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ESCOLA SECUNDÁRIA/3 DE OLIVEIRA DO DOURO
                                                     Orações subordinadas
     As orações subordinadas são introduzidas por conjunções e locuções subordinativas (que ligam elementos sintáctica
e semanticamente dependentes). Podem ser substantivas, adjectivas e adverbiais, conforme a sua função na frase.
      Orações subordinadas substantivas – funcionam como argumento de um verbo, nome ou adjectivo da frase superior.
  Podem ser:
                         Completivas                                                   Relativas sem antecedente
    Exercem a função de completar (podem ser completivas São introduzidas pelos pronomes e quantificadores relativos (que, o
verbais, adjectivais e nominais) e são introduzidas pelas que, onde, quanto), desempenhando uma função sintáctica de sujeito,
conjunções subordinativas completivas (que, se, para ou por complemento directo, complemento indirecto, complemento
um elemento omisso), desempenhando, entre outras, a função
                                                            preposicionado e modificador do gupo verbal. Exemplos:
de sujeito e complemento directo.
                                                              Quem vai ao mar perde o lugar. (sujeito)
 Exemplos:
                                                              Os alunos procuram quem os ajude no jornal da escola. (c.directo)
  É importante que a paz volte. (sujeito)
                                                              O miúdo pede dinheiro a quem passa. (c. indirecto)
  Mostrou que a justiça existe. (c.directo)
                                                              Os avós precisam de quem cuide deles. (c. preposicionado)
  Ela afirmou adorar música jazz. (c. directo)
  Disse para virdes aqui. (c.directo)                         Os antiquários compram objectos onde calha. (modif. grupo verbal)
  Perguntei se tens aquele livro. (c.directo)                 A biblioteca emprestou quantos livros tinha. (modif. do grupo verbal)



                                 Orações subordinadas adjectivas relativas com antecedente
– desempenham uma função sintáctica própria de um adjectivo, constituindo-se modificador do nome restritivo ou apositivo.
– introduzidas por um pronome relativo ou por um quantificador relativo associado a um antecedente que ocorre na subordinante.
  Podem ser:
                   Relativas explicativas                                                  Relativas restritivas
    São introduzidas pelas palavras relativas que, quem, o/a         São introduzidas pelas palavras relativas que, quem, o/a qual,
qual, os/as quais, cujo(a), cujos (as), onde, quanto,          os/as quais, cujo(a), cujos (as), onde, quanto, tendo a função de
desempenhando a função sintáctica de modificadores             restringir a informação dada sobre o antecedente, ou seja, identificar a
apositivos do nome. (A omissão da relativa explicativa não     parte do domínio denotado pelo antecedente, desempenhando a função
altera o sentido da subordinante.) Exemplos:                   sintáctica de modificador restritivo do nome. (A omissão da relativa
Este escritor, que nasceu no Brasil, foi nomeado para o Nobel. restritiva implica uma alteração do sentido da subordinante.) Exemplos:
Aquele Presidente, a quem todos chamam padrinho, continua O romance que foi escrito por Miguel Sousa Tavares tornou-se num
a surpreender.                                                 campeão de vendas.
Os alunos, onde quer que estejam, sentem as dificuldades do A maioria das pessoas a quem se telefona não responde aos
acesso ao Ensino Superior.                                     inquéritos. A nódoa de pêssego onde cai fica.




Orações subordinadas adverbiais – funcionam como modificadores da frase ou do grupo verbal.
 Podem ser:
                    Causais                         Iniciam uma oração subordinada que indica causa.
  porque, pois, porquanto, como (com valor de       Ex.: Não vou à praia visto que está a chover. Como está a chover, não vou à praia.
     porque), pois que, por isso que, já que,       Dado que está a chover, não vou à praia. Não vou à praia, uma vez que está a
           uma vez que, visto que...                chover.
               Concessivas                          Admitem uma ideia de oposição à da oração subordinante, mas não impeditiva à sua
 embora, conquanto, ainda que, mesmo que, se        concretização.
                  bem que,                          Ex.: Ainda que tenha fome, não como. Nem que tenha fome, não como. Mesmo que
                apesar de...                        tenha fome, não como. Por mais que tenha fome, não como.
                 Condicionais                       Iniciam uma oração subordinada que supõe a existência de um determinado
 se, caso, salvo se, contanto que, excepto se...    condicionamento ou hipótese para que se realize o facto principal.
                                                    Ex.: Se vais ao cinema, vê o último filme de Coppola. Se fores ao cinema, vê o último
                                                    filme de Coppola. Se fosses ao cinema, verias o último filme de Coppola.
                Consecutivas                        Ligam orações que exprimem a ideia de consequência do que foi enunciado na
  que (associado às palavras tal, tanto, tão), de   anterior.
                  forma que,                        Ex.: Comi tanto ao almoço que não me apetece jantar. Foi tão violento que provocou
        de maneira que, de modo que...              desacatos.
                Comparativas                  Estabelecem uma comparação entre as orações subordinante e subordinada.
 como, assim como, bem como, como se, que e Ex.: Lutar é mais belo do que vencer. O trabalho, como as férias, deve ser encarado
 do que (depois de mais, menos, maior, menor, com alegria.
                melhor, pior)...
                     Finais                         Indicam a finalidade da oração principal.
  para que, a fim de que, porque (com valor de      Ex.: Façamos o projecto de modo a que se torne viável. Organizou-se uma festa para
                    para que)                       que todos ficassem contentes.
                 Temporais                          Ligam orações que indicam a circunstância de tempo.
 quando, enquanto, antes que, depois que, até       Ex.: Mal eles cheguem, vamos jantar. Cada vez que fores à praia, não te esqueças de
   que, desde que, sempre que, assim que,           levar o chapéu. Agora que chegaste, já podemos conversar. Desde que as férias
               cada vez que...                      começaram, não tenho tido sossego.

           Manual de Português - Interacções 12º ano, Fátima Azóia, Fátima Santos, Texto Editores, 2005 (pp 35, 314 e 315) (Adaptação)
ESCOLA SECUNDÁRIA/3 DE OLIVEIRA DO DOURO

                                                      Orações coordenadas
   As orações coordenadas são introduzidas por conjunções e locuções coordenativas (que ligam elementos sintáctica e
semanticamente independentes).

          Copulativas               Ligam termos ou orações de idêntica função.
     e, nem, mas também,            Ex.:
     não só... mas também           Chora e ri. O invejoso nem faz nem deixa fazer. Não só trabalhou como também se divertiu.

         Adversativas               Ligam termos ou orações de idêntica função, mas estabelecem uma ideia de oposição.
  mas, porém, todavia, contudo,     Ex.:
           no entanto               O Pedro sabe mas não diz. Sopra uma aragem, contudo, o calor continua intenso.
           Disjuntivas              Marcam uma alternativa ou dissociação.
     ou, ora, quer, nem, seja       Ex.:
   (repetidas ou não: ou... ou)     Vendeu o carro ou ainda o tem? Ora vamos ao teatro, ora vemos televisão.


          Conclusivas               Ligam termos ou orações, estabelecendo uma relação de conclusão, consequência ou dedução.
       logo, pois, portanto,        Ex.:
 por conseguinte, por isso, assim   Sou homem portanto posso errar. Sopra uma aragem, por conseguinte, está fresco.

   A oração coordenada conclusiva é distinta da subordinada causal:
   O vaso caiu, por isso, acertaste-lhe. (oração coord. conclusiva) - O vaso caiu porque lhe acertaste. (oração subord. causal)

             ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

         Divide e classifica as orações das seguintes frases:

    1. Gostei imenso da blusa que me compraste quando fiz anos.
    2. Não percebi o que disseste ontem ao telefone.
    3. Mesmo que não chova, não vamos lá no domingo, que ainda está frio.
    4. Esta música é tão bonita que até arrepia.
    5. A casa ficou airosa, porém continua desabitada.
    6. Eu quero que tudo corra bem esta manhã.
    7. As calças que compraste na feira ficam-te muito bem.
    8. O filho, que é guloso, comeu-lhe os bolos todos.
    9. Quando começou a chover, abrigámo-nos.
    10. Acho-o triste e adoentado.
    11. O Francisco, que nunca se distrai, atrasou-se.
    12. Aprecio os carros que andam depressa.
    13. Quando chegares, avisa-me.
    14. É preciso que o trabalho seja perfeito.
    15. Estudaste, logo, não tens receio do exame.
    16. Espero que tenhas gostado do presente que te ofereci.
    17. Fiz o que pude para que tudo corresse bem.
    18. As flores que apanhei eram lindas.
    19. Acho que estás enganado.
    20. Amanhã, ou estudas ou trabalhas.
    21. O candeeiro não dá luz porque a lâmpada está fundida.
    22. Se me quiseres ajudar, muda-me o pneu que furou.
    23. Aquele livro grande, que está sobre a mesa, é imprescindível.
    24. Gosta muito dele, ainda que não o ame.
    25. Está um dia mais lindo do que esperava.

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  • 1. ESCOLA SECUNDÁRIA/3 DE OLIVEIRA DO DOURO Orações subordinadas As orações subordinadas são introduzidas por conjunções e locuções subordinativas (que ligam elementos sintáctica e semanticamente dependentes). Podem ser substantivas, adjectivas e adverbiais, conforme a sua função na frase. Orações subordinadas substantivas – funcionam como argumento de um verbo, nome ou adjectivo da frase superior. Podem ser: Completivas Relativas sem antecedente Exercem a função de completar (podem ser completivas São introduzidas pelos pronomes e quantificadores relativos (que, o verbais, adjectivais e nominais) e são introduzidas pelas que, onde, quanto), desempenhando uma função sintáctica de sujeito, conjunções subordinativas completivas (que, se, para ou por complemento directo, complemento indirecto, complemento um elemento omisso), desempenhando, entre outras, a função preposicionado e modificador do gupo verbal. Exemplos: de sujeito e complemento directo. Quem vai ao mar perde o lugar. (sujeito) Exemplos: Os alunos procuram quem os ajude no jornal da escola. (c.directo) É importante que a paz volte. (sujeito) O miúdo pede dinheiro a quem passa. (c. indirecto) Mostrou que a justiça existe. (c.directo) Os avós precisam de quem cuide deles. (c. preposicionado) Ela afirmou adorar música jazz. (c. directo) Disse para virdes aqui. (c.directo) Os antiquários compram objectos onde calha. (modif. grupo verbal) Perguntei se tens aquele livro. (c.directo) A biblioteca emprestou quantos livros tinha. (modif. do grupo verbal) Orações subordinadas adjectivas relativas com antecedente – desempenham uma função sintáctica própria de um adjectivo, constituindo-se modificador do nome restritivo ou apositivo. – introduzidas por um pronome relativo ou por um quantificador relativo associado a um antecedente que ocorre na subordinante. Podem ser: Relativas explicativas Relativas restritivas São introduzidas pelas palavras relativas que, quem, o/a São introduzidas pelas palavras relativas que, quem, o/a qual, qual, os/as quais, cujo(a), cujos (as), onde, quanto, os/as quais, cujo(a), cujos (as), onde, quanto, tendo a função de desempenhando a função sintáctica de modificadores restringir a informação dada sobre o antecedente, ou seja, identificar a apositivos do nome. (A omissão da relativa explicativa não parte do domínio denotado pelo antecedente, desempenhando a função altera o sentido da subordinante.) Exemplos: sintáctica de modificador restritivo do nome. (A omissão da relativa Este escritor, que nasceu no Brasil, foi nomeado para o Nobel. restritiva implica uma alteração do sentido da subordinante.) Exemplos: Aquele Presidente, a quem todos chamam padrinho, continua O romance que foi escrito por Miguel Sousa Tavares tornou-se num a surpreender. campeão de vendas. Os alunos, onde quer que estejam, sentem as dificuldades do A maioria das pessoas a quem se telefona não responde aos acesso ao Ensino Superior. inquéritos. A nódoa de pêssego onde cai fica. Orações subordinadas adverbiais – funcionam como modificadores da frase ou do grupo verbal. Podem ser: Causais Iniciam uma oração subordinada que indica causa. porque, pois, porquanto, como (com valor de Ex.: Não vou à praia visto que está a chover. Como está a chover, não vou à praia. porque), pois que, por isso que, já que, Dado que está a chover, não vou à praia. Não vou à praia, uma vez que está a uma vez que, visto que... chover. Concessivas Admitem uma ideia de oposição à da oração subordinante, mas não impeditiva à sua embora, conquanto, ainda que, mesmo que, se concretização. bem que, Ex.: Ainda que tenha fome, não como. Nem que tenha fome, não como. Mesmo que apesar de... tenha fome, não como. Por mais que tenha fome, não como. Condicionais Iniciam uma oração subordinada que supõe a existência de um determinado se, caso, salvo se, contanto que, excepto se... condicionamento ou hipótese para que se realize o facto principal. Ex.: Se vais ao cinema, vê o último filme de Coppola. Se fores ao cinema, vê o último filme de Coppola. Se fosses ao cinema, verias o último filme de Coppola. Consecutivas Ligam orações que exprimem a ideia de consequência do que foi enunciado na que (associado às palavras tal, tanto, tão), de anterior. forma que, Ex.: Comi tanto ao almoço que não me apetece jantar. Foi tão violento que provocou de maneira que, de modo que... desacatos. Comparativas Estabelecem uma comparação entre as orações subordinante e subordinada. como, assim como, bem como, como se, que e Ex.: Lutar é mais belo do que vencer. O trabalho, como as férias, deve ser encarado do que (depois de mais, menos, maior, menor, com alegria. melhor, pior)... Finais Indicam a finalidade da oração principal. para que, a fim de que, porque (com valor de Ex.: Façamos o projecto de modo a que se torne viável. Organizou-se uma festa para para que) que todos ficassem contentes. Temporais Ligam orações que indicam a circunstância de tempo. quando, enquanto, antes que, depois que, até Ex.: Mal eles cheguem, vamos jantar. Cada vez que fores à praia, não te esqueças de que, desde que, sempre que, assim que, levar o chapéu. Agora que chegaste, já podemos conversar. Desde que as férias cada vez que... começaram, não tenho tido sossego. Manual de Português - Interacções 12º ano, Fátima Azóia, Fátima Santos, Texto Editores, 2005 (pp 35, 314 e 315) (Adaptação)
  • 2. ESCOLA SECUNDÁRIA/3 DE OLIVEIRA DO DOURO Orações coordenadas As orações coordenadas são introduzidas por conjunções e locuções coordenativas (que ligam elementos sintáctica e semanticamente independentes). Copulativas Ligam termos ou orações de idêntica função. e, nem, mas também, Ex.: não só... mas também Chora e ri. O invejoso nem faz nem deixa fazer. Não só trabalhou como também se divertiu. Adversativas Ligam termos ou orações de idêntica função, mas estabelecem uma ideia de oposição. mas, porém, todavia, contudo, Ex.: no entanto O Pedro sabe mas não diz. Sopra uma aragem, contudo, o calor continua intenso. Disjuntivas Marcam uma alternativa ou dissociação. ou, ora, quer, nem, seja Ex.: (repetidas ou não: ou... ou) Vendeu o carro ou ainda o tem? Ora vamos ao teatro, ora vemos televisão. Conclusivas Ligam termos ou orações, estabelecendo uma relação de conclusão, consequência ou dedução. logo, pois, portanto, Ex.: por conseguinte, por isso, assim Sou homem portanto posso errar. Sopra uma aragem, por conseguinte, está fresco. A oração coordenada conclusiva é distinta da subordinada causal: O vaso caiu, por isso, acertaste-lhe. (oração coord. conclusiva) - O vaso caiu porque lhe acertaste. (oração subord. causal) --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Divide e classifica as orações das seguintes frases: 1. Gostei imenso da blusa que me compraste quando fiz anos. 2. Não percebi o que disseste ontem ao telefone. 3. Mesmo que não chova, não vamos lá no domingo, que ainda está frio. 4. Esta música é tão bonita que até arrepia. 5. A casa ficou airosa, porém continua desabitada. 6. Eu quero que tudo corra bem esta manhã. 7. As calças que compraste na feira ficam-te muito bem. 8. O filho, que é guloso, comeu-lhe os bolos todos. 9. Quando começou a chover, abrigámo-nos. 10. Acho-o triste e adoentado. 11. O Francisco, que nunca se distrai, atrasou-se. 12. Aprecio os carros que andam depressa. 13. Quando chegares, avisa-me. 14. É preciso que o trabalho seja perfeito. 15. Estudaste, logo, não tens receio do exame. 16. Espero que tenhas gostado do presente que te ofereci. 17. Fiz o que pude para que tudo corresse bem. 18. As flores que apanhei eram lindas. 19. Acho que estás enganado. 20. Amanhã, ou estudas ou trabalhas. 21. O candeeiro não dá luz porque a lâmpada está fundida. 22. Se me quiseres ajudar, muda-me o pneu que furou. 23. Aquele livro grande, que está sobre a mesa, é imprescindível. 24. Gosta muito dele, ainda que não o ame. 25. Está um dia mais lindo do que esperava.