Em 3 frases ou menos:
O documento descreve os eventos do movimento estudantil brasileiro em 1968, começando com a morte do estudante Edson Luís durante um protesto em março, que levou a grandes manifestações pelo país. A narrativa continua com os confrontos violentos entre estudantes e policiais em junho, culminando na histórica "Passeata dos Cem Mil" em 26 de junho. O texto analisa esses acontecimentos através dos depoimentos de líderes estudantis da época.
1) O documento discute as identidades e trajetórias de jovens mulheres quilombolas da comunidade de São José da Serra.
2) A comunidade preserva a cultura do jongo e busca garantir que a tradição não se perca, permitindo a entrada de jovens na roda de jongo.
3) Ser jovem no meio rural significa lidar com a dualidade entre ficar na comunidade ou sair em busca de melhores oportunidades.
Este documento discute a influência da militância comunista familiar na adesão de novos militantes ao Partido Comunista do Brasil (PCB) em meados do século XX. Analisa o depoimento de um ex-militante do PCB cujo pai também havia militado no partido nas décadas de 1930 e 1940. Apesar das dificuldades enfrentadas pela família devido à perseguição política, os ideais de solidariedade e igualdade transmitidos do pai influenciaram fortemente a adesão do filho ao partido, demonstrando que
1. O documento discute as relações entre juventude e escola no Brasil contemporâneo, questionando o papel da escola na socialização dos jovens, especialmente dos das camadas populares.
2. O autor argumenta que as tensões entre juventude e escola refletem mudanças profundas na sociedade ocidental que afetam os processos de socialização.
3. Ele analisa a "condição juvenil" no Brasil, caracterizando os jovens que frequentam escolas públicas e discutindo dimensões como classe social, mercado de trabalho e cult
O documento discute dois momentos de eleições internas (1986 e 2006) em uma instituição de ensino pública com mais de 100 anos de história. Analisa como esses momentos contribuíram para rupturas e permanências na instituição a partir das teorias de Bourdieu e Foucault sobre poder, capital social e habitus. Também examina como o corpo docente apropriou-se do capital cultural e do habitus ao longo do tempo.
1) O documento discute as fronteiras culturais e etnicidades na cidade de Joinville (SC) a partir de narrativas orais.
2) A cidade é vista hoje como cosmopolita com contribuições de diferentes grupos étnicos, em contraste com visões anteriores que a enxergavam como uma pequena Alemanha.
3) As novas abordagens sobre o passado de Joinville visam legitimar as identidades étnicas que reivindicam reconhecimento.
Este documento analisa as experiências de jovens do sexo masculino em Florianópolis que trabalham como jogadores de futebol ou comercializando entorpecentes entre 1980 e 2005. O primeiro trabalho é considerado legítimo e o segundo ilegítimo. As experiências desses jovens de camadas populares refletem embates entre interesses familiares, políticas estatais e empregadores.
1) O documento apresenta o resumo de uma palestra sobre a história de vida de Jean Charles de Menezes, um brasileiro que migrou de Gonzaga, Minas Gerais para Londres.
2) Jean Charles foi morto em 2005 pela polícia de Londres que o "confundiu" com um terrorista no metrô da cidade.
3) A palestra analisa como a trajetória de vida e morte dramática de Jean Charles pode ajudar a compreender os contextos de preconceito e discriminação que imigrantes enfrentam nas sociedades que
1) O documento discute a narrativa de jovens sobre o desenvolvimento urbano da cidade de Santa Cruz do Sul no Rio Grande do Sul, Brasil.
2) A análise revelou um "hiato de memória" sobre o desenvolvimento urbano devido à ruptura com a tradição oral entre gerações, possivelmente ligado à migração.
3) Tanto jovens migrantes quanto de "segunda geração" tiveram dificuldades em narrar a história de suas famílias, indicando uma desconexão entre memória e hist
1) O documento discute as identidades e trajetórias de jovens mulheres quilombolas da comunidade de São José da Serra.
2) A comunidade preserva a cultura do jongo e busca garantir que a tradição não se perca, permitindo a entrada de jovens na roda de jongo.
3) Ser jovem no meio rural significa lidar com a dualidade entre ficar na comunidade ou sair em busca de melhores oportunidades.
Este documento discute a influência da militância comunista familiar na adesão de novos militantes ao Partido Comunista do Brasil (PCB) em meados do século XX. Analisa o depoimento de um ex-militante do PCB cujo pai também havia militado no partido nas décadas de 1930 e 1940. Apesar das dificuldades enfrentadas pela família devido à perseguição política, os ideais de solidariedade e igualdade transmitidos do pai influenciaram fortemente a adesão do filho ao partido, demonstrando que
1. O documento discute as relações entre juventude e escola no Brasil contemporâneo, questionando o papel da escola na socialização dos jovens, especialmente dos das camadas populares.
2. O autor argumenta que as tensões entre juventude e escola refletem mudanças profundas na sociedade ocidental que afetam os processos de socialização.
3. Ele analisa a "condição juvenil" no Brasil, caracterizando os jovens que frequentam escolas públicas e discutindo dimensões como classe social, mercado de trabalho e cult
O documento discute dois momentos de eleições internas (1986 e 2006) em uma instituição de ensino pública com mais de 100 anos de história. Analisa como esses momentos contribuíram para rupturas e permanências na instituição a partir das teorias de Bourdieu e Foucault sobre poder, capital social e habitus. Também examina como o corpo docente apropriou-se do capital cultural e do habitus ao longo do tempo.
1) O documento discute as fronteiras culturais e etnicidades na cidade de Joinville (SC) a partir de narrativas orais.
2) A cidade é vista hoje como cosmopolita com contribuições de diferentes grupos étnicos, em contraste com visões anteriores que a enxergavam como uma pequena Alemanha.
3) As novas abordagens sobre o passado de Joinville visam legitimar as identidades étnicas que reivindicam reconhecimento.
Este documento analisa as experiências de jovens do sexo masculino em Florianópolis que trabalham como jogadores de futebol ou comercializando entorpecentes entre 1980 e 2005. O primeiro trabalho é considerado legítimo e o segundo ilegítimo. As experiências desses jovens de camadas populares refletem embates entre interesses familiares, políticas estatais e empregadores.
1) O documento apresenta o resumo de uma palestra sobre a história de vida de Jean Charles de Menezes, um brasileiro que migrou de Gonzaga, Minas Gerais para Londres.
2) Jean Charles foi morto em 2005 pela polícia de Londres que o "confundiu" com um terrorista no metrô da cidade.
3) A palestra analisa como a trajetória de vida e morte dramática de Jean Charles pode ajudar a compreender os contextos de preconceito e discriminação que imigrantes enfrentam nas sociedades que
1) O documento discute a narrativa de jovens sobre o desenvolvimento urbano da cidade de Santa Cruz do Sul no Rio Grande do Sul, Brasil.
2) A análise revelou um "hiato de memória" sobre o desenvolvimento urbano devido à ruptura com a tradição oral entre gerações, possivelmente ligado à migração.
3) Tanto jovens migrantes quanto de "segunda geração" tiveram dificuldades em narrar a história de suas famílias, indicando uma desconexão entre memória e hist
1) O documento discute as noções de gênero, parentesco e identidade no sertão nordestino, especificamente na região do Cariri.
2) Questiona como conceitos como "família patriarcal" e "parentesco" podem ocidentalizar as relações sociais estudadas.
3) Defende que a antropologia deve ir além dos conceitos para captar as múltiplas formas de subjetividade e relações sociais.
O documento descreve a trajetória de uma diretora de escola em Taubaté-SP que transformou a instituição de uma situação de extrema carência para um modelo de escola. A diretora Virgínia Durci começou como professora e, ao assumir a direção da escola em 2003, encontrou o prédio destruído por um vendaval e sem mobiliário ou funcionários. Ao longo de quatro anos, por meio de sua gestão competente, a escola superou as dificuldades iniciais e tornou-se um exemplo a ser seguid
Este documento discute as relações entre memória, geração e sociabilidade na compreensão da juventude. Aponta que a memória se constrói nas relações sociais e intergeracionais, importantes para a elaboração da identidade dos jovens e orientação de seus projetos pessoais. Também destaca que a identificação de convergências e divergências entre a memória dos adultos e jovens pode indicar relações entre memória individual e coletiva entre gerações.
Este documento resume narrativas orais e escritas de estudantes angolanos no Brasil. As memórias descrevem experiências com avós tradicionais e a importância de preservar saberes culturais do passado. Alguns sentem falta de seu país natal e buscam "encarnar o espírito patriótico" de Angola.
O documento discute o movimento Hip Hop e seu papel na construção da identidade negra e juvenil no Brasil. O Hip Hop surgiu como uma forma de resistência cultural que ofereceu aos jovens negros uma maneira de expressar suas experiências através da dança, música e arte, ao invés da violência entre gangues. O movimento cresceu e ajudou a empoderar a juventude negra e promover o respeito às diferenças raciais.
Este documento resume uma pesquisa sobre as transformações ocorridas na Praça XV de Novembro, em Florianópolis, entre 1990-2006. A pesquisa identificou novas sociabilidades e sentidos construídos neste espaço público a partir de grupos diversos que o frequentam. A história oral tem sido fundamental para entender como a praça reflete a cultura urbana em transformação da cidade.
1. O documento descreve a memória de militantes do movimento estudantil em Passo Fundo entre 1978-1985, analisando a reorganização do movimento no fim do regime militar e a disputa entre correntes políticas de esquerda e direita.
2. Em 1978 houve um crescimento da participação estudantil na universidade de Passo Fundo e uma difusão de conceitos políticos. Em 1979 ocorreu a primeira eleição direta para o Diretório Central dos Estudantes vencida por uma chapa de situação.
3. O texto analisa a at
O documento analisa depoimentos de ex-militantes da Ação Popular Marxista Leninista (APML) no Brasil sobre a história e memória da organização. A APML surgiu na década de 1960 a partir da Juventude Universitária Católica (JUC) e se voltou para o socialismo democrático e a revolução brasileira, o que gerou conflito com a hierarquia católica. Posteriormente, adotou o marxismo-leninismo. Os depoimentos abordam as alianças com outros grupos de esquerda,
O evento debateu o papel da mídia independente e comunitária no combate à violência urbana no Brasil, contando com a participação de 50 profissionais do setor. Foram discutidos temas como o modelo de radiodifusão em emissoras comunitárias versus públicas, como a mídia comunitária aborda a violência nas comunidades e as possibilidades das novas tecnologias para a produção e compartilhamento de informações nesses veículos. O objetivo foi identificar formas de superar limitações e avançar no enfrentamento da
Este documento resume uma comunicação sobre experiências de jovens homossexuais em pequenas e médias cidades do Oeste do Paraná, baseada em narrativas de história oral. A comunicação analisa como os viveres destes jovens se constituíram nas dinâmicas entre o rural e o urbano, ilustrando com os relatos de Gilvan e Maicon, que mostram como valores e práticas do meio rural influenciaram suas identidades.
O documento descreve alguns eventos ocorridos em Pernambuco no ano de 1968, incluindo protestos estudantis contra aumento nas passagens de ônibus e repressão policial durante um trote universitário. Também relata lutas de trabalhadores rurais contra a exploração patronal que piorou após o golpe militar de 1964.
O documento é um planejamento didático para uma aula sobre a ditadura militar no Brasil. A aula usará a música "Para não dizer que não falei das flores" de Geraldo Vandré para discutir a repressão política no período e promover uma reflexão crítica sobre os direitos humanos e cidadania. Os alunos analisarão recortes de jornais e fotos do período e debaterão sobre ganhos e perdas da participação popular.
O documento apresenta um planejamento didático para uma aula sobre a ditadura militar no Brasil utilizando a música como ferramenta. A aula tem como objetivo fazer com que os alunos conheçam e reflitam sobre a luta pela cidadania durante a ditadura através da análise da música "Para não dizer que não falei das flores". A aula também inclui debates e análise de materiais sobre o período para promover uma leitura crítica do tema.
O documento descreve o movimento estudantil no Brasil ao longo dos séculos 19 e 20, incluindo ocupações de prédios da USP em 2011 e o papel da UNE na mobilização contra o regime militar e o governo Collor.
1) O documento resume os principais movimentos sociais e temas cobrados pelo Enem nas disciplinas de Ciências Humanas, incluindo movimentos populares, sindicais e revoltas no Brasil entre os séculos XIX e XX, além de eventos culturais e políticos da década de 1960.
2) Movimentos como Canudos, Contestado, Cangaço, Revoltas da Armada, Vacina e Tenentismo são descritos como formas de resistência de camponeses e setores militares contra o governo e a concentração de terras no Brasil.
O documento descreve eventos importantes que ocorreram em 1968 ao redor do mundo, incluindo protestos estudantis na França que levaram a uma greve geral, a contracultura hippie nos Estados Unidos, e o massacre de estudantes no México durante um protesto em Tlatelolco.
O documento descreve a Crise Académica de 1969 em Coimbra, Portugal, quando estudantes se revoltaram contra o regime autoritário de Salazar. Os estudantes exigiram representação no governo da universidade e boicotaram as aulas e exames em protesto contra a repressão do regime. A crise acadêmica cresceu em escala nacional e internacional e ajudou a enfraquecer o regime de Salazar.
O documento resume os principais acontecimentos políticos e sociais de 1968 ao redor do mundo, com ênfase no Brasil. Em 3 frases:
1) Foi um ano marcado por protestos estudantis em todo o mundo, pela guerra no Vietnã e invasão da Tchecoslováquia.
2) No Brasil, houve manifestações contra a ditadura militar e o surgimento do movimento tropicalista.
3) O ano terminou com a edição do Ato Institucional no5, que ampliou a repressão no país.
Este documento é uma edição do jornal escolar do Ginásio Experimental Carioca Coelho Neto no Rio de Janeiro. Contém notícias sobre eventos da escola em março e abril, como passeios educativos e clubes juvenis, além de artigos sobre saúde, cultura e esportes.
Os movimentos contestatários da juventude na década de 1960 incluíram o movimento hippie, que defendia a liberdade, paz e amor, os protestos de Maio de 1968 na França contra o autoritarismo, e o movimento pelos direitos civis liderado por Martin Luther King Jr nos EUA.
1) O documento discute as noções de gênero, parentesco e identidade no sertão nordestino, especificamente na região do Cariri.
2) Questiona como conceitos como "família patriarcal" e "parentesco" podem ocidentalizar as relações sociais estudadas.
3) Defende que a antropologia deve ir além dos conceitos para captar as múltiplas formas de subjetividade e relações sociais.
O documento descreve a trajetória de uma diretora de escola em Taubaté-SP que transformou a instituição de uma situação de extrema carência para um modelo de escola. A diretora Virgínia Durci começou como professora e, ao assumir a direção da escola em 2003, encontrou o prédio destruído por um vendaval e sem mobiliário ou funcionários. Ao longo de quatro anos, por meio de sua gestão competente, a escola superou as dificuldades iniciais e tornou-se um exemplo a ser seguid
Este documento discute as relações entre memória, geração e sociabilidade na compreensão da juventude. Aponta que a memória se constrói nas relações sociais e intergeracionais, importantes para a elaboração da identidade dos jovens e orientação de seus projetos pessoais. Também destaca que a identificação de convergências e divergências entre a memória dos adultos e jovens pode indicar relações entre memória individual e coletiva entre gerações.
Este documento resume narrativas orais e escritas de estudantes angolanos no Brasil. As memórias descrevem experiências com avós tradicionais e a importância de preservar saberes culturais do passado. Alguns sentem falta de seu país natal e buscam "encarnar o espírito patriótico" de Angola.
O documento discute o movimento Hip Hop e seu papel na construção da identidade negra e juvenil no Brasil. O Hip Hop surgiu como uma forma de resistência cultural que ofereceu aos jovens negros uma maneira de expressar suas experiências através da dança, música e arte, ao invés da violência entre gangues. O movimento cresceu e ajudou a empoderar a juventude negra e promover o respeito às diferenças raciais.
Este documento resume uma pesquisa sobre as transformações ocorridas na Praça XV de Novembro, em Florianópolis, entre 1990-2006. A pesquisa identificou novas sociabilidades e sentidos construídos neste espaço público a partir de grupos diversos que o frequentam. A história oral tem sido fundamental para entender como a praça reflete a cultura urbana em transformação da cidade.
1. O documento descreve a memória de militantes do movimento estudantil em Passo Fundo entre 1978-1985, analisando a reorganização do movimento no fim do regime militar e a disputa entre correntes políticas de esquerda e direita.
2. Em 1978 houve um crescimento da participação estudantil na universidade de Passo Fundo e uma difusão de conceitos políticos. Em 1979 ocorreu a primeira eleição direta para o Diretório Central dos Estudantes vencida por uma chapa de situação.
3. O texto analisa a at
O documento analisa depoimentos de ex-militantes da Ação Popular Marxista Leninista (APML) no Brasil sobre a história e memória da organização. A APML surgiu na década de 1960 a partir da Juventude Universitária Católica (JUC) e se voltou para o socialismo democrático e a revolução brasileira, o que gerou conflito com a hierarquia católica. Posteriormente, adotou o marxismo-leninismo. Os depoimentos abordam as alianças com outros grupos de esquerda,
O evento debateu o papel da mídia independente e comunitária no combate à violência urbana no Brasil, contando com a participação de 50 profissionais do setor. Foram discutidos temas como o modelo de radiodifusão em emissoras comunitárias versus públicas, como a mídia comunitária aborda a violência nas comunidades e as possibilidades das novas tecnologias para a produção e compartilhamento de informações nesses veículos. O objetivo foi identificar formas de superar limitações e avançar no enfrentamento da
Este documento resume uma comunicação sobre experiências de jovens homossexuais em pequenas e médias cidades do Oeste do Paraná, baseada em narrativas de história oral. A comunicação analisa como os viveres destes jovens se constituíram nas dinâmicas entre o rural e o urbano, ilustrando com os relatos de Gilvan e Maicon, que mostram como valores e práticas do meio rural influenciaram suas identidades.
O documento descreve alguns eventos ocorridos em Pernambuco no ano de 1968, incluindo protestos estudantis contra aumento nas passagens de ônibus e repressão policial durante um trote universitário. Também relata lutas de trabalhadores rurais contra a exploração patronal que piorou após o golpe militar de 1964.
O documento é um planejamento didático para uma aula sobre a ditadura militar no Brasil. A aula usará a música "Para não dizer que não falei das flores" de Geraldo Vandré para discutir a repressão política no período e promover uma reflexão crítica sobre os direitos humanos e cidadania. Os alunos analisarão recortes de jornais e fotos do período e debaterão sobre ganhos e perdas da participação popular.
O documento apresenta um planejamento didático para uma aula sobre a ditadura militar no Brasil utilizando a música como ferramenta. A aula tem como objetivo fazer com que os alunos conheçam e reflitam sobre a luta pela cidadania durante a ditadura através da análise da música "Para não dizer que não falei das flores". A aula também inclui debates e análise de materiais sobre o período para promover uma leitura crítica do tema.
O documento descreve o movimento estudantil no Brasil ao longo dos séculos 19 e 20, incluindo ocupações de prédios da USP em 2011 e o papel da UNE na mobilização contra o regime militar e o governo Collor.
1) O documento resume os principais movimentos sociais e temas cobrados pelo Enem nas disciplinas de Ciências Humanas, incluindo movimentos populares, sindicais e revoltas no Brasil entre os séculos XIX e XX, além de eventos culturais e políticos da década de 1960.
2) Movimentos como Canudos, Contestado, Cangaço, Revoltas da Armada, Vacina e Tenentismo são descritos como formas de resistência de camponeses e setores militares contra o governo e a concentração de terras no Brasil.
O documento descreve eventos importantes que ocorreram em 1968 ao redor do mundo, incluindo protestos estudantis na França que levaram a uma greve geral, a contracultura hippie nos Estados Unidos, e o massacre de estudantes no México durante um protesto em Tlatelolco.
O documento descreve a Crise Académica de 1969 em Coimbra, Portugal, quando estudantes se revoltaram contra o regime autoritário de Salazar. Os estudantes exigiram representação no governo da universidade e boicotaram as aulas e exames em protesto contra a repressão do regime. A crise acadêmica cresceu em escala nacional e internacional e ajudou a enfraquecer o regime de Salazar.
O documento resume os principais acontecimentos políticos e sociais de 1968 ao redor do mundo, com ênfase no Brasil. Em 3 frases:
1) Foi um ano marcado por protestos estudantis em todo o mundo, pela guerra no Vietnã e invasão da Tchecoslováquia.
2) No Brasil, houve manifestações contra a ditadura militar e o surgimento do movimento tropicalista.
3) O ano terminou com a edição do Ato Institucional no5, que ampliou a repressão no país.
Este documento é uma edição do jornal escolar do Ginásio Experimental Carioca Coelho Neto no Rio de Janeiro. Contém notícias sobre eventos da escola em março e abril, como passeios educativos e clubes juvenis, além de artigos sobre saúde, cultura e esportes.
Os movimentos contestatários da juventude na década de 1960 incluíram o movimento hippie, que defendia a liberdade, paz e amor, os protestos de Maio de 1968 na França contra o autoritarismo, e o movimento pelos direitos civis liderado por Martin Luther King Jr nos EUA.
Este documento resume as principais informações sobre o Movimento da Cabanagem no Pará no século XIX. Apresenta o contexto de pobreza e exploração que levou à revolta dos cabanos entre 1835-1840 contra o governo. Também descreve o Memorial da Cabanagem erguido em 1985 para homenagear a luta heróica deste povo e manter viva sua memória.
O documento descreve as principais transformações nos comportamentos e na cultura no início do século XX na Europa Ocidental após a Primeira Guerra Mundial. Aborda a mudança nos valores tradicionais e na vida urbana com o surgimento de novas formas de sociabilidade, bem como o impacto das novas concepções científicas e artísticas como o feminismo, o relativismo e as vanguardas.
ANA MARGARIDA FURTADO ARRUDA ROSEMBERG – SOBRAMES CE – ANTOLOGIA 2012 Sérgio Pitaki
O documento descreve os eventos do Maio de 1968 na França, quando estudantes e trabalhadores se revoltaram contra a sociedade conservadora do país na época. O movimento começou com protestos de estudantes da Universidade de Nanterre e se espalhou para a Sorbonne em Paris. Greves gerais paralisaram a França e milhões de pessoas marcharam pelas ruas da capital exigindo mais liberdades e direitos. O Maio de 1968 teve profundas consequências na sociedade francesa e influenciou o resto da Europa.
O documento resume um plano de aulas sobre a ditadura militar no Brasil. Serão duas aulas entre 2013 e a professora Adriana Gomes Messias. O objetivo é discutir a ditadura, a tortura e repressão, e os movimentos de protesto como os festivais musicais. Referências como sites, filmes e livros são fornecidos para estudo adicional.
Este documento resume as principais informações sobre o Movimento da Cabanagem no Pará no século XIX. Discute (1) a história do movimento, incluindo suas causas e desenvolvimento entre 1835-1840; (2) o Memorial da Cabanagem, construído em 1985 para comemorar o movimento; e (3) reflexões finais sobre o legado da Cabanagem.
Este documento resume as principais informações sobre o Movimento da Cabanagem no Pará no século XIX. Discute (1) a história do movimento, incluindo as causas de revolta dos cabanos e como se desenrolou o conflito entre 1835-1840; (2) o Memorial da Cabanagem construído em 1985 para homenagear a revolta; e (3) reflexões finais sobre o legado deste importante levante popular na história do Brasil.
1) O documento é uma coletânea de textos sobre os movimentos de protesto que eclodiram em diversos países em 2011, como Occupy Wall Street e os Indignados.
2) Os autores analisam as causas e significados desses movimentos, que denunciaram a desigualdade e a crise do capitalismo financeiro.
3) No entanto, concordam que esses movimentos carecem de uma definição estratégica e programática clara, apesar de terem conquistado espaço público para a discussão política.
O movimento estudantil brasileiro teve início em 1710 quando estudantes expulsaram invasores franceses do Rio de Janeiro. Ao longo do tempo, passou por fases de atuação individual, coletiva e organizada, lutando por democracia e direitos estudantis. Suas principais reivindicações eram por mais verbas para educação, melhorias nas escolas e acesso ao ensino superior.
Este documento discute a relação entre jovens e consumo na construção de identidade. Analisa como jovens de uma área pobre do Distrito Federal lidam com sua vulnerabilidade social através do estilo de vida e comportamentos no dia a dia. A pesquisa mostra como o consumo é essencial na identidade juvenil e como jovens de baixa renda resistem por meio da cultura.
Este artigo analisa os pressupostos de programas sociais brasileiros que transferem renda para jovens pobres e exigem contrapartidas. Os autores discutem como esses programas buscam oferecer renda diretamente a jovens e promover sua inclusão social e produtiva, levantando questões sobre seus efeitos reais.
O documento discute o caso de um jovem psicótico que passou por um longo período de institucionalização psiquiátrica desnecessária. Após isso, ele começou um tratamento em um Centro de Reabilitação Psicossocial que oferecia atendimento diário. O artigo relata momentos desse novo tratamento e as falas do jovem, ilustrando a riqueza de seu quadro clínico e como a abordagem do centro foi mais benéfica do que a institucionalização anterior.
O documento descreve o 8o número do Cadernos de Sociologia e Política publicado pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) em novembro de 2005. O número contém o Fórum dos Alunos do IUPERJ e informações sobre a equipe editorial e gráfica responsável pela publicação.
Este documento resume um estudo sobre as experimentações sexuais de jovens que participaram de uma ação de saúde sobre DST/AIDS coordenada por uma ONG de defesa dos direitos humanos e livre expressão sexual. O estudo analisou como esses jovens lidam com a sexualidade diante da homofobia na sociedade brasileira e foi orientado por pesquisa-intervenção, com resultados mostrando os desafios enfrentados na saída do armário.
Este estudio examinó un modelo ecológico para predecir la conducta antisocial en jóvenes mexicanos, considerando factores como la violencia familiar, el consumo de alcohol de las madres y el apoyo de los amigos. 204 adolescentes completaron cuestionarios sobre estos temas. Los resultados sugirieron que la violencia familiar y la falta de apoyo de amigos aumentan el riesgo de comportamiento antisocial, mientras que el consumo moderado de alcohol materno no tuvo un efecto significativo.
O documento discute como a sociedade mudou a visão de futuro entre os jovens, com menos foco no adiamento de recompensas e mais no presente. Tradicionalmente, as pessoas adiavam a satisfação para o futuro, mas hoje em dia os jovens valorizam mais experiências no momento.
O documento discute como negros criaram ativamente culturas e identidades próprias no Novo Mundo apesar da deportação atlântica e escravidão. Essas novas culturas negros tiveram que se desenvolver rapidamente sob pressão para significar algo para os próprios negros de origens diversas e também para os brancos, embora de forma diferente.
El documento analiza el papel que juega la juventud como generación en el contexto del aumento de las acciones colectivas y la convivencia de movimientos sociales de múltiples orientaciones. Discute dos dimensiones: su importancia dentro de movimientos que involucran a diferentes sujetos y cuyas demandas tienen un alcance más general, y en qué medida los jóvenes se convierten en actores sociales específicos reconocidos como sujetos en sí mismos. Concluye que los jóvenes no han constituido movimientos sociales con un mar
O artigo discute como a idade moderna começou sob o signo do risco, com as descobertas territoriais e científicas que desafiaram os limites culturais da época. O risco se tornou um tema central da cultura moderna à medida que as pessoas estavam dispostas a arriscar recursos e suas próprias vidas para demonstrar novas representações do mundo.
O documento discute como o rap e o funk influenciam a socialização de jovens pobres nas periferias de Belo Horizonte, Brasil, analisando como pertencer a grupos musicais afeta suas vidas e como essas práticas culturais se relacionam com seus processos sociais.
La violencia juvenil es un problema en las sociedades posindustriales debido a las condiciones de pobreza y falta de oportunidades que enfrentan muchos jóvenes. Las grandes ciudades modernas ocultan barrios pobres donde los niños carecen de nutrición, higiene e educación, lo que los hace propensos a la delincuencia. La sociedad intenta corregir este problema, pero tiene poco éxito. Solo en el futuro podrían garantizarse plenamente los derechos de los niños y adolescentes para que puedan desarrollarse de
Mais de Observatório Juvenil do Vale UNISINOS (12)
1. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS
1968: MEMÓRIA DOS ATORES E SEUS REFLEXOS
Angélica Müller *
Não há momento mais marcante na história do movimento estudantil (ME) brasileiro, e
porque não dizer na história do ME em todo mundo, que o “mágico” ano de 1968. Fatos
como a “Passeata dos Cem Mil” são rememorados pelas gerações vindouras como
expoente da capacidade de articulação e rebelião dos jovens estudantes.
O texto aqui descrito tem este duplo intuito: apresentar os acontecimentos de 68 através
da memória daqueles que tiveram o papel central, os estudantes, e evidenciar e refletir
sobre o significado desta memória que continua povoando o imaginário de muitos
jovens.
Para tanto, a narrativa ganha destaque no desencadeamento do texto. Como bem
constata Lucilia Neves Delgado, a narrativa como fonte para construção do
conhecimento histórico tem um potencial inesgotável, pois é também instrumento de
retenção do passado e, por conseqüência, suporte do olhar da memória (DELGADO,
2003, p.22).
O histórico aqui apresentado será construído através da narrativa realizada pelos
principais expoentes da militância estudantil de 1968: Vladimir Palmeira, Jean Marc
von der Weid, Franklin Martins, José Dirceu, Paulo de Tarso Venceslau, Bernardo
Joffily e Cláudio Fonteles. Os depoimentos 1 foram colhidos para o Projeto Memória do
Movimento Estudantil entre os anos de 2004 e 2005 e estão disponíveis em seu site.
Segundo o historiador Daniel Aarão Reis, também importante militante da época, 1968
foi o ano de paixões desencadeadas em várias partes mundo. (REIS; MORAES. 1988).
O ponto inicial e a confluência de todos esses movimentos está na Guerra do Vietnã: a
ofensiva do Tet, em janeiro, passou a acalentar idéias de que a união do povo e sua
organização eram fatores fundamentais para o sucesso das idéias revolucionárias
(quaisquer que fossem) e, a partir daí, os gritos por liberdade foram bradados em
diferentes países nos quatro cantos do mundo.
Esses gritos ecoaram também no Brasil, mas a liberdade soou de maneira específica.
Isso não quer dizer que o desenrolar dos processos internacionais não influenciaram na
luta dos jovens estudantes brasileiros. No mundo inteiro, novos padrões de
comportamento e modos de vida passaram a ser explorados. Mas, o apelo por mudanças
*
Doutoranda em História Social pela Universidade de São Paulo, bolsista CAPES. Coordenadora-técnica
do Projeto Memória do Movimento Estudantil.
2. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS
comportamentais e culturais que tiveram grande importância no caso francês, e também
no americano, no Brasil, surgia como pano de fundo para uma ação centrada na política
contra a ditadura militar vigente no país.
Depois do golpe militar de 1964, os estudantes levaram dois anos para se reorganizar
dando início à escalada rumo ao ápice do movimento de protesto de 68. Em 1966 foi
realizado clandestinamente o Congresso da UNE e o ME foi para as ruas protestar
contra a política educacional. Dentre inúmeras manifestações, uma despertou comoção
nacional: a invasão dos militares à Faculdade de Medicina na Praia Vermelha (Rio de
Janeiro), que entrou para a história como o “Massacre da Praia Vermelha” porque a
repressão agrediu brutalmente os estudantes.
Assim, estava configurada a conjuntura nacional que desencadearia nas lutas decisivas
de 1968. O primeiro grande ato político deste ano no Brasil aconteceu no final de
março, no Rio de Janeiro. No dia 31, os estudantes realizaram uma manifestação em
defesa da permanência do restaurante estudantil Calabouço, local de reuniões e
mobilizações de estudantes. Como a ditadura queria fechá-lo, aconteceu um embate
entre militares e estudantes culminando com a morte do estudante secundarista Edson
Luís de Lima Souto.
Vladimir Palmeira, presidente da União Metropolitana de Estudantes (UME) na época,
lembra do acontecimento:
Uma primeira vítima mortal. Nós já tínhamos dito que um dia ia morrer
estudante, sabíamos que ia morrer. Havia uma fronteira da polícia, e até
onde ela chegaria? Foi um clima de grande indignação. Esse era o clima
dominante da Assembléia. Nós passamos a noite na Assembléia e, no dia
seguinte, foram os momentos mais bonitos do enterro do Edson Luís,
quando começaram a chegar àqueles colégios de padres e de freiras (...)
para visitar. Lançaram aquela palavra de ordem “Podia ser um filho seu”,
que foi uma palavra de ordem notável, que também não foi uma liderança
que criou. Aquilo foi uma criação coletiva, alguém fez. Fizeram uma faixa,
o pessoal gritava, foi criando aquele tom. Aquela manifestação
impressionante, popular. (Depoimento de Vladimir Palmeira concedido ao
Projeto Memória do Movimento Estudantil em 12/09/2005).
Um longo cortejo foi realizado levando mais de cinqüenta mil pessoas do velório na
Assembléia Legislativa até o cemitério São João Batista. Em todo país, várias
manifestações ocorreram em conseqüência disso, ampliando o número de mortos e
feridos. Na missa de sétimo dia, como forma de conter a pressão, o governo decretou
ponto facultativo na cidade e o exército ocupou o centro levando a um novo choque
entre estudantes e militares.
Toda imprensa deu ampla cobertura ao acontecimento, bem como aos demais que se
seguiram. Uma das revistas de maior circulação na época, a Manchete trouxe na capa
2
3. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS
inteira da edição de 13 de abril a foto dos estudantes conduzindo o corpo de Édson Luis
com os dizeres: “A morte de um estudante traumatiza o país”. (Manchete, nº 834, 13
abril de 1968, p. 04-13) Nove páginas foram dedicadas à matéria com inúmeras
fotografias.
A comoção da morte de um estudante acabou não só por abalar a sociedade como
também levou a uma mudança na forma de atuação, tanto dos estudantes, como dos
militares.
Jean Marc, presidente da UNE eleito em 1968, relembra que a morte de Edson Luis foi
o marco do início das mobilizações de 1968. Partindo de uma questão ultra-específica,
que era a resistência contra o fechamento do restaurante Calabouço, tornou-se uma
questão muito mais ampla, de denúncia contra a violência, contra o arbítrio, contra a
repressão, contra o regime. A partir daí conflitos armados e sangrentos ocorreram em
todo o país nos meses seguintes.
Entre abril e maio o movimento repôs suas forças através de pequenas manifestações
locais cujo principal tema era a crítica à política educacional do governo. Apresentavam
reivindicações precisas e propunham o diálogo com o governo, diálogo esse que não
tinha resposta. Conforme Daniel Aarão Reis, os dirigentes estudantis expressavam
aspirações enraizadas no cotidiano de estudantes e professores (REIS; MORAES, 1988,
p. 16).
As idéias de liberdade espalhadas por todo o mundo ganharam contorno específico no
Brasil. A luta focada contra a política educacional do governo assumiu uma posição
mais ampla, contra o regime. Em final de junho, o ME definiu-se pelo uso da violência.
Decididos a se fazer ouvir pelo ministro da Educação, os estudantes resolveram ocupar
o prédio do MEC no Rio de Janeiro. Estava instalado o palco para o episódio que ficou
conhecido como a “quarta-feira sangrenta”. Nesse dia foram construídas barricadas na
avenida central da cidade e o choque com a polícia se deu nesse mesmo lugar. Vladimir
Palmeira relembra:
Quando a polícia veio, naquele passo terrível, largos, aqueles passos de
ganso, disseram: “o que a gente faz?” Eu disse: “vamos resistir.” Quando
chegou, sei lá, a uns cinqüenta metros, a gente disse: “vamos para cima
deles!” E fomos e batemos na polícia pela primeira vez. A polícia saiu
correndo e nós atrás pelas aquelas ruelas do Centro, invertendo as coisas.
Nós passamos quatro anos correndo deles. Dessa vez, eles estavam
correndo da gente. Aí, pronto, virou uma batalha campal, porque
mandaram a cavalaria e a gente jogou chimbra, bola de gude, rolhas.
Cavalo caiu, menino andou em cavalo. Eu me lembro que teve um menino
que botou um capacete da Polícia do Exército e montou no cavalo e saiu
montado no cavalo. Houve de tudo. A massa é criativa. Até que tocaram
fogo num caminhão do exército. Nesse momento, a barra pesou, chegou a
3
4. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS
PE e eu me mandei. O Jean Marc foi preso. Essa foi a Quarta-feira
Sangrenta. (Depoimento de Vladimir Palmeira concedido ao Projeto
Memória do Movimento Estudantil em 12/09/2005).
Nova passeata foi marcada para sexta-feira na Praça Tiradentes em protesto ao ataque
realizado no dia anterior. Jean Marc, que estava preso no dia, conta o que os colegas lhe
disseram:
Literalmente o Rio de Janeiro passou por uma insurreição, que foi o
chamado dia da Sexta-feira Sangrenta, porque metade do grupo que estava
em frente à embaixada [americana] correu para o centro da cidade e
começou a montar barricada. (...) E, de repente, a população entrou no
jogo. Quer dizer aquilo foi uma insurreição popular. Os estudantes foram o
estopim do início daquela história, que só terminou às 20h da noite. Teve
um nível de violência, agressividade, de parte a parte, extremamente
intenso. (Depoimento de Jean Marc von der Weid concedido ao Projeto
Memória do Movimento Estudantil em 07/10/2004).
A seqüência de passeatas e conflitos brutais desembocou na grande “Passeata dos Cem
mil”, realizada em 26 de junho. Por um momento, o regime recuou e permitiu a maior
manifestação ocorrida durante a ditadura, que levou estudantes, artistas, intelectuais,
religiosos e a população em geral há realizar uma passeata pacífica apresentando
denúncias contra o regime e reivindicações estudantis. Segundo Jean Marc, a origem de
todo processo sobre verba, vagas nas universidades, privatização, não privatização do
ensino desapareceu frente a um novo conteúdo que foi a luta contra o caráter repressivo
do regime militar. Junto com a “Passeata dos Cem mil”, no Rio, na grande maioria dos
Estados também houve manifestações. Este foi o momento culminante de 1968 no
Brasil.
Como resultado da passeata foi eleita uma comissão para dialogar com o presidente
Costa e Silva, chamada de “Comissão dos cem mil”. Esta Comissão definiu uma pauta
estritamente estudantil: mais verba para educação, reabertura do restaurante Calabouço
e a soltura dos presos políticos. A negociação com o governo não foi adiante. Para Jean
Marc, esta comissão cometeu um erro: “transformou uma manifestação de caráter
libertário e democrático numa manifestação reivindicativa estudantil”. (Depoimento de
Jean Marc von der Weid concedido ao Projeto Memória do Movimento Estudantil em
07/10/2004).
Depois dessa grande passeata o ME entrou num momento de refluxo. O segundo
semestre de 1968 foi marcado principalmente pelas disputas internas no movimento, o
que permitiu ao regime ganhar força contra os estudantes. Essas diferenças tornam-se
explícitas na hora da disputa pela renovação dos quadros das entidades.
4
5. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS
Foram duas as principais correntes que disputavam o ME brasileiro nesse momento.
Elas formaram dois grandes blocos: a Ação Popular (AP), força predominantemente
estudantil derivada da JUC (Juventude Universidade Católica) que juntamente com
partidos menores, como o PCdoB (Partido Comunista do Brasil) e o PCBR (Partido
Comunista Brasileiro Revolucionário), enfatizavam não só as denúncias políticas gerais
contra o regime, mas também a luta contra o imperialismo e a solidariedade com os
vietgons. A AP, durante toda a década de 1960, elegeu o presidente da UNE e muitas
entidades do ME.
Já as dissidências do Partido Comunista 2 , aliadas a Política Operária (POLOP) e em
alguns casos ao PCB (Partido Comunista Brasileiro) acreditavam que o ME deveria ser
um instrumento de politização da luta contra a política educacional do governo. Nesse
período, a “Dissidência da Guanabara” (Rio de Janeiro) e a de São Paulo ocuparam a
presidência da UME (União Metropolitana de Estudantes) e da UEE/SP (União
Estadual de Estudantes).
A disputa era acirrada e pode ser exemplificada pelo caso da UEE/SP que em seu
Congresso de 1967 acabou por eleger duas diretorias, uma vinculada a AP e outra
vinculada à Dissidência. Paulo de Tarso Venceslau, importante militante da
“Dissidência” em São Paulo, lembra do episódio:
“Quando a gente entra em 1968, a UEE tinha dois presidentes
reconhecidos: a Catarina Melloni [AP] e o Zé Dirceu [Dissidência]. Os
dois se proclamando presidente da UEE. Então, todo o ME de 68 começa
com esse clima em São Paulo, com dois presidentes. Você imagina a disputa
que era em manifestação, quem fala, hora de falar, disputa de espaço,
cotovelada daqui, pisa no pé de outro, um horror! Mas foi assim que o
movimento explodiu em 1968.” (Depoimento de Paulo de Tarso Venceslau
concedido ao Projeto Memória do Movimento Estudantil em 14/06/2004).
Enquanto as entidades aparavam suas arestas, o regime tratou de “mostrar a que veio”.
Invasões de universidades como aconteceu na Universidade de Brasília (UnB), no
Distrito Federal, em 30 de agosto, foram as preliminares dos tempos mais sombrios que
estavam por vir. Cláudio Fonteles, militante da AP na UnB na época, conta como a
Universidade era encarada pelos militares:
“O estopim da invasão da UnB foi o paroxismo daquela concepção violenta
do poder militar, traduzido naquela frase do coronel Meira Matos sobre os
três pontos vermelhos. Para ele tinha no mundo: a Rússia, a China e a
Universidade de Brasília. E eles queriam dar uma demonstração de força e
de eliminação desse centro que entendiam como altamente perigoso.”
(Depoimento de Cláudio Fonteles concedido ao Projeto Memória do
Movimento Estudantil em 11/06/2005).
5
6. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS
Outro episódio que marcou profundamente o ano de 1968 foi o conflito da Rua Maria
Antônia. Nesta rua estava localizada a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas da Universidade de São Paulo (USP), considerada “reduto” da esquerda em
São Paulo e, em frente, a Universidade Presbiteriana Mackenzie freqüentada por muitos
alunos de direita (apesar da grande maioria dos Centros Acadêmicos e do Diretório
Central dos Estudantes serem de esquerda). Segundo relato do líder estudantil José
Dirceu, uma minoria daqueles estudantes tinham sido treinados pelo Dops
(Departamento de Ordem Política).
O conflito teve início quando secundaristas realizavam um “pedágio” para coletar
fundos para a UBES (União Brasileira de Estudantes Secundaristas). A partir de um
determinado momento, esses alunos passaram a ser agredidos por um grupo de
estudantes do Mackenzie e procuraram proteção no prédio da Faculdade de Filosofia da
USP. O conflito ganhou proporções maiores e acabou por resultar na morte do
secundarista José Guimarães em 03 de outubro (DIRCEU, 1999, p. 89). José Dirceu
relembra:
“Virou uma batalha campal, e de batalha campal, virou um ataque de
ocupação. Falei assim: “Vai ser um massacre. Eles vão começar a matar
estudantes, eles vão destruir, eles vão ocupar a faculdade”. Tanto é que isso
aconteceu mesmo: a Força Pública deu cobertura para o Dops e para as
tropas de choque do Mackenzie para ocupar a faculdade e depois, juntos,
destruíram a Maria Antônia inteirinha. Isso foi um dos atos mais trágicos de
vandalismo e violência que houve na história política do Brasil!”
(Depoimento de José Dirceu concedido ao Projeto Memória do Movimento
Estudantil em 17/12/2005).
Mas, o momento de maior tensão interna no ME foi, sem dúvida, o famoso XXX
Congresso da UNE, em Ibiúna, interior de São Paulo. A começar pela sua preparação.
Em maio, a UNE realizou seu Conselho (uma espécie de reunião de diretoria) na cidade
de Salvador. A discussão pelo formato do Congresso foi o cerne do encontro e serviu
para encobrir a disputa das duas principais forças. A AP acreditava que o mesmo
deveria ser um grande ato político que significasse “uma intensificação do combate à
política educacional e à repressão da ditadura” 3 Já o contrário pensavam as
Dissidências, que acreditavam na tática dos Congressos clandestinos.
No final, ficou referendado que a responsabilidade de definição do Congresso ficaria à
cargo da diretoria da UNE. A AP queria que o Congresso se realizasse em Minas
Gerais, onde controlava o ME local. Mas, as Dissidências através de votação,
conseguiram levar o Congresso para São Paulo. Nessa mesma reunião ficou definido
que uma “comissão de especialistas” trataria da data, local e toda infra-estrutura
6
7. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS
necessária para realização do Congresso. Esta comissão foi composta por membros da
Dissidência de São Paulo que elegeram um sítio que demonstrou total ausência de infra-
estrutura para realização do Congresso. Jean Marc relata sua impressão do Congresso:
“Foram cinco dias debaixo de chuva, num lugar extremamente
desconfortável, que não estava preparado para receber mil pessoas, quer
dizer, sem uma infra-estrutura para aquela demanda enorme de pessoas.
Pessoas que levavam duas ou três horas em filas para conseguir comer um
arroz papa com feijão duro. Um negócio realmente barra pesada; só
mesmo uma paixão revolucionária para peitar aquele negócio. Fazia muito
frio. Apesar de ser outubro fazia muito frio. Choveu muito, aquela
chuvinha paulista, aquela chuva miúda que molhava e formava um
lameiro, sem lugar para dormir. Foi, realmente, um negócio bastante
pesado. E eu passei cinco dias discutindo com cada grupo de estudantes
que chegava naqueles caminhões. Eu juntava o povo e discutia, discutia,
discutia e discutia...” (Depoimento de Jean Marc von der Weid concedido
ao Projeto Memória do Movimento Estudantil em 07/10/2004).
Quando chegou a informação de que a repressão já tinha conhecimento do local e estava
muito próxima, as discussões entre os dois principais grupos se intensificaram não
resultando em um ponto de convergência, o que facilitou a prisão dos quase mil
estudantes, incluindo as principais lideranças do ME. O fichamento de todos os
estudantes presos serviu como um “banco de identificação” daqueles que entraram na
luta armada e foram presos, torturados e muitos mortos pela ditadura.
Depois de Ibiúna o ME entrou num período de refluxo. Apesar de muitas lideranças
presas, incluindo José Dirceu e Vladimir Palmeira, a diretoria da UNE resolve fazer sua
eleição em congressos regionais que elegeram Jean Marc (que conseguiu escapar da
prisão em Ibiúna) como seu novo presidente. Cabe salientar, que apesar das diferenças
entre grupos políticos, a representação da entidade conseguiu manter sua unidade.
Já com o ME bastante desmobilizado, o ano de 1968 fecha com um último ato, ou
melhor, com o Ato Institucional nº 5 4 imposto pelo regime militar em 13 de dezembro.
A violência que já estava sendo praticada nas ruas tomou uma forma muito mais
ofensiva e muitos estudantes optaram pela luta armada, entrando para clandestinidade.
A UNE continuou com seu trabalho em condições precárias e também na
clandestinidade total. Assim termina o ano de 1968 para o ME no Brasil.
Os ecos de 68 espalhados por todo mundo perpassam ao longo dos anos e a memória
daqueles eventos marca as gerações vindouras, levando aquilo que Michael Pollak
denominou de fenômeno de projeção ou identificação com determinado passado
(POLLAK, 1992, p. 201).
Bernado Jofilly, que na época era vice-presidente da UBES, lembra de uma
manifestação em prol do impeachment de Fernando Collor em 1992:
7
8. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS
“Eu estava vendo uma passeata (...) em São Paulo, e o rapaz do carro do
som dizia que aquela passeata enorme, maravilhosa – talvez até pudesse ser
comparada à grande Passeata dos Cem Mil de 1968. Quando ele acabou de
falar eu disse: -Rapaz, você está por fora! Vocês acabaram de fazer uma
passeata três ou quatro vezes maior do que a Passeata do Cem Mil, essa
que é a verdade. Vocês não precisam se envergonhar, jogar na retranca.
Vocês estão fazendo uma coisa importante, que vai entrar para a história do
ME. Com essa campanha do Fora Collor vocês puseram minha geração no
chinelo, do ponto de vista quantitativo, sem sombra de dúvida.”
(Depoimento de Bernardo Joffily concedido ao Projeto Memória do
Movimento Estudantil em 08/11/2004).
Marieta Ferreira aponta que a memória é a construção do passado pautada por emoções
e vivências e que os eventos são lembrados à luz da experiência subseqüente e das
necessidades do presente (FERREIRA APUD DELGADO, 2003, p.17). Presente e
passado se interpenetram. “Relembrar 68” 5 significava resgatar um passado de luta que
pudesse pautar a luta de então projetando novas possibilidades para o futuro.
Histórias relatadas, acontecimentos relembrados atravessam um tempo e são
reconstruídos, trazendo a possibilidade de atualização do passado no presente. Gustavo
Petta, presidente da UNE entre 2003-2007, rememora as histórias contadas por seu pai,
também um ex-militante estudantil em 1968:
“Foram várias histórias. Mas a mais marcante é a história do Congresso de
Ibiúna(...). O meu pai esteve presente no Congresso e também foi preso. A
minha avó foi uma das líderes do movimento das mães que foram até a
porta do Carandiru pedir a libertação dos filhos. Chorou, foi para o jornal,
fez todo um movimento em torno daquela questão. E foi um movimento,
inclusive, muito forte, o movimento das mães porque foram mais de 800
presos no Congresso...” (Depoimento de Gustavo Petta concedido ao
Projeto Memória do Movimento Estudantil em 11/11/2004).
Jeanne Marie Gagnebin, partindo de ensaios de Walter Benjamin, aponta a
possibilidade de uma tradição compartilhada por uma comunidade humana, tradição
retomada e transformada, em cada geração na continuidade de uma palavra transmitida
de pai para filho (GAGNEBIN, 2006, p.50). A memória coletiva de 68 relembrada
passa fazer parte de um histórico pessoal, regressando mais uma vez ao “fenômeno de
projeção” defendido por Pollak, gerando assim uma afirmação ainda maior para seu
presente.
O ano de ouro do ME é um ano mítico. Toda a geração 68 relembra dos acontecimentos
mesmo sem os ter vivenciado no ato. É o que Pollak define como “acontecimentos
vividos por tabela”, dos quais a pessoa nem sempre participou, mas que, no imaginário,
tomaram tamanho relevo que, no fim das contas, é quase impossível que ela consiga
distinguir se participou ou não (POLLAK, 1992, p. 21). É um ano mítico porque as
gerações vindouras se apropriam dele para pautar suas lutas no presente. É mítico e, às
8
9. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS
vezes, místico, pois a memória de 68 é reconstruída passando a servir de “modelo” para
orientar, “iluminarquot; os militantes do presente.
1968, o “ano das paixões desencadeadas”, o “curto ano de todos os desejos”, o “ano que
não terminou”, o ano da “paixão de uma utopia” enfim o ano que “mudou o mundo” 6 ,
quarenta anos depois continua suscitando profundos debates e povoa, principalmente, a
mente dos jovens universitários. Seja na dupla característica – do velho pelo novo,
como afirmam alguns intelectuais 7 no caso francês, ou na luta contra o regime
instaurado no Brasil pelo golpe militar de 1964, o que fica marcado na memória e
também na história é a “paixão revolucionária”, atestada por Jean Marc, símbolo
daqueles jovens que queriam mudar seu mundo.
Acervos pesquisados:
* Centro de Documentação em História Contemporânea – CEDEM/UNESP.
* Projeto Memória do Movimento Estudantil – www.mme.org.br
Referências Bibliográficas:
ALVES, Márcio M. 68 mudou o mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
ARAÚJO, Maria Paula. Memórias estudantis: da fundação da UNE aos nossos dias. Rio
de Janeiro: Relume Dumará, 2007.
DELGADO, Lucília de A. Neves. História oral e narrativa: tempo, memória e
identidades. In: História Oral. Revista da Associação Brasileira de História Oral. nº 6.
São Paulo: 2003. p. 9-25.
DIRCEU, José. O movimento estudantil em São Paulo. In: GARCIA, Marco Aurélio.
VIEIRA, Maria Alice (orgs.). Rebeldes e contestadores. 1968: Brasil, França e
Alemanha. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999. p. 83-93.
___________. PALMEIRA, Vladimir. Abaixo a ditadura: o movimento de 68 contado
por seus líderes. Rio de Janeiro: Garamond, 1998.
FERREIRA, Jorge. DELGADO, Lucília de A. Neves (orgs.). O Brasil Republicano: o
tempo da ditadura. Vol. 4. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
FERREIRA, Marieta. AMADO, Janaina (orgs). Usos e abusos da história oral. Rio de
Janeiro: FGV, 2006.
GABNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar escrever esquecer. São Paulo: editora 34, 2006.
9
10. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS
JOFFRIN, Laurent. Mai 68: Histoire des Événements. Paris: Éditions du seuil, 1988.
JOUTARD, Philippe. Nuevas polémicas sobre historia oral: algunos retos que se le
plantean a la historia oral del siglo XXI. In: Historia Antropología y fuentes orales
(entre la exclusión y el trabajo) nº 21, 1999.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. São Paulo: Unicamp, 1994.
MARTINS FILHO, João Roberto (org). O golpe de 1964 e o regime militar: novas
perspectivas. São Carlos: Edufscar, 2006.
MÜLLER, Angélica. Le mouvement étudiant au Brésil: Résonnances françaises et leurs
spécificités. In: DREYFUS-ARMAND, Geneviève. FRANK, Robert (orgs). Les années
68: une constestation mondialisée. Nanterre, 2008. (no prelo)
POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Revista Estudos Históricos. Rio de
Janeiro, vol. 5 nº10, 1992.
REIS FILHO, Daniel A. MORAES, Pedro. 1968: a paixão de uma utopia. Rio de
Janeiro: Espaço e tempo, 1988.
_________________. 1968: o curto ano de todos os desejos. In: Tempo Social: Revista
de Sociologia da USP. Dossiê maio de 68. São Paulo, 10 (2), outubro de 1998. p. 25-35.
REMOND, René. O retorno do político. In: CHAUVEAU, A & TÉTARD, Ph.
Questões para a história do presente. Bauru: EDUSC, 1999.
______________. Por uma história política. Rio de Janeiro: UFRJ/FGV, 1996.
RIDENTI, Marcelo. REIS FILHO, Daniel A (org). História do Marxismo no Brasil:
partidos e movimentos após os anos 1960. vol 6. Campinas: Unicamp, 2007.
1
O trabalho de história oral realizado está baseado primordialmente nos estudos de Michel
Pollak. Através das histórias de vida, buscamos recuperar dados sobre a história do movimento estudantil
brasileiro, inexistentes em arquivos e em documentos de outra natureza, como os escritos e iconográficos.
2
Como em outros países, desde o inicio da década de 1960, houve acirrada luta interna no PCB. Em
1967, com o VI Congresso do Partido, o grupo mais moderado liderado pelo secretário do Partido, Luis
Carlos Prestes, obteve vitória das suas teses o que acabou por ser contestado por outros grupos mais
ligados ao processo revolucionário cubano, gerando diversas dissidências partidárias. Ver: RIDENTI,
Marcelo. REIS FILHO, Daniel A (org). História do Marxismo no Brasil: partidos e movimentos após os
anos 1960. vol 6. Campinas: Unicamp, 2007.
3
Análise crítica ao XXX Congresso da UNE. Arquivo CEDEM/UNESP, fundo CEMAP cx. 036.
4
A historiadora Maria Paula Araújo resume bem as principais bases do ato: O AI-5 fechou o Congresso
Nacional por tempo indeterminado; cassou mandatos de deputados, senadores, prefeitos e governadores;
decretou o estado de sítio; suspendeu o hábeas corpus para crimes políticos; cassou direitos políticos dos
opositores do regime; proibiu a realização de qualquer tipo de reunião; criou a censura prévia. In:
ARAÚJO, Maria Paula. Memórias estudantis: da fundação da UNE aos nossos dias. Rio de Janeiro:
Relume Dumará, 2007. p. 189.
5
Não podemos deixar de levar em conta que o “clima 68” foi muito favorecido pela mini-série da Rede
Globo Anos Rebeldes.
10
11. Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS
6
Com exceção da primeira frase as demais que se seguem são títulos de artigos e livros de autores
brasileiros, na ordem: REIS FILHO, Daniel A. 1968: o curto ano de todos os desejos. In: Tempo Social.
Revista de Sociologia da USP. Dossiê maio de 68. São Paulo, 10 (2), outubro de 1998. p. 25-35.
VENTURA, Zuenir. 1968: o ano que não terminou. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. REIS FILHO,
Daniel A. MORAES, Pedro. Ops cit., 1988. ALVES, Márcio M. 68 mudou o mundo. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1993.
7
MORIN, Edgar et alli. Mai 1968: la Brèche. Premières réflexions sur les événements. Paris: fayard,
1968. TOURAINE, Alain. Le movement de mai ou le communisme utopique. Paris: Éditions du Seuil,
1968. JOFFRIN, Laurent. Ops cit. 1988.
11