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Franklin Nelson da Cruz
Gilvan Luiz Borba
Luiz Roberto Diz de Abreu
Autores
06
Bioma Caatinga –
recursos florestais e fauna
Ciências da Natureza e RealidadeD I S C I P L I N A2ª Edição
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Cruz, Franklin Nelson da.
Ciências da natureza e realidade: interdisciplinar/ Franklin
Nelson, Gilvan Luiz Borba, Luiz Roberto Diz de Abreu. – Natal, RN:
EDUFRN Editora da UFRN, 2005.
348 p.
ISBN 85-7273-285-3
1. Meio Ambiente. 2. Terra. 3. Universo. 4. Natureza. 5. Seca. I.
Borba, Gilvan Luiz. II. Abreu, Luiz Roberto Diz de. III. Título.
CDD 574.5
RN/UF/BCZM 2005/45 CDU 504
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12ª Edição Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade
Apresentação
Caracterizaremos nesta aula a biodiversidade do Bioma Caatinga em relação a sua flora e
fauna. Inicialmente, apresentaremos um panorama dos tipos de vegetação encontrados nesse
ambiente e em seguida o tipo de vegetação chamado caatinga.
Objetivo
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de traçar um perfil dos
recursos bióticos do Bioma Caatinga a partir de sua flora e fauna.
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2 Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade 2ª Edição
Caracterização da biodiversidade
do Bioma Caatinga
V
ocê já deve ter ouvido falar em biodiversidade. Atualmente, tem sido dada muita atenção
ao meio ambiente e conseqüentemente a esse assunto. Mas, afinal, o que significa
essa palavra tão utilizada nos dias de hoje? Entende-se por biodiversidade a variedade
de espécies de seres vivos (animais, vegetais, fungos e bactérias) que habitam determinada
região geográfica.
A biodiversidade de uma região é como um espelho das condições climáticas ali
encontradas, dessa forma, em climas extremamente frios teremos espécies adaptadas ao frio,
e em climas muito quentes, espécies adaptadas ao calor e à escassez de água. É interessante
observar ainda que as regiões frias do planeta são pobres em plantas e animais, enquanto na
linha do Equador, região quente, encontram-se os biomas mais ricos, com maior biodiversidade.
Em nosso clima semi-árido da caatinga, teremos uma vegetação, e conseqüentemente,
uma fauna, adaptadas e relacionadas ao clima dessa região. Por se tratar de um local de clima
seco e com poucas chuvas, existem ali, espécies adaptadas à alta incidência solar e à baixa
umidade. É uma região muito rica em xerófitas e répteis.
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32ª Edição Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade
Flora do Nordeste do Brasil
Como você deve saber, a flora representa o conjunto dos vegetais característicos de
determinada região. Podemos subdividi-la em:
 flora silvestre, que são os vegetais naturais e nativos de uma região ou de um país. Por
exemplo, o Pinheiro-do-Paraná na Floresta de Araucária, a seringueira e a pupunha da
Floresta Amazônica e a Jurema da caatiga nordestina;
 flora exótica, vegetais não nativos de uma região, introduzidos e adaptados a ela. Em
nossa região, podemos apresentar muitos exemplos de flora exótica, por exemplo, as
mangueiras, laranjeiras, limoeiros, tangerineiras e o café, que são originários da Ásia e
vieram para cá com o europeu; a algaroba do Peru e a batata dos Andes da América do Sul.
Os vegetais, além de fazerem parte da equilibrada cadeia biológica do meio ambiente
como produtores primários e realizadores da fotossíntese, possuem importância econômica
relacionada com o fornecimento de matéria-prima, pastagem natural para a criação de animais
e fonte energética.
Atividade 1
Tomando como base nossa definição de flora e de espécies nativas
e exóticas, faça a descrição da flora de sua cidade. Tente identificar
algumas espécies silvestres e exóticas. Você pode fazer isso observando
canteiros e jardins comuns no seu município.
Se você lembrar, na aula sobre o Bioma Caatinga (aula 4) vimos que os conhecimentos
sobre a caatinga começaram com botânicos estrangeiros que viajaram pelo interior do Nordeste
durante o século XIX, tal como: Johann Baptist von Spix, Carl Friedrich Phillip von Martius,
Auguste de Saint-Hilaire e George Gardner, e a estudos realizados por brasileiros, tais como:
Joaquim Monteiro de Caminhoá, J. Mariano da Conceição, Freire Alemão e Albert Loefgren.
Mesmo assim, passados aproximadamente 200 anos, dispomos de poucas informações sobre
a caracterização e quantificação dos vegetais desse Bioma.
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4 Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade 2ª Edição
Estima-se que existam cerca de 8.760 espécies de plantas no Nordeste do Brasil. Cerca de
1.981 dessas espécies (aproximadamente 23%) estão presentes na caatinga, podendo chegar
a um valor entre 2.000 e 3.000 espécies. Giuliett lista 318 espécies endêmicas (16,1%) em 42
famílias; destas, 80 são de leguminosas, 41 de cactáceas, 17 euforbiáceas, 15 malváceas, 14
bromeliáceas e 451 espécies de fungos distribuídos em 203 gêneros.
Segundo o IBGE (1974), no Nordeste brasileiro existem dez tipos de paisagens florísticas
diferentes. São elas:
 Floresta Perenifólia Higrófila Costeira;
 Floresta Perenifólia Higrófila Hileiana Baiana;
 Floresta Subcaducifólia Tropical Amazônica;
 Floresta Subcaducifólia Tropical;
 Floresta Caducifólia não Espinhosa;
 Cerrado;
 Campos;
 Campo Inundável;
 Vegetação Litorânea;
 Caatinga.
1) Floresta Perenifólia Higrófila Costeira
São matas pluviais tropicais das planícies costeiras e das encostas montanhosas do trecho
norte do Nordeste. Esse tipo de vegetação faz parte da Zona da Mata Costeira, Florestas Orientais
ou Mata Atlântica. Prolongava-se paralelamente ao litoral, desde o Cabo de São Roque (RN)
até o Rio Grande do Sul. Atualmente, resta muito pouco desta floresta e algumas espécies a
caracterizam: maçaranduba (Manilkara rufula), pau-d’arco-roxo (Tabebuia avellanedae), pau-ferro
(Caesalpinia leiostachya) e o pirauá (Basiloxylon brasiliensis), entre muitos outros. Os arbustos
e ervas mais comuns são: erva de rato (espécies do gênero Psychotria), acantáceas, gramíneas,
marantáceas e rubiáceas (Basanacantha sp). Existem poucos cipós e epífitas, destacando-se:
Bauhinia radiana, Strychnos divaricans, orquidáceas e aráceas.
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52ª Edição Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade
2) Floresta Perenifólia Higrófila Hileiana Baiana
Também é chamada de Floresta dos Tabuleiros Terciários. Suas características não diferem
muito da Mata Atlântica, já que possui árvores altas de troncos grossos. Ocorre principalmente
no sul da Bahia e norte do Espírito Santo. As espécies mais comuns encontradas são: muirajuba
(Apuleia molaris), cumaru (Dipteryx odorata), ingá-xixi (Ingá Alba), visueiro (Parkia pendula),
açaí (Euterpe oleracea), entre outras dezenas de espécies.
3) Floresta Subcaducifólia Tropical
Amazônica
Ocorre na extremidade ocidental da Região Nordeste, desde o rio
Mearim no Maranhão até o paralelo 50S. Possui clima quente, úmido
e semi-úmido, com três a cinco meses secos. É um clima de transição
entre o superúmido amazônico e o semi-árido nordestino. Caracteriza-
se por árvores altas com trinta a quarenta metros, troncos retos e de
grande diâmetro. Apresenta abundância de cipós e epífitas. As espécies
características são: seringueira (Hevea brasiliensis), castanha-do-pará
(Bertholletia excelsa), oirana (Alchorneacastaneaefolia), entre outras
dezenas de espécies.
4) Floresta Subcaducifólia Tropical
Ocorre em áreas contínuas no extremo sul da Região Nordeste, nas
chapadas, serras do Ceará (Planalto do Ibiapaba) e no centro da Bahia (chapada da Diamantina).
Esses enclaves de floresta úmida do semi-árido brasileiro são verdadeiras ilhas de Mata Atlântica
em meio à Caatinga. Por isso, são também denominados de Enclaves de Mata Atlântica, matas
úmidas e brejos de altitude. São encontrados sobre algumas formações de rochas sedimentares
e serras residuais cristalinas, todas com altitude entre 700 e 1.200 m acima do nível do mar. A
temperatura média anual é de 24oC e precipitação anual de aproximadamente 1.700 mm. Possui
vegetação semelhante a outros trechos de Mata Atlântica do nordeste, do leste e do sul do Brasil.
Em termos florísticos, é muito semelhante à Floresta Perenifólia Higrófila Costeira.
5) Floresta Caducifólia não Espinhosa
Representa uma transição entre a Mata Atlântica e a Caatinga. Corresponde ao Agreste e
à Mata Seca que acompanha a Zona da Mata do norte do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia.
Também denominam-na de Floresta Caducifólia Costeira. Ocorre em um clima mais úmido do que
a caatinga, com quatro a seis meses de duração do período seco. Predominam espécies arbóreas
e arbustivas da caatinga, porém mais altas e de troncos mais retos. Possuem árvores que atingem
entre quinze e vinte metros, com caules longos e pouco esgalhados, como o vinhático amarelo
(Plathymenia foliosa) e o ipê roxo (Tabebuia avellanedae); e árvores de sete a doze metros, como
o pau-brasil (Caesalpinia echinata) e louro pardo (Cordia trichotoma). Nos estratos arbustivos,
são abundantes as Euforbiáceas e as Caparidáceas, no estrato herbáceo predominam Gramíneas
e Bromeliáceas.
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6 Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade 2ª Edição
6) Cerrado
Esse tipo de vegetação ocupa aproximadamente um quinto do território brasileiro.
Encontramos no sul e leste do Maranhão, sudoeste do Piauí e oeste da Bahia. Relacionado ao
clima quente, semi-úmido, com quatro a cinco meses sem chuvas, suas áreas mais distintas
estão associadas a um relevo de chapadas e tabuleiros. Os cerrados são formações herbáceo-
lenhosas com árvores de pequeno porte, de troncos e galhos retorcidos, revestidos por espessa
casca. As copas das árvores e arbustos do cerrado são abertas, permitindo a passagem de luz
para os extratos herbáceos. Podem ser enumeradas como espécies mais típicas os seguintes
exemplos: sambaíba (Curatella americana), faveira (Parkia platicephala), mangaba (Hancornia
speciosa), pequi (Cariocar brasiliensis), araçá (Psidium araça), bacuri (Platonia insignis), ipê-
branco (Tabebuia roseo alba) e carnaúba (Copernicia cerifera).
7) Campos
Ocorre no oeste da Bahia, na Chapada do Espigão. Caracteriza-se por ser uma transição de
campo para o cerrado ralo. Vegetação baixa de quatro a seis metros. Ocorrem muitas espécies
tais como: pau-de-terra-mirim (Qualea gardneriana) e outras características do cerrado.
8) Campo Inundável
Encontrado no litoral do Maranhão, é conseqüência das inundações dos rios: Mearim,
Grajaú, Pindaré, Itapicuru e outros menores. Vegetação constituída basicamente pelas gramíneas:
capim-marreca (Panicum colonum), capim-amonjeaba (Sacciolepis myurus), capim-mimoso
(Panicum tricanthun) e capim-açu (Andropogon minarum), entre outros.
9) Vegetação Litorânea
Incluem-se nesta categoria as diversas formas de vegetação que ocorrem nos litorais
arenosos, como os mangues, a vegetação de praias arenosas, de dunas e as restingas. A
vegetação de praia e as dunas sofrem contínua ação dos ventos marinhos, carregados de sal.
Tal combinação confere à vegetação litorânea um aspecto particular. O capim-da-areia (Panicum
racemosum), o alecrim-da-praia (Remirea maritima), a salsa-da-praia (Ipomoea pés-caprae) e
o capim-paraturá (Spartina alternifolia) estão entre as espécies vegetais encontradas nessas
áreas. Os mangues, por sua vez, constituem-se de espécies que se desenvolvem em solos de
pequena declividade, sob a ação das marés de água salgada. No Maranhão e no litoral norte, as
espécies alcançam porte bem mais elevado, formando verdadeiras florestas. As espécies mais
representativas são: o mangue vermelho (Rhizophora mangue), o mangue siriuba (Avicenia
tomentosa) e o mangue branco (Laguncularia racemosa). A vegetação de restinga caracteriza-se
pela presença de bromélias, orquídeas e cactáceas.
10) Caatinga
Tipo de vegetação que caracteriza o Nordeste Semi-Árido. Os índios, como sempre com
muita precisão, denominaram esse tipo de vegetação de Caatinga, que significa mato branco,
esbranquiçado ou ralo; aparência que esse tipo de vegetação tem no período mais seco. Martius
a denominou “silvae aestu aphyllae”, isto é, floresta sem folhas no estio.
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72ª Edição Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade
Atividade 2
Observe o ambiente em que você vive e tente identificar um ou mais
tipos de vegetação que estudou.
A caatinga é considerada por muitos como a mais heterogênea vegetação do Brasil, por
existirem muitas variáveis em sua estrutura, principalmente em relação à altura das árvores
e à densidade da vegetação, que ocorre desde a forma de moitas baixas e isoladas até como
uma mata fechada. Possui as seguintes formas: arbórea-arbustiva aberta, arbórea-arbustiva
fechada e arbórea fechada. Alguns vegetais apresentam-se como indivíduos arbóreos em certos
locais e como arbustos raquíticos em outros.
A caatinga é constituída essencialmente de árvores e arbustos espinhentos, plantas
suculentas espinhosas e plantas herbáceas, que se desenvolvem com bastante vigor depois
das chuvas. A maioria das plantas são xerófitas. As principais características desse tipo de
vegetação são: 1) perda das folhas dos arbustos espinhentos no período da seca; 2) quase
inexistência de folhas largas, predominando folhas compostas e móveis; 3) grande ramificação
das árvores e arbustos; 4) presença de plantas crassas e espinhentas. Tais características são
adaptações evolutivas ao clima semi-árido.
Segundo Egler, a caatinga em Pernambuco pode ser subdividida, para uma melhor
caracterização, em: seca e agrupada, seca e esparsa, arbustiva densa, das serras e da Chapada
do Moxotó.
a) Caatinga seca e agrupada
Ocorre ao sul do estado nas margens do Rio São Francisco onde o relevo é pouco
acidentado, a altitudes em torno de 300 m com baixa pluviosidade (média anual inferior a 500
mm), entre nove e onze meses sem chuva, e acentuada irregularidade na estação chuvosa.
Área idêntica a essa é encontrada na Paraíba e no Rio Grande do Norte (Seridó). São comuns
xerófitas (cactáceas e bromeliáceas). As plantas se agrupam formando capões de várias ou
de uma só espécie, como xique-xique (Cereus gounellei) e macambira (Bromelia laciniosa),
deixando espaços sem qualquer vegetação. Esses agrupamentos podem ser emoldurados por
cactáceas. Ocorrem também arbustos maiores de umbuzeiro (Spondias tuberosa), umburana
(Torresea cearensis), catingueira (Caesalpinia sp.), faveleira (Jatropha phyllacantha), jurema
(Mimosa sp.), marmeleiro (Combretum sp.) e mandacaru (Cereus jamacaru).
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8 Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade 2ª Edição
b) Caatinga seca e esparsa
Ocorre também às margens do rio São Francisco. Nesse caso, os arbustos não formam
aglomerados, são isolados e faltam as cactáceas. Possui dois estratos, o mais alto de umburanas
(Torresea cearensis) e o mais baixo de pereiro (Aspidosperma pirifolium), correspondendo a
cerca de 60%; e de faveleira (Jatropha phyllacantha), catingueira (Caesalpinia sp.) e marmeleiro
(Combretum sp.), entre outros. Não ocorre cobertura herbácea. Entre a Paraíba e o Seridó (Rio
Grande do Norte) encontramos uma vegetação semelhante, mas com uma cobertura exclusiva
de capim panasco (Aristida sp.). Essas áreas possuem alta probabilidade de desertificação.
c) Caatinga arbustiva densa
Esse tipo de vegetação recobre a maior parte do semi-árido nordestino. Ocorre em todo
o agreste e na floresta estacional caducifólia espinhosa de Pernambuco (também chamada
de Caatinga arbórea). Possui maior número de árvores e um adensamento do estrato
arbustivo, interrompido somente em locais onde há afloramento de rochas não decompostas.
Encontramos o caroá (Neoglaziovia variegata), planta de valor econômico por fornecer fibra, a
baraúna (Schinopsis brasiliensis), a aroeira (Astronium urundeuva), o angico (Anadenanthera
macrocarpa), a jurema (Mimosa hostilis), a catingueira (Caesalpinia pyramidalis), a faveleira
(Jatropha phyllacantha), o pinhão-bravo (Jathropha pohliana), o marmeleiro (Cróton sp.),
cactáceas (xique-xique e palma de espinho) e bromeliáceas (macambira e caroá).
d) Caatinga das serras
Apresenta maior número de árvores e maior densidade da cobertura herbácea, com o solo
quase totalmente recoberto pelo manto vegetal. Por ocorrer em maiores altitudes, a umidade
é maior. Os vegetais também perdem as folhas nos períodos mais secos.
e) Caatinga da Chapada do Moxotó
Área de solo arenoso muito profundo com vegetação baixa e arbustiva. Ocorrem
palmeirinha ouricuri (Syagrus coronata) e facheiro (Cereus squamosos) que podem atingir
até 5 metros de altura.
Atividade 3
A partir dos nomes populares, tente identificar espécies nativas e
representantes da caatinga em sua cidade, tentando encontrar seus
nomes científicos. Como jurema, Mimosa hostilis.
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92ª Edição Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade
Culturas agrícolas
Leia a seguir um fragmento do poema “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de
Mello Neto.
- Conheço todas as roças
que nesta chã podem dar;
o algodão, a mamona,
a pita, o milho, o caroá.
- Esses roçados o banco
já não quer financiar;
mas diga-me, retirante,
o que mais fazia lá?
- Melhor do que eu ninguém
sei combater, quiçá,
tanta planta de rapina
que tenho visto por cá.
- Essas plantas de rapina
são tudo o que a terra dá;
diga-me ainda, compadre
que mais fazia por lá?
- Tirei mandioca de chãs
que o vento vive a esfolar
e de outras escalavras
pela seca faca solar.
(MELLO NETO, 2005)
Como o texto retirado de “Morte e Vida Severina” nos indica, muitos são os problemas
enfrentados pelo sertanejo em relação à agricultura, desde ervas daninhas, solos improdutivos,
seca, falta de financiamento etc. Esses problemas são decorrentes de condições meteorológicas
adversas, como a falta de chuvas, passando muitas vezes por solos não apropriados ao plantio,
manejo inadequado do solo, até a falta de uma política que incentive a agricultura dessa região.
Em relação às culturas agrícolas, percebemos mudanças no panorama há algumas
décadas. Algumas culturas estão em franco declínio e outras estão começando a tomar espaço
no campo. Um dos problemas que a região enfrenta há décadas é a introdução de grandes
áreas com somente um tipo de vegetal, monocultura, tal como ocorreu com a cana-de-açúcar
e o algodão.
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10 Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade 2ª Edição
Atividade 4
Faça um levantamento em relação às principais culturas agrícolas que
são cultivadas em sua região. A maioria delas é familiar ou para fins
comerciais? Ocorre monocultura?
A seguir, faremos um resumo de como algumas delas estão nesse momento.
 Estagnadas – não está ocorrendo modificação na quantidade em seus cultivos: algodão,
café, cebola, goiaba, castanha-de-caju e arroz.
 Em expansão – culturas que começam a apresentar crescimento principalmente devido
às exportações: coco-da-baía, manga, uva, limão, laranja, maracujá, melão, mamão,
banana e soja.
 Em declínio – são principalmente as culturas de subsistência que, por não terem sido
aperfeiçoadas astecnologias deseus cultivos e porserem predominantemente familiares,
dependem muito das condições climáticas: milho, feijão, mandioca, batata doce e mamona.
suaresposta
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112ª Edição Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade
Flora da Caatinga
ameaçada de extinção
A lista oficial do Ministério do Meio Ambiente da flora ameaçada de extinção apresenta 39
espécies para o Nordeste. Destas, apenas duas espécies são do bioma caatinga: Schinopsis
brasiliensis (baraúna) e Astronium urundeuva (aroeira-do-sertão).
Problemática da flora da Caatinga
O maior problema que a flora do Nordeste sofre é em relação ao indiscriminado uso do
solo. Inexistem, na maioria das vezes, estudos referentes ao impacto ambiental que determinada
atividade poderá causar ao meio ambiente.
Matas são cortadas para a utilização da lenha em fornos de cerâmicas, caieiras, padarias,
fabricação de carvão, retirada de estacas e mourões, implantação de pastos, ou ainda, para
projetos imobiliários. Muitas vezes, associada ao desmatamento, ocorre a queima da área,
levando à morte dos microrganismos do solo. Esses fenômenos levam geralmente à erosão, ao
empobrecimento do solo e ao assoreamento dos rios, refletindo de forma impactante no clima
da região. Grandes porções de terra, como visto na aula 4, estão em processo de desertificação
devido ao uso indiscriminado do solo.
Atividade 5
Observe no seu município quais os maiores riscos a que a vegetação
está sujeita.
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12 Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade 2ª Edição
Fauna da Caatinga
Como você deve saber, denomina-se de fauna o conjunto de animais de determinada
região. Esses animais estão adaptados às condições climáticas do local onde habitam. Dessa
forma, dentro da biosfera teremos diferentes faunas, todas elas adaptadas às condições de
cada local, certo?
No ano 2000, o Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br) realizou uma
sistematização e diagnóstico referente à fauna do Bioma Caatinga. Chegou-se à conclusão de
que existe a necessidade de se aumentar o conhecimento acerca dos recursos biológicos da
fauna da caatinga. No entanto, foi feita uma listagem na qual estão catalogadas muitas espécies.
Existem entre 348 e 695 espécies de aves nos estados do Nordeste. Destas, 15 estão presentes
em somente um estado (4,3%) (p. 222).
A ictiofauna, que corresponde ao conjunto de peixes, contempla aproximadamente de
191 a 239 espécies, com valores de espécies endêmicas entre 109 (57%) e 135 (58,7%).
Em relação aos répteis e anfíbios, ocorrem cerca de 167 espécies, sendo 24 destas (14,4%)
endêmicas.
Existem ainda 143 espécies de mamíferos, sendo 12 endêmicas (8,4%) e 187 de abelhas
(no Brasil, existem cerca de 3.000 espécies de abelhas). Destas, 30 espécies são endêmicas
(16%).
Atividade 6
Você observa muitos animais em sua região? Quais são eles? Em
que épocas aparecem mais? Existem espécies raras e ameaçadas
de extinção?
Produção pecuária
Assim, como o que observamos com as culturas agrícolas, percebemos o crescimento
e a diminuição de algumas criações, principalmente devido a dificuldades nos sistemas de
produção explorados, conforme podemos observar a seguir.
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132ª Edição Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade
Resumo
Nesta aula, você estudou a flora e fauna do Nordeste brasileiro e observou que
essa região possui uma paisagem florística muito variada e rica. Com relação à
fauna, apesar dos poucos estudos, identificou várias áreas muito importantes
com relação aos animais que ali existem.
Auto-avaliação
Trace um perfil do Bioma Caatinga em relação à flora, diferenciando os diversos tipos
de vegetação dessa região.
Caracterize a vegetação da caatinga.
Fale sobre a produção pecuária do Nordeste brasileiro e de sua cidade.
Caracterize as principais áreas em relação a sua importância biológica quanto aos
mamíferos, répteis, anfíbios e peixes.
Fale sobre os animais que estão ameaçados de extinção.
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 Em declínio – A criação de gado para corte vem diminuindo gradativamente (18 milhões
para 15 milhões). Sendo os maiores criadores os estados do Ceará, Bahia e Minas Gerais.
E a caprinocultura também apresenta panorama semelhante (10 para 7,5 milhões).
 Estável – Somente a ovinocultura tem se mantido estável, mas não dispomos neste
momento de números oficiais para a região Nordeste.
 Emcrescimento – Observamoscrescimento na comercialização de sub-produtos da pecuária
(leite, ovos e mel) e na apicultura (de 1,6 mil, em 1990, para 5,1 mil kg, em 2002).
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Referências
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: <www.mma.gov.br>. Acesso em:
13 jul. 2005.
CONSELHO NACIONAL DA RESERVA BIOMA CAATINGA. Cenários para bioma caatinga.
Recife: SECTMA, 2004.
CUNHA, Euclides da. Os sertões. Disponível em: <http://www.euclidesdacunha.org.br/>. Acesso
em: 12 jul. 2005.
FORUM ESTADUAL DA AGENDA 21 DE PERNAMBUCO. Agenda 21 do Estado de Pernambuco.
Recife: Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, 2003.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas nacional do Brasil: Região Nordeste:
Rio de Janeiro, 2000.
MELLO NETO, João Cabral de. Morte e vida severina. Disponível em: <http://www.nilc.icmc.
usp.br/literatura/morteevidaseverina.htm>. Acesso em: 12 jul. 2005.
SAMPAIO,E.V.S.B.; GIULIETTI, A.M.,VIRGÍNIO,J. et al.Vegetação e flora da caatinga. Recife:
Associação Plantas do Nordeste; Centro Nordestino de Informações sobre Plantas, 2002.
SEMINÁRIO BIODIVERSIDADE DA CAATINGA, 2000, Petrolina. Anais..., Petrolina: EMBRAPA
– Semi-Árido, 2000.
SEMINÁRIO DE PLANEJAMENTO ECORREGIONAL DA CAATINGA. Ecorregiões propostas
para o bioma caatinga. Aldeia/PE, 2001. Disponível em: <http://www.plantasdonordeste.org/
ecorregioes.html>. Acesso em: 12 jul. 2005. (1ª Etapa. 28-30 de novembro de 2001).
CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S214CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S214 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
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16 Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade 2ª Edição
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EMENTA
> Franklin Nelson da Cruz
> Gilvan Luiz Borba
> Luiz Roberto Diz de Abreu
A Ciência e seus métodos, levantamento da realidade local, o Universo, o Sistema Solar e a Terra, a atmosfera
e o clima, a biosfera, a hidrografia, a flora e a fauna, a interferência humana no meio ambiente, uma primeira
identificação de problemas ambientais.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E REALIDADE – INTERDISCIPLINAR
AUTORES
AULAS
01 Situando a Ciência no Espaço e no Tempo
02 A Terra – litosfera e hidrosfera
03 A Terra – atmosfera
04 Bioma Caatinga – recursos minerais
05 Bioma Caatinga – recursos hídricos
06 Bioma Caatinga – recursos florestais e fauna
07 Interação Sol – Terra: fluxos de Energia
08 Clima e tempo
09 O Homem – origens
10 A Hipótese Gaia
11 Poluição
12 Ciência e ética
13 Ciência, Tecnologia e Sociedade
14 Universo: uma breve apresentação
15 O Nordeste, o Homem e a Seca: natureza de uma realidade
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  • 1. aula Franklin Nelson da Cruz Gilvan Luiz Borba Luiz Roberto Diz de Abreu Autores 06 Bioma Caatinga – recursos florestais e fauna Ciências da Natureza e RealidadeD I S C I P L I N A2ª Edição CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S11CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S11 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 2. Copyright © 2007 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Divisão de Serviços Técnicos Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede” Coordenadora da Produção dos Materiais Célia Maria de Araújo Projeto Gráfico Ivana Lima Revisores de Estrutura e Linguagem Eugenio Tavares Borges Marcos Aurélio Felipe Pedro Daniel Meirelles Ferreira Tatyana Mabel Nobre Barbosa Revisoras de Língua Portuguesa Janaina Tomaz Capistrano Sandra Cristinne Xavier da Câmara Ilustradora Carolina Costa Editoração de Imagens Adauto Harley Carolina Costa Diagramadores Bruno Cruz de Oliveira Maurício da Silva Oliveira Júnior Mariana Araújo Brito Thaisa Maria Simplício Lemos Imagens Utilizadas Banco de Imagens Sedis (Secretaria de Educação a Distância) - UFRN MasterClips IMSI MasterClips Collection, 1895 Francisco Blvd, East, San Rafael, CA 94901,USA. MasterFile – www.masterfile.cpom MorgueFile – www.morguefile.com Pixel Perfect Digital – www.pixelperfectdigital.com FreeImages – www.freeimages.co.uk FreeFoto.com – www.freefoto.com Free Pictures Photos – www.fre-pictures-photos.com BigFoto – www.bigfoto.com FreeStockPhotos.com – www.freestockphotos.com OneOddDude.net – www.oneodddude.net Governo Federal Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro da Educação Fernando Haddad Secretário de Educação a Distância Ronaldo Motta Reitor José Ivonildo do Rêgo Vice-Reitor Nilsen Carvalho Fernandes de Oliveira Filho Secretária de Educação a Distância Vera Lucia do Amaral Secretaria de Educação a Distância (SEDIS) Cruz, Franklin Nelson da. Ciências da natureza e realidade: interdisciplinar/ Franklin Nelson, Gilvan Luiz Borba, Luiz Roberto Diz de Abreu. – Natal, RN: EDUFRN Editora da UFRN, 2005. 348 p. ISBN 85-7273-285-3 1. Meio Ambiente. 2. Terra. 3. Universo. 4. Natureza. 5. Seca. I. Borba, Gilvan Luiz. II. Abreu, Luiz Roberto Diz de. III. Título. CDD 574.5 RN/UF/BCZM 2005/45 CDU 504 CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S12CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S12 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 3. 12ª Edição Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade Apresentação Caracterizaremos nesta aula a biodiversidade do Bioma Caatinga em relação a sua flora e fauna. Inicialmente, apresentaremos um panorama dos tipos de vegetação encontrados nesse ambiente e em seguida o tipo de vegetação chamado caatinga. Objetivo Ao final desta aula, você deverá ser capaz de traçar um perfil dos recursos bióticos do Bioma Caatinga a partir de sua flora e fauna. CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S21CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S21 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 4. 2 Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade 2ª Edição Caracterização da biodiversidade do Bioma Caatinga V ocê já deve ter ouvido falar em biodiversidade. Atualmente, tem sido dada muita atenção ao meio ambiente e conseqüentemente a esse assunto. Mas, afinal, o que significa essa palavra tão utilizada nos dias de hoje? Entende-se por biodiversidade a variedade de espécies de seres vivos (animais, vegetais, fungos e bactérias) que habitam determinada região geográfica. A biodiversidade de uma região é como um espelho das condições climáticas ali encontradas, dessa forma, em climas extremamente frios teremos espécies adaptadas ao frio, e em climas muito quentes, espécies adaptadas ao calor e à escassez de água. É interessante observar ainda que as regiões frias do planeta são pobres em plantas e animais, enquanto na linha do Equador, região quente, encontram-se os biomas mais ricos, com maior biodiversidade. Em nosso clima semi-árido da caatinga, teremos uma vegetação, e conseqüentemente, uma fauna, adaptadas e relacionadas ao clima dessa região. Por se tratar de um local de clima seco e com poucas chuvas, existem ali, espécies adaptadas à alta incidência solar e à baixa umidade. É uma região muito rica em xerófitas e répteis. CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S22CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S22 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 5. 32ª Edição Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade Flora do Nordeste do Brasil Como você deve saber, a flora representa o conjunto dos vegetais característicos de determinada região. Podemos subdividi-la em:  flora silvestre, que são os vegetais naturais e nativos de uma região ou de um país. Por exemplo, o Pinheiro-do-Paraná na Floresta de Araucária, a seringueira e a pupunha da Floresta Amazônica e a Jurema da caatiga nordestina;  flora exótica, vegetais não nativos de uma região, introduzidos e adaptados a ela. Em nossa região, podemos apresentar muitos exemplos de flora exótica, por exemplo, as mangueiras, laranjeiras, limoeiros, tangerineiras e o café, que são originários da Ásia e vieram para cá com o europeu; a algaroba do Peru e a batata dos Andes da América do Sul. Os vegetais, além de fazerem parte da equilibrada cadeia biológica do meio ambiente como produtores primários e realizadores da fotossíntese, possuem importância econômica relacionada com o fornecimento de matéria-prima, pastagem natural para a criação de animais e fonte energética. Atividade 1 Tomando como base nossa definição de flora e de espécies nativas e exóticas, faça a descrição da flora de sua cidade. Tente identificar algumas espécies silvestres e exóticas. Você pode fazer isso observando canteiros e jardins comuns no seu município. Se você lembrar, na aula sobre o Bioma Caatinga (aula 4) vimos que os conhecimentos sobre a caatinga começaram com botânicos estrangeiros que viajaram pelo interior do Nordeste durante o século XIX, tal como: Johann Baptist von Spix, Carl Friedrich Phillip von Martius, Auguste de Saint-Hilaire e George Gardner, e a estudos realizados por brasileiros, tais como: Joaquim Monteiro de Caminhoá, J. Mariano da Conceição, Freire Alemão e Albert Loefgren. Mesmo assim, passados aproximadamente 200 anos, dispomos de poucas informações sobre a caracterização e quantificação dos vegetais desse Bioma. CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S23CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S23 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 6. 4 Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade 2ª Edição Estima-se que existam cerca de 8.760 espécies de plantas no Nordeste do Brasil. Cerca de 1.981 dessas espécies (aproximadamente 23%) estão presentes na caatinga, podendo chegar a um valor entre 2.000 e 3.000 espécies. Giuliett lista 318 espécies endêmicas (16,1%) em 42 famílias; destas, 80 são de leguminosas, 41 de cactáceas, 17 euforbiáceas, 15 malváceas, 14 bromeliáceas e 451 espécies de fungos distribuídos em 203 gêneros. Segundo o IBGE (1974), no Nordeste brasileiro existem dez tipos de paisagens florísticas diferentes. São elas:  Floresta Perenifólia Higrófila Costeira;  Floresta Perenifólia Higrófila Hileiana Baiana;  Floresta Subcaducifólia Tropical Amazônica;  Floresta Subcaducifólia Tropical;  Floresta Caducifólia não Espinhosa;  Cerrado;  Campos;  Campo Inundável;  Vegetação Litorânea;  Caatinga. 1) Floresta Perenifólia Higrófila Costeira São matas pluviais tropicais das planícies costeiras e das encostas montanhosas do trecho norte do Nordeste. Esse tipo de vegetação faz parte da Zona da Mata Costeira, Florestas Orientais ou Mata Atlântica. Prolongava-se paralelamente ao litoral, desde o Cabo de São Roque (RN) até o Rio Grande do Sul. Atualmente, resta muito pouco desta floresta e algumas espécies a caracterizam: maçaranduba (Manilkara rufula), pau-d’arco-roxo (Tabebuia avellanedae), pau-ferro (Caesalpinia leiostachya) e o pirauá (Basiloxylon brasiliensis), entre muitos outros. Os arbustos e ervas mais comuns são: erva de rato (espécies do gênero Psychotria), acantáceas, gramíneas, marantáceas e rubiáceas (Basanacantha sp). Existem poucos cipós e epífitas, destacando-se: Bauhinia radiana, Strychnos divaricans, orquidáceas e aráceas. CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S24CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S24 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 7. 52ª Edição Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade 2) Floresta Perenifólia Higrófila Hileiana Baiana Também é chamada de Floresta dos Tabuleiros Terciários. Suas características não diferem muito da Mata Atlântica, já que possui árvores altas de troncos grossos. Ocorre principalmente no sul da Bahia e norte do Espírito Santo. As espécies mais comuns encontradas são: muirajuba (Apuleia molaris), cumaru (Dipteryx odorata), ingá-xixi (Ingá Alba), visueiro (Parkia pendula), açaí (Euterpe oleracea), entre outras dezenas de espécies. 3) Floresta Subcaducifólia Tropical Amazônica Ocorre na extremidade ocidental da Região Nordeste, desde o rio Mearim no Maranhão até o paralelo 50S. Possui clima quente, úmido e semi-úmido, com três a cinco meses secos. É um clima de transição entre o superúmido amazônico e o semi-árido nordestino. Caracteriza- se por árvores altas com trinta a quarenta metros, troncos retos e de grande diâmetro. Apresenta abundância de cipós e epífitas. As espécies características são: seringueira (Hevea brasiliensis), castanha-do-pará (Bertholletia excelsa), oirana (Alchorneacastaneaefolia), entre outras dezenas de espécies. 4) Floresta Subcaducifólia Tropical Ocorre em áreas contínuas no extremo sul da Região Nordeste, nas chapadas, serras do Ceará (Planalto do Ibiapaba) e no centro da Bahia (chapada da Diamantina). Esses enclaves de floresta úmida do semi-árido brasileiro são verdadeiras ilhas de Mata Atlântica em meio à Caatinga. Por isso, são também denominados de Enclaves de Mata Atlântica, matas úmidas e brejos de altitude. São encontrados sobre algumas formações de rochas sedimentares e serras residuais cristalinas, todas com altitude entre 700 e 1.200 m acima do nível do mar. A temperatura média anual é de 24oC e precipitação anual de aproximadamente 1.700 mm. Possui vegetação semelhante a outros trechos de Mata Atlântica do nordeste, do leste e do sul do Brasil. Em termos florísticos, é muito semelhante à Floresta Perenifólia Higrófila Costeira. 5) Floresta Caducifólia não Espinhosa Representa uma transição entre a Mata Atlântica e a Caatinga. Corresponde ao Agreste e à Mata Seca que acompanha a Zona da Mata do norte do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia. Também denominam-na de Floresta Caducifólia Costeira. Ocorre em um clima mais úmido do que a caatinga, com quatro a seis meses de duração do período seco. Predominam espécies arbóreas e arbustivas da caatinga, porém mais altas e de troncos mais retos. Possuem árvores que atingem entre quinze e vinte metros, com caules longos e pouco esgalhados, como o vinhático amarelo (Plathymenia foliosa) e o ipê roxo (Tabebuia avellanedae); e árvores de sete a doze metros, como o pau-brasil (Caesalpinia echinata) e louro pardo (Cordia trichotoma). Nos estratos arbustivos, são abundantes as Euforbiáceas e as Caparidáceas, no estrato herbáceo predominam Gramíneas e Bromeliáceas. CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S25CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S25 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 8. 6 Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade 2ª Edição 6) Cerrado Esse tipo de vegetação ocupa aproximadamente um quinto do território brasileiro. Encontramos no sul e leste do Maranhão, sudoeste do Piauí e oeste da Bahia. Relacionado ao clima quente, semi-úmido, com quatro a cinco meses sem chuvas, suas áreas mais distintas estão associadas a um relevo de chapadas e tabuleiros. Os cerrados são formações herbáceo- lenhosas com árvores de pequeno porte, de troncos e galhos retorcidos, revestidos por espessa casca. As copas das árvores e arbustos do cerrado são abertas, permitindo a passagem de luz para os extratos herbáceos. Podem ser enumeradas como espécies mais típicas os seguintes exemplos: sambaíba (Curatella americana), faveira (Parkia platicephala), mangaba (Hancornia speciosa), pequi (Cariocar brasiliensis), araçá (Psidium araça), bacuri (Platonia insignis), ipê- branco (Tabebuia roseo alba) e carnaúba (Copernicia cerifera). 7) Campos Ocorre no oeste da Bahia, na Chapada do Espigão. Caracteriza-se por ser uma transição de campo para o cerrado ralo. Vegetação baixa de quatro a seis metros. Ocorrem muitas espécies tais como: pau-de-terra-mirim (Qualea gardneriana) e outras características do cerrado. 8) Campo Inundável Encontrado no litoral do Maranhão, é conseqüência das inundações dos rios: Mearim, Grajaú, Pindaré, Itapicuru e outros menores. Vegetação constituída basicamente pelas gramíneas: capim-marreca (Panicum colonum), capim-amonjeaba (Sacciolepis myurus), capim-mimoso (Panicum tricanthun) e capim-açu (Andropogon minarum), entre outros. 9) Vegetação Litorânea Incluem-se nesta categoria as diversas formas de vegetação que ocorrem nos litorais arenosos, como os mangues, a vegetação de praias arenosas, de dunas e as restingas. A vegetação de praia e as dunas sofrem contínua ação dos ventos marinhos, carregados de sal. Tal combinação confere à vegetação litorânea um aspecto particular. O capim-da-areia (Panicum racemosum), o alecrim-da-praia (Remirea maritima), a salsa-da-praia (Ipomoea pés-caprae) e o capim-paraturá (Spartina alternifolia) estão entre as espécies vegetais encontradas nessas áreas. Os mangues, por sua vez, constituem-se de espécies que se desenvolvem em solos de pequena declividade, sob a ação das marés de água salgada. No Maranhão e no litoral norte, as espécies alcançam porte bem mais elevado, formando verdadeiras florestas. As espécies mais representativas são: o mangue vermelho (Rhizophora mangue), o mangue siriuba (Avicenia tomentosa) e o mangue branco (Laguncularia racemosa). A vegetação de restinga caracteriza-se pela presença de bromélias, orquídeas e cactáceas. 10) Caatinga Tipo de vegetação que caracteriza o Nordeste Semi-Árido. Os índios, como sempre com muita precisão, denominaram esse tipo de vegetação de Caatinga, que significa mato branco, esbranquiçado ou ralo; aparência que esse tipo de vegetação tem no período mais seco. Martius a denominou “silvae aestu aphyllae”, isto é, floresta sem folhas no estio. CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S26CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S26 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 9. 72ª Edição Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade Atividade 2 Observe o ambiente em que você vive e tente identificar um ou mais tipos de vegetação que estudou. A caatinga é considerada por muitos como a mais heterogênea vegetação do Brasil, por existirem muitas variáveis em sua estrutura, principalmente em relação à altura das árvores e à densidade da vegetação, que ocorre desde a forma de moitas baixas e isoladas até como uma mata fechada. Possui as seguintes formas: arbórea-arbustiva aberta, arbórea-arbustiva fechada e arbórea fechada. Alguns vegetais apresentam-se como indivíduos arbóreos em certos locais e como arbustos raquíticos em outros. A caatinga é constituída essencialmente de árvores e arbustos espinhentos, plantas suculentas espinhosas e plantas herbáceas, que se desenvolvem com bastante vigor depois das chuvas. A maioria das plantas são xerófitas. As principais características desse tipo de vegetação são: 1) perda das folhas dos arbustos espinhentos no período da seca; 2) quase inexistência de folhas largas, predominando folhas compostas e móveis; 3) grande ramificação das árvores e arbustos; 4) presença de plantas crassas e espinhentas. Tais características são adaptações evolutivas ao clima semi-árido. Segundo Egler, a caatinga em Pernambuco pode ser subdividida, para uma melhor caracterização, em: seca e agrupada, seca e esparsa, arbustiva densa, das serras e da Chapada do Moxotó. a) Caatinga seca e agrupada Ocorre ao sul do estado nas margens do Rio São Francisco onde o relevo é pouco acidentado, a altitudes em torno de 300 m com baixa pluviosidade (média anual inferior a 500 mm), entre nove e onze meses sem chuva, e acentuada irregularidade na estação chuvosa. Área idêntica a essa é encontrada na Paraíba e no Rio Grande do Norte (Seridó). São comuns xerófitas (cactáceas e bromeliáceas). As plantas se agrupam formando capões de várias ou de uma só espécie, como xique-xique (Cereus gounellei) e macambira (Bromelia laciniosa), deixando espaços sem qualquer vegetação. Esses agrupamentos podem ser emoldurados por cactáceas. Ocorrem também arbustos maiores de umbuzeiro (Spondias tuberosa), umburana (Torresea cearensis), catingueira (Caesalpinia sp.), faveleira (Jatropha phyllacantha), jurema (Mimosa sp.), marmeleiro (Combretum sp.) e mandacaru (Cereus jamacaru). CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S27CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S27 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 10. 8 Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade 2ª Edição b) Caatinga seca e esparsa Ocorre também às margens do rio São Francisco. Nesse caso, os arbustos não formam aglomerados, são isolados e faltam as cactáceas. Possui dois estratos, o mais alto de umburanas (Torresea cearensis) e o mais baixo de pereiro (Aspidosperma pirifolium), correspondendo a cerca de 60%; e de faveleira (Jatropha phyllacantha), catingueira (Caesalpinia sp.) e marmeleiro (Combretum sp.), entre outros. Não ocorre cobertura herbácea. Entre a Paraíba e o Seridó (Rio Grande do Norte) encontramos uma vegetação semelhante, mas com uma cobertura exclusiva de capim panasco (Aristida sp.). Essas áreas possuem alta probabilidade de desertificação. c) Caatinga arbustiva densa Esse tipo de vegetação recobre a maior parte do semi-árido nordestino. Ocorre em todo o agreste e na floresta estacional caducifólia espinhosa de Pernambuco (também chamada de Caatinga arbórea). Possui maior número de árvores e um adensamento do estrato arbustivo, interrompido somente em locais onde há afloramento de rochas não decompostas. Encontramos o caroá (Neoglaziovia variegata), planta de valor econômico por fornecer fibra, a baraúna (Schinopsis brasiliensis), a aroeira (Astronium urundeuva), o angico (Anadenanthera macrocarpa), a jurema (Mimosa hostilis), a catingueira (Caesalpinia pyramidalis), a faveleira (Jatropha phyllacantha), o pinhão-bravo (Jathropha pohliana), o marmeleiro (Cróton sp.), cactáceas (xique-xique e palma de espinho) e bromeliáceas (macambira e caroá). d) Caatinga das serras Apresenta maior número de árvores e maior densidade da cobertura herbácea, com o solo quase totalmente recoberto pelo manto vegetal. Por ocorrer em maiores altitudes, a umidade é maior. Os vegetais também perdem as folhas nos períodos mais secos. e) Caatinga da Chapada do Moxotó Área de solo arenoso muito profundo com vegetação baixa e arbustiva. Ocorrem palmeirinha ouricuri (Syagrus coronata) e facheiro (Cereus squamosos) que podem atingir até 5 metros de altura. Atividade 3 A partir dos nomes populares, tente identificar espécies nativas e representantes da caatinga em sua cidade, tentando encontrar seus nomes científicos. Como jurema, Mimosa hostilis. CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S28CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S28 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 11. 92ª Edição Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade Culturas agrícolas Leia a seguir um fragmento do poema “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Mello Neto. - Conheço todas as roças que nesta chã podem dar; o algodão, a mamona, a pita, o milho, o caroá. - Esses roçados o banco já não quer financiar; mas diga-me, retirante, o que mais fazia lá? - Melhor do que eu ninguém sei combater, quiçá, tanta planta de rapina que tenho visto por cá. - Essas plantas de rapina são tudo o que a terra dá; diga-me ainda, compadre que mais fazia por lá? - Tirei mandioca de chãs que o vento vive a esfolar e de outras escalavras pela seca faca solar. (MELLO NETO, 2005) Como o texto retirado de “Morte e Vida Severina” nos indica, muitos são os problemas enfrentados pelo sertanejo em relação à agricultura, desde ervas daninhas, solos improdutivos, seca, falta de financiamento etc. Esses problemas são decorrentes de condições meteorológicas adversas, como a falta de chuvas, passando muitas vezes por solos não apropriados ao plantio, manejo inadequado do solo, até a falta de uma política que incentive a agricultura dessa região. Em relação às culturas agrícolas, percebemos mudanças no panorama há algumas décadas. Algumas culturas estão em franco declínio e outras estão começando a tomar espaço no campo. Um dos problemas que a região enfrenta há décadas é a introdução de grandes áreas com somente um tipo de vegetal, monocultura, tal como ocorreu com a cana-de-açúcar e o algodão. CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S29CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S29 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 12. 10 Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade 2ª Edição Atividade 4 Faça um levantamento em relação às principais culturas agrícolas que são cultivadas em sua região. A maioria delas é familiar ou para fins comerciais? Ocorre monocultura? A seguir, faremos um resumo de como algumas delas estão nesse momento.  Estagnadas – não está ocorrendo modificação na quantidade em seus cultivos: algodão, café, cebola, goiaba, castanha-de-caju e arroz.  Em expansão – culturas que começam a apresentar crescimento principalmente devido às exportações: coco-da-baía, manga, uva, limão, laranja, maracujá, melão, mamão, banana e soja.  Em declínio – são principalmente as culturas de subsistência que, por não terem sido aperfeiçoadas astecnologias deseus cultivos e porserem predominantemente familiares, dependem muito das condições climáticas: milho, feijão, mandioca, batata doce e mamona. suaresposta CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S210CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S210 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 13. 112ª Edição Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade Flora da Caatinga ameaçada de extinção A lista oficial do Ministério do Meio Ambiente da flora ameaçada de extinção apresenta 39 espécies para o Nordeste. Destas, apenas duas espécies são do bioma caatinga: Schinopsis brasiliensis (baraúna) e Astronium urundeuva (aroeira-do-sertão). Problemática da flora da Caatinga O maior problema que a flora do Nordeste sofre é em relação ao indiscriminado uso do solo. Inexistem, na maioria das vezes, estudos referentes ao impacto ambiental que determinada atividade poderá causar ao meio ambiente. Matas são cortadas para a utilização da lenha em fornos de cerâmicas, caieiras, padarias, fabricação de carvão, retirada de estacas e mourões, implantação de pastos, ou ainda, para projetos imobiliários. Muitas vezes, associada ao desmatamento, ocorre a queima da área, levando à morte dos microrganismos do solo. Esses fenômenos levam geralmente à erosão, ao empobrecimento do solo e ao assoreamento dos rios, refletindo de forma impactante no clima da região. Grandes porções de terra, como visto na aula 4, estão em processo de desertificação devido ao uso indiscriminado do solo. Atividade 5 Observe no seu município quais os maiores riscos a que a vegetação está sujeita. CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S211CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S211 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 14. 12 Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade 2ª Edição Fauna da Caatinga Como você deve saber, denomina-se de fauna o conjunto de animais de determinada região. Esses animais estão adaptados às condições climáticas do local onde habitam. Dessa forma, dentro da biosfera teremos diferentes faunas, todas elas adaptadas às condições de cada local, certo? No ano 2000, o Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br) realizou uma sistematização e diagnóstico referente à fauna do Bioma Caatinga. Chegou-se à conclusão de que existe a necessidade de se aumentar o conhecimento acerca dos recursos biológicos da fauna da caatinga. No entanto, foi feita uma listagem na qual estão catalogadas muitas espécies. Existem entre 348 e 695 espécies de aves nos estados do Nordeste. Destas, 15 estão presentes em somente um estado (4,3%) (p. 222). A ictiofauna, que corresponde ao conjunto de peixes, contempla aproximadamente de 191 a 239 espécies, com valores de espécies endêmicas entre 109 (57%) e 135 (58,7%). Em relação aos répteis e anfíbios, ocorrem cerca de 167 espécies, sendo 24 destas (14,4%) endêmicas. Existem ainda 143 espécies de mamíferos, sendo 12 endêmicas (8,4%) e 187 de abelhas (no Brasil, existem cerca de 3.000 espécies de abelhas). Destas, 30 espécies são endêmicas (16%). Atividade 6 Você observa muitos animais em sua região? Quais são eles? Em que épocas aparecem mais? Existem espécies raras e ameaçadas de extinção? Produção pecuária Assim, como o que observamos com as culturas agrícolas, percebemos o crescimento e a diminuição de algumas criações, principalmente devido a dificuldades nos sistemas de produção explorados, conforme podemos observar a seguir. CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S212CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S212 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 15. 132ª Edição Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade Resumo Nesta aula, você estudou a flora e fauna do Nordeste brasileiro e observou que essa região possui uma paisagem florística muito variada e rica. Com relação à fauna, apesar dos poucos estudos, identificou várias áreas muito importantes com relação aos animais que ali existem. Auto-avaliação Trace um perfil do Bioma Caatinga em relação à flora, diferenciando os diversos tipos de vegetação dessa região. Caracterize a vegetação da caatinga. Fale sobre a produção pecuária do Nordeste brasileiro e de sua cidade. Caracterize as principais áreas em relação a sua importância biológica quanto aos mamíferos, répteis, anfíbios e peixes. Fale sobre os animais que estão ameaçados de extinção. 1 2 3 4 5  Em declínio – A criação de gado para corte vem diminuindo gradativamente (18 milhões para 15 milhões). Sendo os maiores criadores os estados do Ceará, Bahia e Minas Gerais. E a caprinocultura também apresenta panorama semelhante (10 para 7,5 milhões).  Estável – Somente a ovinocultura tem se mantido estável, mas não dispomos neste momento de números oficiais para a região Nordeste.  Emcrescimento – Observamoscrescimento na comercialização de sub-produtos da pecuária (leite, ovos e mel) e na apicultura (de 1,6 mil, em 1990, para 5,1 mil kg, em 2002). CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S213CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S213 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 16. 14 Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade 2ª Edição Referências BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: <www.mma.gov.br>. Acesso em: 13 jul. 2005. CONSELHO NACIONAL DA RESERVA BIOMA CAATINGA. Cenários para bioma caatinga. Recife: SECTMA, 2004. CUNHA, Euclides da. Os sertões. Disponível em: <http://www.euclidesdacunha.org.br/>. Acesso em: 12 jul. 2005. FORUM ESTADUAL DA AGENDA 21 DE PERNAMBUCO. Agenda 21 do Estado de Pernambuco. Recife: Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, 2003. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas nacional do Brasil: Região Nordeste: Rio de Janeiro, 2000. MELLO NETO, João Cabral de. Morte e vida severina. Disponível em: <http://www.nilc.icmc. usp.br/literatura/morteevidaseverina.htm>. Acesso em: 12 jul. 2005. SAMPAIO,E.V.S.B.; GIULIETTI, A.M.,VIRGÍNIO,J. et al.Vegetação e flora da caatinga. Recife: Associação Plantas do Nordeste; Centro Nordestino de Informações sobre Plantas, 2002. SEMINÁRIO BIODIVERSIDADE DA CAATINGA, 2000, Petrolina. Anais..., Petrolina: EMBRAPA – Semi-Árido, 2000. SEMINÁRIO DE PLANEJAMENTO ECORREGIONAL DA CAATINGA. Ecorregiões propostas para o bioma caatinga. Aldeia/PE, 2001. Disponível em: <http://www.plantasdonordeste.org/ ecorregioes.html>. Acesso em: 12 jul. 2005. (1ª Etapa. 28-30 de novembro de 2001). CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S214CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S214 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 17. 152ª Edição Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade Anotações CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S215CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S215 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 18. 16 Aula 06 Ciências da Natureza e Realidade 2ª Edição Anotações CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S216CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S216 25/05/10 09:2725/05/10 09:27
  • 19. EMENTA > Franklin Nelson da Cruz > Gilvan Luiz Borba > Luiz Roberto Diz de Abreu A Ciência e seus métodos, levantamento da realidade local, o Universo, o Sistema Solar e a Terra, a atmosfera e o clima, a biosfera, a hidrografia, a flora e a fauna, a interferência humana no meio ambiente, uma primeira identificação de problemas ambientais. CIÊNCIAS DA NATUREZA E REALIDADE – INTERDISCIPLINAR AUTORES AULAS 01 Situando a Ciência no Espaço e no Tempo 02 A Terra – litosfera e hidrosfera 03 A Terra – atmosfera 04 Bioma Caatinga – recursos minerais 05 Bioma Caatinga – recursos hídricos 06 Bioma Caatinga – recursos florestais e fauna 07 Interação Sol – Terra: fluxos de Energia 08 Clima e tempo 09 O Homem – origens 10 A Hipótese Gaia 11 Poluição 12 Ciência e ética 13 Ciência, Tecnologia e Sociedade 14 Universo: uma breve apresentação 15 O Nordeste, o Homem e a Seca: natureza de uma realidade CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S31CI_NAT_A06_RAAR_250510.indd S31 25/05/10 09:2725/05/10 09:27