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FEVEREIRO/2013
Governo do Estado do Pará
Simão Robison Oliveira Jatene
Governador
Helenilson Cunha Pontes
Vice-Governador / Secretário Especial De Estado De Gestão – Seges
Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará
Maria Adelina Guglioti Bragli
Presidente
Cassiano Figueiredo Ribeiro
Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural
Sérgio Castro Gomes
Diretor de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação
Andréa dos Santos Coelho
Diretora de Pesquisas e Estudos Ambientais
Gracyette Raimunda Aguiar Ferreira Silva
Diretora de Planejamento, Administração e Finanças
BOLETIM DE DESMATAMENTO E FOCOS
DE CALOR
Número 19 – Fevereiro - 2013
Expediente
Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais :
Andréa dos Santos Coelho
Elaboração Técnica:
Andréa dos Santos Coelho
Maicon Silva Farias
Colaboração:
Celeste Ferreira Lourenço e Sérgio Rodrigues Fernandes
Revisão:
Anna Márcia Malcher Muniz e Fernanda Graim
Normalização:
Glauber Ribeiro
BOLETIM DE DESMATAMENTO E FOCOS DE CALOR, 2012.
Belém: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará,
2012.
Mensal
18 p. (Boletim de desmatamento e focos de calor, 19)
1. Focos de calor-queimadas. 2. Desmatamento. 3. Meio ambiente. 4. Pará
(Estado). 5. Instituto de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental do
Pará. I.Série
CDD 333.3357
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
APA - Área de Proteção Ambiental
AQUA - CBERS - China-Brazil Earth-Resources Satellite
DETER - Detecção do Desmatamento em Tempo Real
FLONA - Floresta Nacional
FUNAI – Fundação Nacional do Índio
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis.
ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
IDESP – Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará
INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
MODIS - Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer
NASA - National Aeronautics and Space Administration
NOAA - Nacional Oceanic and Atmospheric Administration
REBIO - Reserva Biológica
TI - Terra Indígena
UC - Unidade de Conservação
WFI - Wide Field Imager
Sumário
APRESENTAÇÃO............................................................................................................7
1 INFORMAÇÕES TÉCNICAS......................................................................................8
1.1 O SISTEMA DE DETECÇÃO DO DESMATAMENTO EM TEMPO REAL - DETER....8
1.2 O SISTEMA DE MONITORAMENTO DE FOCOS DE CALOR - QUEIMADAS............9
2 BOLETIM - FEVEREIRO DE 2013 ..........................................................................11
2.1 DESMATAMENTO ............................................................................................................11
2.2 FOCOS DE CALOR............................................................................................................15
REFERÊNCIAS ..............................................................................................................18
7
Boletim do Desmatamento
Fevereiro 2013
APRESENTAÇÃO
As questões ambientais têm sido de grande interesse nos círculos políticos e
científicos visando diminuir o impacto e/ou prever os cenários futuros resultantes da ação
antrópica nos recursos florestais do Estado. O processo de desmatamento está ligado às
queimadas necessárias para o plantio de pastagens ou cultivos agrícolas, tanto em áreas
de vegetação primária quanto secundária.
Os prejuízos causados são enormes e não se restringem apenas à vegetação, mas
também causando grandes danos sociais às populações local e regional.
Com o avanço da tecnologia de monitoramento por satélites, hoje é possível obter
informações, em tempo consideravelmente rápido, de processos dinâmicos como o
desmatamento, graças também à popularização do uso da internet. O Sistema de
Detecção do Desmatamento em Tempo Real - DETER e o Centro de Previsão de Tempo
e Estudos Climáticos - Queimada/Monitoramento de Focos, sob responsabilidade do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, ligado ao Ministério da Ciência e
Tecnologia, monitoram diariamente o desmatamento e os focos de calor na Amazônia
brasileira.
Objetivando contribuir para um melhor conhecimento da dinâmica do
desmatamento e das queimadas no Estado do Pará, o Instituto de Desenvolvimento
Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP) passa a divulgar mensalmente em seu
site o Boletim de Desmatamento e Focos de Calor utilizando os dados disponibilizados
pelo INPE.
Boletim do Desmatamento
Fevereiro 2013
8
1 INFORMAÇÕES TÉCNICAS
1.1 O SISTEMA DE DETECÇÃO DO DESMATAMENTO EM TEMPO REAL -
DETER1
O DETER é um sistema de apoio à fiscalização e controle do desmatamento da
Amazônia. Com o DETER, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE divulga
mensalmente um mapa de alertas, com áreas maiores que 25 ha. Esses mapas indicam
áreas totalmente desmatadas (corte raso) e áreas em processo de desmatamento por
degradação florestal progressiva (quando há uma alta intensidade de perturbação). Áreas
de manejo florestal de baixo impacto, em geral, não são detectadas por esse sistema. Esse
sistema utiliza imagens dos sensores MODIS (Moderate Resolution Imaging
Spectroradiometer), a bordo do satélite TERRA, da NASA (National Aeronautics and
Space Administration) e WFI (Wide Field Imager), a bordo do satélite sino-brasileiro
CBERS-2B do INPE.
O objetivo do DETER é fornecer indicadores para fiscalização produzindo um
mapa digital com todas as ocorrências de desmatamento observadas. Dessa forma,
permite aos órgãos responsáveis pela fiscalização (IBAMA, Secretarias de Meio
Ambiente, Promotoria Pública, etc.) planejar suas ações de campo e operações de
combate ao desmatamento ilegal.
Ressalta-se que o DETER é uma ferramenta concebida para dar suporte à
fiscalização e não para fornecer um mapa fiel do desmatamento mensal da Amazônia.
Isso é devido à resolução pouco detalhada dos satélites utilizados e à cobertura de nuvens,
variável de um mês para outro. A vantagem desse sistema está na rapidez com que o
DETER é capaz de detectar novos desflorestamentos, possibilitando gerar em um curto
período de tempo, dados para a fiscalização.
A conversão de floresta primária até o estágio de corte raso pode levar de alguns
meses até vários anos para ser concluída. Os dados do DETER podem incluir áreas
cortadas em períodos anteriores ao do mês de mapeamento ou em processo de
desmatamento progressivo, mas cuja detecção não fora possível devido à cobertura de
nuvens.
1
INPE - Coordenação-Geral de Observação da Terra - OBT, Sistema DETER - Detecção de Desmatamento
em Tempo Real - Metodologia.
Boletim do Desmatamento
Fevereiro 2013
9
Ao analisar o dado de um determinado mês, é necessário considerar a área de
cobertura de nuvens. Assim, são disponibilizadas informações de cobertura de nuvens de
todas as imagens utilizadas para a avaliação.
Assim, as informações do DETER devem ser usadas apenas como um indicador
de tendência do desmatamento anual.
Para obter mais informações sobre a metodologia consulte:
http://www.obt.inpe.br/deter/metodologia_v2.pdf
1.2 O SISTEMA DE MONITORAMENTO DE FOCOS DE CALOR - QUEIMADAS2
O monitoramento dos focos de calor é realizado diariamente pelo INPE para
detectar focos de queima de vegetação. Para tanto, o INPE utiliza imagens de diversos
satélites (ex. imagens MODIS dos satélites polares, NASA TERRA e AQUA, as imagens
dos satélites geoestacionários GOES-12 e MSG-2, imagens AVHRR - Advanced Very
High Resolution Radiometer - e dos satélites polares NOAA-15, NOAA-16, NOAA-17,
NOAA-18 e NOAA-19).
Desde 22 de setembro de 2011, o INPE utiliza o satélite AQUA (sensor MODIS)
como “satélite de referência”. Os dados diários de focos detectados pelo “satélite de
referência” são usados para compor a série temporal ao longo dos anos, e assim permitir a
análise de tendências de focos em uma região em determinado período. Anteriormente
eram utilizadas imagens do satélite NOAA-15 e NOAA-12 como “satélite de referência”.
Mas de maneira geral, o número de focos nas imagens AQUA é maior que aquele nas
imagens NOAA-15.
Esta alteração para o AQUA decorreu de limitações e degradação na qualidade
das imagens do NOAA-15, que apresentam muito ruído devido a restrições em sua antena
transmissora, impedindo o monitoramento das regiões norte e noroeste do País.
Em termos de impacto nos dados de focos, com o AQUA o norte do Amazonas e
do Pará, Roraima e Acre passam a ter cobertura regular e, portanto, mais adequada nas
comparações temporais.
2
INPE - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - Queimadas. Perguntas freqüentes e A
mudança do satélite de referencia. Disponível em: http://www.inpe.br/queimadas/faq.php.
Boletim do Desmatamento
Fevereiro 2013
10
Mesmo indicando uma fração do número real de focos de queimadas e incêndios
florestais, por usarem o mesmo método e o mesmo horário de imageamento ao longo dos
anos, os resultados do "satélite de referência" permitem analisar as tendências espaciais e
temporais dos focos.
O sistema do INPE detecta a existência de fogo na vegetação, sem avaliar o
tamanho da área queimada ou o tipo de vegetação afetada. Os dados de focos de calor são
divulgados diariamente pelo INPE, através da internet, cerca de três horas após sua
geração.
Para análise temporal e a periodicidade dos dados, enfatiza-se que os dados de
focos de calor divulgados neste boletim referem-se ao “satélite de referência”.
Para obter mais informações sobre a metodologia consulte:
http://sigma.cptec.inpe.br/queimadas/
Boletim do Desmatamento
Fevereiro 2013
11
2 BOLETIM - FEVEREIRO DE 2013
No estado do Pará, no mês de fevereiro de 2013, foi detectado que o desmatamento3
atingiu uma área equivalente a 6,13 km². Em relação aos focos4
de calor, registrou-se 30 focos
no mesmo mês. A Figura 1 ilustra a localização dos pontos centrais de desmatamento e focos
de calor.
Figura 1. Mapa de localização do desmatamento e focos de calor em Fevereiro de 2013.
Fonte: Queimadas /DETER /INPE
Elaboração: IDESP.
2.1 DESMATAMENTO
Do total de desmatamento registrado no estado do Pará, em fevereiro de 2013,
verificou-se que este ocorreu nos municípios de Altamira, Novo Progesso e Jacareacanga
sendo que o primeiro apresentou a maior área (2,46 km²), enquanto o último registrou um
desmatamento de 1,59 km² no mesmo período, conforme Tabela 1.
3
Fonte: DETER/INPE.
4
Fonte: Queimada/INPE - satélite de referência AQUA-Tarde.
Boletim do Desmatamento
Fevereiro 2013
12
Tabela 1 - Distribuição do desmatamento por município no Estado do Pará - Novembro de 2012.
Município Área (km²)
Altamira 2,46
Novo Progresso 2,08
Jacareacanga 1,59
Total geral 6,13
Fonte: DETER/INPE.
Elaboração: IDESP.
Com relação ao desmatamento identificado no referido período, verificou-se que
64,60% do total localizou-se em Zonas de Amortecimento de UC e Terras Indígenas,
correspondendo a uma área de 3,96 km².
O território mais afetado foi a TI Kayabi com 1,59 km² de desmatamento, em seguida
a zona de amortecimento Buffer interno da FLONA do Jamaxim (1,48 km²). O menor
desmatamento foi observado na zona de amortecimento Buffer externo da REBIO Nascentes
da Serra do Cachimbo, com 0,84 km² desmatados (Tabela 2). Ressalta-se que mesmo estando
legalmente protegidas, as unidades de conservação continuam ameaçadas pelo desmatamento.
É importante destacar que o desmatamento ocorrido em áreas protegidas foram registrados em
unidades que estão sob gestão do governo federal por meio o ICMBio e FUNAI.
Tabela 2. Distribuição do desmatamento em áreas protegidas e zona de amortecimento, por município, do Estado
do Pará, em fevereiro de 2013.
Município Zonas de amortecimento e TI Área (km²)
Jacareacanga TI Kayabi 1,59
Novo Progresso Buffer interno FLONA do Jamaxim 1,48
Altamira Buffer externo REBIO Nascentes da Serra do Cachimbo 0,89
Total Geral 3,96
Fonte: DETER/INPE.
Elaboração: IDESP.
Ao se comparar o desmatamento do mês de fevereiro de 2013 com anos anteriores, em
uma série histórica desde 2009, verifica-se que, no presente ano, foi registrada a menor área
desmatada no Estado (6,13 km²). Verifica-se que na série histórica o ano de 2009 registrou o
maior incremento de desmatamento do Estado correspondendo a 49,97 km² (Gráfico 1).
Resalta-se que para o ano de 2011 não há informações de desmatamento no banco de dado do
DETER.
Boletim do Desmatamento
Fevereiro 2013
13
Gráfico 1 - Comparativo do desmatamento no mês de fevereiro, de 2009 a 2013.
Fonte: DETER/INPE.
Elaboração: IDESP.
Na Figura 2, verifica-se que, de modo geral, o desmatamento ocorreu na região
sudoeste do Estado nas proximidades e no interior de unidades de conservação, com maior
concentração ao longo da Rodovia BR-163 (Rodovia Santarém-Cuiabá) especificamente no
município de Altamira e Novo Progresso.
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
km²
Anos
2009 2010 2011 2012 2013
Boletim do Desmatamento
Fevereiro 2013
14
Figura 2. Mapa de localização do desmatamento no Estado do Pará, em fevereiro de 2013.
Fonte: Desmatamento DETER/INPE
Elaboração: IDESP
Na Figura 2, verifica-se que o desmatamento ocorreu nas proximidades da Rodovia
PA-150.
Boletim do Desmatamento
Fevereiro 2013
15
2.2 FOCOS DE CALOR
Foram registrados 30 focos de calor durante o mês de fevereiro de 2013 em 18
municípios do estado do Pará. Foi verificada maior incidência de focos de calor no município
de Paragominas (6 focos) e nos demais municípios constatou-se registros entre 1 e 2 focos.
Conforme tabela 3
Tabela 3 - Distribuição dos focos de calor nos municípios do Estado do Pará, em fevereiro de 2013.
Município Nº de focos Município Nº de focos
Paragominas 6 São Félix do Xingu 1
Santana do Araguaia 2 Bagre 1
Melgaço 2 Breves 1
Ulianópolis 2 Rondon do Pará 1
Marabá 2 Canaã dos Carajás 1
Dom Eliseu 2 São João do
Araguaia
1
Óbidos 2 Curralinho 1
Oriximiná 2 Santa Maria das
Barreiras
1
Tailândia 1 Juruti 1
Total Geral 30
Fonte: Queimadas/INPE.
Elaboração: IDESP.
Nas Unidades de Conservação (UC), Zonas de Amortecimento e Terras Indígenas
(TI), foram detectados 9 focos de calor, o que corresponde a aproximadamente 30% do total
de focos identificados no estado do Pará. A maior concentração ocorreu na TI Tucumaque e
REBIO do Rio Trombetas, ambas com 2 focos.
As demais áreas protegidas e especiais registraram 1 foco de calor para o mês de
fevereiro, conforme exposto na tabela 4.
Em relação aos municípios com o registro de focos de calor em áreas protegidas e
áreas especiais, Óbidos, Oriximiná e Canaã dos Carajás apresentaram o maior número (2
focos) distribuídos em UC, zonas de amortecimento,TI e áreas especiais,tabela 4.
Boletim do Desmatamento
Fevereiro 2013
16
Tabela 4 - Distribuição dos focos de calor em UC, Zonas de amortecimento, TI e áreas especiais nos municípios
do Estado do Pará, em fevereiro de 2013.
Município UC, TI e Áreas especiais
Nº de
focos
Óbidos T.I. Tumucumaque 2
Óbidos Total 2
Oriximiná REBIO do Rio Trombetas 2
Oriximiná Total 2
Canaã dos Carajás
AEM ERM Brasil Ltda 1
Buffer interno FLONA de Carajás 1
Canaã dos Carajás Total 2
Marabá AEM ERM Brasil Ltda 1
Marabá Total 1
Breves APA Arquipélago do Marajó 1
Breves Total 1
Curralinho APA Arquipélago do Marajó 1
Curralinho Total 1
TOTAL GERAL 9
Fonte: Queimadas/INPE.
Elaboração: IDESP.
Ao se comparar o total de focos de calor do mês de fevereiro com o mesmo período do
ano anterior, verifica-se uma redução de 52,38%, passando de 63 para 30 focos. Na série
histórica de 2009-2013, observa-se que o ano de 2010 foi o que apresentou a maior
quantidade de focos de calor detectados (102 focos), enquanto os anos de 2009 e 2011
registraram as menores ocorrências para o mês (15 e 13 focos de calor respectivamente).
(Gráfico 2).
Gráfico 2 - Comparativo do total de focos de calor no o mês de fevereiro, de 2008 a 2013, no Estado do Pará.
0
20
40
60
80
100
120
NºdeFocos
Anos
2009 2010 2011 2012 2013
Boletim do Desmatamento
Fevereiro 2013
17
Fonte: Queimadas/INPE.
Elaboração: IDESP.
A Figura 3 mostra a localização dos focos de calor ocorridos no mês de fevereiro de
2013. É possível verificar que os focos são distribuídos aleatórimente no território do Estado
sem muita concentração entre os focosd registrados.
Figura 3. Mapa de localização dos focos de calor no Estado do Pará em fevereiro de 2013
Fonte: Queimadas/INPE
Elaboração: IDESP
Boletim do Desmatamento
Fevereiro 2013
18
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Ministério do meio ambiente. Monitoramento
de queimadas e incêndios, dez. 2010. Disponível em <http://www.inpe.br/queimadas/>
Acesso em: 01 de abril. 2013
_______. Monitoramento de queimadas e incêndios, Nov.. 2012. Disponível em
<http://www.inpe.br/queimadas/> Acesso em: 01 de abril. 2013.
BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Sistema Deter: detecção de desmatamento em
tempo real, dez. 2010. Disponível em <http://www.inpe.br/deter/> Acesso em: 09 de outubro
2012.
_______. Sistema Deter: detecção de desmatamento em tempo real, nov. 2012. Disponível
em <http://www.inpe.br/deter/> Acesso em: 01 de abril. 2013

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Desmatamento e focos de calor no Pará em fevereiro de 2013

  • 2. Governo do Estado do Pará Simão Robison Oliveira Jatene Governador Helenilson Cunha Pontes Vice-Governador / Secretário Especial De Estado De Gestão – Seges Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará Maria Adelina Guglioti Bragli Presidente Cassiano Figueiredo Ribeiro Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Sérgio Castro Gomes Diretor de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação Andréa dos Santos Coelho Diretora de Pesquisas e Estudos Ambientais Gracyette Raimunda Aguiar Ferreira Silva Diretora de Planejamento, Administração e Finanças
  • 3. BOLETIM DE DESMATAMENTO E FOCOS DE CALOR Número 19 – Fevereiro - 2013
  • 4. Expediente Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais : Andréa dos Santos Coelho Elaboração Técnica: Andréa dos Santos Coelho Maicon Silva Farias Colaboração: Celeste Ferreira Lourenço e Sérgio Rodrigues Fernandes Revisão: Anna Márcia Malcher Muniz e Fernanda Graim Normalização: Glauber Ribeiro BOLETIM DE DESMATAMENTO E FOCOS DE CALOR, 2012. Belém: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará, 2012. Mensal 18 p. (Boletim de desmatamento e focos de calor, 19) 1. Focos de calor-queimadas. 2. Desmatamento. 3. Meio ambiente. 4. Pará (Estado). 5. Instituto de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental do Pará. I.Série CDD 333.3357
  • 5. LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS APA - Área de Proteção Ambiental AQUA - CBERS - China-Brazil Earth-Resources Satellite DETER - Detecção do Desmatamento em Tempo Real FLONA - Floresta Nacional FUNAI – Fundação Nacional do Índio IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis. ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade IDESP – Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais MODIS - Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer NASA - National Aeronautics and Space Administration NOAA - Nacional Oceanic and Atmospheric Administration REBIO - Reserva Biológica TI - Terra Indígena UC - Unidade de Conservação WFI - Wide Field Imager
  • 6. Sumário APRESENTAÇÃO............................................................................................................7 1 INFORMAÇÕES TÉCNICAS......................................................................................8 1.1 O SISTEMA DE DETECÇÃO DO DESMATAMENTO EM TEMPO REAL - DETER....8 1.2 O SISTEMA DE MONITORAMENTO DE FOCOS DE CALOR - QUEIMADAS............9 2 BOLETIM - FEVEREIRO DE 2013 ..........................................................................11 2.1 DESMATAMENTO ............................................................................................................11 2.2 FOCOS DE CALOR............................................................................................................15 REFERÊNCIAS ..............................................................................................................18
  • 7. 7 Boletim do Desmatamento Fevereiro 2013 APRESENTAÇÃO As questões ambientais têm sido de grande interesse nos círculos políticos e científicos visando diminuir o impacto e/ou prever os cenários futuros resultantes da ação antrópica nos recursos florestais do Estado. O processo de desmatamento está ligado às queimadas necessárias para o plantio de pastagens ou cultivos agrícolas, tanto em áreas de vegetação primária quanto secundária. Os prejuízos causados são enormes e não se restringem apenas à vegetação, mas também causando grandes danos sociais às populações local e regional. Com o avanço da tecnologia de monitoramento por satélites, hoje é possível obter informações, em tempo consideravelmente rápido, de processos dinâmicos como o desmatamento, graças também à popularização do uso da internet. O Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real - DETER e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - Queimada/Monitoramento de Focos, sob responsabilidade do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, monitoram diariamente o desmatamento e os focos de calor na Amazônia brasileira. Objetivando contribuir para um melhor conhecimento da dinâmica do desmatamento e das queimadas no Estado do Pará, o Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP) passa a divulgar mensalmente em seu site o Boletim de Desmatamento e Focos de Calor utilizando os dados disponibilizados pelo INPE.
  • 8. Boletim do Desmatamento Fevereiro 2013 8 1 INFORMAÇÕES TÉCNICAS 1.1 O SISTEMA DE DETECÇÃO DO DESMATAMENTO EM TEMPO REAL - DETER1 O DETER é um sistema de apoio à fiscalização e controle do desmatamento da Amazônia. Com o DETER, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE divulga mensalmente um mapa de alertas, com áreas maiores que 25 ha. Esses mapas indicam áreas totalmente desmatadas (corte raso) e áreas em processo de desmatamento por degradação florestal progressiva (quando há uma alta intensidade de perturbação). Áreas de manejo florestal de baixo impacto, em geral, não são detectadas por esse sistema. Esse sistema utiliza imagens dos sensores MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer), a bordo do satélite TERRA, da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e WFI (Wide Field Imager), a bordo do satélite sino-brasileiro CBERS-2B do INPE. O objetivo do DETER é fornecer indicadores para fiscalização produzindo um mapa digital com todas as ocorrências de desmatamento observadas. Dessa forma, permite aos órgãos responsáveis pela fiscalização (IBAMA, Secretarias de Meio Ambiente, Promotoria Pública, etc.) planejar suas ações de campo e operações de combate ao desmatamento ilegal. Ressalta-se que o DETER é uma ferramenta concebida para dar suporte à fiscalização e não para fornecer um mapa fiel do desmatamento mensal da Amazônia. Isso é devido à resolução pouco detalhada dos satélites utilizados e à cobertura de nuvens, variável de um mês para outro. A vantagem desse sistema está na rapidez com que o DETER é capaz de detectar novos desflorestamentos, possibilitando gerar em um curto período de tempo, dados para a fiscalização. A conversão de floresta primária até o estágio de corte raso pode levar de alguns meses até vários anos para ser concluída. Os dados do DETER podem incluir áreas cortadas em períodos anteriores ao do mês de mapeamento ou em processo de desmatamento progressivo, mas cuja detecção não fora possível devido à cobertura de nuvens. 1 INPE - Coordenação-Geral de Observação da Terra - OBT, Sistema DETER - Detecção de Desmatamento em Tempo Real - Metodologia.
  • 9. Boletim do Desmatamento Fevereiro 2013 9 Ao analisar o dado de um determinado mês, é necessário considerar a área de cobertura de nuvens. Assim, são disponibilizadas informações de cobertura de nuvens de todas as imagens utilizadas para a avaliação. Assim, as informações do DETER devem ser usadas apenas como um indicador de tendência do desmatamento anual. Para obter mais informações sobre a metodologia consulte: http://www.obt.inpe.br/deter/metodologia_v2.pdf 1.2 O SISTEMA DE MONITORAMENTO DE FOCOS DE CALOR - QUEIMADAS2 O monitoramento dos focos de calor é realizado diariamente pelo INPE para detectar focos de queima de vegetação. Para tanto, o INPE utiliza imagens de diversos satélites (ex. imagens MODIS dos satélites polares, NASA TERRA e AQUA, as imagens dos satélites geoestacionários GOES-12 e MSG-2, imagens AVHRR - Advanced Very High Resolution Radiometer - e dos satélites polares NOAA-15, NOAA-16, NOAA-17, NOAA-18 e NOAA-19). Desde 22 de setembro de 2011, o INPE utiliza o satélite AQUA (sensor MODIS) como “satélite de referência”. Os dados diários de focos detectados pelo “satélite de referência” são usados para compor a série temporal ao longo dos anos, e assim permitir a análise de tendências de focos em uma região em determinado período. Anteriormente eram utilizadas imagens do satélite NOAA-15 e NOAA-12 como “satélite de referência”. Mas de maneira geral, o número de focos nas imagens AQUA é maior que aquele nas imagens NOAA-15. Esta alteração para o AQUA decorreu de limitações e degradação na qualidade das imagens do NOAA-15, que apresentam muito ruído devido a restrições em sua antena transmissora, impedindo o monitoramento das regiões norte e noroeste do País. Em termos de impacto nos dados de focos, com o AQUA o norte do Amazonas e do Pará, Roraima e Acre passam a ter cobertura regular e, portanto, mais adequada nas comparações temporais. 2 INPE - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - Queimadas. Perguntas freqüentes e A mudança do satélite de referencia. Disponível em: http://www.inpe.br/queimadas/faq.php.
  • 10. Boletim do Desmatamento Fevereiro 2013 10 Mesmo indicando uma fração do número real de focos de queimadas e incêndios florestais, por usarem o mesmo método e o mesmo horário de imageamento ao longo dos anos, os resultados do "satélite de referência" permitem analisar as tendências espaciais e temporais dos focos. O sistema do INPE detecta a existência de fogo na vegetação, sem avaliar o tamanho da área queimada ou o tipo de vegetação afetada. Os dados de focos de calor são divulgados diariamente pelo INPE, através da internet, cerca de três horas após sua geração. Para análise temporal e a periodicidade dos dados, enfatiza-se que os dados de focos de calor divulgados neste boletim referem-se ao “satélite de referência”. Para obter mais informações sobre a metodologia consulte: http://sigma.cptec.inpe.br/queimadas/
  • 11. Boletim do Desmatamento Fevereiro 2013 11 2 BOLETIM - FEVEREIRO DE 2013 No estado do Pará, no mês de fevereiro de 2013, foi detectado que o desmatamento3 atingiu uma área equivalente a 6,13 km². Em relação aos focos4 de calor, registrou-se 30 focos no mesmo mês. A Figura 1 ilustra a localização dos pontos centrais de desmatamento e focos de calor. Figura 1. Mapa de localização do desmatamento e focos de calor em Fevereiro de 2013. Fonte: Queimadas /DETER /INPE Elaboração: IDESP. 2.1 DESMATAMENTO Do total de desmatamento registrado no estado do Pará, em fevereiro de 2013, verificou-se que este ocorreu nos municípios de Altamira, Novo Progesso e Jacareacanga sendo que o primeiro apresentou a maior área (2,46 km²), enquanto o último registrou um desmatamento de 1,59 km² no mesmo período, conforme Tabela 1. 3 Fonte: DETER/INPE. 4 Fonte: Queimada/INPE - satélite de referência AQUA-Tarde.
  • 12. Boletim do Desmatamento Fevereiro 2013 12 Tabela 1 - Distribuição do desmatamento por município no Estado do Pará - Novembro de 2012. Município Área (km²) Altamira 2,46 Novo Progresso 2,08 Jacareacanga 1,59 Total geral 6,13 Fonte: DETER/INPE. Elaboração: IDESP. Com relação ao desmatamento identificado no referido período, verificou-se que 64,60% do total localizou-se em Zonas de Amortecimento de UC e Terras Indígenas, correspondendo a uma área de 3,96 km². O território mais afetado foi a TI Kayabi com 1,59 km² de desmatamento, em seguida a zona de amortecimento Buffer interno da FLONA do Jamaxim (1,48 km²). O menor desmatamento foi observado na zona de amortecimento Buffer externo da REBIO Nascentes da Serra do Cachimbo, com 0,84 km² desmatados (Tabela 2). Ressalta-se que mesmo estando legalmente protegidas, as unidades de conservação continuam ameaçadas pelo desmatamento. É importante destacar que o desmatamento ocorrido em áreas protegidas foram registrados em unidades que estão sob gestão do governo federal por meio o ICMBio e FUNAI. Tabela 2. Distribuição do desmatamento em áreas protegidas e zona de amortecimento, por município, do Estado do Pará, em fevereiro de 2013. Município Zonas de amortecimento e TI Área (km²) Jacareacanga TI Kayabi 1,59 Novo Progresso Buffer interno FLONA do Jamaxim 1,48 Altamira Buffer externo REBIO Nascentes da Serra do Cachimbo 0,89 Total Geral 3,96 Fonte: DETER/INPE. Elaboração: IDESP. Ao se comparar o desmatamento do mês de fevereiro de 2013 com anos anteriores, em uma série histórica desde 2009, verifica-se que, no presente ano, foi registrada a menor área desmatada no Estado (6,13 km²). Verifica-se que na série histórica o ano de 2009 registrou o maior incremento de desmatamento do Estado correspondendo a 49,97 km² (Gráfico 1). Resalta-se que para o ano de 2011 não há informações de desmatamento no banco de dado do DETER.
  • 13. Boletim do Desmatamento Fevereiro 2013 13 Gráfico 1 - Comparativo do desmatamento no mês de fevereiro, de 2009 a 2013. Fonte: DETER/INPE. Elaboração: IDESP. Na Figura 2, verifica-se que, de modo geral, o desmatamento ocorreu na região sudoeste do Estado nas proximidades e no interior de unidades de conservação, com maior concentração ao longo da Rodovia BR-163 (Rodovia Santarém-Cuiabá) especificamente no município de Altamira e Novo Progresso. 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00 50,00 km² Anos 2009 2010 2011 2012 2013
  • 14. Boletim do Desmatamento Fevereiro 2013 14 Figura 2. Mapa de localização do desmatamento no Estado do Pará, em fevereiro de 2013. Fonte: Desmatamento DETER/INPE Elaboração: IDESP Na Figura 2, verifica-se que o desmatamento ocorreu nas proximidades da Rodovia PA-150.
  • 15. Boletim do Desmatamento Fevereiro 2013 15 2.2 FOCOS DE CALOR Foram registrados 30 focos de calor durante o mês de fevereiro de 2013 em 18 municípios do estado do Pará. Foi verificada maior incidência de focos de calor no município de Paragominas (6 focos) e nos demais municípios constatou-se registros entre 1 e 2 focos. Conforme tabela 3 Tabela 3 - Distribuição dos focos de calor nos municípios do Estado do Pará, em fevereiro de 2013. Município Nº de focos Município Nº de focos Paragominas 6 São Félix do Xingu 1 Santana do Araguaia 2 Bagre 1 Melgaço 2 Breves 1 Ulianópolis 2 Rondon do Pará 1 Marabá 2 Canaã dos Carajás 1 Dom Eliseu 2 São João do Araguaia 1 Óbidos 2 Curralinho 1 Oriximiná 2 Santa Maria das Barreiras 1 Tailândia 1 Juruti 1 Total Geral 30 Fonte: Queimadas/INPE. Elaboração: IDESP. Nas Unidades de Conservação (UC), Zonas de Amortecimento e Terras Indígenas (TI), foram detectados 9 focos de calor, o que corresponde a aproximadamente 30% do total de focos identificados no estado do Pará. A maior concentração ocorreu na TI Tucumaque e REBIO do Rio Trombetas, ambas com 2 focos. As demais áreas protegidas e especiais registraram 1 foco de calor para o mês de fevereiro, conforme exposto na tabela 4. Em relação aos municípios com o registro de focos de calor em áreas protegidas e áreas especiais, Óbidos, Oriximiná e Canaã dos Carajás apresentaram o maior número (2 focos) distribuídos em UC, zonas de amortecimento,TI e áreas especiais,tabela 4.
  • 16. Boletim do Desmatamento Fevereiro 2013 16 Tabela 4 - Distribuição dos focos de calor em UC, Zonas de amortecimento, TI e áreas especiais nos municípios do Estado do Pará, em fevereiro de 2013. Município UC, TI e Áreas especiais Nº de focos Óbidos T.I. Tumucumaque 2 Óbidos Total 2 Oriximiná REBIO do Rio Trombetas 2 Oriximiná Total 2 Canaã dos Carajás AEM ERM Brasil Ltda 1 Buffer interno FLONA de Carajás 1 Canaã dos Carajás Total 2 Marabá AEM ERM Brasil Ltda 1 Marabá Total 1 Breves APA Arquipélago do Marajó 1 Breves Total 1 Curralinho APA Arquipélago do Marajó 1 Curralinho Total 1 TOTAL GERAL 9 Fonte: Queimadas/INPE. Elaboração: IDESP. Ao se comparar o total de focos de calor do mês de fevereiro com o mesmo período do ano anterior, verifica-se uma redução de 52,38%, passando de 63 para 30 focos. Na série histórica de 2009-2013, observa-se que o ano de 2010 foi o que apresentou a maior quantidade de focos de calor detectados (102 focos), enquanto os anos de 2009 e 2011 registraram as menores ocorrências para o mês (15 e 13 focos de calor respectivamente). (Gráfico 2). Gráfico 2 - Comparativo do total de focos de calor no o mês de fevereiro, de 2008 a 2013, no Estado do Pará. 0 20 40 60 80 100 120 NºdeFocos Anos 2009 2010 2011 2012 2013
  • 17. Boletim do Desmatamento Fevereiro 2013 17 Fonte: Queimadas/INPE. Elaboração: IDESP. A Figura 3 mostra a localização dos focos de calor ocorridos no mês de fevereiro de 2013. É possível verificar que os focos são distribuídos aleatórimente no território do Estado sem muita concentração entre os focosd registrados. Figura 3. Mapa de localização dos focos de calor no Estado do Pará em fevereiro de 2013 Fonte: Queimadas/INPE Elaboração: IDESP
  • 18. Boletim do Desmatamento Fevereiro 2013 18 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Ministério do meio ambiente. Monitoramento de queimadas e incêndios, dez. 2010. Disponível em <http://www.inpe.br/queimadas/> Acesso em: 01 de abril. 2013 _______. Monitoramento de queimadas e incêndios, Nov.. 2012. Disponível em <http://www.inpe.br/queimadas/> Acesso em: 01 de abril. 2013. BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Sistema Deter: detecção de desmatamento em tempo real, dez. 2010. Disponível em <http://www.inpe.br/deter/> Acesso em: 09 de outubro 2012. _______. Sistema Deter: detecção de desmatamento em tempo real, nov. 2012. Disponível em <http://www.inpe.br/deter/> Acesso em: 01 de abril. 2013