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Da construção retórica da
  paisagem à informação
paisagística: referenciação e
     sujeito discursivo”.
Luís Martins
   (Rio1907 - São Paulo1982)




Retrato de Tarsila do Amaral - 1936
Estudos da Paisagem
   • O estudo da paisagem resulta da
interação fluxo/refluxo do homem com seu
 espaço sensível, interação que modifica
  tanto o espaço como também o próprio
                  homem.
             Adilson Avansi de Abreu
Paisagem e retórica
• A paisagem é uma emergência do
  inapreensível (CULLER).
• A paisagem é um esquivo produto do espírito
  humano (LOPEZ).
• A paisagem é imaginária, já que a linha do
  horizonte, que a define, também é imaginária
  (COLLOT).
• A paisagem, pela sua plasticidade e por ser
  meio de argumentação de inúmeros sujeitos
  discursivos, é, sim, um fenômeno
  eminentemente retórico (MOSCA).
Corso na Avenida Paulista -1926
O carnaval de antigamente. OESP. 01.02.50
Gavarni
O discurso é uma construção da relação
     do indivíduo com a realidade
• A referenciação evita uma relação rígida (e
  ingênua) entre linguagem e mundo por isso
  ela é entendida como um processo. (Koch,
  Inguidore Villaça).

• No processo de referenciação há
  aproximações e distanciamentos da
  realidade.
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•   A paisagem melancólica memorial
•   Cenário bucólico do passado
•   A escolha pelo mundo amoroso e lírico
•   Paisagem da Commedia dell’Arte –
•   A paisagem perdida da nostalgia
•   Resquícios da paisagem carnavalesca
    européia
Referência e informação
            paisagística
• A referência é um processo realizado
  negociadamente no discurso e que resulta na
  construção de referentes de tal modo que a
  expressão referência passa a ter um uso
  completamente diverso de que se atribui na
  literatura semântica. (MONDADA & DUBOIS).
• O mundo não se acha de uma vez por todas
  definido, identificavelmente demarcado e
  precisamente delimitada (KOCH).
Informação paisagística
• A paisagem carnavalesca sofisticada
• A paisagem moderna das máquinas
  símbolo da nova cultura paulista
• A paisagem cultural européia hegemônica
  das primeiras décadas do século XX
• A presença das elites nas cenas e
  ausência da negritude nas paisagísticas
  carnavalescas
DADOS – SÍMBOLOS COM SINTAXE
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Da construção retórica da paisagem à informação paisagística

  • 1. Da construção retórica da paisagem à informação paisagística: referenciação e sujeito discursivo”.
  • 2. Luís Martins (Rio1907 - São Paulo1982) Retrato de Tarsila do Amaral - 1936
  • 3. Estudos da Paisagem • O estudo da paisagem resulta da interação fluxo/refluxo do homem com seu espaço sensível, interação que modifica tanto o espaço como também o próprio homem. Adilson Avansi de Abreu
  • 4. Paisagem e retórica • A paisagem é uma emergência do inapreensível (CULLER). • A paisagem é um esquivo produto do espírito humano (LOPEZ). • A paisagem é imaginária, já que a linha do horizonte, que a define, também é imaginária (COLLOT). • A paisagem, pela sua plasticidade e por ser meio de argumentação de inúmeros sujeitos discursivos, é, sim, um fenômeno eminentemente retórico (MOSCA).
  • 5. Corso na Avenida Paulista -1926
  • 6. O carnaval de antigamente. OESP. 01.02.50
  • 8. O discurso é uma construção da relação do indivíduo com a realidade • A referenciação evita uma relação rígida (e ingênua) entre linguagem e mundo por isso ela é entendida como um processo. (Koch, Inguidore Villaça). • No processo de referenciação há aproximações e distanciamentos da realidade.
  • 9. Retórica da paisagem • A paisagem melancólica memorial • Cenário bucólico do passado • A escolha pelo mundo amoroso e lírico • Paisagem da Commedia dell’Arte – • A paisagem perdida da nostalgia • Resquícios da paisagem carnavalesca européia
  • 10. Referência e informação paisagística • A referência é um processo realizado negociadamente no discurso e que resulta na construção de referentes de tal modo que a expressão referência passa a ter um uso completamente diverso de que se atribui na literatura semântica. (MONDADA & DUBOIS). • O mundo não se acha de uma vez por todas definido, identificavelmente demarcado e precisamente delimitada (KOCH).
  • 11. Informação paisagística • A paisagem carnavalesca sofisticada • A paisagem moderna das máquinas símbolo da nova cultura paulista • A paisagem cultural européia hegemônica das primeiras décadas do século XX • A presença das elites nas cenas e ausência da negritude nas paisagísticas carnavalescas
  • 12. DADOS – SÍMBOLOS COM SINTAXE
  • 13. INFORMAÇÃO – SÍMBOLOS COM SEMÂNTICA