2. Consciência negra
O Dia da Consciência Negra é
celebrado em 20 de novembro no
Brasil e é dedicado à reflexão sobre
a inserção do negro na sociedade
brasileira.
A data foi escolhida por coincidir
com o dia da morte de Zumbi dos
Palmares, em 1695.
3. A abolição da
escravatura, de forma
oficial, só veio em 1888.
Porém, os negros sempre
resistiram e lutaram
contra a opressão e as
injustiças advindas da
escravidão.
4. Um pouco de História
Zumbi dos palmares
Zumbi dos Palmares nasceu no estado
de Alagoas no ano de 1655. Foi o
principal representante da resistência
negra à escravidão na época do Brasil
Colonial. Foi líder do Quilombo dos
Palmares, comunidade livre formada
por escravos fugitivos dos engenhos,
índios e brancos pobres expulsos das
fazendas.
5. Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de
sete anos de idade. Entregue a um padre jesuíta católico, recebeu o
batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa,
latim, álgebra e a religião católica. Porém, aos 15 anos de idade, fugiu de
Porto Calvo para viver no quilombo dos Palmares. Na comunidade,
deixou de ser Francisco para ser chamado de Zumbi (que significa
aquele que estava morto e reviveu, no dialeto de tribo imbagala de
Angola).
No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses.
Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após
um batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se
para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de
Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo,
Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos
quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam
aprisionados.
6. Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi
torna-se líder do quilombo dos
Palmares, comandando a resistência
contra as topas do governo. Durante
seu “governo” a comunidade cresce e
se fortalece, obtendo várias vitórias
contra os soldados portugueses. O líder
Zumbi mostra grande habilidade no
planejamento e organização do
quilombo, além de coragem e
conhecimentos militares
7. Herança negra
• O samba e a capoeira
• Durante o período da revolução de 30, os próprios núcleos de
cultura negra se movimentaram para ganhar espaço. A criação
das escolas de samba no final dos anos vinte já representara
um passo importante nessa direção. Elas, que durante a
República Velha foram sistematicamente afastadas de
participação do desfile oficial do carnaval carioca, dominado
pelas grandes sociedades carnavalescas, terminaram sendo
plenamente aceitas posteriormente.
• No rastro do samba, a capoeira e as religiões afro-brasileiras
também ganharam terreno. Antes considerada atividade de
marginais, a capoeira seria alçada a autêntico esporte nacional,
para o que muito contribuiu a atuação do baiano Mestre
Bimba, criador da chamada capoeira regional. Tal como os
sambistas alojaram o samba em "escolas", Bimba abrigaria a
capoeira em "academias", que aos poucos passaram a ser
frequentadas pelos filhos da classe média baiana, inclusive
muitos estudantes universitários.
8.
9. Culinária
• O negro introduziu na cozinha brasileira o leite de coco, o azeite de dendê,
confirmou a excelência da pimenta malagueta sobre a do reino, deu ao Brasil o
feijão preto, o quiabo, ensinou a fazer vatapá, caruru, mungunzá, acarajé, cuscuz,
angu e pamonha. A cozinha negra fez valer os temperos, os verdes, a maneira de
cozinhar. Modificou os pratos portugueses, substituindo os ingredientes e fez a
mesma coisa com os pratos da terra. Finalmente, criou a cozinha brasileira,
descobrindo o chuchu com camarão, ensinando a fazer pratos com camarão seco e
a usar as panelas de barro e as colheres de pau.
•
Que dizer da enorme contribuição do negro à culinária brasileira do Nordeste?
Inúmeros são os pratos encontrados na área de sua maior frequência; abará e
acarajé, bambá e bobó, caruru e cuxá, dendê, efó, fufu, humulucu, ipetê, lelê,
mungunzá, e muqueca, olubo, quibêbe, quizibiu, sabongo, uado, vatapá, xinxin e
uma porção de outras comidas gostosas estudadas por Luís da Câmara Cascudo.
Até à própria religião católica professada no Nordeste o negro tem dado uma
colaboração especial. Nas artes, nas ciências e nas letras vamos encontrar negros
enriquecidos e abrindo novos horizontes às suas atividades.