Este documento contém 10 pequenas histórias ou crônicas sobre experiências de vida e reflexões da autora. As histórias abordam temas como comunicação, vizinhos, mudanças, lembranças do passado e distração. O estilo é descritivo e introspectivo.
O texto conta a história de uma menina ruiva entediada que encontra um cão basset ruivo na rua. Os dois se identificam imediatamente por serem os únicos ruivos na vizinhança e sentirem a solidão dessa condição. Apesar do forte impulso de ficarem juntos, eles são obrigados a seguir caminhos separados por terem naturezas e compromissos diferentes.
O texto descreve a avaliação de língua portuguesa de um estudante do 8o ano. O estudante deve responder perguntas sobre três textos diferentes: uma fábula sobre duas empregadas, uma piada sobre um menino que vai à mercearia, e um poema de Vinícius de Moraes sobre o amor.
Negrinha era uma órfã pobre que vivia escondida na cozinha para escapar da patroa, Dona Inácia, uma mulher gorda e rica que apesar de ser vista como virtuosa na comunidade, não gostava de crianças. Ao pegar uma boneca emprestada das sobrinhas de Dona Inácia, Negrinha demonstra sua alegria, embora ainda com medo da patroa.
Este documento resume uma ficha de leitura de um livro chamado "Uma Aventura no Labirinto Misterioso". O livro conta a história de cinco amigos que vão fotografar um antigo labirinto em uma mansão e acabam se envolvendo em mistérios e acontecimentos estranhos. A ficha descreve detalhes da obra como autor, ilustrador, enredo, personagens, locais e período em que se passa a história.
O documento contém trechos de poemas de Manuel Bandeira e informações sobre livros literários. Inclui resumos de obras como "O Enigma do quadro roubado", "O pai que não entende nada" e "Revolução em mim", além de menções a temas como medo e amor na adolescência.
- O documento descreve as atividades realizadas nas bibliotecas escolares do agrupamento para comemorar a Língua Portuguesa, que celebra 800 anos.
- As crianças do pré-escolar e alunos do 1o ciclo tiveram oportunidade de conhecer obras de escritores lusófonos.
- Os alunos dos 2o e 3o ciclos homenagearam a Língua Portuguesa lendo e explorando poemas de diferentes autores e épocas.
- No início do segundo período,
O documento resume três livros lidos por Marcos. O primeiro livro, Os Sertões de Euclides da Cunha, é descrito como difícil de ler devido ao vocabulário rico, mas interessante quando descreve a personalidade de Antonio Conselheiro e a Guerra de Canudos. O segundo livro, O Pagador de Promessas de Dias Gomes, é elogiado por seu teatro bem desenvolvido, mas Marcos não gostou do final injusto com Zé do Burro. O terceiro livro, Crônica da Casa Assassinada de Cardoso, é desc
O texto conta a história de uma menina ruiva entediada que encontra um cão basset ruivo na rua. Os dois se identificam imediatamente por serem os únicos ruivos na vizinhança e sentirem a solidão dessa condição. Apesar do forte impulso de ficarem juntos, eles são obrigados a seguir caminhos separados por terem naturezas e compromissos diferentes.
O texto descreve a avaliação de língua portuguesa de um estudante do 8o ano. O estudante deve responder perguntas sobre três textos diferentes: uma fábula sobre duas empregadas, uma piada sobre um menino que vai à mercearia, e um poema de Vinícius de Moraes sobre o amor.
Negrinha era uma órfã pobre que vivia escondida na cozinha para escapar da patroa, Dona Inácia, uma mulher gorda e rica que apesar de ser vista como virtuosa na comunidade, não gostava de crianças. Ao pegar uma boneca emprestada das sobrinhas de Dona Inácia, Negrinha demonstra sua alegria, embora ainda com medo da patroa.
Este documento resume uma ficha de leitura de um livro chamado "Uma Aventura no Labirinto Misterioso". O livro conta a história de cinco amigos que vão fotografar um antigo labirinto em uma mansão e acabam se envolvendo em mistérios e acontecimentos estranhos. A ficha descreve detalhes da obra como autor, ilustrador, enredo, personagens, locais e período em que se passa a história.
O documento contém trechos de poemas de Manuel Bandeira e informações sobre livros literários. Inclui resumos de obras como "O Enigma do quadro roubado", "O pai que não entende nada" e "Revolução em mim", além de menções a temas como medo e amor na adolescência.
- O documento descreve as atividades realizadas nas bibliotecas escolares do agrupamento para comemorar a Língua Portuguesa, que celebra 800 anos.
- As crianças do pré-escolar e alunos do 1o ciclo tiveram oportunidade de conhecer obras de escritores lusófonos.
- Os alunos dos 2o e 3o ciclos homenagearam a Língua Portuguesa lendo e explorando poemas de diferentes autores e épocas.
- No início do segundo período,
O documento resume três livros lidos por Marcos. O primeiro livro, Os Sertões de Euclides da Cunha, é descrito como difícil de ler devido ao vocabulário rico, mas interessante quando descreve a personalidade de Antonio Conselheiro e a Guerra de Canudos. O segundo livro, O Pagador de Promessas de Dias Gomes, é elogiado por seu teatro bem desenvolvido, mas Marcos não gostou do final injusto com Zé do Burro. O terceiro livro, Crônica da Casa Assassinada de Cardoso, é desc
Este documento apresenta um convite de Filipe aos amigos para passarem o dia de Sant'Ana na ilha de sua avó, onde haverá um baile. Augusto inicialmente recusa o convite, mas muda de ideia ao saber que Filipe tem primas atraentes: uma pálida de 17 anos, uma loira de 16 e uma morena de 14 anos.
Este documento fornece informações sobre o livro "A Bolsa Amarela" de Lygia Bojunga Nunes, incluindo a nota da contracapa e da orelha do livro. A nota da contracapa destaca os prêmios recebidos pela autora e caracteriza seu estilo de escrita como original, sensível e universal. A nota da orelha apresenta a história central do livro, sobre uma menina que esconde suas grandes vontades em uma bolsa amarela, entrando em conflito com a família ao reprimi-las.
O documento descreve o livro "Corda Bamba" de Lygia Bojunga Nunes, que segue a história de Maria e sua jornada de autoconhecimento ao relembrar seu passado circense. O texto discute a linguagem sutil do livro, as personagens complexas, e como a corda representa a jornada de Maria entre o real e o imaginário.
Negrinha é uma narrativa em terceira pessoa que conta a história de uma menina órfã e negra chamada Negrinha, que sofre maus-tratos constantes na casa onde vive. Após conhecer o mundo das brincadeiras ao pegar uma boneca de uma sobrinha da patroa, Negrinha cai em tristeza profunda e morre. O conto é uma crítica à crueldade e à falta de compaixão.
O documento apresenta uma coleção de poemas e reflexões sobre linguagem, natureza e criatividade. As frases exploram temas como a poesia como forma de iluminar o silêncio das coisas, a importância de aprender com a natureza e as origens da linguagem, e a ideia de que a criatividade está nos detalhes insignificantes do mundo.
O garoto insiste com o pai que a avó caiu na piscina, mas o pai não acredita e não quer ir verificar. Apenas quando a mãe explica claramente o que aconteceu é que o pai compreende a urgência da situação e corre para ajudar a avó. No final, a avó diz que o garoto falou corretamente, mas o pai teve um "acesso de burrice" ao não entender o que o filho queria dizer.
O documento conta a história de uma mulher que sofre com um "invasor" que matou seu filho e tomou seu corpo. A mulher percebe que a criança não é seu filho devido ao seu comportamento estranho e constante choro. Ela se sente invadida e torturada pelo ser, que suga sua energia e ameaça matá-la. Para se defender, a mulher acaba matando o "invasor".
Organizado pela biógrafa Teresa Montero, Minhas queridas traz a correspondência – 120 cartas inéditas – enviada por Clarice Lispector para suas “queridas” irmãs, Tania Kaufmann e Elisa Lispector, entre 1944 e 1959, período em que acompanhou seu marido, o diplomata Maury Gurgel Valente, em suas missões no exterior. Material precioso e fundamental, não só por cumprir seu papel de preservar a memória da literatura brasileira e, portanto, os pormenores e meandros da criação, como também – e sobretudo – por delinear os vinte anos iniciais de atividade literária de uma autora que fascina gerações e gerações de leitores.
www.claricelispector.com.br
O estrangeiro estranha a casa misteriosa em frente, onde ouve música noturna. Sua sombra entra na casa e desaparece. Anos depois, a sombra retorna como homem rico, contando ter vivido na casa da Poesia, fonte de sua prosperidade.
Este capítulo apresenta quatro estudantes de medicina, Filipe, Leopoldo, Fabrício e Augusto, discutindo planos para o feriado de Sant'Ana. Filipe convida os amigos para passarem a véspera e o dia de Sant'Ana na ilha onde mora com sua avó. Leopoldo e Fabrício aceitam prontamente o convite, enquanto Augusto parece relutante. Fabrício brinca que poderia se casar com a avó de Filipe, que é rica, o que anima a discussão.
Beatriz comemora seu aniversário de 16 anos se sentindo sozinha, sem o apoio de seus pais ausentes. Na escola, sofre bullying de Hugo e seus amigos, mas suas melhores amigas a defendem em uma briga. Como punição, todos os envolvidos recebem serviço comunitário na escola pelos próximos três meses.
O livro tem como objetivo descrever um fato que acontece com frequência nas escolas, que é o enamoramento de um aluno por seu professor e o papel da escola nas questões socioambientais
O documento apresenta uma história em forma de ensaio com crianças brincando com palavras sem sentido e fazendo sons estranhos. As crianças pintam e correm pela sala, enquanto a monitora tenta conduzir a brincadeira de forma descontraída e criativa. Outras histórias curtas também são apresentadas sobre teatro, sonhos, mãe terra e uma amizade problemática com uma criança agitada.
Rodolfo testa o programa Aleascript na casa de Teresa. Ao serem clicadas palavras aleatórias, o programa revela detalhes dos passados de ambos, incluindo um incidente com uma criança e uma dívida de um primo de Teresa. Isto confirma que o programa consegue identificar quem está usando o computador.
Dissertação de mestrado, UnB: "Restauração de uma menina morta: Da ausência à...Ana Vilela
Dissertação de mestrado defendida em julho de 2013 na Universidade de Brasília (UnB): "Restauração de uma menina morta: Da ausência à presença ausente", uma análise do livro "A menina morta", do escritor Cornélio Penna.
O documento descreve a vida e carreira do escritor português José Saramago, desde seu nascimento na aldeia de Azinhaga até seu casamento com a jornalista espanhola Pilar del Río aos 63 anos de idade. Apesar de dificuldades financeiras na juventude, Saramago desenvolveu uma paixão pela literatura e eventualmente tornou-se um escritor de sucesso em Portugal.
Ficha de leitura do livro "Dom Casmurro" do autor Machado de Assis. Atividade realizada pela Professora Maria Piedade Teodoro da Silva,feita na escola E.E Professor João Cruz.
A Ficha traz todas as informações do livro e uma resenha nossa.
Ficha de Leitura " A marca de uma lágrima"ThaiGouva
O documento resume o enredo do livro "A Marca de uma Lágrima" de Pedro Bandeira. Conta a história de Isabel, uma adolescente inteligente mas insegura que se apaixona por seu primo Cristiano, mas ele ama sua amiga Rosana. Após testemunhar um assassinato, Isabel tenta suicídio mas é salva por Fernando, por quem acaba se apaixonando de verdade.
Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)12º A Golegã
Este livro conta a história de Matteo, um médico cardiologista cuja vida muda drasticamente após a morte da esposa grávida e do filho em um acidente de carro. Ele se isola na montanha como um eremita, tentando encontrar sentido para a vida. Anos depois, seu filho Nathan o encontra e o perdoa. Matteo então percebe que precisa seguir em frente e se reconciliar com a vida.
I. Bentinho e Capitu se apaixonam na infância e fazem uma promessa de casamento.
II. Bentinho é enviado para o seminário, onde se torna amigo de Escobar.
III. Após o seminário, Bentinho e Capitu se casam, cumprindo sua promessa de anos atrás.
Crônicas selecionadas nu, de botas - av2Josi Motta
1) O documento descreve cenas da infância do autor, incluindo brincadeiras no quintal de casa e observações sobre os vizinhos.
2) A família incluía a mãe, empregada doméstica chamada Vanda, e outras 15 crianças da vila.
3) À noite, os sons da máquina de escrever do pai garantiam ao autor que não estava sozinho.
Este documento contém vários textos curtos sobre bibliotecas e a importância da leitura. Um conto breve descreve como uma menina chamada Memória inventou a escrita para ajudar as pessoas de seu país a se lembrarem do que aconteceu durante o dia. Outro texto reflete sobre como a biblioteca permite que as pessoas descubram surpresas sobre si mesmas e sua história. Um poema usa metáforas para descrever a experiência de encontrar um livro especial na biblioteca.
Este documento apresenta um convite de Filipe aos amigos para passarem o dia de Sant'Ana na ilha de sua avó, onde haverá um baile. Augusto inicialmente recusa o convite, mas muda de ideia ao saber que Filipe tem primas atraentes: uma pálida de 17 anos, uma loira de 16 e uma morena de 14 anos.
Este documento fornece informações sobre o livro "A Bolsa Amarela" de Lygia Bojunga Nunes, incluindo a nota da contracapa e da orelha do livro. A nota da contracapa destaca os prêmios recebidos pela autora e caracteriza seu estilo de escrita como original, sensível e universal. A nota da orelha apresenta a história central do livro, sobre uma menina que esconde suas grandes vontades em uma bolsa amarela, entrando em conflito com a família ao reprimi-las.
O documento descreve o livro "Corda Bamba" de Lygia Bojunga Nunes, que segue a história de Maria e sua jornada de autoconhecimento ao relembrar seu passado circense. O texto discute a linguagem sutil do livro, as personagens complexas, e como a corda representa a jornada de Maria entre o real e o imaginário.
Negrinha é uma narrativa em terceira pessoa que conta a história de uma menina órfã e negra chamada Negrinha, que sofre maus-tratos constantes na casa onde vive. Após conhecer o mundo das brincadeiras ao pegar uma boneca de uma sobrinha da patroa, Negrinha cai em tristeza profunda e morre. O conto é uma crítica à crueldade e à falta de compaixão.
O documento apresenta uma coleção de poemas e reflexões sobre linguagem, natureza e criatividade. As frases exploram temas como a poesia como forma de iluminar o silêncio das coisas, a importância de aprender com a natureza e as origens da linguagem, e a ideia de que a criatividade está nos detalhes insignificantes do mundo.
O garoto insiste com o pai que a avó caiu na piscina, mas o pai não acredita e não quer ir verificar. Apenas quando a mãe explica claramente o que aconteceu é que o pai compreende a urgência da situação e corre para ajudar a avó. No final, a avó diz que o garoto falou corretamente, mas o pai teve um "acesso de burrice" ao não entender o que o filho queria dizer.
O documento conta a história de uma mulher que sofre com um "invasor" que matou seu filho e tomou seu corpo. A mulher percebe que a criança não é seu filho devido ao seu comportamento estranho e constante choro. Ela se sente invadida e torturada pelo ser, que suga sua energia e ameaça matá-la. Para se defender, a mulher acaba matando o "invasor".
Organizado pela biógrafa Teresa Montero, Minhas queridas traz a correspondência – 120 cartas inéditas – enviada por Clarice Lispector para suas “queridas” irmãs, Tania Kaufmann e Elisa Lispector, entre 1944 e 1959, período em que acompanhou seu marido, o diplomata Maury Gurgel Valente, em suas missões no exterior. Material precioso e fundamental, não só por cumprir seu papel de preservar a memória da literatura brasileira e, portanto, os pormenores e meandros da criação, como também – e sobretudo – por delinear os vinte anos iniciais de atividade literária de uma autora que fascina gerações e gerações de leitores.
www.claricelispector.com.br
O estrangeiro estranha a casa misteriosa em frente, onde ouve música noturna. Sua sombra entra na casa e desaparece. Anos depois, a sombra retorna como homem rico, contando ter vivido na casa da Poesia, fonte de sua prosperidade.
Este capítulo apresenta quatro estudantes de medicina, Filipe, Leopoldo, Fabrício e Augusto, discutindo planos para o feriado de Sant'Ana. Filipe convida os amigos para passarem a véspera e o dia de Sant'Ana na ilha onde mora com sua avó. Leopoldo e Fabrício aceitam prontamente o convite, enquanto Augusto parece relutante. Fabrício brinca que poderia se casar com a avó de Filipe, que é rica, o que anima a discussão.
Beatriz comemora seu aniversário de 16 anos se sentindo sozinha, sem o apoio de seus pais ausentes. Na escola, sofre bullying de Hugo e seus amigos, mas suas melhores amigas a defendem em uma briga. Como punição, todos os envolvidos recebem serviço comunitário na escola pelos próximos três meses.
O livro tem como objetivo descrever um fato que acontece com frequência nas escolas, que é o enamoramento de um aluno por seu professor e o papel da escola nas questões socioambientais
O documento apresenta uma história em forma de ensaio com crianças brincando com palavras sem sentido e fazendo sons estranhos. As crianças pintam e correm pela sala, enquanto a monitora tenta conduzir a brincadeira de forma descontraída e criativa. Outras histórias curtas também são apresentadas sobre teatro, sonhos, mãe terra e uma amizade problemática com uma criança agitada.
Rodolfo testa o programa Aleascript na casa de Teresa. Ao serem clicadas palavras aleatórias, o programa revela detalhes dos passados de ambos, incluindo um incidente com uma criança e uma dívida de um primo de Teresa. Isto confirma que o programa consegue identificar quem está usando o computador.
Dissertação de mestrado, UnB: "Restauração de uma menina morta: Da ausência à...Ana Vilela
Dissertação de mestrado defendida em julho de 2013 na Universidade de Brasília (UnB): "Restauração de uma menina morta: Da ausência à presença ausente", uma análise do livro "A menina morta", do escritor Cornélio Penna.
O documento descreve a vida e carreira do escritor português José Saramago, desde seu nascimento na aldeia de Azinhaga até seu casamento com a jornalista espanhola Pilar del Río aos 63 anos de idade. Apesar de dificuldades financeiras na juventude, Saramago desenvolveu uma paixão pela literatura e eventualmente tornou-se um escritor de sucesso em Portugal.
Ficha de leitura do livro "Dom Casmurro" do autor Machado de Assis. Atividade realizada pela Professora Maria Piedade Teodoro da Silva,feita na escola E.E Professor João Cruz.
A Ficha traz todas as informações do livro e uma resenha nossa.
Ficha de Leitura " A marca de uma lágrima"ThaiGouva
O documento resume o enredo do livro "A Marca de uma Lágrima" de Pedro Bandeira. Conta a história de Isabel, uma adolescente inteligente mas insegura que se apaixona por seu primo Cristiano, mas ele ama sua amiga Rosana. Após testemunhar um assassinato, Isabel tenta suicídio mas é salva por Fernando, por quem acaba se apaixonando de verdade.
Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)12º A Golegã
Este livro conta a história de Matteo, um médico cardiologista cuja vida muda drasticamente após a morte da esposa grávida e do filho em um acidente de carro. Ele se isola na montanha como um eremita, tentando encontrar sentido para a vida. Anos depois, seu filho Nathan o encontra e o perdoa. Matteo então percebe que precisa seguir em frente e se reconciliar com a vida.
I. Bentinho e Capitu se apaixonam na infância e fazem uma promessa de casamento.
II. Bentinho é enviado para o seminário, onde se torna amigo de Escobar.
III. Após o seminário, Bentinho e Capitu se casam, cumprindo sua promessa de anos atrás.
Crônicas selecionadas nu, de botas - av2Josi Motta
1) O documento descreve cenas da infância do autor, incluindo brincadeiras no quintal de casa e observações sobre os vizinhos.
2) A família incluía a mãe, empregada doméstica chamada Vanda, e outras 15 crianças da vila.
3) À noite, os sons da máquina de escrever do pai garantiam ao autor que não estava sozinho.
Este documento contém vários textos curtos sobre bibliotecas e a importância da leitura. Um conto breve descreve como uma menina chamada Memória inventou a escrita para ajudar as pessoas de seu país a se lembrarem do que aconteceu durante o dia. Outro texto reflete sobre como a biblioteca permite que as pessoas descubram surpresas sobre si mesmas e sua história. Um poema usa metáforas para descrever a experiência de encontrar um livro especial na biblioteca.
A autora recebeu um diário em vez de um telemóvel novo para a escola, o que a deixou desapontada. Ela tenta fazer os trabalhos de casa sobre a peça Sonho de Uma Noite de Verão de Shakespeare, mas tem dificuldade em imaginar a aparência da personagem Trasgo.
O documento apresenta quatro textos diferentes. O primeiro é um excerto descritivo que apresenta a personagem Iracema. O segundo é um poema que fala sobre tristeza e angústia. O terceiro é um trecho teatral que contém diálogos entre personagens. O quarto é uma crônica que narra um jantar com noras e amigos.
Este conto descreve uma sociedade onde as pessoas esquecem tudo o que fizeram durante o dia quando chega a noite. Uma menina chamada Memória inventa a escrita para deixar testemunhos diários e assim as pessoas começam a escrever cada vez mais, reunindo todas as suas obras numa biblioteca para que possam descobrir parte da sua história todos os dias.
O documento descreve o dia de trabalho de um homem em São Paulo. Ao chegar em casa após um dia estressante, ele observa sua vizinha Bárbara dançando nua em sua janela. Ele passa a espioná-la diariamente com binóculos. Um dia, ele encontra Bárbara no supermercado e eles acabam se conhecendo. Eles descobrem ter interesses em comum e trocam telefones.
Brincar com coisas coisas sérias de Margarida Fonseca Santos e Rita VilelaRita Vilela
Esta história alegórica fala de um cão chamado Bernardo que tinha dificuldade em lidar com carinhos indesejados. Um dia, mordeu acidentalmente uma fada que o amaldiçoou com uma coleira de picos. Para se libertar, Bernardo teve de controlar sua irritação e aprender a lidar com os outros de forma paciente e compreensiva. Ao aconselhar um estranho, ele compreendeu a lição e a coleira desapareceu.
Este documento apresenta o portfólio de Edison Morais, contendo exemplos de seus trabalhos em publicidade, poesia e prosa. Inclui anúncios publicitários, poemas sobre temas como trabalho, ironia e insônia, além de um excerto de prosa descrevendo uma mulher em frente à geladeira.
Mário de Andrade foi um escritor modernista brasileiro influente. Suas principais obras incluem Macunaíma e Amar, Verbo Intransitivo. Ele buscou criar uma linguagem literária brasileira que incorporava arte e cultura popular. O conto "Vestida de Preto" descreve um episódio de amor infantil entre Mário e sua prima Maria quando crianças.
1) A autora acorda numa casa desconhecida com outras pessoas e conhece duas cadelas da casa, uma grande e outra pequena.
2) Elas passam a manhã na praia, nadando e tomando sol.
3) À tarde, vão a um teatro em Sintra mas a peça é ruim e a autora acaba dormindo, indo depois para Lisboa.
Obra literária "O caçador de palavras" de Walcyr CarrascoIEE Wilcam
O documento é um resumo do livro "O Caçador de Palavras" de Walcyr Carrasco. Conta a história de um homem que descobre a paixão pelas palavras após ficar preso em um cinema vazio à noite e ler um dicionário. Ele passa a ver as palavras como "estrelas" e decide se dedicar a estudá-las e divulgá-las. No entanto, acaba preso, alegando que não foi exatamente culpa das palavras, mas por uma descoberta pessoal sobre o poder que as pal
O documento descreve o lançamento de um livro de um escritor bem-sucedido e as comemorações posteriores com seu agente. No entanto, o escritor recebe uma ligação de sua governanta informando que algo aconteceu com sua filha. Ele pede para antecipar o voo de volta para casa o mais rápido possível. Ao chegar, pede para o motorista do táxi levá-lo para casa o mais rápido, desesperado para ver sua filha.
1) O documento descreve parte da rotina diária de um homem que pega ônibus para ir à faculdade, incluindo seus hábitos e observações sobre os outros passageiros.
2) Ele gosta de observar os outros passageiros e analisar seus hábitos, estilo e gostos musicais.
3) O documento também relata alguns incidentes cômicos que ocorreram no ônibus, como quando dois homens com mau cheiro entraram e causaram revolta entre os outros passageiros.
1) O documento é um diário escrito por Sonia Regina Rocha Rodrigues que descreve suas experiências com computadores e máquinas de escrever, além de refletir sobre literatura e a vida.
2) A autora relata problemas com seu novo computador pessoal, que parece ter uma "personalidade própria" e faz de propósito para atrapalhar sua vida.
3) Ela também critica a desinformação de vendedores de supermercados e compartilha receitas de bolos que fez para aniversários de sua filha.
O documento anuncia uma visita do escritor Xico Braga à Biblioteca Escolar em 21 de maio de 2012 para apresentar e autografar seus livros "Estórias de um avô" e "5 minutos de estória". Os alunos do 2o ciclo poderão comprar ou reservar os livros e obter autógrafos do autor no final do evento.
O documento apresenta poemas e reflexões sobre temas como a noite, a loucura, os sonhos e a liberdade. Em três frases ou menos, o documento explora diferentes perspectivas sobre esses temas de forma poética e filosófica.
A história descreve uma menina de 6 anos e sua mãe que vivem em uma pequena cidade no outono. Problemas econômicos e uma forte chuva devastaram as plantações locais, deixando-os sem emprego ou comida. Um dia, a menina encontra um folheto convidando-os para uma nova vida na Europa. Ela e sua mãe decidem embarcar no navio na esperança de um futuro melhor.
A história apresenta a família Pontuação, cujos membros representam os sinais de pontuação. A Menina Vírgula casa-se com o Sr. Ponto-e-Vírgula e tem vários filhos, incluindo o Ponto de Interrogação, o Ponto de Exclamação e os gémeos Dois-Pontos. No final, nasce o filho mais novo, o Ponto Final. A história explica de forma lúdica a função de cada sinal de pontuação.
A história introduz a família Pontuação, cujos membros representam os sinais de pontuação. A Menina Vírgula casa-se com o Sr. Ponto-e-Vírgula e eles têm vários filhos, incluindo o Ponto de Interrogação, o Ponto de Exclamação e os Dois Pontos. No final, o Sr. Ponto-e-Vírgula diz que "agora, ponto final" na família. A história ensina as funções básicas dos principais sinais de pontuação.
O conto descreve o encontro emocional entre uma menina ruiva e um cachorro basset também ruivo. Embora se conectem profundamente, eles são forçados a se separar quando o cachorro precisa seguir sua dona. A menina fica com uma sensação de perda por algo que mal teve a chance de experimentar.
2. 2
Título:
DIAS DE VERÃO
Personalidades:
SÔNIA REGINA ROCHA RODRIGUES - Autor(a)
Registro:
155712, em 17/07/1998
Gênero:
Contos/Crônica
Obra Publicada:
Sim
Tipo de Apresentação:
Papel, 58 página(s)
ISBN – 85-904649-3-8
3. 3
COMUNICAÇÃO
doro cartas.
Sou uma dessas pessoas que detestam
telefones. Não sei conversar sem ver os olhos, as
mãos, a mímica facial de meu interlocutor. Os sons
das palavras saem pelo fio destituídas de qualquer sentido.
Será que do outro lado alguém estará bocejando, olhando o
relógio ou assistindo à Sessão da Tarde? Terá meu telefonema
interrompido um beijo, os cálculos do Imposto de Renda, uma
briga familiar?
Isto, bem entendido, quando se consegue a ligação, pois
as linhas estão freqüentemente ocupadas, ou ninguém atende,
ou então, o que é mais frustrante, há do outro lado uma
parafernália eletrônica que educadamente anota recados.
Além de sentir-me uma idiota ao falar com uma máquina,
fica a desconfiança de que o outro está confortavelmente a ver
o futebol, saboreando uma loira gelada e ouvindo
perfeitamente os recados pela ‘viva voz’ - atenderá se quiser.
Telefonemas são sintéticos, frios, objetivos. Nada de
sutilezas sentimentais. Não há espaço para as nuanças das
entrelinhas.
Em uma carta, a alma esparrama-se como um gato em
um tapete macio. O telefone nos tolhe como uma camisa de
força. Há sempre o risco de interrupção - a campainha, uma
criança que chora, uma panela no fogo. A carta, pelo contrário,
nunca é inconveniente - se não chega em momento propício,
nós a guardamos para ler mais tarde com a atenção devida a
um amigo querido.
Hoje, contudo, a amizade existe em razão direta da
distância. Apesar do advento da Internet, a comunicação atual
é telegráfica e superficial. Na Era da Informação, as pessoas
tem pavor de expor-se.
Tenho esperança de que o hábito de escrever longas e
afetuosas cartas volte a ficar em moda. Enquanto isso, para
não perder o costume, vou escrever um diário.
(texto premiado em 2
o
lugar na categoria Prosa no 2
o
Concurso Interno de
Poesia e Prosa da APEBS, junho de 1997)
A
4. 4
DIAS DE INVERNO
ulho passou, com seus dias claros e seu céu
límpido fazendo a alegria das crianças e das donas
de casa. Estas porque o pesadelo da roupa suja que
não tem como ser lavada, pois recusa-se a secar
quando a cidade se transforma numa nuvem úmida, e tudo nos
armários fica cheirando a ‘cachorro molhado’, não aconteceu. E
aquelas brincaram até fartar empinando pipas, correndo pela
areia da praia e até tomando sorvetes - que estava quente e os
pais não tinham porquê proibir.
Julho passou perfeito para férias, ensolarado, quente,
lindo.
Inverno sem frio, no entanto, não tem graça nenhuma.
Fiquei, frustrada, a esperar pela minha estação do ano
preferida.
Inverno, afinal, tem seu jeito próprio, seus aromas, seus
sabores: o caldo verde, o fumegante cozido português, o
chocolate quente com marshmallow, o vinho quente, o
fondue...
Pinhões tem gosto especial quando queimamos nossos
dedos gelados no ingrato trabalho de descascá-los; as mãos
ficam vermelhas e o estômago, aquecido.
Até mesmo as prosaicas pipocas são mais saborosas nas
noites frias em que nos enrolamos em cobertores em volta de
uma mesa, como escoteiros acantonados, para um joguinho de
cartas.
Inverno é poder vestir-se com elegância; desfilar de
blazers, casacões, túnicas e sofisticadas botas.
Inverno mesmo é quando dois cobertores não são
suficientes e o companheiro pula quando lhe encostamos
nossos pés - e a gente dorme soterrada entre montanhas de
edredons, meias, gorros e cachecóis.
Inverno mesmo é quando a gente perde a hora porque a
manhã é tão escura, o soninho tão bom e a chuva grossa nos
embala como uma canção de ninar.
Inverno perfeito é quando a gente, semicongelada, espera
um dia inteiro pelo namorado carinhoso que nos envolve em
um abraço daqueles tão aconchegantes que nosso coração se
aquece, o mundo torna-se agradável e a felicidade, possível.
J
5. 5
VIZINHOS
vizinho da direita sofria de insônia;
madrugada adentro eu ouvia a ‘Sessão Coruja’.
Não é que ele ligasse alto a TV, mas aquele vago
murmurar de vozes e ruídos diversos perturbava
meu sono.
O menino da esquerda criava uma araponga. O
despertador da vizinha do andar de baixo tocava às cinco da
manhã inclusive aos domingos, e o rapaz do andar de cima
ouvia rock pauleira no horário do meu almoço.
Era demais! Dificuldade para adormecer, sono
interrompido pela madrugada e nem ao menos poder cochilar
após o almoço!
Mudei-me para o interior. Adormecer com o coaxar dos
sapos, acordar com a passarada, lagartear no silêncio do sol a
prumo...que paz!
Lá no interior conheci aquele tipo folclórico de vizinho, o
que vem pedir emprestada uma xícara de açúcar, ou um ovo, e
dali a dias bate à porta com um três ovos ainda quentes, que
as galinhas botaram ‘inda agorinha’.
Na primeira manhã de merecidas férias acordo com
insistentes batidas à porta:
- A senhora está doente? Fiquei preocupada, a
senhora sempre sai tão cedo, mora sozinha, vai que houvesse
sofrido algum acidente...
Semanas mais tarde, a mesma vizinha telefona para
meu trabalho:
- Um homem estranho entrou em sua casa. Já chamei a
polícia.
- É meu irmão! - protesto.
Houve aquela memorável ocasião em que a velhinha da frente
cercou-me com ar confidencial, com uma conversa espiralada
sobre ‘aqueles homens’ que apareciam com ‘tanta freqüência’
em minha casa, ‘sozinhos’, e que eu recebia ‘a portas
fechadas’, sem nenhum cuidado pela minha ‘reputação’...
Perdoei a moral provinciana, mas saí do sério quando a
mocinha dos fundos parou-me em plena feira:
- Usamos calcinhas da mesma marca.
O
6. 6
- Como?
- Espiei o seu varal por cima do muro...
Ora, francamente!
Eu não podia usufruir do meu belo quintal para o lazer.
As altíssimas árvores em volta viviam carregadinhas de
moleques que, não contentes em espiar, cismavam de puxar
conversa:
- Que livro a senhora está lendo?
- Por que a senhora não toma sol no clube, como a
minha mãe?
Aos sábados, a vizinhança se revezava no churrasco do
almoço e na roda de samba que se encompridava das dez da
manhã às oito da noite, hora em que começava a música na
praça, bem alto que era para todo o povo da cidade ouvir.
Bem, pelo menos a barulhada era só aos sábados.
Era, pois o “progresso” invade tudo. Hoje o interior tem
vida noturna: bares e clubes abrem todas as noites com seus
conjuntos sertanejos trovejando alegria por potentes alto-
falantes.
Assim, voltei para a cidade grande. Para o mesmo
prédio onde o garoto da araponga agora cria três papagaios
tagarelas; os vizinhos da direita tem TV a cabo, ‘24 horas no ar’
e o rapaz do andar de cima estuda bateria.
Estou pensando em forrar todo o apartamento com
cortiça, transformando-o em um estúdio diferente: à prova de
som.
7. 7
MUDANÇA
caminhão de mudança encostou e eu fui
logo avisando:
- Os livros embalo eu!
Pouco me importa o que acontecerá com as
roupas, as louças e os eletrodomésticos. Afinal, trata-se de um
problema mecânico bastante simples: pegar de um lugar e
levar para outro.
Quanto aos livros, a questão é diferente. Na minha
primeira mudança fiquei durante uma semana encontrando os
coitadinhos nos lugares mais inusitados: na máquina de lavar,
no forno, no freezer. Até mesmo servindo de calço para uma
perna de sofá capenga _ e olha que era um exemplar novinho,
que eu mal começara a ler.
É indispensável examinar o caminhão cuidadosamente
antes que parta.
- Tem certeza de que descarregou tudo?
- Sim, senhora. Aí dentro só tem papel velho e uma meia
dúzia de livros que caíram dos caixotes.
- Livros? E vocês não os pegaram?
- Pra que? A senhora já tem tanto livro aí, que mais um
menos um não vai fazer diferença.
E, estatelados no chão sujo, meu atlas de
anatomia e minha coleção de arte, importada!
Não é muito ruim quando os carregadores enfiam alguns
exemplares junto com os sabonetes _ ficam cheirosos por
bastante tempo. Chato é quando eles os socam no mesmo
caixote com cebolas, pó de café e outras especiarias - por
semanas, ao escolher um livro, tenho a sensação de estar indo
ao supermercado.
Em outra ocasião, eu embalava cuidadosamente meus
cristais, quando dei - me conta de um silêncio incomum.
Onde estavam os carregadores? Procura daqui e dali,
afinal encontrei - os sentados na sala, absorvidos na leitura.
Súbita paixão pela literatura? Nada disso. É que haviam
descoberto uma Enciclopédia Sexual Ilustrada.
Desta feita eu resolvi fazer na biblioteca a mesma faxina
que faço no resto da casa _ sumir com as velharias, cortando o
que esteja fora de uso e fora de moda.
O
8. 8
Comigo ficaram apenas os clássicos, as obras-primas, os
meus preferidos inseparáveis amigos de todas as horas.
Por isso foi tão fácil acomodá-los, pois couberam todos
em apenas vinte e cinco caixotes.
9. 9
EXPERIÊNCIAS DO PASSADO
á vivi nesta cidade antes, mas então não era eu a
mesma pessoa. Naquela ocasião, astrônoma e
poetisa, eu passava o tempo de nariz para cima, a
admirar a lua, a ouvir estrelas... Ah, a magia da noite! Eu me
deleitava a meditar sobre os mistérios todos do universo à
beira-mar.
Em Petrópolis, anos depois, fui moça devota, dessas
que não perdem missa aos domingos e lêem a Bíblia
diariamente. Professora severa e correta, sofri muito quando o
noivo abandonou-me com estas palavras cruéis: eu era séria
demais e não permitiria que ele gozasse a vida. E como, na
minha concepção, só se amava uma vez na vida, vi-me
relegada à solidão das solteironas.
Lembro-me da vida boêmia que se seguiu, pelos bares
de São Paulo, as rodas de samba madrugadas afora, e o
desastroso resultado: mãe solteira, escorraçada pela família e
pelos ‘amigos’, a passar fome, frio e toda sorte de dificuldades
para criar um filho sozinha.
Houve também uma época feliz, em Minas Gerais: a da
fazendeira amada e apaixonada pelo maridão. Criei quatro
filhos na tranqüilidade dos
campos, cursei faculdade, formei-me em psicologia e fui útil,
criativa e feliz até tornar-me a viúva inconsolável do homem tão
especial que enriquecera minha existência.
Mais tarde, no Paraná, renunciei a tudo como monja
budista, procurando a solução para o problema da dor,
alienando-me dos sofrimentos do mundo pela renúncia.
Agora, de volta à primeira cidade em que vivi, percebo
curiosa que, sendo eu a mesma pessoa, sendo a cidade a
mesma, sou no entanto uma pessoa nova em uma cidade
nova. Não é mais o luar que me encanta a alma, é o sol que
aquece meu coração. Aprecio as caminhadas matinais, faço
ginástica na praia e...
Nisto, o psiquiatra que chegara à roda com atraso
protestou indignado exigindo provas. Provas? Provas, sim, que
ele já estava farto deste modismo de reencarnação!
Mas do que é que ele estava falando, afinal? Eu apenas
comentava com meus amigos como se mostrara exata a
previsão feita à beira de meu berço pelo astrólogo que
interpretou minha carta natal: a cada dez anos, minha vida
sofreria uma transformação radical.
J
10. 10
DISTRAÇÃO
ra um sujeito distraído. A gente parava bem em
frente ao fusca amarelo dele e esperava em vão
enquanto ele, chave na mão, olhava para todos os
lados, indeciso.
- Não vamos embora?
- Claro, assim que eu localizar o carro. Sei que estacionei
em algum lugar por aqui...
Entrava no carro e que é feito da chave? Deixara-a do
lado de fora.
Quantas vezes não voltava do trabalho a pé porque
esquecera-se de que saíra de carro?
De nada adiantava, para ele, anotar os compromissos do
dia em uma agenda, pois ele não se lembrava de consultá-
la; isto é, caso ele se lembrasse aonde a colocara.
Viajei com ele uma única vez, para nunca mais.
Hospedamo-nos na primeira noite em um hotel à beira da
estrada; na manhã seguinte ele pôs-se a revistar os bolsos
e a bagagem - esquecera dinheiro, cartões e talões de
cheque. Se não fosse o amigo aqui...
O que aconteceu na imobiliária, no entanto, foi demais.
Eu o acompanhei em suas andanças à procura de um
imóvel até encontrarmos um que o interessou. Aí o corretor,
todo solícito, propôs-se a preencher a ficha cadastral:
- Nome?
- H*** W***
- Profissão?
- Médico.
- Endereço?
Nisto, ele vira-se para mim:
- Alfredo, onde é que eu moro?
Sorri. Que brincadeira mais fora de hora!
- Sério, Alfredo, não sei.
- Você quer dizer que se esqueceu do próprio endereço?
- Não sei mesmo. Não prestei atenção ao nome da rua.
- Ao menos do número você lembra, não?
- Sabe que também não reparei no número?
Verdade é que ele mudara-se recentemente.
- Mudou-se ontem?
- Há dois meses.
Seus olhos pediam-me socorro, porém eu estava
sufocado até as lágrimas pelo mais inconveniente acesso de
riso.
O corretor ainda tentou mostrar-se compreensivo:
- São Paulo confunde um pouco os que vêm de fora.
E
11. 11
- Não é meu caso, moro na mesma quadra desde que
nasci, só que mudei para a rua de trás.
Aí o corretor ficou com uma expressão muito esquisita e
empurrou-nos firmemente porta afora.
12. 12
MEUS AMIGOS LIVROS
stou condenada à aposentadoria e a ter de
colocar os meus amigos no prego!
Exagero?
Sucessivos ministros da economia tem-me empurrado
para moradias cada vez menores. Fico a me perguntar o que
farei com meus amados livros quando o próximo desastre
econômico empurrar-me para um quarto e sala.
Se tiver de reduzí-los a uma dúzia de títulos, sem
dúvida alguma ficarei com Edgar Allan Pöe, o mestre do
horror e do suspense. Recentemente emprestei-o a uma
amiga que o devolveu no dia seguinte com uma expressão
de assombro: “Não quero saber deste troço esquisito”. Eu o
recebi com carinho e o recoloquei em seu lugar de honra na
estante. Como deixar de concordar com Pöe, afinal? Pois “a
desgraça é variada. O infortúnio da terra é multiforme”.
Ficarei também com os romances russos, com sua
peculiar visão de vida a oscilar entre a comicidade e a
tragédia; os contos de Machado e o teatro de Dias Gomes;
os Diálogos de Platão e, é
claro, Oscar Wilde, para rir-me da hipocrisia humana.
Não, não levarei comigo nenhum livro religioso.
Quando pediram a Buda que falasse sobre Deus, o
Iluminado não pronunciou uma única palavra. Limitou-se a
mostrar uma flor.
E
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APELIDOS
pelido pega. E uma vez pego, gruda para nunca
mais. É gozação garantida para a vida toda, a
acompanhar o pobre sujeito até a morte.
Não há escola, bairro ou clube que não tenha o seu
Alemão, o seu Japa ou o seu Turco.
Apelido é uma praga!
Mas cidade para gostar de apelido igual àquela, eu nunca
vi.
Nanquim Nakara era o nissei que nascera com uma
mancha de nascença no rosto.
O aposentado que passava as tardes na praça, a
acompanhar os conhecidos à farmácia ou ao banco, era o
Ferry-boat.
Salário Mínimo? Era o homem mais baixo da cidade.
Eu precisava passar por lá para encontrar um amigo que
me acompanharia em uma excursão de férias. Apostei com ele
como não ganharia nenhum apelido.
Lá chegando, dirigi-me ao hotel, telefonei para o meu
amigo e subi para um banho e um cochilo, pois ele só chegaria
ao final da tarde.
De quando em vez eu espiava pela janela, para observar
a paisagem, e assim que aparecia alguém, rapidamente eu me
escondia, para que não me botassem nenhum apelido.
Finalmente meu amigo chegou e desci a pedir a conta na
portaria. Já ia cantar vitória, quando a voz do funcionário fez-se
ouvir, em alto e bom som:
- Saindo a conta do Cuco!
TIC-TAC
A
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inha eu o hábito de admirar o elegante despertador
de ouro na cabeceira de minha mãe: pequeno,
redondo, bonito. Por causa disto, papai me presenteara
com um pequenino relógio de ouro em um cordão
também de ouro, jóia para casamentos e ocasiões
importantes, que trazia passarinhos e flores
estampados em sua moldura - um primor. O que me fascinava no
despertador de mamãe, porém, não era o ouro e sim o delicado
trabalho de ourivesaria, semelhante a uma renda.
Pela manhã eu saía para o colégio e parava no sobrado da
esquina, onde morava minha melhor amiga. Ela abria-me a porta
do hall, onde eu aguardava que ela arrumasse o material,
admirando a peça antiga de madeira escura, alta, esculpida com
folhas e frutos, que anunciava os quartos de hora com um timbre
metálico magnífico. Ela sorria-me, cúmplice, orgulhosa da
raridade que pertencia à família há quatro gerações.
Íamos juntas para a escola. Dobrando a esquina, estávamos na
parte comercial da quadra. Passávamos pelo açougue, pela
farmácia, pela barbearia, pela padaria, pelo armazém e pelo hotel
- cada um exibindo seus relógios de parede, uns quadrados,
outros redondos, o do barbeiro
sempre atrasado dez minutos em relação aos outros.
Virando a próxima esquina, víamos o campanário da capela,
com riscos ao invés de algarismos e os imensos ponteiros de metal
escuro, que às sete em ponto soava como um carrilhão
anunciando o começo das aulas.
E ao entrarmos no jardim da escola, rodeado de esvoaçantes
borboletas, lá estava, com seu ar festivo, o relógio de flores que
Irmã Leopoldina ajardinava com carinho, todo colorido e
perfumado.
De todos, o meu relógio preferido era um de mesa, esmaltado,
com pés arqueados e enfeites dourados, que permanecia
escondido para que nós, crianças, não bulíssemos nele. Esse
relógio especial era retirado do esconderijo quando um de nós
fazia aniversário; então mamãe dava-lhe corda e, no exato
momento do nascimento, o que no meu caso acontecia às cinco
horas da manhã, ele tocava ‘Parabéns a você.’
Esta é uma encantadora recordação de minha infância e talvez
explique porque sonho freqüentemente com relógios e porque
sou tão fascinada por eles.
T
15. 15
DIAS DE VERÃO
iagens de férias. Sorvetes. Tudo o que é bom parece acontecer no
verão. É uma exuberância de frutas, um não acabar mais de
passeios ao ar livre, e quando se mora à beira mar, então, há um
vasto leque de diversões à escolha. Caminhadas na praia, mergulho, natação,
pescaria, passeios de barco e toda sorte de esportes aquáticos.
Claro, nem sempre o calor é agradável. Para quem trabalha exposto ao
tempo, sem ventilador, sem ar condicionado, fazendo esforço físico, não é
nada divertido.
Há dias em que a temperatura sobe tanto que, visto de longe, o asfalto
parece água, e a paisagem junto ao solo estremece, distorcida pelas ondas de
calor. Dias em que, já pela manhã, tudo parece queimar a nossa pele _ o sofá,
os lençóis, e até das torneiras jorra, à temperatura ambiente, um líquido
escaldante e nada convidativo. Dias em que nada refresca - nem banho, nem
piscina, e mesmo os aparelhos de ar condicionado não conseguem amenizar o
mal estar. Dias em que a única atitude sábia é encolher-se à sombra, como um
bichinho, imóvel, esperando, pois está quente demais até para se conseguir
dormir. (deveria haver um verbo para a suspensão temporária das funções
vitais provocadas pelo calor extremo, uma espécie de hibernação às avessas)
Um dia como o de ontem, que dizem ter sido o mais quente dos últimos
cinqüenta anos. O solstício de verão já acontecera, mas parecia que a Terra
continuava, distraída, a inclinar-se mais e mais em direção à fonte da vida.
Foi com certeza em um dia assim que um grego imaginou a lenda de
Faetonte, o mortal que dirigiu o carro do sol tão desastradamente, chegando
tão próximo que quase incendiou o planeta.
V
16. 16
AGORA !
á estávamos, os primos em segundo e terceiro graus, os que se reúnem
esporadicamente nos casamentos e batizados da vida, após anos de
ausência, com o mesmo nostálgico sorriso de ‘lembra-se de como
brincávamos juntos na casa do avô?’ e com o mesmo suspiro fatigado de
‘ah! esta vida corrida que a gente leva!’
Cada festa em família reacende o desejo de compartilhar, pois, afinal, esta é a
finalidade da família; durante alguns dias pensamos em promover uma churrascada
ou um passeio, mas logo o cotidiano empurra rotina abaixo nossas boas resoluções.
Aí passam-se dois ou três anos até que alguém se case ou batize um filho e é
aquela alegria do reencontro, aquela sucessão de calorosos abraços e as trocas de
confidências, piadas e receitas.
A última reunião, contudo, foi bem diferente.
Os abraços até que forma mais calorosos, os sorrisos mais amigos, as conversas
mais prolongadas, mas havia aquele incômodo constrangimento no ar.
É que a reunião familiar, inesperada, urgente, era um velório. E o primo que
falecera nem era o mais velho de sua geração. Os sussurros, aqui e ali, estremeciam os
ouvintes:
- Eu o carreguei no colo.
- Brincamos juntos.
- Eu me lembro bem de quando ele nasceu.
- Tão moço... tão bonito...
Agora, à medida que o tempo vai passando, dia um, dia outro, dá o seu recado:
hoje um telefonema, amanhã uma rápida visita, e o primeiro que aniversariou levou
um susto: a casa cheia de parentes.
Tenho certeza de que de agora em diante será assim: aniversários concorridos
no decorrer do ano, por duas razões. A primeira é que nos demos conta de que a
morte não escolhe idade. A segunda é como diz o avô:
- “Não quero saber de flores sobre a minha tumba. Quem quiser demonstrar o
seu amor por mim, trate de fazê-lo enquanto eu estou vivo.”
L
17. 17
DIZE-ME ONDE MORAS
ma das maneiras de conhecer a personalidade de uma pessoa é
vê-la montar uma casa.
Eu começo pela biblioteca. Vou procurar boas estantes,
firmes, de madeira de lei; uma cadeira de balanço confortável e uma
escrivaninha.
Já minha irmã começou pela sala, onde colocou uma rede. É, rede,
aquilo que os índios usam para dormir dependurados, entortando a coluna e
balançando indolentemente. E no cantinho o bar aconchegante, cúmplice, com
ampla variedade de licores e a sofisticada coleção de copos, objetos de culto
ao sedutor deus pagão.
Minha filha começou a reforma do seu ‘ap’ pelo quarto: cortinas de
babados, uma profusão de almofadas, quadros de palhaços e prateleiras com
bichos de pelúcia de todos os tamanhos.
Já um vizinho meu, um sujeitinho cuja esposa mudou-se mudou-se num
repente sem deixar endereço e levando consigo toda a mobília, bem, este meu
vizinho, vejam só, surpreende-me no elevador:
- Vida nova! Comecei hoje a remodelar o meu espaço. Fiz a primeira
compra.
- A cama?
- Não! A TV.
U
18. 18
COINCIDÊNCIA
a alegria do Carnaval, eu, minha esposa e meu filho nos
fantasiamos com máscaras brilhantes, enfeites nos
cabelos, roupas de piratas e fomos brincar na
privacidade de nosso camarote, como fazemos há anos.
Como é de praxe, levamos um isopor com sanduíches e
refrigerantes, levamos bastante pois sempre acabamos por repartir
alguns com os ocupantes dos camarotes vizinhos.
Este ano, contudo, tivemos uma experiência amarga. Ao nosso
lado instalou-se um jovem casal. Pois não é que o casal chamou o
diretor social do clube para que nos mudassem de lugar?
- Minha esposa está grávida. E se ‘isto aí’ a agredir?
- É um absurdo permitirem a entrada de ‘gente desse tipo’. Não
ficarei por mais nem um minuto ao lado de uma aberração dessas!
`Foi um choque descobrir que eles estavam falando do Serginho.
Do meu gentil e afetuoso filho!
O diretor comprou a briga a nosso favor - éramos sócios, o
camarote era nosso, o rapaz tinha tanto direito de se divertir quanto
qualquer outra pessoa, se ‘eles’ quisessem mudar de camarote,
bem, aí ele veria se havia um outro disponível.
- Ele não é agressivo? - insistia o outro - Prefiro não arriscar.
Vamos mudar para outro camarote.
Serginho, inocente, nem percebeu que causara tanta agitação ao
lado. Eu e Lúcia não respondemos às provocações e dispensamos
N
19. 19
as desculpas do diretor do clube pela cena desagradável. Meu
coração, contudo, confrangeu-se com a insensibilidade, a falta de
caridade, sobretudo com a ignorância daqueles dois jovens.
Há quinze anos nosso filho, portador da síndrome de Down, vem
enriquecendo nossas vidas, bondoso, prestativo, alegre e educado.
Quando vejo por aí jovens drogados, pichadores de muros, fúteis e
sem valores morais, roubando, matando, incendiando mendigos de
madrugada por falta de ter o que fazer, sinto-me abençoado. A
verdadeira desgraça é ser pai de algum criminoso de colarinho
branco ou de um serial killer.
Na semana da Páscoa fomos ao pediatra, para a consulta anual de
Serginho. Nossa pediatra é especializada no tratamento de Down e
de outras anomalias genéticas.
Eis que ao entrar na sala de espera, quem vemos? O casal do
camarote ao lado, com um recém-nascido nos braços. Claro que
eles não nos reconheceram sem as máscaras.
Minha esposa queria ir embora, mas eu a impedi. Naquela sala
eles não poderiam agredir o Serginho.
O homem olhou-me triste e comentou:
- É nosso primeiro. Estamos desesperados. Ele é Down.
Não o consolei. Que diabos, sou humano, afinal! E lembrei-me do
desdém da moça que não queria ficar nem um minuto a mais ao
lado de uma criança doente.
FIM