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AVES
AVES: uma linhagem de dinossauros que desenvolveu o vôo durante o
Mesozóico, diversificando-se em mais de 9.000 espécies.
• Os Diapsida constituem a linhagem de Vertebrata
amnióticos mais diversificada.
• As Aves são os Diapsida viventes mais derivados.
PTEROSAURIA
Archosauria: duas irradiações independentes de animais voadores –
Aves e Pterosauria
• Pterodactylus (tamanho de um pardal) até Quet-Zalcoatlus (13 m);
• Estrutura das asas diferente - quarto dedo alongado e sustentava uma membrana
de pele fixa a lateral do corpo;
• Primeiros com cauda, provavelmente utilizada na navegação;
• Ossos longos e ocos, como nas aves; esterno bem desenvolvido;
• Cerebelo (equilíbrio e coordenação) grande em proporção às outras partes do
encéfalo, assim como nas aves;
• Alguns sem dentes, mas com bico e outros com dentes cônicos e afiados;
• Crânios alongados;
• Capacidade de vôo – pequeno porte: voadores lentos e manejáveis como os
morcegos; grande porte: especialização em planar como as fragatas e os abutres;
AVES E DINOSSAUROS THERAPODA
 Aves: dinossauro therapoda mais avançado. As similaridades incluem os
seguintes caracteres derivados:
•Pescoço alongado e móvel em forma de S;
•Um pé com três dedos voltados para frente e um direcionado para trás
(denominado de pé tridátilo);
•Postura digitígrada (isto é, com os dedos suportando o peso do corpo);
•A junta do tornozelo forma-se entre os ossos tarsais (uma junta
intertarsal) no lugar de uma junta entre os tarsos e a tíbia+fíbula;
•Ossos ocos, ossos pneumáticos.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
• Membros anteriores transformados em asas
• Penas
• Dióicos
• Ovíparos
• Homeotérmicos
• Ossos pneumáticos
• Sacos aéreos
• Cloaca
• Respiração exclusivamente pulmonar
• Tubo digestivo completo
• Glândula uropigiana
• Bicos córneos no lugar de dentes
PENAS
Fósseis de dinossauros com traços de penas indicam que as penas
evoluíram antes do vôo.
• Função original das penas: prover isolamento térmico, sendo sua
modificação como aerofólio e aerodinâmica nas aves um evento
secundário.
PENAS
• A característica única que distingue uma ave de outro animal é a
presença de penas;
• As penas estiveram presente nos dinossauros therapodas, porém
essas penas não eram capazes de suportar o vôo;
RELAÇÕES FILOGENÉTICAS
Filogenia entre as aves atuais são pouco conhecidas
e de contínuas controvérsias
Grupo monofilético, com distribuição geográfica
atual refletida pelo fracionamento da Gondwana
Principal controvérsia:
RATITAS - grupo de aves que não
voam (avestruzes, emas, emus e
casuares e kiwis)
CARACTERÍSTICAS DAS AVES ATUAIS
• Bicos e pés - modos de alimentação e locomoção
• Forma da asa: características do vôo
• Trato digestório: hábitos alimentares
MORFOLOGIA UNIFORME - ESPECIALIZAÇÃO PARA O VÔO
PENAS E VÔO
Desenvolvimento das penas
• Em reentrâncias ou folículos na pele (pterilas), que são
separadas por áreas de pele sem penas (aptérias).
PENAS E VÔO
Desenvolvimento das penas
• Em algumas espécies - tais como as ratitas, os pinguins e os
Coliidae ("mousebirds") - não existem pterilas e as penas
distribuem-se uniformemente sobre a pele.
PENAS E VÔO
Composição das penas:
• > 90% de beta-queratina (forma as escamas dos lepidossauros);
• 1% de lipídeos
• 8% de água
• Restante - outras proteínas e pigmentos, tal como a melanina.
PENAS E VÔO
• Cálamo: folículo de base curta e
tubular para fixação das penas;
• Raque: afilada, estende-se do cálamo;
• Vexilo ou Barbas: ramificações laterais
da raque, muito próximas entre si;
• Bárbulas: ramificações das barbas,
com seus ramos distais (ganchos) e
proximais (fendas) dispondo-se nos
lados opostos das barbas.
PENAS E VÔO
Penas de contorno (revestem o corpo):
• Barbas e bárbulas próximas à base da raque são flexíveis e as bárbulas não
possuem ganchos;
• Textura macia, solta e fofa - Penugem ou Plumácea;
• Propriedades de isolante térmico.
PENAS E VÔO
Vexilo:
• Parte exposta na superfície externa da plumagem;
• Textura penácea, semelhante a uma folha;
• Serve como um aerofólio, que protege a penugem que fica
embaixo, repele a água, reflete ou absorve a radiação solar.
PENAS E VÔO
Bárbulas:
• Mantêm o caráter penáceo dos vexilos da pena.
• Um desarranjo físico do vexilo é facilmente corrigido pelo hábito
das aves de alisar as penas com o bico, realinhando as bárbulas.
ASAS DAS AVES
Funções
• Rêmiges primárias, inseridas nos ossos da “mão”, executam a
maior parte da propulsão quando a ave bate suas asas;
• Rêmiges secundárias, ao longo do antebraço, fornecem a força de
ascensão.
TAMANHO CORPÓREO
• O vôo impõe um limite máximo ao tamanho das aves;
• Aves grandes necessitam de corridas mais longas para decolar do
que as aves pequenas (potência muscular aumenta 2,25).
• Tamanho máximo aerodinâmico: < 12 kg (*Pterosauros - 20 kg)
Cisne – 12 kg Avestruz – 150 kg
FORMA DO CORPO E ESQUELETO
Penas
• Garantem a força de ascensão e o contorno aerodinâmico
• Isolamento térmico necessário à endotermia
• Cores e formas - camuflagem e exibição
FORMA DO CORPO E ESQUELETO
Esqueleto
• Muitos ossos pneumatizados (cheios de ar) e crânio leve; aves
mergulhadoras tem pouca pneumatização;
• Ossos dos membros traseiros mais pesados, garantindo força de
ascensão e contorno aerodinâmico
O esterno, a cintura escapular e o úmero são
pneumáticos e fazem parte de um sistema
interconectado de sacos aéreos, que permite um
fluxo de ar em uma direção, através dos pulmões
FORMA DO CORPO E ESQUELETO
Ossos pneumáticos?
FORMA DO CORPO E ESQUELETO
Demais características de redução da massa corpórea:
• Ausência de bexiga urinária
• Maioria com somente um ovário (o esquerdo)
• Gônadas dos machos e das fêmeas pequenas (hipertrofiam na estação
reprodutiva e regridem ao final).
MÚSCULO DAS AVES
Volume dos músculos das pernas versus músculos do vôo
Voadores fortes (beija-flor)
• Pernas pequenas (2% do músculo)
- Músculos de vôo (25 a 35%)
Predadores e nadadores (gaviões e
corujas; mergulhões)
• Pernas capturam presas.
• Músculos de vôo - 20% / Músculos dos
membros traseiros - 10%
MÚSCULO DAS AVES
Aves corredoras e voadoras
Carnes clara e escura da galinha – mioglobina (metabolismo aeróbico)
• Raramente voa (peito branco)
• Anda e corre por longos períodos (pernas escuras)
FUNÇÃO DOS MEMBROS
Especializadas em duas ou mais formas diferentes de locomoção:
1. Marcha bípede ou natação com os membros traseiros
2. Vôo com os membros dianteiros
MEMBROS TRASEIROS (PELVINOS)
MEMBROS TRASEIROS (PELVINOS)
Natação na Superfície
• 400 espécies, sendo 200 que mergulham e nadam embaixo d'agua.
Adaptações
• Modificações dos membros traseiros (membranas interdigitais)
Demais adaptações
• Corpo largo - aumenta a estabilidade na água
• Plumagem densa - flutuabilidade e isolamento térmico
• Grande glândula uropigial - impermeabiliza a plumagem contra a água
• Modificações estruturais das penas - retardam a penetração da água
MEMBROS TRASEIROS (PELVINOS)
ALIMENTAÇÃO
Com a especialização dos membros peitorais (dianteiros)
como asas, os mecanismos predatórios das aves concentram-se em
seus BICOS e PÉS.
ALIMENTAÇÃO
Bicos e Línguas
• Bicos córneos com grande diversidade, embora não sejam
exclusivos das aves (ex. Testudines)
ALIMENTAÇÃO
ALIMENTAÇÃO
Cinese craniana
 Deglutição de itens alimentares grandes
ALIMENTAÇÃO
SISTEMA DIGESTÓRIO E EXCRETÓRIO
Ausência de dentes impede o processamento do alimento na boca e
o aparato gástrico assume essa tarefa
1. Esôfago e Papo
 Armazenar e amolecer o excesso de alimento
 Papo: transporta alimento para os ninhegos; os machos do
pinguim imperial fornecem um fluido nutritivo no esôfago
SISTEMA DIGESTÓRIO E EXCRETÓRIO
2. Esôfago e Papo
 Tipo de dieta (grande ou muscular)
 Trato gástrico com duas câmaras: um estômago
químico (proventrículo ) e um muscular (moela)
• Proventrículo – contém glândulas que
secretam ácido e enzimas digestivas.
• Moela – processamento mecânico do
alimento (pequenas pedras ajudam a moer o
alimento – dentes?!)
SISTEMA DIGESTÓRIO E EXCRETÓRIO
3. Intestino, Ceco e Cloaca
 Intestino delgado – digestão química,
degradando o alimento em pequenas moléculas.
 Ceco – um par de cecos na junção entre os
intestinos delgado e grosso.
 Cloaca – estoca, temporariamente, os produtos
residuais, enquanto a água é reabsorvida.
SISTEMA DIGESTÓRIO E EXCRETÓRIO
 Cloaca – excreção de metabólitos nitrogenados (impurezas) na
forma de ácido úrico (pasta esbranquiçada). A precipitação do
ácido úrico, na forma de uratos, retira a água da urina e esta água
é devolvida à corrente sanguínea.
SISTEMA DIGESTÓRIO E EXCRETÓRIO
 Aves marinhas - glândulas de sal retém ainda mais a água pela
absorção de alguns íons que estão em solução na cloaca e
excretá-los em soluções mais concentradas, pelas suas glândulas
de sal
SISTEMA DIGESTÓRIO E EXCRETÓRIO
SISTEMA RESPIRATÓRIO
 Parabrônquios (similar aos álveolos pulmonares) – fluxo contínuo de ar
 Sacos aéreos – reservatório de ar
 Inspiração – ar contorna o pulmão e segue para os sacos aéreos anteriores
MIGRAÇÃO E NAVEGAÇÃO
 Muitas aves são conhecidas por
seguir marcas terrestres, como rios e
linhas de costa;
 Outras voam diretamente sobre
extensas massas d’água;
Algumas espécies possuem amplas
rotas de migração, enquanto outras não
se afastam muito da costa por conta dos
recursos alimentares;
MIGRAÇÃO E NAVEGAÇÃO
 Estímulo para migração: comprimento dos dias no final do
inverno e início da primavera;
 Estímulo do lobo anterior da glândula pituitária – mudanças
fisiológicas e comportamentais;
 Desenvolvimento das gônadas e acúmulo de gordura;
 Migração, corte, comportamento de acasalamento/reprodutivo e
cuidado parental;
MIGRAÇÃO E NAVEGAÇÃO
 As aves reconhecem marcos terrestres topográficos e seguem
rotas migratórias familiares;
 Tem um acurado senso de tempo;
 Campo magnético da Terra, porém precisam calibrar as rotas com
marcos terrestres;
 Podem utilizar “pistas celestiais” - Sol durante o dia e as estrelas à
noite;
REPRODUÇÃO
REPRODUÇÃO
 Testículos pequenos com formato similar a de um feijão; porém na
época reprodutiva atingem tamanhos 300x maiores;
 Ausência de pênis;
 Algumas espécies copulam no ar;
REPRODUÇÃO
 Desenvolvimento do ovário esquerdo e oviduto;
 Fertilização ocorre na porção superior do oviduto
algumas horas antes da adição de albumina;
 Adição de albumina enquanto o ovo passa pelo
oviduto;
 Casca, membrana e pigmentos também são
acrescidos quando ovo passa na porção mais inferior
do oviduto;
 Os espermatozóides permanecem vivos no oviduto
por vários dias após 1 única cópula;
REPRODUÇÃO
 Monogamia – comum nas aves (90%) x poligamia – mais de um parceiro no
período reprodutivo;
 Monogamia sazonal;
 Ambos os pais são igualmente adaptados ao cuidado parental;
SISTEMAS DE ACASALAMENTO
Por que a monogamia é tão
comum nas aves?
Espécies de aves monogâmicas - 93%
produzem filhotes altriciais (que demandam
extenso cuidado parental)
Cuidado parental
 Filhotes altriciais: dependentes de alimentação e termorregulação;
 Vocalizações são importantes no cuidado parental das aves;
 O tamanho da ninhada interfere na intensidade do cuidado.
REPRODUÇÃO
REPRODUÇÃO
Comportamento Social e Sistemas de Acasalamento
 Visão e audição são os principais sentidos das aves
 Vocalização e exibição visual (cores)
• Maioria machos sexualmente maduros e
apenas durante a estação reprodutiva;
• Cantos identificam as espécies, exibindo
dialetos regionais entre gerações;
• Brigas de território e disputa de fêmeas
REPRODUÇÃO
Por que escolher machos tão bonitos?
Nas aves, as cores brilhantes e outros ornamentos dos machos
podem ser indicativos do bom estado nutricional, de resistência a
parasitas, ou de habilidade em evitar predadores.
AVES MARINHAS
 Representadas por aves que passam uma parte significante do
seu ciclo de vida nos oceanos e se alimentam de organismos
marinhos;
 O ninho é estabelecido no continente; a reprodução ocorre em
grandes colônias, copulam com o mesmo parceiro e tem cuidado
parental.
AVES MARINHAS
 Os membros inferiores são modificados para o nado/locomoção
na água;
 Descendem de vários grupos de aves terrestres e como resultado,
diferem amplamente quanto às características de voo, mecanismos
de alimentação e habilidade em viver longe do continente.
AVES MARINHAS
 Correspondem a cerca de 3% das 9.700 espécies de aves;
 Estão distribuídas de polo a polo
O impacto dessas espécies na vida marinha é significante; a
maioria é predador de peixe, lula, invertebrados bentônicos, mas
algumas espécies alimentam-se de plâncton.
 Necessitam de grandes quantidades de alimento para manter a
temperatura do corpo.
PINGUINS
 São os mais adaptados à vida no
mar;
 Não voam, pois as asas foram
modificadas em nadadeiras para
que possam “voar” na água.
 Os ossos são mais densos que os
de outras aves para reduzir a
flutuabilidade e deixar o mergulho
mais fácil.
PINGUINS
 Os pinguins são nadadores espetaculares e também podem saltar
fora da água;
 Conseguem cobrir vastas distâncias alternando os saltos e a
natação
PINGUINS
 No continente são desajeitados e
estranhos;
 São míopes no continente, porém
enxergam muito bem na água;
 São adaptados às baixas
temperaturas devido ao isolamento
térmico fornecido por uma camada de
gordura situada abaixo da pele.
PINGUINS
São conhecidas 18 espécies de
pinguins e apenas 1 não vive no
continente antártico ou nas águas
frias do hemisfério sul.
A exceção é o pinguim de Galápagos
Spheniscus mendiculus que vive no
Equador, mas ainda assim fica confinado
em águas que são banhadas por correntes
frias.
PINGUINS
 Os pinguins de maior porte,
como o pinguim imperador
Aptenodytes forsteri, alimentam-
se de peixes e lulas;
 Os menores alimentam-se de
krill.
 Os pinguins têm bicos fortes,
característico de aves que se
alimentam de peixes e plâncton
de grande dimensão, como o krill.
PINGUINS
 Muitas espécies migram sazonalmente entre as áreas de
alimentação (mar) e reprodução (continente);
 Em algumas espécies, as colônias são formadas por milhões de
pares.
PINGUINS
 O período reprodutivo, bem como o
número de ovos depositados varia de
espécie para espécie;
 No caso do pinguim imperador, o macho
incuba apenas um único ovo no inverno do
continente antártico.
As fêmeas saem para comer logo que depositam os ovos. Os machos
permanecem no gelo aquecendo o ovo por 64 dias. Nesse período, os
machos se agrupam para fins de proteção contra o frio e tempestades.
PINGUINS
 A reprodução é cronometrada para
que a eclosão ocorra no verão, período
em que o alimento é mais abundante;
 Após a eclosão finalmente a fêmea
retorna e regurgita o alimento. Depois,
tanto a fêmea quanto o macho
alimentam o pequeno pinguim;
 Enquanto os pais se alimentam o
filhote é integrado a grupos que são
observados por pinguins “babás”.
PINGUINS
 Ao retornarem, os pais identificam o
filhote dentre centenas pela voz e
aparência;
 Os pais continuam alimentando o
filhote por 51/2 meio.

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  • 2. AVES: uma linhagem de dinossauros que desenvolveu o vôo durante o Mesozóico, diversificando-se em mais de 9.000 espécies. • Os Diapsida constituem a linhagem de Vertebrata amnióticos mais diversificada. • As Aves são os Diapsida viventes mais derivados.
  • 3. PTEROSAURIA Archosauria: duas irradiações independentes de animais voadores – Aves e Pterosauria • Pterodactylus (tamanho de um pardal) até Quet-Zalcoatlus (13 m); • Estrutura das asas diferente - quarto dedo alongado e sustentava uma membrana de pele fixa a lateral do corpo; • Primeiros com cauda, provavelmente utilizada na navegação; • Ossos longos e ocos, como nas aves; esterno bem desenvolvido; • Cerebelo (equilíbrio e coordenação) grande em proporção às outras partes do encéfalo, assim como nas aves; • Alguns sem dentes, mas com bico e outros com dentes cônicos e afiados; • Crânios alongados; • Capacidade de vôo – pequeno porte: voadores lentos e manejáveis como os morcegos; grande porte: especialização em planar como as fragatas e os abutres;
  • 4.
  • 5. AVES E DINOSSAUROS THERAPODA  Aves: dinossauro therapoda mais avançado. As similaridades incluem os seguintes caracteres derivados: •Pescoço alongado e móvel em forma de S; •Um pé com três dedos voltados para frente e um direcionado para trás (denominado de pé tridátilo); •Postura digitígrada (isto é, com os dedos suportando o peso do corpo); •A junta do tornozelo forma-se entre os ossos tarsais (uma junta intertarsal) no lugar de uma junta entre os tarsos e a tíbia+fíbula; •Ossos ocos, ossos pneumáticos.
  • 6.
  • 7.
  • 8. CARACTERÍSTICAS GERAIS • Membros anteriores transformados em asas • Penas • Dióicos • Ovíparos • Homeotérmicos • Ossos pneumáticos • Sacos aéreos • Cloaca • Respiração exclusivamente pulmonar • Tubo digestivo completo • Glândula uropigiana • Bicos córneos no lugar de dentes
  • 9. PENAS Fósseis de dinossauros com traços de penas indicam que as penas evoluíram antes do vôo. • Função original das penas: prover isolamento térmico, sendo sua modificação como aerofólio e aerodinâmica nas aves um evento secundário.
  • 10. PENAS • A característica única que distingue uma ave de outro animal é a presença de penas; • As penas estiveram presente nos dinossauros therapodas, porém essas penas não eram capazes de suportar o vôo;
  • 11. RELAÇÕES FILOGENÉTICAS Filogenia entre as aves atuais são pouco conhecidas e de contínuas controvérsias Grupo monofilético, com distribuição geográfica atual refletida pelo fracionamento da Gondwana Principal controvérsia: RATITAS - grupo de aves que não voam (avestruzes, emas, emus e casuares e kiwis)
  • 13. • Bicos e pés - modos de alimentação e locomoção • Forma da asa: características do vôo • Trato digestório: hábitos alimentares MORFOLOGIA UNIFORME - ESPECIALIZAÇÃO PARA O VÔO
  • 14. PENAS E VÔO Desenvolvimento das penas • Em reentrâncias ou folículos na pele (pterilas), que são separadas por áreas de pele sem penas (aptérias).
  • 15. PENAS E VÔO Desenvolvimento das penas • Em algumas espécies - tais como as ratitas, os pinguins e os Coliidae ("mousebirds") - não existem pterilas e as penas distribuem-se uniformemente sobre a pele.
  • 16. PENAS E VÔO Composição das penas: • > 90% de beta-queratina (forma as escamas dos lepidossauros); • 1% de lipídeos • 8% de água • Restante - outras proteínas e pigmentos, tal como a melanina.
  • 17. PENAS E VÔO • Cálamo: folículo de base curta e tubular para fixação das penas; • Raque: afilada, estende-se do cálamo; • Vexilo ou Barbas: ramificações laterais da raque, muito próximas entre si; • Bárbulas: ramificações das barbas, com seus ramos distais (ganchos) e proximais (fendas) dispondo-se nos lados opostos das barbas.
  • 18. PENAS E VÔO Penas de contorno (revestem o corpo): • Barbas e bárbulas próximas à base da raque são flexíveis e as bárbulas não possuem ganchos; • Textura macia, solta e fofa - Penugem ou Plumácea; • Propriedades de isolante térmico.
  • 19. PENAS E VÔO Vexilo: • Parte exposta na superfície externa da plumagem; • Textura penácea, semelhante a uma folha; • Serve como um aerofólio, que protege a penugem que fica embaixo, repele a água, reflete ou absorve a radiação solar.
  • 20. PENAS E VÔO Bárbulas: • Mantêm o caráter penáceo dos vexilos da pena. • Um desarranjo físico do vexilo é facilmente corrigido pelo hábito das aves de alisar as penas com o bico, realinhando as bárbulas.
  • 21. ASAS DAS AVES Funções • Rêmiges primárias, inseridas nos ossos da “mão”, executam a maior parte da propulsão quando a ave bate suas asas; • Rêmiges secundárias, ao longo do antebraço, fornecem a força de ascensão.
  • 22. TAMANHO CORPÓREO • O vôo impõe um limite máximo ao tamanho das aves; • Aves grandes necessitam de corridas mais longas para decolar do que as aves pequenas (potência muscular aumenta 2,25). • Tamanho máximo aerodinâmico: < 12 kg (*Pterosauros - 20 kg) Cisne – 12 kg Avestruz – 150 kg
  • 23. FORMA DO CORPO E ESQUELETO Penas • Garantem a força de ascensão e o contorno aerodinâmico • Isolamento térmico necessário à endotermia • Cores e formas - camuflagem e exibição
  • 24. FORMA DO CORPO E ESQUELETO Esqueleto • Muitos ossos pneumatizados (cheios de ar) e crânio leve; aves mergulhadoras tem pouca pneumatização; • Ossos dos membros traseiros mais pesados, garantindo força de ascensão e contorno aerodinâmico O esterno, a cintura escapular e o úmero são pneumáticos e fazem parte de um sistema interconectado de sacos aéreos, que permite um fluxo de ar em uma direção, através dos pulmões
  • 25. FORMA DO CORPO E ESQUELETO Ossos pneumáticos?
  • 26. FORMA DO CORPO E ESQUELETO Demais características de redução da massa corpórea: • Ausência de bexiga urinária • Maioria com somente um ovário (o esquerdo) • Gônadas dos machos e das fêmeas pequenas (hipertrofiam na estação reprodutiva e regridem ao final).
  • 27. MÚSCULO DAS AVES Volume dos músculos das pernas versus músculos do vôo Voadores fortes (beija-flor) • Pernas pequenas (2% do músculo) - Músculos de vôo (25 a 35%) Predadores e nadadores (gaviões e corujas; mergulhões) • Pernas capturam presas. • Músculos de vôo - 20% / Músculos dos membros traseiros - 10%
  • 28. MÚSCULO DAS AVES Aves corredoras e voadoras Carnes clara e escura da galinha – mioglobina (metabolismo aeróbico) • Raramente voa (peito branco) • Anda e corre por longos períodos (pernas escuras)
  • 29. FUNÇÃO DOS MEMBROS Especializadas em duas ou mais formas diferentes de locomoção: 1. Marcha bípede ou natação com os membros traseiros 2. Vôo com os membros dianteiros
  • 31. MEMBROS TRASEIROS (PELVINOS) Natação na Superfície • 400 espécies, sendo 200 que mergulham e nadam embaixo d'agua. Adaptações • Modificações dos membros traseiros (membranas interdigitais)
  • 32. Demais adaptações • Corpo largo - aumenta a estabilidade na água • Plumagem densa - flutuabilidade e isolamento térmico • Grande glândula uropigial - impermeabiliza a plumagem contra a água • Modificações estruturais das penas - retardam a penetração da água MEMBROS TRASEIROS (PELVINOS)
  • 34. Com a especialização dos membros peitorais (dianteiros) como asas, os mecanismos predatórios das aves concentram-se em seus BICOS e PÉS. ALIMENTAÇÃO
  • 35. Bicos e Línguas • Bicos córneos com grande diversidade, embora não sejam exclusivos das aves (ex. Testudines) ALIMENTAÇÃO
  • 37. Cinese craniana  Deglutição de itens alimentares grandes ALIMENTAÇÃO
  • 38. SISTEMA DIGESTÓRIO E EXCRETÓRIO Ausência de dentes impede o processamento do alimento na boca e o aparato gástrico assume essa tarefa
  • 39. 1. Esôfago e Papo  Armazenar e amolecer o excesso de alimento  Papo: transporta alimento para os ninhegos; os machos do pinguim imperial fornecem um fluido nutritivo no esôfago SISTEMA DIGESTÓRIO E EXCRETÓRIO
  • 40. 2. Esôfago e Papo  Tipo de dieta (grande ou muscular)  Trato gástrico com duas câmaras: um estômago químico (proventrículo ) e um muscular (moela) • Proventrículo – contém glândulas que secretam ácido e enzimas digestivas. • Moela – processamento mecânico do alimento (pequenas pedras ajudam a moer o alimento – dentes?!) SISTEMA DIGESTÓRIO E EXCRETÓRIO
  • 41. 3. Intestino, Ceco e Cloaca  Intestino delgado – digestão química, degradando o alimento em pequenas moléculas.  Ceco – um par de cecos na junção entre os intestinos delgado e grosso.  Cloaca – estoca, temporariamente, os produtos residuais, enquanto a água é reabsorvida. SISTEMA DIGESTÓRIO E EXCRETÓRIO
  • 42.  Cloaca – excreção de metabólitos nitrogenados (impurezas) na forma de ácido úrico (pasta esbranquiçada). A precipitação do ácido úrico, na forma de uratos, retira a água da urina e esta água é devolvida à corrente sanguínea. SISTEMA DIGESTÓRIO E EXCRETÓRIO
  • 43.  Aves marinhas - glândulas de sal retém ainda mais a água pela absorção de alguns íons que estão em solução na cloaca e excretá-los em soluções mais concentradas, pelas suas glândulas de sal SISTEMA DIGESTÓRIO E EXCRETÓRIO
  • 44. SISTEMA RESPIRATÓRIO  Parabrônquios (similar aos álveolos pulmonares) – fluxo contínuo de ar  Sacos aéreos – reservatório de ar  Inspiração – ar contorna o pulmão e segue para os sacos aéreos anteriores
  • 45. MIGRAÇÃO E NAVEGAÇÃO  Muitas aves são conhecidas por seguir marcas terrestres, como rios e linhas de costa;  Outras voam diretamente sobre extensas massas d’água; Algumas espécies possuem amplas rotas de migração, enquanto outras não se afastam muito da costa por conta dos recursos alimentares;
  • 46. MIGRAÇÃO E NAVEGAÇÃO  Estímulo para migração: comprimento dos dias no final do inverno e início da primavera;  Estímulo do lobo anterior da glândula pituitária – mudanças fisiológicas e comportamentais;  Desenvolvimento das gônadas e acúmulo de gordura;  Migração, corte, comportamento de acasalamento/reprodutivo e cuidado parental;
  • 47. MIGRAÇÃO E NAVEGAÇÃO  As aves reconhecem marcos terrestres topográficos e seguem rotas migratórias familiares;  Tem um acurado senso de tempo;  Campo magnético da Terra, porém precisam calibrar as rotas com marcos terrestres;  Podem utilizar “pistas celestiais” - Sol durante o dia e as estrelas à noite;
  • 48.
  • 49.
  • 51. REPRODUÇÃO  Testículos pequenos com formato similar a de um feijão; porém na época reprodutiva atingem tamanhos 300x maiores;  Ausência de pênis;  Algumas espécies copulam no ar;
  • 52. REPRODUÇÃO  Desenvolvimento do ovário esquerdo e oviduto;  Fertilização ocorre na porção superior do oviduto algumas horas antes da adição de albumina;  Adição de albumina enquanto o ovo passa pelo oviduto;  Casca, membrana e pigmentos também são acrescidos quando ovo passa na porção mais inferior do oviduto;  Os espermatozóides permanecem vivos no oviduto por vários dias após 1 única cópula;
  • 53. REPRODUÇÃO  Monogamia – comum nas aves (90%) x poligamia – mais de um parceiro no período reprodutivo;  Monogamia sazonal;  Ambos os pais são igualmente adaptados ao cuidado parental; SISTEMAS DE ACASALAMENTO Por que a monogamia é tão comum nas aves? Espécies de aves monogâmicas - 93% produzem filhotes altriciais (que demandam extenso cuidado parental)
  • 54. Cuidado parental  Filhotes altriciais: dependentes de alimentação e termorregulação;  Vocalizações são importantes no cuidado parental das aves;  O tamanho da ninhada interfere na intensidade do cuidado. REPRODUÇÃO
  • 55. REPRODUÇÃO Comportamento Social e Sistemas de Acasalamento  Visão e audição são os principais sentidos das aves  Vocalização e exibição visual (cores) • Maioria machos sexualmente maduros e apenas durante a estação reprodutiva; • Cantos identificam as espécies, exibindo dialetos regionais entre gerações; • Brigas de território e disputa de fêmeas
  • 56. REPRODUÇÃO Por que escolher machos tão bonitos? Nas aves, as cores brilhantes e outros ornamentos dos machos podem ser indicativos do bom estado nutricional, de resistência a parasitas, ou de habilidade em evitar predadores.
  • 57. AVES MARINHAS  Representadas por aves que passam uma parte significante do seu ciclo de vida nos oceanos e se alimentam de organismos marinhos;  O ninho é estabelecido no continente; a reprodução ocorre em grandes colônias, copulam com o mesmo parceiro e tem cuidado parental.
  • 58. AVES MARINHAS  Os membros inferiores são modificados para o nado/locomoção na água;  Descendem de vários grupos de aves terrestres e como resultado, diferem amplamente quanto às características de voo, mecanismos de alimentação e habilidade em viver longe do continente.
  • 59. AVES MARINHAS  Correspondem a cerca de 3% das 9.700 espécies de aves;  Estão distribuídas de polo a polo O impacto dessas espécies na vida marinha é significante; a maioria é predador de peixe, lula, invertebrados bentônicos, mas algumas espécies alimentam-se de plâncton.  Necessitam de grandes quantidades de alimento para manter a temperatura do corpo.
  • 60. PINGUINS  São os mais adaptados à vida no mar;  Não voam, pois as asas foram modificadas em nadadeiras para que possam “voar” na água.  Os ossos são mais densos que os de outras aves para reduzir a flutuabilidade e deixar o mergulho mais fácil.
  • 61. PINGUINS  Os pinguins são nadadores espetaculares e também podem saltar fora da água;  Conseguem cobrir vastas distâncias alternando os saltos e a natação
  • 62. PINGUINS  No continente são desajeitados e estranhos;  São míopes no continente, porém enxergam muito bem na água;  São adaptados às baixas temperaturas devido ao isolamento térmico fornecido por uma camada de gordura situada abaixo da pele.
  • 63. PINGUINS São conhecidas 18 espécies de pinguins e apenas 1 não vive no continente antártico ou nas águas frias do hemisfério sul. A exceção é o pinguim de Galápagos Spheniscus mendiculus que vive no Equador, mas ainda assim fica confinado em águas que são banhadas por correntes frias.
  • 64. PINGUINS  Os pinguins de maior porte, como o pinguim imperador Aptenodytes forsteri, alimentam- se de peixes e lulas;  Os menores alimentam-se de krill.  Os pinguins têm bicos fortes, característico de aves que se alimentam de peixes e plâncton de grande dimensão, como o krill.
  • 65. PINGUINS  Muitas espécies migram sazonalmente entre as áreas de alimentação (mar) e reprodução (continente);  Em algumas espécies, as colônias são formadas por milhões de pares.
  • 66. PINGUINS  O período reprodutivo, bem como o número de ovos depositados varia de espécie para espécie;  No caso do pinguim imperador, o macho incuba apenas um único ovo no inverno do continente antártico. As fêmeas saem para comer logo que depositam os ovos. Os machos permanecem no gelo aquecendo o ovo por 64 dias. Nesse período, os machos se agrupam para fins de proteção contra o frio e tempestades.
  • 67. PINGUINS  A reprodução é cronometrada para que a eclosão ocorra no verão, período em que o alimento é mais abundante;  Após a eclosão finalmente a fêmea retorna e regurgita o alimento. Depois, tanto a fêmea quanto o macho alimentam o pequeno pinguim;  Enquanto os pais se alimentam o filhote é integrado a grupos que são observados por pinguins “babás”.
  • 68. PINGUINS  Ao retornarem, os pais identificam o filhote dentre centenas pela voz e aparência;  Os pais continuam alimentando o filhote por 51/2 meio.