1) O documento discute a emergência e disseminação de novas tecnologias como computadores pessoais, walkmans e celulares.
2) Novas tecnologias passam por 4 etapas: possibilidade, experimentação e luxo, cotidiano e disseminação, e necessidade.
3) À medida que novas tecnologias se tornam onipresentes em nossa vida cotidiana, elas se tornam essenciais e parte integrante de nossa realidade.
CRM Acceleration Lisbon 2010 - O Futuro da Internet e da Web 2.0
Computação Pervasiva e Banalização da Tecnologia
1. Mobilidade e Computação Pervasiva Março de 2010 Prof. Dr. Caio Vassão Pós-graduação em Design de Interação Computação Pervasiva e Banalização da Tecnologia Digital
2. Emergência do formato “Personal Computer” Versão “oficial” – o caminho que foi do Altair, passando por experimentos como o Xerox Alto, o formato Apple II que inaugurou o mercado de consumo de massa de computação, o IBM-PC, que consolidou esse mercado, e o Macintosh, que popularizou o GUI, que venho sendo desenvolvido desde Engelbart, passando pela Xerox. Computer History Museum Smithsonian Institution
3. Versão “paralela” – propostas que não desembocaram em formatos estabelecidos (ainda) – Commodore 64, um dentre muitos PC’s; Osborne, primeiro PC transportável; TRS-80, padrão de mercado por um curto período e tempo; UMPC (Ultra-Mobile PC), formato que ainda não “pegou”. Emergência do formato “Personal Computer” Commodore 64 Osbourne TRS-80 UMPC
4. Emergência de um “Nicho de Interação” Em uma “Ecologia de Interação”, lidamos com uma miríade de entidades interativas – não com “essa” ou “aquela” interface ou processo de interação, mas com um “ecossistema” interativo. Um Nicho de Interação é uma coleção de práticas de interação relativamente coeso, que pode ser percebido como uma entidade de interação. Seu surgimento não é sucitado por alguma necessidade, mas sim pelas possibilidades que promove...
5. 1ª Etapa Possibilidade Surge a inovação tecnológica ou de produto. Em geral, supre uma potencialidade, a qual pode, ou não, ser expressa como uma “necessidade”. Mas, do ponto de vista do cotidiano, ninguém “precisa” realmente daquela inovação. Ela apenas apresenta um leque de possibilidades antes não disponíveis. Neste ponto de vista, pouco importa o que incitou a proposta da dita inovação.
6. MTA (Mobile Telephone system A) 1956 Ericsson Sistema de operação díficil e funcionamento não confiável Idéia da telefonia móvel, apoiada em outro dispositivo, o automóvel
16. 2ª Etapa Experimentação e Luxo Alguns indivíduos, na sociedade, travam contato com a inovação, e envolvem-se com seu uso. No caso de uma inovação que conte com o anteparo de uma corporação, ela apresenta-se como “produto” ou “ serviço” “embalagem para consumo”. Neste caso, temos a tendência à adoção pelo viés do “luxo”. Algo que não é estritamente necessário passa a figurar na vida daquele indivíduo – seu uso ainda é opcional, e sua ausência é perfeitamente tolerada. No caso da inovação sem o anteparo de uma corporação, temos a tendência à experimentação. Não há garantias, suporte técnico de prontidão, ou apoio logístico. Estritamente, não há “consumo”, mas adoção por própria conta e risco. Tende-se a um público mais especializado e disposto a correr riscos.
22. TRS-80 (Tandy – Radio-Shack) 1977 (modelo de 1980) Rodava o sistema operacional mais popular até 1982, o CP/M
23. 3ª Etapa Cotidiano e Disseminação Passa-se a, gradativamente, a entranhar a inovação ao cotidiano: mais e mais processos passam a depender do uso ou operação do objeto, serviço, sistema ou dispositivo. A disseminação acelera-se pela observação do comportamento dos ditos “Early Adopters” que tinham iniciado o uso da inovação na etapa de Experimentação e Luxo. Nestas duas etapas, os formatos de aplicação, operação, manutenção, cobrança, legislação, etc, vão se refinando, gerando modelos de uso e gestão gradualmente mais formalizados. Estes inexistiam, ou eram de funcionamento absolutamente ad hoc durante a etapa anterior. Neste momento, as “imagens mentais” a respeito da inovação também vão se consolidando, as pessoas passam a reconhecer e aceitar a necessidade daquela entidade em suas vidas. Tanto nesta como na etapa anterior, a disseminação da inovação depende intimamente dessa imagens, das ditas “memes”.
29. Nicho do Walkman passa a ser ocupado por uma enormidade de variações
30. 4ª Etapa Necessidade A inovação passa a estar de tal forma entranhada no cotidiano, que as pessoas não conseguem mais imaginar suas vidas sem a presença daquele objeto, serviço, dispositivo. Na verdade, neste momento, não se vê mais objetivamente a inovação “ela faz parte da vida”. Nós passamos a planejar os eventos, encontros, projetos, viagens, enfim cotidiano, sempre com a presença daquela entidade. Essa etapa se aprofunda e confirma a partir do momento que as cidades passam a ser construídas incorporando a referida inovação. Então, os processos sócio-culturais passam a, definitivamente, depender daquele produto, tecnologia, serviço, ou dispositivo. Ele passa a fazer parte da “tessitura da realidade”. Ela, então, finalmente, torna-se necessidade...
31. Barateamento, miniaturização e banalização da computação indicam a sofisticação dos dispositivos móveis. Sistemas operacionais configuráveis e ampliáveis. Aplicativos complexos. Qualidade de imagem e som. Interatividade mais variada. Mas...
32. Nokia 1100 mais de 200 milhões de unidades vendidas Celular como item de consumo básico Ferramenta fundamental de socialização (Coesão Social) É esse tipo de dispositivo que demonstrou a avassaladora banalização da computação. A clara comprovação da computação ubíqua.
35. A partir de um certo ponto, o que observamos é a “convergência” de diversas funcionalidades em um único dispositivo.
36. E o barateamento dos dispositivos, associado à amortização da produção industrial, incorre em experimentos cada vez mais sofisticados. OLPC XO UMPC
37. Quadrívio de Levy aplicado ao processo de design. Exemplo do Walkman e seu nicho de interação.
42. Proposta de Projeto Para 24/04/10 Desenvolver a ONTOLOGIA de um Serviço. Características do serviço: - envolverá computação móvel e pervasiva - alterará a relação do usuário com o ambiente urbano - envolverá “atores sociais” (usuário, provedor do serviço, e outros...) Apresentar a ontologia em formato de diagrama. - experimentar com as abordagens bottom-up e top-down - indicar todas as características do serviço na ontologia - indicar “processos de interação” - gradualmente, “abrir as caixas-pretas”, detalhando o serviço e seus componentes. - utilizar ilustrações, fotografias, pictogramas, experimentando com elementos gráficos que contribuam para elucidar suas intenções Trabalho individual.