O documento descreve os resultados de uma pesquisa sobre religião realizada em Belo Horizonte entre 2001-2002. Os principais achados são: 1) Os entrevistados admitiram em média 6,1 crenças, indicando um estilo sincrético de religiosidade; 2) As crenças cristãs fundamentalistas e democráticas corresponderam a 80,1% do total, mostrando a predominância do cristianismo; 3) Entre 30-52% dos entrevistados frequentavam ou estavam dispostos a frequentar diferentes instituições e rituais
1) A espiritualidade é uma disciplina teológica relativamente recente que visa ajudar a vivenciar a fé cristã na prática do dia a dia.
2) Existem desafios atuais na compreensão e vivência da espiritualidade, como sincretismos e a visão de que outras espiritualidades são igualmente válidas.
3) A espiritualidade consiste em viver segundo o Espírito de Deus, promovendo a vida como Jesus, através de frutos como paz, alegria e dignidade.
1) O documento analisa a importância dos símbolos como prática religiosa na Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
2) Na IURD, os símbolos como "água benta do rio Jordão" são vistos como sagrados em si mesmos, não como representações. Os fiéis depositam fé nos símbolos para alcançar bênçãos.
3) A legitimação dos símbolos na IURD se dá através do discurso sacerdotal, substituindo em parte a ênfase no sim
O documento discute a perspectiva da Igreja Católica e da psicanálise freudiana sobre o chamado de Deus para a vida religiosa. Apresenta como a percepção de Deus evoluiu de um Deus temível para um Deus amoroso e como a revelação passou a ser vista de forma mais contextualizada. Também analisa como Freud desvendou a psicodinâmica por trás das crenças religiosas e como isso influenciou a evolução do pensamento teológico.
Tcc o mito e sua relevância no ensino religiosoluciano
Este documento discute a contribuição dos mitos para a educação humana. Em três frases:
1) Os mitos surgiram como forma primitiva de explicar fenômenos da natureza e questões existenciais, e contribuíram para a evolução cultural da humanidade.
2) O documento argumenta que é importante estudar os mitos para compreender suas origens, estruturas e significados, e como eles podem ser usados no ensino religioso.
3) Finalmente, o autor defende que o ensino religioso deve promover o diálogo
Este documento discute a religiosidade brasileira, o pluralismo religioso e o processo sincrético no Brasil. Analisa como diferentes crenças religiosas se misturaram ao longo da história, incluindo elementos católicos, indígenas e africanos. Também discute como o cenário religioso brasileiro mudou nas últimas décadas, com movimentos se tornando mais focados em identidade e a emergência de estudos acadêmicos sobre religião.
tcc pós graduação artigo ensino religioso Manoel Colares 2016 0_344155MANOEL R. C. SILVA
Esse trabalho foi realizado com muita dedicação e carinho, onde examinamos a questão do ensino religioso na escola pública brasileira. Um grande abraço a todos e bom proveito.
O documento apresenta uma resenha de um livro sobre Ciência da Religião organizado por João Décio Passos e Frank Usarski. O livro aborda diversos temas relacionados à Ciência da Religião como epistemologia, história, fenomenologia, filosofia, ciências sociais e psicológicas da religião. A resenha destaca a abordagem dos organizadores em buscar legitimidade disciplinar para a Ciência da Religião e discute os diferentes capítulos do livro que tratam de objetos, métodos e teorias da
Este documento discute a relação entre a igreja e a homossexualidade. Ele levanta questões sobre como a igreja é percebida em relação a este tema e analisa o contexto histórico da homossexualidade. O autor também discute a militância organizada em torno da causa LGBT e aponta seus objetivos centrais de atacar a família, o cristianismo e usar engenharia social.
1) A espiritualidade é uma disciplina teológica relativamente recente que visa ajudar a vivenciar a fé cristã na prática do dia a dia.
2) Existem desafios atuais na compreensão e vivência da espiritualidade, como sincretismos e a visão de que outras espiritualidades são igualmente válidas.
3) A espiritualidade consiste em viver segundo o Espírito de Deus, promovendo a vida como Jesus, através de frutos como paz, alegria e dignidade.
1) O documento analisa a importância dos símbolos como prática religiosa na Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
2) Na IURD, os símbolos como "água benta do rio Jordão" são vistos como sagrados em si mesmos, não como representações. Os fiéis depositam fé nos símbolos para alcançar bênçãos.
3) A legitimação dos símbolos na IURD se dá através do discurso sacerdotal, substituindo em parte a ênfase no sim
O documento discute a perspectiva da Igreja Católica e da psicanálise freudiana sobre o chamado de Deus para a vida religiosa. Apresenta como a percepção de Deus evoluiu de um Deus temível para um Deus amoroso e como a revelação passou a ser vista de forma mais contextualizada. Também analisa como Freud desvendou a psicodinâmica por trás das crenças religiosas e como isso influenciou a evolução do pensamento teológico.
Tcc o mito e sua relevância no ensino religiosoluciano
Este documento discute a contribuição dos mitos para a educação humana. Em três frases:
1) Os mitos surgiram como forma primitiva de explicar fenômenos da natureza e questões existenciais, e contribuíram para a evolução cultural da humanidade.
2) O documento argumenta que é importante estudar os mitos para compreender suas origens, estruturas e significados, e como eles podem ser usados no ensino religioso.
3) Finalmente, o autor defende que o ensino religioso deve promover o diálogo
Este documento discute a religiosidade brasileira, o pluralismo religioso e o processo sincrético no Brasil. Analisa como diferentes crenças religiosas se misturaram ao longo da história, incluindo elementos católicos, indígenas e africanos. Também discute como o cenário religioso brasileiro mudou nas últimas décadas, com movimentos se tornando mais focados em identidade e a emergência de estudos acadêmicos sobre religião.
tcc pós graduação artigo ensino religioso Manoel Colares 2016 0_344155MANOEL R. C. SILVA
Esse trabalho foi realizado com muita dedicação e carinho, onde examinamos a questão do ensino religioso na escola pública brasileira. Um grande abraço a todos e bom proveito.
O documento apresenta uma resenha de um livro sobre Ciência da Religião organizado por João Décio Passos e Frank Usarski. O livro aborda diversos temas relacionados à Ciência da Religião como epistemologia, história, fenomenologia, filosofia, ciências sociais e psicológicas da religião. A resenha destaca a abordagem dos organizadores em buscar legitimidade disciplinar para a Ciência da Religião e discute os diferentes capítulos do livro que tratam de objetos, métodos e teorias da
Este documento discute a relação entre a igreja e a homossexualidade. Ele levanta questões sobre como a igreja é percebida em relação a este tema e analisa o contexto histórico da homossexualidade. O autor também discute a militância organizada em torno da causa LGBT e aponta seus objetivos centrais de atacar a família, o cristianismo e usar engenharia social.
1) Uma seita é um pequeno grupo religioso não estabelecido que gira em torno de um único líder autoritário. 2) Características comuns de seitas destrutivas incluem controle mental, isolamento, obediência cega e divisão entre "nós" e "eles". 3) Líderes de seitas usam técnicas como estudo intenso, medo e culpa para controlar membros e doutrinas mutáveis para manter o controle.
O documento discute a religiosidade brasileira e suas múltiplas manifestações. Ele descreve a diversidade religiosa no Brasil, incluindo católicos, evangélicos, espíritas, budistas, hinduístas, muçulmanos e religiões afro-brasileiras. Também discute como as pessoas usam rituais, orações e procissões para se conectar com o sagrado de maneiras pessoais.
O documento discute o uso da televisão para transmitir missas católicas no Brasil da década de 1960, analisando seu papel como instrumento de evangelização e validade teológica. O autor pretende compreender este fenômeno da "tele-homilética" e analisar a validade do discurso religioso nesta mídia terciária.
Aula(a importancia de (ere)introdução) (3)Antonio Filho
1) O documento apresenta informações sobre uma aula de ensino religioso para alunos de 6o a 9o ano sobre a importância da disciplina. 2) A disciplina de ensino religioso estuda o fenômeno religioso, incluindo culturas e tradições religiosas, teologias, textos sagrados, ritos e ethos. 3) Exemplos de fenômenos religiosos incluem culturas e tradições, textos sagrados, teologias, ritos e ethos.
O artigo discute como o Cristianismo sempre concebeu a fé como tendo fundamentos históricos, desde sua origem. A Bíblia apresenta a história como tendo significado teológico e valor qualitativo, mostrando que Deus se revelou na história humana. Isso significa que o Cristianismo pode ter evidências históricas que ratificam sua veracidade.
Este documento fornece subsídios para um curso de introdução ao ensino religioso. Ele discute a organização de conteúdos como o sagrado, ética, história e estrutura de religiões, e textos sagrados. O documento também fornece exemplos de planos de aula para os anos 1-5 com foco no budismo, incluindo a busca da felicidade e o zen budismo.
Este documento discute a mudança de religião no Brasil moderno, caracterizado pela destradicionalização, desinstitucionalização e desregulação da crença religiosa. A mobilidade religiosa aumenta com a diversidade de opções, levando a pertencimentos frágeis às instituições e à construção pessoal de crenças. Isso desafia as instituições religiosas a apoiarem as necessidades individuais e formarem comunidades ao mesmo tempo.
Este documento analisa a relação entre a doutrina do "pecado de morte" defendida pela Congregação Cristã no Brasil e o desenvolvimento de quadros depressivos entre seus membros. Historicamente, doenças mentais eram ligadas a fatores espirituais como castigo divino. A Congregação Cristã considera alguns pecados, especialmente os sexuais, como "pecado de morte", que impede a restauração espiritual do pecador. Isso pode influenciar membros a não buscarem tratamento profissional e contribuir para a depressão. A pesquisa
O documento discute o movimento Nova Era, apresentando seus conceitos centrais como o panteísmo, o relativismo moral e a crença de que o homem pode se salvar a si mesmo através de rituais místicos. Também aborda as principais fontes usadas por Dan Brown em seu livro Código Da Vinci para defender uma visão gnóstica da história do cristianismo.
O documento apresenta uma introdução à disciplina de Cultura Religiosa na universidade, destacando a importância do estudo plural das religiões e dos valores ético-cristãos. O professor ressalta que o objetivo não é catequese, mas sim reflexão madura sobre as religiões e sua influência na vida das pessoas. O texto também fornece exemplos da presença da religião no cotidiano e nas diversas áreas do conhecimento humano.
O artigo discute o fundamentalismo e a sociedade pós-moderna. Ele descreve o surgimento do fundamentalismo como uma resposta às transformações históricas na tecnologia, economia, comunicação e religião, visando trazer a sociedade moderna de volta aos valores absolutos das Escrituras Sagradas. O fundamentalismo é caracterizado por sua visão conservadora do mundo e oposição à globalização e modernidade. O artigo também traça o desenvolvimento histórico do fundamentalismo e sua influência atual.
Este documento discute diversos tópicos relacionados à religiosidade e espiritualidade, incluindo: 1) Grupo de estudos sobre transdisciplinaridade e diálogo entre culturas e religiões; 2) Simpósio internacional sobre desafios do pluralismo religioso; 3) Fórum inter-religioso com sessões de diálogo; 4) Observatório transdisciplinar das religiões na internet; 5) Ensino religioso e modelos de ensino; 6) Pluralismo religioso e identidades culturais; 7) Espiritualidade e ecologia
Movimento celular (G12, M12, MIR, MDA, Encontro com Deus) - Seitas e HeresiasLuan Almeida
O documento discute o movimento celular e seus modelos históricos. Apresenta o surgimento do G12 na Colômbia e sua disseminação no Brasil através de líderes como René Terra Nova e Robson Rodovalho. Também aborda o M12, MDA e contexto histórico desses movimentos, relacionando-os ao Opus Dei e ao modelo coreano de David Yonggi Cho. Por fim, aponta erros doutrinários como uma visão equivocada de igreja centrada nas células.
Este documento discute os elementos formadores dos textos do Novo Testamento. O artigo argumenta que embora o Novo Testamento seja uma literatura sagrada, seus escritos trazem elementos claros de seu tempo e povo, como a língua grega, hebraica e aramaica, além das memórias individuais dos escritores que foram testemunhas dos eventos de Jesus.
O documento discute a moral em Kant e suas implicações para as Ciências das Religiões. Aborda a transição de Kant de uma razão prática baseada em necessidades humanas para uma baseada no dever moral autônomo. Também destaca que as ideias de Kant sobre agir moralmente podem contribuir para o estudo sistemático da religião sem depender de dogmas teológicos.
Libertação da teologia frente à secularização em Juan Luis SegundoAfonso Murad (FAJE)
Apresentação em seminário no Simpósio Internacional de Filosofia, Teologia e Ciências da Religião na FAJE e PUC Minas em torno do tema da Secularização
O documento discute o ensino religioso no Brasil, abordando seus desafios, enfoques e perspectivas. Ele explora três modelos de ensino religioso, os eixos de conteúdo das ciências da religião e o papel do profissional de ensino religioso.
Este documento trata de um estudo sobre a verificação da biblicidade e pertinência da administração estratégica no âmbito da Igreja Presbiteriana do Brasil. O estudo foi apresentado por Misael Batista do Nascimento como projeto final para obtenção do título de Doutor em Ministério no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper e no Reformed Theological Seminary. O objetivo é investigar se o uso da administração estratégica no pastoreio da igreja é bíblico e, caso seja, pro
Este documento discute a farmacoterapia da depressão, incluindo antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos de recaptação de serotonina e anticonvulsivantes. Ele explica como esses medicamentos funcionam aumentando os níveis de neurotransmissores no cérebro e descreve seus efeitos colaterais comuns e contraindicações.
O documento discute ansiedade, pânico, epilepsia e seus tratamentos farmacológicos. Aborda a fisiopatologia destas condições, incluindo vias neuroquímicas envolvidas como GABAérgica e serotonérgica, e os mecanismos de ação de fármacos como benzodiazepínicos e anticonvulsivantes.
1) Uma seita é um pequeno grupo religioso não estabelecido que gira em torno de um único líder autoritário. 2) Características comuns de seitas destrutivas incluem controle mental, isolamento, obediência cega e divisão entre "nós" e "eles". 3) Líderes de seitas usam técnicas como estudo intenso, medo e culpa para controlar membros e doutrinas mutáveis para manter o controle.
O documento discute a religiosidade brasileira e suas múltiplas manifestações. Ele descreve a diversidade religiosa no Brasil, incluindo católicos, evangélicos, espíritas, budistas, hinduístas, muçulmanos e religiões afro-brasileiras. Também discute como as pessoas usam rituais, orações e procissões para se conectar com o sagrado de maneiras pessoais.
O documento discute o uso da televisão para transmitir missas católicas no Brasil da década de 1960, analisando seu papel como instrumento de evangelização e validade teológica. O autor pretende compreender este fenômeno da "tele-homilética" e analisar a validade do discurso religioso nesta mídia terciária.
Aula(a importancia de (ere)introdução) (3)Antonio Filho
1) O documento apresenta informações sobre uma aula de ensino religioso para alunos de 6o a 9o ano sobre a importância da disciplina. 2) A disciplina de ensino religioso estuda o fenômeno religioso, incluindo culturas e tradições religiosas, teologias, textos sagrados, ritos e ethos. 3) Exemplos de fenômenos religiosos incluem culturas e tradições, textos sagrados, teologias, ritos e ethos.
O artigo discute como o Cristianismo sempre concebeu a fé como tendo fundamentos históricos, desde sua origem. A Bíblia apresenta a história como tendo significado teológico e valor qualitativo, mostrando que Deus se revelou na história humana. Isso significa que o Cristianismo pode ter evidências históricas que ratificam sua veracidade.
Este documento fornece subsídios para um curso de introdução ao ensino religioso. Ele discute a organização de conteúdos como o sagrado, ética, história e estrutura de religiões, e textos sagrados. O documento também fornece exemplos de planos de aula para os anos 1-5 com foco no budismo, incluindo a busca da felicidade e o zen budismo.
Este documento discute a mudança de religião no Brasil moderno, caracterizado pela destradicionalização, desinstitucionalização e desregulação da crença religiosa. A mobilidade religiosa aumenta com a diversidade de opções, levando a pertencimentos frágeis às instituições e à construção pessoal de crenças. Isso desafia as instituições religiosas a apoiarem as necessidades individuais e formarem comunidades ao mesmo tempo.
Este documento analisa a relação entre a doutrina do "pecado de morte" defendida pela Congregação Cristã no Brasil e o desenvolvimento de quadros depressivos entre seus membros. Historicamente, doenças mentais eram ligadas a fatores espirituais como castigo divino. A Congregação Cristã considera alguns pecados, especialmente os sexuais, como "pecado de morte", que impede a restauração espiritual do pecador. Isso pode influenciar membros a não buscarem tratamento profissional e contribuir para a depressão. A pesquisa
O documento discute o movimento Nova Era, apresentando seus conceitos centrais como o panteísmo, o relativismo moral e a crença de que o homem pode se salvar a si mesmo através de rituais místicos. Também aborda as principais fontes usadas por Dan Brown em seu livro Código Da Vinci para defender uma visão gnóstica da história do cristianismo.
O documento apresenta uma introdução à disciplina de Cultura Religiosa na universidade, destacando a importância do estudo plural das religiões e dos valores ético-cristãos. O professor ressalta que o objetivo não é catequese, mas sim reflexão madura sobre as religiões e sua influência na vida das pessoas. O texto também fornece exemplos da presença da religião no cotidiano e nas diversas áreas do conhecimento humano.
O artigo discute o fundamentalismo e a sociedade pós-moderna. Ele descreve o surgimento do fundamentalismo como uma resposta às transformações históricas na tecnologia, economia, comunicação e religião, visando trazer a sociedade moderna de volta aos valores absolutos das Escrituras Sagradas. O fundamentalismo é caracterizado por sua visão conservadora do mundo e oposição à globalização e modernidade. O artigo também traça o desenvolvimento histórico do fundamentalismo e sua influência atual.
Este documento discute diversos tópicos relacionados à religiosidade e espiritualidade, incluindo: 1) Grupo de estudos sobre transdisciplinaridade e diálogo entre culturas e religiões; 2) Simpósio internacional sobre desafios do pluralismo religioso; 3) Fórum inter-religioso com sessões de diálogo; 4) Observatório transdisciplinar das religiões na internet; 5) Ensino religioso e modelos de ensino; 6) Pluralismo religioso e identidades culturais; 7) Espiritualidade e ecologia
Movimento celular (G12, M12, MIR, MDA, Encontro com Deus) - Seitas e HeresiasLuan Almeida
O documento discute o movimento celular e seus modelos históricos. Apresenta o surgimento do G12 na Colômbia e sua disseminação no Brasil através de líderes como René Terra Nova e Robson Rodovalho. Também aborda o M12, MDA e contexto histórico desses movimentos, relacionando-os ao Opus Dei e ao modelo coreano de David Yonggi Cho. Por fim, aponta erros doutrinários como uma visão equivocada de igreja centrada nas células.
Este documento discute os elementos formadores dos textos do Novo Testamento. O artigo argumenta que embora o Novo Testamento seja uma literatura sagrada, seus escritos trazem elementos claros de seu tempo e povo, como a língua grega, hebraica e aramaica, além das memórias individuais dos escritores que foram testemunhas dos eventos de Jesus.
O documento discute a moral em Kant e suas implicações para as Ciências das Religiões. Aborda a transição de Kant de uma razão prática baseada em necessidades humanas para uma baseada no dever moral autônomo. Também destaca que as ideias de Kant sobre agir moralmente podem contribuir para o estudo sistemático da religião sem depender de dogmas teológicos.
Libertação da teologia frente à secularização em Juan Luis SegundoAfonso Murad (FAJE)
Apresentação em seminário no Simpósio Internacional de Filosofia, Teologia e Ciências da Religião na FAJE e PUC Minas em torno do tema da Secularização
O documento discute o ensino religioso no Brasil, abordando seus desafios, enfoques e perspectivas. Ele explora três modelos de ensino religioso, os eixos de conteúdo das ciências da religião e o papel do profissional de ensino religioso.
Este documento trata de um estudo sobre a verificação da biblicidade e pertinência da administração estratégica no âmbito da Igreja Presbiteriana do Brasil. O estudo foi apresentado por Misael Batista do Nascimento como projeto final para obtenção do título de Doutor em Ministério no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper e no Reformed Theological Seminary. O objetivo é investigar se o uso da administração estratégica no pastoreio da igreja é bíblico e, caso seja, pro
Este documento discute a farmacoterapia da depressão, incluindo antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos de recaptação de serotonina e anticonvulsivantes. Ele explica como esses medicamentos funcionam aumentando os níveis de neurotransmissores no cérebro e descreve seus efeitos colaterais comuns e contraindicações.
O documento discute ansiedade, pânico, epilepsia e seus tratamentos farmacológicos. Aborda a fisiopatologia destas condições, incluindo vias neuroquímicas envolvidas como GABAérgica e serotonérgica, e os mecanismos de ação de fármacos como benzodiazepínicos e anticonvulsivantes.
Uma convulsão ocorre quando há uma descarga elétrica anormal no cérebro. A maioria das pessoas só tem uma crise, mas um terço desenvolve epilepsia com crises recorrentes. As causas mais comuns de convulsões incluem febre alta, infecções, uso excessivo de drogas ou álcool, e problemas no cérebro.
O documento discute diferentes tipos de analgésicos, incluindo analgésicos não opioides como dipirona, AAS e paracetamol. Detalha o uso do paracetamol, seus mecanismos de ação, efeitos adversos e interações. Também discute nimesulida, um AINE seletivo da COX-2, e drogas adjuvantes como antidepressivos, anticonvulsivantes, neurolépticos e benzodiazepínicos.
Abordagem Farmacológica da dor crônica e abstinência opióideDr. Rafael Higashi
Dr. Rafael Higashi, médico neurologista com fellow em dor pela NYU EUA, explica abordagem farmacológica da dor crônica e tratamento da síndrome de abstinência por opióide. www.estimulacaoneurologica.com.br
Anticonvulsivantes no tratamento da dor, enxaqueca, dor de cabeca, fibromialgiaMario Peres
Aula dada pelo Dr Mario Peres na III Jornada do American College of Physicians - Hospital Albert Einstein sobre anticonvulsivantes no tratamento da dor neuropática, dor de cabeça, enxaqueca, fibromialgia
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AntidepressivosJaqueline Almeida
O documento discute fármacos antidepressivos, incluindo seus mecanismos de ação e efeitos. É descrito que a depressão é causada por desequilíbrios nos neurotransmissores serotonina, noradrenalina e dopamina. Vários tipos de antidepressivos são apresentados, como tricíclicos, inibidores da MAO, ISRS, IRSN e outros, que atuam inibindo a recaptação ou oxidação desses neurotransmissores. Os possíveis efeitos colaterais desses medicamentos também são mencionados.
Este documento discute as interfaces entre psicologia, religião e ética. Apresenta definições de religião e ética e discute visões sobre como a religiosidade pode afetar a saúde mental e o tratamento psicológico de acordo com vários autores. Também resume um estudo sobre a relação entre bem-estar espiritual e qualidade de vida em universitários.
As três frases resumem o documento da seguinte forma:
1) Os dados da pesquisa mostram que a maioria dos jovens de Belo Horizonte se declara católica, porém há um crescimento dos evangélicos, sem religião e outras religiões.
2) Embora a família ainda seja a principal influência na escolha da religião, um número significativo de jovens escolhe sua fé por motivos pessoais, indicando maior autonomia individual.
3) As crenças religiosas dos jovens que se declaram
Este projeto de pesquisa visa analisar a formação das religiões abraâmicas (judaísmo, cristianismo e islamismo) por meio da herança cultural e da força da comunicação. O autor pretende estudar as origens destas religiões para entender como elas surgiram e se desenvolveram na sociedade, permitindo assim discussões mais aprofundadas sobre o papel das religiões na atualidade. A metodologia inclui revisão bibliográfica sobre a história e influências culturais das religiões, além da
1) O documento apresenta um plano de aula para o curso de Filosofia da Religião I.
2) Aborda conceitos como religião, filosofia, revelação e o relacionamento entre fé e razão.
3) Discutem-se questões como o que é religião, como pode ser objeto da filosofia, como justificar a religião perante a razão.
Aula inaugural de marcelo barros ciências da religião unicapGilbraz Aragão
1) O documento discute o papel das ciências da religião no mundo pluralista atual, caracterizado por grande diversidade religiosa.
2) Argumenta-se que as ciências da religião podem ajudar a explicar essa diversidade e mediar o diálogo entre teologias e o mundo exterior às religiões.
3) Defende-se que as ciências da religião devem ter um compromisso com a transformação do mundo, unindo o melhor da teologia e da política.
A área de ciências da religião no brasil 2023.ppsxGilbraz Aragão
O documento discute o campo das Ciências da Religião no Brasil. Ele descreve como as Ciências da Religião surgiram para estudar historicamente, compreender e investigar sistematicamente as religiões e experiências religiosas ao longo do tempo, ajudando a esclarecer experiências místicas e traduzir conhecimentos religiosos para o diálogo. O documento também discute vários métodos e abordagens utilizadas pelas Ciências da Religião, incluindo métodos empíricos, comparativos e classificatórios.
Artigo legislação do ensino religioso-iv unidade (2)Verônica Sylva
Este documento discute a legislação educacional sobre o ensino religioso no Brasil e sua influência no desenvolvimento escolar dos estudantes. Analisa como as leis brasileiras abordam o ensino religioso no ensino básico e como isso pode contribuir para o desenvolvimento individual dos alunos. Também discute diferentes estágios de desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes de acordo com Piaget.
O Que É Espiritualismo - Pablo de Salamanca Diego Silva
O documento define espiritualismo como uma doutrina filosófica que admite a existência do espírito e da alma, e discute as semelhanças e diferenças entre espiritualismo e espiritismo. Também explora as convergências entre o espiritualismo mediúnico e outras religiões como o cristianismo, judaísmo, hinduísmo e budismo.
Este documento discute as relações entre religião, sociedade e cultura no Brasil. Ele destaca a longa tradição da antropologia brasileira de estudar religiões como o candomblé, catolicismo popular e pentecostalismo, focando nos universos simbólicos. No entanto, parte dos estudos permanece focada apenas na interpretação das cosmologias religiosas, ignorando como os sentidos são incorporados pelos fiéis e a atuação das instituições religiosas na esfera pública. O documento propõe discutir es
O documento discute a proliferação de seitas religiosas em Angola. Analisa como o fenômeno tem crescido no país após o fim da guerra civil e as consequências sociais, como acusações de feitiçaria que destabilizam famílias. O governo criou uma comissão interministerial para regular as seitas e proteger a população dos abusos, enquanto líderes religiosos expressaram opiniões sobre o assunto.
GRUPOS SOCIAIS - CULTURA - CASAMENTOS.pdfLuGestora
O documento discute a influência da cultura religiosa judaica nos grupos sociais familiares. Apresenta como os valores e princípios bíblicos do judaísmo influenciaram a formação do casamento e da família. Também discute como esses valores influenciaram o surgimento de novos grupos religiosos como o cristianismo no Ocidente.
Antropologia, histótia e sociologia da religiãoWerkson Azeredo
Este documento discute a antropologia, história e sociologia da religião. Primeiro, define religião e explica como a antropologia da religião estuda como o sagrado faz parte da essência humana. Segundo, detalha como as expressões religiosas evoluíram ao longo da história humana. Terceiro, descreve brevemente quatro das maiores religiões mundiais e como influenciam as sociedades.
Autoridade moral religiosa e comportamento sexualZedzedzed123
Este documento discute as fontes de autoridade na avaliação moral do comportamento sexual humano e suas implicações para a religião e a psicologia. O texto aborda a escolha entre a Bíblia, a tradição, a razão e a experiência como fontes de autoridade e como essas fontes podem ser integradas. Além disso, discute como a psicologia e a psicologia pastoral lidam com essas diferentes fontes de autoridade ao avaliar questões sobre sexualidade.
O documento descreve a história da religião no Brasil em 4 partes. A primeira parte analisa a Igreja Católica no período colonial, quando tinha grande influência sobre a educação e a vida diária das pessoas. A segunda parte examina a Igreja no período imperial, quando continuou sendo a religião oficial do Estado brasileiro. A terceira parte discute o fim do regalismo e a separação entre Igreja e Estado após a proclamação da República. A quarta parte aborda os desenvolvimentos da Igreja Católica no
O documento discute a relação entre psicanálise e religião no Brasil. Apresenta como a psicanálise chegou ao país e se difundiu associada à modernização e racionalização. Também discute como as crenças religiosas mudaram, com decadência das instituições mas crescimento da religiosidade individual. Por fim, analisa contribuições da psicanálise para entendimento da religiosidade.
O documento fornece uma visão geral abrangente sobre religião, incluindo suas definições, origens, tipos, conceitos e desenvolvimento histórico. Ele discute como religião se refere a sistemas de crenças e práticas que conectam humanidade e espiritualidade, e como diferentes culturas desenvolveram religião de maneiras diversas, com alguns focando crença e outros prática. O documento também explora conceitos como sagrado, profano e deuses, e tipos de religião como monoteísta, politeísta, ateísmo
O documento discute a religiosidade no século XXI, definindo religião como um sistema de crenças e práticas relacionadas ao sagrado que une uma comunidade. Apresenta exemplos de rituais, dogmas, intolerância religiosa e a importância da fé para as pessoas.
Este trimestre abordará o estudo de seitas e heresias, definindo esses termos e explicando a importância de conhecer falsos ensinos. O documento destaca que seitas surgem em oposição às ideias religiosas vigentes e heresias envolvem abandonar a verdade da Palavra de Deus. O objetivo é conhecer doutrinas heréticas e estar preparado para refutá-las à luz da Bíblia.
1. As religiões no Brasil são muito diversas, com o catolicismo sendo a maior religião até recentemente, quando os evangélicos passaram a ser o segundo maior grupo. Outras religiões como espiritismo, umbanda e candomblé também estão presentes. A constituição brasileira garante liberdade religiosa para todas as fés.
Semelhante a Dimensões básicas da religiosidade belo-horizontina (20)
Dimensões básicas da religiosidade belo-horizontina
1. Dimensões básicas
da religiosidade belo-horizontina
ALEXANDRE CARDOSO
O módulo de religião
da pesquisa da Região Metropolitana de Belo Horizonte
que exploramos a seguir foram produzidos por um survey da
O
S DADOS
Região Metropolitana de Belo Horizonte, iniciado em 2001 e finalizado
em 2002, parte de um projeto maior, denominado Social Hubble, que
prevê a realização de surveys semelhantes e bienais em Pequim, Varsóvia, Cidade
do Cabo e Detroit a partir de 2004. Com uma amostra probabilística de 1.029
casos, o de Belo Horizonte, que teve a função de projeto-piloto, foi concebido
por oito grupos de professores e pesquisadores da UFMG e de outros centros de
pesquisa, a maioria do Departamento de Sociologia e Antropologia e do Depar-
tamento de Ciência Política. Cada grupo se encarregou de um módulo temático
do questionário, sendo o de religião o objeto principal de nossas considerações.
Além dele, utilizamos os módulos básico, de raça e de estratificação para alguns
cruzamentos.
O desenho do módulo de religião foi concebido de modo que, com um
número pequeno de questões, produzisse não apenas dados sobre o pertencimento
religioso das pessoas, mas também sobre seus envolvimentos institucionais com
as igrejas e mágicos “profissionais”, bem como sobre o universo de crenças má-
gico-religiosas e até mesmo de poderes mágicos que admitem ter. A primeira
pergunta, sobre crenças, indagava diretamente ao entrevistado se ele acreditava
em uma série de coisas, definidas de acordo com referências da sociologia da
religião no Brasil1. A segunda indagava se ele participava de uma série de ativida-
des religiosas. A terceira, se ele acreditava possuir um conjunto de dons, que
também lhe eram apresentados, e só então perguntávamos a qual religião per-
tencia, e também, nesse caso, apresentávamos opções.
Essa ordem de questões, bem como as dos itens enunciados em cada uma
delas, foi concebida a partir da suposição, amplamente apontada em estudos
qualitativos, de uma forte marca sincrética na religiosidade brasileira2. Quería-
mos, desse modo, dar oportunidade aos entrevistados de indicar suas idéias e
ações mágico-religiosas, mais do que cobrar-lhes uma definição, lembrando-lhes
de possibilidades que pudessem permanecer ocultas a uma abordagem direta e
convencional. Como se verá, tal estratégia produziu um conjunto de dados que,
se de um lado, se conformam às suposições teóricas da pesquisa, de outro, reve-
ESTUDOS AVANÇADOS 18 (52), 2004 63
2. lam dimensões um tanto inusitadas e instigadoras, do ponto de vista de seu sig-
nificado cultural, da vida religiosa dos belo-horizontinos. As freqüências simples
e alguns cruzamentos já fornecem material para hipóteses interessantes, que não
serão tratadas ou testadas, senão apenas aventadas aqui. Os dados permitem tam-
bém que se pensem relações entre religião e outras dimensões da vida social,
também medidas na pesquisa, aqui apenas sugeridas através de três cruzamentos.
Um mosaico de crenças
O conjunto de “coisas” enunciadas aos entrevistados, sobre as quais eles
deveriam manifestar sua crença ou não, procurou reproduzir aproximativamente
as referências mais recorrentes, algo como matrizes das crenças mágico-religio-
sas brasileiras, que se revelam nos estudos do campo. Pode-se concebê-las tam-
bém como tipicamente relacionadas a determinados “estilos” de religiosidade.
Assim, a noção amplamente disseminada de uma divindade monoteísta relacio-
nada à tradição judaico-cristã foi subsumida na palavra “Deus” apresentada aos
entrevistados. Do mesmo modo, cada um dos outros nove itens de crença seria
integrante típico de um estilo de religiosidade e o seu conjunto representaria o
espectro de crenças mais comuns detectadas pelas pesquisas (qualitativas, princi-
palmente) do campo religioso brasileiro e adaptado ao conhecimento específico
sobre Belo Horizonte. A ordem dos itens foi apresentada na forma em que apa-
rece na tabela abaixo, tanto nesse caso, como na ordem das questões, visando a
evitar que os entrevistados produzissem alguma compatibilização ad hoc de suas
crenças e, decorrente de resultados pré-teste, incluímos as opções de resposta
“em termos/ mais ou menos”.
Grosso modo, os itens “Deus”, “Bíblia” e “Demônio (poder do mal)” re-
metem ao núcleo de crenças cristãs e poderiam ser chamadas “cristãs fundamen-
tais”. Do total de crenças admitidas, 41,3% se referem a esses itens. Os itens
“Nossa Senhora”, “Santos” e “Poder das orações” completariam o cosmo cris-
tão em seus aspectos mais “democráticos”, no sentido das concessões doutriná-
rias do catolicismo sacerdotal às demandas de eficácia mágica das massas3. Tais
crenças poderiam ser chamadas de “cristãs populares” e perfazem 38% do total
das crenças admitidas.
Os itens “Espírito” e “Feitiço” se referem tipicamente ao cosmo adjacente
à religiosidade dominante, representado principalmente pelas religiões “mediú-
nicas”, que incluiriam desde as formas mais “africanizadas” do culto dos orixás,
até as formas mais “cristianizadas” do espiritismo, conforme a famosa formula-
ção de Camargo (1973). Essas crenças perfazem 13,2% do total de crenças admi-
tidas.
Os dois outros itens, “Horóscopo” e “Seres extraterrestres” representa-
riam tipicamente a parte restante do universo mágico-religioso creditado à po-
pulação, constituído de uma miríade de formas menores, no sentido organi-
zacional. Esse conjunto representa 7,5% do total das crenças admitidas.
64 ESTUDOS AVANÇADOS 18 (52), 2004
3. Somando-se todas as respostas afirmativas sobre crenças, incluindo-se “em
termos/ mais ou menos”, chega-se a uma média de 6,1 crenças/ pessoa na amos-
tra. Embora não se disponha de dados similares para comparações, pode-se su-
por que esse número seja significativamente grande, implicando um estilo de
religiosidade caracteristicamente sincrética prevalecente na população belo-
horizontina.
O quadro em barras resulta em um perfil “alto” de crenças, que pode estar
a indicar claramente a dimensão sincrética, não fundamentalista, da religiosidade
belo-horizontina, pois ao lado das crenças “fundamentais” encontramos valores
altos das crenças “democráticas” e, em menor vulto, mas ainda significativamen-
te, as crenças “mediúnicas” e as “esotéricas”.
120
100
80
60
40
20
0
horóscopo extraterrestres demônio santos bíblia
feitiços espíritos orações deus nossa senhora
Pode-se tomar o predomínio de crenças “fundamentais” e “democráticas”
cristãs e discuti-lo relativamente a muito alardeada diversidade religiosa brasilei-
ra, ou seja, a idéia corrente que aponta para uma grande diversidade de crenças e
práticas religiosas assimiladas de outras culturas e tradições religiosas, como aspec-
to marcante de nossa religiosidade e, por extensão, da contemporaneidade. Diría-
mos, pelos nossos dados, que a diversidade é relativa e amplamente dominada
pelas tradições cristãs. Com efeito, concedendo-se que a crença em espíritos
ESTUDOS AVANÇADOS 18 (52), 2004 65
4. pode ser integrada ao cosmo cristão, esse perfaz 80,1 % das crenças admitidas na
amostra.
Além do aspecto alto do perfil de crenças, expresso nos altos escores de
todas as crenças e particularmente nas cristãs, observa-se neste perfil uma distri-
buição em que as “democráticas” rivalizam em proporção com as “fundamen-
tais”, indicando mais uma vez um estilo de religiosidade “não fundamentalista”.
Esta característica negativamente expressa certamente é da maior relevância em
seu significado cultural, face aos atuais conflitos em diversas regiões da Terra
envolvendo estilos de religiosidade fundamentalistas.
Um trânsito intenso
As cinco questões seguintes do módulo procuraram medir o envolvimento
e o trânsito das pessoas pelas várias instituições mágico-religiosas. Assim, foram
perguntadas sobre sua participação em “missa”, “culto evangélico”, “promessa
religiosa”, “reunião espírita” e “consulta a astrólogo, cartomante, mãe/pai de
santo ou algum tipo de vidente”. Como na primeira questão, esses itens foram
escolhidos na suposição de poderem representar tipicamente as ações dos princi-
pais grupos religiosos, que nossas hipóteses teóricas nos apontavam: católicos
“fundamentais”, “populares”, evangélicos, espíritas e os da “magia”4. Foram
usados filtros nessas questões de modo a captar dimensões do trânsito religioso
das pessoas para além de suas confissões religiosas ou daquilo que poderíamos
chamar de “conversão clássica”. Assim, depois de perguntar se iam à missa, per-
guntamos aos que responderam não, se já foram, se poderiam ir ou se nunca
iriam. Fizemos o mesmo com a questão relativa ao culto evangélico, à promessa
religiosa, à reunião espírita e à consulta a astrólogo, cartomante, mãe/pai de
santo ou algum tipo de vidente. Os resultados obtidos são também sugestivos,
conforme mostram as tabelas abaixo:
Freqüência à missa
Categoria Contagem de respostas Percentual de respostas
Sim 1008 52.0
Não 929 48.0
Total 1937 100.0
Somando-se as respostas positivas (se vai, se já foi ou se poderia ir) chega-
mos a um total de 52% de indivíduos da amostra que assistem, assistiram ou estão
dispostos a assistir a uma missa. Esse dado parece-nos expressivamente pequeno
em relação à imagem largamente difundida de um “país católico”. Ainda mais
em Belo Horizonte, que pelo Censo, é a mais católica das capitais brasileiras.
Em relação à freqüência a culto evangélico, tem-se que 39% dos respon-
dentes freqüentam, freqüentaram ou estão dispostos a freqüentá-los. Aqui, ao
contrário, temos uma imagem bem mais ampliada que a habitual do cosmo evan-
gélico.
66 ESTUDOS AVANÇADOS 18 (52), 2004
5. Freqüência a culto evangélico
Categoria Contagem de respostas Percentual de respostas
Sim 927 39,0
Não 1452 61,0
Total 2378 100.0
Já sobre o cumprimento de promessas religiosas, tem-se que 30,5% dos
respondentes cumprem, já cumpriram ou estão dispostos a cumpri-las, ou seja,
essa é, talvez, a forma de ação tipicamente religiosa, no sentido mais tradicional
possível, de sua vinculação pessoal, pouco ou nada institucional, com a crença,
mais disseminada que se pode encontrar entre nós.
Freqüência sobre cumprimento de promessa religiosa
Categoria Contagem de respostas Percentual de respostas
Sim 856 30,5
Não 1953 69,5
Total 2809 100.0
Sobre a participação em reuniões espíritas, tem-se que 18,8% dos respon-
dentes participam, participaram ou estão dispostos a participar delas. Esse dado
consegue, talvez, mostrar de um modo bastante persuasivo as reais dimensões
do cosmo espírita, sempre muito subestimado nas pesquisas. É bem plausível
que tão vultosa expressão seja uma peculiaridade mineira e até mesmo belo-hori-
zontina, peculiaridade, também possivelmente, resultante da influência de Chico
Xavier5. Mas resulta claro que o espiritismo deve ser melhor compreendido entre
nós, principalmente em sua dimensão oculta, e o espiritismo parece um sujeito
oculto. É possível que, para além dos números, ele esteja a prover referências
valorativas e normativas cruciais de nossa cultura, mas isso é uma outra história.
Freqüência à reunião espírita
Categoria Contagem de respostas Percentual de respostas
Sim 548 18,8
Não 2361 81,1
Total 2911 100.0
Quanto à consulta em astrólogos, cartomantes, mães de santo ou algum
tipo de vidente, 15,3% dos respondentes afirmaram que freqüentam, freqüenta-
ram ou estão dispostos a freqüentar este tipo de‘“serviço espiritual”. Nesse caso,
vemos que a “magia” tem seu lugar no concerto das religiosidades e não apenas
residual. Aqui também, como no caso do espiritismo, talvez devamos ir além dos
números e investigar melhor as implicações culturais específicas que a magia
pode estar a promover entre nós.
ESTUDOS AVANÇADOS 18 (52), 2004 67
6. Freqüência à consultas em astrólogos, cartomantes
Categoria Contagem de respostas Percentual de respostas
Sim 459 15,3
Não 2535 84,7
Total 2994 100.0
O conjunto dos dados relativos à freqüência ou disposição para freqüentar
mais de um tipo de culto ou ritual mágico-religioso permite aventar outras hipó-
teses interessantes sobre a natureza da vida religiosa belo-horizontina. Com efei-
to, somadas as respostas positivas a todos os quesitos, obtém-se uma média de
2,4 “participações” por pessoa. Dito de forma a realçar esse dado e tomando o
termo religião no sentido mais amplo possível, como participação institucional,
diríamos que cada pessoa tem ou pratica, em média, 2,4 “religiões” em Belo Ho-
rizonte. Esse número indica, sobretudo, um intenso trânsito religioso, que entre
nós assumiria diversas formas, além da conversão clássica. Percebe-se, sobretu-
do, uma grande tolerância para com expressões religiosas diversas, reforçando a
hipótese referente ao sincretismo e ao “não fundamentalismo”. Esses dados in-
dicam também que, contrariamente às teses de “desinstitucionalização” religio-
sa, as atuais parecem gozar de ampla legitimidade, embora num contexto de
competição não exclusivista e pluralista.
Cheios de graça
A pergunta seguinte do módulo procurou captar elementos que pudessem
levar ao dimensionamento do que poderíamos chamar os poderes especificamen-
te mágico-religiosos – os carismas – que as pessoas se auto-atribuem. Evidente-
mente, esta é uma operacionalização um tanto estranha do conceito de carisma,
que significa sociologicamente exatamente o reconhecimento do poder, magica-
mente fundado, de alguém por outrem. Contudo, tal operacionalização pode ser
útil para revelar uma hierarquia especificamente intra-religiosa, referida às posições
no campo, principalmente as mais baixas, tais como são percebidas pelos indiví-
duos e que apenas parcialmente coincidiria com as hierarquias oficiais ou amplamen-
te reconhecidas. Desse modo, buscou-se alguma medida mais específica do ele-
mento mágico na composição da atitude religiosa das pessoas. Foi-lhes pergunta-
do se elas possuíam algum dom e sugerimos a premonição, a mediunidade e a fé.
Os dados indicam que aproximadamente um terço das pessoas da amostra
acredita possuir o dom da premonição, um sétimo, da mediunidade e pratica-
mente todas, da fé. Uma interpretação intuitiva desses dados leva-nos a considerá-
los excepcionalmente altos, denotando, em nossa perspectiva, consoante com
nosso sincretismo, um fortíssimo componente mágico em nossa religiosidade,
com implicações importantes. Esses poderes confessos, embora não representem
os “verdadeiros” poderes do campo religioso, revelam aqueles que os almejam,
ou que pelo menos se acham capazes deles. Por outras palavras, haveria por todo
68 ESTUDOS AVANÇADOS 18 (52), 2004
7. o campo religioso uma acirrada luta por posições religiosas, aferidas nessa pes-
quisa em termos de poderes extraordinários auto-atribuídos. Esses poderes, pre-
sume-se, difeririam em grau, o que implicaria uma ordem religiosa fundada de
alto a baixo na desigualdade e na hierarquia. Aí se revelaria uma importante
conotação da forma “eclesial”, e não “sectária” de nossas relações religiosas,
possivelmente com correspondências em outras esferas da vida social.
Dons que acredita possuir – Premonição
Percentual
Freqüência Percentual Percentual Válido
Acumulado
S1 1 ,1
Sim 364 35,4 35,4 35,4
Não 648 63,0 63,0 98,4
NR 10 ,9 ,9 99,4
NS 6 ,6 ,6 100,0
Total 1029 100,0 100,0
Dons que acredita possuir – Mediunidade
Percentual
Freqüência Percentual Percentual Válido
Acumulado
Sim 151 14,6 14,6
Não 857 83,3 83,3 97,9
NR 5 ,5 ,5 98,5
NS 16 1,5 1,5 100,0
Total 1029 100,0 100,0
Dons que acredita possuir – Fé
Percentual
Freqüência Percentual Percentual Válido
Acumulado
Sim 970 94,3 94,3 94,3
Não 56 5,4 5,4 99,7
NR 1 ,1 ,1 99,8
NS 2 ,2 ,2 100,0
Total 1029 100,0 100,0
Quatro grandes grupos religiosos
Só depois de indagadas sobre suas crenças, suas práticas, seus poderes é
que as pessoas foram perquiridas sobre seu pertencimento religioso. A ordem
das opções oferecidas é a que aparece na tabela abaixo. As diferenças dos valores
obtidos em nossa pesquisa daqueles do Censo e de outras pesquisas por amostra
suscitam interessantes questões.
ESTUDOS AVANÇADOS 18 (52), 2004 69
8. Religião a que pertence
Freqüência Percentual Percentual Válido
Espírita 47 4.6 4.6
Evangélico(a) 235 22.9 22.9
Católico(a) praticante 446 43.4 43.4
Católico(a) não praticante 210 20.4 20.4
Da religião dos Orixás 9 .9 .9
Não tem religião 54 5.2 5.2
Outra 26 2.6 2.6
NR 1 .1 .1
Total 1029 100.0 100,0
No campo católico incluímos a categoria “não praticante”, que resultou
em 20,4% da amostra e seria a terceira maior religião belo-horizontina, atrás dos
“praticantes”, com 43,4% da amostra e dos evangélicos, com 22,9%. Haveria que
se entender melhor o significado desse tipo de religiosidade que assim se define:
como “católico não praticante”, bem como os “sem religião”, o quarto maior
grupo. Em todo caso, essa seria, talvez, uma configuração mais realista das reli-
giões dominantes no campo religioso que aquelas reveladas pelo Censo e outras
pesquisas. Ali, os católicos representariam cerca de 75% da população e os evan-
gélicos, cerca de 15%. Além disso, os espíritas apareceram com valores significa-
tivamente menores que os 4,6% obtidos em nossa pesquisa. Em síntese, distinta-
mente de uma configuração amplamente dominada pelo catolicismo e coadjuvada
pelos evangélicos, tal como é comumente aceita, chegamos a uma configuração
onde pelo menos quatro grupos podem reivindicar posições de religiões de mas-
sa, “universais”.
Religião e estrutura social
Extrapolando o campo estrito da religião, visando a explorar possíveis co-
nexões com dimensões estruturais da sociedade, o cruzamento abaixo revelou
forte associação entre gênero e pertencimento religioso.
Sexo* religião que pertence
Religião que pertence
Sexo Total
Espírita Evangélico(a) Católico(a) Católico(a) Da religião Não tem
praticante não praticante dos Orixás religião?
Homem 16 99 204 127 6 37 489
3.3% 20.2% 41.7% 26.0% 1.2% 7.6% 100.0%
Mulher 31 136 243 83 4 17 514
6.0% 26.5% 47.3% 16.1% .8% 3.3% 100.0%
Total 47 235 447 210 10 54 1003
4.7% 23.4% 44.6% 20.9% 1.0% 5.4% 100.0%
70 ESTUDOS AVANÇADOS 18 (52), 2004
9. Foto Daniel de Cerqueira / O Tempo
Templo da Igreja Universal do Reino de Deus na cidade de Belo Hozinte, MG.
Vê-se nessa tabela que, enquanto as mulheres predominam entre os espíri-
tas, evangélicos e católicos praticantes, os homens predominam entre os católi-
cos não praticantes e os sem religião.
Também encontramos forte associação entre renda e pertencimento religio-
so. Espíritas, católicos não praticantes e sem religião têm renda familiar significa-
tivamente maior que os católicos praticantes e maior ainda que os evangélicos.
Renda familiar resumida* Religião que pertence
R4 – Religião que pertence
Total
Espírita Evangélico(a) Católico(a) Católico(a) Não tem
praticante não praticante religião?
renda até 1 salário mínimo Número 0 21 31 10 1 63
familiar Número Esperado 2,1 15,9 28,3 13,2 3,5 63,0
resumida % Com renda
Familiar resumida ,0% 33,3% 49,2% 15,9% 1,6% 100,0%
mais de 1 até 3 Número 8 93 120 59 18 298
salários mínimos Número Esperado 10,0 75,4 133,8 62,3 16,5 298,0
% Com renda
Familiar resumida 2,7% 31,2% 40,3% 19,8% 6,0% 100,0%
mais de 3 até 5 Número 9 45 91 37 13 195
salários mínimos Número Esperado 6,5 49,3 87,6 40,8 10,8 195,0
% Com renda
Familiar resumida 4,6% 23,1% 46,7% 19,0% 6,7% 100,0%
mais de 5 Número 9 37 106 56 11 219
salários mínimos Número Esperado 7,3 55,4 98,3 45,8 12,2 219,0
% Com renda
Familiar resumida 4,1% 16,9% 48,4% 25,6% 5,0% 100,0%
Total Númerot 26 196 348 162 43 775
Número Esperadot 26,0 196,0 348,0 162,0 43,0 775,0
% Com renda
Familiar resumida 3,4% 25,3% 44,9% 20,9% 5,5% 100,0%
Também a variável raça se associa com pertencimento religioso, revelando
uma concentração de brancos entre os espíritas e os católicos não praticantes e
ESTUDOS AVANÇADOS 18 (52), 2004 71
10. uma concentração de não brancos entre os evangélicos. Já entre os católicos
praticantes, essa associação é menor e inexiste entre os sem religião.
Raça indicadora (branco = 1)* Religião que pertence
R4 – Religião que pertence
Total
Espírita Evangélico(a) Católico(a) Católico(a) Não tem
praticante não praticante religião?
raça indicadora não branco Número 28 181 294 134 36 673
(branco = 1) (negro) Número Esperado 32,9 160,4 298,1 145,3 36,3 673,0
% com raça
Indicadora (branco=1) 4,2% 26,9% 43,7% 19,9% 5,3% 100,0%
branco Número 20 53 141 78 17 309
Número Esperado 15,1 73,6 136,9 66,7 16,7 309,0
% com raça
Indicadora (branco=1) 6,5% 17,2% 45,6% 25,2% 5,5% 100,0%
Total Número 48 234 435 212 53 982
Número Esperado 48,0 234,0 435,0 212,0 53,0 982,0
% com raça
Indicadora (branco=1) 4,9% 23,8% 44,3% 21,6% 5,4% 100,0%
O que significam esses dados é algo que apenas cogitamos intuitivamente.
Não são nada óbvios os nexos que aproximam mulheres, negros e pobres das
religiões evangélicas, nem os que aproximam homens, brancos e ricos do catolicis-
mo não praticante. De todo modo, as respostas devem ser buscadas nas religiões,
que conforme a célebre fórmula de Durkheim6, “não têm como verdadeira fun-
ção fazer-nos pensar, enriquecer nosso conhecimento, acrescentar às representa-
ções que devemos à ciência representações de uma outra origem e de um outro
caráter, mas a de fazer-nos agir, auxiliar-nos a viver”. Entender se e como cada
um dos quatro grandes grupos religiosos, ou quatro estilos dominantes de reli-
giosidade, realiza essa função é um desafio que os dados estão a fazer-nos, pois
das respostas depende uma melhor compreensão da atuação de mecanismos es-
truturais de nossa sociedade.
Considerações finais
Antes de tudo, cabe-nos reconhecer a ligeireza com que foram tratados os
dados da pesquisa em foco. Justificamo-nos, sobretudo, pelo desejo de partilhar
esses achados e algumas hipóteses interpretativas, antes mesmo de poder realizar
análises mais acuradas. Há também uma consideração a fazer sobre as possibili-
dades de generalização e de comparação desses dados. Sabemos pelo Censo e
por outras pesquisas7 que há peculiaridades regionais relativamente à configura-
ção do campo religioso. Belo Horizonte é reconhecidamente tradicionalista, se
com isso queremos dizer que há ali uma proporção maior de católicos e menor
de seguidores de outras religiões e dos sem religião. Em outras capitais e grandes
centros percebem-se proporções maiores exatamente dessas demais categorias,
como, por exemplo, de evangélicos no Rio de Janeiro. Mesmo assim, pensamos
que os dados de nossa pesquisa refletem muito da realidade social das religiões,
vale dizer, dos estilos de religiosidade, nos grandes centros urbanos brasileiros.
Há também que se esclarecer o (ab)uso de aspas no texto. Muitos termos,
nesse campo, são objetos de disputa e/ou controvérsia, não apenas semântica,
72 ESTUDOS AVANÇADOS 18 (52), 2004
11. mas também política. Evangélicos, fundamentalismo e magia, por exemplo, in-
correm naqueles casos. Com as aspas, quisemos neutralizar axiologicamente os
termos usados, chamando a atenção para seu significado operacional, no contex-
to da pesquisa. Assim, magia, entre aspas, está significando no texto esse cosmo
social adjacente às religiões, composto de atores, ações e representações específi-
cas, socialmente reconhecidas como mágicos. Além dessa magia, entre aspas,
haveria toda a magia presente nas religiões e as magias metafóricas, que ficam
fora do termo. No caso do fundamentalismo, quisemos permanecer dentro da
tradição de identificá-lo com a ortodoxia sacerdotal e, por evangélicos, quisemos
englobar uma grande variedade de igrejas, até o limite daquelas que designaría-
mos por “outras religiões”.
Há também que se chamar atenção para o desenho do módulo de religião
de nossa pesquisa. Como se viu, informados pela pesquisa qualitativa disponível,
presumimos que certas dimensões da experiência religiosa são particularmente
difíceis de aferir e que as perguntas convencionais nesse campo tendem a produ-
zir respostas convencionais, mais do que indicações da própria experiência. Até
mesmo a ordem das questões e dos itens apresentados aos entrevistados pode ter
muito mais importância do que parece. Tentamos uma abordagem que podería-
mos chamar “inquisitiva”, para ressaltar a utilização de recursos táticos na for-
mulação das perguntas, que levassem as pessoas a “revelar” seus vínculos e idéias
religiosas.
Se nos é permitido terminar explorando uma metáfora, diríamos que a
religião pode ser considerada uma espécie de código, que permite o desvenda-
mento de dimensões cruciais da cultura e, portanto, do destino dos povos. Mas
só uma perfeita decodificação da religião possibilita a análise cultural promissora.
Decodificações “defeituosas” produzem visões necessariamente enviesadas. Aqui,
não pretendemos ter decifrado perfeitamente o código religioso, mas tão-so-
mente ter mostrado que as chaves habitualmente usadas para isso podem não ser
as melhores possíveis.
Notas
1 Em referências muito tópicas, a larga tradição da sociologia da religião no Brasil
remonta a Fernando de Azevedo (1943), Gilberto Freyre (1959), Candido Procópio
Camargo (1973), se desdobrando nas duas œltimas décadas em um grande número
de autores e de especializações, donde destacamos as abordagens abrangentes de
Flávio Pierucci e Reginaldo Prandi (1996). Mais diretamente, a idéia da pergunta
sobre crenças foi desenvolvida a partir de uma formulação de Leandro Piquet Car-
neiro e Luís Eduardo Soares citada por C. R. Brandão, 1994.
2 Ver P. Sanchis, 1994, 1995 e 1999.
3 Ver Weber, 1984.
ESTUDOS AVANÇADOS 18 (52), 2004 73
12. 4 Ver A. Cardoso; L. Perez e L. Oliveira, 2001 e A. Cardoso; C. Leite e M. Nogueira,
2002.
5 Ver Cardoso, 1999.
6 Ver Durkheim, 1978.
7 Ver referência da nota 4.
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74 ESTUDOS AVANÇADOS 18 (52), 2004
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WEBER, Max. Economia y Sociedad. 7ª reimp., México, Fondo de Cultura Económica,
1984, pp. 328 e ss.
RESUMO – O TRABALHO faz uma exploração preliminar dos dados sobre religião de um
survey da região metropolitana de Belo Horizonte, concluído em 2002. Apresenta e
comenta algumas freqüências simples referentes a crenças, envolvimento e poderes reli-
giosos, bem como alguns cruzamentos de pertencimento religioso com variáveis estru-
turais.
A BSTRACT – THIS ESSAY is a preliminary investigation of the religious data from a survey
carried out in Belo Horizonte’s metropolitan area and concluded in 2002. We present
and comment upon some simple frequencies pertaining to beliefs, involvement and
religious powers, as well as the blending between religious establishments and structural
variables.
Alexandre Cardoso é professor adjunto do Departamento de Sociologia e Antropologia
da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É doutor em Sociologia pela FFLCH-
USP e coordenador do Centro de Estudos da Religião Pierre Sanchis (Cersp), da FAFICH-
UFMG.
Texto recebido e aceito para publicação em 5 de outubro de 2004.
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