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Macrotendências ambientais
INTRODUÇÃO
Segundo Sauvé (2005), a Educação Ambiental (EA) apresenta várias denominações:
Humanista Conservacionista Sistêmica Problematizadora
Naturalista Científica Moral Pragmática
Sustentável Crítica Etnográfica Feminista
Na trajetória da EA brasileira é marcada pela busca inicial de uma definição
conceitual universal, comum aos envolvidos nessa práxis educativa
Em seguida, esta possibilidade foi abandonada pela percepção crescente da
diversidade de visões e de atores, dividindo as mesmas atividades e saberes
SAUVÉ, L. Uma cartografia das correntes em educação ambiental. In: SATO, M., CARVALHO, I.
(Orgs). Educação Ambiental: pesquisa e desafios Porto Alegre: Artmed. p. 17-44. 2005.
INTRODUÇÃO
Inicialmente, concebia-se a EA como um saber e uma prática fundamentalmente
conservacionista, ou seja, uma prática educativa que tinha como horizonte o
despertar da sensibilidade humana para com a natureza, por meio da lógica do
"conhecer para amar, amar para preservar", orientada pela conscientização do
ambiente, baseando-se na ciência ecológica
Segundo Lima (2011), o discurso conservacionista conquistou a hegemonia do
campo da EA no Brasil porque se tornou funcional para as instituições políticas e
econômicas dominantes, conseguindo abordar a questão ambiental em uma
perspectiva natural/técnica, que não divergia com a ordem estabelecida
LIMA, G.F. C. Educação Ambiental no Brasil: formação, identidades e desafios. Campinas: Papirus, 2011.
INTRODUÇÃO
O fato de pensar sobre seu próprio papel, fez com que a EA promovesse uma
inflexão de rumo, na qual a vertente conservacionista deixou de ser a mais
recorrente, surgindo outros dois caminhos:
(1) a da vertente crítica, despontando como uma alternativa capaz de realizar o
contraponto à conservacionista; e
(2) a da vertente pragmática, que se nutria da problemática do lixo urbano-industrial
nas cidades, como um dos temas mais recorrentes das práticas pedagógicas
LIMA, G.F. C. Educação Ambiental no Brasil: formação, identidades e desafios. Campinas: Papirus, 2011.
TEMA 1: A VERTENTE CONSERVACIONISTA
Expressa-se por meio das correntes conservacionista, comportamentalista, de
alfabetização ecológica, do autoconhecimento e de atividades de senso-percepção
ao ar livre
Vinculada (1) aos princípios da ecologia, (2) na valorização da dimensão afetiva em
relação à natureza e (3) na mudança do comportamento individual em relação ao
ambiente
TEMA 1: A VERTENTE CONSERVACIONISTA
É uma tendência histórica, forte e bem consolidada entre seus expoentes, atualizada
sob as expressões que vinculam a EA à "pauta verde“: biodiversidade, unidades de
conservação, biomas, ecoturismo e experiências agroecológicas
Apresenta limitado potencial de se juntar às forças que lutam pela transformação
social, uma vez que se encontra distanciada da dinâmica social e políticas, bem
como de seus respectivos conflitos
TEMA 2: A VERTENTE PRAGMÁTICA
Abrange, sobretudo, as correntes da Educação para o Desenvolvimento Sustentável
(EDS) e para o Consumo Sustentável
É expressa pelo “ambientalismo” de resultados e pelo “ecologismo” voltado para o
mercado, associados ao neoliberalismo, instituído mundialmente desde a década de
1980 (1990, no Brasil, com o Governo Collor).
TEMA 2: A VERTENTE PRAGMÁTICA
Caracterizam esse cenário pragmático, a:
1. Dominância da lógica do mercado sobre as outras esferas sociais
2. Ideologia do consumo como principal utopia
3. Preocupação com a produção crescente de resíduos sólidos
4. Revolução tecnológica como última fronteira do progresso
5. Inspiração privatista, evidenciada por termos como economia e consumo verde,
responsabilidade socioambiental, certificações, mecanismos de desenvolvimento
limpo e ecoeficiência produtiva.
TEMA 2: A VERTENTE PRAGMÁTICA
A macrotendência pragmática poderia apresentar uma leitura crítica da realidade, se
aproveitasse o potencial crítico da articulação das dimensões sociais, culturais,
econômicas, políticas e ecológicas ao questionar sobre o padrão do lixo gerado no
atual modelo de produção
Entretanto, sua trajetória apontou para um viés que atua como um mecanismo de
compensação para corrigir as "imperfeições" do sistema produtivo baseado no
consumismo, na obsolescência planejada e no descarte de bens de consumo
TEMA 2: A VERTENTE PRAGMÁTICA
Essa perspectiva percebe o meio ambiente destituído de componentes humanos,
como uma mera coleção de recursos naturais em processo de esgotamento; defende
o combate ao desperdício pela “revisão” da definição de lixo, ao estabelecer a ideia
de resíduo – como algo a ser reinserido no metabolismo industrial
LIXO, REJEITO E RESÍDUO
Lixo: aquilo que você não quer mais e joga fora
Resíduo: aquilo que não serve para você, mas que pode se tornar
matéria-prima de um novo produto/processo
Rejeito: tipo de resíduo, na qual foram esgotadas todas as
possibilidades de reaproveitamento/reciclagem
DINÂMICA AMBIENTAL. Lixo, resíduo e rejeito: qual a diferença? 30/05/2019. Disponível em
https://www.dinamicambiental.com.br/blog/reciclagem/lixo-residuo-e-rejeito-qual-a-diferenca/. Acesso
em 21 set. 2021
Decreto Nº 10.388, de 5 de junho de 2020
BRASIL. Decreto nº 10.388, de 05 de junho de 2020. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/D10388.htm Acesso em 12 out.2021
O Ministério da Saúde, com apoio da Anvisa, elaborou uma lei para a implementação
da logística reversa de resíduos de medicamentos domiciliares vencidos ou em
desuso, de uso humano, industrializados e manipulados, e de suas embalagens,
após o descarte pelos consumidores
LOGÍSTICA REVERSA
BRASIL. Decreto nº 10.388, de 05 de junho de 2020. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/D10388.htm Acesso em 12 out.2021
“Conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a
coleta e restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou
outra destinação final ambientalmente adequada”
TEMA 3: A VERTENTE CRÍTICA
A macrotendência crítica aglutina as correntes da EA popular, emancipatória,
transformadora e em Processo de Gestão Ambiental
Está baseada na revisão crítica dos fundamentos que proporcionam a dominação do
ser humano e dos mecanismos de acumulação do Capital, buscando o
enfrentamento político das desigualdades e da injustiça socioambiental
Todas essas correntes procuram contextualizar e politizar o debate ambiental,
problematizando as contradições dos modelos de desenvolvimento e de sociedade.
TEMA 3: A VERTENTE CRÍTICA
A macrotendência crítica no Brasil foi impulsionada por um contexto histórico de
maior complexidade em que incidiram (1) a redemocratização (no período pós-1985);
(2) o surgimento de novos movimentos sociais expressando novos conflitos e
demandas, entre as quais as ambientais; (3) o ambiente favorável da Rio-92 e
(4) o amadurecimento de uma consciência e de uma cultura socioambiental –
articulando o desenvolvimento econômico e o ambiente, os saberes disciplinares em
novas sínteses e as lutas de militâncias ecológicas e sociais
TEMA 3: A VERTENTE CRÍTICA
A EA Crítica tende a conjugar-se com o pensamento da complexidade ao perceber
que as questões contemporâneas, como da questão ambiental, não encontram
respostas em soluções reducionistas.
Ela passa a conjugar conceitos que estavam segregados:
indivíduo e sociedade sujeito e objeto do conhecimento saber e poder
natureza e cultura ética e técnica
TEMA 3: A VERTENTE CRÍTICA
Mais recentemente, a perspectiva complexa do pensamento ambiental crítico se
tornou não só possível como necessária, ao:
(1) Incorporar as questões culturais, individuais e subjetivas que emergem com as
transformações das sociedades contemporâneas;
(2) Ressignificar a noção de política e a politização da vida cotidiana, expressas nos
novos movimentos sociais e na gênese do próprio ambientalismo.
As dimensões política e social da educação e da vida humana são fundamentais para
sua compreensão, mas elas não existem separadas da existência dos indivíduos, de
seus valores, crenças e subjetividades
TEMA 3: A VERTENTE CRÍTICA
A grandeza dos desafios e incertezas que vivenciamos na alta modernidade não
comporta reduções – exige, ao contrário, abertura, inclusão, diálogo e capacidade de
ver o novo e de formular respostas para além do conhecido
Na experiência educativa, o aprendizado e a mudança são indissociáveis: não é
possível aprender algo novo sem mudar o ponto de vista nem, inversamente, mudar
uma realidade sem descobrir algo novo com e sobre ela
TEMA 3: A VERTENTE CRÍTICA
Daí a conclusão de Einstein, citado por Sterling (2001)
“Nenhum problema pode ser resolvido a partir da mesma consciência que o
criou. Precisamos aprender a ver o mundo renovado“
STERLING, S. Sustainable education: re-visioning learning and change. Bristol:
Green Books, 2001.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em grande medida, as três macrotendências aqui identificadas - conservacionista,
pragmática e crítica - a despeito de suas nuances, guardam forte similaridade e
alinhamento conceitual e epistemológico com aquelas encontradas no campo
ambiental: respectivamente, (1) o culto ao silvestre, (2) o evangelho da ecoeficiência
e (3) o ecologismo dos pobres, o que aponta para uma perspectiva analítica comum.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É sempre difícil diagnosticar hegemonias discursivas na EA. A tendência crítica
conquistou um espaço significativo no interior do campo, mas esta é constantemente
erodida pelo pragmatismo dominante, que tende a converter e deslocar as intenções
educativas ao sentido pragmático do mercado. A formação de mão de obra, da
geração de emprego e do consumo tendem a instrumentalizar a educação como um
meio de ascensão social e de reprodução da lógica econômica. Nesse caminho, os
objetivos de promoção da cidadania, da esfera pública e da educação política
acabam sendo deixados de lado

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  • 2. INTRODUÇÃO Segundo Sauvé (2005), a Educação Ambiental (EA) apresenta várias denominações: Humanista Conservacionista Sistêmica Problematizadora Naturalista Científica Moral Pragmática Sustentável Crítica Etnográfica Feminista Na trajetória da EA brasileira é marcada pela busca inicial de uma definição conceitual universal, comum aos envolvidos nessa práxis educativa Em seguida, esta possibilidade foi abandonada pela percepção crescente da diversidade de visões e de atores, dividindo as mesmas atividades e saberes SAUVÉ, L. Uma cartografia das correntes em educação ambiental. In: SATO, M., CARVALHO, I. (Orgs). Educação Ambiental: pesquisa e desafios Porto Alegre: Artmed. p. 17-44. 2005.
  • 3. INTRODUÇÃO Inicialmente, concebia-se a EA como um saber e uma prática fundamentalmente conservacionista, ou seja, uma prática educativa que tinha como horizonte o despertar da sensibilidade humana para com a natureza, por meio da lógica do "conhecer para amar, amar para preservar", orientada pela conscientização do ambiente, baseando-se na ciência ecológica Segundo Lima (2011), o discurso conservacionista conquistou a hegemonia do campo da EA no Brasil porque se tornou funcional para as instituições políticas e econômicas dominantes, conseguindo abordar a questão ambiental em uma perspectiva natural/técnica, que não divergia com a ordem estabelecida LIMA, G.F. C. Educação Ambiental no Brasil: formação, identidades e desafios. Campinas: Papirus, 2011.
  • 4. INTRODUÇÃO O fato de pensar sobre seu próprio papel, fez com que a EA promovesse uma inflexão de rumo, na qual a vertente conservacionista deixou de ser a mais recorrente, surgindo outros dois caminhos: (1) a da vertente crítica, despontando como uma alternativa capaz de realizar o contraponto à conservacionista; e (2) a da vertente pragmática, que se nutria da problemática do lixo urbano-industrial nas cidades, como um dos temas mais recorrentes das práticas pedagógicas LIMA, G.F. C. Educação Ambiental no Brasil: formação, identidades e desafios. Campinas: Papirus, 2011.
  • 5. TEMA 1: A VERTENTE CONSERVACIONISTA Expressa-se por meio das correntes conservacionista, comportamentalista, de alfabetização ecológica, do autoconhecimento e de atividades de senso-percepção ao ar livre Vinculada (1) aos princípios da ecologia, (2) na valorização da dimensão afetiva em relação à natureza e (3) na mudança do comportamento individual em relação ao ambiente
  • 6. TEMA 1: A VERTENTE CONSERVACIONISTA É uma tendência histórica, forte e bem consolidada entre seus expoentes, atualizada sob as expressões que vinculam a EA à "pauta verde“: biodiversidade, unidades de conservação, biomas, ecoturismo e experiências agroecológicas Apresenta limitado potencial de se juntar às forças que lutam pela transformação social, uma vez que se encontra distanciada da dinâmica social e políticas, bem como de seus respectivos conflitos
  • 7. TEMA 2: A VERTENTE PRAGMÁTICA Abrange, sobretudo, as correntes da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) e para o Consumo Sustentável É expressa pelo “ambientalismo” de resultados e pelo “ecologismo” voltado para o mercado, associados ao neoliberalismo, instituído mundialmente desde a década de 1980 (1990, no Brasil, com o Governo Collor).
  • 8. TEMA 2: A VERTENTE PRAGMÁTICA Caracterizam esse cenário pragmático, a: 1. Dominância da lógica do mercado sobre as outras esferas sociais 2. Ideologia do consumo como principal utopia 3. Preocupação com a produção crescente de resíduos sólidos 4. Revolução tecnológica como última fronteira do progresso 5. Inspiração privatista, evidenciada por termos como economia e consumo verde, responsabilidade socioambiental, certificações, mecanismos de desenvolvimento limpo e ecoeficiência produtiva.
  • 9. TEMA 2: A VERTENTE PRAGMÁTICA A macrotendência pragmática poderia apresentar uma leitura crítica da realidade, se aproveitasse o potencial crítico da articulação das dimensões sociais, culturais, econômicas, políticas e ecológicas ao questionar sobre o padrão do lixo gerado no atual modelo de produção Entretanto, sua trajetória apontou para um viés que atua como um mecanismo de compensação para corrigir as "imperfeições" do sistema produtivo baseado no consumismo, na obsolescência planejada e no descarte de bens de consumo
  • 10. TEMA 2: A VERTENTE PRAGMÁTICA Essa perspectiva percebe o meio ambiente destituído de componentes humanos, como uma mera coleção de recursos naturais em processo de esgotamento; defende o combate ao desperdício pela “revisão” da definição de lixo, ao estabelecer a ideia de resíduo – como algo a ser reinserido no metabolismo industrial
  • 11. LIXO, REJEITO E RESÍDUO Lixo: aquilo que você não quer mais e joga fora Resíduo: aquilo que não serve para você, mas que pode se tornar matéria-prima de um novo produto/processo Rejeito: tipo de resíduo, na qual foram esgotadas todas as possibilidades de reaproveitamento/reciclagem DINÂMICA AMBIENTAL. Lixo, resíduo e rejeito: qual a diferença? 30/05/2019. Disponível em https://www.dinamicambiental.com.br/blog/reciclagem/lixo-residuo-e-rejeito-qual-a-diferenca/. Acesso em 21 set. 2021
  • 12. Decreto Nº 10.388, de 5 de junho de 2020 BRASIL. Decreto nº 10.388, de 05 de junho de 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/D10388.htm Acesso em 12 out.2021 O Ministério da Saúde, com apoio da Anvisa, elaborou uma lei para a implementação da logística reversa de resíduos de medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, de uso humano, industrializados e manipulados, e de suas embalagens, após o descarte pelos consumidores
  • 13. LOGÍSTICA REVERSA BRASIL. Decreto nº 10.388, de 05 de junho de 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/D10388.htm Acesso em 12 out.2021 “Conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”
  • 14.
  • 15. TEMA 3: A VERTENTE CRÍTICA A macrotendência crítica aglutina as correntes da EA popular, emancipatória, transformadora e em Processo de Gestão Ambiental Está baseada na revisão crítica dos fundamentos que proporcionam a dominação do ser humano e dos mecanismos de acumulação do Capital, buscando o enfrentamento político das desigualdades e da injustiça socioambiental Todas essas correntes procuram contextualizar e politizar o debate ambiental, problematizando as contradições dos modelos de desenvolvimento e de sociedade.
  • 16. TEMA 3: A VERTENTE CRÍTICA A macrotendência crítica no Brasil foi impulsionada por um contexto histórico de maior complexidade em que incidiram (1) a redemocratização (no período pós-1985); (2) o surgimento de novos movimentos sociais expressando novos conflitos e demandas, entre as quais as ambientais; (3) o ambiente favorável da Rio-92 e (4) o amadurecimento de uma consciência e de uma cultura socioambiental – articulando o desenvolvimento econômico e o ambiente, os saberes disciplinares em novas sínteses e as lutas de militâncias ecológicas e sociais
  • 17. TEMA 3: A VERTENTE CRÍTICA A EA Crítica tende a conjugar-se com o pensamento da complexidade ao perceber que as questões contemporâneas, como da questão ambiental, não encontram respostas em soluções reducionistas. Ela passa a conjugar conceitos que estavam segregados: indivíduo e sociedade sujeito e objeto do conhecimento saber e poder natureza e cultura ética e técnica
  • 18. TEMA 3: A VERTENTE CRÍTICA Mais recentemente, a perspectiva complexa do pensamento ambiental crítico se tornou não só possível como necessária, ao: (1) Incorporar as questões culturais, individuais e subjetivas que emergem com as transformações das sociedades contemporâneas; (2) Ressignificar a noção de política e a politização da vida cotidiana, expressas nos novos movimentos sociais e na gênese do próprio ambientalismo. As dimensões política e social da educação e da vida humana são fundamentais para sua compreensão, mas elas não existem separadas da existência dos indivíduos, de seus valores, crenças e subjetividades
  • 19. TEMA 3: A VERTENTE CRÍTICA A grandeza dos desafios e incertezas que vivenciamos na alta modernidade não comporta reduções – exige, ao contrário, abertura, inclusão, diálogo e capacidade de ver o novo e de formular respostas para além do conhecido Na experiência educativa, o aprendizado e a mudança são indissociáveis: não é possível aprender algo novo sem mudar o ponto de vista nem, inversamente, mudar uma realidade sem descobrir algo novo com e sobre ela
  • 20. TEMA 3: A VERTENTE CRÍTICA Daí a conclusão de Einstein, citado por Sterling (2001) “Nenhum problema pode ser resolvido a partir da mesma consciência que o criou. Precisamos aprender a ver o mundo renovado“ STERLING, S. Sustainable education: re-visioning learning and change. Bristol: Green Books, 2001.
  • 21. CONSIDERAÇÕES FINAIS Em grande medida, as três macrotendências aqui identificadas - conservacionista, pragmática e crítica - a despeito de suas nuances, guardam forte similaridade e alinhamento conceitual e epistemológico com aquelas encontradas no campo ambiental: respectivamente, (1) o culto ao silvestre, (2) o evangelho da ecoeficiência e (3) o ecologismo dos pobres, o que aponta para uma perspectiva analítica comum.
  • 22. CONSIDERAÇÕES FINAIS É sempre difícil diagnosticar hegemonias discursivas na EA. A tendência crítica conquistou um espaço significativo no interior do campo, mas esta é constantemente erodida pelo pragmatismo dominante, que tende a converter e deslocar as intenções educativas ao sentido pragmático do mercado. A formação de mão de obra, da geração de emprego e do consumo tendem a instrumentalizar a educação como um meio de ascensão social e de reprodução da lógica econômica. Nesse caminho, os objetivos de promoção da cidadania, da esfera pública e da educação política acabam sendo deixados de lado

Notas do Editor

  1. Esta é a pergunda respondida por seu experimento
  2. Esta é a pergunda respondida por seu experimento
  3. Esta é a pergunda respondida por seu experimento
  4. Esta é a pergunda respondida por seu experimento
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  9. Esta é a pergunda respondida por seu experimento
  10. Resuma sua pesquisa em três a cinco pontos.
  11. Resuma sua pesquisa em três a cinco pontos.
  12. Resuma sua pesquisa em três a cinco pontos.
  13. Esta é a pergunda respondida por seu experimento
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