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Índice
ÍNDICE.......................................................................................................................................................................... 2
HISTÓRIA DA GUITARRA....................................................................................................................................... 3
CONHECENDO SUA GUITARRA............................................................................................................................ 6
TEORIA BÁSICA INTRODUTÓRIA...................................................................................................................... 10
INTERVALOS............................................................................................................................................................ 13
FORMAÇÃO DE ACORDES ................................................................................................................................... 19
LEI DE FORMAÇÃO DE ACORDES MAIS COMUNS....................................................................................... 22
ESTUDO DOS ACORDES E CAMPO HARMÔNICO ......................................................................................... 23
AFINAÇÃO NA GUITARRA ................................................................................................................................... 27
TEORIA MUSICAL................................................................................................................................................... 31
COMO LER TABLATURAS.................................................................................................................................... 36
POSTURA NA GUITARRA...................................................................................................................................... 46
ESCALAS.................................................................................................................................................................... 50
ARPEJOS, HARMÔNICOS, TAPPING E HARMONIZAÇÃO........................................................................... 67
APRENDA A SOLAR................................................................................................................................................ 72
DEDOS MAIS ÁGEIS................................................................................................................................................ 77
EXERCÍCIOS DE MÃO E PUNHOS ...................................................................................................................... 80
IMPROVISAÇÃO...................................................................................................................................................... 81
CROMATISMOS....................................................................................................................................................... 82
SIMBOLOGIA E ACORDES ................................................................................................................................... 86
TIPOS DE ACORDES ............................................................................................................................................. 104
ENCORDAMENTO................................................................................................................................................. 116
TOM E CAMPO HARMÔNICO............................................................................................................................ 119
PROGRESSÃO HARMÔNICA.............................................................................................................................. 123
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COMO TROCAR DE ACORDES .......................................................................................................................... 127
GLOSSÁRIO DOS TERMOS MAIS UTILIZADOS............................................................................................ 128
A MELHOR MANEIRA DE CIFRAR................................................................................................................... 132
A IMPORTÂNCIA DO METRÔNOMO............................................................................................................... 134
ESCOLHENDO SUA GUITARRA ........................................................................................................................ 135
AJUSTANDO SEU INSTRUMENTO.................................................................................................................... 136
CONCLUSÃO........................................................................................................................................................... 142
História da Guitarra
A guitarra estabeleceu-se durante o século 20 como o mais popular
instrumento do mundo. Por ser adaptável, portátil, atrativa e versátil, tem sido
usada em um ilimitado número de estilos. É um dos mais práticos
instrumentos de corda, para se tocar tanto solos quanto ritmo. O som da
guitarra pode ser ouvido em todos os países de todos os continentes, com uma
inigualável diversidade.
Depois de mais de 150 anos, ela mudou radicalmente. De um pequeno
instrumento com um som delicado, baixo volume, é agora rica em timbres e
dinâmica. Alguns desenhos de guitarra, tem se tornado verdadeiros ícones, e
ela tornou-se hoje um elemento essencial para a música. Originada na família
dos instrumentos de cordas antigos, as primeiras guitarras, apareceram na
Itália e na Espanha durante a Renascenssa, e daí espalhou-se gradativamente
pela Europa. A Espanha é o berço da guitarra clássica moderna, que emergiu
durante o século 19. Neste período ocorreu também o desenvolvimento das
cordas de aço, e o aparecimentos de guitarras flat-top e das archtop na
América do Norte. Os modelos elétricos foram lançados em 1930 como
resultado de experimentos com a amplificação de instrumentos. Durante o
século 20 ocorre a popularização da guitarra em todo o mundo, e que coincide
com o desenvolvimento das técnicas de gravação.
Hoje a guitarra é usada em uma grande variedade de formas e estilos de
composição, aparecendo desde a música Barroca, passando pelo Jazz, Blues e
até o Rock'n Roll. Certos gêneros musicais tem uma associação imediata com a
guitarra, em particular o flamenco, o country, o blues, o pop e o rock. Nos
últimos 70 anos, a guitarra tornou-se o mais popular instrumento para solos e
acompanhamentos, tanto para artistas solos, ou para banda.
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No início do século 16, apareceu em um livro uma descrição, que seria para um
instrumento chamado vihuela. Os compositores escreviam peças para serem
executadas diante da Corte Real e dos membros da Aristocracia. Neste tempo,
em muitos países da Europa, a guitarra era usada por músicos profissionais.
Era também tocada como fundo para as apresentações teatrais.
Durante o século 18, o uso frequente do piano e de outros instrumentos de
teclas afetaram a popularidade da guitarra. Entretanto, com o desenvolvimento
de técnicas, e o surgimento de uma nova geração de virtuosos, levaram ao
ressurgimento da guitarra (fim do século 18 e início do 19). O uso de cordas
únicas, ao invés de pares de cordas, facilitou a execução, e artistas como
Dionisio Aguado, Mauro Giuliani e Fernando Sor produziram músicas repletas
de virtuosismo.
Durante o século 19, a guitarra tornou-se mais popular, com vários métodos de
execução, e com um grande repertório. Francisco Tarrega foi uma figura chave
tanto como executor como professor. Neste tempo, novos instrumentos foram
desenvolvidos por Antonio de Torres, que levaram a guitarra a um novo nível.
Tarrega influenciou uma escola de artistas que fundaram a música clássica
como conhecemos hoje. A música Flamenca da Espanha, ganhou destaque
durante este século. Na América a guitarra tinha um importante lugar tanto na
tradição clássica quanto no folk. E na América do Norte, o blues, começou a
desenvolver-se nos estados sulinos.
No século 20, Andres Segovia, Ramón Montoya e Robert Johnson foram quem
ajudou a estabelecer a força do instrumento nos mais diversos estilos
musicais. A guitarra também faz parte da música country, popular nos anos
30. Também começou a substituir o banjo no Jazz.
A guitarra foi um dos primeiros instrumentos a se adaptar com sucesso a
amplificação. A guitarra elétrica foi pioneira no jazz, pelas mãos de Charlie
Christian nos anos 30. Depois da 2.ª guerra mundial, o interesse pela guitarra
aumentou, e uma nova geração de virtuosos apareceu. No anos 50 e 60, a
guitarra começou a tornar-se moda em todo o mundo, em vários campos da
música.
A diversidade de estilos, requer uma grande diversidade de técnicas de
execução para a guitarra. As guitarra para música clássica e flamenco, usam
cordas de nylon e são tocadas com o dedos, enquanto que as guitarra que
usam cordas de aço são normalmente tocadas com palhetas. Guitarra elétricas
tem uma técnica muito extensa de mão direita e mão esquerda. Hoje estima-se
que exista mais de 50 milhões de guitarristas no mundo. Devido a grande
número de possibilidades, a ao grande número de guitarristas, as técnicas de
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guitarra são muito pessoais, e são diversos os artistas que lançam seus
métodos.
Vale lembrar que a história da guitarra se confunde com a própria história do
Rock N' Roll, porque no mesmo tempo em que inventaram a distorção( efeito de
pedal composto por um gerador que transforma o sinal emitido pelo
instrumento, saturando-o antes que seja amplificado) o rock foi criado e a
guitarra se tornou popular porque foi o instrumento que melhor se encaixava
nas amplificações.
Quem nunca dedilhou uma guitarra imaginária? Foi este fascínio que gerou
tantos admiradores e estrelas da guitarra como Jimi Hendrix o maior de todos.
A guitarra é relativamente o instrumento mais recente que existe no Planeta
Terra e sua história ainda está sendo construída.
Charlie Christian jamais teria acreditado se alguém lhe falasse em 1939 que
meio século depois já teríamos á disposição guitarras sintetizadas a sistemas
MIDI, que transmitem o sinal do instrumento através de um raio de luz infra
vermelha ou até que haveria vários efeitos para a guitarra feito apenas por um
pedal que possui centenas desses efeitos.
Ao longo de sua evolução, durante mais de meio século de existência, a
guitarra elétrica assumiu significados tão diversos quanto ás possibilidades
musicais abertas por esse único instrumento que pode valer por vários outros.
A guitarra no começo foi apenas um instrumento acompanhante como
qualquer outro, mas já no começo se tornou o instrumento principal no Jazz e
no Blues e além disso se tornou o estandarte maior do Rock N' Roll.
A origem da guitarra vem de por volta de 1920, o violão já era extremamente
popular nos Estados Unidos, principalmente em músicos negros e bandas de
Jazz, onde apresentava apenas o ritmo das músicas que nem dava muita
diferença na música pois a amplificação da época era tão ruim que ficava atrás
das barulhentas turbas. Foi assim que surgiu novas idéias para a amplificação
de guitarras. Assim surgiu a descoberta do captador magnético feito por
Beauchamp que foi um sucesso, pois ele foi o primeiro a pensar em amplificar
a partir da freqüência das vibrações das cordas. Essa invenção foi um sucesso
e mostrando o poder de amplificação que se podia ter da guitarra.
Logo após que a a Spanish foi lançada no mercado uma outra empresa - a
Rowe-De Armond Company - começou a produção de guitarras com captadores
em escala industrial. Essa guitarra foi a Gibson ES-150 que foi a primeira
guitarra colocada a disposição de qualquer pessoa. Ela tinha um formato muito
inovador para época e ainda possuía um potente captador acoplado ao tampo
por intermédio de parafusos e molas, que permitia regular a sua distância em
relação ás cordas.
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A guitarra teve algumas outras evoluções depois com a invenção da Gibson Les
Paul que é a melhor guitarra que existe até hoje, a alavanca que faz conseguir
vários outros sons da guitarra e a Fender Stratocaster feita por Leo Fender que
a guitarra preferida por vários guitarristas de hoje pois ela é o modelo mais leve
e simples que existe até hoje.
Capítulo 1 – CONHECENDO SUA GUITARRA
No primeiro capítulo desta Apostila, iremos abordar as partes da guitarra uma
a uma. Iremos descrever suas funções e passar algumas dicas fundamentais.
Abaixo podemos ver uma ilustração de uma guitarra elétrica com as partes que
descreveremos.
Corpo Braço
Captadores ou Pick-Ups Headstock ou Mão
Ponte ou Cavalete Tarraxas
Chave seletora de Captador Capotraste ou Pestana
Potenciômetros Escala ou Espelho
Escudo Trastes
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Saída ou Output Casas
* Braço
É composto basicamente pelo espelho, onde estão os trastes, as casas e a
pestana, e o braço, onde estão as tarraxas.
 Mão ou Headstock
É a extremidade do braço. Neste local estão as tarraxas e uma das
extremidades das cordas.
 Tarraxas
São as peças localizadas no headstock que servem para afinar as cordas. Elas
são seis, sendo uma para cada corda. Conforme você girá-las, a corda ficará
mais apertada, o que mudará o seu som. É indispensável que seu instrumento
esteja bem afinado antes de tocar.
 Pestana ou Capotraste
Esta peça não está exatamente na escala, mas sim no local de separação entre
o headstock e a escala. Nela ficam apoiadas as cordas, e ela pode ser
"substituída" com o uso dos dedos ou de instrumentos apropriados para tal.
 Espelho ou Escala
É a parte da frente do braço, onde estão presos os trastes e onde o músico toca
ao pressionar as casas. É uma parte fina que varia de cor conforme sua
guitarra e que possui marcas, geralmente algumas bolinhas brancas, nas casas
de número 3, 5, 7, 9, 12 (geralmente duas marcas), 15, 17, 19 e 21. Note que
estas algumas dessas marcas podem não estar presentes em algumas
guitarras, mas a maioria possui, e istoé algo que ajuda bastante na localização
das casas.
 Trastes
São as barrinhas de metal que se localizam em toda a escala. Elas separam as
casas e é muito importante que elas estejam bem colocadas para uma boa
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afinação da guitarra. Com o tempo você pode trocá-las, caso fiquem
desgastadas, fora do local certo, etc.
Casas
As casas são os espaços localizados entre os trastes, que são pressionadas
durante toda a música. A variação do local que for pressionado, fará mudar o
som, variando os acordes. Uma observação é que as casas diminuem do
headstock até o corpo da guitarra, e o som torna-se mais agudo.
* Corpo
É o local onde está a maior parte dos componentes de uma guitarra, como os
captadores, a ponte, os pontenciometros, entre outros. Veja abaixo uma
explicação sobre cada um deles.
 Captadores ou Pick-ups
Os captadores são elementos fundamentais de uma guitarra. São eles que
captam o som das cordas e o levam até a saída da guitarra. Os captadores
possuem seis pólos magnéticos, um para cada corda. São mais precisamente
eles que captam o som das cordas. O número de captadores varia em cada
guitarra, podendo ter um, dois, três, que podem ser usados simultaneamente
ou separados. Para isso usa-se a chave seletora. Os captadores variam o seu
som conforme sua proximidade do cavalete, isto é, quando mais próximo do
cavalete, mais agudo será seu timbre.
Existem dois tipos de captadores:
Single-coil Captador mais simples, apresenta apenas uma bobina, que tem um
timbre mais "estalado", porém com bastante ruído.
Humbuckers Captador com duas bobinas, que tem um timbre mais "apagado",
mas com menos ruído.
 Ponte ou Cavalete
É a parte em que ficam presas as uma das extremidades das cordas. Existem
dois tipos de pontes, móveis e fixas. Veja abaixo como elas são.
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Fixas São como as de violão, servindo apenas para prender uma das
extremidades das cordas.
Móveis Possuem molas presas na parte de trás do corpo da guitarra. Este tipo
de ponte pode ser movido com o uso de uma alavanca que faz com que a
guitarra fique desafinada e depois volte ao normal. Algumas possuem o recurso
de microafinação, que consiste em alguns parafusos que ao serem movidos
mudam a afinação muito mais sutilmente que as tarraxas.
 Chave seletora de captador
Como o nome diz, serve para que você selecione qual captador de sua guitarra
será usado ou não. Ela exite apenas em guitarra com dois ou mais captadores,
logicamente. Ela pode ser de três ou cinco posições.
Três posições Usa-se com guitarras que possuem dois captadores. Ao colocar
a chave para baixo, funciona o captador próximo a ponte, ao colocar para cima
funciona o captador próximo ao braço, e ao deixar no meio, funcionam os dois
captadores.
Cinco posições É usada com guitarras que possuem três captadores.
Seguindo de baixo para cima, a primeira posição faz funcionar o captador
próximo a ponte. A segunda posição aciona o captador próximo a ponte e o do
meio. A terceira posição aciona apenas o captador do meio. A quarta faz
funcionar o captador do meio e o próximo ao braço. E por fim, a quinta posição
faz funcionar apenas o captador próximo ao braço.
 Potenciômetros
São dispositivos usados para controlar o volume e o tone da guitarra. Para isso
usa-se botões localizados no corpo da guitarra, sendo geralmente dois ou
quatro botões. São conhecidos como Knobs.
 Escudo
Como o nome diz, o escudo serve de proteção para a guitarra contra choques,
arranhões, etc.
 Saída ou Output
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É o local onde se encaixa o fio que liga a guitarra ao amplificador. Recebe o
som dos captadores e o transforma em energia elétrica, para transportá-lo até o
amplificador.
Capítulo 2– TEORIA BÁSICA INTRODUTÓRIA
Você que esta começando a tocar agora, é muito importante a leitura deste
capítulo. O primeiro tópico que gostaria de mencionar é sobre a escala musical,
é por ela que conhecemos a seqüência de notas, vamos à elas:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Sí
Outro assunto importante é saber que notas são as cordas soltas da guitarra.
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Mí Sí Sol Ré Lá Mí
Como você notou, nós temos duas cordas Mí, sendo a primeira a mais fina
conhecida popularmente como "Mízinha", e obviamente, a sexta e a corda mais
grossa conhecida vulgarmente hehe, como "Mízona".
 Cifras
As cifras são letras que correspondem as notas, tornando assim ler notas, uma
linguagem universal, qualquer livro de música as notas aparecem em forma de
cifras, vamos à elas:
A: Lá
B: Sí
C: Dó
D: Ré
E: Mí
F: Fá
G: Sol
 Notas
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Outro aspecto importantíssimo na guitarra, mas que muitos professores não
dão o devido valor, é você saber a nota que você está tocando, aparentemente
parece bem difícil, é difícil, mas existem algumas maneiras de tornar esse
estudo um pouco menos complicado. Nós vamos usar um processo matemático
para aprender a ver as notas do braço, muitas pessoas "decoram" as notas, o
quê torna o processo mais chato e lento, nós vamos vê-las.
Primeiro vamos explicar o quê quer dizer 1 ton e ½ ton. 1 ton: ande 2 casas no
braço, ex: você esta na primeira casa de qualquer corda você andando 1 ton vai
para a terceira, ½ ton: ande 1 casa no braço, ex: você esta na primeira casa,
andando ½ ton vai para a segunda casa. Existe uma pequena regra muito fácil
para achar as notas (já em cifras).
C/D
D/E
F/G
G/A
A/B
Você andará 1 ton (2casas). Note que as notas estão na seqüência da escala
musical, isso porque sempre depois do "C" vem o "D" e assim por diante. E das
notas:
B/C
E/F
Você andará ½ ton (1 casa). Agora é só você decorar esta regrinha pensando:
de "B" para "C" e do "E" para "F", ande uma casa o resto eu ando 2 casas!
Pronto agora você esta pronto para começar a achar todas as notas do braço.
Ex:
Estamos na sexta corda "E"
Qual seria a nota seguinte ao "E" na escala musical? F
Quantas casas você andaria do E para F? ½ ton ou uma casa, portanto na
primeira casa da nota E é a nota F.
Depois da nota F que nota temos na escala musical?? Nota G
A nota F está na primeira casa da corda E, quantas casas você andaria de F
para G?
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É só consultar a tabela
1 ton, ou 2 casas, portanto casa 3 da corda E é a nota G
Agora pratique em todas as cordas achando todas as notas. Olhando a escala
musical você perceberá que ela é formada por 7 notas, mas na verdade existem
12 notas, para acharmos estas outras notas temos que aprender sobre o
"Sustenido"; que é representado por este símbolo # , e o "Bemol" que é
representado por este símbolo b.
Como você percebeu existem notas que para chegar na nota seguinte você tem
que andar ½ ton e outras 1 ton, nestas notas que você andou 1 ton o que seria
a casa do meio?? É ai que entra o "Sustenido" e o "Bemol"!!
Sustenido está uma casa à frente da nota e o Bemol uma casa atras Por
exemplo:
Vimos no exemplo para achar notas, que da nota F para G você teria que andar
1 ton certo? E que a nota G esta na casa 3 da corda E.
Que nota seria na casa 2? Seria F# ou Gb, não importa como você escreve, as
duas formas são a mesma coisa Então aqui vai a lista de notas que existem:
C-C# ou (Db)-D-D# ou (Eb)-E-F-F# ou (Gb)-G-G# ou (Ab)-A-A# ou (Bb)-B.
É importante lembrar que não existe - B# ou Cb nem E# ou Fb, porque B# e a
nota C e, E# é a nota F Talvez você esteja se perguntando, se: F# e Gb são a
mesma nota porque não existe só o # ou so o b?
Para "Partituras" e "Cifras" essas duas nominações são importantes porque
torna a leitura musical mais rápida e a escrita menos poluida; vou dar um
exemplo pratico!
Imagine que você vai tocar com um pessoal que você nunca viu na vida, uma
música mais ou menos conhecida por você, e é claro alguém da banda escreveu
em cifras a música para você, e terá que ser tocada quase que
simultaneamente, e imaginemos uma seqüência F/A#/Gb , não seria melhor
escrever F# do que Gb??
Capítulo 3–INTERVALOS
Para construir e entender um acorde é preciso entender sobre "intervalos". Mais
o que seria isso? "INTERVALOS" são a relação que as notas tem entre si, seria
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uma maneira de definir que uma nota seria das outras, uma maneira de criar
um "parentesco" entre elas.
Mas antes de falar-mos diretamente sobre o intervalo musical, iremos tomar
como exemplo algumas coisas do nosso cotidiano para uma melhor ilustração.
Quase todos os dias nos deparando com medidas (distância, peso); um
exemplo: para medir-mos o comprimento de qualquer coisa usamos o metro .O
metro, ou esse sistema de medidas, pode ser usado para medir a distância
entre dois pontos. Na música também há um sistema de medidas, se é que
podemos chamá-lo assim. Mas, ao invés deste sistema medir a distância física
entre dois pontos, ele mede a distância sonora entre duas notas musicais. Esse
sistema chama-se intervalo musical.
Para entender-mos a escala, os acordes e tudo o que há na música, é essencial
o estudo dos intervalos. Mas o que é intervalo ? A definição mais comum é que
intervalo é a diferença sonora entre duas notas . Para ilustrar melhor, vamos
pegar um exemplo prático:
C --- D
Existe entre as notas C e D um intervalo de 1(um) tom . Se as notas fossem C e
C# o intervalo seria de 1/2(meio) tom .
Se você tiver a mão um instrumento, que não seja de percussão, e tocar a nota
C e em seguida a nota D, você irá sentir o som que elas proporcionam . Você
irá notar que ao tocar a nota D seguida da nota C o som foi mais para o agudo.
Da até uma impressão de que o som subiu um pouco, foi mais para frente, se
assim fosse possível visualizar aS notas musicais. Dessa maneira fica um
pouco mais fácil entender como pode ser medida a distância entre duas notas.
Mas o intervalo não é apenas isso . Para ir um pouco mais fundo eu pergunto à
você, o que é a música ? Um pouco difícil de definir, mas para o nosso
propósito, podemos definir música como sendo a arte de expressar sentimentos
através de sons, ou notas musicais.
Dizemos que na música existem dois tipos básicos de expressão: tensão e
relaxamento . Tensão seria aquele tipo de música que você escuta e fica tenso
agitado, ex: Heavy Metal, alguns Jazz e Fusion são bem tensos, repare também
nas músicas utilizadas em trilhas sonoras de filmes, principalmente filmes de
terror, catástrofes, etc. Como relaxante podemos tomar como exemplo a música
erudita (porém nem todas, algumas são tensas) e músicas bem calmas, aquelas
que você (que não é roqueiro) põem para dormir .
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Para nos expressar em um desses tipos básicos, precisamos conhecer o
intervalo de cada nota em relação a outra, e sentir-mos o som que ele
proporciona .
Quando você escuta ou faz um solo, na verdade você esta tocando uma
seqüência de intervalos, se não fosse assim, você não iria produzir som algum
que não fosse apenas o som da primeira nota tocada.
 Exemplos de intervalos e seus tipos de som
Intervalos tensos
O intervalo entre a primeira de um escala e sua quarta aumentada:
C e F# .
O intervalo entre a primeira de uma escala e sua sétima maior:
C e B .
Intervalos relaxantes
O intervalo entre a primeira de uma escala e a sua Quarta
C e F
O intervalo entre a primeira de uma escala e a sua Sexta
C e A
Para saber-mos qual é o intervalo entre duas notas, temos sempre que tomar
como referência a primeira nota tocada . Após isso iremos ver onde se encontra
a outra nota dentro da escala maior da primeira . Um exemplo :
O intervalo entre as notas C e E .
A primeira nota tocada é a nota C, portanto vamos procurar a nota E dentro da
escala de C maior para saber-mos o intervalo correspondente entre as duas .
A escala de C é a seguinte : C D E F G A B C
Para isso vamos contar a partir da nota C até a nota E (conta-se inclusive a
nota C) . O número que achamos foi 3, portanto dizemos que entre a nota C e a
nota E existe um intervalo de terça. Esse intervalo irá proporcionar uma
sensação sonora que é típica e exclusiva do intervalo de terça e que nenhum
outro intervalo poderá reproduzir.
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Portanto cada intervalo têm a sua identidade própria, não importando o tom
em que estamos tocando . Uma mesma música pode ser tocada em tons
diversos, e nem por isso ela perderá suas características .
Agora que temos uma pequena noção do intervalo musical, podemos
compreender como se formam as escalas. Iremos tratar em particular da escala
maior, por ser esta a principal escala e mãe de todas as outras .
Mas chega de explicação e vamos exemplificar mais os intervalos:
Temos os seguintes intervalos:
Segunda
Terça
Quarta
Quinta
Sexta
Sétima
Oitava
Para você entender bem vamos a um exemplo, vamos achar os intervalos da
nota "A" é só contar, seguindo a escala musical, a nota A no caso, mais o
número do intervalo, a segunda de A seria B e assim por diante, veja a lista
completa abaixo:
Nota: "A"
Segunda: B
*Terça: C
*Quarta: D
*Quinta: E
*Sexta: F
Sétima: G
Oitava: A (sempre a oitava é ela mesmo)
Alguns intervalos terão mais afinidade com a tônica do que outros, olhando
acima você verá um asterisco nos intervalos de terça/quarta/quinta/sexta,
esses intervalos têm uma relação perfeita com a "tônica", experimente tocar
junto a nota "A" com a "C" e assim por diante, você perceberá que elas têm
uma sonoridade, elas se combinam, enquanto que os intervalos de segunda e
sétima não se relacionam com a tônica, note que são as notas, posterior e a
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anterior, então para tornar a explicação mais clara, as notas próximas à tônica
não se relacionam com ela.
Vamos ver agora um exemplo pratico de como os acordes são formados. Temos
aqui o acorde de C maior, no modelo sem pestana, vamos ver quais notas
fazem parte do acorde:
C
E
G
C
E
A Segunda nota do acorde é a nota E
O QUE "E" SERIA DE "C" EM INTERVALOS? LEMBRE SEMPRE DE CONTAR A
PARTIR DA TÔNICA!
C-D-E
(1-2-3)
É A TERÇA DE C! E TEMOS A NOTA G QUE É QUINTA DE C
C É OITAVA DE C E O RESTO É UMA REPETIÇÃO.
Sempre ao ver que notas fazem parte de um acorde, associe com os intervalos,
isso torna a compreensão deles muito mais fácil e clara, e todos os acordes
maiores e menores se formam como no exemplo acima.
 Regras
Porque o acorde é maior ou menor? Qual seria a diferença entre eles? Existe
um intervalo que define se o acorde é maior ou menor, é o intervalo de "terça".
Nós temos dois tipos de terça:
Maior/menor.
A terça maior está sempre 4 casas a frente da tônica, enquanto a terça menor
esta sempre 3 casas a frente da tônica. A regra é simples e matematica, quando
você estiver tocando um C maior, a terça é a nota E, se você contar a partir da
nota C (que é a tônica do acorde) 4 casas você cairá na nota E, portanto a terça
menor de C é Eb ou D#.
Isso explica por exemplo a pouca diferença que existe entre o modelo de acorde
menor/maior com pestana da corda E ou A, perceba que a diferença de um
para o outro é de uma nota, exatamente a "terça".
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Nós vimos em intervalos que existem certos intervalos que se relacionam muito
bem com a tônica e outros, mais especificamente o de segunda e de sétima,
que não se relacionam muito bem com a tônica, mas isso não quer dizer que
esses intervalos não são usados na formação de acordes! Veja o exemplo deste
acorde: Am7.(A MENOR COM SÉTIMA)
Vamos analisar o acorde vendo que notas fazem parte dele:
Am7:
E (quinta de A)
G (sétima de A)
C (terça de A)
E (quinta)
Neste acorde nós temos uma "sétima". Mas a sétima não se relaciona com a
tônica, então como acorde soa tão bem? A nota G não se relaciona com o A,
mas o que G seria de E que também faz parte do acorde? Seria "terça" de E!
Então a conclusão e que todos os intervalos poderão ser usados desde que
dentro do acorde tenha uma nota que se relaciona com ela, se pensarmos bem
a probabilidade de em um acorde não ter uma nota que se relaciona com
qualquer outra e praticamente nula, nós temos uma infinidade de opções, e
você vai ouvir falar bastante em acordes com sétima e nona.
Portanto todos os intervalos são usados na formação de acordes, é só você
achar uma relação com outra nota que está formado o acorde.
Tríades
Um acorde é formado, caracterizado, basicamente por sua triade, como a
palavra já diz, tríade são as três primeiras notas do acorde, e com essas três
notas que você caracteriza o acorde, sendo as outras notas uma repetição delas
mesmas. Veja abaixo algumas construções básicas de tríades.
MAIOR:
T/3/5 EX:C/E/G
MENOR:
T/3b/5 EX:C/Eb/G
AUMENTADA
T/3/5# EX:C/E/G#
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DIMINUTA
T/3b/5b EX:C/Eb/Gb.
Conclusão
Intervalo então é a distância entre duas notas. Se você toca uma nota após a
outra, temos um Intervalo Melódico; se você toca duas notas diferentes ao
mesmo tempo, o intervalo é Harmônico; e se você toca duas notas idênticas ao
mesmo tempo, o intervalo é chamado de “Uníssono”.
Os intervalos são:
Nome Distância
Uníssono Nenhuma
2ª Menor 1/2 tom
2ª Maior 1 tom
3ª Menor 1 1/2 tom
3ª Maior 2 tons
4ª Perfeita 2 1/2 tons
4ª Aumentada ou 5ª Diminuta (Tritone) 3 tons
5ª Perfeita 3 1/2 tons
6ª Menor 4 tons
6ª Maior 4 1/2 tons
7ª Menor 5 tons
7ª Maior 5 1/2 tons
Oitava 6 tons
Exemplos:
- De A (5º traste da 6ª corda) a A (corda aberta): “Uníssono”
- De F a B: 4ª Aumentada / 5ª Diminuta
- De E a F: 2ª Menor
- E assim por diante...
Capítulo 4– FORMAÇÃO DE ACORDES
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Até o momento, estavamos preocupados em estudar a melodia: os intervalos e
como eles podem ser arranjados para dar origem à escala maior. Agora iremos
iniciar no estudo da harmonia, formação de acorde.
Como pudemos ver, podemos medir a distância entre duas notas através do
intervalo entre elas. Isso é essencial para entendermos como são formados os
acordes.
Há quatro categorias de acordes:
 Acordes maiores;
 Acordes menores;
 Acordes aumentados;
 Acordes diminutos.

Daqui a pouco iremos tratar de cada um em particular, por enquanto
estaremos falando ainda de uma forma genérica
.
A definição de acorde é a seguinte: 3 (tres) ou mais notas tocadas em intervalos
de Terça (3ª). Vamos visualizar isto para entendermos melhor:
Tomaremos como exemplo o acorde de C (dó) mair, o qual é formado pelas
seguintes notas:
C ----- E ----- G
Vamos analisar a escala de C e a disposição dos intervalos acima dentro dela:
C – D – E – F – G – A – B
A nota dó é a primeira nota. Em seguida vem a nota ré que é a segunda de dó.
Logo após vem a nota mi que é a terça de dó e fá que é a quarta de dó e sol que
é a quinta . Podemos notar que entre as notas C e E há um intervalo de terça.
Depois podemos notar também que entre E e G também temos um intervalo de
terça chegando então à definição que demos que o acorde é formado por no
mínimo três notas ou mais e que elas estão dispostas em intervalos de terça
umas das outras.
Há uma outra forma de achar-mos as notas de um acorde. A regra para isso é
a seguinte:
Suponhamos que a tônica é a nota Dó e queremos achar sua terça maior.
Dizemos que a terça está a 2 tons em relação à tônica. Em seguida quando
quiser-mos achar a quinta, dizemos que ela está a 3 tons e meio em relação à
tônica. Portanto a fórmula do acorde maior básico seria a seguinte:
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Assim podemos concluir que o acorde maior é formado por: T 3 5, tônica
terça e quinta.
Como dissemos há 4 tipos de acorde, acordes maiores, menores, aumentados e
diminutos. O maior nós praticamente já sabemos, é o que temos estudado até
aqui. Vamos ver os outros acordes, e tentar entender como são feitos:
Acorde Menor.
Fica mais fácil entender como funciona a estrutura do acorde menor, se
entender-mos a importância da terça no acorde. É justamente ela que
determina se o acorde é maior ou menor. Por exemplo, quando o acorde é
maior dizemos que ele é formado por: Tônica, Terça maior e Quinta justa. No
caso do acorde menor essa estrutura fica assim: Tônica, Terça menor e Quinta
justa.
O único intervalo alterado foi a terça. Para passar a terça de maior para menor
basta diminuir meio tom. Assim se a distância da terça para a tônica no acorde
maior era de 2 tons, no acorde menor essa distância será de 1 ½ tom. Portanto
o acorde de Dó menor ficará assim: C – Eb – G.
Portanto a fórmula ficará como a na figura abaixo:
Podemos concluir assim que o acorde menor é formado por: T 3b 5.
- Acorde aumentado
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O que faz com que este acorde receba esse nome, é a alteração que fazemos na
quinta. O acorde pode ser tanto maior quanto menor. A alteração a qual nos
referimos, é simplesmente aumentar a quinta do acorde meio tom acima. Este
acorde também é muito conhecido como acorde alterado. Mas adiante iremos
estudar com mais detalhes os acordes alterados suas escalas e aplicações. O
dó maior ficaria assim: dó – mi – sol#; e o menor: dó – mib – sol#.
- Acorde diminuto
O acorde diminuto representado pelo símbolo º recebe este nome justamente
porque nós pegamos todos os intervalos do acorde maior, e diminuímos meio
tom, com exceção da tônica é claro. O acorde de Cº seria assim: dó – mib – solb
. Neste caso não existe acorde maior diminuto ou menor diminuto, dizemos
simplesmente diminuto.
A fórmula deste acorde é a seguinte: T – 3b – 5b.
- Extensão de acorde
São os intervalos que não fazem parte do som básico do acorde (T 3 5 7).
Colocamos também a sétima por ela ser tão popular que muitos já a
consideram como nota de acorde. As extensões de acorde são popularmente
conhecidas com acordes dissonantes. Mas creio que este é um termo um pouco
erronio, pois dissonância é o efeito sonoro e francamente, não há nada de
dissonante em um acorde com nona ou sétima e nona. Para ilustrar melhor
vamos dar um exemplo:
Vamos entender como é formado o acorde de C7/9 (dó com sé tima e nona).
Além do som básico do acorde, acrescentamos o intervalo de sétima, que é a
nota Bb já que B é a sétima maior, e a nona que é a nota D uma oitava acima,
veja a escala abaixo:
1 2 3 4 5 6 7 8 9
C - D - E - F - G- A - Bb - C - D
Neste caso em particula a nota E pode ser omitida do acorde. O motivo disto é
que o acorde fica dificil de ser executado com ela, e ela também não irá fazer
tanta falta como a terça ou tônoca do acorde.
Capítulo 5– LEI DE FORMAÇÃO DOS ACORDES MAIS COMUNS
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Neste capítulo daremos prosseguimento sobre a formação dos acordes.
Falaremos sobre uma lei existente entre os acordes mais comuns. Preste
atenção nesta dica.
Existem fórmulas para a construção de um acorde. É extremamente saudável
ter uma noção pelo menos das principais, pois você coloca o acorde certo, na
hora certa e na posição que ele soa melhor quando está escrevendo algum riff,
sem risco de erro.
Como a guitarra não possui uma seqüência exatamente definida e linear como
num piano, por exemplo (existem várias notas no mesmo pitch e em posições
diferentes no braço -- F no primeiro traste da corda E ou no oitavo traste da
corda A), pode-se notar que existem acordes que soam melhor quando tocados
em uma determinada posição em um certo riff, enquanto o mesmo acorde,
agora em outro lugar, soa horrível (toque um G com a D, G e B soltas e depois
com pestana no terceiro traste e você vai entender o que estou falando).
Nesse momento entra o conhecimento da construção dos acordes. Neste
capítulo será mostrado apenas os mais comuns. Note que as fórmulas aqui
mostradas estão na forma tradicional, com o baixo na tônica. No entanto, você
pode colocar o baixo em qualquer nota do acorde.
1. Acordes Maiores:
- Maj : Tônica - 3ª - 5ª
- Maj6 : Tônica - 3ª - 5ª - 6ª
- Maj6/7 : Tônica - 3ª - 5ª - 6ª - 7ª
- Maj6/9 : Tônica - 3ª - 5ª - 6ª - 9ª
- Maj7 : Tônica - 3ª - 5ª - 7ª
- Maj7/5b : Tônica - 3ª - 5ª b - 7ª
- Maj7/5# : Tônica - 3ª - 5ª # - 7ª
2. Acordes Menores:
- Min: Tônica - 3ª b - 5ª
- Min6 : Tônica - 3ª b - 5ª - 6ª
- Min6/7 : Tônica - 3ª b - 5ª - 6ª - 7ª
- Min6/9 : Tônica - 3 bª - 5ª - 6ª - 9ª
- Min7 : Tônica - 3ª b - 5ª - 7ª
- Min7/5b : Tônica - 3ª b - 5ª b - 7ª
- Min7/5# : Tônica - 3ª b - 5ª # - 7ª
3. Acordes Suspensos:
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- Sus2 : Tônica - 2ª - 5ª
- Sus4 : Tônica - 4ª - 5ª
- Sus7 : Tônica - 4ª - 5ª - 7ª
4. Acordes Dominantes:
- 7 : Tônica - 3ª - 5ª - 7ª b
- 7/5b : Tônica - 3ª - 5ª b - 7ª
- 7/5# : Tônica - 3ª - 5ª # - 7ª b
5. Acordes Diminutos:
- dim : Tônica - 3ª b - 5ª b
- dim7 : Tônica - 3ª b - 5ª b - 6ª
6. Power Chord:
- 5 : Tônica - 5ª
Capítulo 6– ESTUDO DOS ACORDES E CAMPO HARMÔNICO
 Estudo dos Acordes
Toda música possui um tom. Isto quer dizer, que toda música ao ser
executada, deve obedecer à uma certo campo harmônico para que a sonoridade
da música seja agradável.
Cada estilo Musical possui uma maneira de tratar seu campo harmônico, por
exemplo, na Bossa Nova, as dissonantes (alterações de acordes) mais utilizadas
são as Sétimas maiores, Nonas e Nonas Diminutas. Não que a Bossa não
utilize outros acordes, porém são estas alterações que caracterizam o estilo. No
Blues, a utilização de Sétimas menores é indispensável, enquanto no Jazz, as
Décimas Terceiras, nonas, Sextas, e todas as alterações que se maginar, são
aplicadas.
Campo harmônico maior
Até agora vimos como é formada a escala maior e os acordes. Iremos estudar
agora o campo harmônico maior. Para entendermos melhor podemos dizer que
a escala maior é o campo melódico maior e os acordes formados pela escala
maior forma o campo harmônico maior. Estudamos os acordes de forma
isolada até agora, o campo harmônico é o encadeamento de acordes.
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O campo harmônico é formado pela sua escala de origem, ou seja, escala maior
gera campo harmônico maior, escala maior gera campo harmônico menor.
Vamos tomar como exemplo o campo harmônico de dó maior:
C – Dm – Em – F – G – Am – Bº
Neste momento surge a seguinte questão: como foi gerada esta seqüência de
acordes ?
Vamos ver passo a passo como foi feito isso:
A partir da escala a qual queremos gerar o campo harmônico (no caso escala de
dó maior) iremos achar acorde por acorde seguindo a regra de formação de
acordes vista anteriormente. O primeiro acorde refere-se à primeira nota da
escala, no caso dó maior. Para acha-lo pegue a primeira nota da escala, em
seguida a terça e a quinta equivalente à aquela nota dentro da escala em
questão. Depois você analisa o intervalo entre elas para determinar se o acorde
é maior, menor, aumentado ou diminuto. Em seguida vá para a segunda nota
da escala, ache sua terça e quinta equivalentes e repita esta operação até a
última nota.
A figura acima pode ser um pouco confusa mas ela ilustra as notas da escala
maior que estão formando cada acorde do campo harmônico. Veja um outro
exemplo abaixo:
Acorde Tônica Terça / menor maior Quinta J=justa
C C E maior G J
Dm D F menor A J
Em E G menor B J
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F F A maior C J
G G B maior D J
Bº B D menor F Diminuta
O campo harmônico pode ser representados por graus. Dessa forma fica mais
fácil quando se está trabalhando com análise harmônica. Além do que você
pose cifrar uma música apenas com os graus proporcionais aos acordes
originais. Dessa forma a música fica mais fácil de ser transposta para outro
tom.
I – IIm – IIIm – IV – V – VIm – VIIº
C Dm Em F G Am Bº
Acima, campo harmônico e seus graus (representados em algarismos romanos).
Nós estudamos até aqui o campo harmônico básico, ou seja, formado apenas
por acordes comuns (tríades). Geralmente o campo harmônico é formado por
acordes tétrades. Além de T, 3 e 5 o acorde pode conter a sétima. Dessa forma
a sonoridade do C.H. fica mais sofisticada. Veja como ficaria o C.H. de dó
maior:
I7+ – IIm7 – IIIm7 – IV7+ – V7 – VIm7 – VIIm7(5b)
C7+ - Dm7 – Em7 – F7+ - G7 – Am7 - Bm7(5b) (meio diminuto)
Abaixo estão os campos harmônicos dos principais tons maiores:
Ré maior:
D7+ Em7 F#m7 G7+ A7 Bm7 C#m7(5b)
Mi maior:
E7+ F#m7 G#m7 A7+ B7 C#m7 D#m7(5b)
Fá maior:
F7+ Gm7 Am7 Bb7+ C7 Dm7 Em7(5b)
Sol maior:
G7+ Am7 Bm7 C7+ D7 Em7 F#m7(5b)
Lá maior:
A7+ Bm7 C#m7 D7+ E7 F#m7 G#m7(5b)
Sí maior:
B7+ C#m7 D#m7 E7+ F#7 G#m7 A#m7(5b)
Repare que a disposição dos graus não muda, ou seja, o primeiro é sempre
maior com sétima maior, o segundo e o terceiro menor com sétima, o quarto
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maior com sétima maior, o quinto com sétima, o sexto menor com sétima e o
sétimo meio diminuto.
Conclusão
O Campo harmônico são aqueles acordes que naturalmente são aplicados na
música de acordo com sua tonalidade.
Este campo obedece uma regra de percepção cujos acordes receberam nomes
para que pudessemos tecar uma mesma música em qualquer tom.
Um campo harmonico natural possui:
Tônica(T), Dominante(D), Sub Dominante(S), Relativa da Tônica (rT), Relativa
da Dominante (rD) e Relativa da Sub Dominante(rS).
Imaginemos a Tonalidade de Dó Maior, e pegamos sua escala harmonica:
Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré...
Contamos a partir da primeira nota os Graus, como:
1o, 2o, 3a, 4a, 5a, 6a, 7a, ... (Lê-se primeira, segunda, terça, quarta, ...)
A partir destas duas colocações, montamos os acordes possíveis dentro da
Tonalidade que abaixo segue, contendo o Campo harmônico Naturais de Dó
Maior.
Dó Maior:
C, Dm, Em, F, G, Am
Temos então :
Tônica : C - A partir do 1o Grau
Dominante : G - A partir do 5o Grau
Sub Dominante : F - A partir do 4o Grau
Relativa da Tônica: Am - A partir do 6o Grau
Relativa da Sub Dominante: Dm - A partir do 2o Grau
Relativa da Dominante: Em - A partir do 3o Grau
Veja também algumas outras tonalidades.
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* Si bemol Maior:
Escala: Sib, Do, Re, Mib, Fa, Sol, Lab
Campo: Bb, Cm, Dm, Eb, F, Gm
* La Maior:
Escala: La, Si, Do#, Re, Mi, Fa#, Sol#
Campo: A, Bm, C#m, D, E, F#m
Sol Maior:
Escala: Sol, La, Si, Do, Re, Mi, Fa#
Campo: G, Am, Bm, C, D, Em
Tente agora montar o campo harmônico das seguintes Tonalidades para ver se
você está aprendendo nossa teoria inicial dos acordes.
Mi Maior:
Escala: Mi, Fa#, Sol#, La, Si, Do#, Re#
Mi Bemol Maior:
Escala: Mib, Fa, Sol, Lab, Sib, Do, Re
Capítulo 7– AFINAÇÃO NA GUITARRA
Antes de entrarmos nesse assunto vamos dar uma explicação rápida sobre a
posição dos guitarristas de plantão. A guitarra acústica clássica tem seis
cordas, sendo elas numeradas da direita para a esquerda, de acordo com a
orientação do desenho. Assim, a primeira corda é a mais aguda (a mais à
direita), segue-se a segunda, e por aí a fora, até à sexta corda, que é a mais
grave (a mais à esquerda).
O guitarrista destro deverá ter o braço da guitarra no seu lado esquerdo, de
modo a pisar as cordas com a mão esquerda e deverá usar a mão direita para
fazer vibrar as cordas.
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O guitarrista canhoto deverá, se não conseguir tocar na posição destra, ter o
braço do seu lado direito, devendo neste caso proceder à troca das cordas, de
modo a ter sempre acessível ao polegar que dedilha, as três cordas mais graves
(4ª, 5ª e 6ª cordas).
Dito isso, podemos afirmar que antes de tentar começar a tocar qualquer
instrumento, deve-se proceder à afinação do mesmo. Este processo deve ser
feito sempre antes de tocar, de modo a obter-se sempre a melhor sonoridade
possível. Qualquer corda, com a utilização, tende a desviar-se da tensão
correcta, sendo necessário afinar as cordas com alguma frequência.
A afinação é simples e deverá ser automatizada, de modo a evitar a consulta
desta apostila sempre que se desejar afiná-la. Há que ter especial paciência
com as cordas acabadas de comprar, pois estas, nas primeiras semanas de
uso, desafinam com muita frequência (um truque consiste em esticá-las
bastante durante a primeira colocação, sempre com o cuidado de não abusar).
A guitarra pode ser afinada de várias maneiras, consoante o estilo de música
ou o som que se deseja obter e irei apresentar aqui apenas a afinação típica,
que é de longe a mais utilizada. Quem perceber bem este mecanismo não terá
dificuldade em mudar de afinação sem perder muito tempo (por exemplo, entre
duas músicas que exijam afinações diferentes, convém efectuar rapidamente
esta operação).
Cada corda, quando afinada corretamente, constitui uma base com a qual se
pode tocar uma escala de notas como a apresentada na primeira lição (subindo
de meio em meio tom) bastando apenas deslocar o dedo que está a pisar a
corda para a "divisão" acima ou para a "divisão" abaixo (estas "divisões" estão
separadas pelos pontos ou trastos de metal).
Há que ter especial cuidado ao pisar as cordas de modo a colocar o dedo o mais
possível junto ao trasto seguinte (os trastos, como já referi, são os separadores
metálicos existentes no braço) de modo a evitar que a corda ao vibrar resvale
no trasto produzindo um som desagradável.
Ao afinar cada corda, estamos a selecionar a nota (a frequência) inicial da
escala que cada corda irá constituir. A utilização de seis cordas de diferentes
espessuras dispostas paralelamente garante uma gama de quase quatro
oitavas e a rápida passagem entre notas relativamente distantes uma da outra.
Há que diferenciar as cordas, atribuindo-se-lhes a designação da nota que
produzem soltas quando afinadas nas condições padrão.
Assim, a primeira corda, a mais aguda, é o Mi, pois quando colocada na
guitarra e tocada solta deverá produzir um Mi. A segunda corda é o Si. A
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terceira o Sol, a quarta o Ré, a quinta o Lá e a sexta um Mi, este duas oitavas
abaixo do Mi da primeira corda.
Mas como saber se uma corda está a produzir a nota que lhe dá o nome? A
solução está no uso de um diapasão. Existem já sofisticados aparelhos que
tornam a tarefa de afinar mais simples e precisa, mas o diapasão, fornecendo
uma precisão bastante razoável, é de todos o mais barato e portátil. O
diapasão, quando posto a vibrar produz, como já referi na primeira lição, um
Lá a 440 Hz.
A terceira corda, o Sol, quando pisada antes do segundo trasto deverá emitir
um som exatamente igual ao do diapasão. Isto porque se a terceira corda solta
produz um Sol, esta corda premida antes do primeiro trasto produz um Sol #,
ou Lá b. Assim, subindo o dedo para o próximo trasto, a corda produzirá um
Lá.
Alguns perguntarão: "Porque não utilizar a corda chamada Lá (a quinta corda)
de modo a que ela solta soe igual ao diapasão?
Na verdade, qualquer músico experiente usará esta corda para iniciar a
afinação, colocando a corda Lá a soar solta uma oitava abaixo do diapasão.
Com a experiência, será fãcil a qualquer um afinar uma corda uma oitava
abaixo do som do diapasão, mas para principiantes pode-se utilizar como
ponto de partida a afinação da corda Sol premida antes do segundo trasto. A
afinação do som produzido por cada corda será feita rodando o carrilhão
correspondente.
Se as cordas estiverem bem colocadas, uma rotação no sentido horário tornará
o som mais agudo, logo uma rotação anti-horária baixará a frequência.
Resumindo, eis a receita de afinação, devendo ser ajustada em cada passo a
corda correspondente:
1. A corda Sol (a terceira) premida antes do segundo trasto (na segunda
divisão) deve soar igual ao diapasão;
2. A corda Si (a segunda) deverá produzir o mesmo som da terceira
premida no quarto trasto;
3. A corda Mi (a primeira) deverá produzir o mesmo som da segunda
premida no quinto trasto;
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4. A corda Ré (a quarta) deverá produzir premida no quinto trasto, o
mesmo som da terceira solta;
5. A corda Lá (a quinta) deverá produzir premida no quinto trasto, o
mesmo som da quarta solta;
6. A corda Mi (a sexta) deverá produzir premida no quinto trasto, o mesmo
som da quinta solta;
Conclusão
Caso você não tenha entendido o que colocamos acima siga esta regrinha
básica.
Em primeiro lugar, é necessário saber quais são as cordas (falando de
afinação); elas são denominadas pela nota em que estão afinadas.
Da mais fina (corda 1) para a mais grossa (corda 6), temos o seguinte: E (Mi), B
(Si), G (Sol), D (Ré), A (Lá), E (Mi) -- note que a afinação E da corda 1 é mais
aguda do que a da corda 6.
Para afinar a guitarra, faça o seguinte:
• Pegue o som da corda 6 (E grave) de uma outra guitarra, diapasão e gire a
tarraxa até conseguir obter um som igual ao que você ouviu.
• Aperte a corda E grave no quinto traste ("casa" do braço) e toque esta e a
corda A ao mesmo tempo. Ajuste a tarraxa da A até o som ficar igual ao da
corda E grave apertada no quinto traste. Isso é facilmente perceptível pois
quanto maior a vibração, mais fora da afinação a corda está.
• Repita o segundo item com as outras cordas, exceto a G, que deve ser
apertada no quarto traste.
É muito aconselhável a quem não o tem um diapasão, que o compre. Qualquer
loja de música vende-os e o preço não fugirá muito dos mil escudos.
Você pode usar sua pedaleira elétrica (Caso haja um afinador eletrônico
embutido - geralmente as da marca Zoom têm - ou um diapasão caso tenha
bastante dificuldade, mas lembre-se que saber afinar sem ajuda desses
acessórios é fundamental já que numa roda de amigos ou em algum evento
você não poderá contar com a ajuda deles e tem que improvisar).
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OBS:
 Afinando com auxílio de um teclado ou piano
Basta voçê igualar as cordas da guitarra com as notas de um teclado, seguindo
a ordem: (de cima para baixo)
1ª corda da guitarra - nota mi (grave)
2ª corda da guitarra - nota lá
3ª corda da guitarra - nota ré
4ª corda da guitarra - nota sol
5ª corda da guitarra - nota si
6ª corda da guitarra - nota mi (aguda)
Capítulo 8– TEORIA MUSICAL
Já vimos uma teoria introdutória em nossos estudos agora vamos ampliar pra
uma mais abrangente no sentido musical. Preste atenção, pois este capítulo
dará uma noção de partituras e seus respectivos símbolos e sinais.
Propriedades dos sons:
1- altura: diferente entoação das notas.
2- duração: espaço de tempo em que soa o som.
3- intensidade: mesmo que volume.
4- timbre: característica que difere os sons. Ex: timbre de piano e timbre de
guitarra.
Elementos fundamentais da música:
1- Melodia: sucessão de sons, para a formação de uma linha musical. Ex: um
solo de guitarra.
2- Harmonia: seqüência de sons simultâneos. Ex: uma progressão de acordes.
3- Ritmo: Movimento dos sons de acordo com a sua duração.
4-
Para representar os sons, foram criadas as notas musicais. São 7
fundamentais, mais 5 acidentes, formando uma escala cromática de 12 notas:
C C# D D# E F F# G G# A A# B
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Fundamentais: C=Dó D=Ré E=Mi F=Fá G=Sol A=Lá B=Si
As notas sem o “#”, são as notas naturais (fundamentais), que todo mundo
conhece. Aquelas com o “#”, são chamadas “notas sustenidas” (por exemplo:
C#=Dó Sustenido). Elas também podem ser escritas como “bemóis” (por
exemplo: Db=Ré Bemol).
C Db D Eb E F Gb G Ab A Bb B
Quando você adiciona um sustenido à nota, você está a elevando ½ tom acima
e quando você adiciona um bemol à nota, você está a elevando ½ tom abaixo.
Assim, temos as notas organizadas de uma maneira cromática (em seqüência
de ½ em ½ tom), uma após a outra.
Nota: Dois semitons (1/2 tom) corresponde a um tom.
Quando aplicamos essa teoria na guitarra, fica fácil de entender. Para cada
traste que você sobe ou desce no braço, tem-se um intervalo de ½ tom (ou 1
semitom). Então, a cada 2 trastes, temos 1 tom. Por exemplo: na corda E (Mi
ou 6ª corda), temos, da corda aberta até o 12º traste:
E F F# G G# A A# B C C# D D# E
Outro exemplo para visualização das notas pode ser um diagrama de acordes:
E A
e-0-(E)---|--5-(A)----|
B-0-(B)---|--5-(E)----|
G-1-(G#)--|--6-(C#)---|
D-2-(E)---|--7-(A)----|
A-2-(B)---|--7-(E)----|
E-0-(E)---|--5-(A)----|
Temos aqui dois acordes: E (Mi Maior) e A (Lá Maior). As notas entre parênteses
são as que compõem os dados acordes. Se você observar a organização
cromática das notas descritas anteriormente, e sair contando nas casas do
braço a seqüência delas até chegar em um dos números indicados no
diagrama, irá perceber que corresponde justamente àquela nota entre
parênteses.
Lendo notação musical:
As notas musicais são escritas em partituras, compostas de pautas (ou
pentagramas), que são aquele conjunto de cinco linhas e quatro espaços. As
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linhas (de baixo para cima), representam as notas E, G, B, D e F; os espaços,
as notas F, A, C e E. Veja um exemplo abaixo:
Para podemos dar nomes às notas que colocamos na pauta, devemos colocar,
no seu início, um sinal chamado clave. Existem 3 tipos de claves: de sol (sons
médios), de fá (sons graves) e de dó (sons agudos). Na figura abaixo, temos,
respectivamente, as claves de sol, fá e dó. Nas partituras para guitarra, é mais
comum encontrarmos a clave de sol, por isso, trabalharemos apenas com essa
nessa lição.
Na armadura da clave (logo a sua frente), temos uma fração que determina o
número de tempos por compasso (numerador) e a figura que irá determinar 1
tempo nesse compasso (denominador). Os compassos são conjuntos de tempos,
divididos por barras. Todas as músicas são divididas em vários compassos.
Quando o primeiro compasso de uma música vem incompleto (em um que
caibam 4 tempos, existem somente 2, por exemplo), chamamos esse de
anacruse.
Na pauta, são escritas as figuras musicais, que indicam o tempo de duração
das notas. Também são escritas as pausas, que indicam silêncio. A seguir,
temos uma tabela com os valores-padrão (compasso 4/4) de cada figura e
pausas, além de outros símbolos utilizados freqüentemente
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1=Semibreve (4 tempos)
2= Mínima (2 tempos)
3= Semínima (1 tempo)
4 e 5= Colcheia (1/2 tempo)
6= Mínima com Ponto de Aumento (3 tempos) -- O Ponto de Aumento aumenta
o tempo da nota em 50% do valor original.
7 e 8= Semicolcheias (1/4 de tempo)
9= Pausa de semicolcheia (1/4 de tempo)
10= Fusa (1/8 de tempo)
11= Pausa de fusa (1/8 de tempo)
12= Semifusa (1/16 avos de tempo)
13= Pausa de semifusa (1/16 avos de tempo)
14= Pausa de semínima (1 tempo)
15= Pausa de mínima (2 tempos)
16= Pausa de semibreve (4 tempos)
17= Acidentes -- Respectivamente: bemol (abaixa a nota 1/2 tom), sustenido
(eleva a nota 1/2 tom), bequadro (anula os bemóis e sustenidos) e nota natural
(sem acidentes).
18= Tercinas (3 notas por tempo)
19= Ligaduras -- une duas notas. Se as notas forem iguais, não devemos tocar
a segunda nota.
Esses valores podem mudar de acordo com a fórmula de compasso. A seguir,
temos a lista dos valores de denominadores nos compassos simples:
1 = Semibreve = 1 tempo
2 = Mínima = 1 tempo
3 = Semínima = 1 tempo
4 = Mínima = 1 tempo
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8 = Colcheia = 1 tempo
16 = Semicolcheia = 1 tempo
32 = Fusa = 1 tempo
64 = Semifusa = 1 tempo
Seguindo essa tabela, temos que num compasso 4/2, por exemplo, uma
Mínima vale 1 tempo, e assim por diante.
Como já vimos, os compassos são divididos por barras. Cada tipo de barra
representa uma coisa diferente:
- Barras simples: separam um compasso do outro.
- Barras duplas: indicam mudança de trecho musical.
- Barras de repetição: uma das barras é mais grossa e essas possuem dois-
pontos (:) ao seu lado -- indicam repetição de um trecho.
- Barras finais: visualmente iguais às barras de repetição, porém, indicam o
final da música.
Quanto aos acidentes, anteriormente mencionados, podem aparecer de 3
maneiras distintas:
- Na armadura da clave: são os sinais fixos, que valem para toda a música.
- No decorrer da partitura: sinais ocorrentes -- aparecem no decorrer da
partitura, tendo efeito apenas no compasso em que estão.
- Entre parênteses: sinais de precaução, para evitar erros numa eventual
leitura rápida
- Curiosidade sobre o Assunto:
Aproveitando que estamos falando em tom, você que não conhece, deveria se
inteirar sobre o O Círculo Das Quintas . Trata-se de uma ferramenta muito
importante quando se trata de encontrar tons musicais. Ele mostra quantos
acidentes (bemóis ou sustenidos) existem em um determinado tom. Veja o
Círculo:
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É chamado de Círculo Das Quintas porque toda vez que você anda um espaço
no sentido horário, você sobe uma quinta. Tente memorizá-lo. Será útil para as
próximas lições.
Capítulo 9– COMO LER TABLATURAS
Chegamos a um ponto onde nossos estudos vão começando a ficar mais
difíceis. As famosas e chatas tablaturas são consideradas um assunto super
complicado. Vamos tentar detalhar todas as dúvidas com a finalidade de
esclarecer esse assunto de vez. As tablaturas são fundamentais pros
guitarristas. Eles utilizam muito mesmo. Os violonistas nem tanto.
O que é Tablatura ?
Tablatura (ou tab) é um método usado para se escrever música para
instrumentos de corda, como violão, guitarra e baixo.
Utiliza-se de símbolos e números para mostrar casas, variações de afinação e
outros efeitos que podem ser feitos nestes instrumentos. Não a confunda com a
partitura.
Qual a diferença entre Tablatura e Partitura?
Ambas se parecem muito (por causa das linhas). Mas a similaridade para por
ai. A tablatura serve apenas para indicar acordes e solos sem noção de tempo,
sendo usada apenas em instrumentos de cordas como o violão, a guitarra e o
baixo. É muito boa para músicos iniciantes ou práticos, por ser de fácil
entendimento.
Mas tem uma desvantagem: para entendê-la, tem que se conhecer a música
descrita. Já a partitura, pode-se dizer, é como se fosse a música escrita, com
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todos os seus detalhes. Nela não precisa se conhecer a música que será tocada,
pois a partitura transcreve da música para o papel todos os tempos, durações
das notas, solos, acordes, etc. A partitura não indica (no caso dos instrumentos
de corda) em quais casas estão as notas. Por isso mesmo, requer um
conhecimento teórico (e prático) extenso, pois é um tanto quanto complexa de
ser entendida. Outro ponto positivo da partitura é que esta serve para diversos
instrumentos (como violinos, trompetes, trombones, etc.)
Como faço para ler as Tablaturas ?
É muito simples. As tablaturas consistem em linhas horizontais que indicam
as cordas do instrumento. Para guitarras, teremos 6 linhas (pois temos 6
cordas), para baixo de 4 cordas, teremos 4 linhas, e assim por diante. O
princípio é o mesmo para qualquer quantidade de cordas.
As tablaturas podem ser apresentadas de duas formas:
1) Com a 1ª corda (Mi - e) na 1ª linha;
e|------------------------------------------------------|
B|------------------------------------------------------|
G|------------------------------------------------------|
D|------------------------------------------------------|
A|------------------------------------------------------|
E|------------------------------------------------------|
2) Com a 1ª corda (Mi - e) na 6ª linha;
E|------------------------------------------------------|
A|------------------------------------------------------|
D|------------------------------------------------------|
G|------------------------------------------------------|
B|------------------------------------------------------|
e|------------------------------------------------------|
* A forma mais utilizada é a com a 1ª corda sendo indicada na 1ª linha.
Um exemplo de tablatura de baixo de 4 cordas:
G|------------------------------------------------------|
D|------------------------------------------------------|
A|------------------------------------------------------|
E|------------------------------------------------------|
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Sendo a 1ª corda a Sol (G) e a 4ª, Mi (E).
Numa tablatura, as cordas a serem tocadas são indicadas por números, sendo
que "0" indica corda solta e "X" corda que não deverá ser tocada (isso vale
quando a tablatura indicar acordes). Veja um exemplo:
e|---------------------------------|
B|---------------------------------|
G|---------------------------------|
D|---------------------------------|
A|---------------------------------|
E|---0--1--2--3--------------------|
Observando este exemplo, concluímos que:
- devemos tocar a 6ª corda (Mi - E) solta (0);
- depois tocar a mesma corda na 1ª casa (1);
- depois tocar a mesma corda na 2ª casa (2);
- depois tocar a mesma corda na 3ª casa (3).
Outras notações usadas na tablatura
Nos exemplos acima vimos apenas solos. Mas as tablaturas também podem
indicar:
- Acordes:
Observe um acorde de C (Dó) maior na tablatura:
e|-0----------------|
B|-1----------------|
G|-0----------------|
D|-2----------------|
A|-3----------------|
E|-X----------------|
Quando as cordas a serem tocadas aparecerem uma sobre a outra isso
indicará que é um ACORDE. O "X" na 6ª corda (Mi - E) indica que esta não
deverá ser tocada (pois não faz parte da formação do acorde).
- Dedilhados:
Observe o dedilhado da introdução da música "Consagração" da Aline
Barros:
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A9 A4 A9
e|---------0---0-----------------|
B|-------0---3---3---------------|
G|-----2-----------2-------------|
D|---2---------------2-----------|
A|-0-------------------0---------|
E|-------------------------------|
Logo acima da tablatura vemos as notas correspondentes ao dedilhado (que
nem sempre vem presentes na tablatura).
Para executar este dedilhado, dedilhamos normalmente com os dedos,
seguindo o que a tablatura nos informa: primeiro tocamos a 5ª corda (A - Lá)
solta (que é o baixo da nota), depois a 4ª corda (D - Ré) na 2ª casa e logo após a
3ª corda (G - Sol ) na 2ª casa também (esse é o acorde de A9). Depois, tocamos
a 2ª corda (B - Si) solta, a 1ª corda (e - Mi) solta e a 3ª corda na 3ª casa (note
que esse é o acorde de A4), e assim por diante, chegando novamente ao acorde
de A9.
- Batidas:
Veja este exemplo com o ritmo de valsa:
Execução: uma batida no baixo e duas nos acordes
A E
e|-------------------------------|
B|--2-2----2-2----0-0---0-0------|
G|--2-2----2-2----1-1---1-1------|
D|--2-2----2-2----2-2---2-2------|
A|-0------0----------------------|
E|---------------0-----0---------|
Os acordes executados aparecem em cima, mas nem sempre estes estão
presentes.
Outra forma de representar os acordes
Uma forma que simplifica muito a exibição de acordes é um meio minimizado
da tablatura, que indica apenas as casas que deverão ser tocadas dentro de
chaves "[ ]".
Observe este exemplo:
[ x 3 2 0 1 0 ]
Aqui podemos ver o acorde de C (Dó) maior. Veja: neste tipo de representação,
as cordas estão dispostas dessa forma: [ MI Lá Ré Sol Si Mi ], ou seja: [ 6ª 5ª 4ª
3ª 2ª 1ª cordas ] . O "X" indica cordas que não deverão ser tocadas e o "0"
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cordas soltas, como numa tablatura normal. Volte até a tablatura que indica
acordes: na verdade, esta é uma versão diminuta daquela representação.
Os símbolos utilizados na Tablatura
Além dos números que indicam as casas a serem tocadas, existem também
alguns símbolos que servem para identificar efeitos feitos durante os solos. A
notação desses efeitos pode variar (vai depender do autor da tablatura). Mas o
mais comum é o seguinte:
h - hammer-on
p - pull-off
b - bend para cima
r - (release bend) soltar o bend
/ - slide up - para cima (pode-se escrever s)
 - slide down - para baixo (pode-se escrever s)
~ - vibrato (pode-se escrever v)
t - tap
x - (muffled strings ) tocar a nota abafada (som percusivo)
H. - harmônico natural
H.A. - harmônico artificial
P.H. - pinch harmonic
Tr - trill
Hammer-on (h)
Toque a nota normalmente com a mão direita (supondo que você seja destro) e,
sem o auxílio da mão direita (ou seja, sem tocar novamente a corda), "martele"
a nova nota com a mão esquerda.
ejamos como exemplo o final do antigo solo da introdução de guitarra da
música "Deus Eterno" do Oficina G3:
e|-----------------------------|
B|-6-5-3---3h5-3---------------|
G|-------5-------5-4-5-4-0h2-0-|
D|-----------------------------|
A|-----------------------------|
E|-----------------------------|
No momento de realizar o hammer-on, tocamos a 2ª corda na 3ª casa e
rapidamente, com algum dedo da mão esquerda, "martelamos" a 5ª casa da
mesma corda. No outro hammer-on, use o mesmo esquema.
Pull-off (p)
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Pode-se dizer que um pull-off é o inverso de um hammer-on. Fazer um pull-off
consiste em tocar a nota e soltar rapidamente a corda a fim de que esta soe
mais alta. Veja o exemplo:
e|-5p0-------------|
B|-----5p0---------|
G|---------4p0-----|
D|-----------------|
A|-----------------|
E|-----------------|
Primeiramente, tocamos na 1ª corda (Mi - e) a 5ª casa e rapidamente soltamos
a corda para que esta soe mais alta. O mesmo acontece com os outros
exemplos exibidos acima.
Pull-offs e hammer-ons costumam aparecer juntos. Veja o exemplo:
e|-------------------|
B|-------------------|
G|---5h7p5-----------|
D|---------6h8p6-----|
A|-------------------|
E|-------------------|
No primeiro caso toca-se a 3ª corda (G - Sol) na 5ª casa, martela-se com algum
dedo da mão esquerda a 7ª casa depois solta-se rapidamente a 7ª casa fazendo
um pull-off na 5ª casa. Note que a mão direita só tocará a 1ª nota, as outras
serão executadas com hammer-ons e pull-offs. O mesmo vale para o exemplo
posterior.
Bend (b) e Release Bend (r)
Um bend ocorre quando elevamos a nota para cima (ou para baixo)
aumentando ou diminuindo sua tensão e gerando, assim, uma nota mais
aguda (ou grave). Quanto mais elevarmos a nota mais aguda esta será (o
contrário para a diminuição). Um número ao lado indica o quanto a nota
deverá ser aumentada (ou diminuída. Nesse caso, o número apresentado para
bend será menor que o da casa em questão). Veja o exemplo:
e|-----------------------|
B|-10b12-----------------|
G|-----------------------|
D|-----------------------|
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A|-----------------------|
E|-----------------------|
A 2ª corda (Si - B) deve ser tocada na 10ª casa e rapidamente elevada para
cima até que soe como se esta estivesse sido feita na 12ª casa (um tom acima).
Mas note que o dedo continuará na 10ª casa. O bend também pode ser
indicado entre parênteses: 10b(12).
Mais um exemplo, agora com bend e release bend:
e|-----------------------|
B|-10b12---12r10---------|
G|-----------------------|
D|-----------------------|
A|-----------------------|
E|-----------------------|
Faça o bend tocando na 2ª corda, 10ª casa, eleve um tom, depois toque
novamente na casa (note que a casa estará elevada) e volte a tensão original.
Existem bends que podem ser de meio tom (10b11), de quarto tom (10b10.5 -
que equivale a meia casa) entre outros. Quando no bend não vier indicado o
quanto se deve elevar a nota (10b), deve-se ouvir a música para se saber o
quanto esta foi elevada.
Slide up (/) e Slide down ()
Um slide consiste em deslizar um dedo da mão esquerda (supondo que você
seja destro) para cima (up) ou para baixo (down) do braço do instrumento
(lembrando que "para cima" consiste no sentido crescente das casas e "para
baixo" no sentido decrescente). Vejamos um exemplo, o de um dos solos de
guitarra feitos numa música:
e|-----------------------------------|
B|-8/10--8/10------------------------|
G|------------9-7-----7-5---5--------|
D|----------------10------7---7-5-7--|
A|-----------------------------------|
E|-----------------------------------|
Logo no início do solo já surgem dois slides up. Para executá-los, toque na 2ª
corda (Si - B) na 8ª casa e deslize seu dedo até a décima casa enquanto a corda
ainda está soando. Para slides down (), faça o mesmo esquema do slide up, só
que desta vez deslize o dedo para traz (no sentido decrescente das casas).
Vejamos outros exemplos:
e|-----------------------|
B|-/10--10--------------|
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G|-----------------------|
D|-----------------------|
A|-----------------------|
E|-----------------------|
Neste caso deve-se iniciar o slide em alguma das primeiras casas da 2ª corda,
ir até a 10ª casa e volta a 1ª. Perceba que apenas na 1ª ida do slide é que a
nota deve ser tocada.
e|----------------------|
B|-3/751--------------|
G|----------------------|
D|----------------------|
A|----------------------|
E|----------------------|
Neste exemplo foram feitos vários slides. Toca-se na 2ª corda na 3ª casa e
desliza-se até a 7ª casa, retornando logo após à 5ª casa e terminando na 1ª
casa. Mas lembre-se: apenas a 1ª nota deve ser tocada.
Vibrato (v ou ~)
O vibrato consiste em variar o tom de uma nota, causando um efeito de
"vibração". Pode ser conseguido movendo o dedo sobre a corda na casa da nota
para cima e para baixo (diversos bends rápidos) ou com alavancas. Veja este
exemplo:
e|--------------------------------------|
B|--------4/5--8------------------------|
G|-----5---------7v--5---5v-------------|
D|-5-7-----------------7----7--5--7-----|
A|--------------------------------------|
E|--------------------------------------|
Ao tocarmos na 3ª corda (Sol - G) na 7ª casa, efetuamos um vibrato com o dedo
(subindo e descendo a corda rapidamente) ou com uma alavanca. O legal é que
se conheça a música para se saber como o vibrato deve ser feito.
Tap (t)
O tap (ou tapping) consiste em tocar notas com a mão direita (supondo que
você seja destro) diretamente nas cordas do instrumento. Veja o exemplo:
e|---------------------|
B|--10h12---15t--------|
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G|---------------------|
D|---------------------|
A|---------------------|
E|---------------------|
Aqui deve-se fazer primeiro um hammer-on tocando na 2ª corda (Si - B) na 10ª
casa e martelando na 12ª casa da mesma corda e, logo após, com a mão
direita, tocar na 15ª casa da mesma corda.
Muffled Strings (x)
Para realizar este efeito (que é comumente feito com acordes em riff), faça o
acorde indicado e toque encostando apenas os dedos da mão esquerda sobre as
cordas (não apertando as cordas contra o braço do instrumento), causando,
assim, um efeito percusivo. Veja um exemplo:
e|------------------|
B|------------------|
G|------------------|
D|--5x--------------|
A|--5x--------------|
E|--3x--------------|
Forma-se o acorde indicado (que é o riff do acorde Sol - G) mas não se
pressiona os dedos contra o braço do instrumento, apenas encostando-os
sobre as casas. Toque normalmente. Isso dará um efeito "percusivo" no acorde.
Harmônico Natural (H.)
Consiste em tocar a corda onde se localiza a casa da nota desejada e, após
tocá-la, ainda com a corda vibrando, encostar levemente um dos dedos da mão
esquerda sobre a casa desejada. Veja o exemplo:
e|----------------|
B|--10H.----------|
G|----------------|
D|----------------|
A|----------------|
E|----------------|
Toca-se a 2ª corda (Si - B) e logo após, com a corda ainda vibrando, coloca-se
levemente o dedo sobre a 10ª casa. Lembre-se: não se deve apertar a casa, mas
apenas colocar levemente o dedo sobre a corda.
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Harmônico Artificial (H.A.)
Para conseguir este efeito, deve-se tocar a nota na casa indicada e logo após
colocar outro dedo da mão esquerda (ou da mão direita) suavemente sobre a
corda ainda vibrando. Observe o exemplo:
e|----------------|
B|--5H.A.(17)-----|
G|----------------|
D|----------------|
A|----------------|
E|----------------|
Coloca-se algum dedo da mão esquerda na 17ª casa da 2ª corda (Si - B) e logo
após, "martela-se" na casa 5 com algum dedo da mão direita.
Pinch Harmonic (P.H.)
Para realizar este efeito (o famoso "gritinho" feito nos solos), posiciona-se
primeiramente a palheta entre as bordas do polegar e do indicador, e logo após,
toca-se com firmeza a corda do instrumento. Veja o exemplo:
e|----------------|
B|--5P.H.---------|
G|----------------|
D|----------------|
A|----------------|
E|----------------|
Toca-se com firmeza a 2ª corda (Si - B) com algum dedo da mão direita
posicionada sobre a 5ª casa. DICA: comece treinando nas casas inferiores (7ª à
1ª casa), é mais fácil de se obter esse harmônico.
Trill (Tr)
Este efeito consiste em pull-off's e hammer-on's executados repetidamente.
Veja o exemplo:
e|------------------------|
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B|--Tr3(5)3(5)3(5)...-----|
G|------------------------|
D|------------------------|
A|------------------------|
E|------------------------|
Toca-se a 2ª corda (Si - B) na 3ª casa e faz-se alternância entre pull-off's e
hammer-on's rapidamente. Note que "Tr" (a notação do Trill) aparece no
começo do efeito.
Capítulo 10– POSTURA NA GUITARRA
Posição da Mão Direita
Se o seu posicionamento corporal e do instrumento estiver conforme foi
descrito no início deste artigo, seu antebraço direito deverá estar formando um
ângulo de aproximadamente 160 graus com o braço do instrumento. Este
ângulo pode variar um pouco - alguns músicos tocam com o braço quase
paralelo às cordas, como uma continuação delas - mas deve-se evitar é que seu
braço direito fique perpendicular às cordas. Por este motivo, começamos
posicionando o instrumento à altura do abdômen - mesmo quando de pé.
Quanto mais baixo, mais perpendicular ficará seu braço direito.
Agora, dois enfoques básicos: o uso dos dedos e o uso da palheta.
Usando os dedos da mão direita
Antes de continuarmos, outro conceito, os nomes dos dedos da MD:
p=polegar; i=indicador; m=médio; a=anular
em inglês, respectivamente: t=thumb; p=pointer; m=medium; r=ringer
Qualquer que seja seu instrumento - violão, baixo ou guitarra - existem
técnicas para o uso dos dedos da mão direita ao tocar, sem a palheta. Para
isto, devemos primeiro adequar a mão direita a isto.
Um ponto importantíssimo para o uso dos dedos da MD (mão direita) são as
unhas. O seu uso é primordial para que se obtenha um som claro e definido;
sem elas, o som ficará "abafado", além da formação de calos nos dedos, o que
pode interferir tb. no som, pela irregularidade da superfície.
Os dedos i,m,a DEVEM ter as unhas com tamanho adequado. A unha do
polegar pode ou não ser usada, de acordo com o gosto e estilo de cada músico;
como o polegar geralmente trabalha com a marcação dos bordões (baixos), é até
lógico que o som seja obtido de maneira diferente dos outros dedos. Alguns
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músicos utilizam um acessório chamado "dedeira" (feita de plástico ou osso-
encontrada em music shops), que substitui a unha do polegar, dando assim
uma variedade no som obtido pelo músico.
O uso do dedo mínimo não é muito popular, embora não seja descartado de
forma alguma - músicos clásssicos, flamencos e até baixistas usam este dedo.
Se vc/ estudar ou desenvolver técnicas com sua utilização, mantenha a unha
deste dedo como as dos i,m,a.
As unhas do i,m,a devem estar com um comprimento tal que, ao olhar o dedo
pelo lado da digital, seja possível enxergar um pedaço mínimo de unha. Na
prática, o comprimento deve ser tal que ao passar o dedo pela corda, seja
ouvido o som obtido pela unha com facilidade, mas nunca comprida demais
para dificultar a passagem do dedo pela corda (ou seja, não pode "prender" na
corda).
As unhas devem ser lixadas e polidas, acompanhando a forma da ponta dos
dedos, sem nenhuma irregularidade, para que não "prendam" na corda ou
façam barulhos indesejáveis. Mantenha-as assim para que elas o ajudem, e
não o contrário.
Tocando com os dedos da MD
A técnica para tocar utilizando os dedos baseia-se muito no seu estilo;
basicamente, a posição da mão direita será a seguinte: o pulso ficará a uma
pequena distância do tampo do instrumento; a mão se posicionará sobre o aro,
no violão, e na guitarra, de acordo com o som que se deseja obter (escolha de
captadores e timbre) - mas numa posição semelhante.
O polegar ficará separado dos outros dedos da MD, fazendo uma linha quase
reta com o lado superior do antebraço. No caso de se tocar utilizando a unha,
ele se posicionará da mesma forma, só que um pouco mais virado para o
instrumento.
Os dedos i,m,a ficam perpendiculares às cordas, semi-curvados, com as pontas
dos dedos prontas para tocar as cordas.
Os dedos da MD podem tocar utilizando duas técnicas: com ou sem apoio. Com
apoio, eles tocarão a corda e "descansarão" na corda seguinte, sem tocá-la;
sem apoio, tocarão a corda e não encostarão em corda nenhuma após o fato.
Alguns músicos utilizam o apoio para o polegar e sem apoio para o resto dos
dedosm, como uma forma de localizar a MD relativamente às cordas. Embora
diversos professores adotem esta técnica para iniciantes, a fim de obter um
condicionamento para o posicionamento da MD, deve ser utilizado por um
tempo limitado, porque, embora facilite a localização das cordas, cria um vício
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na necessidade de um "guia" para o s dedos. O guia para os seus dedos deve
ser a sua técnica e o seu cérebro.
Se vc. tocar baixo, defina bem seu estilo para deixar ou não as unhas da MD
crescerem. O som da unha nas cordas do contrabaixo realça o som agudo,
mais metálico. Se esta for sua intenção, tudo bem. Mas lembre-se: para tocar
contrabaixo com as unhas vc. terá que ter cuidado dobrado com elas - as
cordas são muito mais prejudiciais ao seu formato, exigindo manutenção
contínua, e podem até quebrá-las.
Tocando com a palheta ("picking")
A palheta (pick) é um assessório obrigatório para a maioria dos guitarristas,
baixistas e até violonistas modernos. Seu som é característico, claro, e seu uso
com técnica apurada fornece velocidade e precisão indiscutíveis. São poucos os
grandes guitarristas se utilizam somente dos dedos para tocar e solar (Mark
Knopfler, do Dire Straits é um grande exemplo).
As palhetas são encontradas em diversos formatos, tamanhos e espessuras.
Para começar, escolha uma palheta de formato regular (quase triangular, com
os cantos arredondados), de espessura média. Após acostumar-se com seu
movimento, vc. pode experimentar outras espessuras e tamanhos.
O posicionamento da MD para tocar com a palheta é o seguinte: ela deve ser
segurada entre a polpa do dedo polegar e o nó da última articulação do dedo
indicador, com a ponta voltada para as cordas do instrumento. Os outros
dedos da MD devem ficar curvados para dentro da palma. NÃO se deve apoiar
qualquer dedo no instrumento, NEM a mão sobre a ponte ou cavalete. Estes
maus-hábitos devem ser cortados desde o início, pois são dificílimos de
abandonar após instalados. (imagine vc. acostumar com o apoio na ponte e
precisar, um dia, tocar com uma guitarra equipada com Floyd Rose.... vai ser
engraçado - senão trágico...)
A área de contato entre palheta/corda é de, no máximo, 1mm. A superfície da
palheta deverá ficar paralela à corda, e não transversal. Embora alguns
espertos acreditem que esta técnica dá mais velocidade, o som obtido não é
claro. Existem músicos que utilizam a técnica da palhetada inclinada para
obter um timbre difierente em uma ou outra música, mas não é um padrão a
se seguir. Vc. deverá buscar precisão e velocidade com a técnica correta. A
palheta deve ser segura de maneira firme: não com força, mas suficientemente
segura para não cair durante seu uso.
O movimento da palheta é obtido de duas maneiras: com o movimento dos
dedos ou com o movimento do pulso.
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O movimento de dedos é conseguido pelo movimento do polegar para frente e
para trás ou para cima e para baixo, sobre a palheta, como se fosse uma
gangorra, usando o dedo indicador como suporte. O curso da palheta deverá
ser mínimo, para que se consiga um movimento uniforme e rápido.
O movimento da palheta através do pulso é obtido ou com a rotação do pulso
ou com o deslocamento do pulso para os lados. Vamos exagerar: para perceber
a rotação, segure a palheta do modo correto. Agora, vire sua palma da mão
para cima, e depois para baixo. Isto é rotação do pulso. É claro que este
movimento deverá ser mínimo, quase imperceptível. Vamos ao deslocamento
lateral. Segure a palheta do modo correto. SEM MEXER O BRAÇO direito,
posicione a palheta na direção da 6a. corda, depois, na direção da 1a. Notou
como sua mão desloca-se lateralmente em relação ao pulso?
Vc. viu que, na verdade, as 2 maneiras podem ser efetuadas de 4 jeitos. Tente
todas, para ver qual se adapta melhor a vc. Uma dica: NÃO faça o movimento
vir do cotovelo. Além de descontrolado, este movimento ocasiona cansaço e
dores, além de problemos ortopédicos futuros, pela tensão exagerada que é
utilizada.
Faça o seguinte: se o movimento através dos dedos é difícil para vc., faça os
movimentos vindos do pulso, MAS CONCENTRE-SE NOS DEDOS. Parece
ridículo, mas o esforço direcionado para os dedos para no pulso, e evita o
movimento do cotovelo.
Existem diversos estilos de palhetada, mas vamos começar com 3:
sweep up, sweep down, alternate = só pra cima, só pra baixo, alternado
Treine bastante desde o início para acostumar-se com o posicionamento, pulos
entre as cordas, movimento. Procure obter sempre o MENOR movimento
possível da MD. Isto proporciona um costume que lhe levará a dominar as
palhetadas, obter clareza, técnica e velocidade com o tempo.
- Sempre que for estudar ou tocar, faça um RELAX total, seguindo este
guia:
sente-se
relaxe seu couro cabeludo
relaxe suas pálpebras
relaxe suas bochechas
relaxe seu nariz
relaxe suas orelhas
relaxe sua mandíbula
relaxe seu pescoço
relaxe sua garganta
relaxe seus ombros
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relaxe suas costas
relaxe seus deltóides
relaxe seus bíceps
relaxe seus tríceps
relaxe seus antebraços
relaxe seu peito
relaxe seu abdomen
relaxe seus braços
relaxe sua cintura
relaxe suas nádegas(he,he...)
relaxe suas coxas
relaxe seus calcanhares
relaxe seus pés
relaxe os dedos dos pés
relaxe seus pulsos
relaxe suas mãos e dedos
Adote um exercício (provavelmente, um cromático) para aquecer, SEMPRE.
Fazendo isto, no máximo em 5 min., vc. começará tocando sem tensões, e sem
aquele negócio de chegar, pegar o instrumento e sair tocando, o que nem
sempre traz algo produtivo de início.
Capítulo 11– ESCALAS
Bom, chegamos ao capítulo que todo mundo esperava. As tão faladas escalas
musicais! Primeiramente, você precisa saber o que é uma escala. De uma
maneira bem grotesca, mas para um fácil entendimento, uma escala é um
grupo de notas que soam bem quando tocadas em grupos ("seqüências").
Mas de uma maneira bem formal podemos dizer que Escala nada mais é que
uma seqüência de notas sucessivas, separadas por tons e semitons.
Dependendo da forma que estão organizados estes intervalos, nós obteremos
um modo maior ou menor.
Em geral precisamos das escalas para fazer um solo enquanto alguém em
outro violão ou teclado ou qualquer instrumento harmônico faz ao mesmo
tempo uma base, a harmonia.
É possível ainda solar fazendo junto a harmonia, o que dificulta um pouco
mais a execução. É possível também solar e sugerir a harmonia apenas através
do solo o que já é bem mais avançado.
Existem duas questões básicas neste estudo que são:
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1) a execução da escala, ou seja saber o desenho dos dedos no braço do violão
(que é um exercício físico, exige muita repetição)
2) o uso da escala, ou seja saber em que casos ou circunstâncias aquela escala
deve ser usada (que é um exercício mental, precisa ser decifrado pelo menos
uma vez).
Depois de termos uma pequena noção dos intervalos, fica fácil entender como
se formam as escalas. Para tanto, basta saber uma pequena fórmula que
chamada de fórmula da escala maior.
A formula consiste em um conjunto de oito intervalos que são os seguintes .
1 2 3 4 5 6 7 8
Esses números representam cada nota da escala e eles são lidos como intervalo
de primeira ou tônica, segunda, terça, quarta ... oitava. Mas para podermos ver
realmente a cara da escala maior temos que ver a fórmula em sua totalidade.
Entre cada número daqueles existe uma distância (intervalo) seja ela de um
tom ou meio tom . A fórmula é apresentada a seguir:
Vamos ver agora como podemos achar qualquer escala maior sabendo apenas
o tom da escala .
Supunhamos que a escala que queremos achar é a escala de A ( la ) maior ,
portanto o tom da escala é A maior então a primeira nota da escala será o
próprio A maior, pois ele é que é a tônica . Em seguida vamos analisar a
fórmula da escala . A primeira nota nós já sabemos, é o A, para achar-mos a
segunda vamos ver o que a fórmula pede. A fórmula diz que a segunda está um
tom acima da primeira , portanto vamos ver qual nota esta a um tom inteiro da
nota A .
A nota que está um tom acima da nota A é a nota B . Após achar-mos a
segunda vamos achar a terceira nota, ou intervalo. A fórmula me diz que a
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terça está um tom acima da primeira , portanto vamos ver que nota está um
tom acima de B. A nota é C#.
Agora que já achamos a tônica, segunda e terça vamos achar a próxima nota
que é a quarta da escala . A fórmula me diz que a quarta esta 1/2 (meio) tom
acima da terça, portanto a nota é D. Após isso vamos para a próxima que é a
quinta . A fórmula me diz que a quinta esta um tom acima da quarta, portanto
a nota que está um tom acima da nota D é a nota E. Vamos agora achar a
sexta. A fórmula diz que a sexta está um tom acima da quinta, portanto a nota
que está um tom acima da nota E é a nota F#
Vamos agora achar a sétima. A fórmula diz que a sétima está um tom acima da
sexta, portanto a nota que está um tom acima da nota F# é a nota G#. Vamos
para a última que é a oitava . A fórmula diz que a oitava está 1/2 (meio) tom
acima da sétima, portanto a nota que está meio tom acima da nota G# é a nota
A.
Dessa maneira, seguindo sistematicamente a fórmula, não há como errar .
Achar a escala maior de qualquer tom, torna-se uma tarefa obsoleta, tendo
com pré requisito o conhecimento mínima da disposição das notas musicais e a
simples tarefa de decorar a fórmula e aplicar as notas dentro dela .
No final dessa apostila, eu preparei alguns exercícios relacionados a tudo o que
vamos estudar. Também coloquei as respostas de cada um; mas para que você
possa ter algum proveito dessa apostila, faça todos os exercícios sem olhar nas
resposta .
Tipos de Escalas
Nesta apostila não temos o objetivo de fornecer todas as escalas que existem
até porque há infinitas combinações. Analiseremos e colocaremos as mais
famosas e utilizadas nas músicas ok? Então vamos a elas.
A Escala Maior
A Escala Maior é a mais importante de todas, pois a partir dela, obtemos todas
as outras escalas. A fórmula para obtermos essa escala é:
Tônica - 2ª - 3ª - 4ª - 5ª - 6ª - 7ª - Oitava
Os intervalos são:
Tônica --1 tom--> 2ª --1 tom--> 3ª --1/2 tom--> 4ª --1 tom--> 5ª --1 tom--> 6ª --1
tom--> 7ª --1/2 tom--> 8ª
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Exemplos:
1 - se a tônica for C (Dó), temos: C D E F G A B C (Escala Maior de Dó).
2 - se a tônica for A (Lá), temos: A B C# D E F# G# A (Escala Maior de Lá).
Aplicando na guitarra:
1- Escala Maior de Dó:
e-----------------------------------------
B-----------------------------------------
G-----------2-4-5-------------------------
D-----2-3-5-------------------------------
A-3-5-------------------------------------
E------------------8-10-12-13-15-17-19-20-
1 3 1 2 4 1 2 4 1 2 4 1 2 4 1 2
ou
2- Escala Maior de Lá:
e-----------------
B-----------------
G-----------------
D-------------6-7-
A-------5-7-9-----
E-5-7-9-----------
1 2 4 1 2 4 1 2
Estes são apenas alguns exemplos de possibilidade de patterns (seqüências
prontas) para a Escala Maior. Note que você pode aplicá-la em qualquer lugar
do braço, colocando a tônica em posições diferentes (ex: C no 8º traste da E
grave ou 1º traste da B).
É importante não ficar viciado em padrões "sobe-e-desce" da escala, pois isso
limita sua criatividade na hora de escrever os licks. Tente improvisar sobre a
escala de diferentes formas. Esta escala soa bem sobre os acordes maiores e
tem uma sonoridade "alegre". É muito utilizada em rock, country, jazz e fusion.
- A Escala Menor
A Escala Menor é a Escala Maior com bemóis na 3ª, 6ª e 7ª. Logo, a sua
fórmula é:
Tônica - 2ª - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª b - Oitava
Os intervalos são:
Tônica --1 tom--> 2ª --1/2 tom--> 3ª b --1 tom--> 4ª --1 tom--> 5ª --1/2 tom--> 6ª b
--1 tom--> 7ª b --1 tom--> Oitava
Exemplo:
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Escala Menor de Fá: F G Ab Bb C Db Eb F
Aplicando na guitarra: Fá Menor
e--------------------
B--------------------
G-------------6-8-10-
D------6-8-10--------
A-8-10---------------
E--------------------
1 3 1 2 4 1 2 4
Novamente (aliás, sempre), você pode criar quantos patterns quiser sobre a
escala: basta tocar em lugares diferentes do braço. Quanto a sonoridade, essa
escala soa mais melancólica, é muito utilizada nos mais diferentes estilos (pop,
blues, rock, fusion, country e heavy metal) e é tocada sobre acordes menores.
Uma nota importante a se fazer é o fato de toda Escala Maior ter uma relativa
Menor e vice-versa. Para descobrir qual é a relativa Menor, observe a 6ª nota da
Escala Maior (ex: relativa menor de C é A); para a relativa Maior, veja a 3ª da
Escala Menor (ex: relativa maior de D é F).
Escala Pentatônica Menor
Junto com a Pentatônica Maior, é a escala mais simples que você pode
aprender. São apenas cinco notas . mas que soam muito bem e, pelo que me
consta, é a escala mais utilizada em toda a história da guitarra elétrica. Alguns
mestres nessa escala: Stevie Ray Vaughan, Eric Clapton, Jimmy Page e, claro,
B.B. King e Jimi Hendrix.
É uma escala fácil de se tocar porque, como o número de notas é menor, a
margem de erro no improviso também é menor. A fórmula é:
Tônica - 3ª b - 4ª - 5ª - 7ª b – Oitava
Exemplo: Penta Menor de E
e------------------------------------
B----------12-15b17--b17r15-12-------
G----12-14---------------------14----
D-14------------------------------14-
A------------------------------------
E------------------------------------
3 1 3 1 2 2 1 2 2
A escala é aplicável em quase todos os estilos musicais e soa bem sobre
acordes Menores, Menores com 7ª ou com 7ª Dominante
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Escala De Blues
Como o próprio nome já diz, é muito usada em blues. Trata-se de uma
Pentatônica Menor com uma 5ª Menor incluída. Logo:
Tônica - 3ª b - 4ª - 5ª b - 5ª - 7ª b – Oitava
Exemplo -- Blues em E: E G A Bb B -D E
Na guitarra, temos, em E:
e-17-15----------------------------------
B-------17-15----------------------------
G-------------16-15-14-12-14b16-14-12----
D-------------------------------------14-
A----------------------------------------
E----------------------------------------
Tocamos essa escala sobre acordes Menores, Menores com 7ª, Menores com 9ª,
7ª Dominante e 9ª Dominante.
Escala Pentatônica Maior
Essa escala é muito usada em country devido a sua sonoridade característica.
Para obtê-la, utilizamos a mesma fórmula de construção do acorde Maj6/9:
Tônica - 3ª - 5ª - 6ª - 9ª - Oitava ou, se você preferir (é a mesma coisa): Tônica -
2ª - 3ª - 5ª - 6ª - Oitava
Exemplo -- Penta Maior de F: F G A C D F
Aplicando na guitarra, em F:
e----------------------------
B----------------------------
G----------------------------
D---------8-10b12-12---------
A-8-10-12------------12-10-8-
E----------------------------
1 2 4 1 2 4 4 2 1
É tocada sobre os acordes Maiores, Maiores com 7ª e com 7ª Dominante
Escala Menor Harmônica
É uma escala derivada da Escala Menor Natural. Apenas adicione um
sustenido na 7ª:
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Tônica - 2ª - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª - Oitava
Exemplo -- Menor Harmônica em A: A B C D E F G# A
Aplicando no braço:
e---------------------
B---------------------
G---------------------
D-----------------6-7-
A-------5-7-8-7-8-----
E-5-7-8---------------
1 2 4 1 2 4 2 4 1 2
Sua sonoridade é bem próxima a da Escala Menor Natural. Cai muito bem em
solos rápidos estilo Yngwie Malmsteen (ouça esse cara tocar se você não o
conhece ainda!).
Escala Melódica Menor
Esta escala é muito diferente das outras até agora. Ela se caracteriza por ter
duas configurações diferentes, uma quando ascendendo e outra quando
descendendo. Quando ascendendo, temos uma Escala Menor Natural com
suas 6ª e 7ª sustenidas (assim, apenas a 3ª bemol a diferencia da Escala
Maior).
Já descendendo, tocamos a Escala Menor Natural, sem nenhuma alteração:
Ascendendo: Tônica - 2ª - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª - 7ª - Oitava
Descendendo: Tônica - 2ª - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª b – Oitava
Exemplos:
Ascendendo em Melódica Menor de A: A B C D E F# G# A
Descendendo em Melódica Menor de A: A B C D E F G A
Na guitarra, em A:
e---------------------------
B---------------------------
G---------------------------
D-------------6-------------
A-------5-7-9---8-7-5-------
E-5-7-8---------------8-7-5-
1 2 4 1 2 4 1 4 2 1 4 2 1
Treine bem essa escala, pois é um pouco complicado de pegar o jeito no
começo. Depois, quando tiver prática, ela é muito legal para solos rápidos, tipo
Speed Metal.
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Escalas Exóticas
Estas são escalas não muito comuns, mas que podem aparecer no seu dia-a-dia como músico. A
maioria é "fundo-de-baú", as quais você não vai encontrar tão facilmente (já ouviu falar da Escala Penta
Kumoi??); as que serão mostradas aqui são as que julgo mais legais e já vi em algumas músicas.
Vamos a elas:
1. Escala Espanhola:
Como o próprio nome diz, possui uma sonoridade hispânica e é muito legal
para algumas introduções de música. A fórumula é:
Tônica - 2ª b - 3ª - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª b – Oitava
Quase uma Escala Menor Natural (troca-se a 3ª bemol por uma 2ª bemol). Para
uma experiência mais prática, tente emendar, antes do riff da introdução de
"The Unforgiven" (Metallica), algum lick nessa escala. Fica bem legal!
2. Escala Pentatônica Egípcia:
Essa aqui é muito estranha quanto ao som. Só ouvindo mesmo. A fórmula é:
Tônica - 2ª - 4ª - 5ª - 7ª b - Oitava
3. Escala Napolitana Menor:
Muito parecida com a Escala Espanhola, pois a única diferença é um bemol na
3ª. Aliás, você pode combinar as duas escalas, produzindo um efeito
interessante, parecido com a Escala Melódica Menor. A fórmula:
Tônica - 2ª b - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª b – Oitava
 Outras Escalas Exóticas (Só pra vocês terem uma idéia)
Menor Pentatônica
F G A# C D# F G A C
Hirojoshi
D# G G# C D D# G G# C
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8 Tone Spanish
A# C C# D# E F F# G# A#
Kumoi
D# G A C D D# G B C
Persian
C C# E F F# G# B C
Enigmatic Scale
G# A# B C C# E F# G# A#
Composite II
G# B A A# E F# G G# B
- Exercícios de Escala
Veja se você está dominando um pouco esse assunto de escalas. Estamos
colocando abaixo algumas delas para você praticar:
Fique uns 5 min em cima de cada uma subindo e descendo.
Quando vc estiver craque no dominio e sabendo qual é qual, leia o apítulo
sobre improvisação que se encontra nos capítulos finais desta apostila.
Cada escala e modos tem seus climas próprios para serem usados em suas
músicas.
Escala de Lá pentatônica menor:
---------------------------------------5--8----------------------------
--------------------------------5--8-----------------------------------
-------------------------5--7------------------------------------------
------------------5--7-------------------------------------------------
----------5--7---------------------------------------------------------
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  • 2. 2 Índice ÍNDICE.......................................................................................................................................................................... 2 HISTÓRIA DA GUITARRA....................................................................................................................................... 3 CONHECENDO SUA GUITARRA............................................................................................................................ 6 TEORIA BÁSICA INTRODUTÓRIA...................................................................................................................... 10 INTERVALOS............................................................................................................................................................ 13 FORMAÇÃO DE ACORDES ................................................................................................................................... 19 LEI DE FORMAÇÃO DE ACORDES MAIS COMUNS....................................................................................... 22 ESTUDO DOS ACORDES E CAMPO HARMÔNICO ......................................................................................... 23 AFINAÇÃO NA GUITARRA ................................................................................................................................... 27 TEORIA MUSICAL................................................................................................................................................... 31 COMO LER TABLATURAS.................................................................................................................................... 36 POSTURA NA GUITARRA...................................................................................................................................... 46 ESCALAS.................................................................................................................................................................... 50 ARPEJOS, HARMÔNICOS, TAPPING E HARMONIZAÇÃO........................................................................... 67 APRENDA A SOLAR................................................................................................................................................ 72 DEDOS MAIS ÁGEIS................................................................................................................................................ 77 EXERCÍCIOS DE MÃO E PUNHOS ...................................................................................................................... 80 IMPROVISAÇÃO...................................................................................................................................................... 81 CROMATISMOS....................................................................................................................................................... 82 SIMBOLOGIA E ACORDES ................................................................................................................................... 86 TIPOS DE ACORDES ............................................................................................................................................. 104 ENCORDAMENTO................................................................................................................................................. 116 TOM E CAMPO HARMÔNICO............................................................................................................................ 119 PROGRESSÃO HARMÔNICA.............................................................................................................................. 123 www.cliqueapostilas.com.br
  • 3. 3 COMO TROCAR DE ACORDES .......................................................................................................................... 127 GLOSSÁRIO DOS TERMOS MAIS UTILIZADOS............................................................................................ 128 A MELHOR MANEIRA DE CIFRAR................................................................................................................... 132 A IMPORTÂNCIA DO METRÔNOMO............................................................................................................... 134 ESCOLHENDO SUA GUITARRA ........................................................................................................................ 135 AJUSTANDO SEU INSTRUMENTO.................................................................................................................... 136 CONCLUSÃO........................................................................................................................................................... 142 História da Guitarra A guitarra estabeleceu-se durante o século 20 como o mais popular instrumento do mundo. Por ser adaptável, portátil, atrativa e versátil, tem sido usada em um ilimitado número de estilos. É um dos mais práticos instrumentos de corda, para se tocar tanto solos quanto ritmo. O som da guitarra pode ser ouvido em todos os países de todos os continentes, com uma inigualável diversidade. Depois de mais de 150 anos, ela mudou radicalmente. De um pequeno instrumento com um som delicado, baixo volume, é agora rica em timbres e dinâmica. Alguns desenhos de guitarra, tem se tornado verdadeiros ícones, e ela tornou-se hoje um elemento essencial para a música. Originada na família dos instrumentos de cordas antigos, as primeiras guitarras, apareceram na Itália e na Espanha durante a Renascenssa, e daí espalhou-se gradativamente pela Europa. A Espanha é o berço da guitarra clássica moderna, que emergiu durante o século 19. Neste período ocorreu também o desenvolvimento das cordas de aço, e o aparecimentos de guitarras flat-top e das archtop na América do Norte. Os modelos elétricos foram lançados em 1930 como resultado de experimentos com a amplificação de instrumentos. Durante o século 20 ocorre a popularização da guitarra em todo o mundo, e que coincide com o desenvolvimento das técnicas de gravação. Hoje a guitarra é usada em uma grande variedade de formas e estilos de composição, aparecendo desde a música Barroca, passando pelo Jazz, Blues e até o Rock'n Roll. Certos gêneros musicais tem uma associação imediata com a guitarra, em particular o flamenco, o country, o blues, o pop e o rock. Nos últimos 70 anos, a guitarra tornou-se o mais popular instrumento para solos e acompanhamentos, tanto para artistas solos, ou para banda. www.cliqueapostilas.com.br
  • 4. 4 No início do século 16, apareceu em um livro uma descrição, que seria para um instrumento chamado vihuela. Os compositores escreviam peças para serem executadas diante da Corte Real e dos membros da Aristocracia. Neste tempo, em muitos países da Europa, a guitarra era usada por músicos profissionais. Era também tocada como fundo para as apresentações teatrais. Durante o século 18, o uso frequente do piano e de outros instrumentos de teclas afetaram a popularidade da guitarra. Entretanto, com o desenvolvimento de técnicas, e o surgimento de uma nova geração de virtuosos, levaram ao ressurgimento da guitarra (fim do século 18 e início do 19). O uso de cordas únicas, ao invés de pares de cordas, facilitou a execução, e artistas como Dionisio Aguado, Mauro Giuliani e Fernando Sor produziram músicas repletas de virtuosismo. Durante o século 19, a guitarra tornou-se mais popular, com vários métodos de execução, e com um grande repertório. Francisco Tarrega foi uma figura chave tanto como executor como professor. Neste tempo, novos instrumentos foram desenvolvidos por Antonio de Torres, que levaram a guitarra a um novo nível. Tarrega influenciou uma escola de artistas que fundaram a música clássica como conhecemos hoje. A música Flamenca da Espanha, ganhou destaque durante este século. Na América a guitarra tinha um importante lugar tanto na tradição clássica quanto no folk. E na América do Norte, o blues, começou a desenvolver-se nos estados sulinos. No século 20, Andres Segovia, Ramón Montoya e Robert Johnson foram quem ajudou a estabelecer a força do instrumento nos mais diversos estilos musicais. A guitarra também faz parte da música country, popular nos anos 30. Também começou a substituir o banjo no Jazz. A guitarra foi um dos primeiros instrumentos a se adaptar com sucesso a amplificação. A guitarra elétrica foi pioneira no jazz, pelas mãos de Charlie Christian nos anos 30. Depois da 2.ª guerra mundial, o interesse pela guitarra aumentou, e uma nova geração de virtuosos apareceu. No anos 50 e 60, a guitarra começou a tornar-se moda em todo o mundo, em vários campos da música. A diversidade de estilos, requer uma grande diversidade de técnicas de execução para a guitarra. As guitarra para música clássica e flamenco, usam cordas de nylon e são tocadas com o dedos, enquanto que as guitarra que usam cordas de aço são normalmente tocadas com palhetas. Guitarra elétricas tem uma técnica muito extensa de mão direita e mão esquerda. Hoje estima-se que exista mais de 50 milhões de guitarristas no mundo. Devido a grande número de possibilidades, a ao grande número de guitarristas, as técnicas de www.cliqueapostilas.com.br
  • 5. 5 guitarra são muito pessoais, e são diversos os artistas que lançam seus métodos. Vale lembrar que a história da guitarra se confunde com a própria história do Rock N' Roll, porque no mesmo tempo em que inventaram a distorção( efeito de pedal composto por um gerador que transforma o sinal emitido pelo instrumento, saturando-o antes que seja amplificado) o rock foi criado e a guitarra se tornou popular porque foi o instrumento que melhor se encaixava nas amplificações. Quem nunca dedilhou uma guitarra imaginária? Foi este fascínio que gerou tantos admiradores e estrelas da guitarra como Jimi Hendrix o maior de todos. A guitarra é relativamente o instrumento mais recente que existe no Planeta Terra e sua história ainda está sendo construída. Charlie Christian jamais teria acreditado se alguém lhe falasse em 1939 que meio século depois já teríamos á disposição guitarras sintetizadas a sistemas MIDI, que transmitem o sinal do instrumento através de um raio de luz infra vermelha ou até que haveria vários efeitos para a guitarra feito apenas por um pedal que possui centenas desses efeitos. Ao longo de sua evolução, durante mais de meio século de existência, a guitarra elétrica assumiu significados tão diversos quanto ás possibilidades musicais abertas por esse único instrumento que pode valer por vários outros. A guitarra no começo foi apenas um instrumento acompanhante como qualquer outro, mas já no começo se tornou o instrumento principal no Jazz e no Blues e além disso se tornou o estandarte maior do Rock N' Roll. A origem da guitarra vem de por volta de 1920, o violão já era extremamente popular nos Estados Unidos, principalmente em músicos negros e bandas de Jazz, onde apresentava apenas o ritmo das músicas que nem dava muita diferença na música pois a amplificação da época era tão ruim que ficava atrás das barulhentas turbas. Foi assim que surgiu novas idéias para a amplificação de guitarras. Assim surgiu a descoberta do captador magnético feito por Beauchamp que foi um sucesso, pois ele foi o primeiro a pensar em amplificar a partir da freqüência das vibrações das cordas. Essa invenção foi um sucesso e mostrando o poder de amplificação que se podia ter da guitarra. Logo após que a a Spanish foi lançada no mercado uma outra empresa - a Rowe-De Armond Company - começou a produção de guitarras com captadores em escala industrial. Essa guitarra foi a Gibson ES-150 que foi a primeira guitarra colocada a disposição de qualquer pessoa. Ela tinha um formato muito inovador para época e ainda possuía um potente captador acoplado ao tampo por intermédio de parafusos e molas, que permitia regular a sua distância em relação ás cordas. www.cliqueapostilas.com.br
  • 6. 6 A guitarra teve algumas outras evoluções depois com a invenção da Gibson Les Paul que é a melhor guitarra que existe até hoje, a alavanca que faz conseguir vários outros sons da guitarra e a Fender Stratocaster feita por Leo Fender que a guitarra preferida por vários guitarristas de hoje pois ela é o modelo mais leve e simples que existe até hoje. Capítulo 1 – CONHECENDO SUA GUITARRA No primeiro capítulo desta Apostila, iremos abordar as partes da guitarra uma a uma. Iremos descrever suas funções e passar algumas dicas fundamentais. Abaixo podemos ver uma ilustração de uma guitarra elétrica com as partes que descreveremos. Corpo Braço Captadores ou Pick-Ups Headstock ou Mão Ponte ou Cavalete Tarraxas Chave seletora de Captador Capotraste ou Pestana Potenciômetros Escala ou Espelho Escudo Trastes www.cliqueapostilas.com.br
  • 7. 7 Saída ou Output Casas * Braço É composto basicamente pelo espelho, onde estão os trastes, as casas e a pestana, e o braço, onde estão as tarraxas.  Mão ou Headstock É a extremidade do braço. Neste local estão as tarraxas e uma das extremidades das cordas.  Tarraxas São as peças localizadas no headstock que servem para afinar as cordas. Elas são seis, sendo uma para cada corda. Conforme você girá-las, a corda ficará mais apertada, o que mudará o seu som. É indispensável que seu instrumento esteja bem afinado antes de tocar.  Pestana ou Capotraste Esta peça não está exatamente na escala, mas sim no local de separação entre o headstock e a escala. Nela ficam apoiadas as cordas, e ela pode ser "substituída" com o uso dos dedos ou de instrumentos apropriados para tal.  Espelho ou Escala É a parte da frente do braço, onde estão presos os trastes e onde o músico toca ao pressionar as casas. É uma parte fina que varia de cor conforme sua guitarra e que possui marcas, geralmente algumas bolinhas brancas, nas casas de número 3, 5, 7, 9, 12 (geralmente duas marcas), 15, 17, 19 e 21. Note que estas algumas dessas marcas podem não estar presentes em algumas guitarras, mas a maioria possui, e istoé algo que ajuda bastante na localização das casas.  Trastes São as barrinhas de metal que se localizam em toda a escala. Elas separam as casas e é muito importante que elas estejam bem colocadas para uma boa www.cliqueapostilas.com.br
  • 8. 8 afinação da guitarra. Com o tempo você pode trocá-las, caso fiquem desgastadas, fora do local certo, etc. Casas As casas são os espaços localizados entre os trastes, que são pressionadas durante toda a música. A variação do local que for pressionado, fará mudar o som, variando os acordes. Uma observação é que as casas diminuem do headstock até o corpo da guitarra, e o som torna-se mais agudo. * Corpo É o local onde está a maior parte dos componentes de uma guitarra, como os captadores, a ponte, os pontenciometros, entre outros. Veja abaixo uma explicação sobre cada um deles.  Captadores ou Pick-ups Os captadores são elementos fundamentais de uma guitarra. São eles que captam o som das cordas e o levam até a saída da guitarra. Os captadores possuem seis pólos magnéticos, um para cada corda. São mais precisamente eles que captam o som das cordas. O número de captadores varia em cada guitarra, podendo ter um, dois, três, que podem ser usados simultaneamente ou separados. Para isso usa-se a chave seletora. Os captadores variam o seu som conforme sua proximidade do cavalete, isto é, quando mais próximo do cavalete, mais agudo será seu timbre. Existem dois tipos de captadores: Single-coil Captador mais simples, apresenta apenas uma bobina, que tem um timbre mais "estalado", porém com bastante ruído. Humbuckers Captador com duas bobinas, que tem um timbre mais "apagado", mas com menos ruído.  Ponte ou Cavalete É a parte em que ficam presas as uma das extremidades das cordas. Existem dois tipos de pontes, móveis e fixas. Veja abaixo como elas são. www.cliqueapostilas.com.br
  • 9. 9 Fixas São como as de violão, servindo apenas para prender uma das extremidades das cordas. Móveis Possuem molas presas na parte de trás do corpo da guitarra. Este tipo de ponte pode ser movido com o uso de uma alavanca que faz com que a guitarra fique desafinada e depois volte ao normal. Algumas possuem o recurso de microafinação, que consiste em alguns parafusos que ao serem movidos mudam a afinação muito mais sutilmente que as tarraxas.  Chave seletora de captador Como o nome diz, serve para que você selecione qual captador de sua guitarra será usado ou não. Ela exite apenas em guitarra com dois ou mais captadores, logicamente. Ela pode ser de três ou cinco posições. Três posições Usa-se com guitarras que possuem dois captadores. Ao colocar a chave para baixo, funciona o captador próximo a ponte, ao colocar para cima funciona o captador próximo ao braço, e ao deixar no meio, funcionam os dois captadores. Cinco posições É usada com guitarras que possuem três captadores. Seguindo de baixo para cima, a primeira posição faz funcionar o captador próximo a ponte. A segunda posição aciona o captador próximo a ponte e o do meio. A terceira posição aciona apenas o captador do meio. A quarta faz funcionar o captador do meio e o próximo ao braço. E por fim, a quinta posição faz funcionar apenas o captador próximo ao braço.  Potenciômetros São dispositivos usados para controlar o volume e o tone da guitarra. Para isso usa-se botões localizados no corpo da guitarra, sendo geralmente dois ou quatro botões. São conhecidos como Knobs.  Escudo Como o nome diz, o escudo serve de proteção para a guitarra contra choques, arranhões, etc.  Saída ou Output www.cliqueapostilas.com.br
  • 10. 10 É o local onde se encaixa o fio que liga a guitarra ao amplificador. Recebe o som dos captadores e o transforma em energia elétrica, para transportá-lo até o amplificador. Capítulo 2– TEORIA BÁSICA INTRODUTÓRIA Você que esta começando a tocar agora, é muito importante a leitura deste capítulo. O primeiro tópico que gostaria de mencionar é sobre a escala musical, é por ela que conhecemos a seqüência de notas, vamos à elas: Dó Ré Mi Fá Sol Lá Sí Outro assunto importante é saber que notas são as cordas soltas da guitarra. 1 2 3 4 5 6 Mí Sí Sol Ré Lá Mí Como você notou, nós temos duas cordas Mí, sendo a primeira a mais fina conhecida popularmente como "Mízinha", e obviamente, a sexta e a corda mais grossa conhecida vulgarmente hehe, como "Mízona".  Cifras As cifras são letras que correspondem as notas, tornando assim ler notas, uma linguagem universal, qualquer livro de música as notas aparecem em forma de cifras, vamos à elas: A: Lá B: Sí C: Dó D: Ré E: Mí F: Fá G: Sol  Notas www.cliqueapostilas.com.br
  • 11. 11 Outro aspecto importantíssimo na guitarra, mas que muitos professores não dão o devido valor, é você saber a nota que você está tocando, aparentemente parece bem difícil, é difícil, mas existem algumas maneiras de tornar esse estudo um pouco menos complicado. Nós vamos usar um processo matemático para aprender a ver as notas do braço, muitas pessoas "decoram" as notas, o quê torna o processo mais chato e lento, nós vamos vê-las. Primeiro vamos explicar o quê quer dizer 1 ton e ½ ton. 1 ton: ande 2 casas no braço, ex: você esta na primeira casa de qualquer corda você andando 1 ton vai para a terceira, ½ ton: ande 1 casa no braço, ex: você esta na primeira casa, andando ½ ton vai para a segunda casa. Existe uma pequena regra muito fácil para achar as notas (já em cifras). C/D D/E F/G G/A A/B Você andará 1 ton (2casas). Note que as notas estão na seqüência da escala musical, isso porque sempre depois do "C" vem o "D" e assim por diante. E das notas: B/C E/F Você andará ½ ton (1 casa). Agora é só você decorar esta regrinha pensando: de "B" para "C" e do "E" para "F", ande uma casa o resto eu ando 2 casas! Pronto agora você esta pronto para começar a achar todas as notas do braço. Ex: Estamos na sexta corda "E" Qual seria a nota seguinte ao "E" na escala musical? F Quantas casas você andaria do E para F? ½ ton ou uma casa, portanto na primeira casa da nota E é a nota F. Depois da nota F que nota temos na escala musical?? Nota G A nota F está na primeira casa da corda E, quantas casas você andaria de F para G? www.cliqueapostilas.com.br
  • 12. 12 É só consultar a tabela 1 ton, ou 2 casas, portanto casa 3 da corda E é a nota G Agora pratique em todas as cordas achando todas as notas. Olhando a escala musical você perceberá que ela é formada por 7 notas, mas na verdade existem 12 notas, para acharmos estas outras notas temos que aprender sobre o "Sustenido"; que é representado por este símbolo # , e o "Bemol" que é representado por este símbolo b. Como você percebeu existem notas que para chegar na nota seguinte você tem que andar ½ ton e outras 1 ton, nestas notas que você andou 1 ton o que seria a casa do meio?? É ai que entra o "Sustenido" e o "Bemol"!! Sustenido está uma casa à frente da nota e o Bemol uma casa atras Por exemplo: Vimos no exemplo para achar notas, que da nota F para G você teria que andar 1 ton certo? E que a nota G esta na casa 3 da corda E. Que nota seria na casa 2? Seria F# ou Gb, não importa como você escreve, as duas formas são a mesma coisa Então aqui vai a lista de notas que existem: C-C# ou (Db)-D-D# ou (Eb)-E-F-F# ou (Gb)-G-G# ou (Ab)-A-A# ou (Bb)-B. É importante lembrar que não existe - B# ou Cb nem E# ou Fb, porque B# e a nota C e, E# é a nota F Talvez você esteja se perguntando, se: F# e Gb são a mesma nota porque não existe só o # ou so o b? Para "Partituras" e "Cifras" essas duas nominações são importantes porque torna a leitura musical mais rápida e a escrita menos poluida; vou dar um exemplo pratico! Imagine que você vai tocar com um pessoal que você nunca viu na vida, uma música mais ou menos conhecida por você, e é claro alguém da banda escreveu em cifras a música para você, e terá que ser tocada quase que simultaneamente, e imaginemos uma seqüência F/A#/Gb , não seria melhor escrever F# do que Gb?? Capítulo 3–INTERVALOS Para construir e entender um acorde é preciso entender sobre "intervalos". Mais o que seria isso? "INTERVALOS" são a relação que as notas tem entre si, seria www.cliqueapostilas.com.br
  • 13. 13 uma maneira de definir que uma nota seria das outras, uma maneira de criar um "parentesco" entre elas. Mas antes de falar-mos diretamente sobre o intervalo musical, iremos tomar como exemplo algumas coisas do nosso cotidiano para uma melhor ilustração. Quase todos os dias nos deparando com medidas (distância, peso); um exemplo: para medir-mos o comprimento de qualquer coisa usamos o metro .O metro, ou esse sistema de medidas, pode ser usado para medir a distância entre dois pontos. Na música também há um sistema de medidas, se é que podemos chamá-lo assim. Mas, ao invés deste sistema medir a distância física entre dois pontos, ele mede a distância sonora entre duas notas musicais. Esse sistema chama-se intervalo musical. Para entender-mos a escala, os acordes e tudo o que há na música, é essencial o estudo dos intervalos. Mas o que é intervalo ? A definição mais comum é que intervalo é a diferença sonora entre duas notas . Para ilustrar melhor, vamos pegar um exemplo prático: C --- D Existe entre as notas C e D um intervalo de 1(um) tom . Se as notas fossem C e C# o intervalo seria de 1/2(meio) tom . Se você tiver a mão um instrumento, que não seja de percussão, e tocar a nota C e em seguida a nota D, você irá sentir o som que elas proporcionam . Você irá notar que ao tocar a nota D seguida da nota C o som foi mais para o agudo. Da até uma impressão de que o som subiu um pouco, foi mais para frente, se assim fosse possível visualizar aS notas musicais. Dessa maneira fica um pouco mais fácil entender como pode ser medida a distância entre duas notas. Mas o intervalo não é apenas isso . Para ir um pouco mais fundo eu pergunto à você, o que é a música ? Um pouco difícil de definir, mas para o nosso propósito, podemos definir música como sendo a arte de expressar sentimentos através de sons, ou notas musicais. Dizemos que na música existem dois tipos básicos de expressão: tensão e relaxamento . Tensão seria aquele tipo de música que você escuta e fica tenso agitado, ex: Heavy Metal, alguns Jazz e Fusion são bem tensos, repare também nas músicas utilizadas em trilhas sonoras de filmes, principalmente filmes de terror, catástrofes, etc. Como relaxante podemos tomar como exemplo a música erudita (porém nem todas, algumas são tensas) e músicas bem calmas, aquelas que você (que não é roqueiro) põem para dormir . www.cliqueapostilas.com.br
  • 14. 14 Para nos expressar em um desses tipos básicos, precisamos conhecer o intervalo de cada nota em relação a outra, e sentir-mos o som que ele proporciona . Quando você escuta ou faz um solo, na verdade você esta tocando uma seqüência de intervalos, se não fosse assim, você não iria produzir som algum que não fosse apenas o som da primeira nota tocada.  Exemplos de intervalos e seus tipos de som Intervalos tensos O intervalo entre a primeira de um escala e sua quarta aumentada: C e F# . O intervalo entre a primeira de uma escala e sua sétima maior: C e B . Intervalos relaxantes O intervalo entre a primeira de uma escala e a sua Quarta C e F O intervalo entre a primeira de uma escala e a sua Sexta C e A Para saber-mos qual é o intervalo entre duas notas, temos sempre que tomar como referência a primeira nota tocada . Após isso iremos ver onde se encontra a outra nota dentro da escala maior da primeira . Um exemplo : O intervalo entre as notas C e E . A primeira nota tocada é a nota C, portanto vamos procurar a nota E dentro da escala de C maior para saber-mos o intervalo correspondente entre as duas . A escala de C é a seguinte : C D E F G A B C Para isso vamos contar a partir da nota C até a nota E (conta-se inclusive a nota C) . O número que achamos foi 3, portanto dizemos que entre a nota C e a nota E existe um intervalo de terça. Esse intervalo irá proporcionar uma sensação sonora que é típica e exclusiva do intervalo de terça e que nenhum outro intervalo poderá reproduzir. www.cliqueapostilas.com.br
  • 15. 15 Portanto cada intervalo têm a sua identidade própria, não importando o tom em que estamos tocando . Uma mesma música pode ser tocada em tons diversos, e nem por isso ela perderá suas características . Agora que temos uma pequena noção do intervalo musical, podemos compreender como se formam as escalas. Iremos tratar em particular da escala maior, por ser esta a principal escala e mãe de todas as outras . Mas chega de explicação e vamos exemplificar mais os intervalos: Temos os seguintes intervalos: Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sétima Oitava Para você entender bem vamos a um exemplo, vamos achar os intervalos da nota "A" é só contar, seguindo a escala musical, a nota A no caso, mais o número do intervalo, a segunda de A seria B e assim por diante, veja a lista completa abaixo: Nota: "A" Segunda: B *Terça: C *Quarta: D *Quinta: E *Sexta: F Sétima: G Oitava: A (sempre a oitava é ela mesmo) Alguns intervalos terão mais afinidade com a tônica do que outros, olhando acima você verá um asterisco nos intervalos de terça/quarta/quinta/sexta, esses intervalos têm uma relação perfeita com a "tônica", experimente tocar junto a nota "A" com a "C" e assim por diante, você perceberá que elas têm uma sonoridade, elas se combinam, enquanto que os intervalos de segunda e sétima não se relacionam com a tônica, note que são as notas, posterior e a www.cliqueapostilas.com.br
  • 16. 16 anterior, então para tornar a explicação mais clara, as notas próximas à tônica não se relacionam com ela. Vamos ver agora um exemplo pratico de como os acordes são formados. Temos aqui o acorde de C maior, no modelo sem pestana, vamos ver quais notas fazem parte do acorde: C E G C E A Segunda nota do acorde é a nota E O QUE "E" SERIA DE "C" EM INTERVALOS? LEMBRE SEMPRE DE CONTAR A PARTIR DA TÔNICA! C-D-E (1-2-3) É A TERÇA DE C! E TEMOS A NOTA G QUE É QUINTA DE C C É OITAVA DE C E O RESTO É UMA REPETIÇÃO. Sempre ao ver que notas fazem parte de um acorde, associe com os intervalos, isso torna a compreensão deles muito mais fácil e clara, e todos os acordes maiores e menores se formam como no exemplo acima.  Regras Porque o acorde é maior ou menor? Qual seria a diferença entre eles? Existe um intervalo que define se o acorde é maior ou menor, é o intervalo de "terça". Nós temos dois tipos de terça: Maior/menor. A terça maior está sempre 4 casas a frente da tônica, enquanto a terça menor esta sempre 3 casas a frente da tônica. A regra é simples e matematica, quando você estiver tocando um C maior, a terça é a nota E, se você contar a partir da nota C (que é a tônica do acorde) 4 casas você cairá na nota E, portanto a terça menor de C é Eb ou D#. Isso explica por exemplo a pouca diferença que existe entre o modelo de acorde menor/maior com pestana da corda E ou A, perceba que a diferença de um para o outro é de uma nota, exatamente a "terça". www.cliqueapostilas.com.br
  • 17. 17 Nós vimos em intervalos que existem certos intervalos que se relacionam muito bem com a tônica e outros, mais especificamente o de segunda e de sétima, que não se relacionam muito bem com a tônica, mas isso não quer dizer que esses intervalos não são usados na formação de acordes! Veja o exemplo deste acorde: Am7.(A MENOR COM SÉTIMA) Vamos analisar o acorde vendo que notas fazem parte dele: Am7: E (quinta de A) G (sétima de A) C (terça de A) E (quinta) Neste acorde nós temos uma "sétima". Mas a sétima não se relaciona com a tônica, então como acorde soa tão bem? A nota G não se relaciona com o A, mas o que G seria de E que também faz parte do acorde? Seria "terça" de E! Então a conclusão e que todos os intervalos poderão ser usados desde que dentro do acorde tenha uma nota que se relaciona com ela, se pensarmos bem a probabilidade de em um acorde não ter uma nota que se relaciona com qualquer outra e praticamente nula, nós temos uma infinidade de opções, e você vai ouvir falar bastante em acordes com sétima e nona. Portanto todos os intervalos são usados na formação de acordes, é só você achar uma relação com outra nota que está formado o acorde. Tríades Um acorde é formado, caracterizado, basicamente por sua triade, como a palavra já diz, tríade são as três primeiras notas do acorde, e com essas três notas que você caracteriza o acorde, sendo as outras notas uma repetição delas mesmas. Veja abaixo algumas construções básicas de tríades. MAIOR: T/3/5 EX:C/E/G MENOR: T/3b/5 EX:C/Eb/G AUMENTADA T/3/5# EX:C/E/G# www.cliqueapostilas.com.br
  • 18. 18 DIMINUTA T/3b/5b EX:C/Eb/Gb. Conclusão Intervalo então é a distância entre duas notas. Se você toca uma nota após a outra, temos um Intervalo Melódico; se você toca duas notas diferentes ao mesmo tempo, o intervalo é Harmônico; e se você toca duas notas idênticas ao mesmo tempo, o intervalo é chamado de “Uníssono”. Os intervalos são: Nome Distância Uníssono Nenhuma 2ª Menor 1/2 tom 2ª Maior 1 tom 3ª Menor 1 1/2 tom 3ª Maior 2 tons 4ª Perfeita 2 1/2 tons 4ª Aumentada ou 5ª Diminuta (Tritone) 3 tons 5ª Perfeita 3 1/2 tons 6ª Menor 4 tons 6ª Maior 4 1/2 tons 7ª Menor 5 tons 7ª Maior 5 1/2 tons Oitava 6 tons Exemplos: - De A (5º traste da 6ª corda) a A (corda aberta): “Uníssono” - De F a B: 4ª Aumentada / 5ª Diminuta - De E a F: 2ª Menor - E assim por diante... Capítulo 4– FORMAÇÃO DE ACORDES www.cliqueapostilas.com.br
  • 19. 19 Até o momento, estavamos preocupados em estudar a melodia: os intervalos e como eles podem ser arranjados para dar origem à escala maior. Agora iremos iniciar no estudo da harmonia, formação de acorde. Como pudemos ver, podemos medir a distância entre duas notas através do intervalo entre elas. Isso é essencial para entendermos como são formados os acordes. Há quatro categorias de acordes:  Acordes maiores;  Acordes menores;  Acordes aumentados;  Acordes diminutos.  Daqui a pouco iremos tratar de cada um em particular, por enquanto estaremos falando ainda de uma forma genérica . A definição de acorde é a seguinte: 3 (tres) ou mais notas tocadas em intervalos de Terça (3ª). Vamos visualizar isto para entendermos melhor: Tomaremos como exemplo o acorde de C (dó) mair, o qual é formado pelas seguintes notas: C ----- E ----- G Vamos analisar a escala de C e a disposição dos intervalos acima dentro dela: C – D – E – F – G – A – B A nota dó é a primeira nota. Em seguida vem a nota ré que é a segunda de dó. Logo após vem a nota mi que é a terça de dó e fá que é a quarta de dó e sol que é a quinta . Podemos notar que entre as notas C e E há um intervalo de terça. Depois podemos notar também que entre E e G também temos um intervalo de terça chegando então à definição que demos que o acorde é formado por no mínimo três notas ou mais e que elas estão dispostas em intervalos de terça umas das outras. Há uma outra forma de achar-mos as notas de um acorde. A regra para isso é a seguinte: Suponhamos que a tônica é a nota Dó e queremos achar sua terça maior. Dizemos que a terça está a 2 tons em relação à tônica. Em seguida quando quiser-mos achar a quinta, dizemos que ela está a 3 tons e meio em relação à tônica. Portanto a fórmula do acorde maior básico seria a seguinte: www.cliqueapostilas.com.br
  • 20. 20 Assim podemos concluir que o acorde maior é formado por: T 3 5, tônica terça e quinta. Como dissemos há 4 tipos de acorde, acordes maiores, menores, aumentados e diminutos. O maior nós praticamente já sabemos, é o que temos estudado até aqui. Vamos ver os outros acordes, e tentar entender como são feitos: Acorde Menor. Fica mais fácil entender como funciona a estrutura do acorde menor, se entender-mos a importância da terça no acorde. É justamente ela que determina se o acorde é maior ou menor. Por exemplo, quando o acorde é maior dizemos que ele é formado por: Tônica, Terça maior e Quinta justa. No caso do acorde menor essa estrutura fica assim: Tônica, Terça menor e Quinta justa. O único intervalo alterado foi a terça. Para passar a terça de maior para menor basta diminuir meio tom. Assim se a distância da terça para a tônica no acorde maior era de 2 tons, no acorde menor essa distância será de 1 ½ tom. Portanto o acorde de Dó menor ficará assim: C – Eb – G. Portanto a fórmula ficará como a na figura abaixo: Podemos concluir assim que o acorde menor é formado por: T 3b 5. - Acorde aumentado www.cliqueapostilas.com.br
  • 21. 21 O que faz com que este acorde receba esse nome, é a alteração que fazemos na quinta. O acorde pode ser tanto maior quanto menor. A alteração a qual nos referimos, é simplesmente aumentar a quinta do acorde meio tom acima. Este acorde também é muito conhecido como acorde alterado. Mas adiante iremos estudar com mais detalhes os acordes alterados suas escalas e aplicações. O dó maior ficaria assim: dó – mi – sol#; e o menor: dó – mib – sol#. - Acorde diminuto O acorde diminuto representado pelo símbolo º recebe este nome justamente porque nós pegamos todos os intervalos do acorde maior, e diminuímos meio tom, com exceção da tônica é claro. O acorde de Cº seria assim: dó – mib – solb . Neste caso não existe acorde maior diminuto ou menor diminuto, dizemos simplesmente diminuto. A fórmula deste acorde é a seguinte: T – 3b – 5b. - Extensão de acorde São os intervalos que não fazem parte do som básico do acorde (T 3 5 7). Colocamos também a sétima por ela ser tão popular que muitos já a consideram como nota de acorde. As extensões de acorde são popularmente conhecidas com acordes dissonantes. Mas creio que este é um termo um pouco erronio, pois dissonância é o efeito sonoro e francamente, não há nada de dissonante em um acorde com nona ou sétima e nona. Para ilustrar melhor vamos dar um exemplo: Vamos entender como é formado o acorde de C7/9 (dó com sé tima e nona). Além do som básico do acorde, acrescentamos o intervalo de sétima, que é a nota Bb já que B é a sétima maior, e a nona que é a nota D uma oitava acima, veja a escala abaixo: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 C - D - E - F - G- A - Bb - C - D Neste caso em particula a nota E pode ser omitida do acorde. O motivo disto é que o acorde fica dificil de ser executado com ela, e ela também não irá fazer tanta falta como a terça ou tônoca do acorde. Capítulo 5– LEI DE FORMAÇÃO DOS ACORDES MAIS COMUNS www.cliqueapostilas.com.br
  • 22. 22 Neste capítulo daremos prosseguimento sobre a formação dos acordes. Falaremos sobre uma lei existente entre os acordes mais comuns. Preste atenção nesta dica. Existem fórmulas para a construção de um acorde. É extremamente saudável ter uma noção pelo menos das principais, pois você coloca o acorde certo, na hora certa e na posição que ele soa melhor quando está escrevendo algum riff, sem risco de erro. Como a guitarra não possui uma seqüência exatamente definida e linear como num piano, por exemplo (existem várias notas no mesmo pitch e em posições diferentes no braço -- F no primeiro traste da corda E ou no oitavo traste da corda A), pode-se notar que existem acordes que soam melhor quando tocados em uma determinada posição em um certo riff, enquanto o mesmo acorde, agora em outro lugar, soa horrível (toque um G com a D, G e B soltas e depois com pestana no terceiro traste e você vai entender o que estou falando). Nesse momento entra o conhecimento da construção dos acordes. Neste capítulo será mostrado apenas os mais comuns. Note que as fórmulas aqui mostradas estão na forma tradicional, com o baixo na tônica. No entanto, você pode colocar o baixo em qualquer nota do acorde. 1. Acordes Maiores: - Maj : Tônica - 3ª - 5ª - Maj6 : Tônica - 3ª - 5ª - 6ª - Maj6/7 : Tônica - 3ª - 5ª - 6ª - 7ª - Maj6/9 : Tônica - 3ª - 5ª - 6ª - 9ª - Maj7 : Tônica - 3ª - 5ª - 7ª - Maj7/5b : Tônica - 3ª - 5ª b - 7ª - Maj7/5# : Tônica - 3ª - 5ª # - 7ª 2. Acordes Menores: - Min: Tônica - 3ª b - 5ª - Min6 : Tônica - 3ª b - 5ª - 6ª - Min6/7 : Tônica - 3ª b - 5ª - 6ª - 7ª - Min6/9 : Tônica - 3 bª - 5ª - 6ª - 9ª - Min7 : Tônica - 3ª b - 5ª - 7ª - Min7/5b : Tônica - 3ª b - 5ª b - 7ª - Min7/5# : Tônica - 3ª b - 5ª # - 7ª 3. Acordes Suspensos: www.cliqueapostilas.com.br
  • 23. 23 - Sus2 : Tônica - 2ª - 5ª - Sus4 : Tônica - 4ª - 5ª - Sus7 : Tônica - 4ª - 5ª - 7ª 4. Acordes Dominantes: - 7 : Tônica - 3ª - 5ª - 7ª b - 7/5b : Tônica - 3ª - 5ª b - 7ª - 7/5# : Tônica - 3ª - 5ª # - 7ª b 5. Acordes Diminutos: - dim : Tônica - 3ª b - 5ª b - dim7 : Tônica - 3ª b - 5ª b - 6ª 6. Power Chord: - 5 : Tônica - 5ª Capítulo 6– ESTUDO DOS ACORDES E CAMPO HARMÔNICO  Estudo dos Acordes Toda música possui um tom. Isto quer dizer, que toda música ao ser executada, deve obedecer à uma certo campo harmônico para que a sonoridade da música seja agradável. Cada estilo Musical possui uma maneira de tratar seu campo harmônico, por exemplo, na Bossa Nova, as dissonantes (alterações de acordes) mais utilizadas são as Sétimas maiores, Nonas e Nonas Diminutas. Não que a Bossa não utilize outros acordes, porém são estas alterações que caracterizam o estilo. No Blues, a utilização de Sétimas menores é indispensável, enquanto no Jazz, as Décimas Terceiras, nonas, Sextas, e todas as alterações que se maginar, são aplicadas. Campo harmônico maior Até agora vimos como é formada a escala maior e os acordes. Iremos estudar agora o campo harmônico maior. Para entendermos melhor podemos dizer que a escala maior é o campo melódico maior e os acordes formados pela escala maior forma o campo harmônico maior. Estudamos os acordes de forma isolada até agora, o campo harmônico é o encadeamento de acordes. www.cliqueapostilas.com.br
  • 24. 24 O campo harmônico é formado pela sua escala de origem, ou seja, escala maior gera campo harmônico maior, escala maior gera campo harmônico menor. Vamos tomar como exemplo o campo harmônico de dó maior: C – Dm – Em – F – G – Am – Bº Neste momento surge a seguinte questão: como foi gerada esta seqüência de acordes ? Vamos ver passo a passo como foi feito isso: A partir da escala a qual queremos gerar o campo harmônico (no caso escala de dó maior) iremos achar acorde por acorde seguindo a regra de formação de acordes vista anteriormente. O primeiro acorde refere-se à primeira nota da escala, no caso dó maior. Para acha-lo pegue a primeira nota da escala, em seguida a terça e a quinta equivalente à aquela nota dentro da escala em questão. Depois você analisa o intervalo entre elas para determinar se o acorde é maior, menor, aumentado ou diminuto. Em seguida vá para a segunda nota da escala, ache sua terça e quinta equivalentes e repita esta operação até a última nota. A figura acima pode ser um pouco confusa mas ela ilustra as notas da escala maior que estão formando cada acorde do campo harmônico. Veja um outro exemplo abaixo: Acorde Tônica Terça / menor maior Quinta J=justa C C E maior G J Dm D F menor A J Em E G menor B J www.cliqueapostilas.com.br
  • 25. 25 F F A maior C J G G B maior D J Bº B D menor F Diminuta O campo harmônico pode ser representados por graus. Dessa forma fica mais fácil quando se está trabalhando com análise harmônica. Além do que você pose cifrar uma música apenas com os graus proporcionais aos acordes originais. Dessa forma a música fica mais fácil de ser transposta para outro tom. I – IIm – IIIm – IV – V – VIm – VIIº C Dm Em F G Am Bº Acima, campo harmônico e seus graus (representados em algarismos romanos). Nós estudamos até aqui o campo harmônico básico, ou seja, formado apenas por acordes comuns (tríades). Geralmente o campo harmônico é formado por acordes tétrades. Além de T, 3 e 5 o acorde pode conter a sétima. Dessa forma a sonoridade do C.H. fica mais sofisticada. Veja como ficaria o C.H. de dó maior: I7+ – IIm7 – IIIm7 – IV7+ – V7 – VIm7 – VIIm7(5b) C7+ - Dm7 – Em7 – F7+ - G7 – Am7 - Bm7(5b) (meio diminuto) Abaixo estão os campos harmônicos dos principais tons maiores: Ré maior: D7+ Em7 F#m7 G7+ A7 Bm7 C#m7(5b) Mi maior: E7+ F#m7 G#m7 A7+ B7 C#m7 D#m7(5b) Fá maior: F7+ Gm7 Am7 Bb7+ C7 Dm7 Em7(5b) Sol maior: G7+ Am7 Bm7 C7+ D7 Em7 F#m7(5b) Lá maior: A7+ Bm7 C#m7 D7+ E7 F#m7 G#m7(5b) Sí maior: B7+ C#m7 D#m7 E7+ F#7 G#m7 A#m7(5b) Repare que a disposição dos graus não muda, ou seja, o primeiro é sempre maior com sétima maior, o segundo e o terceiro menor com sétima, o quarto www.cliqueapostilas.com.br
  • 26. 26 maior com sétima maior, o quinto com sétima, o sexto menor com sétima e o sétimo meio diminuto. Conclusão O Campo harmônico são aqueles acordes que naturalmente são aplicados na música de acordo com sua tonalidade. Este campo obedece uma regra de percepção cujos acordes receberam nomes para que pudessemos tecar uma mesma música em qualquer tom. Um campo harmonico natural possui: Tônica(T), Dominante(D), Sub Dominante(S), Relativa da Tônica (rT), Relativa da Dominante (rD) e Relativa da Sub Dominante(rS). Imaginemos a Tonalidade de Dó Maior, e pegamos sua escala harmonica: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré... Contamos a partir da primeira nota os Graus, como: 1o, 2o, 3a, 4a, 5a, 6a, 7a, ... (Lê-se primeira, segunda, terça, quarta, ...) A partir destas duas colocações, montamos os acordes possíveis dentro da Tonalidade que abaixo segue, contendo o Campo harmônico Naturais de Dó Maior. Dó Maior: C, Dm, Em, F, G, Am Temos então : Tônica : C - A partir do 1o Grau Dominante : G - A partir do 5o Grau Sub Dominante : F - A partir do 4o Grau Relativa da Tônica: Am - A partir do 6o Grau Relativa da Sub Dominante: Dm - A partir do 2o Grau Relativa da Dominante: Em - A partir do 3o Grau Veja também algumas outras tonalidades. www.cliqueapostilas.com.br
  • 27. 27 * Si bemol Maior: Escala: Sib, Do, Re, Mib, Fa, Sol, Lab Campo: Bb, Cm, Dm, Eb, F, Gm * La Maior: Escala: La, Si, Do#, Re, Mi, Fa#, Sol# Campo: A, Bm, C#m, D, E, F#m Sol Maior: Escala: Sol, La, Si, Do, Re, Mi, Fa# Campo: G, Am, Bm, C, D, Em Tente agora montar o campo harmônico das seguintes Tonalidades para ver se você está aprendendo nossa teoria inicial dos acordes. Mi Maior: Escala: Mi, Fa#, Sol#, La, Si, Do#, Re# Mi Bemol Maior: Escala: Mib, Fa, Sol, Lab, Sib, Do, Re Capítulo 7– AFINAÇÃO NA GUITARRA Antes de entrarmos nesse assunto vamos dar uma explicação rápida sobre a posição dos guitarristas de plantão. A guitarra acústica clássica tem seis cordas, sendo elas numeradas da direita para a esquerda, de acordo com a orientação do desenho. Assim, a primeira corda é a mais aguda (a mais à direita), segue-se a segunda, e por aí a fora, até à sexta corda, que é a mais grave (a mais à esquerda). O guitarrista destro deverá ter o braço da guitarra no seu lado esquerdo, de modo a pisar as cordas com a mão esquerda e deverá usar a mão direita para fazer vibrar as cordas. www.cliqueapostilas.com.br
  • 28. 28 O guitarrista canhoto deverá, se não conseguir tocar na posição destra, ter o braço do seu lado direito, devendo neste caso proceder à troca das cordas, de modo a ter sempre acessível ao polegar que dedilha, as três cordas mais graves (4ª, 5ª e 6ª cordas). Dito isso, podemos afirmar que antes de tentar começar a tocar qualquer instrumento, deve-se proceder à afinação do mesmo. Este processo deve ser feito sempre antes de tocar, de modo a obter-se sempre a melhor sonoridade possível. Qualquer corda, com a utilização, tende a desviar-se da tensão correcta, sendo necessário afinar as cordas com alguma frequência. A afinação é simples e deverá ser automatizada, de modo a evitar a consulta desta apostila sempre que se desejar afiná-la. Há que ter especial paciência com as cordas acabadas de comprar, pois estas, nas primeiras semanas de uso, desafinam com muita frequência (um truque consiste em esticá-las bastante durante a primeira colocação, sempre com o cuidado de não abusar). A guitarra pode ser afinada de várias maneiras, consoante o estilo de música ou o som que se deseja obter e irei apresentar aqui apenas a afinação típica, que é de longe a mais utilizada. Quem perceber bem este mecanismo não terá dificuldade em mudar de afinação sem perder muito tempo (por exemplo, entre duas músicas que exijam afinações diferentes, convém efectuar rapidamente esta operação). Cada corda, quando afinada corretamente, constitui uma base com a qual se pode tocar uma escala de notas como a apresentada na primeira lição (subindo de meio em meio tom) bastando apenas deslocar o dedo que está a pisar a corda para a "divisão" acima ou para a "divisão" abaixo (estas "divisões" estão separadas pelos pontos ou trastos de metal). Há que ter especial cuidado ao pisar as cordas de modo a colocar o dedo o mais possível junto ao trasto seguinte (os trastos, como já referi, são os separadores metálicos existentes no braço) de modo a evitar que a corda ao vibrar resvale no trasto produzindo um som desagradável. Ao afinar cada corda, estamos a selecionar a nota (a frequência) inicial da escala que cada corda irá constituir. A utilização de seis cordas de diferentes espessuras dispostas paralelamente garante uma gama de quase quatro oitavas e a rápida passagem entre notas relativamente distantes uma da outra. Há que diferenciar as cordas, atribuindo-se-lhes a designação da nota que produzem soltas quando afinadas nas condições padrão. Assim, a primeira corda, a mais aguda, é o Mi, pois quando colocada na guitarra e tocada solta deverá produzir um Mi. A segunda corda é o Si. A www.cliqueapostilas.com.br
  • 29. 29 terceira o Sol, a quarta o Ré, a quinta o Lá e a sexta um Mi, este duas oitavas abaixo do Mi da primeira corda. Mas como saber se uma corda está a produzir a nota que lhe dá o nome? A solução está no uso de um diapasão. Existem já sofisticados aparelhos que tornam a tarefa de afinar mais simples e precisa, mas o diapasão, fornecendo uma precisão bastante razoável, é de todos o mais barato e portátil. O diapasão, quando posto a vibrar produz, como já referi na primeira lição, um Lá a 440 Hz. A terceira corda, o Sol, quando pisada antes do segundo trasto deverá emitir um som exatamente igual ao do diapasão. Isto porque se a terceira corda solta produz um Sol, esta corda premida antes do primeiro trasto produz um Sol #, ou Lá b. Assim, subindo o dedo para o próximo trasto, a corda produzirá um Lá. Alguns perguntarão: "Porque não utilizar a corda chamada Lá (a quinta corda) de modo a que ela solta soe igual ao diapasão? Na verdade, qualquer músico experiente usará esta corda para iniciar a afinação, colocando a corda Lá a soar solta uma oitava abaixo do diapasão. Com a experiência, será fãcil a qualquer um afinar uma corda uma oitava abaixo do som do diapasão, mas para principiantes pode-se utilizar como ponto de partida a afinação da corda Sol premida antes do segundo trasto. A afinação do som produzido por cada corda será feita rodando o carrilhão correspondente. Se as cordas estiverem bem colocadas, uma rotação no sentido horário tornará o som mais agudo, logo uma rotação anti-horária baixará a frequência. Resumindo, eis a receita de afinação, devendo ser ajustada em cada passo a corda correspondente: 1. A corda Sol (a terceira) premida antes do segundo trasto (na segunda divisão) deve soar igual ao diapasão; 2. A corda Si (a segunda) deverá produzir o mesmo som da terceira premida no quarto trasto; 3. A corda Mi (a primeira) deverá produzir o mesmo som da segunda premida no quinto trasto; www.cliqueapostilas.com.br
  • 30. 30 4. A corda Ré (a quarta) deverá produzir premida no quinto trasto, o mesmo som da terceira solta; 5. A corda Lá (a quinta) deverá produzir premida no quinto trasto, o mesmo som da quarta solta; 6. A corda Mi (a sexta) deverá produzir premida no quinto trasto, o mesmo som da quinta solta; Conclusão Caso você não tenha entendido o que colocamos acima siga esta regrinha básica. Em primeiro lugar, é necessário saber quais são as cordas (falando de afinação); elas são denominadas pela nota em que estão afinadas. Da mais fina (corda 1) para a mais grossa (corda 6), temos o seguinte: E (Mi), B (Si), G (Sol), D (Ré), A (Lá), E (Mi) -- note que a afinação E da corda 1 é mais aguda do que a da corda 6. Para afinar a guitarra, faça o seguinte: • Pegue o som da corda 6 (E grave) de uma outra guitarra, diapasão e gire a tarraxa até conseguir obter um som igual ao que você ouviu. • Aperte a corda E grave no quinto traste ("casa" do braço) e toque esta e a corda A ao mesmo tempo. Ajuste a tarraxa da A até o som ficar igual ao da corda E grave apertada no quinto traste. Isso é facilmente perceptível pois quanto maior a vibração, mais fora da afinação a corda está. • Repita o segundo item com as outras cordas, exceto a G, que deve ser apertada no quarto traste. É muito aconselhável a quem não o tem um diapasão, que o compre. Qualquer loja de música vende-os e o preço não fugirá muito dos mil escudos. Você pode usar sua pedaleira elétrica (Caso haja um afinador eletrônico embutido - geralmente as da marca Zoom têm - ou um diapasão caso tenha bastante dificuldade, mas lembre-se que saber afinar sem ajuda desses acessórios é fundamental já que numa roda de amigos ou em algum evento você não poderá contar com a ajuda deles e tem que improvisar). www.cliqueapostilas.com.br
  • 31. 31 OBS:  Afinando com auxílio de um teclado ou piano Basta voçê igualar as cordas da guitarra com as notas de um teclado, seguindo a ordem: (de cima para baixo) 1ª corda da guitarra - nota mi (grave) 2ª corda da guitarra - nota lá 3ª corda da guitarra - nota ré 4ª corda da guitarra - nota sol 5ª corda da guitarra - nota si 6ª corda da guitarra - nota mi (aguda) Capítulo 8– TEORIA MUSICAL Já vimos uma teoria introdutória em nossos estudos agora vamos ampliar pra uma mais abrangente no sentido musical. Preste atenção, pois este capítulo dará uma noção de partituras e seus respectivos símbolos e sinais. Propriedades dos sons: 1- altura: diferente entoação das notas. 2- duração: espaço de tempo em que soa o som. 3- intensidade: mesmo que volume. 4- timbre: característica que difere os sons. Ex: timbre de piano e timbre de guitarra. Elementos fundamentais da música: 1- Melodia: sucessão de sons, para a formação de uma linha musical. Ex: um solo de guitarra. 2- Harmonia: seqüência de sons simultâneos. Ex: uma progressão de acordes. 3- Ritmo: Movimento dos sons de acordo com a sua duração. 4- Para representar os sons, foram criadas as notas musicais. São 7 fundamentais, mais 5 acidentes, formando uma escala cromática de 12 notas: C C# D D# E F F# G G# A A# B www.cliqueapostilas.com.br
  • 32. 32 Fundamentais: C=Dó D=Ré E=Mi F=Fá G=Sol A=Lá B=Si As notas sem o “#”, são as notas naturais (fundamentais), que todo mundo conhece. Aquelas com o “#”, são chamadas “notas sustenidas” (por exemplo: C#=Dó Sustenido). Elas também podem ser escritas como “bemóis” (por exemplo: Db=Ré Bemol). C Db D Eb E F Gb G Ab A Bb B Quando você adiciona um sustenido à nota, você está a elevando ½ tom acima e quando você adiciona um bemol à nota, você está a elevando ½ tom abaixo. Assim, temos as notas organizadas de uma maneira cromática (em seqüência de ½ em ½ tom), uma após a outra. Nota: Dois semitons (1/2 tom) corresponde a um tom. Quando aplicamos essa teoria na guitarra, fica fácil de entender. Para cada traste que você sobe ou desce no braço, tem-se um intervalo de ½ tom (ou 1 semitom). Então, a cada 2 trastes, temos 1 tom. Por exemplo: na corda E (Mi ou 6ª corda), temos, da corda aberta até o 12º traste: E F F# G G# A A# B C C# D D# E Outro exemplo para visualização das notas pode ser um diagrama de acordes: E A e-0-(E)---|--5-(A)----| B-0-(B)---|--5-(E)----| G-1-(G#)--|--6-(C#)---| D-2-(E)---|--7-(A)----| A-2-(B)---|--7-(E)----| E-0-(E)---|--5-(A)----| Temos aqui dois acordes: E (Mi Maior) e A (Lá Maior). As notas entre parênteses são as que compõem os dados acordes. Se você observar a organização cromática das notas descritas anteriormente, e sair contando nas casas do braço a seqüência delas até chegar em um dos números indicados no diagrama, irá perceber que corresponde justamente àquela nota entre parênteses. Lendo notação musical: As notas musicais são escritas em partituras, compostas de pautas (ou pentagramas), que são aquele conjunto de cinco linhas e quatro espaços. As www.cliqueapostilas.com.br
  • 33. 33 linhas (de baixo para cima), representam as notas E, G, B, D e F; os espaços, as notas F, A, C e E. Veja um exemplo abaixo: Para podemos dar nomes às notas que colocamos na pauta, devemos colocar, no seu início, um sinal chamado clave. Existem 3 tipos de claves: de sol (sons médios), de fá (sons graves) e de dó (sons agudos). Na figura abaixo, temos, respectivamente, as claves de sol, fá e dó. Nas partituras para guitarra, é mais comum encontrarmos a clave de sol, por isso, trabalharemos apenas com essa nessa lição. Na armadura da clave (logo a sua frente), temos uma fração que determina o número de tempos por compasso (numerador) e a figura que irá determinar 1 tempo nesse compasso (denominador). Os compassos são conjuntos de tempos, divididos por barras. Todas as músicas são divididas em vários compassos. Quando o primeiro compasso de uma música vem incompleto (em um que caibam 4 tempos, existem somente 2, por exemplo), chamamos esse de anacruse. Na pauta, são escritas as figuras musicais, que indicam o tempo de duração das notas. Também são escritas as pausas, que indicam silêncio. A seguir, temos uma tabela com os valores-padrão (compasso 4/4) de cada figura e pausas, além de outros símbolos utilizados freqüentemente www.cliqueapostilas.com.br
  • 34. 34 1=Semibreve (4 tempos) 2= Mínima (2 tempos) 3= Semínima (1 tempo) 4 e 5= Colcheia (1/2 tempo) 6= Mínima com Ponto de Aumento (3 tempos) -- O Ponto de Aumento aumenta o tempo da nota em 50% do valor original. 7 e 8= Semicolcheias (1/4 de tempo) 9= Pausa de semicolcheia (1/4 de tempo) 10= Fusa (1/8 de tempo) 11= Pausa de fusa (1/8 de tempo) 12= Semifusa (1/16 avos de tempo) 13= Pausa de semifusa (1/16 avos de tempo) 14= Pausa de semínima (1 tempo) 15= Pausa de mínima (2 tempos) 16= Pausa de semibreve (4 tempos) 17= Acidentes -- Respectivamente: bemol (abaixa a nota 1/2 tom), sustenido (eleva a nota 1/2 tom), bequadro (anula os bemóis e sustenidos) e nota natural (sem acidentes). 18= Tercinas (3 notas por tempo) 19= Ligaduras -- une duas notas. Se as notas forem iguais, não devemos tocar a segunda nota. Esses valores podem mudar de acordo com a fórmula de compasso. A seguir, temos a lista dos valores de denominadores nos compassos simples: 1 = Semibreve = 1 tempo 2 = Mínima = 1 tempo 3 = Semínima = 1 tempo 4 = Mínima = 1 tempo www.cliqueapostilas.com.br
  • 35. 35 8 = Colcheia = 1 tempo 16 = Semicolcheia = 1 tempo 32 = Fusa = 1 tempo 64 = Semifusa = 1 tempo Seguindo essa tabela, temos que num compasso 4/2, por exemplo, uma Mínima vale 1 tempo, e assim por diante. Como já vimos, os compassos são divididos por barras. Cada tipo de barra representa uma coisa diferente: - Barras simples: separam um compasso do outro. - Barras duplas: indicam mudança de trecho musical. - Barras de repetição: uma das barras é mais grossa e essas possuem dois- pontos (:) ao seu lado -- indicam repetição de um trecho. - Barras finais: visualmente iguais às barras de repetição, porém, indicam o final da música. Quanto aos acidentes, anteriormente mencionados, podem aparecer de 3 maneiras distintas: - Na armadura da clave: são os sinais fixos, que valem para toda a música. - No decorrer da partitura: sinais ocorrentes -- aparecem no decorrer da partitura, tendo efeito apenas no compasso em que estão. - Entre parênteses: sinais de precaução, para evitar erros numa eventual leitura rápida - Curiosidade sobre o Assunto: Aproveitando que estamos falando em tom, você que não conhece, deveria se inteirar sobre o O Círculo Das Quintas . Trata-se de uma ferramenta muito importante quando se trata de encontrar tons musicais. Ele mostra quantos acidentes (bemóis ou sustenidos) existem em um determinado tom. Veja o Círculo: www.cliqueapostilas.com.br
  • 36. 36 É chamado de Círculo Das Quintas porque toda vez que você anda um espaço no sentido horário, você sobe uma quinta. Tente memorizá-lo. Será útil para as próximas lições. Capítulo 9– COMO LER TABLATURAS Chegamos a um ponto onde nossos estudos vão começando a ficar mais difíceis. As famosas e chatas tablaturas são consideradas um assunto super complicado. Vamos tentar detalhar todas as dúvidas com a finalidade de esclarecer esse assunto de vez. As tablaturas são fundamentais pros guitarristas. Eles utilizam muito mesmo. Os violonistas nem tanto. O que é Tablatura ? Tablatura (ou tab) é um método usado para se escrever música para instrumentos de corda, como violão, guitarra e baixo. Utiliza-se de símbolos e números para mostrar casas, variações de afinação e outros efeitos que podem ser feitos nestes instrumentos. Não a confunda com a partitura. Qual a diferença entre Tablatura e Partitura? Ambas se parecem muito (por causa das linhas). Mas a similaridade para por ai. A tablatura serve apenas para indicar acordes e solos sem noção de tempo, sendo usada apenas em instrumentos de cordas como o violão, a guitarra e o baixo. É muito boa para músicos iniciantes ou práticos, por ser de fácil entendimento. Mas tem uma desvantagem: para entendê-la, tem que se conhecer a música descrita. Já a partitura, pode-se dizer, é como se fosse a música escrita, com www.cliqueapostilas.com.br
  • 37. 37 todos os seus detalhes. Nela não precisa se conhecer a música que será tocada, pois a partitura transcreve da música para o papel todos os tempos, durações das notas, solos, acordes, etc. A partitura não indica (no caso dos instrumentos de corda) em quais casas estão as notas. Por isso mesmo, requer um conhecimento teórico (e prático) extenso, pois é um tanto quanto complexa de ser entendida. Outro ponto positivo da partitura é que esta serve para diversos instrumentos (como violinos, trompetes, trombones, etc.) Como faço para ler as Tablaturas ? É muito simples. As tablaturas consistem em linhas horizontais que indicam as cordas do instrumento. Para guitarras, teremos 6 linhas (pois temos 6 cordas), para baixo de 4 cordas, teremos 4 linhas, e assim por diante. O princípio é o mesmo para qualquer quantidade de cordas. As tablaturas podem ser apresentadas de duas formas: 1) Com a 1ª corda (Mi - e) na 1ª linha; e|------------------------------------------------------| B|------------------------------------------------------| G|------------------------------------------------------| D|------------------------------------------------------| A|------------------------------------------------------| E|------------------------------------------------------| 2) Com a 1ª corda (Mi - e) na 6ª linha; E|------------------------------------------------------| A|------------------------------------------------------| D|------------------------------------------------------| G|------------------------------------------------------| B|------------------------------------------------------| e|------------------------------------------------------| * A forma mais utilizada é a com a 1ª corda sendo indicada na 1ª linha. Um exemplo de tablatura de baixo de 4 cordas: G|------------------------------------------------------| D|------------------------------------------------------| A|------------------------------------------------------| E|------------------------------------------------------| www.cliqueapostilas.com.br
  • 38. 38 Sendo a 1ª corda a Sol (G) e a 4ª, Mi (E). Numa tablatura, as cordas a serem tocadas são indicadas por números, sendo que "0" indica corda solta e "X" corda que não deverá ser tocada (isso vale quando a tablatura indicar acordes). Veja um exemplo: e|---------------------------------| B|---------------------------------| G|---------------------------------| D|---------------------------------| A|---------------------------------| E|---0--1--2--3--------------------| Observando este exemplo, concluímos que: - devemos tocar a 6ª corda (Mi - E) solta (0); - depois tocar a mesma corda na 1ª casa (1); - depois tocar a mesma corda na 2ª casa (2); - depois tocar a mesma corda na 3ª casa (3). Outras notações usadas na tablatura Nos exemplos acima vimos apenas solos. Mas as tablaturas também podem indicar: - Acordes: Observe um acorde de C (Dó) maior na tablatura: e|-0----------------| B|-1----------------| G|-0----------------| D|-2----------------| A|-3----------------| E|-X----------------| Quando as cordas a serem tocadas aparecerem uma sobre a outra isso indicará que é um ACORDE. O "X" na 6ª corda (Mi - E) indica que esta não deverá ser tocada (pois não faz parte da formação do acorde). - Dedilhados: Observe o dedilhado da introdução da música "Consagração" da Aline Barros: www.cliqueapostilas.com.br
  • 39. 39 A9 A4 A9 e|---------0---0-----------------| B|-------0---3---3---------------| G|-----2-----------2-------------| D|---2---------------2-----------| A|-0-------------------0---------| E|-------------------------------| Logo acima da tablatura vemos as notas correspondentes ao dedilhado (que nem sempre vem presentes na tablatura). Para executar este dedilhado, dedilhamos normalmente com os dedos, seguindo o que a tablatura nos informa: primeiro tocamos a 5ª corda (A - Lá) solta (que é o baixo da nota), depois a 4ª corda (D - Ré) na 2ª casa e logo após a 3ª corda (G - Sol ) na 2ª casa também (esse é o acorde de A9). Depois, tocamos a 2ª corda (B - Si) solta, a 1ª corda (e - Mi) solta e a 3ª corda na 3ª casa (note que esse é o acorde de A4), e assim por diante, chegando novamente ao acorde de A9. - Batidas: Veja este exemplo com o ritmo de valsa: Execução: uma batida no baixo e duas nos acordes A E e|-------------------------------| B|--2-2----2-2----0-0---0-0------| G|--2-2----2-2----1-1---1-1------| D|--2-2----2-2----2-2---2-2------| A|-0------0----------------------| E|---------------0-----0---------| Os acordes executados aparecem em cima, mas nem sempre estes estão presentes. Outra forma de representar os acordes Uma forma que simplifica muito a exibição de acordes é um meio minimizado da tablatura, que indica apenas as casas que deverão ser tocadas dentro de chaves "[ ]". Observe este exemplo: [ x 3 2 0 1 0 ] Aqui podemos ver o acorde de C (Dó) maior. Veja: neste tipo de representação, as cordas estão dispostas dessa forma: [ MI Lá Ré Sol Si Mi ], ou seja: [ 6ª 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª cordas ] . O "X" indica cordas que não deverão ser tocadas e o "0" www.cliqueapostilas.com.br
  • 40. 40 cordas soltas, como numa tablatura normal. Volte até a tablatura que indica acordes: na verdade, esta é uma versão diminuta daquela representação. Os símbolos utilizados na Tablatura Além dos números que indicam as casas a serem tocadas, existem também alguns símbolos que servem para identificar efeitos feitos durante os solos. A notação desses efeitos pode variar (vai depender do autor da tablatura). Mas o mais comum é o seguinte: h - hammer-on p - pull-off b - bend para cima r - (release bend) soltar o bend / - slide up - para cima (pode-se escrever s) - slide down - para baixo (pode-se escrever s) ~ - vibrato (pode-se escrever v) t - tap x - (muffled strings ) tocar a nota abafada (som percusivo) H. - harmônico natural H.A. - harmônico artificial P.H. - pinch harmonic Tr - trill Hammer-on (h) Toque a nota normalmente com a mão direita (supondo que você seja destro) e, sem o auxílio da mão direita (ou seja, sem tocar novamente a corda), "martele" a nova nota com a mão esquerda. ejamos como exemplo o final do antigo solo da introdução de guitarra da música "Deus Eterno" do Oficina G3: e|-----------------------------| B|-6-5-3---3h5-3---------------| G|-------5-------5-4-5-4-0h2-0-| D|-----------------------------| A|-----------------------------| E|-----------------------------| No momento de realizar o hammer-on, tocamos a 2ª corda na 3ª casa e rapidamente, com algum dedo da mão esquerda, "martelamos" a 5ª casa da mesma corda. No outro hammer-on, use o mesmo esquema. Pull-off (p) www.cliqueapostilas.com.br
  • 41. 41 Pode-se dizer que um pull-off é o inverso de um hammer-on. Fazer um pull-off consiste em tocar a nota e soltar rapidamente a corda a fim de que esta soe mais alta. Veja o exemplo: e|-5p0-------------| B|-----5p0---------| G|---------4p0-----| D|-----------------| A|-----------------| E|-----------------| Primeiramente, tocamos na 1ª corda (Mi - e) a 5ª casa e rapidamente soltamos a corda para que esta soe mais alta. O mesmo acontece com os outros exemplos exibidos acima. Pull-offs e hammer-ons costumam aparecer juntos. Veja o exemplo: e|-------------------| B|-------------------| G|---5h7p5-----------| D|---------6h8p6-----| A|-------------------| E|-------------------| No primeiro caso toca-se a 3ª corda (G - Sol) na 5ª casa, martela-se com algum dedo da mão esquerda a 7ª casa depois solta-se rapidamente a 7ª casa fazendo um pull-off na 5ª casa. Note que a mão direita só tocará a 1ª nota, as outras serão executadas com hammer-ons e pull-offs. O mesmo vale para o exemplo posterior. Bend (b) e Release Bend (r) Um bend ocorre quando elevamos a nota para cima (ou para baixo) aumentando ou diminuindo sua tensão e gerando, assim, uma nota mais aguda (ou grave). Quanto mais elevarmos a nota mais aguda esta será (o contrário para a diminuição). Um número ao lado indica o quanto a nota deverá ser aumentada (ou diminuída. Nesse caso, o número apresentado para bend será menor que o da casa em questão). Veja o exemplo: e|-----------------------| B|-10b12-----------------| G|-----------------------| D|-----------------------| www.cliqueapostilas.com.br
  • 42. 42 A|-----------------------| E|-----------------------| A 2ª corda (Si - B) deve ser tocada na 10ª casa e rapidamente elevada para cima até que soe como se esta estivesse sido feita na 12ª casa (um tom acima). Mas note que o dedo continuará na 10ª casa. O bend também pode ser indicado entre parênteses: 10b(12). Mais um exemplo, agora com bend e release bend: e|-----------------------| B|-10b12---12r10---------| G|-----------------------| D|-----------------------| A|-----------------------| E|-----------------------| Faça o bend tocando na 2ª corda, 10ª casa, eleve um tom, depois toque novamente na casa (note que a casa estará elevada) e volte a tensão original. Existem bends que podem ser de meio tom (10b11), de quarto tom (10b10.5 - que equivale a meia casa) entre outros. Quando no bend não vier indicado o quanto se deve elevar a nota (10b), deve-se ouvir a música para se saber o quanto esta foi elevada. Slide up (/) e Slide down () Um slide consiste em deslizar um dedo da mão esquerda (supondo que você seja destro) para cima (up) ou para baixo (down) do braço do instrumento (lembrando que "para cima" consiste no sentido crescente das casas e "para baixo" no sentido decrescente). Vejamos um exemplo, o de um dos solos de guitarra feitos numa música: e|-----------------------------------| B|-8/10--8/10------------------------| G|------------9-7-----7-5---5--------| D|----------------10------7---7-5-7--| A|-----------------------------------| E|-----------------------------------| Logo no início do solo já surgem dois slides up. Para executá-los, toque na 2ª corda (Si - B) na 8ª casa e deslize seu dedo até a décima casa enquanto a corda ainda está soando. Para slides down (), faça o mesmo esquema do slide up, só que desta vez deslize o dedo para traz (no sentido decrescente das casas). Vejamos outros exemplos: e|-----------------------| B|-/10--10--------------| www.cliqueapostilas.com.br
  • 43. 43 G|-----------------------| D|-----------------------| A|-----------------------| E|-----------------------| Neste caso deve-se iniciar o slide em alguma das primeiras casas da 2ª corda, ir até a 10ª casa e volta a 1ª. Perceba que apenas na 1ª ida do slide é que a nota deve ser tocada. e|----------------------| B|-3/751--------------| G|----------------------| D|----------------------| A|----------------------| E|----------------------| Neste exemplo foram feitos vários slides. Toca-se na 2ª corda na 3ª casa e desliza-se até a 7ª casa, retornando logo após à 5ª casa e terminando na 1ª casa. Mas lembre-se: apenas a 1ª nota deve ser tocada. Vibrato (v ou ~) O vibrato consiste em variar o tom de uma nota, causando um efeito de "vibração". Pode ser conseguido movendo o dedo sobre a corda na casa da nota para cima e para baixo (diversos bends rápidos) ou com alavancas. Veja este exemplo: e|--------------------------------------| B|--------4/5--8------------------------| G|-----5---------7v--5---5v-------------| D|-5-7-----------------7----7--5--7-----| A|--------------------------------------| E|--------------------------------------| Ao tocarmos na 3ª corda (Sol - G) na 7ª casa, efetuamos um vibrato com o dedo (subindo e descendo a corda rapidamente) ou com uma alavanca. O legal é que se conheça a música para se saber como o vibrato deve ser feito. Tap (t) O tap (ou tapping) consiste em tocar notas com a mão direita (supondo que você seja destro) diretamente nas cordas do instrumento. Veja o exemplo: e|---------------------| B|--10h12---15t--------| www.cliqueapostilas.com.br
  • 44. 44 G|---------------------| D|---------------------| A|---------------------| E|---------------------| Aqui deve-se fazer primeiro um hammer-on tocando na 2ª corda (Si - B) na 10ª casa e martelando na 12ª casa da mesma corda e, logo após, com a mão direita, tocar na 15ª casa da mesma corda. Muffled Strings (x) Para realizar este efeito (que é comumente feito com acordes em riff), faça o acorde indicado e toque encostando apenas os dedos da mão esquerda sobre as cordas (não apertando as cordas contra o braço do instrumento), causando, assim, um efeito percusivo. Veja um exemplo: e|------------------| B|------------------| G|------------------| D|--5x--------------| A|--5x--------------| E|--3x--------------| Forma-se o acorde indicado (que é o riff do acorde Sol - G) mas não se pressiona os dedos contra o braço do instrumento, apenas encostando-os sobre as casas. Toque normalmente. Isso dará um efeito "percusivo" no acorde. Harmônico Natural (H.) Consiste em tocar a corda onde se localiza a casa da nota desejada e, após tocá-la, ainda com a corda vibrando, encostar levemente um dos dedos da mão esquerda sobre a casa desejada. Veja o exemplo: e|----------------| B|--10H.----------| G|----------------| D|----------------| A|----------------| E|----------------| Toca-se a 2ª corda (Si - B) e logo após, com a corda ainda vibrando, coloca-se levemente o dedo sobre a 10ª casa. Lembre-se: não se deve apertar a casa, mas apenas colocar levemente o dedo sobre a corda. www.cliqueapostilas.com.br
  • 45. 45 Harmônico Artificial (H.A.) Para conseguir este efeito, deve-se tocar a nota na casa indicada e logo após colocar outro dedo da mão esquerda (ou da mão direita) suavemente sobre a corda ainda vibrando. Observe o exemplo: e|----------------| B|--5H.A.(17)-----| G|----------------| D|----------------| A|----------------| E|----------------| Coloca-se algum dedo da mão esquerda na 17ª casa da 2ª corda (Si - B) e logo após, "martela-se" na casa 5 com algum dedo da mão direita. Pinch Harmonic (P.H.) Para realizar este efeito (o famoso "gritinho" feito nos solos), posiciona-se primeiramente a palheta entre as bordas do polegar e do indicador, e logo após, toca-se com firmeza a corda do instrumento. Veja o exemplo: e|----------------| B|--5P.H.---------| G|----------------| D|----------------| A|----------------| E|----------------| Toca-se com firmeza a 2ª corda (Si - B) com algum dedo da mão direita posicionada sobre a 5ª casa. DICA: comece treinando nas casas inferiores (7ª à 1ª casa), é mais fácil de se obter esse harmônico. Trill (Tr) Este efeito consiste em pull-off's e hammer-on's executados repetidamente. Veja o exemplo: e|------------------------| www.cliqueapostilas.com.br
  • 46. 46 B|--Tr3(5)3(5)3(5)...-----| G|------------------------| D|------------------------| A|------------------------| E|------------------------| Toca-se a 2ª corda (Si - B) na 3ª casa e faz-se alternância entre pull-off's e hammer-on's rapidamente. Note que "Tr" (a notação do Trill) aparece no começo do efeito. Capítulo 10– POSTURA NA GUITARRA Posição da Mão Direita Se o seu posicionamento corporal e do instrumento estiver conforme foi descrito no início deste artigo, seu antebraço direito deverá estar formando um ângulo de aproximadamente 160 graus com o braço do instrumento. Este ângulo pode variar um pouco - alguns músicos tocam com o braço quase paralelo às cordas, como uma continuação delas - mas deve-se evitar é que seu braço direito fique perpendicular às cordas. Por este motivo, começamos posicionando o instrumento à altura do abdômen - mesmo quando de pé. Quanto mais baixo, mais perpendicular ficará seu braço direito. Agora, dois enfoques básicos: o uso dos dedos e o uso da palheta. Usando os dedos da mão direita Antes de continuarmos, outro conceito, os nomes dos dedos da MD: p=polegar; i=indicador; m=médio; a=anular em inglês, respectivamente: t=thumb; p=pointer; m=medium; r=ringer Qualquer que seja seu instrumento - violão, baixo ou guitarra - existem técnicas para o uso dos dedos da mão direita ao tocar, sem a palheta. Para isto, devemos primeiro adequar a mão direita a isto. Um ponto importantíssimo para o uso dos dedos da MD (mão direita) são as unhas. O seu uso é primordial para que se obtenha um som claro e definido; sem elas, o som ficará "abafado", além da formação de calos nos dedos, o que pode interferir tb. no som, pela irregularidade da superfície. Os dedos i,m,a DEVEM ter as unhas com tamanho adequado. A unha do polegar pode ou não ser usada, de acordo com o gosto e estilo de cada músico; como o polegar geralmente trabalha com a marcação dos bordões (baixos), é até lógico que o som seja obtido de maneira diferente dos outros dedos. Alguns www.cliqueapostilas.com.br
  • 47. 47 músicos utilizam um acessório chamado "dedeira" (feita de plástico ou osso- encontrada em music shops), que substitui a unha do polegar, dando assim uma variedade no som obtido pelo músico. O uso do dedo mínimo não é muito popular, embora não seja descartado de forma alguma - músicos clásssicos, flamencos e até baixistas usam este dedo. Se vc/ estudar ou desenvolver técnicas com sua utilização, mantenha a unha deste dedo como as dos i,m,a. As unhas do i,m,a devem estar com um comprimento tal que, ao olhar o dedo pelo lado da digital, seja possível enxergar um pedaço mínimo de unha. Na prática, o comprimento deve ser tal que ao passar o dedo pela corda, seja ouvido o som obtido pela unha com facilidade, mas nunca comprida demais para dificultar a passagem do dedo pela corda (ou seja, não pode "prender" na corda). As unhas devem ser lixadas e polidas, acompanhando a forma da ponta dos dedos, sem nenhuma irregularidade, para que não "prendam" na corda ou façam barulhos indesejáveis. Mantenha-as assim para que elas o ajudem, e não o contrário. Tocando com os dedos da MD A técnica para tocar utilizando os dedos baseia-se muito no seu estilo; basicamente, a posição da mão direita será a seguinte: o pulso ficará a uma pequena distância do tampo do instrumento; a mão se posicionará sobre o aro, no violão, e na guitarra, de acordo com o som que se deseja obter (escolha de captadores e timbre) - mas numa posição semelhante. O polegar ficará separado dos outros dedos da MD, fazendo uma linha quase reta com o lado superior do antebraço. No caso de se tocar utilizando a unha, ele se posicionará da mesma forma, só que um pouco mais virado para o instrumento. Os dedos i,m,a ficam perpendiculares às cordas, semi-curvados, com as pontas dos dedos prontas para tocar as cordas. Os dedos da MD podem tocar utilizando duas técnicas: com ou sem apoio. Com apoio, eles tocarão a corda e "descansarão" na corda seguinte, sem tocá-la; sem apoio, tocarão a corda e não encostarão em corda nenhuma após o fato. Alguns músicos utilizam o apoio para o polegar e sem apoio para o resto dos dedosm, como uma forma de localizar a MD relativamente às cordas. Embora diversos professores adotem esta técnica para iniciantes, a fim de obter um condicionamento para o posicionamento da MD, deve ser utilizado por um tempo limitado, porque, embora facilite a localização das cordas, cria um vício www.cliqueapostilas.com.br
  • 48. 48 na necessidade de um "guia" para o s dedos. O guia para os seus dedos deve ser a sua técnica e o seu cérebro. Se vc. tocar baixo, defina bem seu estilo para deixar ou não as unhas da MD crescerem. O som da unha nas cordas do contrabaixo realça o som agudo, mais metálico. Se esta for sua intenção, tudo bem. Mas lembre-se: para tocar contrabaixo com as unhas vc. terá que ter cuidado dobrado com elas - as cordas são muito mais prejudiciais ao seu formato, exigindo manutenção contínua, e podem até quebrá-las. Tocando com a palheta ("picking") A palheta (pick) é um assessório obrigatório para a maioria dos guitarristas, baixistas e até violonistas modernos. Seu som é característico, claro, e seu uso com técnica apurada fornece velocidade e precisão indiscutíveis. São poucos os grandes guitarristas se utilizam somente dos dedos para tocar e solar (Mark Knopfler, do Dire Straits é um grande exemplo). As palhetas são encontradas em diversos formatos, tamanhos e espessuras. Para começar, escolha uma palheta de formato regular (quase triangular, com os cantos arredondados), de espessura média. Após acostumar-se com seu movimento, vc. pode experimentar outras espessuras e tamanhos. O posicionamento da MD para tocar com a palheta é o seguinte: ela deve ser segurada entre a polpa do dedo polegar e o nó da última articulação do dedo indicador, com a ponta voltada para as cordas do instrumento. Os outros dedos da MD devem ficar curvados para dentro da palma. NÃO se deve apoiar qualquer dedo no instrumento, NEM a mão sobre a ponte ou cavalete. Estes maus-hábitos devem ser cortados desde o início, pois são dificílimos de abandonar após instalados. (imagine vc. acostumar com o apoio na ponte e precisar, um dia, tocar com uma guitarra equipada com Floyd Rose.... vai ser engraçado - senão trágico...) A área de contato entre palheta/corda é de, no máximo, 1mm. A superfície da palheta deverá ficar paralela à corda, e não transversal. Embora alguns espertos acreditem que esta técnica dá mais velocidade, o som obtido não é claro. Existem músicos que utilizam a técnica da palhetada inclinada para obter um timbre difierente em uma ou outra música, mas não é um padrão a se seguir. Vc. deverá buscar precisão e velocidade com a técnica correta. A palheta deve ser segura de maneira firme: não com força, mas suficientemente segura para não cair durante seu uso. O movimento da palheta é obtido de duas maneiras: com o movimento dos dedos ou com o movimento do pulso. www.cliqueapostilas.com.br
  • 49. 49 O movimento de dedos é conseguido pelo movimento do polegar para frente e para trás ou para cima e para baixo, sobre a palheta, como se fosse uma gangorra, usando o dedo indicador como suporte. O curso da palheta deverá ser mínimo, para que se consiga um movimento uniforme e rápido. O movimento da palheta através do pulso é obtido ou com a rotação do pulso ou com o deslocamento do pulso para os lados. Vamos exagerar: para perceber a rotação, segure a palheta do modo correto. Agora, vire sua palma da mão para cima, e depois para baixo. Isto é rotação do pulso. É claro que este movimento deverá ser mínimo, quase imperceptível. Vamos ao deslocamento lateral. Segure a palheta do modo correto. SEM MEXER O BRAÇO direito, posicione a palheta na direção da 6a. corda, depois, na direção da 1a. Notou como sua mão desloca-se lateralmente em relação ao pulso? Vc. viu que, na verdade, as 2 maneiras podem ser efetuadas de 4 jeitos. Tente todas, para ver qual se adapta melhor a vc. Uma dica: NÃO faça o movimento vir do cotovelo. Além de descontrolado, este movimento ocasiona cansaço e dores, além de problemos ortopédicos futuros, pela tensão exagerada que é utilizada. Faça o seguinte: se o movimento através dos dedos é difícil para vc., faça os movimentos vindos do pulso, MAS CONCENTRE-SE NOS DEDOS. Parece ridículo, mas o esforço direcionado para os dedos para no pulso, e evita o movimento do cotovelo. Existem diversos estilos de palhetada, mas vamos começar com 3: sweep up, sweep down, alternate = só pra cima, só pra baixo, alternado Treine bastante desde o início para acostumar-se com o posicionamento, pulos entre as cordas, movimento. Procure obter sempre o MENOR movimento possível da MD. Isto proporciona um costume que lhe levará a dominar as palhetadas, obter clareza, técnica e velocidade com o tempo. - Sempre que for estudar ou tocar, faça um RELAX total, seguindo este guia: sente-se relaxe seu couro cabeludo relaxe suas pálpebras relaxe suas bochechas relaxe seu nariz relaxe suas orelhas relaxe sua mandíbula relaxe seu pescoço relaxe sua garganta relaxe seus ombros www.cliqueapostilas.com.br
  • 50. 50 relaxe suas costas relaxe seus deltóides relaxe seus bíceps relaxe seus tríceps relaxe seus antebraços relaxe seu peito relaxe seu abdomen relaxe seus braços relaxe sua cintura relaxe suas nádegas(he,he...) relaxe suas coxas relaxe seus calcanhares relaxe seus pés relaxe os dedos dos pés relaxe seus pulsos relaxe suas mãos e dedos Adote um exercício (provavelmente, um cromático) para aquecer, SEMPRE. Fazendo isto, no máximo em 5 min., vc. começará tocando sem tensões, e sem aquele negócio de chegar, pegar o instrumento e sair tocando, o que nem sempre traz algo produtivo de início. Capítulo 11– ESCALAS Bom, chegamos ao capítulo que todo mundo esperava. As tão faladas escalas musicais! Primeiramente, você precisa saber o que é uma escala. De uma maneira bem grotesca, mas para um fácil entendimento, uma escala é um grupo de notas que soam bem quando tocadas em grupos ("seqüências"). Mas de uma maneira bem formal podemos dizer que Escala nada mais é que uma seqüência de notas sucessivas, separadas por tons e semitons. Dependendo da forma que estão organizados estes intervalos, nós obteremos um modo maior ou menor. Em geral precisamos das escalas para fazer um solo enquanto alguém em outro violão ou teclado ou qualquer instrumento harmônico faz ao mesmo tempo uma base, a harmonia. É possível ainda solar fazendo junto a harmonia, o que dificulta um pouco mais a execução. É possível também solar e sugerir a harmonia apenas através do solo o que já é bem mais avançado. Existem duas questões básicas neste estudo que são: www.cliqueapostilas.com.br
  • 51. 51 1) a execução da escala, ou seja saber o desenho dos dedos no braço do violão (que é um exercício físico, exige muita repetição) 2) o uso da escala, ou seja saber em que casos ou circunstâncias aquela escala deve ser usada (que é um exercício mental, precisa ser decifrado pelo menos uma vez). Depois de termos uma pequena noção dos intervalos, fica fácil entender como se formam as escalas. Para tanto, basta saber uma pequena fórmula que chamada de fórmula da escala maior. A formula consiste em um conjunto de oito intervalos que são os seguintes . 1 2 3 4 5 6 7 8 Esses números representam cada nota da escala e eles são lidos como intervalo de primeira ou tônica, segunda, terça, quarta ... oitava. Mas para podermos ver realmente a cara da escala maior temos que ver a fórmula em sua totalidade. Entre cada número daqueles existe uma distância (intervalo) seja ela de um tom ou meio tom . A fórmula é apresentada a seguir: Vamos ver agora como podemos achar qualquer escala maior sabendo apenas o tom da escala . Supunhamos que a escala que queremos achar é a escala de A ( la ) maior , portanto o tom da escala é A maior então a primeira nota da escala será o próprio A maior, pois ele é que é a tônica . Em seguida vamos analisar a fórmula da escala . A primeira nota nós já sabemos, é o A, para achar-mos a segunda vamos ver o que a fórmula pede. A fórmula diz que a segunda está um tom acima da primeira , portanto vamos ver qual nota esta a um tom inteiro da nota A . A nota que está um tom acima da nota A é a nota B . Após achar-mos a segunda vamos achar a terceira nota, ou intervalo. A fórmula me diz que a www.cliqueapostilas.com.br
  • 52. 52 terça está um tom acima da primeira , portanto vamos ver que nota está um tom acima de B. A nota é C#. Agora que já achamos a tônica, segunda e terça vamos achar a próxima nota que é a quarta da escala . A fórmula me diz que a quarta esta 1/2 (meio) tom acima da terça, portanto a nota é D. Após isso vamos para a próxima que é a quinta . A fórmula me diz que a quinta esta um tom acima da quarta, portanto a nota que está um tom acima da nota D é a nota E. Vamos agora achar a sexta. A fórmula diz que a sexta está um tom acima da quinta, portanto a nota que está um tom acima da nota E é a nota F# Vamos agora achar a sétima. A fórmula diz que a sétima está um tom acima da sexta, portanto a nota que está um tom acima da nota F# é a nota G#. Vamos para a última que é a oitava . A fórmula diz que a oitava está 1/2 (meio) tom acima da sétima, portanto a nota que está meio tom acima da nota G# é a nota A. Dessa maneira, seguindo sistematicamente a fórmula, não há como errar . Achar a escala maior de qualquer tom, torna-se uma tarefa obsoleta, tendo com pré requisito o conhecimento mínima da disposição das notas musicais e a simples tarefa de decorar a fórmula e aplicar as notas dentro dela . No final dessa apostila, eu preparei alguns exercícios relacionados a tudo o que vamos estudar. Também coloquei as respostas de cada um; mas para que você possa ter algum proveito dessa apostila, faça todos os exercícios sem olhar nas resposta . Tipos de Escalas Nesta apostila não temos o objetivo de fornecer todas as escalas que existem até porque há infinitas combinações. Analiseremos e colocaremos as mais famosas e utilizadas nas músicas ok? Então vamos a elas. A Escala Maior A Escala Maior é a mais importante de todas, pois a partir dela, obtemos todas as outras escalas. A fórmula para obtermos essa escala é: Tônica - 2ª - 3ª - 4ª - 5ª - 6ª - 7ª - Oitava Os intervalos são: Tônica --1 tom--> 2ª --1 tom--> 3ª --1/2 tom--> 4ª --1 tom--> 5ª --1 tom--> 6ª --1 tom--> 7ª --1/2 tom--> 8ª www.cliqueapostilas.com.br
  • 53. 53 Exemplos: 1 - se a tônica for C (Dó), temos: C D E F G A B C (Escala Maior de Dó). 2 - se a tônica for A (Lá), temos: A B C# D E F# G# A (Escala Maior de Lá). Aplicando na guitarra: 1- Escala Maior de Dó: e----------------------------------------- B----------------------------------------- G-----------2-4-5------------------------- D-----2-3-5------------------------------- A-3-5------------------------------------- E------------------8-10-12-13-15-17-19-20- 1 3 1 2 4 1 2 4 1 2 4 1 2 4 1 2 ou 2- Escala Maior de Lá: e----------------- B----------------- G----------------- D-------------6-7- A-------5-7-9----- E-5-7-9----------- 1 2 4 1 2 4 1 2 Estes são apenas alguns exemplos de possibilidade de patterns (seqüências prontas) para a Escala Maior. Note que você pode aplicá-la em qualquer lugar do braço, colocando a tônica em posições diferentes (ex: C no 8º traste da E grave ou 1º traste da B). É importante não ficar viciado em padrões "sobe-e-desce" da escala, pois isso limita sua criatividade na hora de escrever os licks. Tente improvisar sobre a escala de diferentes formas. Esta escala soa bem sobre os acordes maiores e tem uma sonoridade "alegre". É muito utilizada em rock, country, jazz e fusion. - A Escala Menor A Escala Menor é a Escala Maior com bemóis na 3ª, 6ª e 7ª. Logo, a sua fórmula é: Tônica - 2ª - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª b - Oitava Os intervalos são: Tônica --1 tom--> 2ª --1/2 tom--> 3ª b --1 tom--> 4ª --1 tom--> 5ª --1/2 tom--> 6ª b --1 tom--> 7ª b --1 tom--> Oitava Exemplo: www.cliqueapostilas.com.br
  • 54. 54 Escala Menor de Fá: F G Ab Bb C Db Eb F Aplicando na guitarra: Fá Menor e-------------------- B-------------------- G-------------6-8-10- D------6-8-10-------- A-8-10--------------- E-------------------- 1 3 1 2 4 1 2 4 Novamente (aliás, sempre), você pode criar quantos patterns quiser sobre a escala: basta tocar em lugares diferentes do braço. Quanto a sonoridade, essa escala soa mais melancólica, é muito utilizada nos mais diferentes estilos (pop, blues, rock, fusion, country e heavy metal) e é tocada sobre acordes menores. Uma nota importante a se fazer é o fato de toda Escala Maior ter uma relativa Menor e vice-versa. Para descobrir qual é a relativa Menor, observe a 6ª nota da Escala Maior (ex: relativa menor de C é A); para a relativa Maior, veja a 3ª da Escala Menor (ex: relativa maior de D é F). Escala Pentatônica Menor Junto com a Pentatônica Maior, é a escala mais simples que você pode aprender. São apenas cinco notas . mas que soam muito bem e, pelo que me consta, é a escala mais utilizada em toda a história da guitarra elétrica. Alguns mestres nessa escala: Stevie Ray Vaughan, Eric Clapton, Jimmy Page e, claro, B.B. King e Jimi Hendrix. É uma escala fácil de se tocar porque, como o número de notas é menor, a margem de erro no improviso também é menor. A fórmula é: Tônica - 3ª b - 4ª - 5ª - 7ª b – Oitava Exemplo: Penta Menor de E e------------------------------------ B----------12-15b17--b17r15-12------- G----12-14---------------------14---- D-14------------------------------14- A------------------------------------ E------------------------------------ 3 1 3 1 2 2 1 2 2 A escala é aplicável em quase todos os estilos musicais e soa bem sobre acordes Menores, Menores com 7ª ou com 7ª Dominante www.cliqueapostilas.com.br
  • 55. 55 Escala De Blues Como o próprio nome já diz, é muito usada em blues. Trata-se de uma Pentatônica Menor com uma 5ª Menor incluída. Logo: Tônica - 3ª b - 4ª - 5ª b - 5ª - 7ª b – Oitava Exemplo -- Blues em E: E G A Bb B -D E Na guitarra, temos, em E: e-17-15---------------------------------- B-------17-15---------------------------- G-------------16-15-14-12-14b16-14-12---- D-------------------------------------14- A---------------------------------------- E---------------------------------------- Tocamos essa escala sobre acordes Menores, Menores com 7ª, Menores com 9ª, 7ª Dominante e 9ª Dominante. Escala Pentatônica Maior Essa escala é muito usada em country devido a sua sonoridade característica. Para obtê-la, utilizamos a mesma fórmula de construção do acorde Maj6/9: Tônica - 3ª - 5ª - 6ª - 9ª - Oitava ou, se você preferir (é a mesma coisa): Tônica - 2ª - 3ª - 5ª - 6ª - Oitava Exemplo -- Penta Maior de F: F G A C D F Aplicando na guitarra, em F: e---------------------------- B---------------------------- G---------------------------- D---------8-10b12-12--------- A-8-10-12------------12-10-8- E---------------------------- 1 2 4 1 2 4 4 2 1 É tocada sobre os acordes Maiores, Maiores com 7ª e com 7ª Dominante Escala Menor Harmônica É uma escala derivada da Escala Menor Natural. Apenas adicione um sustenido na 7ª: www.cliqueapostilas.com.br
  • 56. 56 Tônica - 2ª - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª - Oitava Exemplo -- Menor Harmônica em A: A B C D E F G# A Aplicando no braço: e--------------------- B--------------------- G--------------------- D-----------------6-7- A-------5-7-8-7-8----- E-5-7-8--------------- 1 2 4 1 2 4 2 4 1 2 Sua sonoridade é bem próxima a da Escala Menor Natural. Cai muito bem em solos rápidos estilo Yngwie Malmsteen (ouça esse cara tocar se você não o conhece ainda!). Escala Melódica Menor Esta escala é muito diferente das outras até agora. Ela se caracteriza por ter duas configurações diferentes, uma quando ascendendo e outra quando descendendo. Quando ascendendo, temos uma Escala Menor Natural com suas 6ª e 7ª sustenidas (assim, apenas a 3ª bemol a diferencia da Escala Maior). Já descendendo, tocamos a Escala Menor Natural, sem nenhuma alteração: Ascendendo: Tônica - 2ª - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª - 7ª - Oitava Descendendo: Tônica - 2ª - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª b – Oitava Exemplos: Ascendendo em Melódica Menor de A: A B C D E F# G# A Descendendo em Melódica Menor de A: A B C D E F G A Na guitarra, em A: e--------------------------- B--------------------------- G--------------------------- D-------------6------------- A-------5-7-9---8-7-5------- E-5-7-8---------------8-7-5- 1 2 4 1 2 4 1 4 2 1 4 2 1 Treine bem essa escala, pois é um pouco complicado de pegar o jeito no começo. Depois, quando tiver prática, ela é muito legal para solos rápidos, tipo Speed Metal. www.cliqueapostilas.com.br
  • 57. 57 Escalas Exóticas Estas são escalas não muito comuns, mas que podem aparecer no seu dia-a-dia como músico. A maioria é "fundo-de-baú", as quais você não vai encontrar tão facilmente (já ouviu falar da Escala Penta Kumoi??); as que serão mostradas aqui são as que julgo mais legais e já vi em algumas músicas. Vamos a elas: 1. Escala Espanhola: Como o próprio nome diz, possui uma sonoridade hispânica e é muito legal para algumas introduções de música. A fórumula é: Tônica - 2ª b - 3ª - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª b – Oitava Quase uma Escala Menor Natural (troca-se a 3ª bemol por uma 2ª bemol). Para uma experiência mais prática, tente emendar, antes do riff da introdução de "The Unforgiven" (Metallica), algum lick nessa escala. Fica bem legal! 2. Escala Pentatônica Egípcia: Essa aqui é muito estranha quanto ao som. Só ouvindo mesmo. A fórmula é: Tônica - 2ª - 4ª - 5ª - 7ª b - Oitava 3. Escala Napolitana Menor: Muito parecida com a Escala Espanhola, pois a única diferença é um bemol na 3ª. Aliás, você pode combinar as duas escalas, produzindo um efeito interessante, parecido com a Escala Melódica Menor. A fórmula: Tônica - 2ª b - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª b – Oitava  Outras Escalas Exóticas (Só pra vocês terem uma idéia) Menor Pentatônica F G A# C D# F G A C Hirojoshi D# G G# C D D# G G# C www.cliqueapostilas.com.br
  • 58. 58 8 Tone Spanish A# C C# D# E F F# G# A# Kumoi D# G A C D D# G B C Persian C C# E F F# G# B C Enigmatic Scale G# A# B C C# E F# G# A# Composite II G# B A A# E F# G G# B - Exercícios de Escala Veja se você está dominando um pouco esse assunto de escalas. Estamos colocando abaixo algumas delas para você praticar: Fique uns 5 min em cima de cada uma subindo e descendo. Quando vc estiver craque no dominio e sabendo qual é qual, leia o apítulo sobre improvisação que se encontra nos capítulos finais desta apostila. Cada escala e modos tem seus climas próprios para serem usados em suas músicas. Escala de Lá pentatônica menor: ---------------------------------------5--8---------------------------- --------------------------------5--8----------------------------------- -------------------------5--7------------------------------------------ ------------------5--7------------------------------------------------- ----------5--7--------------------------------------------------------- www.cliqueapostilas.com.br