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Analise Semiotica

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Centro Universitário Tiradentes
Curso de Comunicação Social
Stella Maria Carvalho Santana
Análise semiótica da obra de art...
2015
Stella Maria Carvalho Santana
Análise semiótica da obra de arte Sunrise by the Ocean
Trabalho apresentado a disciplin...
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Fundamentação Teórica
2.2 Resultados da Análise
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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  1. 1. Centro Universitário Tiradentes Curso de Comunicação Social Stella Maria Carvalho Santana Análise semiótica da obra de arte Sunrise by the Ocean Maceió
  2. 2. 2015 Stella Maria Carvalho Santana Análise semiótica da obra de arte Sunrise by the Ocean Trabalho apresentado a disciplina Imagem, Estética e Semiótica do Curso de Comunicação Social, habilitação em: Publicidade e Propaganda, do Centro Universitário Tiradentes, como Avalição referente a 2ª Unidade. Orientador: Prof. Msc. Luzan Beiriz Gonçalves Maceió 2015
  3. 3. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 Fundamentação Teórica 2.2 Resultados da Análise 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS
  4. 4. 3
  5. 5. 1 INTRODUÇÃO A peça objeto desta análise consiste em uma obra de arte chamada “Sunrise by the Ocean”, com o autor Vladmir Kush: Fonte: http://vladimirkush.com/sunrise-by-the-ocean A peça acima representa um signo que produz um efeito interpretativo. Neste sentido a referida peça se reporta a uma referência que aqui será analisada sob os seus três elementos formais e universais e que se apresenta à percepção: a primeiridade, a secundidade e a terceiridade.
  6. 6. 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 Fundamentação Teórica Todas as manifestações humanas, toda expressão, onde se constitui como comunicação são concebidas como linguagem. A linguagem representa para o homem no entendimento de sua relação com o mundo. Para possui conhecimento da sua linguagem nas nuances e especificidades, lhe proporciona uma compreensão mais nítida de sua condição em meio a um real muito além de seu alcance. A partir do século XX viu nascer e vivencia o crescimento de dois tipos de ciências da linguagem. O estudo do domínio linguístico, universo imenso de signos que nos bombardeiam constantemente de estímulos e significados. Esse estudo é definido como semiótica, ou, a ciência que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno de produção de significação e de sentido, lidando com conceitos, ideias. A Mais abrangente que a linguística, onde não estuda exclusivamente a linguagem verbal. Como campo de estudos dos signos, a semiótica propõe o signo como qualquer coisa que é perceptível e se apresenta no lugar de outra coisa material ou imaginaria, para representar. Para “Santaella” (1983), semióticas é o que descrevem e analisam processos e produtos de linguagem, os mais diversos, que fazem parte do nosso dia a dia, tais como peças de teatro, filmes, programas de TV, uma luz e até mesmo o silêncio. Charles Sandres Pierce, um filosofo, foi o criador da teoria, sugere Semiótica como componente de um sistema filosófico e, portanto, pode ser definida apenas a partir da classificação desse sistema. Classificando em dois ramos da ciência, os físicos e psíquicos, onde vão se subdividindo em ciências e se classificando, passa da descritiva para às aplicadas. A Semiótica é concebida no interior da abstração da Filosofia e da Matemática. Ciências distintas, a matemática se compromete com o que não é logicamente possível, sem ser responsável pela existência atual, já a filosofia se propõe em descobrir o que é verdadeiro A Fenomenologia, como qualquer ciência, é meramente observa, através da análise, postula as formas ou propriedades desses fenômenos, onde a partir dai surge as classificações. Apesar de tudo a fenomenologia é totalmente independente das ciências. A base que as ciências normativas se desenvolvem na fenomenologia são: Estética, Ética e Semiótica ou Logica. A Estética se define como ciência daquilo que é objetivamente admirável sem razão ulterior. A base da Ética é a conduta que a
  7. 7. Estética propõe, recebendo seus princípio. Ambas extraindo seus princípios, a semiótica, com a função classificar e descrever todos os tipos de signos logicamente possíveis. O homem tem a capacidade de descrever e analisar as experiências em tudo lugar, independente de dia e hora, se está presente ou não no cotidiano. Pierce começa a partir da experiências de pressupostos onde denominou e dividiu os fenômenos em falsos ou verdadeiros, reais ou imaginários, certos ou errados. Fenômeno é tudo aquilo que aparece a mente, independente de corresponde-se algo real ou não. A tarefa da fenomenologia é dar uma luz as categorias mais gerais, universais de todo e qualquer fenômeno, ou seja, as característica presentes em todos os fenômenos participam de todas as experiências, sempre demonstradas com sensações e interpretações. A observação direta dos fenômenos, e como eles se apresentam a mente humana, que as categorias universais, elementos formais do pensamento, foram ser divisadas. Pierce extrai característicos e elementares sendo gerais da experiência, que tornam a experiência possível. Constituem qualquer experiência, são todas necessárias para o entendimento das coisas reais ou fictícias. Pierce define que tudo que aparece à consciência corresponde aos três elementos da experiência: 1) Qualidade, 2) Relação e 3) Representação, os termos foram substituídos e receberam a denominação de Primeiridade, Secundidade e Terceiridade. Ao desenvolver o exame das três categorias aplicadas, foi de um campo a outro: o da lógica até à psicologia
  8. 8. Primeiridade A consciência imediata, a pura qualidade de ser e de sentir. A qualidade da Consciência imediata é indivisível, não analisável, inocente e frágil. É tudo aquilo que está no instante presente na consciência do ser. O sentimento como a qualidade é, à consciência imediata, mas também é aquilo que se oculta no pensamento, pois para pensar precisa de tempo e reage como deslocamento do sentimento mesmo tentando capturar. A qualidade da consciência mesmo no imediato é tão frágil que não podemos toca-la sem estragar. O primeiro é o presente e imediato, ele é fresco e novo, pois se for velho já é um segundo em relação ao estado anterior. É iniciante, original, espontâneo e livre, se não seria o segundo se relacionando a uma causa. Não possui nenhuma unidade nem partes, não pode ser articuladamente pensado; se pensar, ele perde toda sua inocência característica. Embora qualquer coisa que esteja em mente em qualquer lugar, há uma consciência imediata e consequentemente um sentimento, que possui qualidades do próprio sentimento que está a cada instante presente, mesmo sendo imperceptível. Não podem ser pensamentos articulados, nem sensações mas sim qualquer coisa que esteja imediatamente presente na consciência. É como se a consciência fosse, naquele momento, uma pura qualidade de sentir. A consciência em primeiridade é a qualidade do sentimento, ou seja a primeira apreensão das coisas que aparecem. A qualidade é o modo de sentir mais imediato, mas imperceptível. O sentimento é um quase-signo do mundo, é a primeira forma rudimentar, vaga, imprecisa e imediata na interpretação das coisas. O Ícone para a Semiologia e a semiótica, é um signo visual que representa outro objeto por força de semelhança. Os Ícones são signos substitutivos de conteúdo derivativo, Ou seja, uma imagem que assemelha ao signo mostrado. Secundidade Existe um mundo reativo, sensual, real, independente de pensamento é caracteriza pela secundidade. Esta categoria é a arena da existência da vida. Simplesmente fato de estarmos vivendo, existindo, significa, a todo momento, consciência reagindo em relação ao mundo.
  9. 9. Existir é sentir ações de fatos externos resistindo à nossa vontade. Fatos abruptos e brutos. Existir é estar numa relação, tomar um lugar na infinita miríade das determinações do universo, reagir e resistir, confrontar-se com outros corpos, ocupar um tempo e espaço particulares. Onde quer que haja um fenômeno, há uma qualidade, isto é, sua primeiridade. Mas a qualidade é apenas uma parte do fenômeno, visto que, para existir, a qualidade tem de estar encarnada numa matéria. A factualidade do existir (secundidade) está nessa corporificação material. Secundidade: ação de um sentimento sobre nós e nossa realidade específica, comoção do eu com o estimulo. É o nosso estar como que natural no mundo, corpos vivos, energia palpitante que recebe e responde. Segue-se que em toda experiência, quer seja de objetos interiores ou exteriores, há sempre um elemento de reação ou segundo, anterior a mediação do pensamento articulado e subsequente ao puro sentir. Experiência é o curso da vida. O mundo é aquilo que a experiência nele inculca. E experiência em nós é aquilo que o fluxo de nossa vida impeliu a pensar. Falar em pensamento, no entanto, é falar em processo, mediação interpretativa entre nós e os fenômenos. É sair, portanto, do segundo como aquilo que nos impulsiona para o universo do terceiro. Secundidade é a reflexão envolvida no processo. É quando a pessoa lê com profundidade e compreensão o seu conteúdo. O observador faz uma comparação com experiências e situações vividas por ele. Está baseada no conflito. Temos nela ação e reação dos fatos concretos. Tem relação com os conhecimentos já adquiridos. Qualquer ação didática (bem/mal, homem/mulher, bom/ruim). O índice está na secundidade é uma representação cuja relação com objeto consiste em uma correspondência de fato. Relação de causa e efeito. Terceiridade A terceiridade é o momento que constitui as experiências. Se aproximando do primeiro e segundo em uma síntese intelectual. Correspondendo à camada da inteligibidade, pensamento em signos, e a interpretação do mundo. À existe uma importância da terceiridade no estudo filosófico e científico, o estudo influência no crescimento e na inteligência. Mas a ideia de terceiridade é a que um signo ou representação. Generalidade, infinidade, continuidade, difusão, crescimento e inteligência, são os requerimentos de um estudo filosófico. Mas a simples ideia de terceiridade é aquela
  10. 10. de um signo ou representação. E esta diz respeito ao modo, o mais proeminente, com que nós, seres simbólicos, estamos postos no mundo. Diante de qualquer fenômeno, isto é, para conhecer e compreender qualquer coisa, a consciência produz um signo, ou seja, um pensamento como mediação irrecusável entre nós e os fenômenos. E isto, já ao nível do que chamamos de percepção. Perceber não é senão traduzir um objeto de percepção em um julgamento de percepção, ou melhor, é impor uma camada interpretativa entre a consciência e o que é percebido. Nessa medida, o simples ato de olhar já está carregado de interpretação, visto que é sempre o resultado de uma elaboração cognitiva, fruto de uma mediação que possibilita nossa orientação no espaço por um reconhecimento e aceitação diante das coisas que só o signo permite. Em síntese: compreender, interpretar é traduzir um pensamento em outro pensamento num movimento ininterrupto, pois só podemos pensar um pensamento em outro pensamento. O signo está numa relação a três termos que sua ação pode ser bilateral: de um lado, representa o que está fora dele, seu objeto, e de outro lado, dirige-se para alguém em cuja mente se processará sua remessa para um outro signo ou pensamento onde seu sentido se traduz. 2.2 Resultados da Análise 2.1 Primeiridade
  11. 11. Lado esquerdo: Um deserto; Existe uma plataforma sendo construída de forma oval; Homens estão trabalhando nessa construção, em média de 3 a 4 homens; Existe um pássaro sobrevoando a estrutura oval; Há pedaços de arvores mortas no chão; Possui um homem chegando de jangada; Pedaços de ossos no chão; A estrutura oval está dividida. O ícone é representado pela forma oval, recordando de uma casca de ovo. Centro da Imagem: Logo no centro vemos um sol; Um céu repleto de nuvens; Com alguns pássaros voando; Abaixo do sol tem um rio; Existe um reflexo do sol neste rio. O ícone é representado centro, recordando o sol. Lado direito: A continuidade do deserto; Outra parte da plataforma sendo construída; Vários pássaros em cima dela; Arvores secas; Uma pessoa cabisbaixa nas margens do rio; Pedaços de pedras no chão; Uns 4 ou 5 trabalhadores na obra; Uma ancora solta perto do rio. Uma pequena poça de água próxima ao rio. O ícone é representado pela forma oval, recorda a casca de um ovo. 2.2 Secundidade
  12. 12. A imagem mostrada, representa um quadro, do movimento surrealista, onde foi iniciado durante as vanguardas europeias. Foram manifestos artísticos, surgidas nas primeiras duas décadas do século XX. As características desses manifestos, foram os projetos inovadores e experimenta. Assim como o surrealismo, outras manifestações foram destacadas por artistas consagrados, como: Pablo Picasso, no Cubismo; Van Gogh, no Expressionismo; Marcel Duchamp, no Dadaísmo; e o Salvador Dalí, no Surrealismo. O surrealismo nasceu em Paris no ano 1924, pelo poeta André Breton. Logo após da criação do manifesto, o poeta solicitou a Salvador Dalí sua presença no movimento, onde é considerado o maior exemplo do movimento surrealista. Foi inspirado nas teorias do Doutor Sigmund Freud, o criador da psicanalise. Questionando as crenças culturais vigentes na Europa, desprezando a realidade concreta e abusando da liberdade de expressão. Acima de tudo, a ideia era valorizar o desempenho do inconsciente no processo de criação. O artista da obra apresentada é de um Russo, Vladimir Kush. O pintor mistura em suas obras a combinação entre o mito, metáfora e a poesia em novas formas. O artista sempre tende a realizar referências a significados mais profundos, com metáforas, mas abordando o realismo, o próprio autor se considera um realista metafórico. A sua maior inspiração são os quadros e métodos do Salvador Dalí. É considerado com um dos maiores artistas contemporâneos e em 2011 recebeu o prêmio de melhor artista na categoria pintura, no Artistes du Monde, em Cannes. “O ovo simboliza o Sol nascente e o início da vida. Em muitos mitos sobre a criação do mundo, um ovo cósmico é colocado por um pássaro gigante em um antigo oceano. As divisões de ovos em dois é o céu, e a terra aparece a partir das metades do mesmo, enquanto o sol é visto na gema. Você pode ver na foto que o sol recém-nascido ainda não tomou sua forma final ainda. Fragmentos de matéria primária continuam a transmitir a partir da esfera. De acordo com o mito da Polinésia, a Ilha Havaí nasceram a partir de tal um ovo.” KUSK, Vladimir A pintura nomeada por “Sunrise by the Ocean”, é uma representação do mito do ovo cósmico. Um mito polinésios sobre a criação do mundo. As mentes mais brilhantes da cosmologia, falam da criação do universo que veio de uma “singularidade”, representado pelo um ovo cósmico. Onde um pássaro gigante põe
  13. 13. um ovo no oceano primitivo, onde eclodira depois de um longo período de repouso. Partindo-se em duas metades formando a terra e o céu. A partir da gema, forma-se o sol. O quadro foi pintado em 2000, ano de mudança de milênio, onde muita gente que o mundo ia se acabar. O quadro implica na criação de um novo mundo, pelo contexto. Retardando a mudança do milênio através do ovo partido em duas metades, representando o início de uma nova era. Existe uma relação entre a maçonaria e o mito do ovo cósmico. Os maçons usam os mitos para refletirem sobre algum assunto relacionado as cerimonias, e o Ovo cósmico: O Ritual do grau de Mestre Secreto se refere a Arca da Aliança como sendo “O ovo cósmico” ou a “matriz universal”, que encerra os germes da “mônada”. Além do mito a obra de arte foi bem construída, e rica em detalhes. Um homem que leva um barco junto dele, saindo do rio, e pelado, de costas a construção. O barco que ele leva está vazio. O homem com postura baixa, tem algo que o faz sentir tristeza e desconforto. Logo atrás possui uma arvore seca, morta, sem nenhuma folha verde. Um crânio está na arreia, mas nenhum pedaço de osso, próximo consiste uma arvore morta em uma terra seca. Uma âncora nas margens do rio, com a maresia provavelmente estava enferrujada. Ela tem uma corda que está lidada a nada.
  14. 14. Tanto no lado esquerdo, quanto o direito possui pessoas construindo ou destruindo um pedaço de casca de ovo. Apenas 3 pessoas do no lado esquerdo e 4 pessoas no lado direito. A referência ao sol no amanhecer ou no fim da tarde, possuindo um reflexo no mar, estando entre a de uma casca de um ovo. O oceano se funde com um rio logo abaixo de seu reflexo. Pássaros sobrevoando a estrutura da casca do ovo, em uma direção só. Onde geralmente vão passar em períodos frios. 2.3 Terceiridade A imagem mostra um mundo semi destruído, devastado pelo o uso e abuso de suas riquezas naturais, a fauna e a flora, agora devastada, alimenta o pouco da vida que sobrou na terra. Os que trabalham buscam uma melhoria para uma nova vida, possuído pela depressão e pessimismo dos outros, resta a desesperança de uma melhora. A aparição do ovo cósmico gerou esperança para os sobreviventes que cuidaram dele até a sua eclosão, assim como o seu mito o ovo continha uma nova vida, uma nova chance para todos. Enquanto a clara do ovo banhou rios e lagos antes vazios, a gema era o novo sol, fonte máxima para a vida na terra. Só com o sol, as plantas, que em sua maioria estavam secas e sem esperança, teriam fotossíntese e voltariam a crescer. É como já foi visto na bíblia com a arca de noé, uma destruição do mundo, e a construção do novo mundo, mais puro e limpo, e os seu sobreviventes ficariam responsáveis pela criação da sociedade.
  15. 15. A cor que mais se sobressai no quadro é o dourado e o amarelo, simbolizando a divindade e a criação. Todas as pessoas peladas tem relação ao nascer de novo, a construção de algo novo, uma renovação a antiga terra que estava presente. Os últimos sobreviventes da terra se encontraram em situação precária e em completo desespero, no estado de depressão afundados no pessimismo. Onde o único objetivo é cuidar do que sobro, nas dificuldades na sobrevivência que eles perceberam que são igual e lutam pelo mesmo. Existem três fatores que se destacam no quadro, que é o Pessimismo, a sensação de esperança e o novo mundo. Em cada um tem suas referências pelas simbologias e signos: O barco é o símbolo da travessia da vida e da morte. Representa a viagem cumprida ao longo da vida ou a travessia que leva a alma dos mortos para um outro mundo. Implica no final da esperança, o homem está de costas ao simbolismo da esperança e do novo mundo, ele está mergulhado no pessimismo que não ver uma saída para si além da morte, representada pelo barco que ele carrega. O homem na beira do rio, com a cabeça baixa, como se estivesse deprimido, com pessimismo e sem esperanças de um futuro. Ao seu lado tem uma arvore, que simboliza a vida, entretanto a arvore está seca, morta e sem vida, ou seja, o símbolo dela inverte, tornando um sentimento de morte. Todas as citações ligadas ao pessimismo estão na mesma variação de cor, entre o marrom claro e o marrom escuro, a cor marrom representa conformismo. Representando o que as pessoas daquele lugar estão passando, estão acostumadas com a seca, a desesperança, e acabam entrando em um conformismo, e não conseguem ver que a esperança do novo mundo está bem na sua frente.
  16. 16. A caveira simboliza mudança, transformação, renovação, início de um novo ciclo. E a âncora é considerada um símbolo de firmeza, força, tranquilidade, esperança e fidelidade. Ambas estão ainda nos tons de marrom, representando a saída, a mudança do conformismo do pessimismo, indo para a esperança. A escada simboliza um progresso de valor estar relacionado à subida e ao crescimento. O crescimento seria chegar a esperança, existem trabalhadores construindo algo que significaria a chegada do novo mundo. Os tons de amarelo e dourado começam a aparecer, significando alegria, otimismo. A nuvem simboliza uma divisão que separa dois mundos cósmicos. Como produtora da chuva, a nuvem tem uma relação com a manifestação celeste, simbolizando o devir de metamorfoses. A metamorfose do antigo mundo para o novo, a imagem da nuvem reflete na esperança de mudar. O mar simboliza a dinâmica da vida, os nascimentos, as transformações, a morte, e os renascimentos. A transformação do antigo para o novo, do pessimismo para a esperança. A aparição do azul representa o ideal e o sonho, onde as pessoas já estão mais esperançosas e estão trabalhando pelo sonho do mundo novo. O ovo é um símbolo universal de nascimento e criação, o qual se manifesta por meio da transformação sendo, portanto, um repositório "de uma nova vida". Como no mito o ovo veio com a criação do mundo, a criação do mundo novo. A gema onde sai a vida, sai o sol e o seu alimento se transforma em um rio que se funde com o mar alimentando o mundo acabado, criando o novo, revivendo o mundo com outra forma, trazendo esperança e divindade.
  17. 17. O sol representa a força vital e o poder cósmico e a nascente do sol, o nascer do mundo novo. A nova vida, nova geração, novo século, novo pensamento. Os pássaros voando simbolizam a liberdade, a independência. A liberdade dos velos costumes, a independência do pragmatismo de antes, do conformismo com a independência, e passar a viver a esperança. O mundo melhor, e novo já está acontecendo. As cores amarelas e douradas tão presentes traz a sensação de divindade, do divino tivesse feito isso. E todos estão pelados, como se estivessem prontos para renascer, sem nenhum apego ao passado, prontos para o novo. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS As considerações finais consistem na relação do mito do ovo cósmico para a realidade, onde foram posto elementos no quadro que influenciam na mensagem. Recordando que o quadro foi criado em 1999, para 2000, quando o mundo estava mudando de século, muitos acreditavam que o mundo ia acabar, o quadro foi uma mensagem de esperança, de renascimento, e de liberdade dos antigos conceitos. A imagem do ovo, assim como o nascer do sol, trazem sensação de esperança e de nova vida. Uma ambiguidade de sentidos presente no quadro de pessimismo e otimismo, de conforto com a depressão e a liberdade. Em conclusão, temos uma noção de como uma análise semiótica perpassa o olhar superficial que estamos acostumados a ter frente às mensagens comunicacionais. Exploramos as composições e articulações resultantes das relações dos signos; com seus objetos e com seus interpretantes assim como os efeitos potenciais em seu receptor, baseado predominantemente na metodologia proposta por Peirce em sua semiótica analítica.
  18. 18. REFERÊNCIAS SANTANELLA, Lúcia. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 2005. Coleção Primeiros Passos. InfoEscola. Disponível em: < http://www.infoescola.com/filosofia/semiotica/> . Acesso em: 13/11/2015. Muito Além 2013. Disponível em <http://muitoalem2013.blogspot.com.br/2015/02/o- ovo-cosmico.html>. Acesso em: 05/11/2015. Wikipedia. Disponivel em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Sanders_Peirce>. Acesso Unicamp. Disponivel em:< http://www.sbu.unicamp.br/snbu2008/anais/site/pdfs/2880.pdf>. Acesso em 13/11/2015 DANIERVELIN, Renata Marques. O HUMOR NA CAPA – UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DO DISCURSO. UFMG: Minas Gerais, 2008. BARBIERI, Gustavo. TORNAVOI, Dirceu . ANÁLISE SEMIÓTICA APLICADA ÀS MARCAS. FEARP – Universidade de São Paulo: São Paulo, 2005.

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