Este documento é uma coletânea de 6 contos curtos sobre amor e desilusão. O primeiro conto descreve uma mulher que acreditava saber o que era amor até se decepcionar com um relacionamento. Os outros contos exploram temas como paixão, ilusão, solidão e culpa através de histórias de amor não correspondido e reencontros inesperados.
Apresentação do conto
Quatro amigos decidem se aventurar por
entre as belezas de uma floresta sombria. Seria
apenas uma travessura, típica do Halloween.
Contudo, eventos macabros poderão por
fim aos desejos particulares e coletivos de
Rebeka, Tom, Marrie e Paul.
Livro Completo de Poesias: ALÉM DA ESCURIDÃORaquel Alves
A primeira parte do livro “Além da Escuridão” é o resultado de quase 20 anos dedicados a escrever poesias e apenas 07 anos divulgando-as em meu blog literário, o “Lady Black Raven”. Neste livro, nos deliciamos com várias vertentes de histórias de amor e suas consequências, nas quais, diferentes protagonistas e antagonistas mergulham nos mais obscuros sentimentos, antes de acharem a luz que os guiarão para o futuro sem medo...
“O fim da Inocência” é a segunda parte do livro, que continua os clamores e devaneios dos personagens, os quais, aparentemente libertos de seus amores, dores e temores, voltam ao mundo dos vivos modificados físico e espiritualmente. A jornada desses seres em busca da razão de sua verdadeira existência apenas está começando e o sacrifício a ser feito para achar tal resposta, significa o fim de seu bem mais precioso: a inocência.
Por fim, “Lágrimas da Mãe-Corvo”: ainda conhecemos todos os dilemas vivenciados e as dúvidas que pairam em um coração dividido entre o amor e o pecado. Deixe-se envolver pelo amor, a ternura, o sofrimento, o prazer, a luxúria, e finalmente, o arrependimento de um coração amargurado por vender seu corpo e sua alma durante gerações e gerações reencarnadas.
*MAIORES DE 18 ANOS
Apresentação do conto
Quatro amigos decidem se aventurar por
entre as belezas de uma floresta sombria. Seria
apenas uma travessura, típica do Halloween.
Contudo, eventos macabros poderão por
fim aos desejos particulares e coletivos de
Rebeka, Tom, Marrie e Paul.
Livro Completo de Poesias: ALÉM DA ESCURIDÃORaquel Alves
A primeira parte do livro “Além da Escuridão” é o resultado de quase 20 anos dedicados a escrever poesias e apenas 07 anos divulgando-as em meu blog literário, o “Lady Black Raven”. Neste livro, nos deliciamos com várias vertentes de histórias de amor e suas consequências, nas quais, diferentes protagonistas e antagonistas mergulham nos mais obscuros sentimentos, antes de acharem a luz que os guiarão para o futuro sem medo...
“O fim da Inocência” é a segunda parte do livro, que continua os clamores e devaneios dos personagens, os quais, aparentemente libertos de seus amores, dores e temores, voltam ao mundo dos vivos modificados físico e espiritualmente. A jornada desses seres em busca da razão de sua verdadeira existência apenas está começando e o sacrifício a ser feito para achar tal resposta, significa o fim de seu bem mais precioso: a inocência.
Por fim, “Lágrimas da Mãe-Corvo”: ainda conhecemos todos os dilemas vivenciados e as dúvidas que pairam em um coração dividido entre o amor e o pecado. Deixe-se envolver pelo amor, a ternura, o sofrimento, o prazer, a luxúria, e finalmente, o arrependimento de um coração amargurado por vender seu corpo e sua alma durante gerações e gerações reencarnadas.
*MAIORES DE 18 ANOS
O COLETIVO ZINE É UMA AÇÃO CONJUNTA. A PROPOSTA É REUNIR DIVERSOS FANZINEIROS OU CRIADORES INDEPENDENTES E PRODUZIR UM TRABALHO COLETIVO. CADA PARTICIPANTE CONTRIBUI DA FORMA COMO PUDER, SEJA NA CRIAÇÃO, MONTAGEM, EDIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, DIVULGAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, SEM PRECISAR ASSUMIR NENHUM COMPROMISSO. TODO O TRABALHO DEVE FLUIR DE FORMA NATURAL. O IMPORTANTE É SOMAR ESFORÇOS. E ASSIM MULTIPLICAR A DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CADA AUTOR E DIVIDIR O TRABALHO.
O COLETIVO ZINE É UMA AÇÃO CONJUNTA. A PROPOSTA É REUNIR DIVERSOS FANZINEIROS OU CRIADORES INDEPENDENTES E PRODUZIR UM TRABALHO COLETIVO. CADA PARTICIPANTE CONTRIBUI DA FORMA COMO PUDER, SEJA NA CRIAÇÃO, MONTAGEM, EDIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, DIVULGAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, SEM PRECISAR ASSUMIR NENHUM COMPROMISSO. TODO O TRABALHO DEVE FLUIR DE FORMA NATURAL. O IMPORTANTE É SOMAR ESFORÇOS. E ASSIM MULTIPLICAR A DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CADA AUTOR E DIVIDIR O TRABALHO.
Aos leitores do blog Lady Black Raven, que desde 2013 prestigiam o meu trabalho literário: sem vocês, esses versos não teriam o verdadeiro significado do propósito de sua existência em minha vida. Obrigado. Este livro gratuito contém as melhores poesias do blog durante o ano de 2016. Aproveite! Mande seu feedback sobre o livro diretamente no seguinte link: http://ladyblackraven.blogspot.com.br/2015/07/contato.html
Meu nome é Raquel Alves. Com 12/13 anos de idade, eu escrevi as minhas primeiras poesias e, aos 15 anos, as minhas primeiras músicas: só sabia que escrever me fazia bem...
Em 2012, quando uma colega me incentivou a criar um blog, divulguei muitas poesias escritas em cadernos empoeirados e engavetados. Em 2013 comecei a participar de concursos literários e antologias de poesias, dos quais, percebi ainda mais o valor de meus escritos poéticos.
No ano de 2015 publiquei meu primeiro livro de literatura infantojuvenil, apresentando-o na Bienal do Livro do Pernambuco. De 2015 adiante, livros e e-books com a temática de poesias ultrarromânticas, romances sobrenaturais e ensaios literários foram lançados e refletem o íntimo de todas as mulheres que residem em mim.
Em se tratando de poesias, desde 2012 até agora (2022) somam-se um livro físico “As mulheres de Poe-2016”, os e-books “Desejos obscuros livro I”, “Desejos obscuros- vol II”, “Desejos Obscuros III- Fragmentada”, “Desejos obscuros IV- Alma azul”, “Desejos Obscuros V- O choro de Lázaro- parte 1” e “Desejos Obscuros VI- O adeus”, além dos e-books de poesias “Além da Escuridão”, “Desaparecendo” e Jardim do Coma (este último faz parte da trilogia de romances sobrenaturais “Black Wings”): no total são mais de 1000 poesias, acrescidas das que compõem este primeiro livro, da trilogia “Baile do Universo”, em comemoração aos 10 anos de publicação de poesias (2012-2022), em especial, com o meu alter ego “Lady Black Raven” (cuja a história desta personagem está escrita no livro “Diário da Mãe-Corvo”, publicado no ano de 2016).
A satisfação é imensa no peito e sei que até o fim de meus dias, a poesia será uma sombra a acompanhar esta minha evolução, enquanto ser humano.
Primeiro capítulo do livro "A Destinada", de Paula Ottoni.
(Para fins promocionais). Para mais informações sobre o livro, acesse: www.adestinada.com
Para ler o livro completo, compre seu exemplar nas livrarias Cultura, Saraiva ou Fnac.
Conheça outros trabalhos da autora em: www.paulaottoni.com
Muitas pessoas passaram pela vida e fizeram grandes
ações, deixaram suas marcas, carismas, amores e poesias...
Outras abalaram os pilares da civilização causando sofrimento,
guerras, desastres ambientais e promovendo a diferença baseada
numa suposta superioridade. E poucas serão aquelas capazes de
sobreviver ao passar pelo portal da evanescência.
Encontra-se disponível a 1ª edição (2023*) da FIGHT MAGAZINE KAPOKABOXE, um resultado de grandes parceiros, esforços e a perpetuação do sonho do mestre de Capoeira, Dhy Rocha!
Nesta edição mostraremos os resultados do legado do mestre Rocha através dos membros e alunos que fazem a Kapokaboxe Academy, além de entrevistas exclusivas com importantes nomes nas artes marciais. Para ler online, basta copiar e colar no seu navegador o link que se encontra da legenda deste post!
Índice
-A biografia do Educador, Professor e Mestre Rocha
-Kapokaboxe Academy: o legado de Mestre Rocha
-Os Instrutores Kapokaboxe Academy- Brasil e Mundo
-Barão Jiu-Jitsu Fazendinha- Fernanda Oliveira
-Conhecendo a sensei Kaho Nouchi
-Conhecendo o sensei Raphael Rocha
-1º e 2º torneio KAPOKABOXE
Link: https://tinyurl.com/Kapokaboxe-academy
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Conhecendo os segredos do livro "Black Wings 2: almas perdidas"- parte 2Raquel Alves
https://clubedeautores.com.br/livros/autores/raquel-alves
https://clubedeautores.com.br/livro/black-wings-ii
Sinopse
Ávila está no Lar das Almas Perdidas, a morada daqueles que estão mortos e ainda mantém um vínculo terreno. Lá, conhece Elisa, pessoa que ajuda a evoluir espiritualmente até ter o controle e chegar à Coldland.
Consciente de que Ávila vivendo tal amor estaria sempre correndo o risco de ser condenada ao inferno, Ullieh vê na oportunidade de aceitação do processo de reencarnação, a chance de felicidade e salvação da alma de sua amada: contudo, o preço a ser pago será alto demais.
Biografia e memórias do educador, professor e Mestre RochaRaquel Alves
Sinopse
Este livro é uma homenagem à memória do fundador da Kapokaboxe Academy e do Grupo de Capoeira Zumbi dos Palmares, Antonio Pereira Rocha, mais conhecido como professor Rocha. Ele nasceu na cidade de Pedreiras- Maranhão (Brasil) no ano de 1960. Começou a praticar artes marciais ainda na infância, em meados da década de 70, no Distrito Federal, na cidade de Taguatinga Norte, com o objetivo de usar as artes marciais para a defesa pessoal.
Em 1977, Mestre Rocha (juntamente com o Mestre Tena) foi um dos introdutores da Capoeira na região do Cariri- Ceará- Brasil. O professor Rocha treinou Karatê, Boxe e Judô. Nas artes marciais, era Mestre em Capoeira Angola e Regional, e faixa preta em Karate Full Contact.
Além da prática em artes marciais, tinha formação em Técnico de Contabilidade, Pedagogia, Educação Física e Pós-Graduado em Atividades Físicas para portadores com deficiência, exercendo as funções de professor de Educação Física, professor Polivalente e professor de Capoeira e Defesa Pessoal em escolas e projetos da rede particular e pública (municipal e estadual) de ensino, na cidade de Juazeiro do Norte.
LINK PARA ADQUIRIR SEU LIVRO IMPRESSO
https://clubedeautores.com.br/livro/biografia-e-memorias-do-educador-professor-e-mestre-rocha
E-book Básico de Marketing Digital para Terapeuta Tradicional, Sistêmico, Int...Raquel Alves
E-book Básico de Marketing Digital para Terapeuta Tradicional, Sistêmico, Integrativo ou Holístico, no qual você terá acesso aos seguintes conteúdos:
-O que é marketing digital
-Identificando seu público-alvo e persona
-Oque é nicho?
-Criando sua identidade visual/marca
-Definindo um calendário editorial de postagens e conteúdos
em redes sociais
-Saiba o que as principais redes sociais têm a oferecer para o
terapeuta!
Como o terapeuta pode atuar na internet?
Que tipo de conteúdo devo postar em minha rede social?
-Copywriting como uma estratégia poderosa de marketing
digital!
-Dicas para a produção textual na internet para terapeutas
-Dicas gerais para terapeutas
Conhecendo os segredos do livro "Black Wings 2: almas perdidas"- parte 1Raquel Alves
https://clubedeautores.com.br/livros/autores/raquel-alves
https://clubedeautores.com.br/livro/black-wings-ii
Sinopse
Ávila está no Lar das Almas Perdidas, a morada daqueles que estão mortos e ainda mantém um vínculo terreno. Lá, conhece Elisa, pessoa que ajuda a evoluir espiritualmente até ter o controle e chegar à Coldland.
Consciente de que Ávila vivendo tal amor estaria sempre correndo o risco de ser condenada ao inferno, Ullieh vê na oportunidade de aceitação do processo de reencarnação, a chance de felicidade e salvação da alma de sua amada: contudo, o preço a ser pago será alto demais.
AS CARACTERÍSTICAS ULTRARROMÂNTICASEXISTENTES NO POEMA THE RAVEN (O Corvo) DE...Raquel Alves
Este livro é fruto de um TRABALHO (TCC) submetido ao Curso de Licenciatura em Letras da Universidade Regional do Cariri– URCA, no ano de 2011, como
requisito parcial para obtenção do Grau de Licenciada em Letras, sob orientação do Prof. Michael Macedo Marques, que decidi transformá-lo em e-book, agora no ano de 2022. Portanto, dedico este trabalho aos meus pais, Cícera e Rocha: sem eles seria impossível trilhar este caminho como escritora.
RESUMO
Edgar Allan Poe deixou marcas intrínsecas na Literatura Americana, influenciando inúmeros autores, tornando-se também um ícone na Literatura Gótica devido aos elementos presentes em suas
narrativas. A sua influência está presente também no âmbito da música, na qual, bandas de diferentes estilos buscam na fonte criativa de seus poemas, contos e narrativas, traços inspiratórios para suas
composições musicais, imortalizando ainda mais o nome desse célebre escritor e divulgando o universo literário por ele deixado: as atmosferas medonhas, os personagens lunáticos, apaixonados e amaldiçoados, o aspecto sobrenatural reinante em suas histórias. Um
exemplo recente é que, em dezembro de 2008, 21 cantores e 50 músicos hispânicos, lançaram um cd tributo a Poe, do estilo Ópera Metal, ou seja, narra através de atos e músicas a trajetória de vida e contos do escritor. Em 2010, baseado no conto Ligeia, o filme “Imortal” vem acrescer a influência de Edgar também no contexto cinematográfico, além de que o canal ABC 8 autorizou a produção de um episódio piloto de um
possível seriado que retratará Poe como um detetive da cidade de Boston no século XIX, que utiliza
métodos não convencionais em suas investigações. Ressalta-se nesse trabalho, o poema The Raven associado à música/videoclipe Ravenheart da banda Xandria, onde compara-se o conteúdo, as características ultrarromânticas, como também aspectos da tradução intersemiótica, que revelam a ligação entre ambos (o poema e o clipe musical),
discutindo também a simbologia do animal Corvo.
PALAVRAS-CHAVE: Edgar Allan Poe; Literatura Americana; The Raven; O Corvo; Ravenheart; banda Xandria.
Conhecendo os segredos do livro "Jornalismo e Literatura: a análise da poesia...Raquel Alves
3- O PERÍODO DE ENCANTO E DESENCANTO EM RELAÇÃO À GUERRA: SENTIMENTO COMUM ENTRE OS POETAS-SOLDADOS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
4- SHELLSHOCK: COMO A POESIA MUDOU A FORMA DE BUSCAR UM TRATAMENTO PARA ESTE TRAUMA DE GUERRA
5- A ANÁLISE DA OBRA LITERÁRIA COUNTER-ATTACK AND THE OTHER POEMS COMO UMA NARRATIVA JORNALÍSTICA
5 curiosidades- “Jornalismo e literatura: análise da poesia de guerra de Siegfried Sassoon” parte 1
https://www.youtube.com/watch?v=ZhZRSq3U3Js
1- Primeiro livro escrito em língua portuguesa, disponível no Brasil, sobre a vida e obra do poeta-soldado britânico Siegfried Sassoon
A afirmação é com base na pesquisa realizada no ano de 2013 e 2014, abrangendo monografias, teses e dissertações brasileiras, encontrando apenas uma dissertação em Estudos Literários de autoria de Eduardo de Oliveira Bueno Queiroz Fontes, intitulada de “Every war is ironic because every war is worse than expected: Irony in Siegfried Sassoon’s War Poems” no ano de 2012, destacando que a mesma encontra-se 90% escrita em língua inglesa. Também em 2012, em Portugal temos o livro “Avanços em Literatura e Cultura Portuguesas”, cujo artigo publicado é “GUERRA, POESIA E TRAUMA: LEITURAS DA POESIA DA GUERRA COLONIAL” da autora Margarida Calafate Ribeiro . No ano de 2014, apresentei a monografia com o título “Jornalismo e literatura: análise da poesia de guerra de Siegfried Sassoon” no Curso de Comunicação Social – Jornalismo da Universidade Federal do Cariri, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Jornalismo. Em 2014, foi publicado o livro “Memórias de um oficial de infantaria” de Siegfried Sasson, em língua portuguesa, da coleção “Linha do Tempo” da editora Mundaréu, traduzido por Luís Reyes Gil. No ano de 2016 foi publicada a primeira edição do meu trabalho acadêmico, transformado em livro físico/impresso mantendo o mesmo título “Jornalismo e literatura: análise da poesia de guerra de Siegfried Sassoon” e em 2017, lançada a segunda edição. Este livro está disponível no site Clube de Autores, Agbook e parceiros como Amazon, Americanas, Submarino, Livraria Cultura, Estante Vitrual, dentre outros.
2- O tema do livro surgiu a partir da música “Army of Damned” da banda Pythia
Em 2012, eu tive acesso ao cd da banda Pythia “Beneath the veiled embrace”, que havia sido lançado em 2009: a música analisada, “Army of Damned”, conta com a participação do ator britânico Brian Blessed, que recita o poema de Sassoon, “Suicide in the trenches”. Em 2013, eu escrevi um artigo para a disciplina Cultura e Mídia, cujo título é “Literatura, Música e Sociedade: Os horrores da 1ª Guerra Mundial por Siegfried Sassoon”, que apresentava um estudo sobre a relação entre literatura e música, demonstrando como ambas se intercalam e refletem questionamentos inerentes a um dado momento social e se tornam, portanto, elementos inseridos na grande concepção que temos quando falamos de cultura..
CAMINHOS POSSÍVEIS PARA UMA ANÁLISE DA NARRATIVA DA PINTURA DE SÃO FRANCISCO ...Raquel Alves
Esta palestra tem como finalidade apresentar um estudo introdutório sobre a análise de uma pintura pertencente à arte barroca paraibana, levando em consideração que a arte em si é o portal que conduz o sujeito rumo a uma descoberta histórica, de memórias e narrativas. Especificamente por meio de uma pintura no teto da Capela de São Francisco, que faz parte do Complexo Cultural São Francisco (CCSF) em João Pessoa (Paraíba), propomos através de tal imagem (São Francisco de Assis em chamas numa carruagem rumo aos céus) indicar possíveis intencionalidades e significados acerca deste processo de construção/intercruzamento de narrativas, perguntando-nos qual o enigma ou inquietação desta obra de arte barroca anônima e o significado da transposição de uma possível lenda fransciscana, bem como a associação de São Francisco a Cristo e ao profeta Elias. Valemo-nos de um estudo do sujeito que vislumbra tal pintura e do imaginário simbólico, por meio de uma tradução criativa através da estética e de um olhar semiótico, transporte este, que nos conduzirá às descobertas da arte barroca, especialmente no espaço/obra de arte citados.
info: ladyblackraven.blogspot.com.br
APOSTILA DE ORIENTAÇÃO TRABALHOS ACADÊMICOS Raquel Alves
APOSTILA DE ORIENTAÇÃO TRABALHOS ACADÊMICOS
Contém dicas interessantes para você desenvolver o melhor trabalho acadêmico. Caso tenha interesse em correções ou orientações, envie-me um e-mail: raquelalveswriter@gmail.com
DISCURSO, PROPAGANDA E ESTRATÉGIA BÉLICA, POLÍTICA E RELIGIOSA: aspectos do ...Raquel Alves
Slide da Palestra DISCURSO, PROPAGANDA E ESTRATÉGIA BÉLICA, POLÍTICA E RELIGIOSA: aspectos do encanto e desencanto da poesia modernista inglesa nos escritos dos poetas-soldados Rupert Brooke e Siegfried Sassoon
Este livro de poesias é dedicado a todos os
esquecidos, excluídos, marginalizados, aos “outros” que
não se encaixam em padrões tipicamente sociais. Que as
vozes não ouvidas de todos aqueles que não atuam como
protagonistas de sua própria história sejam “ouvidas”
nessas poesias que compõem o livro “O choro de Lázaro”-
parte 1.
Por fim, que sejamos mais sensíveis às dores
daqueles que, muitas vezes, não passam de sombras no
teatro da existência humana!
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Livro de conscientização acerca do autismo, através de uma experiência pessoal.
O autismo não limita as pessoas. Mas o preconceito sim, ele limita a forma com que as vemos e o que achamos que elas são capazes. - Letícia Butterfield.
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3. 2
2021. Raquel Alves
Todos os direitos reservados.
Produção e Diagramação: Raquel Alves
Capa: Imagem do site Pixabay
Ilustrações: Public Domain Vectors e PngTree
Revisão: Raquel Alves
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra
sem autorização prévia do autor. Todos os
direitos estão devidamente registrados.
4. 3
Sumário
Conto 1: Entre o amor, a paixão e a ilusão......04
Conto 2: Uma manhã de domingo...................08
Conto 3: Promessas que o tempo não apaga....12
Conto 4: Monólogo do fluxo de uma consciência
triste...............................................................20
Conto 5: Uma Eterna Alma Solitária?..............24
Conto 6: Esse sentimento corrosivo chamado
culpa..............................................................28
Sobre a autora................................................32
5. 4
CONTO 1- Entre o amor,
a paixão e a ilusão
Um dia eu pensei que sabia o que era o
amor. Defini-o como um sentimento sublime de
“devoção”. Naquele tempo eu era tola o bastante
para acreditar nessa definição. Talvez o meu
instinto romântico fosse o responsável por me
transformar num ser completamente submisso a
esse sentimento, que eu acreditava ser a verdade
do mundo, o único sentimento que valia a pena
lutar... Não que eu sonhasse com um príncipe
encantado das histórias que somos acostumados
a ouvir... O que eu realmente acreditava era que
6. 5
o ser humano buscava encontrar aquele que o
fizesse sentir completo. Sempre achei que
nascemos com uma parte faltante e que o nosso
destino era encontrá-la, não obstante os
desafios, barreiras e dificuldades que surgissem.
A felicidade que tanto almejamos estaria
no resultado que essa busca culminaria, ou seja,
no momento em que nos deparássemos com a
criatura que, apesar de não ser “perfeita”,
despertaria em nós aquele frio congelante; os
nossos olhos não poderiam se desviar, ou se
desviassem, era para esconder o quão
penetrante fora aquele olhar, que chegou a ver a
nossa alma nua e carente; o coração pulsaria em
um ritmo acelerado– poderíamos jurar que esse
coração estava prestes a sair pela boca; os
nossos lábios contraídos, na verdade, queriam
libertar palavras perdidas ou frases não
elaboradas diante do impacto daquele encontro,
no qual, gaguejos ou simplesmente sussurros
iriam expor aquilo que de mais íntimo
esconderíamos lá no fundo de nossa mente...
Poderíamos evitar transparecer a força
dominante do amor ou apenas liberá-la através
de nossas faces avermelhadas e sorriso meio
desajeitado.
7. 6
Ah, mas pobre de mim! Mergulhada nesse
ideal que moldei em minha mente, me lancei em
queda livre, buscando sentir cada sensação
diferente romper os limites que eu havia
imposto, deixar que o friozinho ou a chama
oscilassem em meu corpo... “Mas por que as
pessoas enganam?”, foi o que eu pensei depois
de conhecê-lo melhor. “Por que meu coração me
enganou?”, atribuí também a mim a culpa pelo
eminente erro. Que decepção! Fui uma
romântica sonhadora mesmo...
Como eu odiei amar. Como eu odiei ser
iludida pelos meus próprios sentimentos. E
como sofri ao perceber que somente eu senti o
fardo desta ilusão. Caminhei rumo ao
desconhecido, eu presumi. Eu tinha certeza que
eu não sabia o que era o amor. Todos aqueles
conceitos, imagens, sonhos, frases poéticas,
histórias felizes, tudo se dissipou. Ainda somos
capazes de um dia entender o que é o amor?
Ainda somos capazes de deixar os olhos de
nosso coração nos guiar? E se houver outra
decepção? Terei forças para suportar tudo isso?
Qual a linha que define o amor da paixão? O
amor pode ser um vilão nessa história? Quando
o amor acaba, só resta o consolo de que tudo foi
8. 7
uma amarga ilusão, mergulhada no doce sonho
de um amor inexistente?
Sei que são muitas perguntas. E sei que
ainda terei algo a mais para aprender. Mas eu fiz
uma das lições da vida: descobri que não
cheguei a amar ninguém, que tudo aquilo que eu
senti se resumiu a um simples desejo, uma
faísca do amor, denominada de paixão. E o que
sobrou dela foi esse sentimento de engano, que
me sufoca por dentro.
Vivo entre o amor, a paixão e a ilusão.
9. 8
CONTO 2- Uma manhã
de domingo
Era uma manhã de domingo, não como
outra qualquer. Aquela fora uma manhã
especial.
O dia amanhecera nublado, com nuvens
escuras que pareciam dançar no céu. O sol se
escondera temporariamente durante aquele dia
e, assim, me fez sentir certa tristeza que
assolava minha alma.
10. 9
Decidi caminhar e deixar me perder em
pensamentos que surgiam atropelando uns aos
outros ou lutando para ver qual deles adquiria o
controle sobre mim. Não era preciso tamanho
esforço para revelar qual pensamento oculto nas
sombras de minha mente, desejava me possuir,
torna-me escrava de seus desejos pretensiosos,
egoístas e cruéis, ferir-me a alma como fogo
eterno de loucura, prazer e sofrimento.
Conforme eu caminhava, com passos
curtos e lentos, mais eu era assombrada por
essas lembranças que me envolviam como se
quisesse, ao mesmo tempo, me proteger ou me
sufocar até eu perder a última respiração na
tentativa de sobreviver aos seus encantos.
E entres devaneios de realidade por mim
já esquecidas, mas que relutavam em me dizer
que ainda estavam mais vivas do que nunca,
senti uma grande onda dolorosa tomar conta de
mim. Fui arremessada a não sei quantos metros
de distância. Algo pesado se chocara ao meu
corpo. Pude sentir o ar frio brincar comigo,
tocando cada parte descoberta e, agora, ferida de
meu corpo. Uma vontade de vomitar minha vida
se sucedeu, enquanto cada parte de meu corpo
tremia, devido ao choque com o chão.
11. 10
Entre suspiros e sussurros de vozes
inaudíveis ao meu redor, eu tentava abrir os
olhos e deixar de lado os fantasmas agonizantes
dos pensamentos que causara tudo isso: eis que
surge na minha frente a imagem de um ser, até
então um feixe de luz disforme, mas que com o
tempo, ganha uma forma humanizada... uma
forma que mescla um humano e um ser divino...
Um anjo?
Seus olhos fixaram nos meus, que ainda
lutavam para permanecer abertos por mais um
instante. Eu estava estirada numa rua qualquer,
sendo observada por aqueles olhos curiosos de
corvos, que pareciam se deliciar com minha
agonia. O carro no qual eu havia chocado, já
desaparecera daquele lugar e apenas deixara de
recordação (além das marcas, dores, cortes,
fraturas em mim) marcas asfálticas de seus
pneus no chão daquela rua.
Voltei meu olhar para aquele a quem
denominei de anjo. Sua cara era um mister de
ternura, tristeza e dor. Senti o seu toque
queimante no meu pulso. Gemi. Meu corpo todo
doía de uma forma aterrorizante. Fechei meus
olhos na tentativa de escapar daquela realidade
e fui tragada pela última vez ao mesmo
12. 11
pensamento, sendo vencida pelo cansaço dessa
vida. Cansei de lutar por algo que nunca
chegará a ser concreto. Cansei de sonhar com
algo impossível, de viver só de fantasias, de viver
com esperanças.
Quero ser levada por aquele anjo, que
provavelmente continua a me olhar. Posso sentir
uma onda emanando dele e vindo em minha
direção, uma onda que reconforta o meu
espírito. E eu estava certa. Senti o seu abraço
reconfortante. Quando menos percebi, estava
sendo levada às alturas... Eu podia tocar com
minhas mãos cada nuvem no céu, deixar
transparecer em minha face um sorriso que há
muito tempo eu não via surgir.
Olhei para o anjo e antes que eu
pudesse reagir, seus lábios docilmente beijaram
os meus. Despertei desse sonho na cama de um
hospital. Uma onda de solidão, raiva e saudade
emanara em mim. Estava de volta à vida real.
13. 12
CONTO 3- Promessas
que o tempo não apaga
Desde criança, eu era apaixonada pelo
meu melhor amigo, o Adrian. Ele preenchia um
vazio existencial em meu peito.
Na verdade, eu nem sabia que era amor...
Eu apenas sentia algo estranho brotando de
mim, um sentimento diferente, místico e
intrigante... Passávamos tanto tempo juntos, e
eu alimentava a esperança de que nunca iríamos
nos separar.
14. 13
Mas, como é de praxe, o destino gosta de
brincar com a gente, não é mesmo? Isso não
seria diferente com a gente... Adrian foi embora,
não porque ele queria: fora obrigado pela mãe
possessiva e extremamente capitalista, que tinha
medo dos meus reais interesses em relação ao
seu precioso tesouro financeiro...
E assim, meu pequeno e adorado amor se
foi... Confesso que foi difícil a separação. Creio
que para ambos os lados. Lembro-me de suas
lágrimas e de seu aceno final quando a megera
bruxa dos contos de fada, o forçou a entrar no
carro e a deixar tudo pra trás.
...
Eu era a moça pobre, filha de uma
empregada que morrera em serviço e cuja patroa
sentia a obrigação de cuidar de sua filha, como
um falso gesto de piedade. Adrian era o pequeno
herdeiro de uma das famílias mais poderosas de
Maine, os McLaus. Essa história nunca daria
certo mesmo.
Nunca mais recebi notícias de Adrian. E
por tanto tempo, eu rezei para crescer e me
livrar dessa família, mostrar que eu poderia
andar com meus próprios pés. O tempo nos
15. 14
força a mudar, a desistir de tantas coisas e a
lutar por outras tantas, não é verdade?
…
As nossas perspectivas de vida e
pensamentos se transformam. Por mais que
quisesse alimentar a esperança de que um dia
eu o encontraria, ele foi se esquecendo de mim e
de nossa promessa:
“Eu juro Melanie, que nunca você ficará
sozinha. Eu sempre estarei aqui, do seu lado, por
que...”
“Por que o quê?”
“Porque... quer dizer... bem, eu acho...
quer dizer, somos amigos. E um amigo nunca
abandona o outro.”
Eu fiquei tensa naquela época quando ele
falou isso. “Ele ia dizer que me ama. Só não quer
admitir. Ou tem vergonha de dizer isso, assim
como eu”, foi o meu primeiro pensamento.
Porém, são águas passadas... O Adrian que eu
conhecia não existia mais. Ele agora era um
jovem playboy, que vivia de festas em festas,
trocando de companheira como se estivesse
trocando de roupa. Nunca engatou numa relação
16. 15
séria como medo da perda... Lá no fundo, ele
havia feito uma promessa pra si mesmo no
momento em que fora embora:
“Não vou deixar que o mesmo sentimento
que nutri por Melanie me domine. Sei que fui
covarde. Mas se ela me amasse mesmo, teria
lutado por mim.”
...
E a Melanie que ele conheceu também
mudou. Só não sei se foi pra melhor ou para
pior. Nunca deixei de ser uma garota tímida,
apaixonada e infeliz. Vivo em meu próprio
mundo ilusório, onde fujo também da dor da
separação e da perda do verdadeiro amor, que
me deixou profundamente marcada pelo
sentimento de abandono e um vazio. Para mim,
promessas podem ser facilmente quebradas.
Essa era a única coisa que eu acreditava.
…
Éramos adolescentes agora.
Um dia como outro qualquer, Adrian
resolveu voltar à Maine. O dia que marcara a
sua volta, era a data que eu mais odiava em toda
a minha vida: o dia dos namorados.
17. 16
Sem saber o porquê e deixando-se guiar
por um impulso infantil (ou qualquer coisa que
você queira chamar), ele decidiu comprar
flores... assim como eu também...
“Bom dia, jovem. Gostaria de alguns
muguets.”
“Você pode aguardar? A moça da
barraca vem já.”
“Certo”
Aquela voz me pareceu familiar. Algo em
meu coração me dizia isso. Fui tragada por
lembranças que eu tentei negar. Não seria
possível. Assim que me deparei com aquela
criatura em minha frente, meu coração gelou.
Ele estava mudado, contudo existia algo em seus
olhos que me preservava aquele mesmo jovem de
antes.
Adrian! Meu Deus! Ele ainda usava o
mesmo colar que eu dera quando éramos
criança. Assim como eu, assim que me
reconheceu, o choque foi eminente. Nesse
momento, um casal de namorados passava do
nosso lado, de mãos dadas e rostos felizes. E
18. 17
nós, ficamos constrangidos, como crianças
inocentes e tímidas.
O silêncio pendurou por alguns segundos,
enquanto nos mantivemos imóveis, tentando
captar a real situação diante de nossos olhos
incrédulos. De ambos os lados, nenhuma reação
exterior fora exposta. Apenas os sentimentos
conflituosos do nosso interior eram aqueles que
reinavam em cada centímetro de nossos corpos.
A pergunta que eu fazia em meus
pensamentos era Por quê? Eu deveria ser mais
corajosa e manifestar toda a verdade que lutei
para ocultar durante todo tempo, verdade esta
rodeada por uma fortaleza que julguei ser
indestrutível e que agora ameaçava ir a ruínas?
Eu deveria luta por alguém que o tempo tratou
de nos afastar de todas as formas, assim como
nos deixou beirando o abismo do esquecimento?
Percebemos, dentre os nossos
questionamentos, que o afastamento que
tivemos não indica realmente o esquecimento.
Era hora de nos libertarmos de nossos próprios
temores e preconceitos. Essa era a oportunidade
que a vida nos oferecia para recompensar todos
os anos de espera, ausência e da tentativa de
arrancar do peito qualquer vestígio do
19. 18
sentimento que agora tinha um nome que ambos
conheciam: amor.
Sem perder tempo, Adrian me abraçou e
me beijou de um jeito desesperado e, assim, o
correspondi, mais ansiosa do que nunca para o
êxtase da junção de nossos lábios e para sentir o
arrepio de nossos corpos tão juntos. Será que
agora o tempo poderia fazer um simples favor?
Poderia parar por um instante? É pedir demais?
Parecia que todo o universo girava ao
nosso redor. Jovens eufóricos que transitavam
naquele instante, vibravam de emoção.
“Acho que acabei de encontrar a pessoa
mais digna do mundo para receber essas rosas,
que nada mais é do que a representação de todo
o amor que sinto dentro de mim. Me desculpe por
minha covardia durante todo esse tempo. Uma
coisa é respeitar as decisões que os pais tomam
por nós quando acham que nós não somos
capazes ou pequenos demais para decidir certos
rumos de nossas vidas. Outra, é quando
renegamos tudo e tentamos enterrar nossos
sentimentos, sem ao menos nos permitir lutar por
aquilo que acreditamos ser a verdade que vai
reger a nossa vida. Uma vida sem amor, é uma
vida mergulhada no vazio. Existem diferentes
20. 19
formas de amar. Da mais simples a mais
complexa. O que sinto por você é uma forma
extrema do amor, embora, em uma dada fase da
vida, deixamos esse amor de lado em prol de
pequenas realizações pessoais, que nunca nos
trouxeram tamanha felicidade... Felicidade de
aproveitar uma companhia ao lado de uma
pessoa legal, inteligente, criativa... Felicidade de
dividir sonhos com alguém que acredita em você e
que sempre estará ao seu lado...”
A vendedora chegou com o seu pedido.
Adrian pegou um buquê de muguets na barraca,
se ajoelhou e me entregou. Apesar do
nervosismo, eu tentei entender se tudo aquilo
era um sonho. Eu ri de mim mesma quando ao
abrir os olhos e me deparei com aquele moleque
de tempos antigos e de suas juras de amor.
Promessas podem ser quebradas. Mas, graças ao
céu, que lá no fundo, por mais que tentamos
negar, alimentávamos a esperança de que um
dia, o universo conspirasse para que tudo dê
certo em nossas vidas.
“Melanie, sua incansável busca pelo amor
acaba hoje. Feliz dia dos namorados.”
21. 20
CONTO 4- Monólogo
do fluxo de uma
consciência triste
Eu me sinto profundamente triste. Ter
que acordar todos os dias e perceber que o
mundo continua o mesmo ou pior do que já era,
é horrível.
Um embrulho no estômago me faz renegar
o café da manhã. Já tenho vontade de sorrir,
nem de ficar bonita, me arrumar, de fazer
qualquer coisa além do que simplesmente
22. 21
dormir e pensar em um mundo alternativo e que
seja melhor do que aquele que vivo.
Todas as minhas energias foram gastas
ontem, na busca pelo tesouro perdido da
humanidade: a sensibilidade. Ninguém teme o
mal que pratica contra o seu irmão. Ninguém
teme a justiça ou o castigo divino que possa
abater sob a cabeça daqueles que escolheram
caminhos obscuros para seguir.
Mesmo contra a vontade, eu devo sair.
Devo encarar o mundo que tanto me assombra,
que tanto me perturba. Devo andar pelas ruas
sombrias e sangrentas, devo atravessar o beco
dos desvairados, ouvir o rogo de perdão, a
súplica por ajuda, o tiro de misericórdia, ver
muitos venderem seus corpos, suas almas,
serem estuprados pelas drogas e bebidas,
mendigando pela sobrevivência, maltratados por
seus semelhantes...
No final de tudo, devo encarar ainda nos
olhos das pessoas?
Tento correr e me esconder. Não consigo...
Tento gritar, me sufocar, rogar, esperar... Não
consigo. Não posso negar e dizer que não faço
parte do sistema, que também sou responsável
23. 22
por tudo isso. Preciso me reerguer e ajudar,
continuar minha busca primordial pelo Santo
Graal da humanidade, que é a sensibilidade.
É de partir o coração perceber a nossa
indiferença para com as dores de
pessoas/animais que estão tão próximos a nós.
Fingir que o problema não é seu, é uma válvula
passível de escape, de negação. Mas a sua
consciência (se você ainda tiver uma), ao dormir,
não te perturba? Não te cobra? Não te acusa?
Não te questiona? Não lança imagens
acusatórias de um presente que é seu? Não
mostra um mundo distópico e mergulhado no
caos, que não é seu?
Pare! Pense! Abra a sua mente. Se conecte
às profundezas de seu coração e permita que a
energia do perceber e sentir se faça presente em
sua vida a partir de agora! Veja e lute! Ouça e
ajude! Questione o silêncio. Questione sua
cegueira. Questione sua mudez!
Salve o inocente! Seja o pão de cada dia! A
água da vida! A bengala do velho! A luz do cego!
O afago da criança e do animal abandonado!
Seja a sinfonia do amor que desperta de um
mundo ausente de Deus, mas que nunca perdeu
a fé em pessoas como você, que assim como eu,
24. 23
tem o desejo de fazer um por um despertar para
o mundo de um novo amanhecer.
E por fim, eu vejo que eu estava abatida
pelo o que descobri e pelo medo. Desistir não
existe no meu vocabulário. Saio do poço
depressivo no qual estive por algumas horas e
ergo a cabeça, partindo em direção a um novo
dia de luta!
25. 24
CONTO 5- Uma
Eterna Alma
Solitária?
Todos os anos, há uma data em especial
que me assombra e perturba os mais solitários
pensamentos de uma transeunte que sentia-se
esquecida pela vida: dia 12 de junho de todos os
anos.
O comércio movimenta-se em prol da
pseudo-louvação do eterno casal e votos de amor
por toda vida; a mídia explora essa temática em
26. 25
todos os sentidos, e não permite você nem
sequer respirar; amigos chegam de mansinho
com a pretensão de sondar uma opinião minha,
a respeito do melhor presente para seu parceiro
(a); a família pergunta "onde está seu príncipe
encantado?" (opção a: provavelmente ele é um
sapinho- opção b: ele ainda está chegando
montado em seu cavalo branco; opção c: ele
desistiu de mim no meio do caminho: opção d:
ele ainda não reencarnou nessa vida, e opção e:
ele não existe); homenagens são feitas em redes
sociais ou naquele famoso carro de som de
mensagem, com cesta de café da manhã, flores e
aquela pelúcia fofa (poxa vida, eu desejo tanto
aquela pelúcia!!!)...
Preces e mais preces são elevadas aos
céus, especialmente ao Santo Casamenteiro, o
senhor Antonio; simpatias e crendices me
deixam frustradas com seus resultados “nada
positivos” e mais uma vez eu me lembro de
quando era adolescente e tinha que me
conformar com as gozações de meus "colegas de
classe do ensino médio" (arqui-inimigos
declarados do Salém) que praticamente ou
metaforicamente me diziam que eu seria um
patinho feio esquelético a mercê da solidão.
27. 26
Coitada de mim. Anos sendo escravizada e
violada pela solidão... Seria tão difícil assim
sobreviver? Poderia eu fingir, que no peito, não
havia um coração romântico? I M P O S S Í V E L
! ! !
Então, eu partia para o plano B:
fantasiava sobre os casais de filmes românticos.
Eu imaginava estar naquela situação de que a
espera sempre lhe rendia uma boa recompensa e
de que valia a pena sofrer por amor. Um dia, ele
ouviria suas preces. Com o tempo e decepções,
passei a odiar comédias românticas e a amar
dramas românticos, porque em meu arco íris
predomina o luto de perder sempre o amor... de
não ter vivido o amor... de nunca ter chegado a
realmente amar... e de, provavelmente, estar
caminhando rumo ao meu fim, sem amor...
Senti paixonites por pessoas erradas, que
imortalizaram o platonismo em minha vida
(deveria virar algum estudo ou campo científico
de conhecimento humano)... Novamente
amargurada, lançava-me em braços invisíveis de
todos aqueles que julgava amar. Mas nenhum
deles teve força suficiente de me segurar. Cai no
chão. Chorei. Urrei. Doeu. Vivi...
28. 27
Eu iria morrer por-ou-de amor? Não!!!
Deveria dar a volta por cima e olhar quantos
relacionamentos realmente amorosos eu
construí na vida e que valem mais do que uma
suposta relação estável e sem traição (ah tá,
jura!!!): eu firmei laços afetivos com aquilo que
me devolvia o prazer de viver (a poesia, a
literatura e a música... e descobrir três "amantes
escritores mortos quentes" hahaha), com minha
família, com meus amigos, com meus aliados em
minha carreira profissional, com os animais (a
natureza é linda e acolhedora). Descobri o amor
a todos, a entrega a todos e o sentimento de ser
livre que só o verdadeiro amor pode
proporcionar...
Continuo sozinha, sim! Mas esse foi o
melhor dia dos namorados que eu já tive em
toda a minha vida, porque como dizia meu
amado Oscar Wilde "AMAR A SI PRÓPRIO É O
COMEÇO DE UM ROMANCE PARA TODA A
VIDA".
29. 28
CONTO 6- Esse
sentimento
corrosivo chamado
culpa...
Para aqueles sem consciência, tais
reflexões não servirão de nada. Para aqueles
sensíveis, logo a identificação permanente, fará
com que sua atenção seja presa em alguns
30. 29
minutos de leituras de palavras em poucas
linhas.
Alice costumava acreditar que tudo a sua
volta tinha uma dinâmica impecável, dinâmica
esta, que talvez na sua ingenuidade diante dos
mistérios da vida, suas atitudes ou mudanças
drásticas de opiniões, de nada afetaria o mundo,
tão seu quanto dos outros.
Logo, a rotina era estabelecida por ações
repentinas que, se cumpridas naquele
determinado prazo estipulado de tempo, de nada
comprometeria o universo egoísta ao seu redor.
As dores dos outros não eram menos
importantes que as suas; as palavras dos outros
não eram menos valiosas que as suas...
Ela um dia teria que aprender a lição de
que todos: de certa forma, estamos conectados.
Mesmos distantes, em vidas opostas, dogmas
opostos, classes opostas, fazíamos parte de
alguma "sopa da vida", cuja ação isolada de cada
um refletia na ação coletiva do todo.
E quando ela percebeu isso, creio que um
sentimento cruel estava possuindo seu corpo...
Uma decisão certa ou errada, uma mudança de
horários rotineiros, o minuto escolhido para
31. 30
respirar, os segundos que regiam a hora do
despertar matinal, ou seja, tudo ao seu redor,
não dependia só de si: os outros contribuíam em
sua vida e ela, consequentemente, contribuía na
construção, desconstrução ou reconstrução da
vida dos outros.
O destino expresso no fazer futuro era
incerto. Todavia, os passos do presente
poderiam modelá-lo a certo ponto conhecido,
mas isso não significaria que poderia ser
alcançado. Poderia haver certas mudanças,
certos ventos ou furações, cuja força definidora
apontaria o futuro esperado, diante de uma
simples alteração ou não de planos rotineiros.
E foi ai que em seu íntimo, Alice começou
a sentir esse sentimento corrosivo chamado
culpa, especialmente quando uma ação
irresponsável (cuja culpa deveria ser creditada
somente a ela) recai sobre inocentes. Como
voltar no tempo e aprender tal tarefa da vida, de
uma maneira não tão cruel? Ficaria eternamente
reclusa em seu mundo, deixando que esse tipo
de sentimento, tal como ácido, a corroesse por
completo, até não restar nem mais a consciência
de senti-lo? Ou levantaria a cabeça, encararia o
aprendizado por uma perspectiva "positiva" e
32. 31
mais consciente quanto às futuras decisões que
ainda deveria tomar ao longo de sua vida?
Faça a sua escolha, Alice! E logo!
33. 32
Sobre a autora
Raquel Alves é uma escritora cearense,
formada em Letras, Jornalismo e com mestrado
em Ciências das Religiões.
Tem poesias publicadas em antologias de
editoras conhecidas e de forma independente
semeia seus romances sobrenaturais, histórias
fantásticas e poesias ultrarromânticas.
Prêmios e Participações em Antologias:
Certificado de Participação II Prêmio Licinho
Campos de Poesia de Amor 2013
III Prêmio Literário Cidade da Poesia (Antologia
Poética) 2013- Nome da Poesia: Noite dos Corvos
Caderno Literário Pragmatha (poesias)
contribuição com poesias durante quase dois
anos
101 Vira-latas (Antologia poética) 2014- Nome da
Poesia: Você e eu
34. 33
Prêmio Literário Galinha Pulando 2014
(Antologia poética)-Nome da Poesia: A Saída
dessa miséria
Participação da X Bienal Internacional do Livro
de Pernambuco (2015) (lançamento do livro O
Reino Mágico de Mystic)
Certificado de Participação VI Concurso de
Poesias Prof. Roberto Tonellotti (2016)- Nome da
poesia: O choro de Lázaro
11º Concurso on-line "Sueli Bittencourt" de
poesias- Tema Paz (2016)- Nome da Poesia:
Borboleta
5ª mostra BNB de Poesia- Abril para leitura
2016 (Antologia póetica)- Nome da Poesia: O
romantismo precoce do poeta das penas negras
1ª Coletânea de Poemas- projeto Apparere- 2017
Poema: Por favor, não morra!
6ª mostra BNB de Poesia- Abril para leitura
2017 (Antologia poética)- Nome da Poesia: A não
existência
Participação do I Prêmio Miau de Literatura:
Editora Costelas Felinas (2017)- Nome do livro
de Poesias: Desaparecendo
35. 34
Participação na 1ª Coletânea de Poesias de
Amor- Projeto Apparere- 2018 Poesia: Adeus
9º lugar no concurso da Revista Inversos (4ª
edição) em homenagem ao Dia Internacional da
Criança Africana – 2018 Poesia: Minha criança
Participação da 2ª Mostra de Poemas para a
beata Maria de Araújo. Poesia: Sangue Salvador-
2019
8ª mostra BNB de Poesia- Abril para leitura
2019 (Antologia poética)- Nome da Poesia:
Medusa- 2019