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Prevalência do uso do álcool na
CHESF
Marília Verri de Santana
Março, 2009
Alcoolismo
 Síndrome de Dependência Alcoólica – SDA, conhecida
como alcoolismo. Edwards e Gross (1976 apud Gigliotti e Bessa,
2004)
 Tipos de usuário: o usuário social, o usuário problema e o
usuário dependente.
 Para o Ministério da Saúde e Organização Mundial de
Saúde - OMS, o termo “alcoolismo significa dependência do
álcool e/ou problemas com o uso abusivo dessa substância”
Vaissman (2004) p.187.
Alcoolismo no Trabalho
 Problemas no trabalho: absenteísmo, atrasos frequentes,
acidentes de trabalho, diminuição no rendimento,
indisciplina, problemas de relacionamento, endividamento,
entre outros.
 Vaismann (1998) apud Senad (2006)
 10 a 15% dos trabalhadores brasileiros apresentam dependência ou
problemas de abuso do álcool,
 Estes têm 5x mais chances de sofrer acidentes de trabalho,
 Representam 50% do total de absenteísmo e licenças médicas e
 8x mais diárias hospitalares.
Uso do Álcool no Brasil
Consumo de álcool nas 108 maiores cidades brasileiras.
2001 2005
Uso na vida 68.7% 74.6%
Dependência 11.2% 12,3%
Fonte: Carlini (2006)
Aumento no uso na vida,
porém dependência mostra certa constância.
Justificativa
 Problema de saúde pública
 Impacto no ambiente organizacional
 Risco elétrico
 Conhecer a realidade sobre o consumo de álcool dos
empregados para melhor intervir junto aos trabalhadores
 Contribuir na prevenção de falhas e acidentes de trabalho
 Promover a saúde dos trabalhadores
 Aumentar produtividade
 Reduzir perdas e otimizar custos da empresa
 Algumas pesquisas já realizadas com enfoques e
metodologias diferentes.
Objetivo
 Este estudo objetiva analisar comparativamente as
metodologias e os resultados de duas pesquisas realizadas
entre 2006 e 2007 na Companhia Hidro Elétrica do São
Francisco – CHESF, no que tange à questão do álcool, de
modo a fortalecer o conhecimento desenvolvido.
Estudo de Santana(2007)
 Estudo de corte transversal - prevalência do nível de risco
em relação ao álcool e do nível de dano no trabalho
relacionado ao consumo de bebidas alcoólicas com toda a
população selecionada.
 População de 139 empregados da CHESF lotados na
cidade de Teresina - PI.
 Homens com cargos de nível fundamental e médio,
Manutenção 53.24%
Operação 28.06%
Administrativo 18.71%
Composição da população estudada
Metodologia Santana (2007)
 Utilizou o AUDIT - Teste para Identificação de Problemas
Relacionados ao Uso de Álcool
 Classificação: uso de baixo risco, usuário de risco, uso nocivo e
provável dependência
 Questionário de nível de dano no trabalho, desenvolvido
pelas pesquisadoras.
 Avalia gravidade de dano no trabalho em decorrência do consumo do
álcool
 Classificação: baixo dano, nível de dano
 Questionários anônimos
 Assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Resultados Santana(2007)
 Resultados AUDIT
 67,4% baixo risco;
 21,2% uso de risco;
 4,5% uso nocivo;
 0,8% em provável dependência.
 6,1% informações incompletas.
 Resultados Nível de dano no trabalho
 75,2% baixo dano e prejuízo
 24,8% danos no trabalho
 Associação estatisticamente significativa entre o nível de
dano e a escolaridade:
 As pessoas com escolaridade inferior ao nível médio
completo apresentaram uma Razão de Prevalência de 2,20
com IC (1,35 < RP < 3.59);
 Associação entre o nível de risco do AUDIT e o nível de
dano, com Razão de Prevalência de 2,38 com IC (1,29<
RP< 4,36);
 Não houve associação entre trabalhar em área energizada e
ter maior risco de consumo de álcool e maior nível de dano
no trabalho do que os de área administrativa.
Resultados Santana(2007)
Estudo de Melcop (2007)
 Investigar de forma ampla a saúde e qualidade de vida dos
trabalhadores desta empresa.
 População: 5700 empregados
 Amostra: 543 empregados - simples e estratificada
 Estudo de corte transversal - prevalência dos eventos.
Homens 76.61%
Mulheres 23.39%
Composição da amostra segundo sexo
Percentual da amostra segundo localidade,
Melcop (2007)
Sede
GRP/APA
GRL GRS/ASV
GRO GRB
GRN
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Localidade
Estudo de Melcop (2007)
Metodologia de Melcop (2007)
 Questionário NHSDA (National Household Surveys on Drugs
Abuse) baseado em seis itens do diagnóstico utilizado pelo
DSM-III-R
 Avalia dependência para todas as drogas
 Uso regular: fazer uso de álcool pelo menos três dias por
semana
 Questionários anônimos
 Assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
 Prevalência de uso na vida: 87,1%
 Uso regular: 10,3%
 Dependentes: 13,4%
 Homens 2,5 vezes maior que mulheres
 Homens 15,6% e mulheres 6,3%.
Resultados de Melcop (2007)
 Segundo a própria auto-avaliação
 83,7% afirmam não depender do álcool no dia a dia;
 12,7% afirmaram depender pouco;
 3,3% “mais ou menos”;
 0,3% muito dependentes do álcool para levar o dia a dia
 0,0% afirmou depender extremamente do álcool.
 Consumo de álcool após a admissão na CHESF.
 13,9% diminuíram o consumo após a entrada na empresa;
 11% aumentaram o consumo;
 21,5% pararam de beber (27,1% mulher e 20,5% homem).
 53,5% não alterou a freqüência do uso do álcool.
 Diferenças não apresentaram significância estatística.
Resultados Melcop (2007)
 Não associação entre dependência de álcool e faixa etária, estado
conjugal, raça/cor, religião, companhia na habitação, posse de filhos,
tempo de serviço na CHESF, duração da jornada de trabalho e
ocupação de cargo de confiança.
 Não investigou associação com a função.
 Associação com escolaridade, escritório de trabalho e cargo.
 Escolaridade até o primeiro grau: maior prevalência de dependência do
álcool do que segundo grau e nível superior.
 Escritório de trabalho: GRN, GRL e GRO mais dependentes.
 Auxiliares Técnicos e Técnicos de Nível Universitário maiores índices de
dependência que Assistentes Técnicos e demais cargos de nível
superior.
 Não tem religião: 17,6% de dependentes
 Solteiros: 20,5% - ambos acima da média encontrada.
 Empregados abaixo de 30 anos: 19,2% dependentes
 Carlini et. al. (2006) faixas etárias de 18 a 24 anos 19,2% e de 25 a 34
anos 14,7% diagnóstico de dependência, prevalência maior que a faixa
acima dos 35 anos.
 Necessidade de se trabalhar a prevenção do uso prejudicial junto ao
público mais jovem.
 Necessidade de ser feita a busca ativa para o tratamento de alcoolismo.
 Em geral a pessoa ou seus familiares só procuram por um tratamento
a partir dos 40 anos quando os problemas já atingiram, em níveis
mais graves, diversos aspectos da vida do indivíduo.
Discussão entre estudos
Pesquisa Santana (2007) Melcop (2007)
Sujeitos Toda população Amostra Significativa
Coleta Profissional de saúde
colega de trabalho
Profissional de
saúde externo
Instrumento de
diagnóstico
AUDIT só álcool,
com gradação de
respostas
NHSDA todas as
drogas
Outros Criação de
Questionário de
Danos no Trabalho
Auto avaliação de
dependência;
Consumo após
admissão
Discussão entre estudos
 Dependência do álcool na CHESF foi melhor detectada pelo
Questionário NHSDA do que pelo AUDIT.
 Uma possível explicação é a questão metodológica.
 O NHSDA apresenta as questões de todas as drogas
 Álcool e cigarro: drogas lícitas e “aceitas” socialmente →
mais à vontade para responder
 AUDIT utiliza gradação de opções → pode manipular resposta
 Em Melcop et. al. (2007) 3,3% afirmam depender “mais ou
menos e 0,3% dos empregados afirmam depender muito do
álcool em seu dia a dia; valores bastante próximos aos
encontrados como uso nocivo (4,5%) e provável
dependência (0,8%) no estudo de Santana et. al. (2007).
Discussão entre estudos
 Reforça a possível manipulação das respostas no AUDIT.
 Pode indicar o quanto se reconhecem como alcoolistas.
 Conscientizar sobre seu consumo prejudicial → modificar
seu comportamento.
 Prevalência de dependência na CHESF 13,4% de acordo
com a média nacional encontrada por Carlini et. al. (2006)
de 12,3%.
 Não associação de entrar na CHESF e desenvolver maior
consumo de bebidas alcoólicas.
Discussão entre estudos
Trabalhar no setor elétrico não implica em
maior risco de dependência do álcool.
 Escolaridade até o fundamental completo
 Maior prevalência de dependência e
 Maior nível de dano no trabalho em decorrência do álcool.
 Garantir que esta parcela de empregados tenha acesso aos
meios de prevenção e tratamento inclusive com o uso de
uma linguagem acessível por parte dos profissionais de
saúde.
Discussão entre estudos
Considerações Finais
 Sugere-se linguagem acessível para os empregados de
nível fundamental,
 Iniciar ações junto aos escritórios e cargos com maior nível
de dependência sem que haja tratamento preconceituoso
junto a estes segmentos.
 Sugere-se ainda a detecção precoce
 Questionário NHSDA - diversos tipos de drogas
 Intervenção Breve e Entrevista Motivacional durante Exame Médico
Periódico.
 O Programa de Prevenção e Tratamento ao Uso Prejudicial
de Álcool e Outras Drogas prevê educação continuada para
os profissionais de saúde, gerentes e líderes, parceria com a
família dos empregados, distribuição de material informativo
entre outros.
 As oficinas de prevenção, já iniciadas na empresa, são um
mecanismo fundamental de acesso à informação e
discussão sobre a questão de álcool e outras drogas.
Considerações Finais
 A ampliação das ações de prevenção e tratamento na
CHESF, o aprimoramento da equipe de saúde, o apoio
gerencial no desenvolvimento do trabalho, a avaliação e
acompanhamento do Programa de prevenção ao uso
prejudicial de álcool e outras drogas trará benefícios na
prevenção de acidentes, incidentes, redução no
absenteísmo, melhoria no clima organizacional e aumento
da produtividade.
 Ganha a empresa, ganha o empregado e sua família com
melhoria na qualidade de vida em sua dimensão física,
psicológica e social.
Considerações Finais
Referências
 CARLINI, Elisaldo Araujo; GALDURÓZ, José Carlos; NOTO, Ana
Regina; NAPPO, Solange. I Levantamento domiciliar sobre o uso de
drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 107 maiores
cidades do país: 2001. São Paulo: CEBRID – Centro de Informações
Sobre Drogas Psicotrópicas: UNIFESP – Universidade Federal de São
Paulo, 2002.
 CARLINI, Elisaldo Araujo (supervisão) [et. al.]. II Levantamento
domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo
envolvendo as 108 maiores cidades do país: 2005. São Paulo:
CEBRID – Centro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas:
UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo, 2006.
 EDWADRS, Griffith; MARSHALL, Jane; COOK, Christopher C.H.. O
tratamento do alcoolismo: um guia para profissionais da saúde.
Porto Alegre: Artmed, 2005.
 GIGLIOTTI, Analice; BESSA, Marco Antonio. Síndrome de
Dependência do Álcool: critérios diagnósticos. Revista
Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 26, 2004.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1516-
44462004000500004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 03
Nov 2006. doi: 10.1590/S1516-44462004000500004.
 MELCOP, Ana Glória; AGRIPINO, Djalma; MAIA, Denise.
Consumo de álcool e outras drogas e o exercício do
trabalho: um estudo sobre qualidade de vida dos
empregados da Companhia Hidro Elétrica do São
Francisco – CHESF. Recife: Centro de Prevenção às
Dependências, 2007.
Referências
 SANTANA, Marilia Verri; SILVA, Mayana Marinho;
ALBUQUERQUE, Paulette Cavalcanti; PERES, Aida Maris.
Nível de dano no trabalho e o consumo de álcool em
uma companhia eletricitária. (Especialização em Saúde
Mental) - IBPEX, Teresina: 2007.
 SENAD. Prevenção ao uso de álcool e outras drogas no
ambiente de trabalho: Conhecer para ajudar.
Florianópolis: UFSC, 2006.
 VAISSMAN, Magda. Alcoolismo no trabalho. Rio de
Janeiro: Garamond, 2004.
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Atualizações sobre a Dependência de Álcool
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Atualizações sobre a Dependência de Álcool
 
Epidemiologia do uso de substâncias
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Epidemiologia do uso de substâncias
 

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  • 1. Prevalência do uso do álcool na CHESF Marília Verri de Santana Março, 2009
  • 2. Alcoolismo  Síndrome de Dependência Alcoólica – SDA, conhecida como alcoolismo. Edwards e Gross (1976 apud Gigliotti e Bessa, 2004)  Tipos de usuário: o usuário social, o usuário problema e o usuário dependente.  Para o Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde - OMS, o termo “alcoolismo significa dependência do álcool e/ou problemas com o uso abusivo dessa substância” Vaissman (2004) p.187.
  • 3. Alcoolismo no Trabalho  Problemas no trabalho: absenteísmo, atrasos frequentes, acidentes de trabalho, diminuição no rendimento, indisciplina, problemas de relacionamento, endividamento, entre outros.  Vaismann (1998) apud Senad (2006)  10 a 15% dos trabalhadores brasileiros apresentam dependência ou problemas de abuso do álcool,  Estes têm 5x mais chances de sofrer acidentes de trabalho,  Representam 50% do total de absenteísmo e licenças médicas e  8x mais diárias hospitalares.
  • 4. Uso do Álcool no Brasil Consumo de álcool nas 108 maiores cidades brasileiras. 2001 2005 Uso na vida 68.7% 74.6% Dependência 11.2% 12,3% Fonte: Carlini (2006) Aumento no uso na vida, porém dependência mostra certa constância.
  • 5. Justificativa  Problema de saúde pública  Impacto no ambiente organizacional  Risco elétrico  Conhecer a realidade sobre o consumo de álcool dos empregados para melhor intervir junto aos trabalhadores  Contribuir na prevenção de falhas e acidentes de trabalho  Promover a saúde dos trabalhadores  Aumentar produtividade  Reduzir perdas e otimizar custos da empresa  Algumas pesquisas já realizadas com enfoques e metodologias diferentes.
  • 6. Objetivo  Este estudo objetiva analisar comparativamente as metodologias e os resultados de duas pesquisas realizadas entre 2006 e 2007 na Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – CHESF, no que tange à questão do álcool, de modo a fortalecer o conhecimento desenvolvido.
  • 7. Estudo de Santana(2007)  Estudo de corte transversal - prevalência do nível de risco em relação ao álcool e do nível de dano no trabalho relacionado ao consumo de bebidas alcoólicas com toda a população selecionada.  População de 139 empregados da CHESF lotados na cidade de Teresina - PI.  Homens com cargos de nível fundamental e médio, Manutenção 53.24% Operação 28.06% Administrativo 18.71% Composição da população estudada
  • 8. Metodologia Santana (2007)  Utilizou o AUDIT - Teste para Identificação de Problemas Relacionados ao Uso de Álcool  Classificação: uso de baixo risco, usuário de risco, uso nocivo e provável dependência  Questionário de nível de dano no trabalho, desenvolvido pelas pesquisadoras.  Avalia gravidade de dano no trabalho em decorrência do consumo do álcool  Classificação: baixo dano, nível de dano  Questionários anônimos  Assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
  • 9. Resultados Santana(2007)  Resultados AUDIT  67,4% baixo risco;  21,2% uso de risco;  4,5% uso nocivo;  0,8% em provável dependência.  6,1% informações incompletas.  Resultados Nível de dano no trabalho  75,2% baixo dano e prejuízo  24,8% danos no trabalho
  • 10.  Associação estatisticamente significativa entre o nível de dano e a escolaridade:  As pessoas com escolaridade inferior ao nível médio completo apresentaram uma Razão de Prevalência de 2,20 com IC (1,35 < RP < 3.59);  Associação entre o nível de risco do AUDIT e o nível de dano, com Razão de Prevalência de 2,38 com IC (1,29< RP< 4,36);  Não houve associação entre trabalhar em área energizada e ter maior risco de consumo de álcool e maior nível de dano no trabalho do que os de área administrativa. Resultados Santana(2007)
  • 11. Estudo de Melcop (2007)  Investigar de forma ampla a saúde e qualidade de vida dos trabalhadores desta empresa.  População: 5700 empregados  Amostra: 543 empregados - simples e estratificada  Estudo de corte transversal - prevalência dos eventos. Homens 76.61% Mulheres 23.39% Composição da amostra segundo sexo
  • 12. Percentual da amostra segundo localidade, Melcop (2007) Sede GRP/APA GRL GRS/ASV GRO GRB GRN 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Localidade Estudo de Melcop (2007)
  • 13. Metodologia de Melcop (2007)  Questionário NHSDA (National Household Surveys on Drugs Abuse) baseado em seis itens do diagnóstico utilizado pelo DSM-III-R  Avalia dependência para todas as drogas  Uso regular: fazer uso de álcool pelo menos três dias por semana  Questionários anônimos  Assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
  • 14.  Prevalência de uso na vida: 87,1%  Uso regular: 10,3%  Dependentes: 13,4%  Homens 2,5 vezes maior que mulheres  Homens 15,6% e mulheres 6,3%. Resultados de Melcop (2007)
  • 15.  Segundo a própria auto-avaliação  83,7% afirmam não depender do álcool no dia a dia;  12,7% afirmaram depender pouco;  3,3% “mais ou menos”;  0,3% muito dependentes do álcool para levar o dia a dia  0,0% afirmou depender extremamente do álcool.
  • 16.  Consumo de álcool após a admissão na CHESF.  13,9% diminuíram o consumo após a entrada na empresa;  11% aumentaram o consumo;  21,5% pararam de beber (27,1% mulher e 20,5% homem).  53,5% não alterou a freqüência do uso do álcool.  Diferenças não apresentaram significância estatística.
  • 17. Resultados Melcop (2007)  Não associação entre dependência de álcool e faixa etária, estado conjugal, raça/cor, religião, companhia na habitação, posse de filhos, tempo de serviço na CHESF, duração da jornada de trabalho e ocupação de cargo de confiança.  Não investigou associação com a função.  Associação com escolaridade, escritório de trabalho e cargo.  Escolaridade até o primeiro grau: maior prevalência de dependência do álcool do que segundo grau e nível superior.  Escritório de trabalho: GRN, GRL e GRO mais dependentes.  Auxiliares Técnicos e Técnicos de Nível Universitário maiores índices de dependência que Assistentes Técnicos e demais cargos de nível superior.
  • 18.  Não tem religião: 17,6% de dependentes  Solteiros: 20,5% - ambos acima da média encontrada.  Empregados abaixo de 30 anos: 19,2% dependentes  Carlini et. al. (2006) faixas etárias de 18 a 24 anos 19,2% e de 25 a 34 anos 14,7% diagnóstico de dependência, prevalência maior que a faixa acima dos 35 anos.  Necessidade de se trabalhar a prevenção do uso prejudicial junto ao público mais jovem.  Necessidade de ser feita a busca ativa para o tratamento de alcoolismo.  Em geral a pessoa ou seus familiares só procuram por um tratamento a partir dos 40 anos quando os problemas já atingiram, em níveis mais graves, diversos aspectos da vida do indivíduo.
  • 19. Discussão entre estudos Pesquisa Santana (2007) Melcop (2007) Sujeitos Toda população Amostra Significativa Coleta Profissional de saúde colega de trabalho Profissional de saúde externo Instrumento de diagnóstico AUDIT só álcool, com gradação de respostas NHSDA todas as drogas Outros Criação de Questionário de Danos no Trabalho Auto avaliação de dependência; Consumo após admissão
  • 20. Discussão entre estudos  Dependência do álcool na CHESF foi melhor detectada pelo Questionário NHSDA do que pelo AUDIT.  Uma possível explicação é a questão metodológica.  O NHSDA apresenta as questões de todas as drogas  Álcool e cigarro: drogas lícitas e “aceitas” socialmente → mais à vontade para responder  AUDIT utiliza gradação de opções → pode manipular resposta
  • 21.  Em Melcop et. al. (2007) 3,3% afirmam depender “mais ou menos e 0,3% dos empregados afirmam depender muito do álcool em seu dia a dia; valores bastante próximos aos encontrados como uso nocivo (4,5%) e provável dependência (0,8%) no estudo de Santana et. al. (2007). Discussão entre estudos  Reforça a possível manipulação das respostas no AUDIT.  Pode indicar o quanto se reconhecem como alcoolistas.  Conscientizar sobre seu consumo prejudicial → modificar seu comportamento.
  • 22.  Prevalência de dependência na CHESF 13,4% de acordo com a média nacional encontrada por Carlini et. al. (2006) de 12,3%.  Não associação de entrar na CHESF e desenvolver maior consumo de bebidas alcoólicas. Discussão entre estudos Trabalhar no setor elétrico não implica em maior risco de dependência do álcool.
  • 23.  Escolaridade até o fundamental completo  Maior prevalência de dependência e  Maior nível de dano no trabalho em decorrência do álcool.  Garantir que esta parcela de empregados tenha acesso aos meios de prevenção e tratamento inclusive com o uso de uma linguagem acessível por parte dos profissionais de saúde. Discussão entre estudos
  • 24. Considerações Finais  Sugere-se linguagem acessível para os empregados de nível fundamental,  Iniciar ações junto aos escritórios e cargos com maior nível de dependência sem que haja tratamento preconceituoso junto a estes segmentos.  Sugere-se ainda a detecção precoce  Questionário NHSDA - diversos tipos de drogas  Intervenção Breve e Entrevista Motivacional durante Exame Médico Periódico.
  • 25.  O Programa de Prevenção e Tratamento ao Uso Prejudicial de Álcool e Outras Drogas prevê educação continuada para os profissionais de saúde, gerentes e líderes, parceria com a família dos empregados, distribuição de material informativo entre outros.  As oficinas de prevenção, já iniciadas na empresa, são um mecanismo fundamental de acesso à informação e discussão sobre a questão de álcool e outras drogas. Considerações Finais
  • 26.  A ampliação das ações de prevenção e tratamento na CHESF, o aprimoramento da equipe de saúde, o apoio gerencial no desenvolvimento do trabalho, a avaliação e acompanhamento do Programa de prevenção ao uso prejudicial de álcool e outras drogas trará benefícios na prevenção de acidentes, incidentes, redução no absenteísmo, melhoria no clima organizacional e aumento da produtividade.  Ganha a empresa, ganha o empregado e sua família com melhoria na qualidade de vida em sua dimensão física, psicológica e social. Considerações Finais
  • 27. Referências  CARLINI, Elisaldo Araujo; GALDURÓZ, José Carlos; NOTO, Ana Regina; NAPPO, Solange. I Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 107 maiores cidades do país: 2001. São Paulo: CEBRID – Centro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas: UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo, 2002.  CARLINI, Elisaldo Araujo (supervisão) [et. al.]. II Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 108 maiores cidades do país: 2005. São Paulo: CEBRID – Centro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas: UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo, 2006.  EDWADRS, Griffith; MARSHALL, Jane; COOK, Christopher C.H.. O tratamento do alcoolismo: um guia para profissionais da saúde. Porto Alegre: Artmed, 2005.
  • 28.  GIGLIOTTI, Analice; BESSA, Marco Antonio. Síndrome de Dependência do Álcool: critérios diagnósticos. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 26, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S1516- 44462004000500004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 03 Nov 2006. doi: 10.1590/S1516-44462004000500004.  MELCOP, Ana Glória; AGRIPINO, Djalma; MAIA, Denise. Consumo de álcool e outras drogas e o exercício do trabalho: um estudo sobre qualidade de vida dos empregados da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – CHESF. Recife: Centro de Prevenção às Dependências, 2007. Referências
  • 29.  SANTANA, Marilia Verri; SILVA, Mayana Marinho; ALBUQUERQUE, Paulette Cavalcanti; PERES, Aida Maris. Nível de dano no trabalho e o consumo de álcool em uma companhia eletricitária. (Especialização em Saúde Mental) - IBPEX, Teresina: 2007.  SENAD. Prevenção ao uso de álcool e outras drogas no ambiente de trabalho: Conhecer para ajudar. Florianópolis: UFSC, 2006.  VAISSMAN, Magda. Alcoolismo no trabalho. Rio de Janeiro: Garamond, 2004. Referências