SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 44
Fertilização fosfatada e acúmulo de
nutrientes em meloeiro
Dr. Arthur Bernardes Cecílio Filho
Dr. Leilson Costa Grangeiro
Dr. Fábio Henrique Tavares de Oliveira
Juan Waldir Mendoza Cortez
2013
Unesp
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias
Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegetal)
Produção de melão em função de
doses de fósforo
Introdução
FAO, 2010
Produção mundial
Outros
(34%)
Brasil (12ª posição)
(2%)
Irã
(5%)
Turquía
(7%)
China
(52%)
24,1 milhões de t
1,1 milhão de ha
Produção no Brasil
IBGE (2010); SECEX (2010)
RN: 242.303 t; 7.943 ha; 50,6%
Mossoró-Assu: 186.000 t; 77%
Exportação: 33.324 t
• Argissolo Vermelho - Amarelo ( P ).
(EMBRAPA, 2006).
• Teor de P (3 – 8 g kg-1 da matéria seca)
(MARSCHNER, 1995; TRANI & RAIJ, 1997).
• P (fase reprodutiva): produção de polen,
floração e fixação de frutos (NEILSEN et al.,
1990; LAU & STEPHENSON, 1994; CANTÓN
et al., 2003).
• Falta de dados (carência de pesquisas) para
definir a resposta do melão ao P.
• Fertilização sem critérios técnicos.
• Altas doses de P eleva o custo de produção e
causa contaminação do ambiente (FAGERIA,
2009; FITA et al., 2011).
• Resposta à fertilização com P varia com a
cultivar de melão (eficientes em absorver
e/ou utilizar P) (SÁNCHEZ, 2006).
Objetivo
• Avaliar o estado nutricional e o desempenho
produtivo de duas cultivares de melão
(‘Olimpic express’ – grupo cantaloupe, e
‘Iracema’ – grupo amarelo) e estabelecer faixas
de teores de fósforo no solo e na folha
associados à produção comercial máxima.
Material e Métodos
• Fazenda ‘Rafael Fernandes’ – UFERSA.
• Argissolo Vermelho – Amarelo (EMBRAPA, 2006).
Características químicas
pH MO P K Na Ca Mg Al H+Al SB CTC V PST
água g dm-3 mg dm-3 mmolc dm-3 %
6,2 1,9 6,7 80,7 16,7 21 80 0,0 5,0 31,8 36,8 87 2
Características físicas
Areia Silte Argila
g kg-1
820 40 140
• KÖPPEN (clima tipo BSwh’): alta temperatura
e semi-aridez.
Temperatura (T)
(° C)
Umidade Relativa (UR)
(%) Precipitação pluvial
(mm)
T mín T média T máx URmín UR média UR máx
20,8 26,3 32,8 35,5 62,8 81,5 0,0
• ‘Olimpic express’ - grupo cantaloupe; ‘Iracema’
- grupo amarelo.
• 0, 50, 100, 200, 300 e 400 kg ha-1 de P2O5 (SFT).
• DBC, 5 repetições.
• Unidade experimental: 8 x 6 m (4 linhas de 20
plantas; área util: duas linhas centrais).
• Espaçamento: 2 x 0,3 m.
Tecido de polipropileno: 5 DAT – 27 DAT
Mudas: 29/9/2010
Transplante: 8/10/2010
Nutriente Quantidade Fonte
Macronutriente kg ha-1
N 118 Uréia, cloreto de potássio
branco, nitrato de cálcio,
nitrato de potássio e
sulfato de magnésio
K 146
Ca 19
Mg 13
S 38
Micronutriente g ha-1
B 730 Acido bórico, fertilizante
quelatizadoCu 4
Fe 28
Mn 26
Mo 0,3
Zn 37
‘Olimpic express’= 5/12/2010
(58 DAT) e 10/12/2010 (63 DAT)
‘Iracema’= 9/12/2010 (62 DAT)
Características avaliadas
• Estado nutricional (fruto com 5 cm de diâmetro;
5a folha; 20 folhas por área útil; N, P, K, Ca, Mg e
S) (TRANI & RAIJ, 1997).
• Número de frutos total (NFT) e comercial (NFC).
• Produtividades total (PT) e comercial (PC).
• Teor de P no solo: Resina de Troca Aniônica - RTA
(RAIJ et al.,2001) e Mehlich-1 (EMBRAPA, 1997).
• Dose ótima econômica (DOE)
DOE = [(Pmelão * b) – Pfósforo)]
2Pmelão*c
Pmelão = R$ 1.370 t-1 (CEAGESP, 2012)
Pfósforo= R$ 1,93 kg-1 (AGRIANUAL, 2012)
Análise de dados
• Análise de variância (teste F) e de regressão
polinomial (exceto DOE).
• DOE (médias da PC ajustaram-se significativamente à
equação polinomial de segundo grau).
• Análises de correlação (RTA, Mehlich-1, teor de P na
folha, PC).
• Relações: teores de P no solo e na folha com a
produção relativa (PR).
PR (%) = (PC estimada / PC máxima) * 100
Resultados
Causas de variação N P K Ca Mg S
Melão ‘Olimpic express’
Doses de P 0,69NS 12,73** 0,34NS 5,41** 2,48NS 2,45NS
CV (%) 3,9 6,88 9,29 6,24 6,19 9,12
Melão ‘Iracema’
Doses de P 0,72NS 16,92** 1,99NS 2,76* 2,57NS 2,15NS
CV (%) 4,08 7,66 3,83 6,82 6,64 3,40
** Significativo a 1% de probabilidade; * significativo a 5% de probabilidade; NS não significativo
Estado nutricional
Nutrientes
‘Olimpic express’ ‘Iracema’
TRANI & RAIJ
(1997)
g kg-1 g kg-1
N 45,6 41,3 25-50
K 30,5 36,3 25-40
Mg 6,6 7,0 5-12
S 5,6 6,4 2-3
Faixa de teores adequados
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
0 50 100 200 300 400
TeordeP(gkg-1)
Doses de P2O5 (kg ha-1)
2,6
2,3
3,2
‘Olimpic express’ y=2,56+0,00202526x ; R2=0,95**
‘Iracema’ y=2,27+0,002362105x; R2=0,93**
20
22
24
26
28
30
0 50 100 200 300 400
TeordeCa(gkg-1)
Doses de P2O5 (kg ha-1)
28,5
24,7
26,7
‘Olimpic express’ y=24,50+0,01008x; R2=0,83**
‘Iracema’ y=24,72+0,00515x; R2=0,37*
3,3
24,5
Nutrientes
TRANI & RAIJ
(1997)
g kg-1
P 3-7
Ca 25-50
217 3105450
Número de frutos total (NFT) e comercial (NFC)
Produtividades total (PT) e comercial (PC)
Causas de
variação
NFT NFC PT PC
Melão ‘Olimpic express’
Doses de P 10,09** 6,10** 13,57** 9,46**
CV (%) 17,26 23,83 18,63 23,2
Melão ‘Iracema’
Doses de P 2,41NS 1,94NS 7,91** 6,55**
CV (%) 11,68 14,23 12,25 14,34
** Significativo a 1% de probabilidade; * significativo a 5% de probabilidade; NS não significativo
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
0 50 100 200 300 400
Númerodefrutosha-1
Doses de P2O5 (kg ha-1)
‘Olimpic express’
NFT y=12924,12+95,202x-0,181545x2; R2=0,87**
NFC y=8872,69+57,985x-0,090732x2 ; R2=0,94*
NFC (0 - 319,5 kg ha-1 P2O5) = 105%
NFT (0 - 262,2 kg ha-1 P2O5) = 96%
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
0 50 100 200 300 400
Númerodefrutosha-1
Doses de P2O5 (kg ha-1)
319,5
25.405
18.23017.838
NFT y=23012,82+11,508x ; R2=0,76**
NFC y=17345,80+7,544x ; R2=0,50*
NFT (0 - 400 kg ha-1 P2O5) = 20%
NFC (0 - 400 kg ha-1 P2O5) = 17%
‘Iracema’
27.616
20.361
262,2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0 50 100 200 300 400
Produtividade(tha-1)
Doses de P2O5 (kg ha-1)
PT y=15,28+0,156x-0,000284x2 ; R2=0,89**
PC y=11,77+0,111x-0,000179x2 ; R2=0,94**
‘Olimpic express’
PT (0 - 275 kg ha-1 P2O5) = 140%
PC (0 - 310 kg ha-1 P2O5) = 146%
310275
36,7
28,928,7
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
0 50 100 200 300 400
Produtividade(tha-1)
Doses de P2O5 (kg ha-1)
PT y=31,23+0,033x ; R2=0,78**
PC y=25,08+0,026x ; R2=0,69**
PT (0 - 400 kg ha-1 P2O5) = 42,3%
PC (0 - 400 kg ha-1 P2O5) = 42%
44,4
35,5
‘Iracema’
Causas de variação RTA Mehlich-1
Melão ‘Olimpic express’
Doses de P 27,65** 34,40**
CV (%) 35,37 34,56
Melão ‘Iracema’
Doses de P 17,45** 21,84**
CV (%) 34,47 32,12
** Significativo a 1% de probabilidade; * significativo a 5% de probabilidade; NS não significativo
Teor de P no solo (Resina de Troca Aniônica (RTA) e Mehlich-1)
0
10
20
30
40
50
60
70
0 50 100 200 300 400
TeordeP(mgdm-3)
Doses de P2O5 (kg ha-1)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 50 100 200 300 400
TeordeP(mgdm-3) Doses de P2O5 (kg ha-1)
5,2
‘O. express’ y=2,29+0,15246x ; R2=0,95**
‘Iracema’ y=6,55+0,09916x ; R2=0,99**
‘O. express’ y=5,23+0,0391x+0,000282x2; R2=0,99*
‘Iracema’ y=6,80+0,1114x ; R2=0,95**
51,3
6,8
66,0
63,3
6,6
46,2
2,3
RTA Mehlich-1
Tipo de extrator r
Melão ‘Olimpic express’
RTA x Mehlich-1 0,96**
RTA x Teor foliar de P 0,96**
Mehlich-1 x Teor foliar de P 0,92**
RTA x PC 0,85*
Mehlich-1 x PC 0,78*
Melão ‘Iracema’
RTA x Mehlich-1 0,98**
RTA x Teor foliar de P 0,97**
Mehlich-1 x Teor foliar de P 0,94**
RTA x PC 0,83*
Mehlich-1 x PC 0,76*
** Significativo a 1% de probabilidade; * significativo a 5% de probabilidade
Correlação: Resina de Troca Aniônica (RTA) e Mehlich-1
Dose ótima econômica (DOE)
• ‘Iracema’ sem DOE (ajuste linear da PC).
• ‘Olimpic express’ (ajuste quadrático da PC).
DOE = 306 kg ha-1 P2O5 (PC = 28,97 t ha-1)
PCmáx = 28,98 t ha-1 (310 kg ha-1 P2O5)
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 100 200 300 400
Pfolha(gkg-1)
PR(%)
Dose de P2O5 (kg ha-1)
2,3 17,5 32,8 48,0 63,3
P no solo (mg dm-3) - RTA
5,2 12,0 24,3 42,3 66,0
P no solo (mg dm-3) - Mehlich-1
 TRANI & RAIJ
(1997)
(3-7 g kg-1)
Relações entre os teores de P no solo e na folha com a PR
AltoMédioBaixo
P folha
30 50
22 45
3,2
2,9
16
11
‘Olimpic express’
0,22%
0,08%
2,7
Conclusões
• Há diferença na performance produtiva das cultivares em
função das doses de P.
• ‘Olimpic express’: responsiva (maior NF e PC) com aplicação de
P.
• ‘Iracema’: eficiente (maior NF e PC) sem aplicação de P.
• RTA e Mehlich-1: alta correlação entre si, e alta correlação com
o teor foliar de P e com a PC de ambas cultivares.
• Resposta à fertilização fosfatada na ‘Olimpic express’: teor de P
no solo <30 mg dm-3 (RTA) e <22 mg dm-3 (Mehlich-1).
• ‘Olimpic express’: 2,9 e 3,2 g kg-1 de P na matéria seca.
Crescimento e acúmulo de nutrientes
em melão
Introdução
• Produção intensiva de melão no semi-árido.
• Consumo alto de fertilizantes; problemas
ambientais.
• Ferramentas para planejar e melhorar a
eficiência da fertilização.
• Demanda de nutrientes divergente (RAMÍREZ
&BERSTCH, 1997; RINCON et al., 1998;
RODRÍGUEZ & PIRE, 2004; SILVA JÚNIOR et
al., 2006; KANO et al., 2010; MELO, 2011).
• Fatores climáticos
(Temperatura, luminosidade, precipitação
pluvial).
• Fatores da planta (diferenças entre genótipos).
• Manejo do solo e do cultivo
(fertilização, sistema de irrigação, tratos
culturais, época de cultivo, sistema de
produção).
Objetivo
• Quantificar o crescimento e o acúmulo de
macronutrientes das cultivares de melão
‘Olimpic express’ - grupo cantaloupe, e
‘Iracema’ - grupo amarelo.
Material e métodos
• 200 kg ha-1 P2O5 (SFT).
• Tratamentos (14, 21, 28, 35, 42, 49 e 56 DAT).
• ‘Olimpic express’ – grupo cantaloupe; ‘Iracema’ – grupo amarelo.
• DBC, 3 repetições.
• Três plantas por parcela, por repetição e por época de amostragem.
x x x x x x x x x x x x ... x x x x x x
x x x x x x x x x x x x ... x x x x x x
x x x x x x x x x x x x ... x x x x x x
• Folhas, hastes e frutos (matéria seca e teores de N, P, K, Ca, Mg e S).
1ª coleta 2ª coleta 7ª coleta
Função logística
y = a / (1 + e (-k(x-xc)))
y = Valor médio da característica avaliada.
a = Máximo assintótico (quantidade máxima).
k = Taxa média de incremento da quantidade
acumulada.
x = Tempo (dias).
xc = Tempo necessário para atingir metade da
quantidade máxima.
Crescimento
0
50
100
150
200
250
300
14 21 28 35 42 49 56
Matériaseca(gplanta-1)
Dias após transplante
Y1
Y2
Y3
Y4
Y1
Y2
Y3
Y4
• ‘Olimpic express’: 20
DAT (floração) e 35 DAT
(frutificação).
• ‘Iracema’: 18 DAT
(floração) e 33 DAT
(frutificação).
• Grande acúmulo total:
28 até 56 DAT
‘Olimpic express’
215,6 g planta-1 [frutos:
141 g planta-1, 57% do
total (246,4 g planta-1)].
‘Iracema’
229,1 g planta-1 [frutos:
166 g planta-1, 62% do
total (267 g planta-1)].
Resultados
• Hastes (Y1), folhas (Y2), frutos (Y3), total (Y4)
Acúmulo de nutrientes
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
14 21 28 35 42 49 56
N(mgplanta-1)
Dias após transplante
Y1
Y2
Y3
Y4
Y2
Y3
Y4
Y1
• Grande acúmulo
total: 28 até 56 DAT
‘Olimpic express’
5.091,5 mg planta-1
[frutos: 3.527,4 mg
planta-1, 58% do total
(6.064,7 mg planta-1)].
‘Iracema’
4.560,6 mg planta-1
[frutos: 3.133 mg
planta-1, 56% do total
(5.632 mg planta-1)].
• Hastes (Y1), folhas (Y2), frutos (Y3), total (Y4)
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
14 21 28 35 42 49 56
P(mgplanta-1)
Dias após transplante
Y1
Y2
Y3
Y4
Y2
Y4
Y3
Y1
• ‘Olimpic express’
Grande acúmulo
total: 28 até 56 DAT.
691,7 mg planta-1
[frutos: 547,2 mg
planta-1, 68% do total
( 807,5 mg planta-1)].
• ‘Iracema’
Grande acúmulo
total: 28 até 49 DAT.
403,3 mg planta-1
[frutos: 331,4 mg
planta-1, 58% do total
(567,9 mg planta-1)].
• Hastes (Y1), folhas (Y2), frutos (Y3), total (Y4)
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14 21 28 35 42 49 56
K(mgplanta-1)
Dias após transplante
Y1
Y2
Y3
Y4
Y2
Y4
Y3
Y1
• ‘Olimpic express’
Grande acúmulo
frutos: 35 até 56 DAT.
5.795,5 mg planta-
1, 56% do total
(10.400,8 mg planta-1).
• ‘Iracema’
Grande acúmulo
frutos: 35 até 45 DAT.
3.116,1 mg planta-
1, 38% do total
(8.162,5 mg planta-1).
• Hastes (Y1), folhas (Y2), frutos (Y3), total (Y4)
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
14 21 28 35 42 49 56
Ca(mgplanta-1)
Dias após transplante
Y4
Y4
Y2
Y2
Y3
Y3
Y1
Y1
• ‘Olimpic express’
Folhas: 5.634 mg
planta-1, 85,3% do
total (6.608,6 mg
planta-1).
• ‘Iracema’
Folhas: 4.395 mg
planta-1, 87,1% do
total (5.044,5 mg
planta-1).
• Hastes (Y1), folhas (Y2), frutos (Y3), total (Y4)
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
14 21 28 35 42 49 56
Mg(mgplanta-1)
Dias após transplante
Y4
Y4
Y2
Y2
Y3
Y3
Y1
Y1
• ‘Olimpic express’
Folhas: 926 mg
planta-1, 57% do
total (1.614 mg
planta-1).
• ‘Iracema’
Folhas: 725 mg
planta-1, 53% do
total (1.355 mg
planta-1).
• Hastes (Y1), folhas (Y2), frutos (Y3), total (Y4)
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
14 21 28 35 42 49 56
S(mgplanta-1)
Dias após transplante
Y4
Y4
Y2
Y2
Y3
Y3
Y1
Y1
• ‘Olimpic express’
Folhas: 447 mg
planta-1, 48% do
total (936 mg
planta-1).
• ‘Iracema’
Folhas: 440 mg
planta-1, 48% do
total (924 mg
planta-1).
• Hastes (Y1), folhas (Y2), frutos (Y3), total (Y4)
Variáveis ‘Olimpic express’ ‘Iracema’
Ciclo total 73 dias 72 dias
Produtividade t ha-1
Total 32 38
Comercial 24 30
Macronutrientes kg ha-1 Frutos (%) kg ha-1 Frutos (%)
N 101,1 61,1 93,9 57,6
P 13,5 72,7 9,5 70,1
K 173,4 65,7 136 54,7
Ca 110,1 9,4 84,1 6,0
Mg 26,9 34,8 22,6 33,4
S 15,6 38,7 15,4 40,5
População de plantas: 16.667 plantas ha-1
Conclusões
• ‘Olimpic express’ e ‘Iracema’: crescimento lento no estádio
vegetativo; maior acúmulo de matéria seca durante o estádio
reprodutivo em todas as partes da planta, sobre tudo em frutos.
• No final do ciclo: ‘Olimpic express’= 246,4 g planta-1 MS (60%
frutos); ‘Iracema’= 266,9 g planta-1 MS (64% frutos).
• ‘Olimpic express’ e ‘ Iracema’: N, P, K (frutos); Ca, Mg e S (folhas).
• ‘Olimpic express’: K>Ca>N>Mg>S>P; ‘Iracema’: K>N>Ca>Mg>S>P.
• Com menor produção de frutos e maior acúmulo de
nutrientes, ‘Olimpic express’ caracteriza-se como menos eficiente
no uso dos nutrientes do que ‘Iracema’.
Muito obrigado!!!!!!!!

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Adaptação da Ponte da Arrábida à passagem do metro ligeiro
Adaptação da Ponte da Arrábida à passagem do metro ligeiroAdaptação da Ponte da Arrábida à passagem do metro ligeiro
Adaptação da Ponte da Arrábida à passagem do metro ligeiroTiago Pinto
 
No que você está pensando agora? Apresentação, empreendedorismo, exposição, t...
No que você está pensando agora? Apresentação, empreendedorismo, exposição, t...No que você está pensando agora? Apresentação, empreendedorismo, exposição, t...
No que você está pensando agora? Apresentação, empreendedorismo, exposição, t...DesignCRV • Graphic Designer
 
PhD Thesis Defense - Enhancing Software Quality and Quality of Experience thr...
PhD Thesis Defense - Enhancing Software Quality and Quality of Experience thr...PhD Thesis Defense - Enhancing Software Quality and Quality of Experience thr...
PhD Thesis Defense - Enhancing Software Quality and Quality of Experience thr...Pedro Luis Mateo Navarro
 
My Thesis Defense Presentation
My Thesis Defense PresentationMy Thesis Defense Presentation
My Thesis Defense PresentationDavid Onoue
 
Powerpoint presentation M.A. Thesis Defence
Powerpoint presentation M.A. Thesis DefencePowerpoint presentation M.A. Thesis Defence
Powerpoint presentation M.A. Thesis DefenceCatie Chase
 
Master Thesis defense presentation
Master Thesis defense presentationMaster Thesis defense presentation
Master Thesis defense presentationj_cerejo
 
Thesis Power Point Presentation
Thesis Power Point PresentationThesis Power Point Presentation
Thesis Power Point Presentationriddhikapandya1985
 

Destaque (9)

Adaptação da Ponte da Arrábida à passagem do metro ligeiro
Adaptação da Ponte da Arrábida à passagem do metro ligeiroAdaptação da Ponte da Arrábida à passagem do metro ligeiro
Adaptação da Ponte da Arrábida à passagem do metro ligeiro
 
No que você está pensando agora? Apresentação, empreendedorismo, exposição, t...
No que você está pensando agora? Apresentação, empreendedorismo, exposição, t...No que você está pensando agora? Apresentação, empreendedorismo, exposição, t...
No que você está pensando agora? Apresentação, empreendedorismo, exposição, t...
 
PhD Thesis Defense - Enhancing Software Quality and Quality of Experience thr...
PhD Thesis Defense - Enhancing Software Quality and Quality of Experience thr...PhD Thesis Defense - Enhancing Software Quality and Quality of Experience thr...
PhD Thesis Defense - Enhancing Software Quality and Quality of Experience thr...
 
Report Writing
Report WritingReport Writing
Report Writing
 
Presentation Sapore
Presentation SaporePresentation Sapore
Presentation Sapore
 
My Thesis Defense Presentation
My Thesis Defense PresentationMy Thesis Defense Presentation
My Thesis Defense Presentation
 
Powerpoint presentation M.A. Thesis Defence
Powerpoint presentation M.A. Thesis DefencePowerpoint presentation M.A. Thesis Defence
Powerpoint presentation M.A. Thesis Defence
 
Master Thesis defense presentation
Master Thesis defense presentationMaster Thesis defense presentation
Master Thesis defense presentation
 
Thesis Power Point Presentation
Thesis Power Point PresentationThesis Power Point Presentation
Thesis Power Point Presentation
 

Semelhante a Defesa doutorado 2013

(2) 01. avaliação da fertilidade do solo fernando freire
(2) 01. avaliação da fertilidade do solo   fernando freire(2) 01. avaliação da fertilidade do solo   fernando freire
(2) 01. avaliação da fertilidade do solo fernando freireigorjlc
 
Reservas de Fosfatos e Fertilizantes
Reservas de Fosfatos e FertilizantesReservas de Fosfatos e Fertilizantes
Reservas de Fosfatos e FertilizantesFilipe Mello
 
Soja 2004 - Aminoácidos na cultura da soja
Soja 2004 - Aminoácidos na cultura da sojaSoja 2004 - Aminoácidos na cultura da soja
Soja 2004 - Aminoácidos na cultura da sojakimberlit
 
Palestra Roberto Santinato- Problemas tecnológicos e nutrição racional - 35º ...
Palestra Roberto Santinato- Problemas tecnológicos e nutrição racional - 35º ...Palestra Roberto Santinato- Problemas tecnológicos e nutrição racional - 35º ...
Palestra Roberto Santinato- Problemas tecnológicos e nutrição racional - 35º ...Revista Cafeicultura
 
EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...
EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...
EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...Ana Aguiar
 
Soja 2004 - Aminoácidos e micronutrientes na cultura da soja
Soja 2004 - Aminoácidos e micronutrientes na cultura da sojaSoja 2004 - Aminoácidos e micronutrientes na cultura da soja
Soja 2004 - Aminoácidos e micronutrientes na cultura da sojakimberlit
 
Milho 2004 - Micronutrientes e aminoácidos na cultura do milho
Milho 2004 - Micronutrientes e aminoácidos na cultura do milhoMilho 2004 - Micronutrientes e aminoácidos na cultura do milho
Milho 2004 - Micronutrientes e aminoácidos na cultura do milhokimberlit
 
Jackson souza - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
Jackson souza - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do BrasilJackson souza - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
Jackson souza - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do BrasilRevista Cafeicultura
 
Jackson souza Super fosfatagem no desenvolvimento inicial de café
Jackson souza Super fosfatagem no desenvolvimento inicial de caféJackson souza Super fosfatagem no desenvolvimento inicial de café
Jackson souza Super fosfatagem no desenvolvimento inicial de caféRevista Cafeicultura
 
Seminário ANCP 2022 - Incrementos na produtividade pecuária de corte com o us...
Seminário ANCP 2022 - Incrementos na produtividade pecuária de corte com o us...Seminário ANCP 2022 - Incrementos na produtividade pecuária de corte com o us...
Seminário ANCP 2022 - Incrementos na produtividade pecuária de corte com o us...ANCP Ribeirão Preto
 
Diagnóstico Nutricional E Adubação Da Videira Niagara Rosada
Diagnóstico Nutricional E Adubação Da Videira Niagara RosadaDiagnóstico Nutricional E Adubação Da Videira Niagara Rosada
Diagnóstico Nutricional E Adubação Da Videira Niagara RosadaAgricultura Sao Paulo
 
5ª apresentação do 5º horti serra gaúcha 23 5-2013
5ª apresentação do 5º horti serra gaúcha 23 5-20135ª apresentação do 5º horti serra gaúcha 23 5-2013
5ª apresentação do 5º horti serra gaúcha 23 5-2013Fattore
 
Seminário ANCP 2016 – Roberto Guimarães Junior – Pecuária de corte de alta pr...
Seminário ANCP 2016 – Roberto Guimarães Junior – Pecuária de corte de alta pr...Seminário ANCP 2016 – Roberto Guimarães Junior – Pecuária de corte de alta pr...
Seminário ANCP 2016 – Roberto Guimarães Junior – Pecuária de corte de alta pr...ANCP Ribeirão Preto
 
COMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLA
COMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLACOMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLA
COMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLARafael Gauchinho
 
cana-de-açúcar
cana-de-açúcarcana-de-açúcar
cana-de-açúcarDjair Felix
 
Jackson souza - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
Jackson souza - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do BrasilJackson souza - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
Jackson souza - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do BrasilRevista Cafeicultura
 
Defesa de Mestrado
Defesa de MestradoDefesa de Mestrado
Defesa de MestradoFábio Baía
 
Algodão 2006 - Tecnologia kimberlit na cultura de algodão
Algodão 2006 - Tecnologia kimberlit na cultura de algodãoAlgodão 2006 - Tecnologia kimberlit na cultura de algodão
Algodão 2006 - Tecnologia kimberlit na cultura de algodãokimberlit
 

Semelhante a Defesa doutorado 2013 (20)

(2) 01. avaliação da fertilidade do solo fernando freire
(2) 01. avaliação da fertilidade do solo   fernando freire(2) 01. avaliação da fertilidade do solo   fernando freire
(2) 01. avaliação da fertilidade do solo fernando freire
 
Reservas de Fosfatos e Fertilizantes
Reservas de Fosfatos e FertilizantesReservas de Fosfatos e Fertilizantes
Reservas de Fosfatos e Fertilizantes
 
Soja 2004 - Aminoácidos na cultura da soja
Soja 2004 - Aminoácidos na cultura da sojaSoja 2004 - Aminoácidos na cultura da soja
Soja 2004 - Aminoácidos na cultura da soja
 
Tese_180211
Tese_180211Tese_180211
Tese_180211
 
Palestra Roberto Santinato- Problemas tecnológicos e nutrição racional - 35º ...
Palestra Roberto Santinato- Problemas tecnológicos e nutrição racional - 35º ...Palestra Roberto Santinato- Problemas tecnológicos e nutrição racional - 35º ...
Palestra Roberto Santinato- Problemas tecnológicos e nutrição racional - 35º ...
 
EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...
EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...
EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...
 
Soja 2004 - Aminoácidos e micronutrientes na cultura da soja
Soja 2004 - Aminoácidos e micronutrientes na cultura da sojaSoja 2004 - Aminoácidos e micronutrientes na cultura da soja
Soja 2004 - Aminoácidos e micronutrientes na cultura da soja
 
Milho 2004 - Micronutrientes e aminoácidos na cultura do milho
Milho 2004 - Micronutrientes e aminoácidos na cultura do milhoMilho 2004 - Micronutrientes e aminoácidos na cultura do milho
Milho 2004 - Micronutrientes e aminoácidos na cultura do milho
 
Jackson souza - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
Jackson souza - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do BrasilJackson souza - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
Jackson souza - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
 
Jackson souza Super fosfatagem no desenvolvimento inicial de café
Jackson souza Super fosfatagem no desenvolvimento inicial de caféJackson souza Super fosfatagem no desenvolvimento inicial de café
Jackson souza Super fosfatagem no desenvolvimento inicial de café
 
Seminário ANCP 2022 - Incrementos na produtividade pecuária de corte com o us...
Seminário ANCP 2022 - Incrementos na produtividade pecuária de corte com o us...Seminário ANCP 2022 - Incrementos na produtividade pecuária de corte com o us...
Seminário ANCP 2022 - Incrementos na produtividade pecuária de corte com o us...
 
Diagnóstico Nutricional E Adubação Da Videira Niagara Rosada
Diagnóstico Nutricional E Adubação Da Videira Niagara RosadaDiagnóstico Nutricional E Adubação Da Videira Niagara Rosada
Diagnóstico Nutricional E Adubação Da Videira Niagara Rosada
 
5ª apresentação do 5º horti serra gaúcha 23 5-2013
5ª apresentação do 5º horti serra gaúcha 23 5-20135ª apresentação do 5º horti serra gaúcha 23 5-2013
5ª apresentação do 5º horti serra gaúcha 23 5-2013
 
Seminário ANCP 2016 – Roberto Guimarães Junior – Pecuária de corte de alta pr...
Seminário ANCP 2016 – Roberto Guimarães Junior – Pecuária de corte de alta pr...Seminário ANCP 2016 – Roberto Guimarães Junior – Pecuária de corte de alta pr...
Seminário ANCP 2016 – Roberto Guimarães Junior – Pecuária de corte de alta pr...
 
COMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLA
COMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLACOMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLA
COMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLA
 
cana-de-açúcar
cana-de-açúcarcana-de-açúcar
cana-de-açúcar
 
Jackson souza - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
Jackson souza - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do BrasilJackson souza - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
Jackson souza - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
 
Fertirigacao
FertirigacaoFertirigacao
Fertirigacao
 
Defesa de Mestrado
Defesa de MestradoDefesa de Mestrado
Defesa de Mestrado
 
Algodão 2006 - Tecnologia kimberlit na cultura de algodão
Algodão 2006 - Tecnologia kimberlit na cultura de algodãoAlgodão 2006 - Tecnologia kimberlit na cultura de algodão
Algodão 2006 - Tecnologia kimberlit na cultura de algodão
 

Defesa doutorado 2013

  • 1. Fertilização fosfatada e acúmulo de nutrientes em meloeiro Dr. Arthur Bernardes Cecílio Filho Dr. Leilson Costa Grangeiro Dr. Fábio Henrique Tavares de Oliveira Juan Waldir Mendoza Cortez 2013 Unesp Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegetal)
  • 2. Produção de melão em função de doses de fósforo
  • 3. Introdução FAO, 2010 Produção mundial Outros (34%) Brasil (12ª posição) (2%) Irã (5%) Turquía (7%) China (52%) 24,1 milhões de t 1,1 milhão de ha
  • 4. Produção no Brasil IBGE (2010); SECEX (2010) RN: 242.303 t; 7.943 ha; 50,6% Mossoró-Assu: 186.000 t; 77% Exportação: 33.324 t
  • 5. • Argissolo Vermelho - Amarelo ( P ). (EMBRAPA, 2006). • Teor de P (3 – 8 g kg-1 da matéria seca) (MARSCHNER, 1995; TRANI & RAIJ, 1997). • P (fase reprodutiva): produção de polen, floração e fixação de frutos (NEILSEN et al., 1990; LAU & STEPHENSON, 1994; CANTÓN et al., 2003).
  • 6. • Falta de dados (carência de pesquisas) para definir a resposta do melão ao P. • Fertilização sem critérios técnicos. • Altas doses de P eleva o custo de produção e causa contaminação do ambiente (FAGERIA, 2009; FITA et al., 2011). • Resposta à fertilização com P varia com a cultivar de melão (eficientes em absorver e/ou utilizar P) (SÁNCHEZ, 2006).
  • 7. Objetivo • Avaliar o estado nutricional e o desempenho produtivo de duas cultivares de melão (‘Olimpic express’ – grupo cantaloupe, e ‘Iracema’ – grupo amarelo) e estabelecer faixas de teores de fósforo no solo e na folha associados à produção comercial máxima.
  • 8. Material e Métodos • Fazenda ‘Rafael Fernandes’ – UFERSA. • Argissolo Vermelho – Amarelo (EMBRAPA, 2006). Características químicas pH MO P K Na Ca Mg Al H+Al SB CTC V PST água g dm-3 mg dm-3 mmolc dm-3 % 6,2 1,9 6,7 80,7 16,7 21 80 0,0 5,0 31,8 36,8 87 2 Características físicas Areia Silte Argila g kg-1 820 40 140
  • 9. • KÖPPEN (clima tipo BSwh’): alta temperatura e semi-aridez. Temperatura (T) (° C) Umidade Relativa (UR) (%) Precipitação pluvial (mm) T mín T média T máx URmín UR média UR máx 20,8 26,3 32,8 35,5 62,8 81,5 0,0
  • 10. • ‘Olimpic express’ - grupo cantaloupe; ‘Iracema’ - grupo amarelo. • 0, 50, 100, 200, 300 e 400 kg ha-1 de P2O5 (SFT). • DBC, 5 repetições. • Unidade experimental: 8 x 6 m (4 linhas de 20 plantas; área util: duas linhas centrais). • Espaçamento: 2 x 0,3 m.
  • 11. Tecido de polipropileno: 5 DAT – 27 DAT Mudas: 29/9/2010 Transplante: 8/10/2010
  • 12. Nutriente Quantidade Fonte Macronutriente kg ha-1 N 118 Uréia, cloreto de potássio branco, nitrato de cálcio, nitrato de potássio e sulfato de magnésio K 146 Ca 19 Mg 13 S 38 Micronutriente g ha-1 B 730 Acido bórico, fertilizante quelatizadoCu 4 Fe 28 Mn 26 Mo 0,3 Zn 37
  • 13. ‘Olimpic express’= 5/12/2010 (58 DAT) e 10/12/2010 (63 DAT) ‘Iracema’= 9/12/2010 (62 DAT)
  • 14. Características avaliadas • Estado nutricional (fruto com 5 cm de diâmetro; 5a folha; 20 folhas por área útil; N, P, K, Ca, Mg e S) (TRANI & RAIJ, 1997). • Número de frutos total (NFT) e comercial (NFC). • Produtividades total (PT) e comercial (PC). • Teor de P no solo: Resina de Troca Aniônica - RTA (RAIJ et al.,2001) e Mehlich-1 (EMBRAPA, 1997).
  • 15. • Dose ótima econômica (DOE) DOE = [(Pmelão * b) – Pfósforo)] 2Pmelão*c Pmelão = R$ 1.370 t-1 (CEAGESP, 2012) Pfósforo= R$ 1,93 kg-1 (AGRIANUAL, 2012)
  • 16. Análise de dados • Análise de variância (teste F) e de regressão polinomial (exceto DOE). • DOE (médias da PC ajustaram-se significativamente à equação polinomial de segundo grau). • Análises de correlação (RTA, Mehlich-1, teor de P na folha, PC). • Relações: teores de P no solo e na folha com a produção relativa (PR). PR (%) = (PC estimada / PC máxima) * 100
  • 17. Resultados Causas de variação N P K Ca Mg S Melão ‘Olimpic express’ Doses de P 0,69NS 12,73** 0,34NS 5,41** 2,48NS 2,45NS CV (%) 3,9 6,88 9,29 6,24 6,19 9,12 Melão ‘Iracema’ Doses de P 0,72NS 16,92** 1,99NS 2,76* 2,57NS 2,15NS CV (%) 4,08 7,66 3,83 6,82 6,64 3,40 ** Significativo a 1% de probabilidade; * significativo a 5% de probabilidade; NS não significativo Estado nutricional
  • 18. Nutrientes ‘Olimpic express’ ‘Iracema’ TRANI & RAIJ (1997) g kg-1 g kg-1 N 45,6 41,3 25-50 K 30,5 36,3 25-40 Mg 6,6 7,0 5-12 S 5,6 6,4 2-3 Faixa de teores adequados
  • 19. 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 0 50 100 200 300 400 TeordeP(gkg-1) Doses de P2O5 (kg ha-1) 2,6 2,3 3,2 ‘Olimpic express’ y=2,56+0,00202526x ; R2=0,95** ‘Iracema’ y=2,27+0,002362105x; R2=0,93** 20 22 24 26 28 30 0 50 100 200 300 400 TeordeCa(gkg-1) Doses de P2O5 (kg ha-1) 28,5 24,7 26,7 ‘Olimpic express’ y=24,50+0,01008x; R2=0,83** ‘Iracema’ y=24,72+0,00515x; R2=0,37* 3,3 24,5 Nutrientes TRANI & RAIJ (1997) g kg-1 P 3-7 Ca 25-50 217 3105450
  • 20. Número de frutos total (NFT) e comercial (NFC) Produtividades total (PT) e comercial (PC) Causas de variação NFT NFC PT PC Melão ‘Olimpic express’ Doses de P 10,09** 6,10** 13,57** 9,46** CV (%) 17,26 23,83 18,63 23,2 Melão ‘Iracema’ Doses de P 2,41NS 1,94NS 7,91** 6,55** CV (%) 11,68 14,23 12,25 14,34 ** Significativo a 1% de probabilidade; * significativo a 5% de probabilidade; NS não significativo
  • 21. 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 0 50 100 200 300 400 Númerodefrutosha-1 Doses de P2O5 (kg ha-1) ‘Olimpic express’ NFT y=12924,12+95,202x-0,181545x2; R2=0,87** NFC y=8872,69+57,985x-0,090732x2 ; R2=0,94* NFC (0 - 319,5 kg ha-1 P2O5) = 105% NFT (0 - 262,2 kg ha-1 P2O5) = 96% 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 0 50 100 200 300 400 Númerodefrutosha-1 Doses de P2O5 (kg ha-1) 319,5 25.405 18.23017.838 NFT y=23012,82+11,508x ; R2=0,76** NFC y=17345,80+7,544x ; R2=0,50* NFT (0 - 400 kg ha-1 P2O5) = 20% NFC (0 - 400 kg ha-1 P2O5) = 17% ‘Iracema’ 27.616 20.361 262,2
  • 22. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 50 100 200 300 400 Produtividade(tha-1) Doses de P2O5 (kg ha-1) PT y=15,28+0,156x-0,000284x2 ; R2=0,89** PC y=11,77+0,111x-0,000179x2 ; R2=0,94** ‘Olimpic express’ PT (0 - 275 kg ha-1 P2O5) = 140% PC (0 - 310 kg ha-1 P2O5) = 146% 310275 36,7 28,928,7 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 50 100 200 300 400 Produtividade(tha-1) Doses de P2O5 (kg ha-1) PT y=31,23+0,033x ; R2=0,78** PC y=25,08+0,026x ; R2=0,69** PT (0 - 400 kg ha-1 P2O5) = 42,3% PC (0 - 400 kg ha-1 P2O5) = 42% 44,4 35,5 ‘Iracema’
  • 23. Causas de variação RTA Mehlich-1 Melão ‘Olimpic express’ Doses de P 27,65** 34,40** CV (%) 35,37 34,56 Melão ‘Iracema’ Doses de P 17,45** 21,84** CV (%) 34,47 32,12 ** Significativo a 1% de probabilidade; * significativo a 5% de probabilidade; NS não significativo Teor de P no solo (Resina de Troca Aniônica (RTA) e Mehlich-1)
  • 24. 0 10 20 30 40 50 60 70 0 50 100 200 300 400 TeordeP(mgdm-3) Doses de P2O5 (kg ha-1) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 50 100 200 300 400 TeordeP(mgdm-3) Doses de P2O5 (kg ha-1) 5,2 ‘O. express’ y=2,29+0,15246x ; R2=0,95** ‘Iracema’ y=6,55+0,09916x ; R2=0,99** ‘O. express’ y=5,23+0,0391x+0,000282x2; R2=0,99* ‘Iracema’ y=6,80+0,1114x ; R2=0,95** 51,3 6,8 66,0 63,3 6,6 46,2 2,3 RTA Mehlich-1
  • 25. Tipo de extrator r Melão ‘Olimpic express’ RTA x Mehlich-1 0,96** RTA x Teor foliar de P 0,96** Mehlich-1 x Teor foliar de P 0,92** RTA x PC 0,85* Mehlich-1 x PC 0,78* Melão ‘Iracema’ RTA x Mehlich-1 0,98** RTA x Teor foliar de P 0,97** Mehlich-1 x Teor foliar de P 0,94** RTA x PC 0,83* Mehlich-1 x PC 0,76* ** Significativo a 1% de probabilidade; * significativo a 5% de probabilidade Correlação: Resina de Troca Aniônica (RTA) e Mehlich-1
  • 26. Dose ótima econômica (DOE) • ‘Iracema’ sem DOE (ajuste linear da PC). • ‘Olimpic express’ (ajuste quadrático da PC). DOE = 306 kg ha-1 P2O5 (PC = 28,97 t ha-1) PCmáx = 28,98 t ha-1 (310 kg ha-1 P2O5)
  • 27. 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 100 200 300 400 Pfolha(gkg-1) PR(%) Dose de P2O5 (kg ha-1) 2,3 17,5 32,8 48,0 63,3 P no solo (mg dm-3) - RTA 5,2 12,0 24,3 42,3 66,0 P no solo (mg dm-3) - Mehlich-1  TRANI & RAIJ (1997) (3-7 g kg-1) Relações entre os teores de P no solo e na folha com a PR AltoMédioBaixo P folha 30 50 22 45 3,2 2,9 16 11 ‘Olimpic express’ 0,22% 0,08% 2,7
  • 28. Conclusões • Há diferença na performance produtiva das cultivares em função das doses de P. • ‘Olimpic express’: responsiva (maior NF e PC) com aplicação de P. • ‘Iracema’: eficiente (maior NF e PC) sem aplicação de P. • RTA e Mehlich-1: alta correlação entre si, e alta correlação com o teor foliar de P e com a PC de ambas cultivares. • Resposta à fertilização fosfatada na ‘Olimpic express’: teor de P no solo <30 mg dm-3 (RTA) e <22 mg dm-3 (Mehlich-1). • ‘Olimpic express’: 2,9 e 3,2 g kg-1 de P na matéria seca.
  • 29. Crescimento e acúmulo de nutrientes em melão
  • 30. Introdução • Produção intensiva de melão no semi-árido. • Consumo alto de fertilizantes; problemas ambientais. • Ferramentas para planejar e melhorar a eficiência da fertilização. • Demanda de nutrientes divergente (RAMÍREZ &BERSTCH, 1997; RINCON et al., 1998; RODRÍGUEZ & PIRE, 2004; SILVA JÚNIOR et al., 2006; KANO et al., 2010; MELO, 2011).
  • 31. • Fatores climáticos (Temperatura, luminosidade, precipitação pluvial). • Fatores da planta (diferenças entre genótipos). • Manejo do solo e do cultivo (fertilização, sistema de irrigação, tratos culturais, época de cultivo, sistema de produção).
  • 32. Objetivo • Quantificar o crescimento e o acúmulo de macronutrientes das cultivares de melão ‘Olimpic express’ - grupo cantaloupe, e ‘Iracema’ - grupo amarelo.
  • 33. Material e métodos • 200 kg ha-1 P2O5 (SFT). • Tratamentos (14, 21, 28, 35, 42, 49 e 56 DAT). • ‘Olimpic express’ – grupo cantaloupe; ‘Iracema’ – grupo amarelo. • DBC, 3 repetições. • Três plantas por parcela, por repetição e por época de amostragem. x x x x x x x x x x x x ... x x x x x x x x x x x x x x x x x x ... x x x x x x x x x x x x x x x x x x ... x x x x x x • Folhas, hastes e frutos (matéria seca e teores de N, P, K, Ca, Mg e S). 1ª coleta 2ª coleta 7ª coleta
  • 34. Função logística y = a / (1 + e (-k(x-xc))) y = Valor médio da característica avaliada. a = Máximo assintótico (quantidade máxima). k = Taxa média de incremento da quantidade acumulada. x = Tempo (dias). xc = Tempo necessário para atingir metade da quantidade máxima.
  • 35. Crescimento 0 50 100 150 200 250 300 14 21 28 35 42 49 56 Matériaseca(gplanta-1) Dias após transplante Y1 Y2 Y3 Y4 Y1 Y2 Y3 Y4 • ‘Olimpic express’: 20 DAT (floração) e 35 DAT (frutificação). • ‘Iracema’: 18 DAT (floração) e 33 DAT (frutificação). • Grande acúmulo total: 28 até 56 DAT ‘Olimpic express’ 215,6 g planta-1 [frutos: 141 g planta-1, 57% do total (246,4 g planta-1)]. ‘Iracema’ 229,1 g planta-1 [frutos: 166 g planta-1, 62% do total (267 g planta-1)]. Resultados • Hastes (Y1), folhas (Y2), frutos (Y3), total (Y4)
  • 36. Acúmulo de nutrientes 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 14 21 28 35 42 49 56 N(mgplanta-1) Dias após transplante Y1 Y2 Y3 Y4 Y2 Y3 Y4 Y1 • Grande acúmulo total: 28 até 56 DAT ‘Olimpic express’ 5.091,5 mg planta-1 [frutos: 3.527,4 mg planta-1, 58% do total (6.064,7 mg planta-1)]. ‘Iracema’ 4.560,6 mg planta-1 [frutos: 3.133 mg planta-1, 56% do total (5.632 mg planta-1)]. • Hastes (Y1), folhas (Y2), frutos (Y3), total (Y4)
  • 37. 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 14 21 28 35 42 49 56 P(mgplanta-1) Dias após transplante Y1 Y2 Y3 Y4 Y2 Y4 Y3 Y1 • ‘Olimpic express’ Grande acúmulo total: 28 até 56 DAT. 691,7 mg planta-1 [frutos: 547,2 mg planta-1, 68% do total ( 807,5 mg planta-1)]. • ‘Iracema’ Grande acúmulo total: 28 até 49 DAT. 403,3 mg planta-1 [frutos: 331,4 mg planta-1, 58% do total (567,9 mg planta-1)]. • Hastes (Y1), folhas (Y2), frutos (Y3), total (Y4)
  • 38. 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14 21 28 35 42 49 56 K(mgplanta-1) Dias após transplante Y1 Y2 Y3 Y4 Y2 Y4 Y3 Y1 • ‘Olimpic express’ Grande acúmulo frutos: 35 até 56 DAT. 5.795,5 mg planta- 1, 56% do total (10.400,8 mg planta-1). • ‘Iracema’ Grande acúmulo frutos: 35 até 45 DAT. 3.116,1 mg planta- 1, 38% do total (8.162,5 mg planta-1). • Hastes (Y1), folhas (Y2), frutos (Y3), total (Y4)
  • 39. 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 14 21 28 35 42 49 56 Ca(mgplanta-1) Dias após transplante Y4 Y4 Y2 Y2 Y3 Y3 Y1 Y1 • ‘Olimpic express’ Folhas: 5.634 mg planta-1, 85,3% do total (6.608,6 mg planta-1). • ‘Iracema’ Folhas: 4.395 mg planta-1, 87,1% do total (5.044,5 mg planta-1). • Hastes (Y1), folhas (Y2), frutos (Y3), total (Y4)
  • 40. 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 14 21 28 35 42 49 56 Mg(mgplanta-1) Dias após transplante Y4 Y4 Y2 Y2 Y3 Y3 Y1 Y1 • ‘Olimpic express’ Folhas: 926 mg planta-1, 57% do total (1.614 mg planta-1). • ‘Iracema’ Folhas: 725 mg planta-1, 53% do total (1.355 mg planta-1). • Hastes (Y1), folhas (Y2), frutos (Y3), total (Y4)
  • 41. 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 14 21 28 35 42 49 56 S(mgplanta-1) Dias após transplante Y4 Y4 Y2 Y2 Y3 Y3 Y1 Y1 • ‘Olimpic express’ Folhas: 447 mg planta-1, 48% do total (936 mg planta-1). • ‘Iracema’ Folhas: 440 mg planta-1, 48% do total (924 mg planta-1). • Hastes (Y1), folhas (Y2), frutos (Y3), total (Y4)
  • 42. Variáveis ‘Olimpic express’ ‘Iracema’ Ciclo total 73 dias 72 dias Produtividade t ha-1 Total 32 38 Comercial 24 30 Macronutrientes kg ha-1 Frutos (%) kg ha-1 Frutos (%) N 101,1 61,1 93,9 57,6 P 13,5 72,7 9,5 70,1 K 173,4 65,7 136 54,7 Ca 110,1 9,4 84,1 6,0 Mg 26,9 34,8 22,6 33,4 S 15,6 38,7 15,4 40,5 População de plantas: 16.667 plantas ha-1
  • 43. Conclusões • ‘Olimpic express’ e ‘Iracema’: crescimento lento no estádio vegetativo; maior acúmulo de matéria seca durante o estádio reprodutivo em todas as partes da planta, sobre tudo em frutos. • No final do ciclo: ‘Olimpic express’= 246,4 g planta-1 MS (60% frutos); ‘Iracema’= 266,9 g planta-1 MS (64% frutos). • ‘Olimpic express’ e ‘ Iracema’: N, P, K (frutos); Ca, Mg e S (folhas). • ‘Olimpic express’: K>Ca>N>Mg>S>P; ‘Iracema’: K>N>Ca>Mg>S>P. • Com menor produção de frutos e maior acúmulo de nutrientes, ‘Olimpic express’ caracteriza-se como menos eficiente no uso dos nutrientes do que ‘Iracema’.