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Carta de Princípios da Rede de Educadores em Museus - REM/RS

A Rede de Educadores em Museus do Estado do Rio Grande do Sul considera necessário
estabelecer, através desta carta, orientações que definam as metas do grupo e seus princípios,
onde estejam assegurados o papel e a continuidade da prática educativa em museus e demais
equipamentos culturais. Estes princípios foram propostos visando o fomento e qualificação das
ações educativas dos museus e mobilização daqueles que queiram compartilhar e participar desse
processo de construção na área da educação, das discussões, troca de experiências e conquistas,
de forma horizontal, participativa e colaborativa, tanto nos grupos de educadores que tem seu
trabalho em caráter não-formal, quanto naqueles que realizam sua ação educativa e ação cultural,
em caráter formal ou informal, utilizando-se dos espaços institucionais. Para consolidar nossas
aspirações e objetivos e para aqueles que desejam dar continuidade a este trabalho, elencamos
os seguintes tópicos:

        Incentivar o desenvolvimento e a prática da Ação Educativa e Cultural nas instituições
museais, classificadas estas quanto à tipologia de acordo com o Conselho Internacional de
Museus – ICOM;
        Incentivar a reflexão, a análise e a difusão das possibilidades da prática educativa em
Museus, bem como a integração e fomento de parcerias entre os setores Educativos de diferentes
instituições;
        Trazer a discussão e promover a participação dos profissionais da área educativa dos
museus no plano museológico da instituição, valorizando o trabalho de forma colaborativa e
igualitária em relação aos demais setores (administração, curadoria, acervo, etc.);
        Promover a troca de informação entre os profissionais da educação, entre as equipes de
Educativos e outras áreas das Instituições, bem como outros profissionais interessados, em
relação às possibilidades de produção de conhecimento nos espaços dos museus, explorando,
inclusive, as áreas menos expostas aos usuários, tais como: reserva técnica, setores ligados a
preservação e conservação, aquisição e descarte dos acervos – sempre na medida do possível,
considerando o comprometimento com restrições técnicas de segurança, sigilo de informações e
pertinência das ações propostas nestes espaços. Insere-se neste sentido o incentivo à pesquisa;
        Incentivar a formação e a qualificação continuada dos profissionais que atuam no campo
da educação em museus, por meio de formação acadêmica específica, cursos de especialização,
de extensão e formação continuada em diversos âmbitos ou formatos (seminários, cursos,
oficinas, intercâmbios, etc.);
        Propor aos cursos de Licenciatura, bem como alguns cursos de especialização e
bacharelado (artes ou história, por exemplo), a inserção da disciplina Educação em Museus,
promovendo intercâmbios de experiências entre instituições e educadores formais e não-formais;
        Fortalecer a necessidade da profissionalização do setor educativo nos museus e a
legitimação profissional de seus educadores, através do fomento de debates em torno destes
temas, atuando também no acompanhamento e assessoria junto às instituições;
        Discutir amplamente as políticas públicas pertinentes, de forma independente, ampla e
propositiva, com todos os interessados, procurando articulação dos canais para efetivar as
proposições do grupo, participando dos fóruns abertos para este fim;
        Incentivar as instituições a valorizar a formação de públicos e ações colaborativas e
contínuas, que considerem a integração com a comunidade, dando voz às suas necessidades;
        Refletir sobre propostas educativas, de qualificação profissional e estruturação das
instituições direcionadas à inclusão social, buscando estratégias de estímulo à sua atuação;
        Buscar espaços dialógicos a respeito da acessibilidade, no seu sentido mais amplo – para
quaisquer grupos sociais, faixas etárias ou grupos com necessidades específicas, incentivando a
formação de equipes e o planejamento de ações para inclusão dos mais variados perfis de
público. Incentivar também o estudo de práticas que promovam a acessibilidade física e estímulo
ao ingresso solidário nos espaços, adequadas às especificidades de público e perfis das
instituições. (Acessibilidade é o termo usado para indicar a possibilidade de qualquer pessoa
usufruir de todos os benefícios da vida em sociedade e o acesso a produtos, serviços e
informações de forma irrestrita. Acessibilidade em Museus abrange tanto as barreiras
arquitetônicas como as de conhecimento das deficiências como visual, auditiva e intelectual).

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  • 1. Carta de Princípios da Rede de Educadores em Museus - REM/RS A Rede de Educadores em Museus do Estado do Rio Grande do Sul considera necessário estabelecer, através desta carta, orientações que definam as metas do grupo e seus princípios, onde estejam assegurados o papel e a continuidade da prática educativa em museus e demais equipamentos culturais. Estes princípios foram propostos visando o fomento e qualificação das ações educativas dos museus e mobilização daqueles que queiram compartilhar e participar desse processo de construção na área da educação, das discussões, troca de experiências e conquistas, de forma horizontal, participativa e colaborativa, tanto nos grupos de educadores que tem seu trabalho em caráter não-formal, quanto naqueles que realizam sua ação educativa e ação cultural, em caráter formal ou informal, utilizando-se dos espaços institucionais. Para consolidar nossas aspirações e objetivos e para aqueles que desejam dar continuidade a este trabalho, elencamos os seguintes tópicos:  Incentivar o desenvolvimento e a prática da Ação Educativa e Cultural nas instituições museais, classificadas estas quanto à tipologia de acordo com o Conselho Internacional de Museus – ICOM;  Incentivar a reflexão, a análise e a difusão das possibilidades da prática educativa em Museus, bem como a integração e fomento de parcerias entre os setores Educativos de diferentes instituições;  Trazer a discussão e promover a participação dos profissionais da área educativa dos museus no plano museológico da instituição, valorizando o trabalho de forma colaborativa e igualitária em relação aos demais setores (administração, curadoria, acervo, etc.);  Promover a troca de informação entre os profissionais da educação, entre as equipes de Educativos e outras áreas das Instituições, bem como outros profissionais interessados, em relação às possibilidades de produção de conhecimento nos espaços dos museus, explorando, inclusive, as áreas menos expostas aos usuários, tais como: reserva técnica, setores ligados a preservação e conservação, aquisição e descarte dos acervos – sempre na medida do possível, considerando o comprometimento com restrições técnicas de segurança, sigilo de informações e pertinência das ações propostas nestes espaços. Insere-se neste sentido o incentivo à pesquisa;  Incentivar a formação e a qualificação continuada dos profissionais que atuam no campo da educação em museus, por meio de formação acadêmica específica, cursos de especialização, de extensão e formação continuada em diversos âmbitos ou formatos (seminários, cursos, oficinas, intercâmbios, etc.);  Propor aos cursos de Licenciatura, bem como alguns cursos de especialização e bacharelado (artes ou história, por exemplo), a inserção da disciplina Educação em Museus, promovendo intercâmbios de experiências entre instituições e educadores formais e não-formais;  Fortalecer a necessidade da profissionalização do setor educativo nos museus e a legitimação profissional de seus educadores, através do fomento de debates em torno destes temas, atuando também no acompanhamento e assessoria junto às instituições;  Discutir amplamente as políticas públicas pertinentes, de forma independente, ampla e propositiva, com todos os interessados, procurando articulação dos canais para efetivar as proposições do grupo, participando dos fóruns abertos para este fim;  Incentivar as instituições a valorizar a formação de públicos e ações colaborativas e contínuas, que considerem a integração com a comunidade, dando voz às suas necessidades;  Refletir sobre propostas educativas, de qualificação profissional e estruturação das instituições direcionadas à inclusão social, buscando estratégias de estímulo à sua atuação;  Buscar espaços dialógicos a respeito da acessibilidade, no seu sentido mais amplo – para quaisquer grupos sociais, faixas etárias ou grupos com necessidades específicas, incentivando a formação de equipes e o planejamento de ações para inclusão dos mais variados perfis de público. Incentivar também o estudo de práticas que promovam a acessibilidade física e estímulo ao ingresso solidário nos espaços, adequadas às especificidades de público e perfis das instituições. (Acessibilidade é o termo usado para indicar a possibilidade de qualquer pessoa usufruir de todos os benefícios da vida em sociedade e o acesso a produtos, serviços e informações de forma irrestrita. Acessibilidade em Museus abrange tanto as barreiras arquitetônicas como as de conhecimento das deficiências como visual, auditiva e intelectual).