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CHONDRICHTHYES
SISTEMÁTICA: FILO CHORDATA
SUBFILO VERTEBRATA
CLASSE CHONDRICHTHYES
SUBCLASSE ELASMOBRANCHII SUBCLASSE HOLOCEPHALI
ORDEM SQUALIFORMES - TUBARÕES
ORDEM RAJIFORMES - RAIAS
ORDEM CHIMAERIFORMES
# Propõe-se que a evolução dos vertebrados deu-se partir de um estágio larval
semelhante ao dos tunicados.
# Tendo evoluído nos mares cambrianos, os cordados veem-se mais
proximamente aparentados aos Echinodermata que em relação a qualquer
outro filo de invertebrados. mas permanece sem provas.
# Embora não comprovada, representa um bom exemplo de como hipóteses
evolutivas são elaboradas a partir de estudos comparados de animais fósseis e
atuais.
■ OS PRIMEIROS VERTEBRADOS MANDIBULADOS
FILO CHORDATA
SUBFILO VERTEBRATA
Classe Agnatha
(desprovidos de mandíbula)
• Subclasse Ostracodermi – peixes
extintos
• Subclasse Ciclostoma –
Lampreias e feiticeiras
Classe Placodermi • Peixes primitivos (fósseis)
detentores de mandíbulas
Classe Chondrichthyes
(tubarões, raias, quimeras)
• Subclasse Elasmobranchii –
tubãrões e raias
• Subclasse Holocephali –
quimeras
Classe Osteichthyes
(peixes ósseos)
• Subclasse Actinopterygii –
nadadeiras com raios
• Subclasse Sarcopterygii –
nadadeiras carnosas
ASPECTOS EVOLUTIVOS
CICLOSTOMATA CHONDRICHTHYES
Não posuem mandíbulas Apresentam mandíbula
Pele sem escamas Pele com escamas placóides
Nadadeira mediana dorsal
Nadadeiras peitorais, caudais,
pélvicas, laterais e dorsais
medianas
Fecundação externa, postura de
ovos, formação de larva
Gônadas pares, fecundação interna,
desenvolvimento direto
• Tubarões, raias, quimeras
• Peixes cartilaginosos (menos diversificados que peixes ósseos)
• Derivados de ancestrais que tinham ossos desenvolvidos
• Quase todos marinhos (somente 28 espécies dulcícolas)
■ CLASSE CHONDRICHTHYES
■ SUBCLASSE HOLOCEPHALI
QUIMERAS
• Peixe-rato, peixe-coelho ou peixe-fantasma
• Remanescentes de uma linhagem que divergiu da mais antiga
linhagem de tubarões (Era Paleozóica)
• 31 espécies viventes
# Características únicas
1. Boca – maxilas com placas achatadas que substituem os dentes
2. Maxila superior completamente fundida ao crânio
3. Alimentação – algas marinhas, moluscos, equinodermas, crustáceos e
peixes.
• Tubarões e Raias
• Há 9 ordens de elasmobrânquios viventes – 815 espécies
■ SUBCLASSE ELASMOBRANCHII
# MORFOLOGIA EXTERNA
1. Corpo fusiforme
2. Boca ventral e rostro pontudo
3. Extremidade posterior coluna vertebral desvia-se para cima terminado lobo superior da cauda
(heterocerca)
# NADADEIRAS
• Nadadeiras pares (peitorais e pélvicas)
• Macho – clásper
• 1 ou 2 dorsais
• 1 caudal
• 1 anal (maioria tubarões)
# Clásper – parte medial da nadadeira pélvica modificada (machos)
# Narinas
1. Pares (bolsas de fundo cego)
2. Ventrais e anteriores a boca.
# Olhos – sem pálpebras
# Espiráculos – atrás dos olhos (remanescentes da 1ª fenda branquial)
# 5 fendas branquiais anteriores à nadadeira peitoral
• Pele – resistente (coriácea)
• Coberta por escamas placóides dérmicas (semelhantes a dentes)
• Dispostas de forma a reduzir a turbulência da água que flui ao longo
do corpo durante natação
• Tubarões podem localizar presas a longas distâncias pelos:
• Mecanorreceptores do sistema da linha lateral – percepção de vibrações de
baixa frequência (pressão, tato)
• Sistema composto por órgãos receptores especiais (neuromastos) em tubos
interconectados e poros estendendo-se ao longo dos lados do corpo e sobre
a cabeça.
• Tubarões utilizam eletrorrecepção para encontrar presas enterradas na
areia (percepção de campos elétricos mínimos).
• Eletrorreceptores (ampolas de Lorenzini) – localizadas na cabeça do
animal
■ SISTEMA ESQUELÉTICO
• Crânio cartilaginoso completo (condrocrânio)
• Crânio parcialmente calcificado (ausência de osso verdadeiro)
• 1º arco branquial – origina as maxilas superior e inferior (cartilagem
palatoquadrada e cartilagem de Meckel)
• Tubarões e raias - maxila superior liga-se frouxamente ao crânio e
sustentada na parte posterior pelo 2º arco branquial;
• Quimeras - maxila superior firmemente fundida ao crânio.
Aparecimento de mandíbulas
Aparecimento de nadadeiras pares
■ SISTEMA MUSCULAR
• Realiza de movimento de várias partes do corpo – abrir e fechar a boca, as
aberturas brânquiais, olhos e nadadeiras (locomoção através da água)
• Em peixes cartilaginosos e ósseos a musculatura axial vê-se dividida por
septos (laterais ou horizontais) em músculos epaxiais dorsais e músculos
hipoxiais ventrais
1. Cerca de 850 espécies (quase todos marinhos, apenas 28 espécies de
água doce)
2. Grandes (de 1m até 12m)
3. Corpo fusiforme (tubarões) ou deprimido dorsoveltralmente (raias)
4. Nadadeiras peitorais e pélvicas pareadas
5. Duas nadadeiras medianas dorsais
6. Nadadeiras pélvicas modificadas em Clásperes (nos machos)
7. Boca ventral
8. Olhos laterais sem pálpebras
9. Narinas pares com bolsas olfatórias
10.Detentores de 5 pares de fendas branquiais
■ CARACTERÍSTICAS GERAIS
1. Pele coriácea com escamas placóides (reduzir a turbulência da água) ou nua
(em quimeras)
2. Dentes semelhantes às escamas placóides (substituídos em série - tubarões)
3. Dentes presentes em placas trituradoras em quimeras e raias
4. Endoesqueleto cartilaginoso (calcificação ocorre) sem ossos verdadeiros
5. Notocorda persistente, mas reduzida.
6. Vértebras completas e separadas
7. Crânio sem suturas.
8. Apresentam muitas glândulas mucosas.
■ CARACTERÍSTICAS GERAIS
■ SISTEMA CIRCULATÓRIO
• Simples – o sangue não-oxigenado passa pelo coração, sendo bombeado
para brânquias (onde é oxigenado e distribuído para corpo)
• Oxigênio vê-se transportado para tecidos pela hemoglobina contida nas
hemácias (transportada para todas partes do corpo)
• Coração – composto por 4 câmaras (seio venoso, átrio, ventrículo e cone
arterioso)
• O sangue flui pelo seio venoso (1ª câmara ou câmara receptora) → átrio (parede
fina) → ventrículo (paredes espessas) → pelo cone arterioso (bombeado para fora
pela aorta ventral) → região branquial para ser oxigenado → por vasos
branquiais aferentes → sai das brânquias através de alças coletoras eferentes →
aorta dorsal
• Peixes cartilaginosos – cone arterioso tem vários conjuntos de válvulas (impedem
refluxo sanguíneo)
■ SISTEMA RESPIRATÓRIO
• Fendas branquiais desenvolvem-se de uma série de evaginações da faringe →
crescem para fora → vão encontro de invaginações vindas de fora para dentro
• Cada junção forma fenda ou abertura → água entra pela boca passa para
faringe (fora)
• Divisões entre passagens contêm suportes ósseos ou cartilaginosos para os
filamentos branquiais localizados de cada lado
• Cada brânquia ou holobrânquia vê-se dividida em 2 partes (hemibrânquias
separadas por septo interbranquial)
• Distalmente, cada septo interbrânquial forma uma aba → cada abertura
branquial abre-se separadamente para meio exterior
• Lamelas branquiais – constituídas por pregas finas recobertas por epitélio
respiratório vascularizado (o dióxido de carbono do sangue pode ser
trocado por oxigênio dissolvido na água)
• Tubarões e raias – possuem 5 a 7 pares fendas branquiais funcionais e 1
par de aberturas anteriores não-respiratórias (espiráculos)
■ SISTEMA DIGESTIVO
• Tubarões possuem conjuntos de dentes altamente desenvolvidos que os
permitem agarrar e lacerar organismos
• Raias e quimeras – dentes assumiram forma de placas largas que
trituram moluscos e outros organismos de concha dura
Cavidade bucal abre-se na faringe (fendas branquiais)
Esôfago curto (quase não se diferencia do estômago forma J ausente nas
quimeras)
Nos elasmobrânquios, o intestino (reto e curto) divide-se em 2 porções:
1ª presença válvula espiral – aumenta superfície de absorção
Fígado e pâncreas (presentes) abre-se no intestino
Fígado – auxilia a flutuação dos tubarões por conter grande quantidade
de um hidrocarboneto gorduroso (esqualeno)
Atua como uma grande bolsa de óleo flutuante, compensando o peso do
tubarão
Glândula retal (única nos cartilaginosos) secreta um fluído incolor
contendo alta concentração de cloreto de sódio
■ EXCREÇÃO DE RESÍDUOS
• Os produtos excretados incluem moléculas tóxicas e moléculas em
excesso no organismo
• Podem ser eliminados de diversas formas, dependendo do animal e do
meio em que vive
1. Amônia – (oriunda do metabolismo dos aminoácidos) resulta do
amoníaco que, ao reagir com a água, origina amônia (bastante
solúvel nesse meio)
# Excreção típica de animais aquáticos, onde a perda de água não constitui
problema
■ EXCREÇÃO DE RESÍDUOS
• Ácido úrico – em animais terrestres a perda de água é perigosa
(contudo, a amônia é demasiado tóxica para ser armazenada)
# Répteis, aves e insetos transformam-na no fígado em ácido úrico
(menos tóxico e insolúvel)
# Removido do sangue pelos rins e excretado com as fezes numa forma
quase seca
• Ureia – formada no fígado a partir da amônia, representa o
modo encontrado pelos mamíferos, peixes cartilaginosos e
anfíbios para reduzir a toxicidade e a solubilidade dos resíduos.
# Retirada dos fluidos pelos rins e excretada sob a forma de urina.
■ GÔNADAS – PEIXES CARTILAGINOSOS E ÓSSEOS
1. Pares (sexos geralmente distintos)
2. Fêmea – possuidora de 2 ovidutos
3. Em Elasmobrânquios, as extremidades superiores dos ovidutos
mostram-se fundidas numa única abertura (infundibular ou óstio)
responsável pela saída dos óvulos do ovário
4. Cada oviduto possui uma glândula de casca onde os ovos fertilizados
internamente são encerrados a uma casca córnea
5. Algumas espécies ovíparas depositam ovos na água
6. Outras, incuba-nos internamente numa região dilatada da extremidade
inferior do oviduto (útero)
• Nos machos, o testículo liga-se a região anterior do ducto
arquinéfrico por meio de túbulos renais
• Fertilização interna – machos desenvolvem órgãos copuladores nas
partes internas das nadadeiras pélvicas (clásper) sulcado
medianamente
• O saco de ovos de um tubarão esqualídeo é popularmente conhecido
como "Bolsa de Sereia"
Oviparous Forms
1
3
2
4
■ SISTEMA NERVOSO
• Surge embriologicamente a partir da placa medular (formada no
tubo neural)
• Extremidade anterior origina encéfalo primitivo constituído 3
vesículas
• Encéfalo anterior (prosencéfalo) situa-se atrás do mesencéfalo
• Encéfalo posterior (rombencéfalo) origina medula espinhal e restante
sistema nervoso
# Os encéfalos anterior e posterior originam:
1. Telencéfalo – função olfativa (origem dos hemisférios cerebrais)
2. Diencéfalo – centros impulsos olfativos e visuais (associa-se a estruturas
glandulares responsáveis pelo controle hormonal)
3. Mesencéfalo – centro de coordenação nervosa
4. Metencéfalo (cerebelo) – responsável pela coordenação muscular (mais
desenvolvido peixes grandes)
5. Mielencéfalo (bulbo) – centro de controle da respiração, ação cardíaca e
metabolismo
6. 10 pares de nervos cranianos
■ SUSTENTAÇÃO E LOCOMOÇÃO
1. Esqueleto cartilaginoso bem calcificado (sem ossos verdadeiros)
2. Notocorda persistente
3. Nadadeiras pares presentes
Chondrichthyes
cartilagem
Peixes
Esqueleto cartilaginoso
Boca
Ventral
Fendas
branquiais
abertas 5-7
Cauda
heterocerca
Intestino
curto com
válvula
espiral
Cloaca
Escamas
placóides
linha ventral do corpo
boca
5 a 7 fendas
branquiais
abertas
protocerca
dificerca
homocerca
hipocerca
heterocerca
cauda heterocerca
NA CABEÇA OS TUBARÕES TÊM AS
“AMPOLAS DE LORENZINI”, QUE PERCEBEM
ONDAS MECÂNICAS E ELETROMAGNÉTICAS
“NÃO SE MEXA, ISSO
OS ATRAI”
Escamas placóides
ESMALTE
DERME
DENTINA
(POLPA)
EPIDERME
AS ESCAMAS SÃO HOMÓLOGAS
AOS DENTES (MESMA ORIGEM)
ESCAMAS PLACÓIDES
QUE ORIGINAM OS DENTES
Modern Sharks
TUBARÃO “BALEIA”
MAIOR PEIXE
FILEIRAS DE DENTES QUE SEMPRE
SÃO SUBSTITUÍDOS
TUBARÃO
MARTELO
O maior tubarão baleia visto até hoje foi capturado em março/07 na costa da China.

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Chondrichthyes: tubarões, raias e quimeras

  • 2. SISTEMÁTICA: FILO CHORDATA SUBFILO VERTEBRATA CLASSE CHONDRICHTHYES SUBCLASSE ELASMOBRANCHII SUBCLASSE HOLOCEPHALI ORDEM SQUALIFORMES - TUBARÕES ORDEM RAJIFORMES - RAIAS ORDEM CHIMAERIFORMES
  • 3. # Propõe-se que a evolução dos vertebrados deu-se partir de um estágio larval semelhante ao dos tunicados. # Tendo evoluído nos mares cambrianos, os cordados veem-se mais proximamente aparentados aos Echinodermata que em relação a qualquer outro filo de invertebrados. mas permanece sem provas. # Embora não comprovada, representa um bom exemplo de como hipóteses evolutivas são elaboradas a partir de estudos comparados de animais fósseis e atuais. ■ OS PRIMEIROS VERTEBRADOS MANDIBULADOS
  • 4. FILO CHORDATA SUBFILO VERTEBRATA Classe Agnatha (desprovidos de mandíbula) • Subclasse Ostracodermi – peixes extintos • Subclasse Ciclostoma – Lampreias e feiticeiras Classe Placodermi • Peixes primitivos (fósseis) detentores de mandíbulas Classe Chondrichthyes (tubarões, raias, quimeras) • Subclasse Elasmobranchii – tubãrões e raias • Subclasse Holocephali – quimeras Classe Osteichthyes (peixes ósseos) • Subclasse Actinopterygii – nadadeiras com raios • Subclasse Sarcopterygii – nadadeiras carnosas
  • 5. ASPECTOS EVOLUTIVOS CICLOSTOMATA CHONDRICHTHYES Não posuem mandíbulas Apresentam mandíbula Pele sem escamas Pele com escamas placóides Nadadeira mediana dorsal Nadadeiras peitorais, caudais, pélvicas, laterais e dorsais medianas Fecundação externa, postura de ovos, formação de larva Gônadas pares, fecundação interna, desenvolvimento direto
  • 6. • Tubarões, raias, quimeras • Peixes cartilaginosos (menos diversificados que peixes ósseos) • Derivados de ancestrais que tinham ossos desenvolvidos • Quase todos marinhos (somente 28 espécies dulcícolas) ■ CLASSE CHONDRICHTHYES
  • 8. QUIMERAS • Peixe-rato, peixe-coelho ou peixe-fantasma • Remanescentes de uma linhagem que divergiu da mais antiga linhagem de tubarões (Era Paleozóica) • 31 espécies viventes # Características únicas 1. Boca – maxilas com placas achatadas que substituem os dentes 2. Maxila superior completamente fundida ao crânio 3. Alimentação – algas marinhas, moluscos, equinodermas, crustáceos e peixes.
  • 9. • Tubarões e Raias • Há 9 ordens de elasmobrânquios viventes – 815 espécies ■ SUBCLASSE ELASMOBRANCHII
  • 10. # MORFOLOGIA EXTERNA 1. Corpo fusiforme 2. Boca ventral e rostro pontudo 3. Extremidade posterior coluna vertebral desvia-se para cima terminado lobo superior da cauda (heterocerca) # NADADEIRAS • Nadadeiras pares (peitorais e pélvicas) • Macho – clásper • 1 ou 2 dorsais • 1 caudal • 1 anal (maioria tubarões)
  • 11. # Clásper – parte medial da nadadeira pélvica modificada (machos) # Narinas 1. Pares (bolsas de fundo cego) 2. Ventrais e anteriores a boca. # Olhos – sem pálpebras # Espiráculos – atrás dos olhos (remanescentes da 1ª fenda branquial) # 5 fendas branquiais anteriores à nadadeira peitoral
  • 12.
  • 13. • Pele – resistente (coriácea) • Coberta por escamas placóides dérmicas (semelhantes a dentes) • Dispostas de forma a reduzir a turbulência da água que flui ao longo do corpo durante natação
  • 14. • Tubarões podem localizar presas a longas distâncias pelos: • Mecanorreceptores do sistema da linha lateral – percepção de vibrações de baixa frequência (pressão, tato) • Sistema composto por órgãos receptores especiais (neuromastos) em tubos interconectados e poros estendendo-se ao longo dos lados do corpo e sobre a cabeça.
  • 15.
  • 16. • Tubarões utilizam eletrorrecepção para encontrar presas enterradas na areia (percepção de campos elétricos mínimos). • Eletrorreceptores (ampolas de Lorenzini) – localizadas na cabeça do animal
  • 17. ■ SISTEMA ESQUELÉTICO • Crânio cartilaginoso completo (condrocrânio) • Crânio parcialmente calcificado (ausência de osso verdadeiro) • 1º arco branquial – origina as maxilas superior e inferior (cartilagem palatoquadrada e cartilagem de Meckel) • Tubarões e raias - maxila superior liga-se frouxamente ao crânio e sustentada na parte posterior pelo 2º arco branquial; • Quimeras - maxila superior firmemente fundida ao crânio.
  • 19. ■ SISTEMA MUSCULAR • Realiza de movimento de várias partes do corpo – abrir e fechar a boca, as aberturas brânquiais, olhos e nadadeiras (locomoção através da água) • Em peixes cartilaginosos e ósseos a musculatura axial vê-se dividida por septos (laterais ou horizontais) em músculos epaxiais dorsais e músculos hipoxiais ventrais
  • 20. 1. Cerca de 850 espécies (quase todos marinhos, apenas 28 espécies de água doce) 2. Grandes (de 1m até 12m) 3. Corpo fusiforme (tubarões) ou deprimido dorsoveltralmente (raias) 4. Nadadeiras peitorais e pélvicas pareadas 5. Duas nadadeiras medianas dorsais 6. Nadadeiras pélvicas modificadas em Clásperes (nos machos) 7. Boca ventral 8. Olhos laterais sem pálpebras 9. Narinas pares com bolsas olfatórias 10.Detentores de 5 pares de fendas branquiais ■ CARACTERÍSTICAS GERAIS
  • 21. 1. Pele coriácea com escamas placóides (reduzir a turbulência da água) ou nua (em quimeras) 2. Dentes semelhantes às escamas placóides (substituídos em série - tubarões) 3. Dentes presentes em placas trituradoras em quimeras e raias 4. Endoesqueleto cartilaginoso (calcificação ocorre) sem ossos verdadeiros 5. Notocorda persistente, mas reduzida. 6. Vértebras completas e separadas 7. Crânio sem suturas. 8. Apresentam muitas glândulas mucosas. ■ CARACTERÍSTICAS GERAIS
  • 22.
  • 23.
  • 24. ■ SISTEMA CIRCULATÓRIO • Simples – o sangue não-oxigenado passa pelo coração, sendo bombeado para brânquias (onde é oxigenado e distribuído para corpo) • Oxigênio vê-se transportado para tecidos pela hemoglobina contida nas hemácias (transportada para todas partes do corpo)
  • 25. • Coração – composto por 4 câmaras (seio venoso, átrio, ventrículo e cone arterioso) • O sangue flui pelo seio venoso (1ª câmara ou câmara receptora) → átrio (parede fina) → ventrículo (paredes espessas) → pelo cone arterioso (bombeado para fora pela aorta ventral) → região branquial para ser oxigenado → por vasos branquiais aferentes → sai das brânquias através de alças coletoras eferentes → aorta dorsal • Peixes cartilaginosos – cone arterioso tem vários conjuntos de válvulas (impedem refluxo sanguíneo)
  • 26. ■ SISTEMA RESPIRATÓRIO • Fendas branquiais desenvolvem-se de uma série de evaginações da faringe → crescem para fora → vão encontro de invaginações vindas de fora para dentro • Cada junção forma fenda ou abertura → água entra pela boca passa para faringe (fora) • Divisões entre passagens contêm suportes ósseos ou cartilaginosos para os filamentos branquiais localizados de cada lado • Cada brânquia ou holobrânquia vê-se dividida em 2 partes (hemibrânquias separadas por septo interbranquial) • Distalmente, cada septo interbrânquial forma uma aba → cada abertura branquial abre-se separadamente para meio exterior
  • 27.
  • 28. • Lamelas branquiais – constituídas por pregas finas recobertas por epitélio respiratório vascularizado (o dióxido de carbono do sangue pode ser trocado por oxigênio dissolvido na água) • Tubarões e raias – possuem 5 a 7 pares fendas branquiais funcionais e 1 par de aberturas anteriores não-respiratórias (espiráculos)
  • 29. ■ SISTEMA DIGESTIVO • Tubarões possuem conjuntos de dentes altamente desenvolvidos que os permitem agarrar e lacerar organismos • Raias e quimeras – dentes assumiram forma de placas largas que trituram moluscos e outros organismos de concha dura
  • 30. Cavidade bucal abre-se na faringe (fendas branquiais) Esôfago curto (quase não se diferencia do estômago forma J ausente nas quimeras) Nos elasmobrânquios, o intestino (reto e curto) divide-se em 2 porções: 1ª presença válvula espiral – aumenta superfície de absorção Fígado e pâncreas (presentes) abre-se no intestino Fígado – auxilia a flutuação dos tubarões por conter grande quantidade de um hidrocarboneto gorduroso (esqualeno) Atua como uma grande bolsa de óleo flutuante, compensando o peso do tubarão Glândula retal (única nos cartilaginosos) secreta um fluído incolor contendo alta concentração de cloreto de sódio
  • 31.
  • 32. ■ EXCREÇÃO DE RESÍDUOS • Os produtos excretados incluem moléculas tóxicas e moléculas em excesso no organismo • Podem ser eliminados de diversas formas, dependendo do animal e do meio em que vive 1. Amônia – (oriunda do metabolismo dos aminoácidos) resulta do amoníaco que, ao reagir com a água, origina amônia (bastante solúvel nesse meio) # Excreção típica de animais aquáticos, onde a perda de água não constitui problema
  • 33. ■ EXCREÇÃO DE RESÍDUOS • Ácido úrico – em animais terrestres a perda de água é perigosa (contudo, a amônia é demasiado tóxica para ser armazenada) # Répteis, aves e insetos transformam-na no fígado em ácido úrico (menos tóxico e insolúvel) # Removido do sangue pelos rins e excretado com as fezes numa forma quase seca • Ureia – formada no fígado a partir da amônia, representa o modo encontrado pelos mamíferos, peixes cartilaginosos e anfíbios para reduzir a toxicidade e a solubilidade dos resíduos. # Retirada dos fluidos pelos rins e excretada sob a forma de urina.
  • 34. ■ GÔNADAS – PEIXES CARTILAGINOSOS E ÓSSEOS 1. Pares (sexos geralmente distintos) 2. Fêmea – possuidora de 2 ovidutos 3. Em Elasmobrânquios, as extremidades superiores dos ovidutos mostram-se fundidas numa única abertura (infundibular ou óstio) responsável pela saída dos óvulos do ovário 4. Cada oviduto possui uma glândula de casca onde os ovos fertilizados internamente são encerrados a uma casca córnea 5. Algumas espécies ovíparas depositam ovos na água 6. Outras, incuba-nos internamente numa região dilatada da extremidade inferior do oviduto (útero)
  • 35. • Nos machos, o testículo liga-se a região anterior do ducto arquinéfrico por meio de túbulos renais • Fertilização interna – machos desenvolvem órgãos copuladores nas partes internas das nadadeiras pélvicas (clásper) sulcado medianamente • O saco de ovos de um tubarão esqualídeo é popularmente conhecido como "Bolsa de Sereia"
  • 38.
  • 39. ■ SISTEMA NERVOSO • Surge embriologicamente a partir da placa medular (formada no tubo neural) • Extremidade anterior origina encéfalo primitivo constituído 3 vesículas • Encéfalo anterior (prosencéfalo) situa-se atrás do mesencéfalo • Encéfalo posterior (rombencéfalo) origina medula espinhal e restante sistema nervoso
  • 40. # Os encéfalos anterior e posterior originam: 1. Telencéfalo – função olfativa (origem dos hemisférios cerebrais) 2. Diencéfalo – centros impulsos olfativos e visuais (associa-se a estruturas glandulares responsáveis pelo controle hormonal) 3. Mesencéfalo – centro de coordenação nervosa 4. Metencéfalo (cerebelo) – responsável pela coordenação muscular (mais desenvolvido peixes grandes) 5. Mielencéfalo (bulbo) – centro de controle da respiração, ação cardíaca e metabolismo 6. 10 pares de nervos cranianos
  • 41. ■ SUSTENTAÇÃO E LOCOMOÇÃO 1. Esqueleto cartilaginoso bem calcificado (sem ossos verdadeiros) 2. Notocorda persistente 3. Nadadeiras pares presentes
  • 42.
  • 43.
  • 45. linha ventral do corpo boca
  • 46. 5 a 7 fendas branquiais abertas
  • 48. cauda heterocerca NA CABEÇA OS TUBARÕES TÊM AS “AMPOLAS DE LORENZINI”, QUE PERCEBEM ONDAS MECÂNICAS E ELETROMAGNÉTICAS “NÃO SE MEXA, ISSO OS ATRAI”
  • 49. Escamas placóides ESMALTE DERME DENTINA (POLPA) EPIDERME AS ESCAMAS SÃO HOMÓLOGAS AOS DENTES (MESMA ORIGEM)
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 57.
  • 58. FILEIRAS DE DENTES QUE SEMPRE SÃO SUBSTITUÍDOS
  • 60. O maior tubarão baleia visto até hoje foi capturado em março/07 na costa da China.