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RESERVAS DE FOSFATOS E PRODUÇÃO DE 
FERTILIZANTES FOSFATADOS NO BRASIL 
E NO MUNDO 
Alfredo Scheid Lopes, Engo Agro, PhD, Professor Emérito da UFLA, Lavras, MG, 
Consultor Técnico da ANDA, São Paulo, SP. E-mail:ascheidl@ufla.br 
Carlos Alberto Pereira da Silva, Administrador de Empresas, 
Diretor Executivo da ANDA, São Paulo SP. E-mail: caps@anda.org.br,
INTRODUÇÃO 
 Fósforo: essencial para a humanidade, sem 
sucedâneo, depósitos em poucos países. 
 Polêmica sobre a vida útil das reservas e 
recursos. 
 Difícil fazer previsões de consumo no médio e 
longo prazos. 
 Poucos investimentos em novos fertilizantes e 
melhoramento genético para aumentar eficiência 
de uso.
OBJETIVOS 
Resumo sobre as reservas e base de reservas. 
Mudanças de perfil de consumo de fertilizantes. 
Tendências futuras de produção e consumo. 
Apresentar alguns tópicos para reflexão.
I – RESERVAS E RECURSOS
COMPOSIÇÃO: 
Minerais fosfáticos que compõem as rochas 
fosfáticas  fosfatos de cálcio contendo OH, F e Cl. 
[Ca(PO)(OH,F,Cl)] – Apatitas; com substituição 
5 43 parcial do PO3- por CO2-, + Mg e Na – Fosforitas. 
4 
3 
ORIGEM: 
a) Ação vulcânica ao longo de zonas de fraqueza na 
crosta terrestre (apatitas – Brasil, Canadá, Rússia e 
África do Sul). 
b) Depósitos sedimentares no leito dos oceanos, 
usualmente nas áreas costeiras rasas que 
subsequentemente tornaram-se terra (fosforitas – 
Norte da África, China, Oriente Médio e EUA).
RECURSO: A concentração de um material sólido, 
líquido ou gasoso na crosta terrestre em forma ou 
quantidade tal que a extração econômica de uma 
“commodity” é atual ou potencialmente viável. 
BASE DE RESERVA: A parte de um recurso 
identificado que atende um mínimo de critérios 
físicos e químicos em relação às práticas atuais de 
mineração e produção, incluindo teor, qualidade, 
espessura e profundidade. 
RESERVA: A parte de uma base de reserva que 
poderia ser extraída ou produzida economicamente 
no momento da avaliação. 
Fonte: US Geological Survey, 2003.
Teor de P2O5 nos depósitos atuais podem variar de 
acima de 40% até menos de 5%. 
Rochas fosfáticas  beneficiadas para remoção de 
impurezas  concentrados fosfáticos (1,5 a 9 vezes 
mais P2O5 (26 a 34% em média e até 42%). 
Concentrados fosfáticos com altos teores de P  
tornando-se exauridos  Togo, Senegal e Marrocos 
 custos de exploração maiores que a 20 - 30 anos.
85% da produção mundial de fósforo vêm de 
depósitos sedimentares e 15% de depósitos 
magmáticos. 
Atualmente, 75% da produção mundial de rochas 
fosfáticas vêm de minas de superfície. 
Maiores depósitos sendo explorados: África, EUA, 
China, ex-União Soviética e Oriente Médio.
DIFICULDADES PARA SE OBTER ESTIMATIVA 
CONFIÁVEL SOBRE RESERVAS DE ROCHAS 
FOSFÁTICAS: 
 Critérios usados variam consideravelmente. 
 Países e empresas produtoras  informação 
confidencial e sensível ao mercado. 
 Mudanças de tecnologia e custos de produção 
 difíceis de serem previstos. 
 Não existe certeza sobre futuras taxas de 
consumo. 
Fonte: Johnston, 2000
RESERVAS E BASES DE RESERVAS 
MUNDIAIS DE ROCHAS FOSFÁTICAS (1998) 
11,3 
33,3 
0 5 10 15 20 25 30 35 
Mundo 
Marrocos 
EUA 
Outros 
Bilhões de toneladas 
Fonte: Ysherwood, 1998 citando US Geological Survey, 1998. 
6,2 
21,2 
1,6 
4,6 
1,6 
8,1 
80 anos 
240 anos 
280 anos 
1000 anos 
45 anos 
100 anos
RESERVAS E BASES DE RESERVAS 
MUNDIAIS DE ROCHAS FOSFÁTICAS (2003) 
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 
Mundo 
Marrocos 
China 
EUA 
Brasil 
Outros 
Bilhões de toneladas 
Fonte: US Geological Survey, 2003. 
17,0 
50,0 
5,7 
21,0 
4,0 
13,0 
6,6 
1,0 
0,33 = 1,94% 
0,37 = 0,74% 
4,2 
9.0
Por outro lado  dobrando-se ou triplicando-se os 
preços atuais de fosfatos  aumento substancial nas 
reservas em numerosos países  inclusive nas 
plataformas continentais e montanhas dos oceanos 
( Isherwood, 1998). 
Sheldon (1987) estimou em 112 bilhões t a base de 
reserva atual e inferida. 
Notholt et al., (1989) estimou os recursos mundiais 
totais em 163 bilhões t, pelo menos, de todos os 
graus e tipos de rochas, isto é, 1200 anos de 
suprimento nas taxas atuais de consumo.
PRODUÇÃO DE ROCHAS FOSFÁTICAS POR 
ALGUNS PAÍSES (MÉDIA PARA 99 a 01) 
100% = 130,7 milhões t 
EUA 
28,5% 
Rússia 
8,4% 
Outros 
13,7% 
China 
15,6% 
Marrocos 
16,7% 
Israel 
3,0% 
Brasil 
3,5% 
Tunísia 
6,2% 
Fonte: Estatísticas da IFA, 2002.
EXPORTAÇÃO DE ROCHAS FOSFÁTICAS 
(Média para 99 a 01) 100% = 31,2 milhões t 
Russia 
13% 
Marrocos 
34,9% 
China 
11,5% 
Israel 
3,6% 
EUA 
0,5% 
Outros 
8,9% 
Síria 
5,1% 
Togo 
4,4% 
Christmas/ 
Nauru 
3,5% 
Tunísia 
3,5% 
Jordânia 
11,1% 
Fonte: Estatísticas da IFA, 2002.
RESERVAS ECONOMICAMENTE EXPLORÁVEIS 
DE ROCHAS FOSFÁTICAS - BRASIL 
Total de 2,77 bilhões de t (225 milhões t P2O5 = 8%) 
Provada = 1,90 bilhões t; Provável = 0,87 bilhões t; 
SP 
0,29 
11% 
MG 
2,16 
78% 
Fonte: DNPM/DIRIN, 2001. 
GO 
0,31 
11%
RESERVAS APROVADAS DE ROCHA FOSFÁTICA 
BRASIL - Total 4,04 bilhões t 
Medidas = 2,29 bilhões t; Indicadas = 983 e Inferidas = 859 milhões t 
PE 
0,04 
1% 
SC 
0,25 
6% 
SP 
0,29 
7% 
BA 
0,03 
1% 
CE 
0,09 
2% 
GO 
0,34 
8% 
MG 
2,98 
75% 
Fonte: DNPM/DIRIN, 2001. 
PB 
0,02 
0%
ÁREAS DE ALTO POTENCIAL PARA DESCOBERTA 
DE NOVOS DEPÓSITOS EC0NÔMICOS 
Localização Área aproximada 
(km2) 
Centro-Oeste e Oeste de MG e BA, Nordeste de GO 200.000 
Serra da Bodoquena – MS 10.000 
Flanco Ocidental da Bacia do Parnaíba – TO 25.000 
Juruena/Teles Pires/Arupuanã, Norte MT e Sul AM 60.000 
Bordo Norte da Bacia do Amazona – PA e AM 75.000 
SW-NE do Alto Rio Negro – AM à Serra Catriâni (RR) 130.000 
Fonte: CPRM, 1997.
PRODUÇÃO DE CONCENTRADO FOSFÁTICO - BRASIL 
Total de 5,31 milhões toneladas 
EUA =26,4 
Ultrafértill 
Catalão, GO 
Trevo 1,04 - 20% 
Marrocos = 16,9 China = 14,8 
Fosfértil 
Tapira, MG 
Patos de Minas MG 
1,66 - 30% 
Lagamar, MG 
0,56 - 11% 
Irecê, BA 
0,14 - 3% 
Bunge 
Araxá, MG 
Jacupiranga,SP 
1,24 - 23% 
Copebrás 
Catalão, GO 
0,66 - 13% 
Fonte: DNPM/DIRIN
CUSTOS MÉDIOS DE EXTRAÇÃO DE ROCHA 
FOSFÁTICA (US$ / t) 
40 
35 
30 
25 
20 
15 
10 
5 
0 
1990 1995 1998 2000 
Brasil Flórida Marrocos 
39 
34 
32 
33 
20 
22 23 
27 
14 14 15 
18 
US$ / t 
Fonte: COPEBRÁS, 2002
II – EVOLUÇÃO DO PERFIL DE CONSUMO
EVOLUÇÃO NO PERFIL DE CONSUMO DE 
FERTILIZANTES FOSFATADOS 
BRASIL (1990 E 2000) 
X 1000 t P2O5 
1200 
1000 
800 
600 
400 
200 
0 
Produção Importação Consumo 
4,2% 
31,5% 
16,7% 
45,8% 
1,8% 
13,9% 
26,8% 
25,5% 
31,0% 
2,8% 
90 .00 90 .00 90 .00 90 .00 90 .00 
Anos 
FNAD Sup.Sim. Sup.Tri. Fos.Amo. Outros 
Fonte: An. Est. Setor Fertilizantes, ANDA, 1991 e 2001.
PERFIL DE CONSUMO DE FERTILIZANTES 
FOSFATADOS ( x 1.000 t P2O5) NO BRASIL (2002) 
116,3 
833,80 
418,3 
71 
1.181,80 
156,2 
x 1000 t 
P2O5 
1200 
1000 
800 
600 
400 
200 
0 
FNAD SS ST DAP MAP OUTROS 
Produtos 
Fonte: An. Est. Setor Fertilizantes, ANDA, 2003 (no prelo). 
4,2% 
30,0% 
15,1% 
2,6% 
42,6% 
5,5%
PERFIL DE CONSUMO APARENTE DE 
FERTILIZANTES FOSFATADOS EM 2000 
X 1000 t P2O5 
10000 
9000 
8000 
7000 
6000 
5000 
4000 
3000 
2000 
1000 
0 
Países desenvolvidos 
Países em desenvolvimento 
44,9% 
FNAD SS ST Outros FAmo NP- P PK- P NPK- P 
Fertilizantes 
0,1% 
8,3% 
4,5% 3,0% 
38,0% 
12,2% 
4,3% 
36,7% 
1,3% 
25,5% 
7,3% 
3,2% 
4,7% 
13,0% 
0,01% 
Fonte: Estatísticas da IFA, 2002.
Oferta nacional de fertilizantes fosfatados, t de P2O5 (2002) 
Produção Importação Total 
Capacidade 
Instalada 
Super Simples 769.887 63.915 833.802 1.162.000 
Super Triplo 157.679 260.662 418.341 299.000 
MAP 476.181 705.633 1.181.814 516.000 
DAP 2.819 68.206 71.025 4.000 
Termofosfato 21.474 - 21.474 27.000 
Fosf. Nat. Apl. Direta 10.179 106.094 116.273 - 
Gran. de Ácido Fosf. 41.780 - 41.780 - 
Misturas NPK - 92.926 92.926 - 
Tot. Prod. Inter. 1.479.999 1.297.436 2.777.435 2.008.000 
Rocha Fosfática 1.776.995 224.870 2.001.865 2.156.000 
Ácido fosfórico 946.141 195.019 1.141.160 1.047.000 
+ 1,39 
- 0,71 
- 0,43 
- 0,06 
+ 1,26 
- 0,72 
+ 1,08 
- 0,92 
Produto 
Fonte: An. Est. Setor Fertilizantes, ANDA, 2003 (no prelo).
III – TENDÊNCIAS FUTURAS DE CONSUMO 
BRASIL
CONSUMO DE P2O5 NOS PAÍSES 
DESENVOLVIDOS E EM DESENVOLVIMENTO 
Milhões t 
P2O5 
25 
20 
15 
10 
5 
0 
Desenvolvidos Em Desenvolvimento 
1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 
Anos 
Fonte: IFA, 2002.
BALANÇO DE CONCENTRADO FOSFÁTICO E 
ÁCIDO FOSFÓRICO – BRASIL, 1988 - 2010 
3.500 
3.000 
2.500 
2.000 
1.500 
1.000 
500 
0 
Produção rocha Consumo rocha 
Produção fosfórico Consumo fosfórico 
1988 1991 1994 1997 2000 2005 2010 
( Fonte: DNPM / DIRIN ) 
X 1000 t P2O5 
Anos 
80,3% 
81,6%
EVOLUÇÃO DO CONSUMO APARENTE DE P2O5 
BRASIL (1990-2010) x 1.000 t 
71 137 207 312 490 
206 248 
675 
859 
633 950 1234 
1155 1553 2088 
234 251 344 447 560 
100% 
80% 
60% 
40% 
20% 
0% 
1990 1995 2000 2005 2010 
Norte/ 
Nordeste 
Centro 
Oeste 
Sudeste 
Sul 
6,9 X 
6,0 X 
3,1 X 
2,4 X 
Fonte: ANDA, 2002; Previsão: COPEBRÁS 2003.
BALANÇO DE CONSUMO APARENTE DE P2O5 
NO BRASIL (2000-2010) x 1.000 t 
Fonte: ANDA, 2002; Previsão: COPEBRÁS 2003. 
1.445 
1.945 
2.645 
1.147 
725 
1.036 
100% 
90% 
80% 
70% 
60% 
50% 
40% 
30% 
20% 
10% 
0% 
2000 2005 2010 
Importação 
Produção 
nacional 
+ 700.000 t 
de P2O5 
+ 500.000 t 
de P2O5 
Investimentos  1,2 milhões t de P2O5 
Extração e beneficiamento: US$ 300 milhões 
Solubilização: US$ 700 milhões
IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS E PONTOS 
PARA REFLEXÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Não há motivo de preocupação  reservas e bases 
de reservas mundiais de rochas fosfáticas, nas taxas 
atuais de consumo  mesmo no longo prazo. 
 Por motivos estratégicos  dar prioridade à 
continuidade de pesquisas dos recursos e métodos 
factíveis de exploração no Brasil. 
 Marrocos  metade das reservas conhecidas  
aumentar a importância como produtor de rocha e 
fertilizantes
 Fatos marcantes  1990 e 2002  aumentos dos 
fosfatos de amônio (26,8 para 45,2%) 
 manutenção do supersimples ao redor de 30% 
 redução do supertriplo de 25,5 para 15,1% 
 redução dos “outros” de 13,9 para 5,5%. 
 O aumento da participação dos fosfatos naturais para 
aplicação direta (de 2,8% do consumo de P2O5 em 1990 
para 4,2% em 2002) permite antever um ligeiro aumento 
dessa participação na próxima década. 
 A prevalecer o atual perfil de consumo, privilegiando 
produtos para produção de misturas de grânulos, 
aspectos de uniformidade granulométrica e tecnologia 
de aplicação serão mais e mais importantes.
ALGUNS PONTOS PARA REFLEXÃO 
 Conhecimento científico  manejo de fontes 
convencionais está esgotado ???? 
 Aumentar as pesquisas de produtos alternativos 
 maior eficiência agronômica ???? 
 Rochas fosfáticas de baixa qualidade  não 
passíveis de acidulação total  SS e ST  fosfatos 
acidulados (fosfórico e sulfúrico) ???? 
 Rochas fosfáticas de média a alta reatividade  
finamente moídas  alternativa técnica e 
econômica para a agricultura de subsistência ????
SUB-SAARA NA ÁFRICA 
 Agricultura: 70% dos empregos, 40% das 
exportações, 1/3 do PIB. 
 2/3 dos 650 milhões de habitantes  pequenas 
propriedades com baixa produtividade. 
 Como resultado  194 milhões de africanos, 
maioria crianças, passam fome. 
 Preços de uréia no Quênia: US$400,00/t vs 
US$90,00/t na Europa.
UM ESTUDO DE CASO NA AGRICULTURA 
DE SOBREVIVÊNCIA NA ÁFRICA 
Produtividade atual (t/ha) 
3 
2 
1 
Com segurança alimentar 
Ervas 
daninhas 
Insetos e 
doenças 
Seca 
Fertilidade 
do solo 
Culturas adequadas 
Linha de sobrevivência 
> 2 t/ha 
1 2 3 4 
Estação de crescimento (meses) 
Produtividade potencial (t/ha) 
Sem segurança alimentar 
Ervas 
daninhas 
Linha de sobrevivência 
Insetos e 
doenças 
Seca 
< 1 t/ha 
1 2 3 4 
Produtividade atual (t/ha) 
Fonte: Conway & Toenniessen, 2003, Science, 299, 1187-1188 
Produtividade potencial (t/ha) 
3 
2 
1 
Estação de crescimento (meses)
“Quanto mais alimentos conseguirmos tirar 
da terra, menos terra iremos tirar da 
natureza”. 
AEASP 
MUITO OBRIGADO !!! 
E-mail: ascheidl@ufla.br

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Reservas de Fosfatos e Fertilizantes

  • 1. RESERVAS DE FOSFATOS E PRODUÇÃO DE FERTILIZANTES FOSFATADOS NO BRASIL E NO MUNDO Alfredo Scheid Lopes, Engo Agro, PhD, Professor Emérito da UFLA, Lavras, MG, Consultor Técnico da ANDA, São Paulo, SP. E-mail:ascheidl@ufla.br Carlos Alberto Pereira da Silva, Administrador de Empresas, Diretor Executivo da ANDA, São Paulo SP. E-mail: caps@anda.org.br,
  • 2. INTRODUÇÃO  Fósforo: essencial para a humanidade, sem sucedâneo, depósitos em poucos países.  Polêmica sobre a vida útil das reservas e recursos.  Difícil fazer previsões de consumo no médio e longo prazos.  Poucos investimentos em novos fertilizantes e melhoramento genético para aumentar eficiência de uso.
  • 3. OBJETIVOS Resumo sobre as reservas e base de reservas. Mudanças de perfil de consumo de fertilizantes. Tendências futuras de produção e consumo. Apresentar alguns tópicos para reflexão.
  • 4. I – RESERVAS E RECURSOS
  • 5. COMPOSIÇÃO: Minerais fosfáticos que compõem as rochas fosfáticas  fosfatos de cálcio contendo OH, F e Cl. [Ca(PO)(OH,F,Cl)] – Apatitas; com substituição 5 43 parcial do PO3- por CO2-, + Mg e Na – Fosforitas. 4 3 ORIGEM: a) Ação vulcânica ao longo de zonas de fraqueza na crosta terrestre (apatitas – Brasil, Canadá, Rússia e África do Sul). b) Depósitos sedimentares no leito dos oceanos, usualmente nas áreas costeiras rasas que subsequentemente tornaram-se terra (fosforitas – Norte da África, China, Oriente Médio e EUA).
  • 6. RECURSO: A concentração de um material sólido, líquido ou gasoso na crosta terrestre em forma ou quantidade tal que a extração econômica de uma “commodity” é atual ou potencialmente viável. BASE DE RESERVA: A parte de um recurso identificado que atende um mínimo de critérios físicos e químicos em relação às práticas atuais de mineração e produção, incluindo teor, qualidade, espessura e profundidade. RESERVA: A parte de uma base de reserva que poderia ser extraída ou produzida economicamente no momento da avaliação. Fonte: US Geological Survey, 2003.
  • 7. Teor de P2O5 nos depósitos atuais podem variar de acima de 40% até menos de 5%. Rochas fosfáticas  beneficiadas para remoção de impurezas  concentrados fosfáticos (1,5 a 9 vezes mais P2O5 (26 a 34% em média e até 42%). Concentrados fosfáticos com altos teores de P  tornando-se exauridos  Togo, Senegal e Marrocos  custos de exploração maiores que a 20 - 30 anos.
  • 8. 85% da produção mundial de fósforo vêm de depósitos sedimentares e 15% de depósitos magmáticos. Atualmente, 75% da produção mundial de rochas fosfáticas vêm de minas de superfície. Maiores depósitos sendo explorados: África, EUA, China, ex-União Soviética e Oriente Médio.
  • 9. DIFICULDADES PARA SE OBTER ESTIMATIVA CONFIÁVEL SOBRE RESERVAS DE ROCHAS FOSFÁTICAS:  Critérios usados variam consideravelmente.  Países e empresas produtoras  informação confidencial e sensível ao mercado.  Mudanças de tecnologia e custos de produção  difíceis de serem previstos.  Não existe certeza sobre futuras taxas de consumo. Fonte: Johnston, 2000
  • 10. RESERVAS E BASES DE RESERVAS MUNDIAIS DE ROCHAS FOSFÁTICAS (1998) 11,3 33,3 0 5 10 15 20 25 30 35 Mundo Marrocos EUA Outros Bilhões de toneladas Fonte: Ysherwood, 1998 citando US Geological Survey, 1998. 6,2 21,2 1,6 4,6 1,6 8,1 80 anos 240 anos 280 anos 1000 anos 45 anos 100 anos
  • 11. RESERVAS E BASES DE RESERVAS MUNDIAIS DE ROCHAS FOSFÁTICAS (2003) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 Mundo Marrocos China EUA Brasil Outros Bilhões de toneladas Fonte: US Geological Survey, 2003. 17,0 50,0 5,7 21,0 4,0 13,0 6,6 1,0 0,33 = 1,94% 0,37 = 0,74% 4,2 9.0
  • 12. Por outro lado  dobrando-se ou triplicando-se os preços atuais de fosfatos  aumento substancial nas reservas em numerosos países  inclusive nas plataformas continentais e montanhas dos oceanos ( Isherwood, 1998). Sheldon (1987) estimou em 112 bilhões t a base de reserva atual e inferida. Notholt et al., (1989) estimou os recursos mundiais totais em 163 bilhões t, pelo menos, de todos os graus e tipos de rochas, isto é, 1200 anos de suprimento nas taxas atuais de consumo.
  • 13. PRODUÇÃO DE ROCHAS FOSFÁTICAS POR ALGUNS PAÍSES (MÉDIA PARA 99 a 01) 100% = 130,7 milhões t EUA 28,5% Rússia 8,4% Outros 13,7% China 15,6% Marrocos 16,7% Israel 3,0% Brasil 3,5% Tunísia 6,2% Fonte: Estatísticas da IFA, 2002.
  • 14. EXPORTAÇÃO DE ROCHAS FOSFÁTICAS (Média para 99 a 01) 100% = 31,2 milhões t Russia 13% Marrocos 34,9% China 11,5% Israel 3,6% EUA 0,5% Outros 8,9% Síria 5,1% Togo 4,4% Christmas/ Nauru 3,5% Tunísia 3,5% Jordânia 11,1% Fonte: Estatísticas da IFA, 2002.
  • 15. RESERVAS ECONOMICAMENTE EXPLORÁVEIS DE ROCHAS FOSFÁTICAS - BRASIL Total de 2,77 bilhões de t (225 milhões t P2O5 = 8%) Provada = 1,90 bilhões t; Provável = 0,87 bilhões t; SP 0,29 11% MG 2,16 78% Fonte: DNPM/DIRIN, 2001. GO 0,31 11%
  • 16. RESERVAS APROVADAS DE ROCHA FOSFÁTICA BRASIL - Total 4,04 bilhões t Medidas = 2,29 bilhões t; Indicadas = 983 e Inferidas = 859 milhões t PE 0,04 1% SC 0,25 6% SP 0,29 7% BA 0,03 1% CE 0,09 2% GO 0,34 8% MG 2,98 75% Fonte: DNPM/DIRIN, 2001. PB 0,02 0%
  • 17. ÁREAS DE ALTO POTENCIAL PARA DESCOBERTA DE NOVOS DEPÓSITOS EC0NÔMICOS Localização Área aproximada (km2) Centro-Oeste e Oeste de MG e BA, Nordeste de GO 200.000 Serra da Bodoquena – MS 10.000 Flanco Ocidental da Bacia do Parnaíba – TO 25.000 Juruena/Teles Pires/Arupuanã, Norte MT e Sul AM 60.000 Bordo Norte da Bacia do Amazona – PA e AM 75.000 SW-NE do Alto Rio Negro – AM à Serra Catriâni (RR) 130.000 Fonte: CPRM, 1997.
  • 18. PRODUÇÃO DE CONCENTRADO FOSFÁTICO - BRASIL Total de 5,31 milhões toneladas EUA =26,4 Ultrafértill Catalão, GO Trevo 1,04 - 20% Marrocos = 16,9 China = 14,8 Fosfértil Tapira, MG Patos de Minas MG 1,66 - 30% Lagamar, MG 0,56 - 11% Irecê, BA 0,14 - 3% Bunge Araxá, MG Jacupiranga,SP 1,24 - 23% Copebrás Catalão, GO 0,66 - 13% Fonte: DNPM/DIRIN
  • 19. CUSTOS MÉDIOS DE EXTRAÇÃO DE ROCHA FOSFÁTICA (US$ / t) 40 35 30 25 20 15 10 5 0 1990 1995 1998 2000 Brasil Flórida Marrocos 39 34 32 33 20 22 23 27 14 14 15 18 US$ / t Fonte: COPEBRÁS, 2002
  • 20. II – EVOLUÇÃO DO PERFIL DE CONSUMO
  • 21. EVOLUÇÃO NO PERFIL DE CONSUMO DE FERTILIZANTES FOSFATADOS BRASIL (1990 E 2000) X 1000 t P2O5 1200 1000 800 600 400 200 0 Produção Importação Consumo 4,2% 31,5% 16,7% 45,8% 1,8% 13,9% 26,8% 25,5% 31,0% 2,8% 90 .00 90 .00 90 .00 90 .00 90 .00 Anos FNAD Sup.Sim. Sup.Tri. Fos.Amo. Outros Fonte: An. Est. Setor Fertilizantes, ANDA, 1991 e 2001.
  • 22. PERFIL DE CONSUMO DE FERTILIZANTES FOSFATADOS ( x 1.000 t P2O5) NO BRASIL (2002) 116,3 833,80 418,3 71 1.181,80 156,2 x 1000 t P2O5 1200 1000 800 600 400 200 0 FNAD SS ST DAP MAP OUTROS Produtos Fonte: An. Est. Setor Fertilizantes, ANDA, 2003 (no prelo). 4,2% 30,0% 15,1% 2,6% 42,6% 5,5%
  • 23. PERFIL DE CONSUMO APARENTE DE FERTILIZANTES FOSFATADOS EM 2000 X 1000 t P2O5 10000 9000 8000 7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0 Países desenvolvidos Países em desenvolvimento 44,9% FNAD SS ST Outros FAmo NP- P PK- P NPK- P Fertilizantes 0,1% 8,3% 4,5% 3,0% 38,0% 12,2% 4,3% 36,7% 1,3% 25,5% 7,3% 3,2% 4,7% 13,0% 0,01% Fonte: Estatísticas da IFA, 2002.
  • 24. Oferta nacional de fertilizantes fosfatados, t de P2O5 (2002) Produção Importação Total Capacidade Instalada Super Simples 769.887 63.915 833.802 1.162.000 Super Triplo 157.679 260.662 418.341 299.000 MAP 476.181 705.633 1.181.814 516.000 DAP 2.819 68.206 71.025 4.000 Termofosfato 21.474 - 21.474 27.000 Fosf. Nat. Apl. Direta 10.179 106.094 116.273 - Gran. de Ácido Fosf. 41.780 - 41.780 - Misturas NPK - 92.926 92.926 - Tot. Prod. Inter. 1.479.999 1.297.436 2.777.435 2.008.000 Rocha Fosfática 1.776.995 224.870 2.001.865 2.156.000 Ácido fosfórico 946.141 195.019 1.141.160 1.047.000 + 1,39 - 0,71 - 0,43 - 0,06 + 1,26 - 0,72 + 1,08 - 0,92 Produto Fonte: An. Est. Setor Fertilizantes, ANDA, 2003 (no prelo).
  • 25. III – TENDÊNCIAS FUTURAS DE CONSUMO BRASIL
  • 26. CONSUMO DE P2O5 NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS E EM DESENVOLVIMENTO Milhões t P2O5 25 20 15 10 5 0 Desenvolvidos Em Desenvolvimento 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 Anos Fonte: IFA, 2002.
  • 27. BALANÇO DE CONCENTRADO FOSFÁTICO E ÁCIDO FOSFÓRICO – BRASIL, 1988 - 2010 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 Produção rocha Consumo rocha Produção fosfórico Consumo fosfórico 1988 1991 1994 1997 2000 2005 2010 ( Fonte: DNPM / DIRIN ) X 1000 t P2O5 Anos 80,3% 81,6%
  • 28. EVOLUÇÃO DO CONSUMO APARENTE DE P2O5 BRASIL (1990-2010) x 1.000 t 71 137 207 312 490 206 248 675 859 633 950 1234 1155 1553 2088 234 251 344 447 560 100% 80% 60% 40% 20% 0% 1990 1995 2000 2005 2010 Norte/ Nordeste Centro Oeste Sudeste Sul 6,9 X 6,0 X 3,1 X 2,4 X Fonte: ANDA, 2002; Previsão: COPEBRÁS 2003.
  • 29. BALANÇO DE CONSUMO APARENTE DE P2O5 NO BRASIL (2000-2010) x 1.000 t Fonte: ANDA, 2002; Previsão: COPEBRÁS 2003. 1.445 1.945 2.645 1.147 725 1.036 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 2000 2005 2010 Importação Produção nacional + 700.000 t de P2O5 + 500.000 t de P2O5 Investimentos  1,2 milhões t de P2O5 Extração e beneficiamento: US$ 300 milhões Solubilização: US$ 700 milhões
  • 30. IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS E PONTOS PARA REFLEXÃO
  • 31. CONSIDERAÇÕES FINAIS  Não há motivo de preocupação  reservas e bases de reservas mundiais de rochas fosfáticas, nas taxas atuais de consumo  mesmo no longo prazo.  Por motivos estratégicos  dar prioridade à continuidade de pesquisas dos recursos e métodos factíveis de exploração no Brasil.  Marrocos  metade das reservas conhecidas  aumentar a importância como produtor de rocha e fertilizantes
  • 32.  Fatos marcantes  1990 e 2002  aumentos dos fosfatos de amônio (26,8 para 45,2%)  manutenção do supersimples ao redor de 30%  redução do supertriplo de 25,5 para 15,1%  redução dos “outros” de 13,9 para 5,5%.  O aumento da participação dos fosfatos naturais para aplicação direta (de 2,8% do consumo de P2O5 em 1990 para 4,2% em 2002) permite antever um ligeiro aumento dessa participação na próxima década.  A prevalecer o atual perfil de consumo, privilegiando produtos para produção de misturas de grânulos, aspectos de uniformidade granulométrica e tecnologia de aplicação serão mais e mais importantes.
  • 33. ALGUNS PONTOS PARA REFLEXÃO  Conhecimento científico  manejo de fontes convencionais está esgotado ????  Aumentar as pesquisas de produtos alternativos  maior eficiência agronômica ????  Rochas fosfáticas de baixa qualidade  não passíveis de acidulação total  SS e ST  fosfatos acidulados (fosfórico e sulfúrico) ????  Rochas fosfáticas de média a alta reatividade  finamente moídas  alternativa técnica e econômica para a agricultura de subsistência ????
  • 34. SUB-SAARA NA ÁFRICA  Agricultura: 70% dos empregos, 40% das exportações, 1/3 do PIB.  2/3 dos 650 milhões de habitantes  pequenas propriedades com baixa produtividade.  Como resultado  194 milhões de africanos, maioria crianças, passam fome.  Preços de uréia no Quênia: US$400,00/t vs US$90,00/t na Europa.
  • 35. UM ESTUDO DE CASO NA AGRICULTURA DE SOBREVIVÊNCIA NA ÁFRICA Produtividade atual (t/ha) 3 2 1 Com segurança alimentar Ervas daninhas Insetos e doenças Seca Fertilidade do solo Culturas adequadas Linha de sobrevivência > 2 t/ha 1 2 3 4 Estação de crescimento (meses) Produtividade potencial (t/ha) Sem segurança alimentar Ervas daninhas Linha de sobrevivência Insetos e doenças Seca < 1 t/ha 1 2 3 4 Produtividade atual (t/ha) Fonte: Conway & Toenniessen, 2003, Science, 299, 1187-1188 Produtividade potencial (t/ha) 3 2 1 Estação de crescimento (meses)
  • 36. “Quanto mais alimentos conseguirmos tirar da terra, menos terra iremos tirar da natureza”. AEASP MUITO OBRIGADO !!! E-mail: ascheidl@ufla.br