SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 1
Baixar para ler offline
ECONOMIA
Cargas gerais alavancam negócios da MRS
LEONARDO FRANCIA
Há cerca de três anos im-
plementando ações para
ampliarotransportedecar-
gasgerais,especialmentede
contêineres,aMRSLogística,
com sede em Juiz de Fora
(ZonadaMata),jácomeçaa
colher os resultados. Nesse
período, a concessionária
de ferrovia registrou um
aumentomédioemtornode
15%, ao ano, no segmento,
fechandooperíodocomum
incrementode64%.Otrans-
portedecargasjárepresenta
25% do negócio.
“Enxergamos esse seg-
mento como uma oportu-
nidade e estamos buscando
fortalecê-lo”, pontuou o ge-
rente de Contas Comerciais
da MRS, Rodrigo Carneiro.
Segundo ele, a crise econô-
mica fez o empresariado
olhardeoutramaneirapara
o transporte de cargas ge-
rais,passandodeumavisão
preocupada com o tempo
paraescoaraprodução,para
um conceito voltado para a
segurançaemenorescustos.
O transporte de cargas
gerais é basicamente domi-
nadopeloscontêineres,que
podemcomportardiferentes
tiposdeitens,comoprodutos
eletrônicoseembalagensde
vidro, entre outras. Dentro
do segmento, no âmbito
geral, podem ser transpor-
tadosprodutossiderúrgicos
também, por exemplo.
“Chegamos a um nível
de produtividade que nos
permite explorar novos
segmentos. E as principais
soluçõesqueestamosimple-
mentando dizem respeito
às cargas gerais, devido ao
potencial e à demanda do
País nesse tipo de serviço”,
afirmou o gerente da MRS.
Apesar de as commodities
minerais,majoritariamenteo
minério de ferro, e o carvão
eocoqueaindadominarem
ostrensdaMRS,otransporte
de cargas gerais já repre-
senta 25% dos negócios da
concessionária, com cerca
de 200 clientes na carteira.
Grade fixa - Entre as ações
que a MRS está implemen-
tandoparafortalecerotrans-
porte de cargas especiais
está o estabelecimento de
uma grade fixa de trens ex-
pressos, destinados a aten-
der somente essa demanda.
Esses trens têm horários
fixos de partida predeter-
minados, ao contrário do
modeloconvencional,onde
acomposiçãopartesomente
quando estiver cheia.
Agradefixadetrenspara
transporte de cargas gerais
foiimplantadaemrotasden-
tro do estado de São Paulo.
São 15 composições diárias
para atender a demanda.
De acordo com o gerente
da MRS, a concessionária já
estádesenvolvendoestudos
para viabilizar a implanta-
ção dos trens de grade fixa
na rota Rio de Janeiro-Belo
Horizonte.
Para se ter uma ideia da
viabilidade do programa
nessa rota, no primeiro se-
mestredesteano,otranspor-
te de cargas gerais cresceu
213% na comparação com
o mesmo período de 2016.
Carneiroexplicouaindaque
seránecessárioodesenvolvi-
mento de parcerias e inves-
timentos,especialmenteem
terminais ferroviários, para
viabilizar a implantação do
programa na rota mineira.
RMBH - A rota RJ-BH, in-
clusive,jáfuncionaparaim-
portaçãoenãomaissomente
para exportação. Exemplo
disso é o contrato fechado
entre a MRS e a Cofer Ferro
e Aço, que viabilizou a im-
portação de telas e arames
farpados. A rota utilizada
parte do porto de Sepeti-
ba, em Itaguaí (RJ),e chega
até o terminal da Tora, em
Contagem,naRegiãoMetro-
politana de Belo Horizonte
(RMBH).
A primeira entrega para
a Cofer aconteceu entre os
dias 12 e 20 de junho e foi
dividida em duas etapas,
uma em que o trem foi car-
regadocomdezcontêineres
de 20 pés e outra em que o
carregamento foi de cinco
contêineres de 40 pés. A
operaçãomarcouemostrou
a viabilidade da rota nos
dois sentidos: até o porto
litorâneo, para exportação;
e do porto para Minas, para
importação.
Bangalore, Índia - A mi-
neradora Rio Tinto reduziu
ontemsuaprojeçãoparaem-
barques de minério de ferro
noanocalendáriode2017em
até 10 milhões de toneladas,
citando clima desfavorável
e trabalhos em andamento
paramodernizarsuaslinhas
ferroviárias.
Osembarquesdeminério
deferrodacompanhiaforam
estimadosem330milhõesde
toneladas, queda ante uma
projeção anterior de entre
330milhõese340milhõesde
toneladas, disse a segunda
maior produtora do mundo
emseurelatóriodeprodução
do segundo trimestre.
“Osembarquesdeminério
de ferro foram impactados
porumaaceleraçãoemnosso
programademanutençãode
ferrovias,apósumclimaruim
noprimeirotrimestre”,disse
o presidente da companhia,
Jean-Sebastien Jacques.
Osembarquesdeminério
de ferro da Austrália caíram
6% ante o ano anterior, para
77,7 milhões de toneladas,
levemente abaixo das esti-
mativas de analistas.
Osembarquesnoprimeiro
semestre totalizaram 154,3
milhões de toneladas, in-
dicando que a companhia
espera elevar os embarques
nospróximosdoistrimestres.
A produção no segun-
do trimestre nas minas na
Austrália caiu 1%, para 79,8
milhões de toneladas, disse
a Rio Tinto. (Reuters)
ANA AMÉLIA HAMDAN
Ovolumedecargastransportadas
por trens no País avançou 29,5% no
período de dez anos, entre 2006 e
2016, passando de 389.113 milhões
de toneladas para 503.804 milhões
de toneladas. As informações são
do Anuário do Setor Ferroviário,
divulgado ontem pela Agência Na-
cional de Transportes Terrestres
(ANTT). O órgão é responsável por
fiscalizarosserviçosprestadospelas
concessionáriasesubconcessionárias
do setor.
Em Minas, atuam três conces-
sionárias do setor. Segundo o le-
vantamento, a MRS Logística S.A.
transportava 101.998 milhões de
toneladasem2006e,em2016,passou
para 141.501 milhões de toneladas,
aumento de 38,7%. O principal
produto transportado pela MRS é o
minério de ferro. Em 2016, a empre-
sa transportou 123.850 milhões de
toneladas do recurso. Em seguida
vem a indústria siderúrgica (6.067
milhõesdetoneladas)eaçúcar(3.103
milhões de toneladas).
AEstradadeFerroVitóriaaMinas
(EFVM) – Vale S.A., transportou,
em 2006, 131.620 milhões de tone-
ladas, sendo que em 2016 passou
para 129.601 milhões de toneladas,
queda de 1,5%. No ano passado, a
empresa transportou 116.228 mi-
lhões de toneladas de minério de
ferro; 5.305 milhões de toneladas
da indústria siderúrgica; e 4.552
milhões de toneladas de carvão/
coque, entre outros.
A Ferrovia Centro-Atlântica
S.A. (FCA) transportava, em 2006,
15.177 milhões de toneladas em
2006, passando para 24.993 milhões
de toneladas em 2016, crescimento
de 64,7%. Os principais produtos
transportados em 2016 foram soja
e farelo de soja (5.589 milhões de
toneladas), minério de ferro (3.797
milhõesdetoneladas)eaçúcar(3.182
milhões de toneladas).
Minério de ferro - Em todo o País,
aprincipalmercadoriatransportada
nasferroviaséominériodeferro,com
397.639milharesdetoneladassendo
carregadas em 2016. Os demais são:
sojaefarelodesoja(22.820milhares
de toneladas); indústria siderúrgica
(14.446 milhares de toneladas); açú-
car (14.359 milhares de toneladas);
produção agrícola (10.486 milhares
de toneladas); carvão/coque (9.743
milharesdetoneladas);granéis/mi-
nerais(7.031milharesdetoneladas);
extração vegetal/celulose (5.578
milhares de toneladas); adubos/
fertilizantes(4.340milharesdetone-
ladas); contêiner (3.623 milhares de
toneladas); cimento (2.880 milhares
de toneladas); indústria cimenteira
e construção civil (2.100 milhares
de toneladas); combustíveis, deri-
vados do petróleo/álcool (8.690
milhares de toneladas); carga geral
não conteinerizada (69 milhares de
toneladas).
Segundo a ANTT, só o volume
de minério de ferro transportado
aumentou de 281.691 milhões de
toneladas para 397.639 milhões de
toneladas entre 2006 e 2016, cres-
cimento de 41%. A movimentação
de outras categorias de produtos,
como açúcar – que passou de 4.998
milhares de toneladas para 14.359
milhares de toneladas, também
cresceu. Outro exemplo positivo
é a produção agrícola: em 2006
foram transportados 4.635 milhões
de toneladas, passando para 10.486
milhões de toneladas em 2016, au-
mento de 126%.
Menor demanda - No entanto, em
função da crise econômica, nove
dos 14 subgrupos de mercadorias
analisadas demandaram menos o
transporteferroviárioduranteoano
de 2016 do que durante o primeiro
ano do levantamento. É o caso, por
exemplo, de adubos e fertilizantes,
em que os 6.232 milhões de tone-
ladas transportadas por trem em
2006 caíram para 4.340 milhões de
toneladas, em 2016. Na indústria si-
derúrgica,areduçãofoiaindamaior.
Segundo a ANTT, nesse subgrupo,
o total transportado por trens caiu
de21.287milhõesdetoneladaspara
14.446 milhões de toneladas, no
período, com queda de 32%.
AindasegundoaANTT,oanuário
possui um conjunto de informações
que poderão ser utilizadas no pro-
cesso de formulação de políticas
públicas, no desenvolvimento de
estudos e pesquisas pelas universi-
dades e por empresas, entre outros.
Volume carregado por trens subiu 29,5% no País
LOGÍSTICA
Nos últimos três anos o segmento cresceu 15% ao ano, fechando o período com incremento de 64%
O transporte de cargas gerais já representa 25% do negócio da MRS, que pretende implementar grade fixa entre Rio de Janeiro e Belo Horizonte
DIVULGAÇÃO
Vendas dos
distribuidores
devem cair 5%
neste ano
São Paulo - Depois de um
primeiro semestre pior do
que o esperado, o Instituto
Nacional dos Distribuidores
de Aço (Inda) revisou para
baixo, ontem, sua estimativa
de vendas para este ano. A
nova projeção é de que as
vendas da rede de distribui-
ção caiam 5% neste ano em
relação ao ano passado, ante
uma estimativa anterior de
recuo de 2%.
Segundo o presidente do
Inda, Carlos Loureiro, con-
siderando o acumulado dos
últimos 12 meses do ano, a
queda em relação ao mesmo
período do ano anterior é de
5,6%. Já na comparação de
semestre contra semestre o
recuo chega a 11%.
O desempenho do Inda
vem na contramão do con-
sumo aparente de aço plano
no Brasil, que no primeiro
semestrecresceucercade14%.
Issoporque,explicaLoureiro,
parte desse crescimento está
vindo do setor automotivo
e o de máquinas agrícolas,
que compram diretamente
das usinas e não da rede de
distribuição. O motivo des-
se descolamento, segundo
o executivo, é a perda do
market share para produtos
importados e ainda a penali-
zaçãodaredededistribuição
dos seguidos aumentos de
preços capitaneados pelas
siderúrgicas.
Aumentosdepreços-Oau-
mentodepreçosdaUsiminas
paraabobinaaquentevaleráa
partirdodia21dejulho,disse
ontem o presidente do Inda.
Já a ArcelorMittal reajustará
seus preços em 10% para a
rede de distribuição a partir
do dia 24 e a Gerdau no dia
1 de agosto, também com o
percentualde10%.Oexecutivo
disse que a CSN ainda não
comunicou reajustes, mas a
expectativaédequeaempresa
siga o mesmo caminho.
Loureiro explicou que a
razão do aumento de preços
para a bobina a quente é que
hojehámaisriscosdeaumento
de importação para a bobina
a frio.(AE)
5BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 19 DE JULHO DE 2017
Rio Tinto reduziu projeção para embarques
MINÉRIO DE FERRO
AÇO

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Cargas gerais alavancam negócios da MRS - Diário do Comércio

Oportunidades em contêineres - Revista Ferroviária
Oportunidades em contêineres - Revista FerroviáriaOportunidades em contêineres - Revista Ferroviária
Oportunidades em contêineres - Revista FerroviáriaMRS Logística
 
Release Intermodal 2017 - Resultados Carga Geral 2016
Release Intermodal 2017 - Resultados Carga Geral 2016Release Intermodal 2017 - Resultados Carga Geral 2016
Release Intermodal 2017 - Resultados Carga Geral 2016MRS Logística
 
[27586]-csn_legal_bal_Anual_FTL.pdf
[27586]-csn_legal_bal_Anual_FTL.pdf[27586]-csn_legal_bal_Anual_FTL.pdf
[27586]-csn_legal_bal_Anual_FTL.pdfGUDSONBERGDACOSTABEZ
 
Ferrovias de carga no Brasil (2011)
Ferrovias de carga no Brasil (2011)Ferrovias de carga no Brasil (2011)
Ferrovias de carga no Brasil (2011)Rafael Nunan
 
Bem posicionada para o aumento da demanda - Revista Transporte Moderno
Bem posicionada para o aumento da demanda - Revista Transporte ModernoBem posicionada para o aumento da demanda - Revista Transporte Moderno
Bem posicionada para o aumento da demanda - Revista Transporte ModernoMRS Logística
 
Pluralidade de modais em foco - Revista Tecnologística de Setembro/2015
Pluralidade de modais em foco - Revista Tecnologística de Setembro/2015Pluralidade de modais em foco - Revista Tecnologística de Setembro/2015
Pluralidade de modais em foco - Revista Tecnologística de Setembro/2015MRS Logística S.A.
 
Projeto Centro-Oeste Competitivo
Projeto Centro-Oeste CompetitivoProjeto Centro-Oeste Competitivo
Projeto Centro-Oeste CompetitivoSistema Famato
 
Regiões hidrográficas brasileiras.
Regiões hidrográficas brasileiras.Regiões hidrográficas brasileiras.
Regiões hidrográficas brasileiras.COMEX2012311
 
Perfil Corporativo MRS 2017
Perfil Corporativo MRS 2017Perfil Corporativo MRS 2017
Perfil Corporativo MRS 2017MRS Logística
 
Anuário do Transporte 2017
Anuário do Transporte 2017Anuário do Transporte 2017
Anuário do Transporte 2017Transvias
 
Análise: Cenários de projeção para licenciamento de veículos
Análise: Cenários de projeção para licenciamento de veículosAnálise: Cenários de projeção para licenciamento de veículos
Análise: Cenários de projeção para licenciamento de veículoslissacy
 
Apresentação apimec 1 t13
Apresentação apimec 1 t13Apresentação apimec 1 t13
Apresentação apimec 1 t13TriunfoRi
 
Gb2013 valdecir botassini_votorantim metais
Gb2013 valdecir botassini_votorantim metaisGb2013 valdecir botassini_votorantim metais
Gb2013 valdecir botassini_votorantim metaisGalvabrasil
 
Pl 70 2013_justificativa
Pl 70 2013_justificativaPl 70 2013_justificativa
Pl 70 2013_justificativadanielbordignon
 
Os serviços, os transportes no Brasil.ppt
Os serviços, os transportes no Brasil.pptOs serviços, os transportes no Brasil.ppt
Os serviços, os transportes no Brasil.pptGuilhermeDaHora2
 
Painel 2 - Desafios e oportunidades para o agronegócio brasileiro - Marcos Lutz
Painel 2 - Desafios e oportunidades para o agronegócio brasileiro - Marcos LutzPainel 2 - Desafios e oportunidades para o agronegócio brasileiro - Marcos Lutz
Painel 2 - Desafios e oportunidades para o agronegócio brasileiro - Marcos Lutz24x7 COMUNICAÇÃO
 

Semelhante a Cargas gerais alavancam negócios da MRS - Diário do Comércio (20)

Oportunidades em contêineres - Revista Ferroviária
Oportunidades em contêineres - Revista FerroviáriaOportunidades em contêineres - Revista Ferroviária
Oportunidades em contêineres - Revista Ferroviária
 
Release Intermodal 2017 - Resultados Carga Geral 2016
Release Intermodal 2017 - Resultados Carga Geral 2016Release Intermodal 2017 - Resultados Carga Geral 2016
Release Intermodal 2017 - Resultados Carga Geral 2016
 
[27586]-csn_legal_bal_Anual_FTL.pdf
[27586]-csn_legal_bal_Anual_FTL.pdf[27586]-csn_legal_bal_Anual_FTL.pdf
[27586]-csn_legal_bal_Anual_FTL.pdf
 
Ferrovias de carga no Brasil (2011)
Ferrovias de carga no Brasil (2011)Ferrovias de carga no Brasil (2011)
Ferrovias de carga no Brasil (2011)
 
Bem posicionada para o aumento da demanda - Revista Transporte Moderno
Bem posicionada para o aumento da demanda - Revista Transporte ModernoBem posicionada para o aumento da demanda - Revista Transporte Moderno
Bem posicionada para o aumento da demanda - Revista Transporte Moderno
 
Pluralidade de modais em foco - Revista Tecnologística de Setembro/2015
Pluralidade de modais em foco - Revista Tecnologística de Setembro/2015Pluralidade de modais em foco - Revista Tecnologística de Setembro/2015
Pluralidade de modais em foco - Revista Tecnologística de Setembro/2015
 
All
AllAll
All
 
Projeto Centro-Oeste Competitivo
Projeto Centro-Oeste CompetitivoProjeto Centro-Oeste Competitivo
Projeto Centro-Oeste Competitivo
 
Regiões hidrográficas brasileiras.
Regiões hidrográficas brasileiras.Regiões hidrográficas brasileiras.
Regiões hidrográficas brasileiras.
 
Modal rodoviario
Modal  rodoviarioModal  rodoviario
Modal rodoviario
 
Perfil Corporativo MRS 2017
Perfil Corporativo MRS 2017Perfil Corporativo MRS 2017
Perfil Corporativo MRS 2017
 
Anuário do Transporte 2017
Anuário do Transporte 2017Anuário do Transporte 2017
Anuário do Transporte 2017
 
Análise: Cenários de projeção para licenciamento de veículos
Análise: Cenários de projeção para licenciamento de veículosAnálise: Cenários de projeção para licenciamento de veículos
Análise: Cenários de projeção para licenciamento de veículos
 
Apresentação apimec 1 t13
Apresentação apimec 1 t13Apresentação apimec 1 t13
Apresentação apimec 1 t13
 
Perfil dos Fabricantes de Estruturas de Aço - Pesquisa 2014
Perfil dos Fabricantes de Estruturas de Aço - Pesquisa 2014Perfil dos Fabricantes de Estruturas de Aço - Pesquisa 2014
Perfil dos Fabricantes de Estruturas de Aço - Pesquisa 2014
 
Gb2013 valdecir botassini_votorantim metais
Gb2013 valdecir botassini_votorantim metaisGb2013 valdecir botassini_votorantim metais
Gb2013 valdecir botassini_votorantim metais
 
Pl 70 2013_justificativa
Pl 70 2013_justificativaPl 70 2013_justificativa
Pl 70 2013_justificativa
 
Os serviços, os transportes no Brasil.ppt
Os serviços, os transportes no Brasil.pptOs serviços, os transportes no Brasil.ppt
Os serviços, os transportes no Brasil.ppt
 
Modal Rodoviário
Modal RodoviárioModal Rodoviário
Modal Rodoviário
 
Painel 2 - Desafios e oportunidades para o agronegócio brasileiro - Marcos Lutz
Painel 2 - Desafios e oportunidades para o agronegócio brasileiro - Marcos LutzPainel 2 - Desafios e oportunidades para o agronegócio brasileiro - Marcos Lutz
Painel 2 - Desafios e oportunidades para o agronegócio brasileiro - Marcos Lutz
 

Último

Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?E-Commerce Brasil
 
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Welldonelily Skype
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceConferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceE-Commerce Brasil
 
representações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxrepresentações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxCarladeOliveira25
 
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdf
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdfRanking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdf
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdfRevista Sociedade Militar
 
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...E-Commerce Brasil
 
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensEP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensLuizPauloFerreira11
 

Último (8)

Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
 
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceConferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
 
representações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxrepresentações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptx
 
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdf
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdfRanking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdf
Ranking Brasil abril 2024 sites de notícias.pdf
 
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
 
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
 
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensEP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
 

Cargas gerais alavancam negócios da MRS - Diário do Comércio

  • 1. ECONOMIA Cargas gerais alavancam negócios da MRS LEONARDO FRANCIA Há cerca de três anos im- plementando ações para ampliarotransportedecar- gasgerais,especialmentede contêineres,aMRSLogística, com sede em Juiz de Fora (ZonadaMata),jácomeçaa colher os resultados. Nesse período, a concessionária de ferrovia registrou um aumentomédioemtornode 15%, ao ano, no segmento, fechandooperíodocomum incrementode64%.Otrans- portedecargasjárepresenta 25% do negócio. “Enxergamos esse seg- mento como uma oportu- nidade e estamos buscando fortalecê-lo”, pontuou o ge- rente de Contas Comerciais da MRS, Rodrigo Carneiro. Segundo ele, a crise econô- mica fez o empresariado olhardeoutramaneirapara o transporte de cargas ge- rais,passandodeumavisão preocupada com o tempo paraescoaraprodução,para um conceito voltado para a segurançaemenorescustos. O transporte de cargas gerais é basicamente domi- nadopeloscontêineres,que podemcomportardiferentes tiposdeitens,comoprodutos eletrônicoseembalagensde vidro, entre outras. Dentro do segmento, no âmbito geral, podem ser transpor- tadosprodutossiderúrgicos também, por exemplo. “Chegamos a um nível de produtividade que nos permite explorar novos segmentos. E as principais soluçõesqueestamosimple- mentando dizem respeito às cargas gerais, devido ao potencial e à demanda do País nesse tipo de serviço”, afirmou o gerente da MRS. Apesar de as commodities minerais,majoritariamenteo minério de ferro, e o carvão eocoqueaindadominarem ostrensdaMRS,otransporte de cargas gerais já repre- senta 25% dos negócios da concessionária, com cerca de 200 clientes na carteira. Grade fixa - Entre as ações que a MRS está implemen- tandoparafortalecerotrans- porte de cargas especiais está o estabelecimento de uma grade fixa de trens ex- pressos, destinados a aten- der somente essa demanda. Esses trens têm horários fixos de partida predeter- minados, ao contrário do modeloconvencional,onde acomposiçãopartesomente quando estiver cheia. Agradefixadetrenspara transporte de cargas gerais foiimplantadaemrotasden- tro do estado de São Paulo. São 15 composições diárias para atender a demanda. De acordo com o gerente da MRS, a concessionária já estádesenvolvendoestudos para viabilizar a implanta- ção dos trens de grade fixa na rota Rio de Janeiro-Belo Horizonte. Para se ter uma ideia da viabilidade do programa nessa rota, no primeiro se- mestredesteano,otranspor- te de cargas gerais cresceu 213% na comparação com o mesmo período de 2016. Carneiroexplicouaindaque seránecessárioodesenvolvi- mento de parcerias e inves- timentos,especialmenteem terminais ferroviários, para viabilizar a implantação do programa na rota mineira. RMBH - A rota RJ-BH, in- clusive,jáfuncionaparaim- portaçãoenãomaissomente para exportação. Exemplo disso é o contrato fechado entre a MRS e a Cofer Ferro e Aço, que viabilizou a im- portação de telas e arames farpados. A rota utilizada parte do porto de Sepeti- ba, em Itaguaí (RJ),e chega até o terminal da Tora, em Contagem,naRegiãoMetro- politana de Belo Horizonte (RMBH). A primeira entrega para a Cofer aconteceu entre os dias 12 e 20 de junho e foi dividida em duas etapas, uma em que o trem foi car- regadocomdezcontêineres de 20 pés e outra em que o carregamento foi de cinco contêineres de 40 pés. A operaçãomarcouemostrou a viabilidade da rota nos dois sentidos: até o porto litorâneo, para exportação; e do porto para Minas, para importação. Bangalore, Índia - A mi- neradora Rio Tinto reduziu ontemsuaprojeçãoparaem- barques de minério de ferro noanocalendáriode2017em até 10 milhões de toneladas, citando clima desfavorável e trabalhos em andamento paramodernizarsuaslinhas ferroviárias. Osembarquesdeminério deferrodacompanhiaforam estimadosem330milhõesde toneladas, queda ante uma projeção anterior de entre 330milhõese340milhõesde toneladas, disse a segunda maior produtora do mundo emseurelatóriodeprodução do segundo trimestre. “Osembarquesdeminério de ferro foram impactados porumaaceleraçãoemnosso programademanutençãode ferrovias,apósumclimaruim noprimeirotrimestre”,disse o presidente da companhia, Jean-Sebastien Jacques. Osembarquesdeminério de ferro da Austrália caíram 6% ante o ano anterior, para 77,7 milhões de toneladas, levemente abaixo das esti- mativas de analistas. Osembarquesnoprimeiro semestre totalizaram 154,3 milhões de toneladas, in- dicando que a companhia espera elevar os embarques nospróximosdoistrimestres. A produção no segun- do trimestre nas minas na Austrália caiu 1%, para 79,8 milhões de toneladas, disse a Rio Tinto. (Reuters) ANA AMÉLIA HAMDAN Ovolumedecargastransportadas por trens no País avançou 29,5% no período de dez anos, entre 2006 e 2016, passando de 389.113 milhões de toneladas para 503.804 milhões de toneladas. As informações são do Anuário do Setor Ferroviário, divulgado ontem pela Agência Na- cional de Transportes Terrestres (ANTT). O órgão é responsável por fiscalizarosserviçosprestadospelas concessionáriasesubconcessionárias do setor. Em Minas, atuam três conces- sionárias do setor. Segundo o le- vantamento, a MRS Logística S.A. transportava 101.998 milhões de toneladasem2006e,em2016,passou para 141.501 milhões de toneladas, aumento de 38,7%. O principal produto transportado pela MRS é o minério de ferro. Em 2016, a empre- sa transportou 123.850 milhões de toneladas do recurso. Em seguida vem a indústria siderúrgica (6.067 milhõesdetoneladas)eaçúcar(3.103 milhões de toneladas). AEstradadeFerroVitóriaaMinas (EFVM) – Vale S.A., transportou, em 2006, 131.620 milhões de tone- ladas, sendo que em 2016 passou para 129.601 milhões de toneladas, queda de 1,5%. No ano passado, a empresa transportou 116.228 mi- lhões de toneladas de minério de ferro; 5.305 milhões de toneladas da indústria siderúrgica; e 4.552 milhões de toneladas de carvão/ coque, entre outros. A Ferrovia Centro-Atlântica S.A. (FCA) transportava, em 2006, 15.177 milhões de toneladas em 2006, passando para 24.993 milhões de toneladas em 2016, crescimento de 64,7%. Os principais produtos transportados em 2016 foram soja e farelo de soja (5.589 milhões de toneladas), minério de ferro (3.797 milhõesdetoneladas)eaçúcar(3.182 milhões de toneladas). Minério de ferro - Em todo o País, aprincipalmercadoriatransportada nasferroviaséominériodeferro,com 397.639milharesdetoneladassendo carregadas em 2016. Os demais são: sojaefarelodesoja(22.820milhares de toneladas); indústria siderúrgica (14.446 milhares de toneladas); açú- car (14.359 milhares de toneladas); produção agrícola (10.486 milhares de toneladas); carvão/coque (9.743 milharesdetoneladas);granéis/mi- nerais(7.031milharesdetoneladas); extração vegetal/celulose (5.578 milhares de toneladas); adubos/ fertilizantes(4.340milharesdetone- ladas); contêiner (3.623 milhares de toneladas); cimento (2.880 milhares de toneladas); indústria cimenteira e construção civil (2.100 milhares de toneladas); combustíveis, deri- vados do petróleo/álcool (8.690 milhares de toneladas); carga geral não conteinerizada (69 milhares de toneladas). Segundo a ANTT, só o volume de minério de ferro transportado aumentou de 281.691 milhões de toneladas para 397.639 milhões de toneladas entre 2006 e 2016, cres- cimento de 41%. A movimentação de outras categorias de produtos, como açúcar – que passou de 4.998 milhares de toneladas para 14.359 milhares de toneladas, também cresceu. Outro exemplo positivo é a produção agrícola: em 2006 foram transportados 4.635 milhões de toneladas, passando para 10.486 milhões de toneladas em 2016, au- mento de 126%. Menor demanda - No entanto, em função da crise econômica, nove dos 14 subgrupos de mercadorias analisadas demandaram menos o transporteferroviárioduranteoano de 2016 do que durante o primeiro ano do levantamento. É o caso, por exemplo, de adubos e fertilizantes, em que os 6.232 milhões de tone- ladas transportadas por trem em 2006 caíram para 4.340 milhões de toneladas, em 2016. Na indústria si- derúrgica,areduçãofoiaindamaior. Segundo a ANTT, nesse subgrupo, o total transportado por trens caiu de21.287milhõesdetoneladaspara 14.446 milhões de toneladas, no período, com queda de 32%. AindasegundoaANTT,oanuário possui um conjunto de informações que poderão ser utilizadas no pro- cesso de formulação de políticas públicas, no desenvolvimento de estudos e pesquisas pelas universi- dades e por empresas, entre outros. Volume carregado por trens subiu 29,5% no País LOGÍSTICA Nos últimos três anos o segmento cresceu 15% ao ano, fechando o período com incremento de 64% O transporte de cargas gerais já representa 25% do negócio da MRS, que pretende implementar grade fixa entre Rio de Janeiro e Belo Horizonte DIVULGAÇÃO Vendas dos distribuidores devem cair 5% neste ano São Paulo - Depois de um primeiro semestre pior do que o esperado, o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) revisou para baixo, ontem, sua estimativa de vendas para este ano. A nova projeção é de que as vendas da rede de distribui- ção caiam 5% neste ano em relação ao ano passado, ante uma estimativa anterior de recuo de 2%. Segundo o presidente do Inda, Carlos Loureiro, con- siderando o acumulado dos últimos 12 meses do ano, a queda em relação ao mesmo período do ano anterior é de 5,6%. Já na comparação de semestre contra semestre o recuo chega a 11%. O desempenho do Inda vem na contramão do con- sumo aparente de aço plano no Brasil, que no primeiro semestrecresceucercade14%. Issoporque,explicaLoureiro, parte desse crescimento está vindo do setor automotivo e o de máquinas agrícolas, que compram diretamente das usinas e não da rede de distribuição. O motivo des- se descolamento, segundo o executivo, é a perda do market share para produtos importados e ainda a penali- zaçãodaredededistribuição dos seguidos aumentos de preços capitaneados pelas siderúrgicas. Aumentosdepreços-Oau- mentodepreçosdaUsiminas paraabobinaaquentevaleráa partirdodia21dejulho,disse ontem o presidente do Inda. Já a ArcelorMittal reajustará seus preços em 10% para a rede de distribuição a partir do dia 24 e a Gerdau no dia 1 de agosto, também com o percentualde10%.Oexecutivo disse que a CSN ainda não comunicou reajustes, mas a expectativaédequeaempresa siga o mesmo caminho. Loureiro explicou que a razão do aumento de preços para a bobina a quente é que hojehámaisriscosdeaumento de importação para a bobina a frio.(AE) 5BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 19 DE JULHO DE 2017 Rio Tinto reduziu projeção para embarques MINÉRIO DE FERRO AÇO