo Horizonte - 2015
Prof. Fernando Dório
O que é Práxis ?
O termo práxis provém de um termo grego
e diz respeito à prática.
A práxis ocorre a partir do momento em
que o conhecimento adquirido é experimentado
no mundo físico. Ou seja, a Práxis pode ser
definida como a ação prática dos seres
humanos.
Aspectos Básicos da Práxis
Atividade e Ação - A Práxis é a ação visando
determinados objetivos. Segundo Sanchez
Vasquez “a atividade propriamente humana só se
verifica quando atos dirigidos a um objeto para
transformá-lo se iniciam com uma finalidade”.
Agimos visando certos fins; isto é o que dá
sentido à ação.
Práxis, objetivação e transcendência - O
sujeito se objetiva pela ação; a ação manifesta e
concretiza o que é pura subjetividade, isto é, o
que existe como pura vivência. Por mais
repetitiva que seja a ação humana, ela sempre
introduz alguma modificação no campo do
sujeito.
Pela ação vamos além de nós mesmos,
ultrapassamos o dado perceptivo, alteramos o
que está ali em nosso entorno.
Aspectos Básicos da Práxis
Práxis e realização pessoal - A forma mais
concreta da ação é o fazer. O movimento natural
do homem é a sua realização. Não é qualquer
práxis que nos realiza; em muitas ocasiões
fazemos coisas que não queremos fazer.
A práxis realiza quando corresponde ao
modo de ser autêntico da pessoa; ao contrário
apenas realizamos coisas, mas não nos
realizamos.
Aspectos Básicos da Práxis
Práxis e trabalho - O trabalho constitui a
forma mais socializada da práxis, devido ao fato
do trabalho se relacionar com o processo de
produção coletiva.
Trabalho, ação, atividades, todas são
formas diversas da práxis. A práxis define ao
sujeito em seu status profissional e o define
como agente de seu destino pessoal.
Aspectos Básicos da Práxis
Momentos da Práxis
Ator e espectador - Quando a ação do outro
nos afeta de modo que permanecemos
observando o que acontece no cenário que os
outros protagonizam, somos meros
espectadores. Porém, quando optamos por
sermos atores, somos inteiramente responsáveis
pelo que acontece no cenário o qual fazemos
parte, somos agentes de nossa vida.
Como atitude vital predominante, ser ator
rende muito mais que ser espectador; ser agente
é melhor que ser paciente.
Práxis e Experiência
Qualquer atividade que implique uma
finalidade é práxis – ação ou atuação. E
experiência?
Ela pode ser entendida de três maneiras
complementares:
1) A experiência como a resultante da pratica;
2) Realidade vivida, imediata e pessoal.
3) Como a síntese subjetiva do acontecer
pessoal.
Práxis e Experiência
1) A experiência como resultante da práxis
Quando chegamos a ter conhecimento
suficiente sobre uma determinada matéria ou
campo – oficio ou arte – produto da pratica,
dizemos que somos experientes.
Ser experiente significa ter uma pratica que
me garante um conhecimento certo de uma
determinada área.
Práxis e Experiência
2) A experiência como realidade vivida, imediata
e pessoal
Nenhum aspecto da realidade comum são
vividos de modo igual; todos são vividos de
modo estritamente pessoal.
A experiência é o que acontece a um sujeito
numa situação X, afetando-o em seu próprio
ser.
Alguns psicólogos já indicaram que uma
das características do psíquico é ser
experimentado de forma imediata e direta pelo
sujeito. Este é o lado privado e intimo da
experiência.
Práxis e Experiência
3) A experiência como síntese subjetiva do
acontecer individual, constituída no percurso
histórico do sujeito
Uma experiência sempre é significada pelo
sujeito de acordo com dois fatores que
determinam seu valor:
• Vivencias anteriores da pessoa no âmbito que
corresponde a essa experiência.
• O todo da personalidade; do mundo pessoal.
Todas pessoas têm histórias, projetos de
vida, formas de sensibilidade, visão das coisas-
tudo diferente. Como poderiam significar certa
experiência de modo similar?
Práxis e Experiência
4) Alguns enunciados gerais sobre a práxis e a
experiência
 Toda pratica se torna significativa para o
sujeito na medida que implica um aprendizado
e variações que alterem os padrões já
aprendidos. A pratica meramente repetitiva e
rotineira aliena o individuo de sua situação,
automatizando-o.
Práxis e Experiência
4) Alguns enunciados gerais sobre a práxis e a
experiência
 Há uma interação entre pratica e
experiência - uma influi na outra. A experiência
é sedimentação, articulação e configuração da
pratica, mas nunca permanece impermeável às
novas praticas- que influem sobre ela mudando
seu significado e sua importância na historia da
pessoa.
Práxis e Experiência
4) Alguns enunciados gerais sobre a práxis e a
experiência
 A compreensão profunda de um fenômeno
qualquer só é possível quando o sujeito
mantém uma experiência concreta com esse
fenômeno – isto é, um contato e uma interação
com certos eventos e práticas.
Práxis e Experiência
4) Alguns enunciados gerais sobre a práxis e a
experiência
 Sendo a práxis a interação atual com uma
determinada matéria, objeto ou fenômeno,
estou continuamente aprendendo e
experimentando novas variações nesta
interação.
Não esqueçamos que a realidade nunca é
completamente estática e fechada; sempre nos
oferece alguma novidade. Em consequência, a
práxis sempre está enriquecendo minha
experiência, corrigindo-a, aperfeiçoando-a,
alterando-a.
Experiência e Vivência
1) A constituição da vivência
Nem toda experiência se torna vivência. As
vivências são formas organizadas de
experiências, articuladas de uma determinada
maneira em torno de conteúdos significativos
para o sujeito. Elas constituem o transfundo
psicológico da pessoa e as linhas mestras de
sua sensibilidade, de sua maneira de enxergar o
mundo, de sua orientação vital.
Experiência e Vivência
2) As modalidades específicas da vivência
2.1. As constantes afetivas: os sentimentos
Os sentimentos são disposições afetivas
com respeito a determinados objetos e pessoas,
que tendem a relacionar o sujeito em sentido
negativo ou positivo com esses objetos. Cabe
destacar, como se ele fosse também um objeto,
avaliando-se assim, em termo afetivos.
Todos sentimentos vão-se constituindo ao
longo da historia pessoal, embora alguns
possam surgir de apenas um episodio, como é o
caso da vergonha e da culpa, da gratidão e o
ciúme.
Experiência e Vivência
2) As modalidades específicas da vivência
2.2. As afinidades e as preferências
Através da nossa interação como mundo
vão se constituindo em nós algumas formas de
sensibilidade, que nos tornam mais sensíveis e
receptivos a determinados estímulos, situações,
cores, formas- a tudo isso que definimos como
preferencias e gostos.
Na infância e na adolescência somos muito
permeáveis às influencias ambientas; isto
explica muitas de nossas preferencias e gostos.
Experiência e Vivência
2) As modalidades específicas da vivência
2.3. Os interesses e a vocação
Chamamos de vocação, quando nossas
preferencias se organizam e se conjugam com
capacidades/habilidades, direcionando nosso
interesse para certo setor das atividades.
Cada atividade requer uma maneira
peculiar de lidar como a materialidade e com as
exigências impostas por ela; por esta razão todo
oficio impõe uma orientação da vida, um
desempenho, um estilo de comportamento.
Os interesses funcionam como fatores
motivacionais.
Experiência e Vivência
2) As modalidades específicas da vivência
2.4. Motivações e motivos, necessidade e demandas
As motivações operam como fatores internos,
intrínsecos ao dinamismo propulsor do sujeito.
Correspondem à necessidades e demandas
psicossociais. Os motivos justificam a finalidade
almejada pelo agente ou, no mínimo, operam como
as razões que justificam sua ação.
Os motivos nos revelam o sentido de uma
conduta; o sentido aponta para sua direção, o objeto
visado. O comportamento quase sempre é
compreendido de imediato assim que percebemos
seu objetivo; aí podemos captar sua conveniência e
sensatez.
Experiência e Vivência
2) As modalidades específicas da vivência
2.5. As orientações de vida - valores, crenças e
projetos
Os seres humanos se vinculam por seus
sentimentos; motivam-se por seus interesses,
suas necessidades e demandas, agindo para
criar suas condições de vida. Sintonizam-se com
determinados objetos, figuras sensíveis e
pessoas por suas afinidades e preferencias; e
orientam sua existência por seus valores,
crenças e projetos.
A experiência onírica como
uma forma de revelação do
ser próprio
O sonho é uma forma de experiência que o
sujeito faz nesse plano, comportando-se e
expressando-se em seu ser total mais próprio.
Existe em todos nós modos de ser próprios.
* Onírica: sonhar, fantasiar.
A linguagem como um dos
modos precípuos da ação
humana
Comunicar-se é entendido como entrar em
contato, relacionar-se. O pensar também é uma
forma de práxis sempre que preencha os
requisitos que lhe são inerentes. Pensar é o
trabalho da indagação, do questionamento e da
procura de soluções teóricas e praticas, é
meditar, falar consigo para chegar a uma
compreensão de si.
Realizado por:
 Gabriela Mendes
 Gislaine Santos
 Karen Cristina
 Luana Moura
 Luciana Almeida
 Stéfany Passos
 Thaiane Ramos
Referências
 ROMERO, Emílio. As dimensões da vida
humana. 3ª ed. São Paulo: Novos Horizontes,
2002. Cap. V. P.167- 206

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Dimensão da Práxis, as dimensões da vida humana

  • 1. As Dimensões da Vida Humana Dimensão da Práxis 3º Período Psicologia Belo Horizonte - 2015 Prof. Fernando Dório
  • 2. O que é Práxis ? O termo práxis provém de um termo grego e diz respeito à prática. A práxis ocorre a partir do momento em que o conhecimento adquirido é experimentado no mundo físico. Ou seja, a Práxis pode ser definida como a ação prática dos seres humanos.
  • 3. Aspectos Básicos da Práxis Atividade e Ação - A Práxis é a ação visando determinados objetivos. Segundo Sanchez Vasquez “a atividade propriamente humana só se verifica quando atos dirigidos a um objeto para transformá-lo se iniciam com uma finalidade”. Agimos visando certos fins; isto é o que dá sentido à ação.
  • 4. Práxis, objetivação e transcendência - O sujeito se objetiva pela ação; a ação manifesta e concretiza o que é pura subjetividade, isto é, o que existe como pura vivência. Por mais repetitiva que seja a ação humana, ela sempre introduz alguma modificação no campo do sujeito. Pela ação vamos além de nós mesmos, ultrapassamos o dado perceptivo, alteramos o que está ali em nosso entorno. Aspectos Básicos da Práxis
  • 5. Práxis e realização pessoal - A forma mais concreta da ação é o fazer. O movimento natural do homem é a sua realização. Não é qualquer práxis que nos realiza; em muitas ocasiões fazemos coisas que não queremos fazer. A práxis realiza quando corresponde ao modo de ser autêntico da pessoa; ao contrário apenas realizamos coisas, mas não nos realizamos. Aspectos Básicos da Práxis
  • 6. Práxis e trabalho - O trabalho constitui a forma mais socializada da práxis, devido ao fato do trabalho se relacionar com o processo de produção coletiva. Trabalho, ação, atividades, todas são formas diversas da práxis. A práxis define ao sujeito em seu status profissional e o define como agente de seu destino pessoal. Aspectos Básicos da Práxis
  • 7. Momentos da Práxis Ator e espectador - Quando a ação do outro nos afeta de modo que permanecemos observando o que acontece no cenário que os outros protagonizam, somos meros espectadores. Porém, quando optamos por sermos atores, somos inteiramente responsáveis pelo que acontece no cenário o qual fazemos parte, somos agentes de nossa vida. Como atitude vital predominante, ser ator rende muito mais que ser espectador; ser agente é melhor que ser paciente.
  • 8. Práxis e Experiência Qualquer atividade que implique uma finalidade é práxis – ação ou atuação. E experiência? Ela pode ser entendida de três maneiras complementares: 1) A experiência como a resultante da pratica; 2) Realidade vivida, imediata e pessoal. 3) Como a síntese subjetiva do acontecer pessoal.
  • 9. Práxis e Experiência 1) A experiência como resultante da práxis Quando chegamos a ter conhecimento suficiente sobre uma determinada matéria ou campo – oficio ou arte – produto da pratica, dizemos que somos experientes. Ser experiente significa ter uma pratica que me garante um conhecimento certo de uma determinada área.
  • 10. Práxis e Experiência 2) A experiência como realidade vivida, imediata e pessoal Nenhum aspecto da realidade comum são vividos de modo igual; todos são vividos de modo estritamente pessoal. A experiência é o que acontece a um sujeito numa situação X, afetando-o em seu próprio ser. Alguns psicólogos já indicaram que uma das características do psíquico é ser experimentado de forma imediata e direta pelo sujeito. Este é o lado privado e intimo da experiência.
  • 11. Práxis e Experiência 3) A experiência como síntese subjetiva do acontecer individual, constituída no percurso histórico do sujeito Uma experiência sempre é significada pelo sujeito de acordo com dois fatores que determinam seu valor: • Vivencias anteriores da pessoa no âmbito que corresponde a essa experiência. • O todo da personalidade; do mundo pessoal. Todas pessoas têm histórias, projetos de vida, formas de sensibilidade, visão das coisas- tudo diferente. Como poderiam significar certa experiência de modo similar?
  • 12. Práxis e Experiência 4) Alguns enunciados gerais sobre a práxis e a experiência  Toda pratica se torna significativa para o sujeito na medida que implica um aprendizado e variações que alterem os padrões já aprendidos. A pratica meramente repetitiva e rotineira aliena o individuo de sua situação, automatizando-o.
  • 13. Práxis e Experiência 4) Alguns enunciados gerais sobre a práxis e a experiência  Há uma interação entre pratica e experiência - uma influi na outra. A experiência é sedimentação, articulação e configuração da pratica, mas nunca permanece impermeável às novas praticas- que influem sobre ela mudando seu significado e sua importância na historia da pessoa.
  • 14. Práxis e Experiência 4) Alguns enunciados gerais sobre a práxis e a experiência  A compreensão profunda de um fenômeno qualquer só é possível quando o sujeito mantém uma experiência concreta com esse fenômeno – isto é, um contato e uma interação com certos eventos e práticas.
  • 15. Práxis e Experiência 4) Alguns enunciados gerais sobre a práxis e a experiência  Sendo a práxis a interação atual com uma determinada matéria, objeto ou fenômeno, estou continuamente aprendendo e experimentando novas variações nesta interação. Não esqueçamos que a realidade nunca é completamente estática e fechada; sempre nos oferece alguma novidade. Em consequência, a práxis sempre está enriquecendo minha experiência, corrigindo-a, aperfeiçoando-a, alterando-a.
  • 16. Experiência e Vivência 1) A constituição da vivência Nem toda experiência se torna vivência. As vivências são formas organizadas de experiências, articuladas de uma determinada maneira em torno de conteúdos significativos para o sujeito. Elas constituem o transfundo psicológico da pessoa e as linhas mestras de sua sensibilidade, de sua maneira de enxergar o mundo, de sua orientação vital.
  • 17. Experiência e Vivência 2) As modalidades específicas da vivência 2.1. As constantes afetivas: os sentimentos Os sentimentos são disposições afetivas com respeito a determinados objetos e pessoas, que tendem a relacionar o sujeito em sentido negativo ou positivo com esses objetos. Cabe destacar, como se ele fosse também um objeto, avaliando-se assim, em termo afetivos. Todos sentimentos vão-se constituindo ao longo da historia pessoal, embora alguns possam surgir de apenas um episodio, como é o caso da vergonha e da culpa, da gratidão e o ciúme.
  • 18. Experiência e Vivência 2) As modalidades específicas da vivência 2.2. As afinidades e as preferências Através da nossa interação como mundo vão se constituindo em nós algumas formas de sensibilidade, que nos tornam mais sensíveis e receptivos a determinados estímulos, situações, cores, formas- a tudo isso que definimos como preferencias e gostos. Na infância e na adolescência somos muito permeáveis às influencias ambientas; isto explica muitas de nossas preferencias e gostos.
  • 19. Experiência e Vivência 2) As modalidades específicas da vivência 2.3. Os interesses e a vocação Chamamos de vocação, quando nossas preferencias se organizam e se conjugam com capacidades/habilidades, direcionando nosso interesse para certo setor das atividades. Cada atividade requer uma maneira peculiar de lidar como a materialidade e com as exigências impostas por ela; por esta razão todo oficio impõe uma orientação da vida, um desempenho, um estilo de comportamento. Os interesses funcionam como fatores motivacionais.
  • 20. Experiência e Vivência 2) As modalidades específicas da vivência 2.4. Motivações e motivos, necessidade e demandas As motivações operam como fatores internos, intrínsecos ao dinamismo propulsor do sujeito. Correspondem à necessidades e demandas psicossociais. Os motivos justificam a finalidade almejada pelo agente ou, no mínimo, operam como as razões que justificam sua ação. Os motivos nos revelam o sentido de uma conduta; o sentido aponta para sua direção, o objeto visado. O comportamento quase sempre é compreendido de imediato assim que percebemos seu objetivo; aí podemos captar sua conveniência e sensatez.
  • 21. Experiência e Vivência 2) As modalidades específicas da vivência 2.5. As orientações de vida - valores, crenças e projetos Os seres humanos se vinculam por seus sentimentos; motivam-se por seus interesses, suas necessidades e demandas, agindo para criar suas condições de vida. Sintonizam-se com determinados objetos, figuras sensíveis e pessoas por suas afinidades e preferencias; e orientam sua existência por seus valores, crenças e projetos.
  • 22. A experiência onírica como uma forma de revelação do ser próprio O sonho é uma forma de experiência que o sujeito faz nesse plano, comportando-se e expressando-se em seu ser total mais próprio. Existe em todos nós modos de ser próprios. * Onírica: sonhar, fantasiar.
  • 23. A linguagem como um dos modos precípuos da ação humana Comunicar-se é entendido como entrar em contato, relacionar-se. O pensar também é uma forma de práxis sempre que preencha os requisitos que lhe são inerentes. Pensar é o trabalho da indagação, do questionamento e da procura de soluções teóricas e praticas, é meditar, falar consigo para chegar a uma compreensão de si.
  • 24. Realizado por:  Gabriela Mendes  Gislaine Santos  Karen Cristina  Luana Moura  Luciana Almeida  Stéfany Passos  Thaiane Ramos
  • 25. Referências  ROMERO, Emílio. As dimensões da vida humana. 3ª ed. São Paulo: Novos Horizontes, 2002. Cap. V. P.167- 206