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Didáctica do Português – Língua
A pontuação
Título: Abordagem didáctica à questão da pontuação (9º ano)
Autores: Rita Leme, Sara Prata, Susana Gonçalves
Referências Bibliográficas:
Cunha, Celso & Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa,
Editora João Sá da Costa, 1996;
Hall, Nigel e Anne Robinson, Learning about punctuation, Multilingual Matters Ltd, 1996,
pp. 5-36, 148-169;
Pinto,J. Manuelde Castro, Novo Prontuário Ortográfico, 2ª edição revista, Plátano Editora,
Lisboa;
Pinto, J. M. C., Gramática do Português, Plátano Editora, Lisboa, s.d.;
Jean Perrot, “Ponctuation et fonctions linguistiques”;
L. G. Vedenina, “La triple fonction de la ponctuation dans la phrase : syntaxique,
communicative et sémantique”;
Maria João Freitas, “Elementos para um estudo do tempo real no discurso”,
APL, 3º Encontro, 1987;
Wallace Chafe, “Ponctuation and the prosody of written language”, Written
Communication, vol.5, No. 4, October, Sage Publications, Inc. , 1988, pp. 396-426.
Sítio da Internet: w.w.w.ficharionline.com/redacao/lei-pontuação.ht
Grupo I
1. Restabelece a pontuação correcta:
Julgo, que para, fugir, aproveitou, uma migração, de pássaros selvagens, no dia da partida,
passou a manhã, a arranjar o planeta, para deixar, tudo em ordem, varreu, cuidadosamente,
por dentro, dos vulcões, em actividade, tinha dois, vulcões, em actividade , e, davam imenso
jeito, de manhãnzinha, para aquecer, o pequeno-almoço, também, tinha, um vulcão extinto,
mas, como ele dizia, nunca se sabe…, portanto, também, varreu o vulcão, extinto.
Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho, tradução de Joana Varela,
Edições Caravela, 11ª edição, p.34
Os três. Irmãos. Cada vez. Mais. Percebiam menos. Do. Que. Se estava a passar. Quem. Era.
Aquela estranha personagem. Que. Os guiava. Por caminhos. Que não. Eram. De certeza. Os
que eles. Conheciam. Dos seus habituais passeios. Pelo Castelo. De São. Jorge mas. Também.
Depressa. Entenderam. Que não valia. Muito. Fazer perguntas. Pois. As respostas. Nunca.
Chegariam.
Alice Vieira, A espada do Rei Afonso,
Caminho, 6ª edição. 1981, p.15
Soluções:
Julgo que, para fugir, aproveitou uma migração de pássaros selvagens. No dia da partida,
passou a manhã a arranjar o planeta, para deixar tudo em ordem. Varreu cuidadosamente por
dentro os vulcões em actividade. Tinha dois vulcões em actividade. E davam imenso jeito, de
manhãnzinha, para aquecer o pequeno-almoço. Também tinha um vulcão extinto. Mas, como
ele dizia: "Nunca se sabe…". Portanto, também varreu o vulcão extinto.
Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho, tradução de Joana Varela
Edições Caravela, 11ª edição, p.34
Os três irmãos cada vez mais percebiam menos do que se estava a passar, quem era. aquela
estranha personagem que os guiava por caminhos que não eram, de certeza, os que eles
conheciam dos seus habituais passeios pelo Castelo de São Jorge. Mas também depressa
entenderam que não valia muito fazer perguntas, pois as respostas nunca chegariam.
Alice Vieira, A espada do Rei Afonso,
Caminho, 6ª edição. 1981, p.15
Grupo II
1) Lê atentamente o poema. Dependendo da pontuação empregada, o poeta declara
o seu amor por Raquel, por Lia ou por Inês, ou confessa ainda estar indeciso entre
as três. Ouve a leitura feita pelo professor e pontua de acordo com a versão ouvida.
Três belas que belas são
Querem que por minha fé
Eu diga qual delas é
Que adora o meu coração
Se consultar a razão
Digo que amo Raquel
Não Lia cuja bondade
Ser humano não teria
Não aspiro à mão de Inês
Que não tem pouca bondade
(http://www.ficharionline.com/redacao/lei-pontuacao.htm)
Soluções:
1) Três belas que belas são 2) Três belas que belas são 3) Três belas que
belas são
Querem que por minha fé, Querem que por minha fé, Querem que por
minha fé,
Eu diga qual delas é Eu diga qual delas é Eu diga qual
delas é
Que adora o meu coração. Que adora o meu coração. Que adora o meu
coração.
Se consultar a razão, Se consultar a razão, Se consultar a
razão,
Digo que amo Raquel. Digo que amo Raquel? Digo que amo
Raquel?
Não Lia, cuja bondade Não! Lia, cuja bondade Não! Lia, cuja
bondade
Ser humano não teria. Ser humano não teria. Ser humano não
teria?
Não aspiro à mão de Inês Não aspiro à mão de Inês Não! aspiro à mão
de Inês
Que não tem pouca bondade. Que não tem pouca bondade. Que não tem pouca
bondade.
4) Três belas que belas são
Querem que por minha fé,
Eu diga qual delas é
Que adora o meu coração.
Se consultar a razão,
Digo que amo Raquel?
Não? Lia, cuja bondade
Ser humano não teria?
Não! aspiro à mão de Inês
Que não tem pouca bondade?
2) Um homem rico, à beira da morte, pediu papel e caneta e escreveu o seguinte:
“Deixo os meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho jamais será paga a conta do
alfaiate nada aos pobres” (http://www.ficharionline.com/redacao/lei-pontuacao.htm)
O homemmorreu sem ter tido tempo para pontuar o testamento.Os quatropossíveis herdeiros
pontuaram o testamento de acordo com os seus interesses.
a) “Deixo os meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho. Jamais será paga a
conta do alfaiate. Nada aos pobres.”
b) “Deixo os meus bens à minha irmã. Não ao meu sobrinho.Jamais será paga a conta
do alfaiate. Nada aos pobres.”
c) “Deixo os meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho? Jamais! Será paga a
conta do alfaiate. Nada aos pobres.”
d) “Deixo os meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho? Jamais! Será paga a
conta do alfaiate? Nada! Aos pobres.”
2.1) Identifica quem é beneficiado em cada uma das quatro versões.
2.2) Explica o que confere diferentes sentidos ao testamento.
Soluções:
2.1) a) sobrinho; b) irmã; c) alfaiate; d) pobres
2.2) Os sinais de pontuação permitem reproduzir, no texto escrito, as pausas e a entoação da
fala. A entoação de cada sinal de pontuação confere diferentes sentidos ao testamento.
Grupo III
1) Conforme a pontuação que utilizares, as frases seguintes podem ter dois
significados diferentes. Descobre-os:
a) Morreu não foi para o céu
b) Saída por aqui entrada livre
c) Não era isto mesmo que ela queria
d) Ontem chovia não fazia sol
e) O Zé veio hoje não veio ontem
f) Vivo só com um criado
g) Jesus morreu não está aqui
Soluções:
a) Morreu. Não foi para o céu. e) O Zé veio hoje. Não veio ontem.
Morreu? Não! Foi para o céu. O Zé veio hoje? Não! Veio ontem.
b) Saída por aqui. Entrada livre. f) Vivo só com um criado.
Saída. Por aqui entrada livre. Vivo só, com um criado.
c) Não. Era isto mesmo que ela queria. g) Jesus morreu. Não está aqui.
Não era isto mesmo que ela queria. Jesus morreu? Não, está aqui.
d) Ontem chovia. Não fazia sol.
Ontem chovia? Não! Fazia sol.
2) As frases seguintes já se encontram pontuadas. Recorrendo aos sinais de
pontuação, altera o sentido de cada uma.
a) “Transita-se bem da montanha para o mar. Não há quebras na respiração.”
Miguel Torga, Diário VIIII
b) “Mergulhei os meus olhos nos dela e enlacei-a como da primeira vez. Beijei-a com
força.”
Ernest Hemingway, O adeus às armas
c) “Tínhamos abandonado a álea e caminhávamos debaixo das árvores. Agarrei-lhe as
mãos, parei e beijei-a.”
Ernest Hemingway, O adeus às armas
d) A violência no Brasil, que vem desde a época da colonização, continua crescendo a
cada ano. Segundo pesquisas, essa é a maior preocupação dos brasileiros.
(http://www..ficharionline.com/redacao/lei-pontuacao.htm)
Soluções:
a) Transita-se bem da montanha para o mar? Não! Há quebras na respiração.
b) Mergulhei os meus olhos nos dela e enlacei-a. Como da primeira vez, beijei-a com força.
c) Tínhamos abandonado a álea e caminhávamos. Debaixo das árvores, agarrei-lhe as mãos,
parei e beijei-a.
d) A violência no Brasil, que vem desde a época da colonização, continua crescendo a cada
ano, segundo pesquisas. Essa é a maior preocupação dos brasileiros.

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  • 1. Didáctica do Português – Língua A pontuação Título: Abordagem didáctica à questão da pontuação (9º ano) Autores: Rita Leme, Sara Prata, Susana Gonçalves Referências Bibliográficas: Cunha, Celso & Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Editora João Sá da Costa, 1996; Hall, Nigel e Anne Robinson, Learning about punctuation, Multilingual Matters Ltd, 1996, pp. 5-36, 148-169; Pinto,J. Manuelde Castro, Novo Prontuário Ortográfico, 2ª edição revista, Plátano Editora, Lisboa; Pinto, J. M. C., Gramática do Português, Plátano Editora, Lisboa, s.d.; Jean Perrot, “Ponctuation et fonctions linguistiques”; L. G. Vedenina, “La triple fonction de la ponctuation dans la phrase : syntaxique, communicative et sémantique”; Maria João Freitas, “Elementos para um estudo do tempo real no discurso”, APL, 3º Encontro, 1987; Wallace Chafe, “Ponctuation and the prosody of written language”, Written Communication, vol.5, No. 4, October, Sage Publications, Inc. , 1988, pp. 396-426. Sítio da Internet: w.w.w.ficharionline.com/redacao/lei-pontuação.ht Grupo I 1. Restabelece a pontuação correcta: Julgo, que para, fugir, aproveitou, uma migração, de pássaros selvagens, no dia da partida, passou a manhã, a arranjar o planeta, para deixar, tudo em ordem, varreu, cuidadosamente, por dentro, dos vulcões, em actividade, tinha dois, vulcões, em actividade , e, davam imenso jeito, de manhãnzinha, para aquecer, o pequeno-almoço, também, tinha, um vulcão extinto, mas, como ele dizia, nunca se sabe…, portanto, também, varreu o vulcão, extinto. Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho, tradução de Joana Varela, Edições Caravela, 11ª edição, p.34
  • 2. Os três. Irmãos. Cada vez. Mais. Percebiam menos. Do. Que. Se estava a passar. Quem. Era. Aquela estranha personagem. Que. Os guiava. Por caminhos. Que não. Eram. De certeza. Os que eles. Conheciam. Dos seus habituais passeios. Pelo Castelo. De São. Jorge mas. Também. Depressa. Entenderam. Que não valia. Muito. Fazer perguntas. Pois. As respostas. Nunca. Chegariam. Alice Vieira, A espada do Rei Afonso, Caminho, 6ª edição. 1981, p.15 Soluções: Julgo que, para fugir, aproveitou uma migração de pássaros selvagens. No dia da partida, passou a manhã a arranjar o planeta, para deixar tudo em ordem. Varreu cuidadosamente por dentro os vulcões em actividade. Tinha dois vulcões em actividade. E davam imenso jeito, de manhãnzinha, para aquecer o pequeno-almoço. Também tinha um vulcão extinto. Mas, como ele dizia: "Nunca se sabe…". Portanto, também varreu o vulcão extinto. Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho, tradução de Joana Varela Edições Caravela, 11ª edição, p.34 Os três irmãos cada vez mais percebiam menos do que se estava a passar, quem era. aquela estranha personagem que os guiava por caminhos que não eram, de certeza, os que eles conheciam dos seus habituais passeios pelo Castelo de São Jorge. Mas também depressa entenderam que não valia muito fazer perguntas, pois as respostas nunca chegariam. Alice Vieira, A espada do Rei Afonso, Caminho, 6ª edição. 1981, p.15 Grupo II 1) Lê atentamente o poema. Dependendo da pontuação empregada, o poeta declara o seu amor por Raquel, por Lia ou por Inês, ou confessa ainda estar indeciso entre as três. Ouve a leitura feita pelo professor e pontua de acordo com a versão ouvida. Três belas que belas são Querem que por minha fé Eu diga qual delas é Que adora o meu coração Se consultar a razão
  • 3. Digo que amo Raquel Não Lia cuja bondade Ser humano não teria Não aspiro à mão de Inês Que não tem pouca bondade (http://www.ficharionline.com/redacao/lei-pontuacao.htm) Soluções: 1) Três belas que belas são 2) Três belas que belas são 3) Três belas que belas são Querem que por minha fé, Querem que por minha fé, Querem que por minha fé, Eu diga qual delas é Eu diga qual delas é Eu diga qual delas é Que adora o meu coração. Que adora o meu coração. Que adora o meu coração. Se consultar a razão, Se consultar a razão, Se consultar a razão, Digo que amo Raquel. Digo que amo Raquel? Digo que amo Raquel? Não Lia, cuja bondade Não! Lia, cuja bondade Não! Lia, cuja bondade Ser humano não teria. Ser humano não teria. Ser humano não teria? Não aspiro à mão de Inês Não aspiro à mão de Inês Não! aspiro à mão de Inês Que não tem pouca bondade. Que não tem pouca bondade. Que não tem pouca bondade. 4) Três belas que belas são Querem que por minha fé, Eu diga qual delas é Que adora o meu coração. Se consultar a razão, Digo que amo Raquel? Não? Lia, cuja bondade Ser humano não teria?
  • 4. Não! aspiro à mão de Inês Que não tem pouca bondade? 2) Um homem rico, à beira da morte, pediu papel e caneta e escreveu o seguinte: “Deixo os meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres” (http://www.ficharionline.com/redacao/lei-pontuacao.htm) O homemmorreu sem ter tido tempo para pontuar o testamento.Os quatropossíveis herdeiros pontuaram o testamento de acordo com os seus interesses. a) “Deixo os meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.” b) “Deixo os meus bens à minha irmã. Não ao meu sobrinho.Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.” c) “Deixo os meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.” d) “Deixo os meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres.” 2.1) Identifica quem é beneficiado em cada uma das quatro versões. 2.2) Explica o que confere diferentes sentidos ao testamento. Soluções: 2.1) a) sobrinho; b) irmã; c) alfaiate; d) pobres 2.2) Os sinais de pontuação permitem reproduzir, no texto escrito, as pausas e a entoação da fala. A entoação de cada sinal de pontuação confere diferentes sentidos ao testamento. Grupo III 1) Conforme a pontuação que utilizares, as frases seguintes podem ter dois significados diferentes. Descobre-os: a) Morreu não foi para o céu b) Saída por aqui entrada livre c) Não era isto mesmo que ela queria
  • 5. d) Ontem chovia não fazia sol e) O Zé veio hoje não veio ontem f) Vivo só com um criado g) Jesus morreu não está aqui Soluções: a) Morreu. Não foi para o céu. e) O Zé veio hoje. Não veio ontem. Morreu? Não! Foi para o céu. O Zé veio hoje? Não! Veio ontem. b) Saída por aqui. Entrada livre. f) Vivo só com um criado. Saída. Por aqui entrada livre. Vivo só, com um criado. c) Não. Era isto mesmo que ela queria. g) Jesus morreu. Não está aqui. Não era isto mesmo que ela queria. Jesus morreu? Não, está aqui. d) Ontem chovia. Não fazia sol. Ontem chovia? Não! Fazia sol. 2) As frases seguintes já se encontram pontuadas. Recorrendo aos sinais de pontuação, altera o sentido de cada uma. a) “Transita-se bem da montanha para o mar. Não há quebras na respiração.” Miguel Torga, Diário VIIII b) “Mergulhei os meus olhos nos dela e enlacei-a como da primeira vez. Beijei-a com força.” Ernest Hemingway, O adeus às armas c) “Tínhamos abandonado a álea e caminhávamos debaixo das árvores. Agarrei-lhe as mãos, parei e beijei-a.” Ernest Hemingway, O adeus às armas d) A violência no Brasil, que vem desde a época da colonização, continua crescendo a cada ano. Segundo pesquisas, essa é a maior preocupação dos brasileiros. (http://www..ficharionline.com/redacao/lei-pontuacao.htm) Soluções:
  • 6. a) Transita-se bem da montanha para o mar? Não! Há quebras na respiração. b) Mergulhei os meus olhos nos dela e enlacei-a. Como da primeira vez, beijei-a com força. c) Tínhamos abandonado a álea e caminhávamos. Debaixo das árvores, agarrei-lhe as mãos, parei e beijei-a. d) A violência no Brasil, que vem desde a época da colonização, continua crescendo a cada ano, segundo pesquisas. Essa é a maior preocupação dos brasileiros.