SlideShare uma empresa Scribd logo
Neusa Maria de Andrade
Orientador: Flávio R. Macau
COMUNIDADES DE PRÁTICA E CICLOS DA GESTÃO
DO CONHECIMENTO: Resultados da Logística
Reversa nas Redes de Suprimentos
Contexto
A Logística Reversa atende novas
demandas da sociedade ao implementar
o controle do fluxo direto e reverso de
bens e serviços, desde o ponto de origem
até o de consumo, que depende 100% da
exatidão das informações e que gera
novos conhecimentos e oportunidades.
CoP
Comunidades de Prática são
ambientes colaborativos e de
interação que ajudam seus
membros a expandir habilidades
e compartilhar conhecimentos,
que se transformam em
instrumento da GC.
02/25
LR GC
Ao promover o conhecimento,
as práticas de GC permitem
apoiar o negócio e também
criar responsabilidades no
grupo, gerar novos produtos,
processos e soluções
PROBLEMA DE PESQUISA
Identificar comunidades de prática de LR, suas contribuições para o
desenvolvimento de novos produtos, serviços, processos, e se essas práticas e
resultados podem ser evidenciados em determinado segmento ou contexto
organizacional.
Proposições
P1. Comunidades de prática de logística reversa propiciam a criação e a transferência de
conhecimentos em suas redes?
P2. Há evidências sobre experiências da comunidade, transformadas em soluções para a
rede?
P3. O tema de domínio da logística reversa é fonte de informação, conhecimento e
interesse?
P4. A PNRS proporciona discussões estratégicas para a comunidade e respectiva rede?
03/25
Geral
Investigar resultados da conversão do conhecimento observados
em Comunidades de Prática de Logística Reversa
Específicos
 Apresentar conceitos sobre Comunidades de Prática
 Apresentar conceitos de Logística Reversa
 Apresentar os ciclos de Gestão do Conhecimento
 Inter-relacionar os conceitos CoP e GC, LR e PNRS
 Identificar contribuições da GC para as CoP
 Apontar a influência da Lei nº 12.305/10 nos resultados e soluções
OBJETIVOS
04/25
METODOLOGIA
•Pesquisa de campo tipo exploratória. Familiarizar-se com ambiente e fenômeno
através de procedimentos sistemáticos
Método de investigação e abordagem
• Instrumento survey que permite levantar fases iniciais da pesquisa e descobrir novas
possibilidades
Procedimentos
•Através de dados pré-definidos no instrumento e observação transversal
Análise
•Definição do problema e levantamento de informações sobre o tema
•Construção do modelo, de acordo com a teoria e correlações
•Seleção e aplicação dos instrumentos e coleta das informações
•Análise e conclusões de acordo com objetivos da investigação
Etapas
Procedimentos
05/25
METODOLOGIA
Modelo do Questionário
06/25
07/25
METODOLOGIA
Conceitos e autores norteadores para formulação das questões
•LAVE, WENGER (1991); SACOMANO NETO, TRUZZI (2004); NOHRIA (1992); GULATI (1998)
COMUNIDADES DE PRÁTICA E PARADIGMAS DE REDE
•WENGER et al. (2002); REIS et al (2015); ROGERS, TIBBEN-LEMBKE, (1998); PNRS (2012)
LOGÍSTICA REVERSA
•LAVE , WENGER (1991); WENGER et al (2002)
LEGITIMIDADE DA PARTICIPAÇÃO
•DALKIR, (2005); WENGER (2011); NONAKA, TAKEUCHI (1997); DAVENPORT, PRUSAK (1998)
PRÁTICAS E APRENDIZADOS
•DALKIR, (2005); REIS et al (2015); ROGERS, TIBBEN-LEMBKE (1998); PNRS (2012)
CICLOS DA GESTÃO DO CONHECIMENTO, SOLUÇÕES E RESULTADOS
METODOLOGIA
Grupos de respondentes
• Comunidade de empresários, executivos, administradores que tem por objetivo o
desenvolvimento de análises sobre logística empresarial e cadeias produtivas de diferentes
setores e é um ambiente para fomento e discussões sobre Logística Reversa
GE.LOG (CRA-SP)
• Empresa que desenvolve e aplica tecnologias para reaproveitamento do lixo
IBAPLAC
• Centro de inovação em tecnologia sustentável que faz coleta, identificação de materiais e
respectiva gestão da logística reversa
SINCTRONICS
• Associação sem fins lucrativos, mantida por empresas privadas de diversos setores que se
dedica a promoção da reciclagem e do conceito de gerenciamento integrado do lixo que
apresentou a TetraPak e a PepsiCo.
CEMPRE
• Organização de 17 cooperativas de catadores. Coopercaps, Central Tietê e Nossos Valores
REDE DE COMERCIALIZAÇÃO ZONA SUL
08/25
METODOLOGIA
Coleta de Dados
Início da coleta
26/09/2016
Amostra: 221
Respondentes: 92
(41,7%)
Fim da coleta
07/12//2016
O acompanhamento feito por telefone para obter
retorno mínimo de 40%
Nas cooperativas os questionários foram aplicados de
forma presencial e os especialistas e convidados através
de formulário on-line
09/25
Pré-teste
01/06/2016
RESULTADOS
Exemplos e discussão de dados qualitativos
Perfil dos respondentes
10/25
84% membros
7% coordenadores
6% convidados
2% líderes
1% especialistas
Nenhum se identificou como patrocinador ou cliente
RESULTADOS
Exemplos e discussão de dados qualitativos
Discussão do tema produz soluções práticas
11/25
55% concordam
22% concordam totalmente
6% discordam totalmente
6% discordam
11% indiferentes ou não sabem opinar
RESULTADOS
Exemplos e discussão de dados qualitativos
Novos integrantes e novas percepções
12/25
62% concordam
20% indiferentes ou desconhecem
13% concordam totalmente
5% discordam
RESULTADOS
Exemplos e discussão de dados qualitativos
Práticas e Aprendizados: Novas perspectivas
13/25
60% concordam
21% se dizem indiferentes ou desconhecem
14% concordam totalmente
2% discordam totalmente
3% discordam
P1.Comunidades de prática de logística reversa propiciam a criação e a
transferência de conhecimentos em suas redes?
A. Novos conhecimentos são adquiridos através do intercâmbio de experiências e atividades
B. As cooperativas formam uma comunidade que atrai especialistas segundo a necessidade e nível de atuação
C. Empresas como PepsiCo e Tetrapak oferecem apoio e capacitação tanto para cooperativas, quanto para a
indústria recicladora que criam novos produtos
D. Existe alta interação entre cooperativas e Prefeitura de SP, sendo necessário articular conhecimentos entre
profissionais diversos
RESULTADOS
Proposições
14//25
P2 . Há evidências sobre experiências da comunidade transformadas em
soluções para a rede? Um exemplo dessas experiências é o surgimento Rede de
Comercialização Zona Sul, que criou um modelo de parcerias e arranjo produtivo com metas
compartilhadas de crescimento e comercialização de recicláveis
RESULTADOS
Proposições
•Criou arena para a resolução de problemas
TETRAPAK
• Parceria com cooperativas para recebimento de matéria-prima
IBAPLAC
•Criou projeto Gaia de capacitação sobre PNRS na Coopercaps
PEPSICO
15//25
P3 . O tema de domínio da logística reversa é fonte de informação e
conhecimento e interesse? A logística reversa cria no ambiente de negócios o fluxo reverso da
cadeia de suprimentos, tanto para materiais quanto para informações, desde a produção até o
consumidor final.
RESULTADOS
Proposições
importante
20%
muito
importante
20%
obrigatório
26%
não
souberam
informar
34%
Importância da Logística Reversa
para a sociedade
16/25
26% Obrigatório
20% Importante
20% Muito importante
34% não souberam responder
P4 . A PNRS proporciona discussões estratégicas para a comunidade e
respectiva rede? O grupo oferece oportunidade de debater a PNRS e isso é feito por meio de
reuniões periódicas e eventos, o que gera trocas entre especialistas e novatos que acabam por aprender
e compartilhar informações pertinentes ao tema.
RESULTADOS
Proposições
17/25
51% concordam
20% concordam totalmente
12% se dizem indiferentes ou desconhecem
11% discordam
6% discordam totalmente
RESULTADOS
Análises
Q.6: As experiências trocadas no grupo já se transformaram em alguma
solução prática que pode ser aplicada na sua vida profissional?
57% concordam que a troca de experiências na comunidade transformaram as mesmas em soluções, artefatos, etc
23% concordam totalmente com a afirmação
18/25
RESULTADOS
Análises
Q.12) A comunidade incentiva a produção de documentos para facilitar a
divulgação das informações para seus membros? 41% desconhecem, e esse é
um importante indicador para GC, especialmente quanto a repositórios
Q.13) Os documentos sobre o tema são permanentemente atualizados pelos
membros do grupo? 45% não sabem ou são indiferentes a isso, apesar de existir
alta necessidade de documentação
19/25
Primeiro objetivo específico foi conceituar Comunidades de Prática, o que
permitiu descrever o funcionamento, a forma de organização, os níveis de
participação, a importância das experiências e resultados para o contexto
organizacional, além de benefícios para os membros como: a expansão
das habilidades e competências por meio do acesso a outras experiências
que reforçam a identidade profissional e a capacidade de contribuir com a
equipe e cria o sentimento de pertencimento.
Segundo objetivo específico apresentou conceitos de Logística Reversa que
trouxe a visão de uma atividade integradora que afeta a cadeia de suprimentos e
cujas informações influenciam todo o ambiente de negócios
Conclusões
Objetivos
20/25
Terceiro objetivo específico apresentou os ciclos de Gestão do
Conhecimento e como se criam soluções e resultados nas redes, práticas e
incentivos, e também como é realizada a aquisição e a reaplicação do
mesmo, de modo a alterar o modo de pensar e agir e ainda compreender o
próprio ambiente, atividades e processos
Quarto objetivo específico inter-relacionou os conceitos CoP e GC, LR e
PNRS e seus pontos de convergência através de experiências socializadas e
interação
Conclusões
Objetivos
21/25
Quinto objetivo específico identificou as contribuições da GC para as
Comunidades de Prática, como por exemplo as inovações surgidas através
das lições aprendidas, e a conscientização sobre a importância de papéis e
responsabilidades compartilhadas
Sexto objetivo específico apontou a influência da Lei nº 12.305/10 nos
resultados e soluções, através do exemplo da Coopercaps que recebeu
recursos da PepsiCo e permitiu criar a Rede de Comercialização Zona Sul
Objetivo geral permitiu encontrar exemplos, como a criação de um novo
produto (Ecotelha) e a formação de uma nova rede de comercialização
Conclusões
Objetivos
22//25
1. O tempo de desenvolvimento do trabalho que implicou em baixa
participação de alguns setores que ainda não implantaram a Logística
Reversa, ou que ainda não concluíram seus acordos setoriais
2. A baixa formação escolar da maioria dos trabalhadores das cooperativas
que demandou demasiada assistência na aplicação dos questionários
3. O compartilhamento de informações do setor privado que não deseja (ou
não pode) mostrar suas lições aprendidas
4. A amplitude dos conceitos que englobam desde a possibilidade de uma
produção mais limpa até a maximização do ciclo de vida de produtos,
passando pela conscientização e fomento de uma sociedade mais
responsável
Conclusões
Desafios
23//25
1. Esse tipo de grupo possibilita conexões entre profissionais
altamente qualificados (especialistas que já possuem prática) com
novatos (ainda em processo de aprendizagem)
2. O setor privado pode gerar novas lógicas de negócios e
incentivar a participação da sociedade no processo
3. As comunidades de prática são instrumentos de GC e os
colaboradores necessitam de instrumentos para facilitar suas
atividades, de modo que o conhecimento os torne mais produtivos,
responsáveis e cientes da própria contribuição, autonomia e
capacidade de inovar
Conclusões
Contribuições
24/25
AGRADECIMENTOS
Ao orientador Prof Flávio Macau
Aos professores da banca examinadora Prof. Dr. Arnaldo Ryngelblun e Prof.
Dr. André Saito
Aos amigos e professores da UNIP do Mestrado em Administração
Aos amigos e professores da Engenharia de Produção: Pedro Luiz Costa
Neto, Oduvaldo Vendrametto, Márcia Terra, João Gilberto, Rodrigo Franco
Gonçalves

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Comunidade de prática e GC

IMPORTÂNCIA DA FAIXA DE DESCOBERTA DA METODOLOGIA DUAL-TRACK NO DESENVOLVIMEN...
IMPORTÂNCIA DA FAIXA DE DESCOBERTA DA METODOLOGIA DUAL-TRACK NO DESENVOLVIMEN...IMPORTÂNCIA DA FAIXA DE DESCOBERTA DA METODOLOGIA DUAL-TRACK NO DESENVOLVIMEN...
IMPORTÂNCIA DA FAIXA DE DESCOBERTA DA METODOLOGIA DUAL-TRACK NO DESENVOLVIMEN...
WanessaSantos69
 
Inovação na era da colaboratividade
Inovação na era da colaboratividadeInovação na era da colaboratividade
Inovação na era da colaboratividade
ABGI Brasil
 
MéDicos Em Comunidade Final
MéDicos Em Comunidade FinalMéDicos Em Comunidade Final
MéDicos Em Comunidade Finalavoaugusto
 
Call for Volunteers: Accountability & Transparency Review Team_PT
Call for Volunteers: Accountability & Transparency Review Team_PTCall for Volunteers: Accountability & Transparency Review Team_PT
Call for Volunteers: Accountability & Transparency Review Team_PT
ICANN
 
Mesuracao da Gestao do Conhecimento em Projetos
Mesuracao da Gestao do Conhecimento em ProjetosMesuracao da Gestao do Conhecimento em Projetos
Mesuracao da Gestao do Conhecimento em Projetos
Rafael Ramos
 
Cadernos de Excelencia - Processos
Cadernos de Excelencia -  ProcessosCadernos de Excelencia -  Processos
Cadernos de Excelencia - Processos
Adeildo Caboclo
 
Sessão de sensibilização sobre a CAF
Sessão de sensibilização sobre a CAFSessão de sensibilização sobre a CAF
Sessão de sensibilização sobre a CAF
gabavaliacaomontenegro
 
KM Brasil 2010 - Tutorial "Gestão do Conhecimento: Da Estratégia aos Resultad...
KM Brasil 2010 - Tutorial "Gestão do Conhecimento: Da Estratégia aos Resultad...KM Brasil 2010 - Tutorial "Gestão do Conhecimento: Da Estratégia aos Resultad...
KM Brasil 2010 - Tutorial "Gestão do Conhecimento: Da Estratégia aos Resultad...
Beto do Valle
 
Um Estudo Empírico sobre a Adoção de Métodos Ágeis para Desenvolvimento de So...
Um Estudo Empírico sobre a Adoção de Métodos Ágeis para Desenvolvimento de So...Um Estudo Empírico sobre a Adoção de Métodos Ágeis para Desenvolvimento de So...
Um Estudo Empírico sobre a Adoção de Métodos Ágeis para Desenvolvimento de So...
Isaque Vacari
 
Publons: uma plataforma de visibilidade para revisão por pares no âmbito da c...
Publons: uma plataforma de visibilidade para revisão por pares no âmbito da c...Publons: uma plataforma de visibilidade para revisão por pares no âmbito da c...
Publons: uma plataforma de visibilidade para revisão por pares no âmbito da c...
Conferência Luso-Brasileira de Ciência Aberta
 
Comunidade de Prática
Comunidade de PráticaComunidade de Prática
Comunidade de Prática
Osmar Aleixo Rodrigues Filho
 
Kanban Brazil 2022
Kanban Brazil 2022Kanban Brazil 2022
Kanban Brazil 2022
Anderson Silveira
 
Resultados do Programa DI 2012/13
Resultados do Programa DI 2012/13Resultados do Programa DI 2012/13
Resultados do Programa DI 2012/13
ICom - Instituto Comunitário Grande Florianópolis
 
SEBRAE - Inteligência setorial
SEBRAE - Inteligência setorialSEBRAE - Inteligência setorial
SEBRAE - Inteligência setorial
Laboratório de Marketing Digital
 

Semelhante a Comunidade de prática e GC (20)

IMPORTÂNCIA DA FAIXA DE DESCOBERTA DA METODOLOGIA DUAL-TRACK NO DESENVOLVIMEN...
IMPORTÂNCIA DA FAIXA DE DESCOBERTA DA METODOLOGIA DUAL-TRACK NO DESENVOLVIMEN...IMPORTÂNCIA DA FAIXA DE DESCOBERTA DA METODOLOGIA DUAL-TRACK NO DESENVOLVIMEN...
IMPORTÂNCIA DA FAIXA DE DESCOBERTA DA METODOLOGIA DUAL-TRACK NO DESENVOLVIMEN...
 
Inovação na era da colaboratividade
Inovação na era da colaboratividadeInovação na era da colaboratividade
Inovação na era da colaboratividade
 
Rumos ebook 05_informacoes
Rumos ebook 05_informacoesRumos ebook 05_informacoes
Rumos ebook 05_informacoes
 
MéDicos Em Comunidade Final
MéDicos Em Comunidade FinalMéDicos Em Comunidade Final
MéDicos Em Comunidade Final
 
Rumos ebook 04_sociedade
Rumos ebook 04_sociedadeRumos ebook 04_sociedade
Rumos ebook 04_sociedade
 
Call for Volunteers: Accountability & Transparency Review Team_PT
Call for Volunteers: Accountability & Transparency Review Team_PTCall for Volunteers: Accountability & Transparency Review Team_PT
Call for Volunteers: Accountability & Transparency Review Team_PT
 
Prêmios da qualidade
Prêmios da qualidadePrêmios da qualidade
Prêmios da qualidade
 
Mesuracao da Gestao do Conhecimento em Projetos
Mesuracao da Gestao do Conhecimento em ProjetosMesuracao da Gestao do Conhecimento em Projetos
Mesuracao da Gestao do Conhecimento em Projetos
 
Rumos ebook 01_lideranca
Rumos ebook 01_liderancaRumos ebook 01_lideranca
Rumos ebook 01_lideranca
 
Rumos ebook 00_introducao
Rumos ebook 00_introducaoRumos ebook 00_introducao
Rumos ebook 00_introducao
 
Cadernos de Excelencia - Processos
Cadernos de Excelencia -  ProcessosCadernos de Excelencia -  Processos
Cadernos de Excelencia - Processos
 
Sessão de sensibilização sobre a CAF
Sessão de sensibilização sobre a CAFSessão de sensibilização sobre a CAF
Sessão de sensibilização sobre a CAF
 
KM Brasil 2010 - Tutorial "Gestão do Conhecimento: Da Estratégia aos Resultad...
KM Brasil 2010 - Tutorial "Gestão do Conhecimento: Da Estratégia aos Resultad...KM Brasil 2010 - Tutorial "Gestão do Conhecimento: Da Estratégia aos Resultad...
KM Brasil 2010 - Tutorial "Gestão do Conhecimento: Da Estratégia aos Resultad...
 
Um Estudo Empírico sobre a Adoção de Métodos Ágeis para Desenvolvimento de So...
Um Estudo Empírico sobre a Adoção de Métodos Ágeis para Desenvolvimento de So...Um Estudo Empírico sobre a Adoção de Métodos Ágeis para Desenvolvimento de So...
Um Estudo Empírico sobre a Adoção de Métodos Ágeis para Desenvolvimento de So...
 
Publons: uma plataforma de visibilidade para revisão por pares no âmbito da c...
Publons: uma plataforma de visibilidade para revisão por pares no âmbito da c...Publons: uma plataforma de visibilidade para revisão por pares no âmbito da c...
Publons: uma plataforma de visibilidade para revisão por pares no âmbito da c...
 
Projeto R S E
Projeto  R S E   Projeto  R S E
Projeto R S E
 
Comunidade de Prática
Comunidade de PráticaComunidade de Prática
Comunidade de Prática
 
Kanban Brazil 2022
Kanban Brazil 2022Kanban Brazil 2022
Kanban Brazil 2022
 
Resultados do Programa DI 2012/13
Resultados do Programa DI 2012/13Resultados do Programa DI 2012/13
Resultados do Programa DI 2012/13
 
SEBRAE - Inteligência setorial
SEBRAE - Inteligência setorialSEBRAE - Inteligência setorial
SEBRAE - Inteligência setorial
 

Comunidade de prática e GC

  • 1. Neusa Maria de Andrade Orientador: Flávio R. Macau COMUNIDADES DE PRÁTICA E CICLOS DA GESTÃO DO CONHECIMENTO: Resultados da Logística Reversa nas Redes de Suprimentos
  • 2. Contexto A Logística Reversa atende novas demandas da sociedade ao implementar o controle do fluxo direto e reverso de bens e serviços, desde o ponto de origem até o de consumo, que depende 100% da exatidão das informações e que gera novos conhecimentos e oportunidades. CoP Comunidades de Prática são ambientes colaborativos e de interação que ajudam seus membros a expandir habilidades e compartilhar conhecimentos, que se transformam em instrumento da GC. 02/25 LR GC Ao promover o conhecimento, as práticas de GC permitem apoiar o negócio e também criar responsabilidades no grupo, gerar novos produtos, processos e soluções
  • 3. PROBLEMA DE PESQUISA Identificar comunidades de prática de LR, suas contribuições para o desenvolvimento de novos produtos, serviços, processos, e se essas práticas e resultados podem ser evidenciados em determinado segmento ou contexto organizacional. Proposições P1. Comunidades de prática de logística reversa propiciam a criação e a transferência de conhecimentos em suas redes? P2. Há evidências sobre experiências da comunidade, transformadas em soluções para a rede? P3. O tema de domínio da logística reversa é fonte de informação, conhecimento e interesse? P4. A PNRS proporciona discussões estratégicas para a comunidade e respectiva rede? 03/25
  • 4. Geral Investigar resultados da conversão do conhecimento observados em Comunidades de Prática de Logística Reversa Específicos  Apresentar conceitos sobre Comunidades de Prática  Apresentar conceitos de Logística Reversa  Apresentar os ciclos de Gestão do Conhecimento  Inter-relacionar os conceitos CoP e GC, LR e PNRS  Identificar contribuições da GC para as CoP  Apontar a influência da Lei nº 12.305/10 nos resultados e soluções OBJETIVOS 04/25
  • 5. METODOLOGIA •Pesquisa de campo tipo exploratória. Familiarizar-se com ambiente e fenômeno através de procedimentos sistemáticos Método de investigação e abordagem • Instrumento survey que permite levantar fases iniciais da pesquisa e descobrir novas possibilidades Procedimentos •Através de dados pré-definidos no instrumento e observação transversal Análise •Definição do problema e levantamento de informações sobre o tema •Construção do modelo, de acordo com a teoria e correlações •Seleção e aplicação dos instrumentos e coleta das informações •Análise e conclusões de acordo com objetivos da investigação Etapas Procedimentos 05/25
  • 7. 07/25 METODOLOGIA Conceitos e autores norteadores para formulação das questões •LAVE, WENGER (1991); SACOMANO NETO, TRUZZI (2004); NOHRIA (1992); GULATI (1998) COMUNIDADES DE PRÁTICA E PARADIGMAS DE REDE •WENGER et al. (2002); REIS et al (2015); ROGERS, TIBBEN-LEMBKE, (1998); PNRS (2012) LOGÍSTICA REVERSA •LAVE , WENGER (1991); WENGER et al (2002) LEGITIMIDADE DA PARTICIPAÇÃO •DALKIR, (2005); WENGER (2011); NONAKA, TAKEUCHI (1997); DAVENPORT, PRUSAK (1998) PRÁTICAS E APRENDIZADOS •DALKIR, (2005); REIS et al (2015); ROGERS, TIBBEN-LEMBKE (1998); PNRS (2012) CICLOS DA GESTÃO DO CONHECIMENTO, SOLUÇÕES E RESULTADOS
  • 8. METODOLOGIA Grupos de respondentes • Comunidade de empresários, executivos, administradores que tem por objetivo o desenvolvimento de análises sobre logística empresarial e cadeias produtivas de diferentes setores e é um ambiente para fomento e discussões sobre Logística Reversa GE.LOG (CRA-SP) • Empresa que desenvolve e aplica tecnologias para reaproveitamento do lixo IBAPLAC • Centro de inovação em tecnologia sustentável que faz coleta, identificação de materiais e respectiva gestão da logística reversa SINCTRONICS • Associação sem fins lucrativos, mantida por empresas privadas de diversos setores que se dedica a promoção da reciclagem e do conceito de gerenciamento integrado do lixo que apresentou a TetraPak e a PepsiCo. CEMPRE • Organização de 17 cooperativas de catadores. Coopercaps, Central Tietê e Nossos Valores REDE DE COMERCIALIZAÇÃO ZONA SUL 08/25
  • 9. METODOLOGIA Coleta de Dados Início da coleta 26/09/2016 Amostra: 221 Respondentes: 92 (41,7%) Fim da coleta 07/12//2016 O acompanhamento feito por telefone para obter retorno mínimo de 40% Nas cooperativas os questionários foram aplicados de forma presencial e os especialistas e convidados através de formulário on-line 09/25 Pré-teste 01/06/2016
  • 10. RESULTADOS Exemplos e discussão de dados qualitativos Perfil dos respondentes 10/25 84% membros 7% coordenadores 6% convidados 2% líderes 1% especialistas Nenhum se identificou como patrocinador ou cliente
  • 11. RESULTADOS Exemplos e discussão de dados qualitativos Discussão do tema produz soluções práticas 11/25 55% concordam 22% concordam totalmente 6% discordam totalmente 6% discordam 11% indiferentes ou não sabem opinar
  • 12. RESULTADOS Exemplos e discussão de dados qualitativos Novos integrantes e novas percepções 12/25 62% concordam 20% indiferentes ou desconhecem 13% concordam totalmente 5% discordam
  • 13. RESULTADOS Exemplos e discussão de dados qualitativos Práticas e Aprendizados: Novas perspectivas 13/25 60% concordam 21% se dizem indiferentes ou desconhecem 14% concordam totalmente 2% discordam totalmente 3% discordam
  • 14. P1.Comunidades de prática de logística reversa propiciam a criação e a transferência de conhecimentos em suas redes? A. Novos conhecimentos são adquiridos através do intercâmbio de experiências e atividades B. As cooperativas formam uma comunidade que atrai especialistas segundo a necessidade e nível de atuação C. Empresas como PepsiCo e Tetrapak oferecem apoio e capacitação tanto para cooperativas, quanto para a indústria recicladora que criam novos produtos D. Existe alta interação entre cooperativas e Prefeitura de SP, sendo necessário articular conhecimentos entre profissionais diversos RESULTADOS Proposições 14//25
  • 15. P2 . Há evidências sobre experiências da comunidade transformadas em soluções para a rede? Um exemplo dessas experiências é o surgimento Rede de Comercialização Zona Sul, que criou um modelo de parcerias e arranjo produtivo com metas compartilhadas de crescimento e comercialização de recicláveis RESULTADOS Proposições •Criou arena para a resolução de problemas TETRAPAK • Parceria com cooperativas para recebimento de matéria-prima IBAPLAC •Criou projeto Gaia de capacitação sobre PNRS na Coopercaps PEPSICO 15//25
  • 16. P3 . O tema de domínio da logística reversa é fonte de informação e conhecimento e interesse? A logística reversa cria no ambiente de negócios o fluxo reverso da cadeia de suprimentos, tanto para materiais quanto para informações, desde a produção até o consumidor final. RESULTADOS Proposições importante 20% muito importante 20% obrigatório 26% não souberam informar 34% Importância da Logística Reversa para a sociedade 16/25 26% Obrigatório 20% Importante 20% Muito importante 34% não souberam responder
  • 17. P4 . A PNRS proporciona discussões estratégicas para a comunidade e respectiva rede? O grupo oferece oportunidade de debater a PNRS e isso é feito por meio de reuniões periódicas e eventos, o que gera trocas entre especialistas e novatos que acabam por aprender e compartilhar informações pertinentes ao tema. RESULTADOS Proposições 17/25 51% concordam 20% concordam totalmente 12% se dizem indiferentes ou desconhecem 11% discordam 6% discordam totalmente
  • 18. RESULTADOS Análises Q.6: As experiências trocadas no grupo já se transformaram em alguma solução prática que pode ser aplicada na sua vida profissional? 57% concordam que a troca de experiências na comunidade transformaram as mesmas em soluções, artefatos, etc 23% concordam totalmente com a afirmação 18/25
  • 19. RESULTADOS Análises Q.12) A comunidade incentiva a produção de documentos para facilitar a divulgação das informações para seus membros? 41% desconhecem, e esse é um importante indicador para GC, especialmente quanto a repositórios Q.13) Os documentos sobre o tema são permanentemente atualizados pelos membros do grupo? 45% não sabem ou são indiferentes a isso, apesar de existir alta necessidade de documentação 19/25
  • 20. Primeiro objetivo específico foi conceituar Comunidades de Prática, o que permitiu descrever o funcionamento, a forma de organização, os níveis de participação, a importância das experiências e resultados para o contexto organizacional, além de benefícios para os membros como: a expansão das habilidades e competências por meio do acesso a outras experiências que reforçam a identidade profissional e a capacidade de contribuir com a equipe e cria o sentimento de pertencimento. Segundo objetivo específico apresentou conceitos de Logística Reversa que trouxe a visão de uma atividade integradora que afeta a cadeia de suprimentos e cujas informações influenciam todo o ambiente de negócios Conclusões Objetivos 20/25
  • 21. Terceiro objetivo específico apresentou os ciclos de Gestão do Conhecimento e como se criam soluções e resultados nas redes, práticas e incentivos, e também como é realizada a aquisição e a reaplicação do mesmo, de modo a alterar o modo de pensar e agir e ainda compreender o próprio ambiente, atividades e processos Quarto objetivo específico inter-relacionou os conceitos CoP e GC, LR e PNRS e seus pontos de convergência através de experiências socializadas e interação Conclusões Objetivos 21/25
  • 22. Quinto objetivo específico identificou as contribuições da GC para as Comunidades de Prática, como por exemplo as inovações surgidas através das lições aprendidas, e a conscientização sobre a importância de papéis e responsabilidades compartilhadas Sexto objetivo específico apontou a influência da Lei nº 12.305/10 nos resultados e soluções, através do exemplo da Coopercaps que recebeu recursos da PepsiCo e permitiu criar a Rede de Comercialização Zona Sul Objetivo geral permitiu encontrar exemplos, como a criação de um novo produto (Ecotelha) e a formação de uma nova rede de comercialização Conclusões Objetivos 22//25
  • 23. 1. O tempo de desenvolvimento do trabalho que implicou em baixa participação de alguns setores que ainda não implantaram a Logística Reversa, ou que ainda não concluíram seus acordos setoriais 2. A baixa formação escolar da maioria dos trabalhadores das cooperativas que demandou demasiada assistência na aplicação dos questionários 3. O compartilhamento de informações do setor privado que não deseja (ou não pode) mostrar suas lições aprendidas 4. A amplitude dos conceitos que englobam desde a possibilidade de uma produção mais limpa até a maximização do ciclo de vida de produtos, passando pela conscientização e fomento de uma sociedade mais responsável Conclusões Desafios 23//25
  • 24. 1. Esse tipo de grupo possibilita conexões entre profissionais altamente qualificados (especialistas que já possuem prática) com novatos (ainda em processo de aprendizagem) 2. O setor privado pode gerar novas lógicas de negócios e incentivar a participação da sociedade no processo 3. As comunidades de prática são instrumentos de GC e os colaboradores necessitam de instrumentos para facilitar suas atividades, de modo que o conhecimento os torne mais produtivos, responsáveis e cientes da própria contribuição, autonomia e capacidade de inovar Conclusões Contribuições 24/25
  • 25. AGRADECIMENTOS Ao orientador Prof Flávio Macau Aos professores da banca examinadora Prof. Dr. Arnaldo Ryngelblun e Prof. Dr. André Saito Aos amigos e professores da UNIP do Mestrado em Administração Aos amigos e professores da Engenharia de Produção: Pedro Luiz Costa Neto, Oduvaldo Vendrametto, Márcia Terra, João Gilberto, Rodrigo Franco Gonçalves