SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 30
Baixar para ler offline
CONVENCION IBEROAMERICANÍA
DE
INFORMATICOS
ClBI 88
Has T e c n a l u g i a s d a i n f a n t - ' m a ç ã o
F a c e à
m a d e r n i z a c â a F l c l m i n i s t r " a t i v a
' 53m P D I - t u g a ¡
Luis Vidigal
Instituto de Informática
Madrid, 21 a 25 de Novembro de 19.88
REALIDADES E TemêncIAs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
SECTORES NACIONAIS
O Ensino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
A I n d ú s t r i a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
As Telecanunicacões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
A Investigação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 0
A E s t a t i s t i c a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1
A A u m m s m A ç Â ' o PÚBLlCA
Dezasseis Anos Passados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 3
As A c t u a i s E s t r u t u r a s de Coordenação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 5
O I n s t i t u t o de Informática . . . . . . . . . . . . . . . . ., . . . . . . . . . . . . . . . 1 6
A s Tendências d a Nbdernização A d n i n i s t r a t i v a . . . . . . . . . . . . . . . 1 8
Os Obstáculos à thanca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0
Situação A c t u a l da I n f o r n ú t i c a na Adninistracão P ú b l i c a . . . . 2 1
PERSPECTlVAS DE coopenAç'À'o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 5
B i b l i o g r a fi a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 8
PREMULO
A introdução das t e c n o l o g i a s d a infornmção n a sociedade portuguesa
t a n h o j e , e à p a r t i d a , u n g r a n d e d e s a fi o p r a g n à t i c o que é a
integração p l e n a de P o r t u g a l na ConunidadeEconànica E u r o p e i a e a
criação d o n e r c a d o ú n i c o a p a r t i r d e 1992. T r a t a - s e d e una questão
de sobrevivência, f a c e a novos d e s a fi o s e a novas o p o r t u n i d a d e s de
d e s e n v o l v i n e n t o p a r a u n p a i s que, t e n d o saldo d e una revolução a n
1974, a n p l e n a c r i s e m u n d i a l d o p e t r ó l e o , t e v e d e a r r a n c a r c a n
base nuna e s t r u t u r a i n d u s t r i a l d e s a c t u a l i z a d a e n a l p r e p a r a d a para
a nova s o c i e d a d e da infornação.
Não podendo aprofundar aqui todas as canponentes estratégicas
conducentes a o d e s e n v o l v i n e n t o d a sociedade portuguesa através das. . . e
t e c n o l o g i a s da ¡nfornmção, é/não/qíâgendõ,detxar«/de(“aceder/“ao
coñVite/wfsrnulado_peiõç cgEl””para ”representar 'o I n s t i t u t o de
In oynñQ12aknesfãçpnve, a t e n t a r e i dar una i d e i a g e r a l do que
está a acontecer neste sector an P o r t u g a l , naneadanente, no
e n s i n o , na i n d ú s t r i a , nas teleconunicaçães, na investigação, na
e s t a t i s t i c a e p r i n c i p a l n e n t e , n a Adninistração Pública que é o
sector que e u r n e l h o r c o n h e ç o e onde s e v e r i fi c a r a n , nos ú l t i n n s
anos, p r o f u n d a s n u d a n ç a s nas e s t r u t u r a s de coordenação das
Te c n o l o g i a s d a lnfornmção e d e Nbdernização A d n i n i s t r a t i v a .
REALIDADES E TEmÊNCIAs
A s t e c n o l o g i a s d a infornmção são v u l g a r n n n t e e n t e n d i d a s cano u n
p r o l o n g a n e n t o , s i n p l e s e i n e r a n e n t e q u a n t i t a t i v o d a i n f o r n à t i c a ,
naneadanente quando f a l w n o s na cada vez n m i O r nnniaturização,
b a i x a d e preços e f a c i l i d a d e d e u t i l i z a ç ã o . N o e n t a n t o , a g r a n d e
d i f e r e n ç a r e s i d e nos e f e i t o s que a s novas T l ' s vên p r o d u z i n d o n a
s o c i e d a d e a c t u a l , s o b r e t u d o a o n l v e l dos nétodos d e t r a b a l h o e nas
alterações v e r i fi c a d a s nas t a r e f a s d e gestão e n a organização das
p r ó p r i a s empresas e s e r v i ç o s p ú b l i c o s .
D o p o n t o d e v i s t a r n e r m n e n t e t e c n o l ó g i c o a s T l ' s vên p e n n i t i n d o o
tratanento cada vez n a i s " i n t e l i g e n t e " d a infornmção t e x t u a l
g r á fi c a , desenhada e a t é rnesno o r a l , podendo-se conunicà-Ia
i n s t a n t a n e a n e n t e e n rede local o u à distância. E s t a s inovações
tecnológicas v i e r a m acrescentar à i n f o r n à t i c a t r a d i c i o n a l novas
e s p e c i a l i d a d e s , cano a autanatização d e e s c r i t ó r i o s , o s s i s t e n a s
p e r i c i a i s , os s i s t a n a s de apoio à decisão, a nncroinfornútica,
e t c .
Os anos 80 f o r a n pródigos no aparecinento de geradores de
progranas e de aplicações e an produtos de a j u d a autanàtica à
concepção d e s i s t e n a s . O t r a b a l h o d o i n f o r n ú t i c o a c t u a l quase que
s e pode a s s e n e l h a r a una " b r i c o l a g e " c a n f e r r a n e n t a s cada vez m a i s
p o d e r o s a s , f á c e i s d e usar e o r i e n t a d a s para fi n a l i d a d e s
e s p e c i fi c a s . Mas s e h o j e e p o s s i v e l “ p r o g r a m a r s a n p r o g r a m a d o r e s " ,
cada vez s e t o r n a n a i s necessária uma nova e c a n p l e x a " e n g e n h a r i a
da infornnção", capaz de conpreender e s a t i s f a z e r as necessidades
d e una s o c i e d a d e cada vez n a i s s o f r e g a e e x i g e n t e n e s t e "novo"
t i p o de recurso.
A c a n p l e x i d a d e j à não está n o uso das f e r r m n e n t a s n a s n a
conceptualização dos s i s t a n a s e s p e c i fi c a n e n t e d i r i g i d o s e
enquadrados p e l o planeanento e s t r a t é g i c o da gestão do q u a l depende
o p l a n e a n e n t o e s t r a t é g i c o d o s i s t a n a d e internação, o qual
i n c l u i n d o a s t e c n o l o g i a s que l h e estão a s s o c i a d a s .
S e d u r a n t e e s anos 8 0 o n n i o r d e s a fi o f o i san dúvida a
descentralização e a desconcentração dos n e i o s informáticos,
a t r a v é s d e generalização d o s I n i c r e c a n p u t a d o r e s e d a s novas
f e r r a n e n t a s p o s t a s à disposição d o u t i l i z a d o r fi n a l , o d e s a fi o d o s
anos 9 0 , d e p e n t e d e v i s t a t e c n o l ó g i c o , serà concerteza a
integração d a s v á r i a s u n i d a d e s de infonnaçãe que autenananente se
tormn desenvolvendo.
No fi n a l d e s t a década a p r i n c i p a l preocupação dos Governos e das
grandes empresas que e p t a r a n por una e f e c t i v a desconcentração e
descentralização dos n e l e s i n f e r n à t i c e s , r e s i d e na necessidade
u r g e n t e d e i n t e g r a r a s t e c n o l o g i a s d e internação n u n a m b i e n t e
a b e r t o que i r à p e n n i t i r a ligação e n t r e s i s t a n a s e aplicações
d i f e r e n t e s , desenvolvendorse fi l t r o s amigáveis e i n t e r f a c e s
i n t e l i g e n t e s que tornarão a t e c n o l o g i a cada vez n a i s transparente
para o u t i l i z a d o r que t a n necessidade de aceder a centros de
informação d i f e r e n t e s e s i t u a d o s na mesna rede de telecanunicações
cada v e z r n a i s u n i v e r s a l i z a d a .
Mas, se a necessidadede integração e de nornulização está à v i s t a
d o pente d e v i s t a dos u t i l i z a d o r e s e d e alguns erganienos
i n t e r n a c i o n a i s , j à erneane não s e passa c a n o s f a b r i c a n t e s d e
hardware e de s o f t w a r e que precuran a t o d o e c u s t o nmnter a
fi d e l i d a d e e a dependência d o s seus n i c h o s de n e r c a d o .
A nonnalização de s i s t a n a s o p e r a t i v o s e das r e d e s de canunicação
caneca a ser un imperativo delnercade para todos os construtores
que não p e d a n c o n t i n u a r a ver e s centros d e i n f e r n ú t i c a e a s
estações de t r a b a l h o pessoais dos seus c l i e n t e s cenn i l h a s
i s o l a d a s por a r t i f í c i o s d e n a r c a .
A s a d n i n i s t r a ç õ e s p ú b l i c a s são g r a n d e s organizações, a c i n a d e
t u d o baseadas nos recursos da internação e c e n s t i t u a n an t o d o e
nundo o s n m i o r e s c l i e n t e s das t e c n o l o g i a s d a internação, podendo
d e s t e n b d o influênciar s i g n i fi c a t i v m n e n t e a s tendências d a
inovação e da nornnlização tecnológicas.
SECTORES NACIONAIS
O E I ' I S Í I ' I O
O e n s i n o d a i n f o r n à t i c a e m P o r t u g a l passa p r i n c i p a l m e n t e p e l a s
u n i v e r s i d a d e s , d e onde tên saldo a n u a l n e n t e cerca d e 550
p r o fi s s i o n a i s , s o b r e t u d o p r o v e n i e n t e s d e ramos e s p e c i a l i z a d o s d a
engenharia e da nmtenàtica. E s t a s e s c o l a s jà não estão apenas
l o c a l i z a d a s Lan L i s b o a , P o r t o e C o i m b r a l n a s também n o N t h o , n a
B e i r a I n t e r i o r , n a B e i r a A l t a , e m Trás-os a n t e s , nos A ç o r e s , e t c .
O núnero d e e s c o l a s s u p e r i o r e s p ú b l i c a s e p r i v a d a s que dão graus
acadànicos nas áreas de infonnàtica t a n c r e s c i d o an cada ano
l e c t i v o . A c t u a l n e n t e e x i s t a n 9Inestrados, 1 9 l i c e n c i a t u r a s e 4
bacharelatos, t o t a l i z a n d o h o j e an d i a una capacidade anual
s u p e r i o r a 1600 a l u n o s n a àrea das t e c n o l o g i a s d a infornmção a n
todo o p a i s .
No ânbito do ensino preparatório e secundário estão a funcionar
s e t e p o l o s d o p r o j e c t o ' M i n e r v a ' , o q u a l ta'n por o b j e c t i v o
pranover a introdução r a c i o n a l i z a d a dos I n e i o s i n f o n n à t i c o s n o
ensino, n u n e s f o r ç o que p e n n i t a v a l o r i z a r o p r ó p r i o s i s t e n a
e d u c a t i v o , em t o d a s as suas corrponentes. O p r o j e c t o ' M i n e r v a '
propõe-se i n t r o d u z i r a s novas t e c n o l o g i a s d e infornmção nos p l a n o s
c u r r i c u l a r e s e u t i l i z a - l a s conn n e i o s a u x i l i a r e s d o e n s i n o das
r e s t a n t e s d i s c i p l i n a s .
E s t e progrmna prevê a fornnção a t é 1992 d e 1120 ' o r i e n t a d o r e s '
capazes de usar c a n f a c i l i d a d e os equipamentos e os progrmnas
u t i l i t á r i o s n a i s conuns, podendo o r i e n t a r o s u t i l i z a d o r e s através
de acções de sensibilização ou n e d i a n t e a colaboração an p r o j e c t o s
i n t e r d i s c i p l i n a r e s . Procurar-se-á a t i n g i r n e s t e periodo u n t o t a l
d e 1 8 000 ' u t i l i z a d o r e s ' o que c o r r e s p o n d e a 30% d o s p r o f e s s o r e s
d o e n s i n o p r e p a r a t ó r i o e secundário.
O s p o l o s d o p r o j e c t o " M i n e r v a ' estão l o c a l i z a d o s nas U n i v e r s i d a d e s
d e t o d o o p a i s , t e n d o n o ano l e c t i v o passado a p o i a d o 1 7 d i s t r i t o s ,
58 concelhos e 154 e s c o l a s .
Não podanos d e i x a r d e r e f e r i r , a e s t e p r o p ó s i t o , o papel
desanpenhado p e l a s i n s t i t u i ç õ e s , p ú b l i c a s e p r i v a d a s , d e formação
p r o fi s s i o n a l , que vên assegurando a preparação básica e
c a n p l a n e n t a r d e n m i t o s tecnicos d e i n f o r m á t i c a , s o b r e t u d o
p r o v e n i e n t e s d e o u t r a s d i s c i p l i n a s , onde s e e s p e c i a l i z a r m n cano
u t i l i z a d o r e s , fazendo das t e c n o l o g i a s d e infornmção una profissão
para o f u t u r o .
A I n d ú s t r i a
As indústrias de informação an Portugal tên razões para estaran
o p t i n n s t a s . Nos ú l t i n n s anos van-se a s s i s t i n d o a una grande
expansão d o i n v e s t i m e n t o e a a l t a s taxas d e c r e s c i n e n t o econànico.
Prevê-se para o s próximos anos u m f o r t e impulso r e s u l t a n t e d o
PEDIP ( P l a n o E s p e c i a l d e D e s e n v o l v i n e n t o d a I n d ú s t r i a Po r tuguesa)
o qual c o n s t i t u i u n fundo c o n u n i t à r i o e x c e p c i o n a l d e s t i n a d o à
reestruturação e nndernização do sector i n d ú s t r i a l português, f a c e
aos d e s a fi o s r e s u l t a n t e s do processo de internacionalização e de
a b e r t u r a dos n e r c a d o s europeus que c o i n c i d i r à c a n o tenno d o
perlodo de transição para a nossa integração p l e n a na CEE.
O Inaior d e s a fi o d e s t e prograna é a actualização tecnológica e a
mudança d e n e n t a l i d a d e s , p o i s una sociedade não s e n n d e r n i z a
apenas a t r a v é s d a r o b ó t i c a e d a i n f o r n à t i c a .
N o que s e r e f e r e à s i n d ú s t r i a s d e infornmção o PEDIP prevê u n
Programa l n t e g r a d o d e Te c n o l o g i a s d e lnfornação e E l e c t r ó n i c a
( P I T I E ) can o b j e c t i v o s h o r i z o n t a i s de inplenentação da rede
tecnOIógica e d o d e s e n v o l v i n e n t o dos recursos e can o b j e c t i v o s
s e c t o r i a i s e n áreas d e conponentes e l e c t r ó n i c o s , t a i s cano,
e l e c t r ó n i c a i n d ú s t r i a l , e l e c t r ó n i c a de d e f e s a , telecanunicaçães,
equipamentos informáticos e s o f t w a r e .
O o b j e c t i v o d o P I T I E é a criação e n P o r t u g a l d e una i n d ú s t r i a n a
àrea d a s t e c n o l o g i a s d a infonnação através d e i n c e n t i v o s à
aquisição e a o d e s e n v o l v i n e n t o d e una investigação a p l i c a d a d e n t r o
d a s p r ó p r i a s anpresas, que nos pernnta a criação de ' n i c h o s de
n e r c a d o ' adequados à nossa dinensão e às nossas necessidades, e
f o r a d o a l c a n c e das grandes n u l t i n a c i o n a i s d o s e c t o r .
Poder-se-ão f a z e r p r o d u t o s e n P o r t u g a l através d e “ j o i n t v e n t u r e s '
can anpresas e s t r a n g e i r a s , naneadanente ¡ h e r o - a n e r i c a n a s , podendo
a p o s t a r - s e n e s t e t i p o d e i n v e s t n n e n t o n e d i a n t e i n c e n t i v o s
e s p e c i fi c o s .
No que se r e f e r e às indústrias de s o f t w a r e , P o r t u g a l não terà
d i fi c u l d a d e s n a concepção dos seus p r o d u t o s , n o entanto, a i n d a não
possui una capacidade empresarial capaz de p r o d u z i r s o f t w a r e à
e s c a l a i n d u s t r i a l , nen dispõe a i n d a d e una capacidade c a n e r c i a l
para o escoamento d e s t e t i p o de p r o d u t o s .
Tenos consciência de que a f a l t a de recursos hunanos adequados e
q u a l i fi c a d o s v a i ser a n a i o r r e s t r i ç ã o ao desenvolvinnnto
econànico e i n d u s t r i a l d o p a l s .
Ta n - s e f e i t o nos ú l t i n n s anos un e s f o r ç o de fornnção an l a r g a
e s c a l a n o danlnio das t e c n o l o g i a s d a infornmção, can o a p o i o d o
Fundo S o c i a l Europeu (FSE).
E s p e r a - s e no f u t u r o aumentar a ligação e n t r e a investigação e a
r e a l i d a d e e m p r e s a r i a l portuguesa u l t r a p a s s a n d o - s e a a c t u a l
f r a g i l i d a d e d a s i n d ú s t r i a s d e l n a i o r conteúdo t e c n o l ó g i c o . O P I T I E
pretende pôr a s u n i v e r s i d a d e s e o s c e n t r o s d e investigação
p o r t u g u e s e s a o s e r v i ç o d a i n d ú s t r i a , a t r a v é s d e fi n a n c i a n e n t o s
e s p e c i fi c o s à s anpresas para que estas desenvolvan a sua própria
investigação o u s u b c o n t r a t a m p r o j e c t o s à s u n i v e r s i d a d e s e aos
c e n t r o s de investigação. E s t e é na g e n e r a l i d a d e um d o s aspectos‑
- c h a v e de t o d o o programa PEDIP, de a c o r d o cam as declarações
r e c e n t e s d o p r ó p r i o M i n i s t r o d a I n d ú s t r i a e E n e r g i a d e P o r t u g a l .
As Teleconunicações
A evolução d e uma s o c i e d a d e i n d ú s t r i a l para uma s o c i e d a d e d a
infornmção só é possivel através do a p o i o não apenas da
i n f o r n à t i c a mas também das telecomunicações. H o j e am d i a tam-se
cada vez n a i s n e c e s s i d a d e d e t r a n s m i t i r i n s t a n t a n e a m e n t e g r a n d e s
quantidades de infornmção à distância.
No que se r e f e r e às i n f r a e s t r u t u r a s de telecomunicações, P o r t u g a l
vam b e n e fi c i a n d o d o programa STAR, r e l a t i v o a o d e s e n v o l v i n e n t o d e
c e r t a s zonas d e s f a v o r e c i d a s d a camunidade européia. E s t e programa
tam por o b j e c t i v o c o n t r i b u i r para o acesso d e s t a s regiões a u m
n l v e l t e c n o l ó g i c o n a i s e l e v a d o , por n n i o d e una n e l h o r i a d a o f e r t a
de s e r v i ç o s avançados de telecomunicações e da sua integração nas
grandes redes i n t e r n a c i o n a i s .
O programa STAR i n c l u i duas grandes àreas, a das i n f r a e s t r u t u r a s e
equipamentos e a do i n c e n t i v o à o f e r t a e procura d o s s e r v i ç o s
a v a n ç a d o s de teleconunicações, anbas c o m p a r t i c i p a d a s p e l o FEDER
(Fundo Europeu d e D e s e n v o l v i n e n t o Económico R e g i o n a l ) .
Nos equipamentos de b a s e , s u j e i t o s à a c e l e r a d a evolução
t e c n o l ó g i c a , a i n d ú s t r i a portuguesa tam o p t a d o p e l a associação cam
p a r c e i r o s i n t e r n a c i o n a i s d e s t e s e c t o r, b e n e fi c i a n d o assüm d e
recursos i n p o r t a n t e s de l & D. Nos equipamentos p e r i f é r i c o s e no
s o f t w a r e a p l i c a d o , a i n d ú s t r i a portuguesa possui una n n i o r
l i b e r d a d e d e r e c o l h a . '
O programa STAR c o n s t i t u i para P o r t u g a l una o p o r t u n i d a d e que i r á
p e r m i t i r n u n c u r t o p r a z o , o acesso a nunerosos s e r v i ç o s a v a n ç a d o s
de telecomunicações, no quadro dos operadores n a c i o n a i s CTT/TLP
( c o r r e i o s e telecanunicaçães) e N h r c o n i ( s e r v i ç o s de transnissão
v i a r à d i o , cabos q u n a r i n o s e s a t é l i t e s ) .
Apesar do a t r a s o que a i n d a se v e r i fi c a nas telecanunicaçães
p o r t u g u e s a s , espera-se que n o fi n a l d o progranm STAR, s e j a
possive l recuperar a l g u n s anos an relação à n é d i a dos paises
europeus.
O d e s e n v o l v i n e n t o d a s Redes D i g i t a i s c a n integração d e S e r v i ç o s
(RDIS) conduzirá a una ampla u t i l i z a ç ã o d a s novas t e c n o l o g i a s e à
sua banalização, à s a n e l h a n ç a do que aconteceu can o t e l e f o n e . Can
e f e i t o , P o r t u g a l i n i c i o u j á o d e s e n v o l v i n e n t o d e una e s t r a t é g i a a
p a r t i r d e w n ambiente m u l t i - s e r v i ç o , baseado nas três redes
públicas de telecanunicaçães ( t e l e f o n e , t e l e x e dados).
A r e d e telefónica c o n s t i t u i ainda o p r i n c i p a l acesso às restantes
redes d e s e r v i ç o s j á d i s p o n i v e i s , naneadanente o Vi d e o t e x , o
Te l e f a x e o Nbvel Te r r e s t r e , prevendo-se que nuna segunda f a s e se
e v o l u a para a generalização das RDIS.
E n relação à canunicação i n t e r n a c i o n a l , P o r t u g a l canunica
s o b r e t u d o can a E u r o p a , nuna relação d e 4 para 1 . A opção
p o r t u g u e s a d e d e s e n v o l v i n e n t o segue a s d i r e c t i v a s comunitárias
para a c r i a ç ã o d e una RDIS t r a n s e u r o p e i a .
De r e a l ç a r ainda a Resolução do Conselho de M i n i s t r o s n9 31/87
sobre a u t i l i z a ç ã o de n e l a s de conunicação à distância no ânbito
dos s e r v i ç o s p ú b l i c o s a n P o r t u g a l .
E s t a decisão do Governo português e s t i n u l o u t o d a s as direcções‑
- g e r a i s e s e r v i ç o s equiparados a i n s t a l a r a n t e l e x , t e l e f a x e
o u t r o s i n e i o s de telecanunicaçães sanpre que as suas a c t i v i d a d e s o
j u s t i fi q u a n .
10
A Investigação
A investigação no âmbito das novas t e c n o l o g i a s da infornmção an
P o r t u g a l e n q u a d r a - s e n o ' P r o g r a n a M b b i l i z a d o r d a Ciência e
Te c n o l o g i a ' da J u n t a N a c i o n a l de Investigação C i e n t i fi c a e
Te c n o l ó g i c a ( J N I C T ) .
E s t e progranm f o i l a n ç a d o a n 1987 através d a s P r i n e i r a s Jornadas
N a c i o n a i s d a ICT e c o n s t i t u i h o j e u n i n s t r u n e n t o fundmnental para
o d e s e n v o l v i n e n t o d a ciência p o r t u g u e s a , can r e fl e x o s d e c i s i v o s
para a nndernização do p a i s .
P a r a a l à n d e u n prograna e s p e c i fi c o d e fornmção d e recursos
hunanos a n ciência e t e c n o l o g i a e s p e c i a l n n n t e o r i e n t a d o para a
fornmção d e jovens i n v e s t i g a d o r e s , e x i s t e u n progrmna d e apoio a
p r o j e c t o s de investigação claranente d e fi n i d o s , calendarizados,
~ acanpanhados e a v a l i a d o s externanente, a n t e s , d u r a n t e e após a sua
execução, an todas as áreas c i e n t i fi c a s e tecnológicas, n a s can
n m i o r r e l e v o para a l g u n s sectores de e s p e c i a l inportância
e s t r a t é g i c a : a s b i o t e c n o l o g i a s , a s ciências a g r á r i a s , a s ciências
blanédlcas, as ciências e t e c n o l o g i a s do n a r , as ciências e
t e c n o l o g i a s dos n n t e r i a i s , a nncroelectrónica, a robótica e a
i n f o r n á t i c a .
E n t r e a s ' v i n t e e três áreas c i e n t i fi c a s , o s e c t o r d e
m i c r o e l e c t r ó n i c a , d a r o b ó t i c a e d a i n f o r n à t i c a , fi c o u e n t r e a s
q u a t r o áreas que v i r m n u n l n a i o r núnero d e p r o j e c t o s aprovados para
1988 - 6 4 p r o j e c t o s nun t o t a l d e 123 propostas o u s e j a , 52% d e
aprovações. O fi n a n c i a n e n t o d e s t e s p r o j e c t o s e d e 220 3 3 6 1 n i l
escudos para os p r h n e i r o s 12 anos de execução, correspondendo a
unalnédia b a s t a n t e e l e v a d a f a c e às o u t r a s áreas.
D e s a l i e n t a r que n o s e c t o r d e mecânica c a n p u t a c i o n a l f o r m n
aprovados 1 0 p r o j e c t o s a n 1 6 p r o p o s t a s , o u s e j a , 62% d e
aprovações.
11
G l o b a l m e n t e a s t e c n o l o g i a s d a infonnação t i v e r a m 18% d o
t i n a n c i a n e n t o t o t a l à investigação p o r t u g u e s a a n 1988,
correspondendo a 13% do t o t a l dos p r o j e c t o s aprovados.
O s p r o j e c t o s s i t u a n - s e r n a i o r i t a r i a n e n t e n a zona d a s u n i v e r s i d a d e s ,
naneadmnente no I n s t i t u t o S u p e r i o r Técnico da U n i v e r s i d a d e Tecnica
d e L i s b o a e n a Faculdade d e Ciências e Te c n o l o g i a d a U n i v e r s i d a d e
Nova de L i s b o a , ou a i n d a an associações de d i r e i t o p r i v a d o l i g a d a s
à s u n i v e r s i d a d e s , cano é o caso d o INESC ( I n s t i t u t o d e Engenharia
d e S i s t a n a s e C o n p u t a d o r e s ) , n u i t o p r ó x i n n d o s o p e r a d o r e s d e
telecanunicaçães portugueses (CTT/TLP).
A n a t u r e z a d o s p r o j e c t o s de investigação aprovados f o i s o b r e t u d o
nas áreas da inteligência a r t i fi c i a l e da robótica i n d u s t r i a l , o
que f a z p r e v e r u n r e l a c i o n a n e n t o e f e c t i v o e n t r e a s u n i v e r s i d a d e s e
a i n d ú s t r i a p o r t u g u e s a , n o campo d a s t e c n o l o g i a s d a ¡nfornmção.
A E s t a t i s t i c a
As transtonnaçães s o c i a i s , econànicas e c u l t u r a i s provocadas p e l a
introdução das novas t e c n o l o g i a s d a infornação vên c a r a c t e r i z a n d o
u n n o v o r n o d e l o d e sociedade, que t a n l n e r e c i d o , desde o s anos 70, a
nàxinm'atenção de e s t u d i o s o s e de o r g a n i s n o s i n t e r n a c i o n a i s cano a
OCDE, a n c u j o s paises newbros s e t a n v e r i fi c a d o que o v o l u n e d e
negócios dos p r o d u t o s d e t e c n o l o g i a s d a infornmção t a n v i n d o a
r e p r e s e n t a r cerca d e 25% d o PNB, p r e v e n d o - s e una rnédia d e
c r e s c i n e n t o d a o r d a n d o s 13% a o ano, e n t r e 1986 e 1995.
A s previsões a p o n t a n para u n i n v e s t i n e n t o nas t e c n o l o g i a s d a
infornmção n u i t o s u p e r i o r aos r e s t a n t e s s e c t o r e s de produção
pranovendo-se d e s t e nndo a elevação da q u a l i d a d e de v i d a e a
n e l h o r i a d o a n b i e n t e .
12
A o c o n t r á r i o d o que s e p r e v i a nos anos 70, a s t e c n o l o g i a s d a
i n f o r n n ç ã o , a n l u g a r d e p r o d u z i r a n d e s a n p r e g o , c r i a r a n novas
o p o r t u n i d a d e s d e t r a b a l h o , podendo e n c o n t r a r - s e h o j e nos p a i s e s d a
OCDE taxas d e ocupação a n a c t i v i d a d e s d e t r a t a n e n t o d a informação
na ordem d o s 30 a 45%›da população a c t i v a .
Nestes tennos, está p r e v i s t a para o próxinn ano a realização de un
i n q u é r i t o ao s e c t o r da infornnção en P o r t u g a l através da
colaboração e n t r e o I n s t i t u t o Nacional de E s t a t i s t i c a e o
I n s t i t u t o d e I n f o r n á t i c a . P r e t e n d e - s e can e s t a i n i c i a t i v a a l a r g a r
o sector e s t a t í s t i c o n a c i o n a l a o s e c t o r d a infornnção, a n Inoldes
que p e n n i t m n a conparação can e q u i v a l e n t e s s i s t a n a s d e l n e d i d a
i n t e r n a c i o n a i s .
E s t e t r a b a l h o v a n no seguimento do i n q u é r i t o que o I n s t i t u t o de
l n f o r n á t l c a l e v a a e f e i t o d e d o i s a n d o i s anos, tendo a n v i s t a a
identificação da situação da infornútica na Adninistração Pública
portuguesa, através do qual f o i possivel e x t r a i r alguns dados
r e l a t i v o s a 1 d e J a n e i r o d e 1988, e s p e c i a l n e n t e d e s t i n a d o s a esta
Convenção Ibero-Americana.
13
A AnululsmAção PÚBLICA
D e z a s s e i s anos p a s s a d o s
Desde J a n e i r o de 1972 que a Administração Pública portuguesa se
vam preocupando cam a u t i l i z a ç ã o d a s novas t e c n o l o g i a s da
infornmcão camo i n s t r u m e n t o de nndernização. O p r i n e i r o passo f o i
dado cam a c r i a ç ã o , na Presidência de C o n s e l h o de M i n i s t r o s , da
Comissão I n t e n m i n i s t e r i a l d e l n f o r n à t i c a ( C I I ) , cam o o b j e c t i v o d e
" d e fi n i r e n a n t e r a c t u a l i z a d a a p o l i t i c a d e i n f o r n á t i c a n o s e c t o r
p ú b l i c o , cam v i s t a ao planeamento e integração do t r a t a n e n t o
automático da infonmação e bem assnm v e l a r p e l a execução dessa
p o l i t i c a " .
O segundo passo s i g n i fi c a t i v o c o n s t i t u i u n a criação, enIMaio d e
1973, do S e c r e t a r i a d o da Administração P ú b l i c a (SAP), cam funçães
no dominio da p o l i t i c a da infonnàtica para o sector p ú b l i c o , am
colaboração cam a C l l .
Cam a Revolução o c o r r i d a am A b r i l de 1974 am P o r t u g a l , e cam as
n m d a n ç a s p r o f u n d a s que s e v e r i fi c a r a m n a e s t r u t u r a d i r i g e n t e d o
a p a r e l h o d o E s t a d o , a Camissão l n t e n m i n i s t e r i a l d e l n f o r n á t i c a
interrompeu o seu r e g u l a r funcionamento e o S e c r e t a r i a d o da
Administração P ú b l i c a f o i e x t i n t o , tendo s i d o s u b s t i t u i d o p e l a
Direcção-Geral de Organização A d m i n i s t r a t i v a (DGOA), nas funções
que l h e campetiam amrmatéria de informática.
E m Setembro d e 1977, f o r a m p u b l i c a d o s o D e c r e t o - L e i n 9 384/77 e a
P o r t a r i a nQ 567/77, que c o n f e r i r a m à DGOA competências e s p e c i fi c a s
no dominio das aquisições de bens e s e r v i ç o s de infonmàtica para
toda a Administração Pública, cam o o b j e c t i v o d e , por um l a d o ,
assegurar a u n i f o n m i d a d e das respostas dos f o r n e c e d o r e s e uma
n m i o r i m p a r c i a l i d a d e n a adjudicação dos c o n t r a t o s e , p o r o u t r o
l a d o , "pronnver a aplicação r a c i o n a l d a i n f o r n ú t i c a conn f o n t e d e
14
nndernização e d e a p e r f e i ç o m n e n t o dalnàquina a d n i n i s t r a t i v a d o
E s t a d o " .
P a r a a l à n d a coordenação d a s aquisições, a D i r e c ç ã o - G e r a l d e
Organização A d n i n i s t r a t i v a t e v e u n p a p e l i m p o r t a n t e n o l a n ç a m e n t o
a n 1980 d e u n a l n e t o d o l o g i a d e elaboração, execução e revisão d e w n
P l a n o D i r e c t o r de l n f o r n á t i c a para toda a Adninistração P ú b l i c a ,
que i n c l u i a una proposta de c r i a ç ã o de un s i s t a n a de Orgãos
S e c t o r i a i s d e I n f o r n à t i c a ( 0 8 | ) , capazes d e o s u p o r t a r.
Na sequência d e s t e e s t u d o , f o i c r i a d a an 1982 una nova Canissão
I n t e r n n n i s t e r i a l d e l n f o r n à t i c a , c a n a s nesnms a t r i b u i ç õ e s d a
a n t e r i o r , tendo s i d o r e a l i z a d o , n o seu âmbito, o P l a n o D i r e c t o r d e
l n f o r n á t i c a para a Adninistração P ú b l i c a r e l a t i v o ao periodo de
1985 a 1988 (PDIAP). E s t e documento, p e l a sua e s t r u t u r a e
conteúdo, c o n s t i t u i u u n passo i m p o r t a n t e que v i s a v a a criação das
grandes l i n h a s e s t r a t é g i c a s d a p o l i t i c a d a i n f o r n ú t l c a para a
Adnlnistração Pública portuguesa. Estava d i v i d i d o an três p a r t e s :
a s opções e s t r a t é g i c a s , a s p o l i t i c a s h o r i z o n t a i s ( d e aplicações,
d e n m t e r i a l , d e conunicações, d e p e s s o a l , d e fi n a n c i a n e n t o , d e
nornalização, de segurança e de organização e gestão) e a i n d a os
p l a n o s s e c t o r i a i s d a i n f o r n á t i c a ( F i n a n ç a s , Educação, J u s t i ç a ,
T r a n s p o r t e s , Obras Públicas, Defesa, e t c . )
E s t e P l a n o D i r e c t o r , apesar da sua inportância, não chegou a ser
aprovado p e l o Governo e por i s s o , não f o i e x e c u t a d o cano estava
p r e v i s t o .
_En 1985 f o i e x t i n t a a S e c r e t a r í a de E s t a d o da Adninistração
P ú b l i c a e c a n e l a a Canissão I n t e n n i n i s t e r i a l d e l n f o r n ú t i c a ,
fi c a n d o a Direcção-Geral de Organização A d n i n i s t r a t i v a nuna
situação n m ¡ d e fi n i d a a t é A b r i l de 1987, a l t u r a an que as suas
competências f o r a n i n t e g r a d a s no I n s t i t u t o de l n f o r n ú t i c a do
M i n i s t é r i o das F i n a n ç a s .
15
As a c t u a i s e s t r u t u r a s de coordenação
O I n s t i t u t o d e I n f o r n à t i c a é h o j e o órgão coordenador c e n t r a l d a s
t e c n o l o g i a s da ¡nfornmção para a Administração P ú b l i c a p o r t u g u e s a ,
apesar de t e r s i d o no passado, um departamento do M i n i s t é r i o das
F i n a n ç a s e s p e c i a l n e n t e vocacionado para a concepção,
d e s e n v o l v i n n n t o e exploração d e aplicações i n f o r n à t i c a s n o ânbito
d o s e c t o r fi n a n c e i r o d o E s t a d o .
A c a p a c i d a d e t e c n o l ó g i c a d o I n s t i t u t o d e l n f o r n à t i c a , a s s o c i a d a à
experiência p o l i t i c o - e s t r a t é g i c a d a ex-Direcção-Geral d e
Organização A d m i n i s t r a t i v a c o n s t i t u a m h o j e uma o p o r t u n i d a d e d e
sucesso para o novo órgão c e n t r a l , i n v e s t i d o de novas atribuições
e novos d e s a fi o s no que se r e f e r e à nndernização da Administração
P ú b l i c a , através d a s t e c n o l o g i a s d a infornmção.
P a r a l e l a m e n t e f o i c r i a d o e m 1986 o S e c r e t a r i a d o para a
Nbdernização A d m i n i s t r a t i v a (SMA), o q u a l , dependendo directamente
do P r i n e i r o M i n i s t r o , tem como atribuições g e r a i s promover a
inovação e a refonma s e l e c t i v a no s e i o da Administração Pública,
v i s a n d o o aumento d e e fi c á c i a g l o b a l d a gestão p ú b l i c a , a m e l h o r i a
da sua relação cam os a d m i n i s t r a d o s , a desburocratização dos
s e r v i ç o s d o E s t a d o , a s i m p l i fi c a ç ã o dos p r o c e d i n e n t o s
a d m i n i s t r a t i v o s , a descentralização dos s e r v i ç o s p ú b l i c o s , e t c . D e
s a l i e n t a r que o SMA tem tambàm c d m o a t r i b u i ç ã o , p a r t i c i p a r n a
elaboração de programas de infornntização dos s e r v i ç o s p ú b l i c o s ,
fundamentalnnnte numa ó p t i c a de pragmatismo e d e r m e l h o r i a dos
s e r v i ç o s p r e s t a d o s a o cidadão, que c a r a c t e r i z a a actuação d e s t e
o r g a n i s m o , como e n t i d a d e p a t r o c i n a d o r a d e acções e capaz d e
v i a b i l i z a r p o l i t i c a n e n t e i n i c i a t i v a s que s e enquadram n a
e s t r a t é g i a d o Governo.
Não podemos d e i x a r d e r e f e r i r duas e n t i d a d e s que i n d i r e c t a n e n t e
têm a ver cam a introdução das t e c n o l o g i a s d a infornmção n a
Administração Pública, o I n s t i t u t o Nacional de Administração
(INA) cam competência e s p e c l fi c a na fornmção i n f o r n à t i c a e a
16
Direcção-Geral da Administração Pública (DGAP), que é o órgão
coordenador da p o l i t i c a de recursos hunanos, naneadamente quanto à
d e fi n i ç ã o d a s c a r r e i r a s d e i n f o r n á t i c a .
Contudo, n a i s do que una t a r e f a de órgãos coordenadores c e n t r a i s ,
a nndernização da Adninistração P ú b l i c a , naneadmnente c a n a
introdução das t e c n o l o g i a s d a informação, é una t a r e f a e s p e c i fi c a
d e c a d a s e r v i ç o e d e q u a l q u e r f u n c i o n á r i o .
O I n s t i t u t o d e I n f o n n à t i c a
Desde 1977 a t é 1987, o I n s t i t u t o d e I n f o r n á t i c a i n f o r n m t i z o u
p r a t i c m n e n t e t o d o s o s impostos d i r e c t o s , a d i v i d a p ú b l i c a , o
c o n t r o l o o r ç a n e n t a l d o Estado, o despacho a d u a n e i r o , e t c . E s t e
e s f o r ç o p e n n i t i u a criação de una elevada çanpetência tecnológica,
baseada nun dos nmiores centros de processamento de dados da
Adninistração Pública, estando disponivel h o j e un s i s t a n a
de infonnaçães capaz de v i a b i l i z a r a nmdança !FurnzuF
- - .m . . A . M“ . A
-u « v n ñ s = : " ~ r 2 verificaJJno s i s t a n a fi s c a l portugues, con a
introdução d o i n p o s t o único s o b r e o r e n d i n e n t o .
E n t r e t a n t o , a p a r t i r d a segunda ¡ n e t a d e d o s a n o s ' 8 0 , tan-se
a s s i s t i d o a una p r o g r e s s i v a desconcentração da concepção e
processanento de a l g u n a s d a s aplicações fi n a n c e i r a s do E s t a d o ,
cabendo a o I n s t i t u t o a integração d a i n f o r n à t i c a nuna ó p t i c a d e
' i n f o c e n t r o ' , naneadanente can a constituição d e bases d e dados d e
i n t e r e s s e g e n e r a l i z a d o , t a i s cano, j u r í d i c a s , d e infornmção a o
cidadão, i i'ãX/C*ê11txraljzada”,,etc. a pá
?l/kaÂ/v l J C #tai/!1.19% 62624444422“ ¡QI/M4243,2, _ _ _e(o?Kd?" ~ '%%MMÃ~ A › ~
Nhs,Lʧr l à d a sua conpe enciá o p e r a t i v a , que j à nao s e r e s t r i n g e
l
apenas à àrea d o M i n i s t é r i o das F i n a n ç a s , o I n s t i t u t o d e
l n f o r n á t i c a t a n h o j e un papel técnico-nornmtivo e de inovação no
d o n l n i o t e c n o l ó g i c o . A sua a c t u a l e s t r u t u r a p r o c u r a d a r resposta a
esta importante nússão, que é a de a p o i a r a nndernização da
17
Adninistração P ú b l i c a a t r a v é s do recurso às t e c n o l o g i a s da
informação.
D e s t a c a n n s a q u i a l g u n a s d a s áreas d e actuação que s e estão n e s t e
n r n e n t o a desenvolver no I n s t i t u t o , na ¡ n a i o r i a dos casos an
colaboração can o S e c r e t a r i a d o para a Nbdernização A d n i n i s t r a t i v a :
F o r n e c i m e n t o a q u a l q u e r o r g a n i s n o d o E s t a d o , d e s e r v i ç o s d e
concepção, d e exploração e d e c o n s u l t a d o r i a nos d a n i n i o s d a
i n f o r n ú t i c a e d a organização e gestão;
Criação e divulgação de " s o f t w a r e " de adninistração
c o r r e n t e , que possa ser u t i l i z a d o en equipmnentos de
n ü l t i p l o s c o n s t r u t o r e s , c o b r i n d o a s áreas c o n t a b i l i s t i c a s ,
o r ç m n e n t a i s , p e s s o a l , a p r o v i s i o n a n e n t o , e t c . ;
Preparação d e p l a n o s e s t r a t é g i c o s para a introdução e
desenvolvinento das tecnologias da lnfornnção nos diversos
M i n i s t é r i o s ;
Simplificação e normalização de p r o c e d i n n n t o s dos s e r v i ç o s
de adninistração corrente;
S a l i e n t m n o s a i n d a a s Inedidas tanadas t e n d o a n v i s t a a
simplificação de p r o c e d i n e n t o s r e l a t i v o s à aquisição de
equipamentos i n f o r n à t i c o s de pequeno p o r t e , através da revisão
dos d i p l a n a s l e g a i s s o b r e aquisição de bens e s e r v i ç o s de
i n f o r n à t i c a , a n v i g o r desde 1977, que s e e n c o n t r a d e s a j u s t a d a à
r e a l i d a d e a c t u a l f a c e a o p r o g r e s s o t e c n o l ó g i c o ( p r o g r e s s i v a
Ininiaturização e b a i x a de preços) e às disposições l e g a i s
canunitàrias (Decisões do Conselho 77/62/CEE, 80/767/CEE e
87/95/CEE).
O I n s t i t u t o de Informática é a c t u a l n e n t e o Órgão Nornmlizador
S e c t o r i a l p a r a a s t e c n o l o g i a s d a infornnção r e c o n h e c i d o p e l o
I n s t i t u t o Português d a Qualidade, r e p r e s e n t a n d o P o r t u g a l a n v á r i o s
o r g a n i s n n s i n t e r n a c i o n a i s d a e s p e c i a l i d a d e .
18
D e w n Inodo g e r a l , o I n s t i t u t o procura a s s e g u r a r a s n n d i d a s d e
p o l i t i c a a n i n a t é r i a d e t e c n o l o g i a s d a infonnação, coordenando o
seu c r e s c i n e n t o e q u i l i b r a d o e h a n n o n i o s on a A d n i n i s t r a ç ã o P ú b l i c a
e pranovendo a inovação, quer a t r a v é s d e p r o j e c t o s - p i l o t o , quer
através de acções de formação e de divulgação tecnica.
A s tendências d a nndernização a d m i n i s t r a t i v a
A s condições s o c i a i s , p o l i t i c a s e t e c n o l ó g i c a s a l t e r a r a m - s e
p r o f u n d a n e n t e a n P o r t u g a l . D e una sociedade c a r a c t e r i z a d a p e l a
centralização do poder, concentração de recursos, u n i f o n n i d a d e e
c o n f o n n i d a d e , s e n t e - s e h o j e a influência d a d a n o c r a c i a e das novas
t e c n o l o g i a s , passando-se a v a l o r i z a r a descentralização e a
desconcentração, a cooperação e a d i v e r s i d a d e .
A Sociedade da Infonnação já chegou a P o r t u g a l e é d i fi c i l a l g u a n
escapar a e l a . Mbsno a Adninistração Pública está a s o f r e r os seus
e f e i t o s , e n p a r t i c u l a r a p a r t i r d a década d e 8 0 .
A Adnlnistração está a ser i m p e l i d a a n u d a r, não só por pressões
e x t e r n a s cano p o r d e s c o n t e n t a n e n t o i n t e r n o . O p ú b l i c o e x i g e cada
vez n a i s n e l h o r e s s e r v i ç o s , c o n f r o n t a n d o - o s c a n o s r e s u l t a d o s d o
sector p r i v a d o . O Governo, por seu l a d o , c l a n a p e l a redução das
despesas p ú b l i c a s e e x i g e , a n c o n t r a p a r t i d a , d i v i d e n d o s p o l i t i c o s
nun c u r t o espaço d e tenpo. l n t e r n a n e n t e v i v e - s e u n
d e s c o n t e n t a n e n t o n n t i v a d o p e l o a c u n u l a r d e novos papéis e novas
r e s p o n s a b i l i d a d e s a t r i b u í d a s a o sector p ú b l i c o e p e l a s o b r e c a r g a
de infornmção que v a i fi c a n d o san tratmnento, i s t o para não f a l a r
nas d i f e r e n ç a s d e e s t a t u t o s o c i a l dos f u n c i o n á r i o s p ú b l i c o s
r e l a t i v a n e n t e a o sector p r i v a d o .
W h i t a s d e s t a s pressões e c o n s t r a n g i n e n t o s poderão C o n s t i t u i r
o p o r t u n i d a d e s d e n u d a n ç a s e e x i s t i r u n p r o j e c t o d e f u t u r o c l a r o e
b a n d i r i g i d o . O S e c r e t a r i a d o para a Nbdernização A d n i n i s t r a t i v a é
19
una e s t r u t u r a l e v e e o r i e n t a d a para f a c i l i t a r e e s t i n m l a r a
n u d a n ç a , t a n t o n m i s que s e e n c o n t r a b a n p o s i c i o n a d o j u n t o a o poder
p o l i t i c o .
Aos p r i n c i p i o s estáveis, programáveis e d e fi n i d o s an l e i ou an
p l a n o s n m i s o u nenos r í g i d o s e d e l o n g o p r a z o , que c a r a c t e r i z a r a m
a R e f o r n n A d n i n i s t r a t i v a d o passado, p r e f e r i u - s e o s p r i n c i p i o s
p r a g m á t i c o s , a n u d a n ç a e n t e n d i d a cano processo c o n t i n u o e u n
q u o t i d i a n o f e i t o de pesquisa-acção.
A p a r t i r da segunda n e t a d e dos anos 80, na n m i o r i a dos paises da
OCDE, cano an P o r t u g a l , e x i s t e un c o n j u n t o de tendências de
nndernização a d n i n i s t r a t i v a : Adninistração cano s e r v i ç o ,
orientação para o s c l i e n t e s , gestão d o t i p o e n p r e s a r i a l ,
participação d o s p ú b l i c o s , ' n e l h o r e n a i s ¡nfornmção aos cidadãos,
regulanentação n a i s l i g e i r a e canpreensiva, p r o c e d i n e n t o s n a i s
s i m p l e s para o s u t e n t e s e , d e s a l i e n t a r , a u t i l i z a ç ã o a n larga
e s c a l a das novas t e c n o l o g i a s d a infornnção.
D e u n e s t u d o l e v a d o a cabo e s t e ano p e l o SMA, s o b r e 824 n e d l d a s d e
¡nodernização a d m i n i s t r a t i v a , recentanente implanentadas por 158
o r g a n l s n o s , concluiu-se que 21,2% estavmn r e l a c i o n a d a s can a s
novas t e c n o l o g i a s da infonnação, naneadanente aplicações
i n f o r n ú t i c a s 17,6% e e q u i p a n e n t o s ¡ n f o r n á t i c o s 3,6%.
MEWDAS DE MODERNQACAO ADMHMSTRANVA
200 - 195
150 -
100*
§
o:
O
k
E
Q
20
D e w n l n o d e l o a d m i n i s t r a t i v o t r a d i c i o n a l c a r a c t e r i z a d o p o r una
e x c e s s i v a regulanentação e p e l a aplicação f o n n a l e cega das
r o t i n a s a d m i n i s t r a t i v a s , p r e t e n d e - s e e v o l u i r para m n n p d e l o d e
gestão d o t i p o a n p r e s a r i a l , a n que a preocupação d a n i n a n t e é o
a l c a n c e d e o b j e c t i v o s p o l l t i c o s can base apenas nos recursos
necessários.
Na S o c i e d a d e da Infornnção, e porque os r e c u r s o s n a i s p r e c i o s o s
são as pessoas e a sua inteligência, preocupa-nos m a i s a
subadninistração do que o subdesenvolvinento !
Os obstáculos à n u d a n ç a
Se o f u t u r o que desejamos é una Administração Pública adaptada à
S o c i e d a d e d a lnfornmção, o p r e s e n t e can que nos c o n f r o n t a n n s ainda
não é n u i t o r i s o n h o , p r i n c i p a l n n n t e n o que s e r e f e r e à s
i n f r a e s t r u t u r a s humanas, n a t a r i a i s e fi n a n c e i r a s .
Do p o n t o de v i s t a dos recursos humanos, a Administração Pública
enprega cerca de 10% da população a c t i v a portuguesa e 24% do
sector d e s e r v i ç o s , possuindo a i n d a pessoal " m i t o pouco
q u a l i fi c a d o para o s d e s a fi o s d a Sociedade d a lnfornmção.
A Administração C e n t r a l p o s s u i 39% de pessoas c a n i n a i s de 12 anos
d e e s c o l a r i d a d e , enquanto n a Adninistração L o c a l e s t a taxa é
sanente de 3,7% e onde 83,3% p o s s u i rnenos de 6 anos de
e s c o l a r i d a d e . A concentração d e funcionários a n L i s b o a e P o r t o é
d e 46,2% d i s t r i b u i n d o - s e o s o u t r o s 53,6% p e l o s r e s t a n t e s 2 0
d i s t r i t o s . A i d a d e n é d i a g l o b a l é d e 3 9 anos, can t e n d e n c i a para
e n v e l h e c e r. O número d e pessoal i n f o r n á t i c o , i n c l u i n d o operadores
d e r e g i s t o d e dados, não chega a 1%›de t o d o o pessoal a f e c t o à
A d n i n i s t r a ç ã o P ú b l i c a , enquanto o p e s s o a l d e concepção i n f o r n à t i c a
ronda os 0,2%.
21
A s e s t r u t u r a s assentmn nun ¡ n o d e l o i n s t i t u c i o n a l pouco c l a r o e
r i g i d o , c o n s t i t u i n d o - s e a n canunidades i s o l a d a s d e infornmção, a n
vez de se comportaran cano un s i s t a n a i n t e g r a d o .
A gestão fi n a n c e i r a rege-se por p r i n c i p i o s j u r i d i c o ‑
- b u r o c r à t i c o s , segundo una l ó g i c a o r ç a n e n t a l t o t a l n e n t e
d e s a j u s t a d a às necessidades do i n v e s t i n e n t o e à e s t r a t é g i a g l o b a l
e pianeada d e introdução das t e c n o l o g i a s d a informação.
S i t u a ç ã o a c t u a l d a i n f o r n á t i c a n a A d n i n i s t r a ç ã o P ú b l i c a
Apesar d a s i n f r a e s t r u t u r a s r e f e r i d a s não s e r a h a s n a i s adequadas,
a i n f o r n ú t i c a na Adninistração Pública d e i x o u de ser já una
t e c n o l o g i a inacessível e c o n fi n a d a a a l g u n s s e r v i ç o s , para se
t r a n s f o r n m r nun i n s t r u n e n t o quase g e n e r a l i z a d o e susceptlvel d e
ser u t i l i z a d o por todas a s c a t e g o r i a s d e p e s s o a l . Vejamos o que
aconteceu nos ú l t i m o s dez anos:
O núnero de equipanentos i n s t a l a d o s teve aunentos modestos e n t r e
1977 e 1981, passando a p a r t l r de 1983 a t é h o j e a r e v e l a r taxas de
c r e s c i m e n t o b a s t a n t e s i g n i fi c a t i v a s , s o b r e t u d o c a n o a p a r e c i n e n t o
dos m i c r o c o m p u t a d o r e s .
EVOLUCAO DAlNFORMAWCA N A , A P .
Numero de Equipamentos
4000 . 88.01.01
5552
3000<

.
 à


:se 
o L 'MN k 12° *ll k 152W
l Í l I lr
1977 1979 1981 1983 1985 1987
2000 <
1000 - '012
22
O pessoal can funções d i r i g e n t e s , d e concepção e d e Operação t a n
t i d o u n awnento r e g u l a r , nas nenos s i g n i fi c a t i v o d o que o r e s t a n t e
p e s s o a l que, e n t r e t a n t o , f o i aparecendo a n novas t a r e f a s d e
utilizaç'ã'o d a i n f o r m á t i c a , p r i n c i p a l m e n t e a p a r t i r d e 1985 e com
a generalização dos m i c r o s .
EVOLUCAO DA INFORMATICA NA A P.
Pessoal
2500 _ 00.01.01
É Di'rígente
ÉConcepcao
aCiperacao
xxOutro
)
x
2000 '
1 5 0 0 '
1977 1979 1981 1983 1985 1987
V e r i fi c a - s e que a n n i o r i a das aplicações i n f o r n á t i c a s são conuns a
toda a Adninistração Pública (79%), o que j u s t i fi c a una cooperação
m a i s e f e c t i v a e n t r e s e r v i ç o s , e v i t a n d o - s e e s f o r ç o s redundantes d e
concepção e d e s e n v o l v i n e n t o .
Sítuocoo do Informatica no Administração Publica
Aplícocoes
[HH Específicos
E Comuna
,-sasuzx)
205705204
23
A d i s t r i b u i ç ã o dos equipanentos p e l o s v á r i o s sectores d a
Adninistração C e n t r a l caneça a ser n a i s r e g u l a r , v e r i fi c a n d o - s e
a i n d a unm n m i o r concentração no s e c t o r da educação, fi n a n ç a s ,
d e f e s a , p l a n e a n e n t o e segurança s o c i a l .
DlSTRlBUIC/«O SECTORlAL
Numero de Equipamentos
15001 88.01.01 M i u : :
> 3MB
t
Cite WE
1000 4 r
/
7'//l
./,l
o
O
u
ç
V
3
'U
LAJ
Os desequilíbrios e n t r e a Adninistração C e n t r a l e a Administração
Local e R e g i o n a l , a i n d a são e v i d e n t e s . Nos s e r v i ç o s c e n t r a i s
e x i s t e 92% do equipamento, 89% do pessoal e 79% das aplicações,
meano tendo an atenção que o núnero t o t a l de funcionários é de
82%, ou s e j a , na Adninistração C e n t r a l e x i s t a n 103 funcionários
por conputador e na Administração L o c a l e R e g i o n a l 271
funcionários por c a n p u t a d o r, a que não é e s t r a n h a a e s t r u t u r a de
categorias de pessoalinaioritarianente operária.
DlSTRIBUICAO REGIONAL
Numero de Equipamentos
30.01.01 [E] Adm Cent
É Adm Loc
ÉRegAut
33529270!
_100090
-1 ao(57.)
24
Estão neste nnnento an curso na Adninistracão P ú b l i c a wnc o n j u n t o
d e aplicações i n f o r m á t i c a s que p e l a sua dimensão e s i g n i fi c a d o nos
merecan a l g u n d e s t a q u e :
Rede l n f o r n á t i c a , l i g a n d o t o d o s o s G a b i n e t e s dos a n b r o s d o
Governo;
S i s t a n a I n t e g r a d o d e Internação J u r i d i c a , c o n s t i t u i d a por
una B a s e C e n t r a l e d i v e r s a s Bases S e c t o r i a i s l i g a d a s e n t r e
s i ( I N F O J U R ) .
Sistemas de Infornmcão ao Cidadão, à I n d ú s t r i a e
A g r i c u l t u r a , a t r a v é s d a r e d e p ú b l i c a V i d e o t e x ;
Infornmtizacão do novo s i s t a n a fi s c a l português - l n p o s t o
Ú n i c o ;
C e n t r o N a c i o n a l d e C á l c u l o ;
Base d e Dados N a c i o n a l d e B i b l i o g r a fi a (PORBASE).
25
QUE PERSPECTIVAS PARA A OOOPERAÇÂ'D
P o r t u g a l , p e l a sua situação g e o g r á fi c a , e s t e v e t r a d i c i o n a l n e n t e
v o l t a d o para o Atlântico, nantendo até h o j e una relação c u l t u r a l e
l i n g u i s t i c a can a Á f r i c a e c a n a America d o S u l .
N o e n t a n t o , o s d o i s paises i b é r i c o s tên v i v i d o d e c o s t a s v i r a d a s
u n p a r a o o u t r o , não t i r a n d o p a r t i d o d a H i s t ó r i a e d a C u l t u r a
CUTIUI'IS .
A e n t r a d a sinultânea na CEE é concerteza una oportunidade
n m g n i fi c a para se j u n t a r a m e s f o r ç o s e canpetências de ambas as
p a r t e s , d e modo a que uma nova s i n e r g i a i b é r i c a s e a fi r m e a n
relação à Europa e ao N h n d o .
A s e m e l h a n ç a d a s duas linguas f a c i l i t a a cooperação, não apenas
e n t r e os povos ibéricos, nas através do 'Triângulo do M h r ' que os
une c u l t u r a l n e n t e aos paises d e expressão portuguesa d e Á f r i c a e
a toda a Anerica do S u l .
A Europa c o n s t i t u i una o p o r t u n i d a d e e a o nesnn tampo una ameaça
para a Peninsula I b é r i c a , d e c u j o e q u i l l b r i o depende a
continuação da i d e n t i d a d e p r ó p r i a dos d o i s paises. Não i n t e r e s s a a
nenhun dos povos i b é r i c o s que o o u t r o ceda p e r a n t e a f o r t e
c o m p e t i t i v i d a d e i n t e r n a c i o n a l , p e n n i t i n d o que s e c o n s t i t u a n n o seu
espaço, p l a t a f o r n a s indesejáveis de penetração das grandes
enpresas e u r o p e i a s e n u n d i a i s .
A nossa n m n e i r a d e e s t a r n a Europa nas ú l t i n w s décadas f o i atraves
d a exportação d e " e n e r g i a " p e r t e n c e n t e a o nosso c a p i t a l hunano, o u
s e j a , através da enigração de mão-de-obra b a r a t a para os paises
n a i s d e s e n v o l v i d o s d o espaço europeu. Não podanos p e n n i t i r que a
a b e r t u r a dos n e r c a d o s nos nmntenha can esse p a p e l secundário,
cedendo p e r a n t e a q u e l e s que a c r e d i t m n nas vantagens d o c u r t o
prazo, baseadas n a divisão i n t e r n a c i o n a l d o t r a b a l h o e n t r e paises
r i c o s e paises pobres d e n t r o dainesno espaço c o n u n i t à r i o .
26
Devanos passar a c o n fi a r n a " i n t e l i g ê n c i a " (informação) d o nosso
c a p i t a l hwnano, tornando-nos de f a c t o an cidadãos p l e n o s da Europa
e não anrneros t r a b a l h a d o r e s " d e c a p i t a d o s " e d e b a i x o p r e ç o .
Nuna época a n que o s n e r c a d o s s e i n t e r n a c i o n a l i z a n , a s t e c n o l o g i a s
da infonnação são reconhecidmnente un f a c t o r p r n n o r d i a l na
concorrência e n t r e anpresas, não só através de ganhos h n e d i a t o s de
p r o d u t i v i d a d e , ' n a s tambàn p e l a s novas capacidades d e decisão e d e
gestão que p r o p o r c i o n a m .
A o c o n s i d e r a n n o s a s organizações cano s i s t e n n s d e infornnção,
s e r a n o s capazes d e p r o a g i r a n relação a o f u t u r o , n w n t e n d o a s
nossas anpresas v i v a s e pennanentanente c a n p e t i t i v a s d i a n t e das
annaças que nos r o d e i a n . To r n a r a n o s c l a r a s a s novas ¡nissães e
encontraranos d e c e r t o as e s t r a t é g i a s de infornação n a i s adequadas.
J à não s e t r a t a apenas d e u n a r n u d a n ç a t e c n o l ó g i c a , nas e x i g e - s e
acinm d e t u d o , u n a i n u d a n ç a d e a t i t u d e perante a gestão e p e r a n t e a
v i d a . J à não s e t r a t a d e d e f e n d e r a t o d o o c u s t o p r i v i l é g i o s e
c e r t e z a s a n t i g a s para s o b r e v i v e r, :nas precisanos d e c o n s t r u i r
novas respostas para as novas circunstâncias e para os novos
d e s a fi o s .
P o r t u g a l e Espanha, para a l à n d e s e r a h paises v i z i n h o s , c a n l n u i t o s
e l a n e n t o s h i s t ó r i c o s e c u l t u r a i s conuns, e n f r e n t a n h o j e osrnesnos
problanas e a s " e s m a s o p o r t u n i d a d e s . S e a conpetição nos pode
a n u l a r ( 1 - 1 = 0 ) , a s i n e r g i a d a nossa cooperação poderá c o l o c a r - n o s
an n i v e i s europeus n a i s comportáveis ( 1 + 1 = " 3 " ) .
A cooperação i b é r i c a n o danlnio das novas t e c n o l o g i a s d a
infonnação é un i m p e r a t i v o hnediato, naneadanente através de una
e s t r a t é g i a canun de investigação, de educação, de i n d ú s t r i a , de
canércio, e t c . P o d a n - s e a p r o v e i t a r e c o n a n i a s d e e s c a l a n e d i a n t e a
criação de una p o l i t i c a de infornnção canun baseada an
i n f r a e s t r u t u r a s tecnológicas p a r t i l h a d a s p e l o s d o i s paises.
27
Como f o i p r o p o s t o h à d i a s nuna c i m e i r a i b é r i c a e n t r e o s d o i s
c h e f e s dos Governos de P o r t u g a l e Espanha, poderemos e n s a i a r o
mercado ú n i c o europeu na península i b é r i c a , mesmo a n t e s de 1992,
f o r t a l e c e n d o - n o s d e s t e modo p a r a o " g r a n d e d e s a fi o " a t r a v é s d e u m
" j o g o amigável" e n t r e os d o i s paises.
28
BIBLIOGRAFIA
ANMRAL, M i r a - O P I T I E v a i a c t u a r n o âmbito d o PEDIP. " I n f o r m á t i c a
H o j e " , L i s b o a , A P I , S e t . 1 9 8 8 .
COMISSÃO INTERMINISTERIAL DE INFORMÁTICA - P l a n o D i r e c t o r de
I n f o r n à t i c a p a r a a Administração P ú b l i c a 1985/1988, L i s b o a , DGOA,
1984.
CORTE-REAL, I s a b e l - A I n f o r n ñ t i c a n a maernizaç'à'o A d n i n i s t r a t i v a .
"Internação & I n f o r n à t i c a " , A l f r a g i d e , I . I . , N o v. 1 9 8 7 .
COSTA, Iw.A. Fernandes - lnfornaçãb e F i n a n ç a s . " R e v i s t a de
Adninistração P ú b l i c a " , Lisboa, SEO, Mai/Ago.1986.
GAMEIRO, N h n u e l - A Administração P ú b l i c a na S o c i e d a d e da
lnfornacão. "Infornnção & Informática", A l f r a g i d e , I . I . , Nov.1987.
lnfonnàtica na Administração P o r t u g u e s a - 1986, L i s b o a , D G O A / I . l . ,
1987.
I n q u é r i t o P r é v i o aos S e r v i ç o s e O r g a n i s n o s d o E s t a d o - 1986,
L i s b o a , DGAP, 1987.
LAVADO, J . A l v e s - Obstáculos à introdução d a s novas Te c n o l o g i a s
da lnforrmç'à'o e da gest'à'o na Adninistraç'à'o P ú b l i c a P o r t u g u e s a , i n :
"Reunião s o b r e a s Te c n o l o g i a s d a lnfornncão e o s S i s t e n a s
A d n i n i s t r a t i v o s - T I S A " , L i s b o a , LNEC, 1986.
OLIVEIRA, A i d a - A Gestão das Te c n o l o g i a s d a Infornnção n a
Adninistracão P ú b l i c a , A l f r a g i d e , l . I . , 1988.
Programa M b b i l i z a d o r d e Ciência e Te c n o l o g i a 1987/1988, L i s b o a ,
JNICT, 1988.
29
S I LVA , A. F e r r e i r a ; MMRCELINO, H e n r i q u e T2; GíwEZ-PALLETE, F e l i p e
- Renovação e m p r e s a r i a l através d a s Te c n o l o g i a s d a lnfornacão - A s
enpresas i b é r i c a s e a concorrência no c o n t e x t o da integração na
CEE, i n : " E n c o n t r o Luso-Español d e Econania E n p r e s a r i a l " ,
M a d r i d , OCDE, 1987.
VIDIGAL, L u i s - D a s Te c n o l o g i a s d a lnfornnção à Gestão d a
Infornação, i n : "Conferência s o b r e l n f o r n m t i o n M a n a g a n e n t " ,
L i s b o a , B r i t i s h C o u n c i l / B i b l i o t e c a N a c i o n a l , 1988
VIDIGAL, L u i s - lNFOUUR-Base de Dados de lnfornação J u r i d i c a no
'àrbito d a !bdernização A d m i n i s t r a t i v a , i n : "Encuent r o Hispano-Luso
de I C T " , Salamanca, SEDIC/CREl/INCITE, 1988

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a CIBI 1988 As TI face à Modernização Administrativa em Portugal - Luis Vidigal - Madrid

Vers un système de santé préventif avec le numérique
Vers un système de santé préventif avec le numérique Vers un système de santé préventif avec le numérique
Vers un système de santé préventif avec le numérique Renaissance Numérique
 
Expo Matacaxtli, PROYECTO PARA CONOCER LA CULTURA
Expo Matacaxtli, PROYECTO PARA CONOCER LA CULTURAExpo Matacaxtli, PROYECTO PARA CONOCER LA CULTURA
Expo Matacaxtli, PROYECTO PARA CONOCER LA CULTURAVernicaReyes26
 
Collision Conference - 23 Maio 2019
Collision Conference - 23 Maio 2019Collision Conference - 23 Maio 2019
Collision Conference - 23 Maio 2019AEP | INTERNACIONAL
 
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Novembro 2021 Vol81
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Novembro 2021 Vol81Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Novembro 2021 Vol81
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Novembro 2021 Vol81Falcão Brasil
 
Tecnologia da educação
Tecnologia da educaçãoTecnologia da educação
Tecnologia da educaçãosilvana_araujo
 
Juan Francisco Di Nucci - eCommerce Day Argentina Online [Live] Experience
Juan Francisco Di Nucci - eCommerce Day Argentina Online [Live] ExperienceJuan Francisco Di Nucci - eCommerce Day Argentina Online [Live] Experience
Juan Francisco Di Nucci - eCommerce Day Argentina Online [Live] ExperienceeCommerce Institute
 
Proyecto t4 f1 final
Proyecto t4 f1 finalProyecto t4 f1 final
Proyecto t4 f1 finalfripsihiguera
 
Debriefs de Darwiin SITL 2019
Debriefs de Darwiin SITL 2019Debriefs de Darwiin SITL 2019
Debriefs de Darwiin SITL 2019DarwiinCommerce
 
Tarea 2 APTA
Tarea 2 APTATarea 2 APTA
Tarea 2 APTAaptachile
 
Les progiciels d'assurance en France
Les progiciels d'assurance en FranceLes progiciels d'assurance en France
Les progiciels d'assurance en FranceOlivier Milon
 

Semelhante a CIBI 1988 As TI face à Modernização Administrativa em Portugal - Luis Vidigal - Madrid (20)

Resolucion 006
Resolucion 006Resolucion 006
Resolucion 006
 
Img015
Img015Img015
Img015
 
Revista APS N.º 39 – Dezembro 2005
Revista APS N.º 39 – Dezembro 2005Revista APS N.º 39 – Dezembro 2005
Revista APS N.º 39 – Dezembro 2005
 
Livro sobre a cultura do inhame
Livro sobre a cultura do inhameLivro sobre a cultura do inhame
Livro sobre a cultura do inhame
 
Vers un système de santé préventif avec le numérique
Vers un système de santé préventif avec le numérique Vers un système de santé préventif avec le numérique
Vers un système de santé préventif avec le numérique
 
Expo Matacaxtli, PROYECTO PARA CONOCER LA CULTURA
Expo Matacaxtli, PROYECTO PARA CONOCER LA CULTURAExpo Matacaxtli, PROYECTO PARA CONOCER LA CULTURA
Expo Matacaxtli, PROYECTO PARA CONOCER LA CULTURA
 
Collision Conference - 23 Maio 2019
Collision Conference - 23 Maio 2019Collision Conference - 23 Maio 2019
Collision Conference - 23 Maio 2019
 
Catalogue d_vox_2020
Catalogue d_vox_2020Catalogue d_vox_2020
Catalogue d_vox_2020
 
2016 02-cortes-soto
2016 02-cortes-soto2016 02-cortes-soto
2016 02-cortes-soto
 
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Novembro 2021 Vol81
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Novembro 2021 Vol81Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Novembro 2021 Vol81
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Novembro 2021 Vol81
 
Tecnologia da educação
Tecnologia da educaçãoTecnologia da educação
Tecnologia da educação
 
INR: Relatório não discriminação - 2012
INR: Relatório não discriminação - 2012INR: Relatório não discriminação - 2012
INR: Relatório não discriminação - 2012
 
Juan Francisco Di Nucci - eCommerce Day Argentina Online [Live] Experience
Juan Francisco Di Nucci - eCommerce Day Argentina Online [Live] ExperienceJuan Francisco Di Nucci - eCommerce Day Argentina Online [Live] Experience
Juan Francisco Di Nucci - eCommerce Day Argentina Online [Live] Experience
 
Tendências Varejo Materiais de Construção
Tendências Varejo Materiais de ConstruçãoTendências Varejo Materiais de Construção
Tendências Varejo Materiais de Construção
 
Proyecto t4 f1 final
Proyecto t4 f1 finalProyecto t4 f1 final
Proyecto t4 f1 final
 
Debriefs de Darwiin SITL 2019
Debriefs de Darwiin SITL 2019Debriefs de Darwiin SITL 2019
Debriefs de Darwiin SITL 2019
 
Tarea 2 APTA
Tarea 2 APTATarea 2 APTA
Tarea 2 APTA
 
Espaciado
EspaciadoEspaciado
Espaciado
 
Les progiciels d'assurance en France
Les progiciels d'assurance en FranceLes progiciels d'assurance en France
Les progiciels d'assurance en France
 
Espaciado
EspaciadoEspaciado
Espaciado
 

Mais de Luis Vidigal

Apresentação da CIeLP 5_5_2023a.pdf
Apresentação da CIeLP 5_5_2023a.pdfApresentação da CIeLP 5_5_2023a.pdf
Apresentação da CIeLP 5_5_2023a.pdfLuis Vidigal
 
Highscore - Curso de Inovação em Serviços Públicos - 11 e 12 outubro 2021
Highscore - Curso de Inovação em Serviços Públicos  - 11 e 12 outubro 2021Highscore - Curso de Inovação em Serviços Públicos  - 11 e 12 outubro 2021
Highscore - Curso de Inovação em Serviços Públicos - 11 e 12 outubro 2021Luis Vidigal
 
Highscore - Luis Vidigal - Curso de eGovernment - 11 e 12 outubro 2021
Highscore - Luis Vidigal  - Curso de eGovernment - 11 e 12 outubro 2021Highscore - Luis Vidigal  - Curso de eGovernment - 11 e 12 outubro 2021
Highscore - Luis Vidigal - Curso de eGovernment - 11 e 12 outubro 2021Luis Vidigal
 
BOBCATSSS 2021 - The Future of Digital Transformation in Government Administr...
BOBCATSSS 2021 - The Future of Digital Transformation in Government Administr...BOBCATSSS 2021 - The Future of Digital Transformation in Government Administr...
BOBCATSSS 2021 - The Future of Digital Transformation in Government Administr...Luis Vidigal
 
OGP PASC Vidigal forum 9 12 2020
OGP PASC Vidigal forum 9 12 2020OGP PASC Vidigal forum 9 12 2020
OGP PASC Vidigal forum 9 12 2020Luis Vidigal
 
Luis Vidigal - Tecnologias e Cidadania
Luis Vidigal - Tecnologias e CidadaniaLuis Vidigal - Tecnologias e Cidadania
Luis Vidigal - Tecnologias e CidadaniaLuis Vidigal
 
Luis vidigal 1999 a revolucao ap
Luis vidigal 1999   a revolucao apLuis vidigal 1999   a revolucao ap
Luis vidigal 1999 a revolucao apLuis Vidigal
 
Luis Vidigal - Rendimento Básico Universal (RBU) - Uma inevitabilidade para o...
Luis Vidigal - Rendimento Básico Universal (RBU)- Uma inevitabilidade para o...Luis Vidigal - Rendimento Básico Universal (RBU)- Uma inevitabilidade para o...
Luis Vidigal - Rendimento Básico Universal (RBU) - Uma inevitabilidade para o...Luis Vidigal
 
Candidatura aos Corpos Sociais da APDSI para o triénio 2017-2019
Candidatura aos Corpos Sociais da APDSI para o triénio 2017-2019Candidatura aos Corpos Sociais da APDSI para o triénio 2017-2019
Candidatura aos Corpos Sociais da APDSI para o triénio 2017-2019Luis Vidigal
 
Inovação em Serviços Públicos - Luis Vidigal (Highscore - Outubro 2016)
Inovação em Serviços Públicos - Luis Vidigal (Highscore - Outubro 2016)Inovação em Serviços Públicos - Luis Vidigal (Highscore - Outubro 2016)
Inovação em Serviços Públicos - Luis Vidigal (Highscore - Outubro 2016)Luis Vidigal
 
Apresentação de Luís Vidigal na 1ª Conferência Nacional de Professores de Inf...
Apresentação de Luís Vidigal na 1ª Conferência Nacional de Professores de Inf...Apresentação de Luís Vidigal na 1ª Conferência Nacional de Professores de Inf...
Apresentação de Luís Vidigal na 1ª Conferência Nacional de Professores de Inf...Luis Vidigal
 
Visão TIC 2020 na AP - Contributos de Luís Vidigal
Visão TIC 2020 na AP - Contributos de Luís VidigalVisão TIC 2020 na AP - Contributos de Luís Vidigal
Visão TIC 2020 na AP - Contributos de Luís VidigalLuis Vidigal
 
Luis vidigal - Working in a digital and inclusive government - COST Peniche 2015
Luis vidigal - Working in a digital and inclusive government - COST Peniche 2015Luis vidigal - Working in a digital and inclusive government - COST Peniche 2015
Luis vidigal - Working in a digital and inclusive government - COST Peniche 2015Luis Vidigal
 
ICA 23th Conference, Oslo 1989 - Luis Vidigal - Information Technology and T...
ICA 23th Conference, Oslo 1989 -  Luis Vidigal - Information Technology and T...ICA 23th Conference, Oslo 1989 -  Luis Vidigal - Information Technology and T...
ICA 23th Conference, Oslo 1989 - Luis Vidigal - Information Technology and T...Luis Vidigal
 
Respublica - Um Olhar sobre a Administração - 1992
Respublica -  Um Olhar sobre a Administração - 1992Respublica -  Um Olhar sobre a Administração - 1992
Respublica - Um Olhar sobre a Administração - 1992Luis Vidigal
 
Entrevista de Luís Vidigal à revista Exame Informática 26/2/2015
Entrevista de Luís Vidigal à revista Exame Informática 26/2/2015Entrevista de Luís Vidigal à revista Exame Informática 26/2/2015
Entrevista de Luís Vidigal à revista Exame Informática 26/2/2015Luis Vidigal
 
Talk a Bit 2015 (FEUP) - Luis Vidigal - "Citizenware"
Talk a Bit 2015 (FEUP) - Luis Vidigal - "Citizenware"Talk a Bit 2015 (FEUP) - Luis Vidigal - "Citizenware"
Talk a Bit 2015 (FEUP) - Luis Vidigal - "Citizenware"Luis Vidigal
 
Entre Arquivos - Conferência em Portimão - jan 2015
Entre Arquivos - Conferência em Portimão - jan 2015Entre Arquivos - Conferência em Portimão - jan 2015
Entre Arquivos - Conferência em Portimão - jan 2015Luis Vidigal
 
Luis Vidigal - Interoperabilidade na AP - Covilhã, 22 jan 2015
Luis Vidigal - Interoperabilidade na AP - Covilhã, 22 jan 2015Luis Vidigal - Interoperabilidade na AP - Covilhã, 22 jan 2015
Luis Vidigal - Interoperabilidade na AP - Covilhã, 22 jan 2015Luis Vidigal
 
Formação de quadros moçambicanos em "Inovação em Serviços Públicos" - Novembr...
Formação de quadros moçambicanos em "Inovação em Serviços Públicos" - Novembr...Formação de quadros moçambicanos em "Inovação em Serviços Públicos" - Novembr...
Formação de quadros moçambicanos em "Inovação em Serviços Públicos" - Novembr...Luis Vidigal
 

Mais de Luis Vidigal (20)

Apresentação da CIeLP 5_5_2023a.pdf
Apresentação da CIeLP 5_5_2023a.pdfApresentação da CIeLP 5_5_2023a.pdf
Apresentação da CIeLP 5_5_2023a.pdf
 
Highscore - Curso de Inovação em Serviços Públicos - 11 e 12 outubro 2021
Highscore - Curso de Inovação em Serviços Públicos  - 11 e 12 outubro 2021Highscore - Curso de Inovação em Serviços Públicos  - 11 e 12 outubro 2021
Highscore - Curso de Inovação em Serviços Públicos - 11 e 12 outubro 2021
 
Highscore - Luis Vidigal - Curso de eGovernment - 11 e 12 outubro 2021
Highscore - Luis Vidigal  - Curso de eGovernment - 11 e 12 outubro 2021Highscore - Luis Vidigal  - Curso de eGovernment - 11 e 12 outubro 2021
Highscore - Luis Vidigal - Curso de eGovernment - 11 e 12 outubro 2021
 
BOBCATSSS 2021 - The Future of Digital Transformation in Government Administr...
BOBCATSSS 2021 - The Future of Digital Transformation in Government Administr...BOBCATSSS 2021 - The Future of Digital Transformation in Government Administr...
BOBCATSSS 2021 - The Future of Digital Transformation in Government Administr...
 
OGP PASC Vidigal forum 9 12 2020
OGP PASC Vidigal forum 9 12 2020OGP PASC Vidigal forum 9 12 2020
OGP PASC Vidigal forum 9 12 2020
 
Luis Vidigal - Tecnologias e Cidadania
Luis Vidigal - Tecnologias e CidadaniaLuis Vidigal - Tecnologias e Cidadania
Luis Vidigal - Tecnologias e Cidadania
 
Luis vidigal 1999 a revolucao ap
Luis vidigal 1999   a revolucao apLuis vidigal 1999   a revolucao ap
Luis vidigal 1999 a revolucao ap
 
Luis Vidigal - Rendimento Básico Universal (RBU) - Uma inevitabilidade para o...
Luis Vidigal - Rendimento Básico Universal (RBU)- Uma inevitabilidade para o...Luis Vidigal - Rendimento Básico Universal (RBU)- Uma inevitabilidade para o...
Luis Vidigal - Rendimento Básico Universal (RBU) - Uma inevitabilidade para o...
 
Candidatura aos Corpos Sociais da APDSI para o triénio 2017-2019
Candidatura aos Corpos Sociais da APDSI para o triénio 2017-2019Candidatura aos Corpos Sociais da APDSI para o triénio 2017-2019
Candidatura aos Corpos Sociais da APDSI para o triénio 2017-2019
 
Inovação em Serviços Públicos - Luis Vidigal (Highscore - Outubro 2016)
Inovação em Serviços Públicos - Luis Vidigal (Highscore - Outubro 2016)Inovação em Serviços Públicos - Luis Vidigal (Highscore - Outubro 2016)
Inovação em Serviços Públicos - Luis Vidigal (Highscore - Outubro 2016)
 
Apresentação de Luís Vidigal na 1ª Conferência Nacional de Professores de Inf...
Apresentação de Luís Vidigal na 1ª Conferência Nacional de Professores de Inf...Apresentação de Luís Vidigal na 1ª Conferência Nacional de Professores de Inf...
Apresentação de Luís Vidigal na 1ª Conferência Nacional de Professores de Inf...
 
Visão TIC 2020 na AP - Contributos de Luís Vidigal
Visão TIC 2020 na AP - Contributos de Luís VidigalVisão TIC 2020 na AP - Contributos de Luís Vidigal
Visão TIC 2020 na AP - Contributos de Luís Vidigal
 
Luis vidigal - Working in a digital and inclusive government - COST Peniche 2015
Luis vidigal - Working in a digital and inclusive government - COST Peniche 2015Luis vidigal - Working in a digital and inclusive government - COST Peniche 2015
Luis vidigal - Working in a digital and inclusive government - COST Peniche 2015
 
ICA 23th Conference, Oslo 1989 - Luis Vidigal - Information Technology and T...
ICA 23th Conference, Oslo 1989 -  Luis Vidigal - Information Technology and T...ICA 23th Conference, Oslo 1989 -  Luis Vidigal - Information Technology and T...
ICA 23th Conference, Oslo 1989 - Luis Vidigal - Information Technology and T...
 
Respublica - Um Olhar sobre a Administração - 1992
Respublica -  Um Olhar sobre a Administração - 1992Respublica -  Um Olhar sobre a Administração - 1992
Respublica - Um Olhar sobre a Administração - 1992
 
Entrevista de Luís Vidigal à revista Exame Informática 26/2/2015
Entrevista de Luís Vidigal à revista Exame Informática 26/2/2015Entrevista de Luís Vidigal à revista Exame Informática 26/2/2015
Entrevista de Luís Vidigal à revista Exame Informática 26/2/2015
 
Talk a Bit 2015 (FEUP) - Luis Vidigal - "Citizenware"
Talk a Bit 2015 (FEUP) - Luis Vidigal - "Citizenware"Talk a Bit 2015 (FEUP) - Luis Vidigal - "Citizenware"
Talk a Bit 2015 (FEUP) - Luis Vidigal - "Citizenware"
 
Entre Arquivos - Conferência em Portimão - jan 2015
Entre Arquivos - Conferência em Portimão - jan 2015Entre Arquivos - Conferência em Portimão - jan 2015
Entre Arquivos - Conferência em Portimão - jan 2015
 
Luis Vidigal - Interoperabilidade na AP - Covilhã, 22 jan 2015
Luis Vidigal - Interoperabilidade na AP - Covilhã, 22 jan 2015Luis Vidigal - Interoperabilidade na AP - Covilhã, 22 jan 2015
Luis Vidigal - Interoperabilidade na AP - Covilhã, 22 jan 2015
 
Formação de quadros moçambicanos em "Inovação em Serviços Públicos" - Novembr...
Formação de quadros moçambicanos em "Inovação em Serviços Públicos" - Novembr...Formação de quadros moçambicanos em "Inovação em Serviços Públicos" - Novembr...
Formação de quadros moçambicanos em "Inovação em Serviços Públicos" - Novembr...
 

CIBI 1988 As TI face à Modernização Administrativa em Portugal - Luis Vidigal - Madrid

  • 1. CONVENCION IBEROAMERICANÍA DE INFORMATICOS ClBI 88 Has T e c n a l u g i a s d a i n f a n t - ' m a ç ã o F a c e à m a d e r n i z a c â a F l c l m i n i s t r " a t i v a ' 53m P D I - t u g a ¡ Luis Vidigal Instituto de Informática Madrid, 21 a 25 de Novembro de 19.88
  • 2. REALIDADES E TemêncIAs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 SECTORES NACIONAIS O Ensino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 A I n d ú s t r i a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 As Telecanunicacões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 A Investigação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 0 A E s t a t i s t i c a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1 A A u m m s m A ç Â ' o PÚBLlCA Dezasseis Anos Passados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 3 As A c t u a i s E s t r u t u r a s de Coordenação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 5 O I n s t i t u t o de Informática . . . . . . . . . . . . . . . . ., . . . . . . . . . . . . . . . 1 6 A s Tendências d a Nbdernização A d n i n i s t r a t i v a . . . . . . . . . . . . . . . 1 8 Os Obstáculos à thanca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0 Situação A c t u a l da I n f o r n ú t i c a na Adninistracão P ú b l i c a . . . . 2 1 PERSPECTlVAS DE coopenAç'À'o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 5 B i b l i o g r a fi a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 8
  • 3. PREMULO A introdução das t e c n o l o g i a s d a infornmção n a sociedade portuguesa t a n h o j e , e à p a r t i d a , u n g r a n d e d e s a fi o p r a g n à t i c o que é a integração p l e n a de P o r t u g a l na ConunidadeEconànica E u r o p e i a e a criação d o n e r c a d o ú n i c o a p a r t i r d e 1992. T r a t a - s e d e una questão de sobrevivência, f a c e a novos d e s a fi o s e a novas o p o r t u n i d a d e s de d e s e n v o l v i n e n t o p a r a u n p a i s que, t e n d o saldo d e una revolução a n 1974, a n p l e n a c r i s e m u n d i a l d o p e t r ó l e o , t e v e d e a r r a n c a r c a n base nuna e s t r u t u r a i n d u s t r i a l d e s a c t u a l i z a d a e n a l p r e p a r a d a para a nova s o c i e d a d e da infornação. Não podendo aprofundar aqui todas as canponentes estratégicas conducentes a o d e s e n v o l v i n e n t o d a sociedade portuguesa através das. . . e t e c n o l o g i a s da ¡nfornmção, é/não/qíâgendõ,detxar«/de(“aceder/“ao coñVite/wfsrnulado_peiõç cgEl””para ”representar 'o I n s t i t u t o de In oynñQ12aknesfãçpnve, a t e n t a r e i dar una i d e i a g e r a l do que está a acontecer neste sector an P o r t u g a l , naneadanente, no e n s i n o , na i n d ú s t r i a , nas teleconunicaçães, na investigação, na e s t a t i s t i c a e p r i n c i p a l n e n t e , n a Adninistração Pública que é o sector que e u r n e l h o r c o n h e ç o e onde s e v e r i fi c a r a n , nos ú l t i n n s anos, p r o f u n d a s n u d a n ç a s nas e s t r u t u r a s de coordenação das Te c n o l o g i a s d a lnfornmção e d e Nbdernização A d n i n i s t r a t i v a .
  • 4. REALIDADES E TEmÊNCIAs A s t e c n o l o g i a s d a infornmção são v u l g a r n n n t e e n t e n d i d a s cano u n p r o l o n g a n e n t o , s i n p l e s e i n e r a n e n t e q u a n t i t a t i v o d a i n f o r n à t i c a , naneadanente quando f a l w n o s na cada vez n m i O r nnniaturização, b a i x a d e preços e f a c i l i d a d e d e u t i l i z a ç ã o . N o e n t a n t o , a g r a n d e d i f e r e n ç a r e s i d e nos e f e i t o s que a s novas T l ' s vên p r o d u z i n d o n a s o c i e d a d e a c t u a l , s o b r e t u d o a o n l v e l dos nétodos d e t r a b a l h o e nas alterações v e r i fi c a d a s nas t a r e f a s d e gestão e n a organização das p r ó p r i a s empresas e s e r v i ç o s p ú b l i c o s . D o p o n t o d e v i s t a r n e r m n e n t e t e c n o l ó g i c o a s T l ' s vên p e n n i t i n d o o tratanento cada vez n a i s " i n t e l i g e n t e " d a infornmção t e x t u a l g r á fi c a , desenhada e a t é rnesno o r a l , podendo-se conunicà-Ia i n s t a n t a n e a n e n t e e n rede local o u à distância. E s t a s inovações tecnológicas v i e r a m acrescentar à i n f o r n à t i c a t r a d i c i o n a l novas e s p e c i a l i d a d e s , cano a autanatização d e e s c r i t ó r i o s , o s s i s t e n a s p e r i c i a i s , os s i s t a n a s de apoio à decisão, a nncroinfornútica, e t c . Os anos 80 f o r a n pródigos no aparecinento de geradores de progranas e de aplicações e an produtos de a j u d a autanàtica à concepção d e s i s t e n a s . O t r a b a l h o d o i n f o r n ú t i c o a c t u a l quase que s e pode a s s e n e l h a r a una " b r i c o l a g e " c a n f e r r a n e n t a s cada vez m a i s p o d e r o s a s , f á c e i s d e usar e o r i e n t a d a s para fi n a l i d a d e s e s p e c i fi c a s . Mas s e h o j e e p o s s i v e l “ p r o g r a m a r s a n p r o g r a m a d o r e s " , cada vez s e t o r n a n a i s necessária uma nova e c a n p l e x a " e n g e n h a r i a da infornnção", capaz de conpreender e s a t i s f a z e r as necessidades d e una s o c i e d a d e cada vez n a i s s o f r e g a e e x i g e n t e n e s t e "novo" t i p o de recurso. A c a n p l e x i d a d e j à não está n o uso das f e r r m n e n t a s n a s n a conceptualização dos s i s t a n a s e s p e c i fi c a n e n t e d i r i g i d o s e enquadrados p e l o planeanento e s t r a t é g i c o da gestão do q u a l depende o p l a n e a n e n t o e s t r a t é g i c o d o s i s t a n a d e internação, o qual i n c l u i n d o a s t e c n o l o g i a s que l h e estão a s s o c i a d a s .
  • 5. S e d u r a n t e e s anos 8 0 o n n i o r d e s a fi o f o i san dúvida a descentralização e a desconcentração dos n e i o s informáticos, a t r a v é s d e generalização d o s I n i c r e c a n p u t a d o r e s e d a s novas f e r r a n e n t a s p o s t a s à disposição d o u t i l i z a d o r fi n a l , o d e s a fi o d o s anos 9 0 , d e p e n t e d e v i s t a t e c n o l ó g i c o , serà concerteza a integração d a s v á r i a s u n i d a d e s de infonnaçãe que autenananente se tormn desenvolvendo. No fi n a l d e s t a década a p r i n c i p a l preocupação dos Governos e das grandes empresas que e p t a r a n por una e f e c t i v a desconcentração e descentralização dos n e l e s i n f e r n à t i c e s , r e s i d e na necessidade u r g e n t e d e i n t e g r a r a s t e c n o l o g i a s d e internação n u n a m b i e n t e a b e r t o que i r à p e n n i t i r a ligação e n t r e s i s t a n a s e aplicações d i f e r e n t e s , desenvolvendorse fi l t r o s amigáveis e i n t e r f a c e s i n t e l i g e n t e s que tornarão a t e c n o l o g i a cada vez n a i s transparente para o u t i l i z a d o r que t a n necessidade de aceder a centros de informação d i f e r e n t e s e s i t u a d o s na mesna rede de telecanunicações cada v e z r n a i s u n i v e r s a l i z a d a . Mas, se a necessidadede integração e de nornulização está à v i s t a d o pente d e v i s t a dos u t i l i z a d o r e s e d e alguns erganienos i n t e r n a c i o n a i s , j à erneane não s e passa c a n o s f a b r i c a n t e s d e hardware e de s o f t w a r e que precuran a t o d o e c u s t o nmnter a fi d e l i d a d e e a dependência d o s seus n i c h o s de n e r c a d o . A nonnalização de s i s t a n a s o p e r a t i v o s e das r e d e s de canunicação caneca a ser un imperativo delnercade para todos os construtores que não p e d a n c o n t i n u a r a ver e s centros d e i n f e r n ú t i c a e a s estações de t r a b a l h o pessoais dos seus c l i e n t e s cenn i l h a s i s o l a d a s por a r t i f í c i o s d e n a r c a . A s a d n i n i s t r a ç õ e s p ú b l i c a s são g r a n d e s organizações, a c i n a d e t u d o baseadas nos recursos da internação e c e n s t i t u a n an t o d o e nundo o s n m i o r e s c l i e n t e s das t e c n o l o g i a s d a internação, podendo d e s t e n b d o influênciar s i g n i fi c a t i v m n e n t e a s tendências d a inovação e da nornnlização tecnológicas.
  • 6. SECTORES NACIONAIS O E I ' I S Í I ' I O O e n s i n o d a i n f o r n à t i c a e m P o r t u g a l passa p r i n c i p a l m e n t e p e l a s u n i v e r s i d a d e s , d e onde tên saldo a n u a l n e n t e cerca d e 550 p r o fi s s i o n a i s , s o b r e t u d o p r o v e n i e n t e s d e ramos e s p e c i a l i z a d o s d a engenharia e da nmtenàtica. E s t a s e s c o l a s jà não estão apenas l o c a l i z a d a s Lan L i s b o a , P o r t o e C o i m b r a l n a s também n o N t h o , n a B e i r a I n t e r i o r , n a B e i r a A l t a , e m Trás-os a n t e s , nos A ç o r e s , e t c . O núnero d e e s c o l a s s u p e r i o r e s p ú b l i c a s e p r i v a d a s que dão graus acadànicos nas áreas de infonnàtica t a n c r e s c i d o an cada ano l e c t i v o . A c t u a l n e n t e e x i s t a n 9Inestrados, 1 9 l i c e n c i a t u r a s e 4 bacharelatos, t o t a l i z a n d o h o j e an d i a una capacidade anual s u p e r i o r a 1600 a l u n o s n a àrea das t e c n o l o g i a s d a infornmção a n todo o p a i s . No ânbito do ensino preparatório e secundário estão a funcionar s e t e p o l o s d o p r o j e c t o ' M i n e r v a ' , o q u a l ta'n por o b j e c t i v o pranover a introdução r a c i o n a l i z a d a dos I n e i o s i n f o n n à t i c o s n o ensino, n u n e s f o r ç o que p e n n i t a v a l o r i z a r o p r ó p r i o s i s t e n a e d u c a t i v o , em t o d a s as suas corrponentes. O p r o j e c t o ' M i n e r v a ' propõe-se i n t r o d u z i r a s novas t e c n o l o g i a s d e infornmção nos p l a n o s c u r r i c u l a r e s e u t i l i z a - l a s conn n e i o s a u x i l i a r e s d o e n s i n o das r e s t a n t e s d i s c i p l i n a s . E s t e progrmna prevê a fornnção a t é 1992 d e 1120 ' o r i e n t a d o r e s ' capazes de usar c a n f a c i l i d a d e os equipamentos e os progrmnas u t i l i t á r i o s n a i s conuns, podendo o r i e n t a r o s u t i l i z a d o r e s através de acções de sensibilização ou n e d i a n t e a colaboração an p r o j e c t o s i n t e r d i s c i p l i n a r e s . Procurar-se-á a t i n g i r n e s t e periodo u n t o t a l d e 1 8 000 ' u t i l i z a d o r e s ' o que c o r r e s p o n d e a 30% d o s p r o f e s s o r e s d o e n s i n o p r e p a r a t ó r i o e secundário.
  • 7. O s p o l o s d o p r o j e c t o " M i n e r v a ' estão l o c a l i z a d o s nas U n i v e r s i d a d e s d e t o d o o p a i s , t e n d o n o ano l e c t i v o passado a p o i a d o 1 7 d i s t r i t o s , 58 concelhos e 154 e s c o l a s . Não podanos d e i x a r d e r e f e r i r , a e s t e p r o p ó s i t o , o papel desanpenhado p e l a s i n s t i t u i ç õ e s , p ú b l i c a s e p r i v a d a s , d e formação p r o fi s s i o n a l , que vên assegurando a preparação básica e c a n p l a n e n t a r d e n m i t o s tecnicos d e i n f o r m á t i c a , s o b r e t u d o p r o v e n i e n t e s d e o u t r a s d i s c i p l i n a s , onde s e e s p e c i a l i z a r m n cano u t i l i z a d o r e s , fazendo das t e c n o l o g i a s d e infornmção una profissão para o f u t u r o . A I n d ú s t r i a As indústrias de informação an Portugal tên razões para estaran o p t i n n s t a s . Nos ú l t i n n s anos van-se a s s i s t i n d o a una grande expansão d o i n v e s t i m e n t o e a a l t a s taxas d e c r e s c i n e n t o econànico. Prevê-se para o s próximos anos u m f o r t e impulso r e s u l t a n t e d o PEDIP ( P l a n o E s p e c i a l d e D e s e n v o l v i n e n t o d a I n d ú s t r i a Po r tuguesa) o qual c o n s t i t u i u n fundo c o n u n i t à r i o e x c e p c i o n a l d e s t i n a d o à reestruturação e nndernização do sector i n d ú s t r i a l português, f a c e aos d e s a fi o s r e s u l t a n t e s do processo de internacionalização e de a b e r t u r a dos n e r c a d o s europeus que c o i n c i d i r à c a n o tenno d o perlodo de transição para a nossa integração p l e n a na CEE. O Inaior d e s a fi o d e s t e prograna é a actualização tecnológica e a mudança d e n e n t a l i d a d e s , p o i s una sociedade não s e n n d e r n i z a apenas a t r a v é s d a r o b ó t i c a e d a i n f o r n à t i c a . N o que s e r e f e r e à s i n d ú s t r i a s d e infornmção o PEDIP prevê u n Programa l n t e g r a d o d e Te c n o l o g i a s d e lnfornação e E l e c t r ó n i c a ( P I T I E ) can o b j e c t i v o s h o r i z o n t a i s de inplenentação da rede tecnOIógica e d o d e s e n v o l v i n e n t o dos recursos e can o b j e c t i v o s
  • 8. s e c t o r i a i s e n áreas d e conponentes e l e c t r ó n i c o s , t a i s cano, e l e c t r ó n i c a i n d ú s t r i a l , e l e c t r ó n i c a de d e f e s a , telecanunicaçães, equipamentos informáticos e s o f t w a r e . O o b j e c t i v o d o P I T I E é a criação e n P o r t u g a l d e una i n d ú s t r i a n a àrea d a s t e c n o l o g i a s d a infonnação através d e i n c e n t i v o s à aquisição e a o d e s e n v o l v i n e n t o d e una investigação a p l i c a d a d e n t r o d a s p r ó p r i a s anpresas, que nos pernnta a criação de ' n i c h o s de n e r c a d o ' adequados à nossa dinensão e às nossas necessidades, e f o r a d o a l c a n c e das grandes n u l t i n a c i o n a i s d o s e c t o r . Poder-se-ão f a z e r p r o d u t o s e n P o r t u g a l através d e “ j o i n t v e n t u r e s ' can anpresas e s t r a n g e i r a s , naneadanente ¡ h e r o - a n e r i c a n a s , podendo a p o s t a r - s e n e s t e t i p o d e i n v e s t n n e n t o n e d i a n t e i n c e n t i v o s e s p e c i fi c o s . No que se r e f e r e às indústrias de s o f t w a r e , P o r t u g a l não terà d i fi c u l d a d e s n a concepção dos seus p r o d u t o s , n o entanto, a i n d a não possui una capacidade empresarial capaz de p r o d u z i r s o f t w a r e à e s c a l a i n d u s t r i a l , nen dispõe a i n d a d e una capacidade c a n e r c i a l para o escoamento d e s t e t i p o de p r o d u t o s . Tenos consciência de que a f a l t a de recursos hunanos adequados e q u a l i fi c a d o s v a i ser a n a i o r r e s t r i ç ã o ao desenvolvinnnto econànico e i n d u s t r i a l d o p a l s . Ta n - s e f e i t o nos ú l t i n n s anos un e s f o r ç o de fornnção an l a r g a e s c a l a n o danlnio das t e c n o l o g i a s d a infornmção, can o a p o i o d o Fundo S o c i a l Europeu (FSE). E s p e r a - s e no f u t u r o aumentar a ligação e n t r e a investigação e a r e a l i d a d e e m p r e s a r i a l portuguesa u l t r a p a s s a n d o - s e a a c t u a l f r a g i l i d a d e d a s i n d ú s t r i a s d e l n a i o r conteúdo t e c n o l ó g i c o . O P I T I E pretende pôr a s u n i v e r s i d a d e s e o s c e n t r o s d e investigação p o r t u g u e s e s a o s e r v i ç o d a i n d ú s t r i a , a t r a v é s d e fi n a n c i a n e n t o s e s p e c i fi c o s à s anpresas para que estas desenvolvan a sua própria
  • 9. investigação o u s u b c o n t r a t a m p r o j e c t o s à s u n i v e r s i d a d e s e aos c e n t r o s de investigação. E s t e é na g e n e r a l i d a d e um d o s aspectos‑ - c h a v e de t o d o o programa PEDIP, de a c o r d o cam as declarações r e c e n t e s d o p r ó p r i o M i n i s t r o d a I n d ú s t r i a e E n e r g i a d e P o r t u g a l . As Teleconunicações A evolução d e uma s o c i e d a d e i n d ú s t r i a l para uma s o c i e d a d e d a infornmção só é possivel através do a p o i o não apenas da i n f o r n à t i c a mas também das telecomunicações. H o j e am d i a tam-se cada vez n a i s n e c e s s i d a d e d e t r a n s m i t i r i n s t a n t a n e a m e n t e g r a n d e s quantidades de infornmção à distância. No que se r e f e r e às i n f r a e s t r u t u r a s de telecomunicações, P o r t u g a l vam b e n e fi c i a n d o d o programa STAR, r e l a t i v o a o d e s e n v o l v i n e n t o d e c e r t a s zonas d e s f a v o r e c i d a s d a camunidade européia. E s t e programa tam por o b j e c t i v o c o n t r i b u i r para o acesso d e s t a s regiões a u m n l v e l t e c n o l ó g i c o n a i s e l e v a d o , por n n i o d e una n e l h o r i a d a o f e r t a de s e r v i ç o s avançados de telecomunicações e da sua integração nas grandes redes i n t e r n a c i o n a i s . O programa STAR i n c l u i duas grandes àreas, a das i n f r a e s t r u t u r a s e equipamentos e a do i n c e n t i v o à o f e r t a e procura d o s s e r v i ç o s a v a n ç a d o s de teleconunicações, anbas c o m p a r t i c i p a d a s p e l o FEDER (Fundo Europeu d e D e s e n v o l v i n e n t o Económico R e g i o n a l ) . Nos equipamentos de b a s e , s u j e i t o s à a c e l e r a d a evolução t e c n o l ó g i c a , a i n d ú s t r i a portuguesa tam o p t a d o p e l a associação cam p a r c e i r o s i n t e r n a c i o n a i s d e s t e s e c t o r, b e n e fi c i a n d o assüm d e recursos i n p o r t a n t e s de l & D. Nos equipamentos p e r i f é r i c o s e no s o f t w a r e a p l i c a d o , a i n d ú s t r i a portuguesa possui una n n i o r l i b e r d a d e d e r e c o l h a . '
  • 10. O programa STAR c o n s t i t u i para P o r t u g a l una o p o r t u n i d a d e que i r á p e r m i t i r n u n c u r t o p r a z o , o acesso a nunerosos s e r v i ç o s a v a n ç a d o s de telecomunicações, no quadro dos operadores n a c i o n a i s CTT/TLP ( c o r r e i o s e telecanunicaçães) e N h r c o n i ( s e r v i ç o s de transnissão v i a r à d i o , cabos q u n a r i n o s e s a t é l i t e s ) . Apesar do a t r a s o que a i n d a se v e r i fi c a nas telecanunicaçães p o r t u g u e s a s , espera-se que n o fi n a l d o progranm STAR, s e j a possive l recuperar a l g u n s anos an relação à n é d i a dos paises europeus. O d e s e n v o l v i n e n t o d a s Redes D i g i t a i s c a n integração d e S e r v i ç o s (RDIS) conduzirá a una ampla u t i l i z a ç ã o d a s novas t e c n o l o g i a s e à sua banalização, à s a n e l h a n ç a do que aconteceu can o t e l e f o n e . Can e f e i t o , P o r t u g a l i n i c i o u j á o d e s e n v o l v i n e n t o d e una e s t r a t é g i a a p a r t i r d e w n ambiente m u l t i - s e r v i ç o , baseado nas três redes públicas de telecanunicaçães ( t e l e f o n e , t e l e x e dados). A r e d e telefónica c o n s t i t u i ainda o p r i n c i p a l acesso às restantes redes d e s e r v i ç o s j á d i s p o n i v e i s , naneadanente o Vi d e o t e x , o Te l e f a x e o Nbvel Te r r e s t r e , prevendo-se que nuna segunda f a s e se e v o l u a para a generalização das RDIS. E n relação à canunicação i n t e r n a c i o n a l , P o r t u g a l canunica s o b r e t u d o can a E u r o p a , nuna relação d e 4 para 1 . A opção p o r t u g u e s a d e d e s e n v o l v i n e n t o segue a s d i r e c t i v a s comunitárias para a c r i a ç ã o d e una RDIS t r a n s e u r o p e i a . De r e a l ç a r ainda a Resolução do Conselho de M i n i s t r o s n9 31/87 sobre a u t i l i z a ç ã o de n e l a s de conunicação à distância no ânbito dos s e r v i ç o s p ú b l i c o s a n P o r t u g a l . E s t a decisão do Governo português e s t i n u l o u t o d a s as direcções‑ - g e r a i s e s e r v i ç o s equiparados a i n s t a l a r a n t e l e x , t e l e f a x e o u t r o s i n e i o s de telecanunicaçães sanpre que as suas a c t i v i d a d e s o j u s t i fi q u a n .
  • 11. 10 A Investigação A investigação no âmbito das novas t e c n o l o g i a s da infornmção an P o r t u g a l e n q u a d r a - s e n o ' P r o g r a n a M b b i l i z a d o r d a Ciência e Te c n o l o g i a ' da J u n t a N a c i o n a l de Investigação C i e n t i fi c a e Te c n o l ó g i c a ( J N I C T ) . E s t e progranm f o i l a n ç a d o a n 1987 através d a s P r i n e i r a s Jornadas N a c i o n a i s d a ICT e c o n s t i t u i h o j e u n i n s t r u n e n t o fundmnental para o d e s e n v o l v i n e n t o d a ciência p o r t u g u e s a , can r e fl e x o s d e c i s i v o s para a nndernização do p a i s . P a r a a l à n d e u n prograna e s p e c i fi c o d e fornmção d e recursos hunanos a n ciência e t e c n o l o g i a e s p e c i a l n n n t e o r i e n t a d o para a fornmção d e jovens i n v e s t i g a d o r e s , e x i s t e u n progrmna d e apoio a p r o j e c t o s de investigação claranente d e fi n i d o s , calendarizados, ~ acanpanhados e a v a l i a d o s externanente, a n t e s , d u r a n t e e após a sua execução, an todas as áreas c i e n t i fi c a s e tecnológicas, n a s can n m i o r r e l e v o para a l g u n s sectores de e s p e c i a l inportância e s t r a t é g i c a : a s b i o t e c n o l o g i a s , a s ciências a g r á r i a s , a s ciências blanédlcas, as ciências e t e c n o l o g i a s do n a r , as ciências e t e c n o l o g i a s dos n n t e r i a i s , a nncroelectrónica, a robótica e a i n f o r n á t i c a . E n t r e a s ' v i n t e e três áreas c i e n t i fi c a s , o s e c t o r d e m i c r o e l e c t r ó n i c a , d a r o b ó t i c a e d a i n f o r n à t i c a , fi c o u e n t r e a s q u a t r o áreas que v i r m n u n l n a i o r núnero d e p r o j e c t o s aprovados para 1988 - 6 4 p r o j e c t o s nun t o t a l d e 123 propostas o u s e j a , 52% d e aprovações. O fi n a n c i a n e n t o d e s t e s p r o j e c t o s e d e 220 3 3 6 1 n i l escudos para os p r h n e i r o s 12 anos de execução, correspondendo a unalnédia b a s t a n t e e l e v a d a f a c e às o u t r a s áreas. D e s a l i e n t a r que n o s e c t o r d e mecânica c a n p u t a c i o n a l f o r m n aprovados 1 0 p r o j e c t o s a n 1 6 p r o p o s t a s , o u s e j a , 62% d e aprovações.
  • 12. 11 G l o b a l m e n t e a s t e c n o l o g i a s d a infonnação t i v e r a m 18% d o t i n a n c i a n e n t o t o t a l à investigação p o r t u g u e s a a n 1988, correspondendo a 13% do t o t a l dos p r o j e c t o s aprovados. O s p r o j e c t o s s i t u a n - s e r n a i o r i t a r i a n e n t e n a zona d a s u n i v e r s i d a d e s , naneadmnente no I n s t i t u t o S u p e r i o r Técnico da U n i v e r s i d a d e Tecnica d e L i s b o a e n a Faculdade d e Ciências e Te c n o l o g i a d a U n i v e r s i d a d e Nova de L i s b o a , ou a i n d a an associações de d i r e i t o p r i v a d o l i g a d a s à s u n i v e r s i d a d e s , cano é o caso d o INESC ( I n s t i t u t o d e Engenharia d e S i s t a n a s e C o n p u t a d o r e s ) , n u i t o p r ó x i n n d o s o p e r a d o r e s d e telecanunicaçães portugueses (CTT/TLP). A n a t u r e z a d o s p r o j e c t o s de investigação aprovados f o i s o b r e t u d o nas áreas da inteligência a r t i fi c i a l e da robótica i n d u s t r i a l , o que f a z p r e v e r u n r e l a c i o n a n e n t o e f e c t i v o e n t r e a s u n i v e r s i d a d e s e a i n d ú s t r i a p o r t u g u e s a , n o campo d a s t e c n o l o g i a s d a ¡nfornmção. A E s t a t i s t i c a As transtonnaçães s o c i a i s , econànicas e c u l t u r a i s provocadas p e l a introdução das novas t e c n o l o g i a s d a infornação vên c a r a c t e r i z a n d o u n n o v o r n o d e l o d e sociedade, que t a n l n e r e c i d o , desde o s anos 70, a nàxinm'atenção de e s t u d i o s o s e de o r g a n i s n o s i n t e r n a c i o n a i s cano a OCDE, a n c u j o s paises newbros s e t a n v e r i fi c a d o que o v o l u n e d e negócios dos p r o d u t o s d e t e c n o l o g i a s d a infornmção t a n v i n d o a r e p r e s e n t a r cerca d e 25% d o PNB, p r e v e n d o - s e una rnédia d e c r e s c i n e n t o d a o r d a n d o s 13% a o ano, e n t r e 1986 e 1995. A s previsões a p o n t a n para u n i n v e s t i n e n t o nas t e c n o l o g i a s d a infornmção n u i t o s u p e r i o r aos r e s t a n t e s s e c t o r e s de produção pranovendo-se d e s t e nndo a elevação da q u a l i d a d e de v i d a e a n e l h o r i a d o a n b i e n t e .
  • 13. 12 A o c o n t r á r i o d o que s e p r e v i a nos anos 70, a s t e c n o l o g i a s d a i n f o r n n ç ã o , a n l u g a r d e p r o d u z i r a n d e s a n p r e g o , c r i a r a n novas o p o r t u n i d a d e s d e t r a b a l h o , podendo e n c o n t r a r - s e h o j e nos p a i s e s d a OCDE taxas d e ocupação a n a c t i v i d a d e s d e t r a t a n e n t o d a informação na ordem d o s 30 a 45%›da população a c t i v a . Nestes tennos, está p r e v i s t a para o próxinn ano a realização de un i n q u é r i t o ao s e c t o r da infornnção en P o r t u g a l através da colaboração e n t r e o I n s t i t u t o Nacional de E s t a t i s t i c a e o I n s t i t u t o d e I n f o r n á t i c a . P r e t e n d e - s e can e s t a i n i c i a t i v a a l a r g a r o sector e s t a t í s t i c o n a c i o n a l a o s e c t o r d a infornnção, a n Inoldes que p e n n i t m n a conparação can e q u i v a l e n t e s s i s t a n a s d e l n e d i d a i n t e r n a c i o n a i s . E s t e t r a b a l h o v a n no seguimento do i n q u é r i t o que o I n s t i t u t o de l n f o r n á t l c a l e v a a e f e i t o d e d o i s a n d o i s anos, tendo a n v i s t a a identificação da situação da infornútica na Adninistração Pública portuguesa, através do qual f o i possivel e x t r a i r alguns dados r e l a t i v o s a 1 d e J a n e i r o d e 1988, e s p e c i a l n e n t e d e s t i n a d o s a esta Convenção Ibero-Americana.
  • 14. 13 A AnululsmAção PÚBLICA D e z a s s e i s anos p a s s a d o s Desde J a n e i r o de 1972 que a Administração Pública portuguesa se vam preocupando cam a u t i l i z a ç ã o d a s novas t e c n o l o g i a s da infornmcão camo i n s t r u m e n t o de nndernização. O p r i n e i r o passo f o i dado cam a c r i a ç ã o , na Presidência de C o n s e l h o de M i n i s t r o s , da Comissão I n t e n m i n i s t e r i a l d e l n f o r n à t i c a ( C I I ) , cam o o b j e c t i v o d e " d e fi n i r e n a n t e r a c t u a l i z a d a a p o l i t i c a d e i n f o r n á t i c a n o s e c t o r p ú b l i c o , cam v i s t a ao planeamento e integração do t r a t a n e n t o automático da infonmação e bem assnm v e l a r p e l a execução dessa p o l i t i c a " . O segundo passo s i g n i fi c a t i v o c o n s t i t u i u n a criação, enIMaio d e 1973, do S e c r e t a r i a d o da Administração P ú b l i c a (SAP), cam funçães no dominio da p o l i t i c a da infonnàtica para o sector p ú b l i c o , am colaboração cam a C l l . Cam a Revolução o c o r r i d a am A b r i l de 1974 am P o r t u g a l , e cam as n m d a n ç a s p r o f u n d a s que s e v e r i fi c a r a m n a e s t r u t u r a d i r i g e n t e d o a p a r e l h o d o E s t a d o , a Camissão l n t e n m i n i s t e r i a l d e l n f o r n á t i c a interrompeu o seu r e g u l a r funcionamento e o S e c r e t a r i a d o da Administração P ú b l i c a f o i e x t i n t o , tendo s i d o s u b s t i t u i d o p e l a Direcção-Geral de Organização A d m i n i s t r a t i v a (DGOA), nas funções que l h e campetiam amrmatéria de informática. E m Setembro d e 1977, f o r a m p u b l i c a d o s o D e c r e t o - L e i n 9 384/77 e a P o r t a r i a nQ 567/77, que c o n f e r i r a m à DGOA competências e s p e c i fi c a s no dominio das aquisições de bens e s e r v i ç o s de infonmàtica para toda a Administração Pública, cam o o b j e c t i v o d e , por um l a d o , assegurar a u n i f o n m i d a d e das respostas dos f o r n e c e d o r e s e uma n m i o r i m p a r c i a l i d a d e n a adjudicação dos c o n t r a t o s e , p o r o u t r o l a d o , "pronnver a aplicação r a c i o n a l d a i n f o r n ú t i c a conn f o n t e d e
  • 15. 14 nndernização e d e a p e r f e i ç o m n e n t o dalnàquina a d n i n i s t r a t i v a d o E s t a d o " . P a r a a l à n d a coordenação d a s aquisições, a D i r e c ç ã o - G e r a l d e Organização A d n i n i s t r a t i v a t e v e u n p a p e l i m p o r t a n t e n o l a n ç a m e n t o a n 1980 d e u n a l n e t o d o l o g i a d e elaboração, execução e revisão d e w n P l a n o D i r e c t o r de l n f o r n á t i c a para toda a Adninistração P ú b l i c a , que i n c l u i a una proposta de c r i a ç ã o de un s i s t a n a de Orgãos S e c t o r i a i s d e I n f o r n à t i c a ( 0 8 | ) , capazes d e o s u p o r t a r. Na sequência d e s t e e s t u d o , f o i c r i a d a an 1982 una nova Canissão I n t e r n n n i s t e r i a l d e l n f o r n à t i c a , c a n a s nesnms a t r i b u i ç õ e s d a a n t e r i o r , tendo s i d o r e a l i z a d o , n o seu âmbito, o P l a n o D i r e c t o r d e l n f o r n á t i c a para a Adninistração P ú b l i c a r e l a t i v o ao periodo de 1985 a 1988 (PDIAP). E s t e documento, p e l a sua e s t r u t u r a e conteúdo, c o n s t i t u i u u n passo i m p o r t a n t e que v i s a v a a criação das grandes l i n h a s e s t r a t é g i c a s d a p o l i t i c a d a i n f o r n ú t l c a para a Adnlnistração Pública portuguesa. Estava d i v i d i d o an três p a r t e s : a s opções e s t r a t é g i c a s , a s p o l i t i c a s h o r i z o n t a i s ( d e aplicações, d e n m t e r i a l , d e conunicações, d e p e s s o a l , d e fi n a n c i a n e n t o , d e nornalização, de segurança e de organização e gestão) e a i n d a os p l a n o s s e c t o r i a i s d a i n f o r n á t i c a ( F i n a n ç a s , Educação, J u s t i ç a , T r a n s p o r t e s , Obras Públicas, Defesa, e t c . ) E s t e P l a n o D i r e c t o r , apesar da sua inportância, não chegou a ser aprovado p e l o Governo e por i s s o , não f o i e x e c u t a d o cano estava p r e v i s t o . _En 1985 f o i e x t i n t a a S e c r e t a r í a de E s t a d o da Adninistração P ú b l i c a e c a n e l a a Canissão I n t e n n i n i s t e r i a l d e l n f o r n ú t i c a , fi c a n d o a Direcção-Geral de Organização A d n i n i s t r a t i v a nuna situação n m ¡ d e fi n i d a a t é A b r i l de 1987, a l t u r a an que as suas competências f o r a n i n t e g r a d a s no I n s t i t u t o de l n f o r n ú t i c a do M i n i s t é r i o das F i n a n ç a s .
  • 16. 15 As a c t u a i s e s t r u t u r a s de coordenação O I n s t i t u t o d e I n f o r n à t i c a é h o j e o órgão coordenador c e n t r a l d a s t e c n o l o g i a s da ¡nfornmção para a Administração P ú b l i c a p o r t u g u e s a , apesar de t e r s i d o no passado, um departamento do M i n i s t é r i o das F i n a n ç a s e s p e c i a l n e n t e vocacionado para a concepção, d e s e n v o l v i n n n t o e exploração d e aplicações i n f o r n à t i c a s n o ânbito d o s e c t o r fi n a n c e i r o d o E s t a d o . A c a p a c i d a d e t e c n o l ó g i c a d o I n s t i t u t o d e l n f o r n à t i c a , a s s o c i a d a à experiência p o l i t i c o - e s t r a t é g i c a d a ex-Direcção-Geral d e Organização A d m i n i s t r a t i v a c o n s t i t u a m h o j e uma o p o r t u n i d a d e d e sucesso para o novo órgão c e n t r a l , i n v e s t i d o de novas atribuições e novos d e s a fi o s no que se r e f e r e à nndernização da Administração P ú b l i c a , através d a s t e c n o l o g i a s d a infornmção. P a r a l e l a m e n t e f o i c r i a d o e m 1986 o S e c r e t a r i a d o para a Nbdernização A d m i n i s t r a t i v a (SMA), o q u a l , dependendo directamente do P r i n e i r o M i n i s t r o , tem como atribuições g e r a i s promover a inovação e a refonma s e l e c t i v a no s e i o da Administração Pública, v i s a n d o o aumento d e e fi c á c i a g l o b a l d a gestão p ú b l i c a , a m e l h o r i a da sua relação cam os a d m i n i s t r a d o s , a desburocratização dos s e r v i ç o s d o E s t a d o , a s i m p l i fi c a ç ã o dos p r o c e d i n e n t o s a d m i n i s t r a t i v o s , a descentralização dos s e r v i ç o s p ú b l i c o s , e t c . D e s a l i e n t a r que o SMA tem tambàm c d m o a t r i b u i ç ã o , p a r t i c i p a r n a elaboração de programas de infornntização dos s e r v i ç o s p ú b l i c o s , fundamentalnnnte numa ó p t i c a de pragmatismo e d e r m e l h o r i a dos s e r v i ç o s p r e s t a d o s a o cidadão, que c a r a c t e r i z a a actuação d e s t e o r g a n i s m o , como e n t i d a d e p a t r o c i n a d o r a d e acções e capaz d e v i a b i l i z a r p o l i t i c a n e n t e i n i c i a t i v a s que s e enquadram n a e s t r a t é g i a d o Governo. Não podemos d e i x a r d e r e f e r i r duas e n t i d a d e s que i n d i r e c t a n e n t e têm a ver cam a introdução das t e c n o l o g i a s d a infornmção n a Administração Pública, o I n s t i t u t o Nacional de Administração (INA) cam competência e s p e c l fi c a na fornmção i n f o r n à t i c a e a
  • 17. 16 Direcção-Geral da Administração Pública (DGAP), que é o órgão coordenador da p o l i t i c a de recursos hunanos, naneadamente quanto à d e fi n i ç ã o d a s c a r r e i r a s d e i n f o r n á t i c a . Contudo, n a i s do que una t a r e f a de órgãos coordenadores c e n t r a i s , a nndernização da Adninistração P ú b l i c a , naneadmnente c a n a introdução das t e c n o l o g i a s d a informação, é una t a r e f a e s p e c i fi c a d e c a d a s e r v i ç o e d e q u a l q u e r f u n c i o n á r i o . O I n s t i t u t o d e I n f o n n à t i c a Desde 1977 a t é 1987, o I n s t i t u t o d e I n f o r n á t i c a i n f o r n m t i z o u p r a t i c m n e n t e t o d o s o s impostos d i r e c t o s , a d i v i d a p ú b l i c a , o c o n t r o l o o r ç a n e n t a l d o Estado, o despacho a d u a n e i r o , e t c . E s t e e s f o r ç o p e n n i t i u a criação de una elevada çanpetência tecnológica, baseada nun dos nmiores centros de processamento de dados da Adninistração Pública, estando disponivel h o j e un s i s t a n a de infonnaçães capaz de v i a b i l i z a r a nmdança !FurnzuF - - .m . . A . M“ . A -u « v n ñ s = : " ~ r 2 verificaJJno s i s t a n a fi s c a l portugues, con a introdução d o i n p o s t o único s o b r e o r e n d i n e n t o . E n t r e t a n t o , a p a r t i r d a segunda ¡ n e t a d e d o s a n o s ' 8 0 , tan-se a s s i s t i d o a una p r o g r e s s i v a desconcentração da concepção e processanento de a l g u n a s d a s aplicações fi n a n c e i r a s do E s t a d o , cabendo a o I n s t i t u t o a integração d a i n f o r n à t i c a nuna ó p t i c a d e ' i n f o c e n t r o ' , naneadanente can a constituição d e bases d e dados d e i n t e r e s s e g e n e r a l i z a d o , t a i s cano, j u r í d i c a s , d e infornmção a o cidadão, i i'ãX/C*ê11txraljzada”,,etc. a pá ?l/kaÂ/v l J C #tai/!1.19% 62624444422“ ¡QI/M4243,2, _ _ _e(o?Kd?" ~ '%%MMÃ~ A › ~ Nhs,Lʧr l à d a sua conpe enciá o p e r a t i v a , que j à nao s e r e s t r i n g e l apenas à àrea d o M i n i s t é r i o das F i n a n ç a s , o I n s t i t u t o d e l n f o r n á t i c a t a n h o j e un papel técnico-nornmtivo e de inovação no d o n l n i o t e c n o l ó g i c o . A sua a c t u a l e s t r u t u r a p r o c u r a d a r resposta a esta importante nússão, que é a de a p o i a r a nndernização da
  • 18. 17 Adninistração P ú b l i c a a t r a v é s do recurso às t e c n o l o g i a s da informação. D e s t a c a n n s a q u i a l g u n a s d a s áreas d e actuação que s e estão n e s t e n r n e n t o a desenvolver no I n s t i t u t o , na ¡ n a i o r i a dos casos an colaboração can o S e c r e t a r i a d o para a Nbdernização A d n i n i s t r a t i v a : F o r n e c i m e n t o a q u a l q u e r o r g a n i s n o d o E s t a d o , d e s e r v i ç o s d e concepção, d e exploração e d e c o n s u l t a d o r i a nos d a n i n i o s d a i n f o r n ú t i c a e d a organização e gestão; Criação e divulgação de " s o f t w a r e " de adninistração c o r r e n t e , que possa ser u t i l i z a d o en equipmnentos de n ü l t i p l o s c o n s t r u t o r e s , c o b r i n d o a s áreas c o n t a b i l i s t i c a s , o r ç m n e n t a i s , p e s s o a l , a p r o v i s i o n a n e n t o , e t c . ; Preparação d e p l a n o s e s t r a t é g i c o s para a introdução e desenvolvinento das tecnologias da lnfornnção nos diversos M i n i s t é r i o s ; Simplificação e normalização de p r o c e d i n n n t o s dos s e r v i ç o s de adninistração corrente; S a l i e n t m n o s a i n d a a s Inedidas tanadas t e n d o a n v i s t a a simplificação de p r o c e d i n e n t o s r e l a t i v o s à aquisição de equipamentos i n f o r n à t i c o s de pequeno p o r t e , através da revisão dos d i p l a n a s l e g a i s s o b r e aquisição de bens e s e r v i ç o s de i n f o r n à t i c a , a n v i g o r desde 1977, que s e e n c o n t r a d e s a j u s t a d a à r e a l i d a d e a c t u a l f a c e a o p r o g r e s s o t e c n o l ó g i c o ( p r o g r e s s i v a Ininiaturização e b a i x a de preços) e às disposições l e g a i s canunitàrias (Decisões do Conselho 77/62/CEE, 80/767/CEE e 87/95/CEE). O I n s t i t u t o de Informática é a c t u a l n e n t e o Órgão Nornmlizador S e c t o r i a l p a r a a s t e c n o l o g i a s d a infornnção r e c o n h e c i d o p e l o I n s t i t u t o Português d a Qualidade, r e p r e s e n t a n d o P o r t u g a l a n v á r i o s o r g a n i s n n s i n t e r n a c i o n a i s d a e s p e c i a l i d a d e .
  • 19. 18 D e w n Inodo g e r a l , o I n s t i t u t o procura a s s e g u r a r a s n n d i d a s d e p o l i t i c a a n i n a t é r i a d e t e c n o l o g i a s d a infonnação, coordenando o seu c r e s c i n e n t o e q u i l i b r a d o e h a n n o n i o s on a A d n i n i s t r a ç ã o P ú b l i c a e pranovendo a inovação, quer a t r a v é s d e p r o j e c t o s - p i l o t o , quer através de acções de formação e de divulgação tecnica. A s tendências d a nndernização a d m i n i s t r a t i v a A s condições s o c i a i s , p o l i t i c a s e t e c n o l ó g i c a s a l t e r a r a m - s e p r o f u n d a n e n t e a n P o r t u g a l . D e una sociedade c a r a c t e r i z a d a p e l a centralização do poder, concentração de recursos, u n i f o n n i d a d e e c o n f o n n i d a d e , s e n t e - s e h o j e a influência d a d a n o c r a c i a e das novas t e c n o l o g i a s , passando-se a v a l o r i z a r a descentralização e a desconcentração, a cooperação e a d i v e r s i d a d e . A Sociedade da Infonnação já chegou a P o r t u g a l e é d i fi c i l a l g u a n escapar a e l a . Mbsno a Adninistração Pública está a s o f r e r os seus e f e i t o s , e n p a r t i c u l a r a p a r t i r d a década d e 8 0 . A Adnlnistração está a ser i m p e l i d a a n u d a r, não só por pressões e x t e r n a s cano p o r d e s c o n t e n t a n e n t o i n t e r n o . O p ú b l i c o e x i g e cada vez n a i s n e l h o r e s s e r v i ç o s , c o n f r o n t a n d o - o s c a n o s r e s u l t a d o s d o sector p r i v a d o . O Governo, por seu l a d o , c l a n a p e l a redução das despesas p ú b l i c a s e e x i g e , a n c o n t r a p a r t i d a , d i v i d e n d o s p o l i t i c o s nun c u r t o espaço d e tenpo. l n t e r n a n e n t e v i v e - s e u n d e s c o n t e n t a n e n t o n n t i v a d o p e l o a c u n u l a r d e novos papéis e novas r e s p o n s a b i l i d a d e s a t r i b u í d a s a o sector p ú b l i c o e p e l a s o b r e c a r g a de infornmção que v a i fi c a n d o san tratmnento, i s t o para não f a l a r nas d i f e r e n ç a s d e e s t a t u t o s o c i a l dos f u n c i o n á r i o s p ú b l i c o s r e l a t i v a n e n t e a o sector p r i v a d o . W h i t a s d e s t a s pressões e c o n s t r a n g i n e n t o s poderão C o n s t i t u i r o p o r t u n i d a d e s d e n u d a n ç a s e e x i s t i r u n p r o j e c t o d e f u t u r o c l a r o e b a n d i r i g i d o . O S e c r e t a r i a d o para a Nbdernização A d n i n i s t r a t i v a é
  • 20. 19 una e s t r u t u r a l e v e e o r i e n t a d a para f a c i l i t a r e e s t i n m l a r a n u d a n ç a , t a n t o n m i s que s e e n c o n t r a b a n p o s i c i o n a d o j u n t o a o poder p o l i t i c o . Aos p r i n c i p i o s estáveis, programáveis e d e fi n i d o s an l e i ou an p l a n o s n m i s o u nenos r í g i d o s e d e l o n g o p r a z o , que c a r a c t e r i z a r a m a R e f o r n n A d n i n i s t r a t i v a d o passado, p r e f e r i u - s e o s p r i n c i p i o s p r a g m á t i c o s , a n u d a n ç a e n t e n d i d a cano processo c o n t i n u o e u n q u o t i d i a n o f e i t o de pesquisa-acção. A p a r t i r da segunda n e t a d e dos anos 80, na n m i o r i a dos paises da OCDE, cano an P o r t u g a l , e x i s t e un c o n j u n t o de tendências de nndernização a d n i n i s t r a t i v a : Adninistração cano s e r v i ç o , orientação para o s c l i e n t e s , gestão d o t i p o e n p r e s a r i a l , participação d o s p ú b l i c o s , ' n e l h o r e n a i s ¡nfornmção aos cidadãos, regulanentação n a i s l i g e i r a e canpreensiva, p r o c e d i n e n t o s n a i s s i m p l e s para o s u t e n t e s e , d e s a l i e n t a r , a u t i l i z a ç ã o a n larga e s c a l a das novas t e c n o l o g i a s d a infornnção. D e u n e s t u d o l e v a d o a cabo e s t e ano p e l o SMA, s o b r e 824 n e d l d a s d e ¡nodernização a d m i n i s t r a t i v a , recentanente implanentadas por 158 o r g a n l s n o s , concluiu-se que 21,2% estavmn r e l a c i o n a d a s can a s novas t e c n o l o g i a s da infonnação, naneadanente aplicações i n f o r n ú t i c a s 17,6% e e q u i p a n e n t o s ¡ n f o r n á t i c o s 3,6%. MEWDAS DE MODERNQACAO ADMHMSTRANVA 200 - 195 150 - 100* § o: O k E Q
  • 21. 20 D e w n l n o d e l o a d m i n i s t r a t i v o t r a d i c i o n a l c a r a c t e r i z a d o p o r una e x c e s s i v a regulanentação e p e l a aplicação f o n n a l e cega das r o t i n a s a d m i n i s t r a t i v a s , p r e t e n d e - s e e v o l u i r para m n n p d e l o d e gestão d o t i p o a n p r e s a r i a l , a n que a preocupação d a n i n a n t e é o a l c a n c e d e o b j e c t i v o s p o l l t i c o s can base apenas nos recursos necessários. Na S o c i e d a d e da Infornnção, e porque os r e c u r s o s n a i s p r e c i o s o s são as pessoas e a sua inteligência, preocupa-nos m a i s a subadninistração do que o subdesenvolvinento ! Os obstáculos à n u d a n ç a Se o f u t u r o que desejamos é una Administração Pública adaptada à S o c i e d a d e d a lnfornmção, o p r e s e n t e can que nos c o n f r o n t a n n s ainda não é n u i t o r i s o n h o , p r i n c i p a l n n n t e n o que s e r e f e r e à s i n f r a e s t r u t u r a s humanas, n a t a r i a i s e fi n a n c e i r a s . Do p o n t o de v i s t a dos recursos humanos, a Administração Pública enprega cerca de 10% da população a c t i v a portuguesa e 24% do sector d e s e r v i ç o s , possuindo a i n d a pessoal " m i t o pouco q u a l i fi c a d o para o s d e s a fi o s d a Sociedade d a lnfornmção. A Administração C e n t r a l p o s s u i 39% de pessoas c a n i n a i s de 12 anos d e e s c o l a r i d a d e , enquanto n a Adninistração L o c a l e s t a taxa é sanente de 3,7% e onde 83,3% p o s s u i rnenos de 6 anos de e s c o l a r i d a d e . A concentração d e funcionários a n L i s b o a e P o r t o é d e 46,2% d i s t r i b u i n d o - s e o s o u t r o s 53,6% p e l o s r e s t a n t e s 2 0 d i s t r i t o s . A i d a d e n é d i a g l o b a l é d e 3 9 anos, can t e n d e n c i a para e n v e l h e c e r. O número d e pessoal i n f o r n á t i c o , i n c l u i n d o operadores d e r e g i s t o d e dados, não chega a 1%›de t o d o o pessoal a f e c t o à A d n i n i s t r a ç ã o P ú b l i c a , enquanto o p e s s o a l d e concepção i n f o r n à t i c a ronda os 0,2%.
  • 22. 21 A s e s t r u t u r a s assentmn nun ¡ n o d e l o i n s t i t u c i o n a l pouco c l a r o e r i g i d o , c o n s t i t u i n d o - s e a n canunidades i s o l a d a s d e infornmção, a n vez de se comportaran cano un s i s t a n a i n t e g r a d o . A gestão fi n a n c e i r a rege-se por p r i n c i p i o s j u r i d i c o ‑ - b u r o c r à t i c o s , segundo una l ó g i c a o r ç a n e n t a l t o t a l n e n t e d e s a j u s t a d a às necessidades do i n v e s t i n e n t o e à e s t r a t é g i a g l o b a l e pianeada d e introdução das t e c n o l o g i a s d a informação. S i t u a ç ã o a c t u a l d a i n f o r n á t i c a n a A d n i n i s t r a ç ã o P ú b l i c a Apesar d a s i n f r a e s t r u t u r a s r e f e r i d a s não s e r a h a s n a i s adequadas, a i n f o r n ú t i c a na Adninistração Pública d e i x o u de ser já una t e c n o l o g i a inacessível e c o n fi n a d a a a l g u n s s e r v i ç o s , para se t r a n s f o r n m r nun i n s t r u n e n t o quase g e n e r a l i z a d o e susceptlvel d e ser u t i l i z a d o por todas a s c a t e g o r i a s d e p e s s o a l . Vejamos o que aconteceu nos ú l t i m o s dez anos: O núnero de equipanentos i n s t a l a d o s teve aunentos modestos e n t r e 1977 e 1981, passando a p a r t l r de 1983 a t é h o j e a r e v e l a r taxas de c r e s c i m e n t o b a s t a n t e s i g n i fi c a t i v a s , s o b r e t u d o c a n o a p a r e c i n e n t o dos m i c r o c o m p u t a d o r e s . EVOLUCAO DAlNFORMAWCA N A , A P . Numero de Equipamentos 4000 . 88.01.01 5552 3000< . à :se o L 'MN k 12° *ll k 152W l Í l I lr 1977 1979 1981 1983 1985 1987 2000 < 1000 - '012
  • 23. 22 O pessoal can funções d i r i g e n t e s , d e concepção e d e Operação t a n t i d o u n awnento r e g u l a r , nas nenos s i g n i fi c a t i v o d o que o r e s t a n t e p e s s o a l que, e n t r e t a n t o , f o i aparecendo a n novas t a r e f a s d e utilizaç'ã'o d a i n f o r m á t i c a , p r i n c i p a l m e n t e a p a r t i r d e 1985 e com a generalização dos m i c r o s . EVOLUCAO DA INFORMATICA NA A P. Pessoal 2500 _ 00.01.01 É Di'rígente ÉConcepcao aCiperacao xxOutro ) x 2000 ' 1 5 0 0 ' 1977 1979 1981 1983 1985 1987 V e r i fi c a - s e que a n n i o r i a das aplicações i n f o r n á t i c a s são conuns a toda a Adninistração Pública (79%), o que j u s t i fi c a una cooperação m a i s e f e c t i v a e n t r e s e r v i ç o s , e v i t a n d o - s e e s f o r ç o s redundantes d e concepção e d e s e n v o l v i n e n t o . Sítuocoo do Informatica no Administração Publica Aplícocoes [HH Específicos E Comuna ,-sasuzx) 205705204
  • 24. 23 A d i s t r i b u i ç ã o dos equipanentos p e l o s v á r i o s sectores d a Adninistração C e n t r a l caneça a ser n a i s r e g u l a r , v e r i fi c a n d o - s e a i n d a unm n m i o r concentração no s e c t o r da educação, fi n a n ç a s , d e f e s a , p l a n e a n e n t o e segurança s o c i a l . DlSTRlBUIC/«O SECTORlAL Numero de Equipamentos 15001 88.01.01 M i u : : > 3MB t Cite WE 1000 4 r / 7'//l ./,l o O u ç V 3 'U LAJ Os desequilíbrios e n t r e a Adninistração C e n t r a l e a Administração Local e R e g i o n a l , a i n d a são e v i d e n t e s . Nos s e r v i ç o s c e n t r a i s e x i s t e 92% do equipamento, 89% do pessoal e 79% das aplicações, meano tendo an atenção que o núnero t o t a l de funcionários é de 82%, ou s e j a , na Adninistração C e n t r a l e x i s t a n 103 funcionários por conputador e na Administração L o c a l e R e g i o n a l 271 funcionários por c a n p u t a d o r, a que não é e s t r a n h a a e s t r u t u r a de categorias de pessoalinaioritarianente operária. DlSTRIBUICAO REGIONAL Numero de Equipamentos 30.01.01 [E] Adm Cent É Adm Loc ÉRegAut 33529270! _100090 -1 ao(57.)
  • 25. 24 Estão neste nnnento an curso na Adninistracão P ú b l i c a wnc o n j u n t o d e aplicações i n f o r m á t i c a s que p e l a sua dimensão e s i g n i fi c a d o nos merecan a l g u n d e s t a q u e : Rede l n f o r n á t i c a , l i g a n d o t o d o s o s G a b i n e t e s dos a n b r o s d o Governo; S i s t a n a I n t e g r a d o d e Internação J u r i d i c a , c o n s t i t u i d a por una B a s e C e n t r a l e d i v e r s a s Bases S e c t o r i a i s l i g a d a s e n t r e s i ( I N F O J U R ) . Sistemas de Infornmcão ao Cidadão, à I n d ú s t r i a e A g r i c u l t u r a , a t r a v é s d a r e d e p ú b l i c a V i d e o t e x ; Infornmtizacão do novo s i s t a n a fi s c a l português - l n p o s t o Ú n i c o ; C e n t r o N a c i o n a l d e C á l c u l o ; Base d e Dados N a c i o n a l d e B i b l i o g r a fi a (PORBASE).
  • 26. 25 QUE PERSPECTIVAS PARA A OOOPERAÇÂ'D P o r t u g a l , p e l a sua situação g e o g r á fi c a , e s t e v e t r a d i c i o n a l n e n t e v o l t a d o para o Atlântico, nantendo até h o j e una relação c u l t u r a l e l i n g u i s t i c a can a Á f r i c a e c a n a America d o S u l . N o e n t a n t o , o s d o i s paises i b é r i c o s tên v i v i d o d e c o s t a s v i r a d a s u n p a r a o o u t r o , não t i r a n d o p a r t i d o d a H i s t ó r i a e d a C u l t u r a CUTIUI'IS . A e n t r a d a sinultânea na CEE é concerteza una oportunidade n m g n i fi c a para se j u n t a r a m e s f o r ç o s e canpetências de ambas as p a r t e s , d e modo a que uma nova s i n e r g i a i b é r i c a s e a fi r m e a n relação à Europa e ao N h n d o . A s e m e l h a n ç a d a s duas linguas f a c i l i t a a cooperação, não apenas e n t r e os povos ibéricos, nas através do 'Triângulo do M h r ' que os une c u l t u r a l n e n t e aos paises d e expressão portuguesa d e Á f r i c a e a toda a Anerica do S u l . A Europa c o n s t i t u i una o p o r t u n i d a d e e a o nesnn tampo una ameaça para a Peninsula I b é r i c a , d e c u j o e q u i l l b r i o depende a continuação da i d e n t i d a d e p r ó p r i a dos d o i s paises. Não i n t e r e s s a a nenhun dos povos i b é r i c o s que o o u t r o ceda p e r a n t e a f o r t e c o m p e t i t i v i d a d e i n t e r n a c i o n a l , p e n n i t i n d o que s e c o n s t i t u a n n o seu espaço, p l a t a f o r n a s indesejáveis de penetração das grandes enpresas e u r o p e i a s e n u n d i a i s . A nossa n m n e i r a d e e s t a r n a Europa nas ú l t i n w s décadas f o i atraves d a exportação d e " e n e r g i a " p e r t e n c e n t e a o nosso c a p i t a l hunano, o u s e j a , através da enigração de mão-de-obra b a r a t a para os paises n a i s d e s e n v o l v i d o s d o espaço europeu. Não podanos p e n n i t i r que a a b e r t u r a dos n e r c a d o s nos nmntenha can esse p a p e l secundário, cedendo p e r a n t e a q u e l e s que a c r e d i t m n nas vantagens d o c u r t o prazo, baseadas n a divisão i n t e r n a c i o n a l d o t r a b a l h o e n t r e paises r i c o s e paises pobres d e n t r o dainesno espaço c o n u n i t à r i o .
  • 27. 26 Devanos passar a c o n fi a r n a " i n t e l i g ê n c i a " (informação) d o nosso c a p i t a l hwnano, tornando-nos de f a c t o an cidadãos p l e n o s da Europa e não anrneros t r a b a l h a d o r e s " d e c a p i t a d o s " e d e b a i x o p r e ç o . Nuna época a n que o s n e r c a d o s s e i n t e r n a c i o n a l i z a n , a s t e c n o l o g i a s da infonnação são reconhecidmnente un f a c t o r p r n n o r d i a l na concorrência e n t r e anpresas, não só através de ganhos h n e d i a t o s de p r o d u t i v i d a d e , ' n a s tambàn p e l a s novas capacidades d e decisão e d e gestão que p r o p o r c i o n a m . A o c o n s i d e r a n n o s a s organizações cano s i s t e n n s d e infornnção, s e r a n o s capazes d e p r o a g i r a n relação a o f u t u r o , n w n t e n d o a s nossas anpresas v i v a s e pennanentanente c a n p e t i t i v a s d i a n t e das annaças que nos r o d e i a n . To r n a r a n o s c l a r a s a s novas ¡nissães e encontraranos d e c e r t o as e s t r a t é g i a s de infornação n a i s adequadas. J à não s e t r a t a apenas d e u n a r n u d a n ç a t e c n o l ó g i c a , nas e x i g e - s e acinm d e t u d o , u n a i n u d a n ç a d e a t i t u d e perante a gestão e p e r a n t e a v i d a . J à não s e t r a t a d e d e f e n d e r a t o d o o c u s t o p r i v i l é g i o s e c e r t e z a s a n t i g a s para s o b r e v i v e r, :nas precisanos d e c o n s t r u i r novas respostas para as novas circunstâncias e para os novos d e s a fi o s . P o r t u g a l e Espanha, para a l à n d e s e r a h paises v i z i n h o s , c a n l n u i t o s e l a n e n t o s h i s t ó r i c o s e c u l t u r a i s conuns, e n f r e n t a n h o j e osrnesnos problanas e a s " e s m a s o p o r t u n i d a d e s . S e a conpetição nos pode a n u l a r ( 1 - 1 = 0 ) , a s i n e r g i a d a nossa cooperação poderá c o l o c a r - n o s an n i v e i s europeus n a i s comportáveis ( 1 + 1 = " 3 " ) . A cooperação i b é r i c a n o danlnio das novas t e c n o l o g i a s d a infonnação é un i m p e r a t i v o hnediato, naneadanente através de una e s t r a t é g i a canun de investigação, de educação, de i n d ú s t r i a , de canércio, e t c . P o d a n - s e a p r o v e i t a r e c o n a n i a s d e e s c a l a n e d i a n t e a criação de una p o l i t i c a de infornnção canun baseada an i n f r a e s t r u t u r a s tecnológicas p a r t i l h a d a s p e l o s d o i s paises.
  • 28. 27 Como f o i p r o p o s t o h à d i a s nuna c i m e i r a i b é r i c a e n t r e o s d o i s c h e f e s dos Governos de P o r t u g a l e Espanha, poderemos e n s a i a r o mercado ú n i c o europeu na península i b é r i c a , mesmo a n t e s de 1992, f o r t a l e c e n d o - n o s d e s t e modo p a r a o " g r a n d e d e s a fi o " a t r a v é s d e u m " j o g o amigável" e n t r e os d o i s paises.
  • 29. 28 BIBLIOGRAFIA ANMRAL, M i r a - O P I T I E v a i a c t u a r n o âmbito d o PEDIP. " I n f o r m á t i c a H o j e " , L i s b o a , A P I , S e t . 1 9 8 8 . COMISSÃO INTERMINISTERIAL DE INFORMÁTICA - P l a n o D i r e c t o r de I n f o r n à t i c a p a r a a Administração P ú b l i c a 1985/1988, L i s b o a , DGOA, 1984. CORTE-REAL, I s a b e l - A I n f o r n ñ t i c a n a maernizaç'à'o A d n i n i s t r a t i v a . "Internação & I n f o r n à t i c a " , A l f r a g i d e , I . I . , N o v. 1 9 8 7 . COSTA, Iw.A. Fernandes - lnfornaçãb e F i n a n ç a s . " R e v i s t a de Adninistração P ú b l i c a " , Lisboa, SEO, Mai/Ago.1986. GAMEIRO, N h n u e l - A Administração P ú b l i c a na S o c i e d a d e da lnfornacão. "Infornnção & Informática", A l f r a g i d e , I . I . , Nov.1987. lnfonnàtica na Administração P o r t u g u e s a - 1986, L i s b o a , D G O A / I . l . , 1987. I n q u é r i t o P r é v i o aos S e r v i ç o s e O r g a n i s n o s d o E s t a d o - 1986, L i s b o a , DGAP, 1987. LAVADO, J . A l v e s - Obstáculos à introdução d a s novas Te c n o l o g i a s da lnforrmç'à'o e da gest'à'o na Adninistraç'à'o P ú b l i c a P o r t u g u e s a , i n : "Reunião s o b r e a s Te c n o l o g i a s d a lnfornncão e o s S i s t e n a s A d n i n i s t r a t i v o s - T I S A " , L i s b o a , LNEC, 1986. OLIVEIRA, A i d a - A Gestão das Te c n o l o g i a s d a Infornnção n a Adninistracão P ú b l i c a , A l f r a g i d e , l . I . , 1988. Programa M b b i l i z a d o r d e Ciência e Te c n o l o g i a 1987/1988, L i s b o a , JNICT, 1988.
  • 30. 29 S I LVA , A. F e r r e i r a ; MMRCELINO, H e n r i q u e T2; GíwEZ-PALLETE, F e l i p e - Renovação e m p r e s a r i a l através d a s Te c n o l o g i a s d a lnfornacão - A s enpresas i b é r i c a s e a concorrência no c o n t e x t o da integração na CEE, i n : " E n c o n t r o Luso-Español d e Econania E n p r e s a r i a l " , M a d r i d , OCDE, 1987. VIDIGAL, L u i s - D a s Te c n o l o g i a s d a lnfornnção à Gestão d a Infornação, i n : "Conferência s o b r e l n f o r n m t i o n M a n a g a n e n t " , L i s b o a , B r i t i s h C o u n c i l / B i b l i o t e c a N a c i o n a l , 1988 VIDIGAL, L u i s - lNFOUUR-Base de Dados de lnfornação J u r i d i c a no 'àrbito d a !bdernização A d m i n i s t r a t i v a , i n : "Encuent r o Hispano-Luso de I C T " , Salamanca, SEDIC/CREl/INCITE, 1988