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Eduardo Novais - UFC - 2011
Os trabalhos foram fracos.
Quem compraria seu próprio trabalho se fosse para a
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Vejamos alguns bons
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Sócrates
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Katryne Rabelo
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Agora, vejamos alguns erros
encontrados
Mudar “só”
a fonte
Mesmo que o
trabalho fosse só
para mudar a fonte,
cuidados deveriam
ser tomados.
Distorção
Horizontal
ou Vertical
As fontes são projetadas
por designers com uma
proporção. A distorção
delas faz com que
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fiquem finos e vice-versa.
Uso
equivocado
de tipos
Se a fonte “não
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ao menos - não deve
miar.
Fontes
decorativas
para leitura
Fontes decorativas
não devem ser
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longos.
Efeitos.
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cuidado.
Aquele “super” efeito
que você acabou de
conhecer já é
conhecido. Fato.
Muitas
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mostrar que conhece
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Hierarquia
Saiba definir quem
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Anatomia de uma fonte
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maiúsculas.
Altura-x
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passado, uma lembrança
dos acabamentos
tipográficos feitos em pena.
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fonte, o alinhamento
vertical é feito por ela.
Bojo
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uma fatia que nasce
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arredondadas.
Orelha ou
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a fonte pode possuir
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sua parte superior,
uma espécie de linha.
Descendente
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Ascendente
toda parte da fonte que
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altura-x. O “L” e o “F”
minúsculo em algumas
fontes, apresenta as
ascendentes bem visíveis.
Remate
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fonte na base inferior,
o final da pena.
Ligadura
muitas vezes duas
letras ao serem
escritas seguidas
criam um laço entre
si.
Terminal
o oposto do remate.
É a finalização da
fonte na sua parte
superior.
Espinha
Curva e contra-curva
principal presente na
letra “S”.
Barra
horizontal
todos elementos da
fontes que produzem
uma paralela com a
linha de base.
Oco ou
Miolo
espaço em branco
envolvido por uma
letra, seja totalmente,
seja parcialmente.
Eixo
linha imaginária que define
o grau de inclinação da
fonte de acordo com o
lado e o movimento feito
pela pena.
Abertura
é o espaço de
abertura de acesso
ao miolo da fonte.
Classificação de tipos
A classificação adotava pela Association
Typographique Internationale (AtypI) é conhecida como
Classificação Tipográfica VOX/ATypI.

Ela leva esse nome por ter se baseado cla
classificação de Maximilien Vox, em 1954.
Classificação Vox/ATypI
Romanos                 Incisos
   Humanistas           Manuais
   Garaldos                Decorativos
   Transicionais           Brush
   Didones              Manuscritos (Script)
   Mecanizados          Góticos
Lineares (Sem Serifa)      Texturados
   Grotescos               Rotundos
   Geométricos             Bastardos
   Neogrotescos            Fraktur
   Humanísticos         Não Latinos
Romanos
Humanistas


São originadas das fontes romanas pioneiras. Foram
baseadas nos desenhos dos caracteres presentes em
manuscritos humanistas.
O desenho dos caracteres tem sua origem no uso da pena
empunhada de modo oblíquo. Por isso a inclinação do eixo
para a esquerda, clara no O, no b e na barra do e. Não há
grandes contrastes entre as hastes grossas e finas e as
serifas são triangulares, ligadas às hastes por curvas. Nas
caixas baixas, as serifas apresentam curvatura pronunciada.

Exemplos: Centaur, Deepdene, Italian Old Style, Jenson,
Kennerley, Lutetia, Schneider Old Style, Stempel Scheneider,
Venetian Old Style, Verona.
Garaldos


A denominação vem de Garamond e Aldus Manutius.
Os tipos Garaldos dominaram a tipografia européia por
dois séculos.
Como humanistas, os garaldos também têm os eixos
inclinados para a esquerda, suas serifas são triangulares
e as serifas das caixas baixas são oblíquas. No entanto,
diversos daqueles, há um maior contraste das hastes
e a barra do e tende a ser horizontal.

Exemplos: Benguart, Bembo, Caslon, Dante, Garaldus,
Garamond, Goudy Old Style, Palatino, Platin, Sabon,
Souvenir
Transicionais
 Têm origem no Roman
 du Roi, criado para a
 Imprensa Real por
 determinação de Luís
 XIV e que foi projetado
 por regras matemáticas
 rígidas.
Os tipos transacionais têm uma maior variação nas
espessuras das hastes do que os garaldos, suas
serifas são mais planas (porém, ainda triangulares)
e seu eixo é vertical ou apenas levemente inclinado.

Exemplo: Americana, Baskerville, Bookman,
Caledonia, Janson, Fournier, Imprimatur, Perpetua,
Quadriga Antiqua, Stone Serif, Times, Zapf
International.
Didones


São tipos cuja origem está no Neoclássico da segunda
metade do século XVIII e no início do século XIX. Eles
seguem a fenda aberta pelos transacionais, também
baseando-se em rígidas proporções matemáticas e
radicalizando as inovações daqueles.
O contraste verificado entre as hastes dos tipos
transacionais se torna bem mais acentuado e o eixo é
definitivamente vertical. As serifas se tornam lineares, e
especialmente nas maiúsculas elas são visivelmente
finas e perpendiculares às hastes, unidas a estas sem
quaisquer curvaturas. Os desenhos tendem a ter uma
configuração geométrica.

Exemplos: Bodoni, Corvinus, Didot, Fenice, Modern
Extended, Modern, Walbaum.
Mecanizados

Esta configuração de tipos tem origem na Revolução
Industrial e no mercado publicitário que surge a partir
daí: eles foram originalmente desenhados para serem
vistos de longe e em meio a outros impressos
concorrentes e não mais para serem lidos de perto e
mediante concentração do leitor, como nos livros e
jornais. Por isso tendem a ser mais pesados e têm
destaque nas sefiras.
As serifas são marcantes, sólidas, formando um ângulo reto
com a linha de base (ou com a das ascendentes ou a das
descendentes). Esta perpendicularidade pode ser enfatizada
pela ligação às hastes por outro ângulo reto (a chamada serifa
retangular) ou contrastada com o uso de curvas discretas para
estas mesmas ligações (a serifa inglesa).

Exemplos: Aachen, American Typewriter, Beton, Cheltenham,
Clarendon, Clearface, Courier, Egizio, Ionic, Melior, Memphis,
Neutra, Nimrod, Lubalin Graph, Pro Arte, Rockwell, Serifa Volta,
Schadow.
Lineares (sem serifa)
Grotescos



Um padrão originário do século XIX
Gravemente pesado mas com um contrate na
espessura das hastes. Os caracteres são reduzidos
à sua estrutura, conservando-se as formas mais
essenciais. As curvas tendem a ser discretas, com
terminações horizontalizadas das hastes curvas.

Exemplos: Alternate Gothic, Grotesca, Grotesque,
Franklin Gothic.
Geométricos


Têm origem no movimento modernista, com inspiração
geométrica e racionaliza, e começam a ser difundidos
na década de 1930.
São monolineares (não há contrate entre as hastes)
e tendem a partir de configurações básicas para a
construção de grupos de caracteres com estrutura
semelhante. São bem menos pesados do que os
grotescos, dos quais derivam. Em geral, o a
apresenta se sem o gancho superior.

Exemplos: Avant Gardc Gothic, Erbar, Eurostyle,
Futura.
Neogrotescos


Como os geométricos, derivam dos grotescos, com
menos contraste entre as hastes do que aqueles, mas
não monolineares quanto os geométricos.
Difundidos a partir de meados da década de
1950, têm desenho cuidadoso, com forte
preocupação com a legibilidade tanto para
corpos grandes quando para pequenos. As
hastes tendem a terminar de forma oblíqua.

Exemplo: Folio, Helvetiva, Univers.
Humanísticos


Embora sem serifa, estão menos ligados aos
grotescos e mais nas inscrições das maiúsculas a
lapidarias romanas e nas minúsculas humanistas ou
garaldas.
Tendem a ser mais delicados do que as três
subclasses anteriores, com contrastes entre
as hastes. O a possui gancho superior.

Exemplo: Frutiger, Gill Sans, Shannon, Myriand,
Optima.
Insisos
São tipos que possuem semiserifa, baseados
nas romanas gravadas em pedra. Suas formas
assemelham-se mais aos originais esculpidos
do que a letras caligrafias.

Exemplos: Albertus, Augustea, Friz Quadrara,
Hadriano, Medien.
Manuais
Decorativas



São tipos que parecem mais desenhados do que
propriamente escritos.
Comumente utilizados em logotipos, displays,
cartazes, anúncios publicitários. Não se
destinam a texto corrido.

Exemplos: Arnold Boecklin, Benguiat Gothic,
Biffo, Codex, Hobo, Largo, Profil, Revue, Stop,
Stencil.
Brush



No final do século 15, desenvolvidas a partir dos tipos
romanos manuscritos.
Têm inspiração na letra cursiva - por isso o eixo
claramente inclinado, as linhas geralmente leves
e arredondadas. No entanto, é nítido que são
desenhados e que não têm como objetivo imitar a
escrita cursiva, apesar de se inspirarem nela. Por
isso se diferenciam dos manuscritos.

Exemplos: Balloon, Brush Script, Dom Casual,
Tekton.
Manuscritos



São os tipos que imitam a cursiva comum ou formal
Distiguem se das manuais por imitarem
claramente a escrita caligrafia. Observa-se
ligaduras.

Exemplos: Ariston, Coronet, Legend,
Lithographia Shelley, Mistral, Park Avenue, Snell,
Present Script, Virtuosa.
Góticos



Originaram-se na França, no século XI. Entre suas
particularidades, foram os tipos utilizados na Bíblia de
Gutenberg.
Possuem como características principais tipos
pontiagudos, com hastes terminando em
losango.

Exemplo: Cloister Wilhelm Kligspor.
Rotundos



Têm origem na Espanha e na Itália.
As terminações são retangulares, mas as
estruturas incluem curvas marcantes, com
linhas angulosas.

Exemplo: Schwabem Alt, Trump Deutsch,
Wallau, Wedding, Weiß-Gotisch.
Bastardos



É o gótico mais popular, conhecido na Alemanha
como schwabacher.
Bastante enfeitado, com o o caixa baixa
pontiagudo. As maiúsculas são mais
dinâmicas do que as dos tipos texturas e
rotundos.

Exemplos: Ehmecke-Schwabacher, Old
Schwabacher, Renata.
Fraktur



 Foi muito difundido na Renascença e é hoje o tipo
 gótico mais utilizado na Alemanha.
Tem formas mais sofisticadas que os
bastardos, com curvas e ângulos que se
alternam e maiúsculas com hastes curvas. As
ascendentes têm serifas que se bifurcam.

Exemplos: Breitkopf-Fraktur, Fette Gotich,
Unger-Fraktur, Gilgengart Durer Fraktur
Não latinos
Famílias
A ideia de organizar fontes em famílias combinadas
data do século XVI, quando os impressores
começaram a coordenar tipos romanos e itálicos. O
conceito foi formalizado na virada do século XX.
Fontes na tela
Suavização
A suavização digital (anti-aliasing) cria a aparência de borda suave ao
fazer com que alguns píxels da borda de uma letra apareçam em tons
de cinza. Ela é mais eficaz em títulos do que em textos pequenos.
Fontes Bitmap
São projetadas para serem usadas em tamanhos
específicos (8px, ex.) porque seu corpo é construído
precisamente com unidades de tela.
Texto
O termo “texto” é definido como uma sequência
contínua de palavras, distinta de legendas ou títulos
mais curtos.

O bloc principal normalmente é chamado de “corpo”
ou “texto corrido” e fui de uma caixa, coluna ou caixa
para outra.

Os designers geralmente tratam o corpo do texto com
consistência, fazendo-o parecer como uma
substância coerente distribuída ao longo do
documento.
Kerning
É o processo de ajuste do espaço entre caracteres em uma
fonte proporcional. Se as letras de uma fonte forem
espacejadas muito uniformemente, produzirão um padrão
não uniforme. Nesses casos, é necessário ajustar o Kerning
manualmente.
Espacejamento
Também conhecido como tracking, refere-se a o
ajuste das disntâncias entre um grupo de letras.
Espacejar versais e versaletes enobrece-as e é
um ato comum.
Fazer espacejamento negativo é um crime tipográfico.
Lembre-se: ajuste o sapato, não o pé. Não use espacejamento
negativo para ganhar espaço.
Entrelinhamento
Também chamada de leading, a distância da linha de base
para outra é chamada de entrelinha. Expandir a entrelinha
torna o texto mais leve e aberto. Aumentar demais faz com
que as linhas tornem-se elementos individuais, dificultando a
leitura.
Alinhamento
O arranjo de colunas de texto com bordas duras e
suaves é chamado de alinhamento. Cada estilo de
alinhamento traz qualidades estéticas e prejuízos
potenciais ao design.
Justificado
Bom: Produz uma forma limpa na página. Seu uso eficiente
do espaço faz com que seja a norma para jornais e livros de
texto longo.
Justificado
Ruim: Vazios feios podem aparecer quando o texto for forçado a
caber em colunas com o mesmo comprimento. Evite-os certificando-
se de que a linha é grande o suficiente em relação ao tipo.
Amo-te tanto, meu amor... não cante
 O humano coração com mais verdade...
 Amo-te como amigo e como amante
 Numa sempre diversa realidade.

 Amo-te a m, de um calmo amor prestante
 E te amo além, presente na saudade
 Amo-te, en m, com grande liberdade
 Dentro da eternidade e a cada instante.




Alinhamento à esquerda
Bom: Os designers usam esse alinhamento quando querem
respeitar o fluxo orgânico da linguagem e evitar o espacejamento
irregular que infesta as colunas estreitas do texto justificado.
Alinhamento à esquerda
Ruim: A coluna alinhada à esquerda perde a sua aparência orgânica
quando é desgraçada pelo mau desalinhamento. Batalhe firme para
criar margens aleatórias e naturais, sem cair na tentação dos hífens.
Alinhamento à direita
Bom: Pode ser bem-vindo como desvio do familiar. Ele
produz boas legendas, barras laterais e notas marginais,
sugerindo afinidades entre elementos da página.
Alinhamento à direita
Ruim: Ele pode não ser um desvio bem-vindo, enervando leitores. O
desalinhamento o ameaça tanto quanto aos alinhados à esquerda, com a dificuldade
adicional: a pontuação no final da linha pode enfraquecer a margem direita.
Centralizado
Bom: O texto centralizado é clássico e formal, trazendo ricas associações com
a história e a tradição. Ele convida o designer a quebrá-lo de acordo com o seu
sentido e a criar uma forma orgânica em resposta ao fluxo do conteúdo.
Centralizado
Ruim: É estático e convencional. Empregado sem
cuidado, pode ser tedioso, melancólico como uma lápide.
Alinhamento vertical
Versaletes
empilhados
AS letras romanas foram
feitas para ficar lado a
lado, não em cima da
outra. Centralizar a coluna
ajuda a homogrneizar as
difetenças de largura.
Caixa-baixa
empilhada
Crime tipográfico! As
pilhas de letras em caixa-
baixa são esquisitas porque
as ascendentes e descentes
fazem o espacejamento
parecer desigual.
Linhas de
base
verticais
O modo mais simples de fazer
com que uma linha de texto
forme uma linha vertical é
mudar a orientação da linha de
base, preservando a afinidade
natural da letra que se apóiam
nela.
Hierarquia
Indica um sistema que organiza um sistema que organiza
conteúdo, enfatizando alguns dados e preterindo outros. Ela
ajuda os leitores a localizarem-se no texto, sabendo onde
entrar e sair e como selecionar o conteúdo que deseja.
Ênfase em textos corridos
Enfatizar uma palavra ou      possível criar ênfase
frase em um texto             utilizando outra fonte.
corrido normalmente
requer apenas um sinal.
O itálico é a forma-
padrão. No entando, há
diversas alternativas, tais
como o uso de negrito,
VERSALETES e mudanças
de cor. Também é
Crime tipográfico. Cuidado com a utilização de
mais de um sinal para criar ênfase em um texto.
Normalmente o texto fica saturado e cansativo.
Bibliografia
Lupton, Ellen. Pensar com Tipos: Guia para
designers, escritores, editores e estudantes. Cosac
Naify: São Paulo, 2006.

Beaird, Jason. Princípios do web design
maravilhoso. Alta Books: Rio de Janeiro, 2007.
Referências
http://www.atypi.org

http://www.adobe.com/type/browser/
classifications.html

http://tipos.wordpress.com/

http://www.smashingmagazine.com/2009/08/20/
typographic-design-survey-best-practices-from-the-
best-blogs/

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Tipografia II: Anatomia e Classificação de Fontes

  • 3. Quem compraria seu próprio trabalho se fosse para a sua empresa?
  • 13. Agora, vejamos alguns erros encontrados
  • 14. Mudar “só” a fonte Mesmo que o trabalho fosse só para mudar a fonte, cuidados deveriam ser tomados.
  • 15. Distorção Horizontal ou Vertical As fontes são projetadas por designers com uma proporção. A distorção delas faz com que elementos grossos fiquem finos e vice-versa.
  • 16. Uso equivocado de tipos Se a fonte “não precisa latir para falar de cachorros”, ela - ao menos - não deve miar.
  • 17. Fontes decorativas para leitura Fontes decorativas não devem ser utilizadas para textos longos.
  • 18. Efeitos. Use com cuidado. Aquele “super” efeito que você acabou de conhecer já é conhecido. Fato.
  • 19. Muitas fontes Você não precisa mostrar que conhece muitas fontes para mostrar que sabe muito sobre elas.
  • 21. Como erramos muito, vamos voltar e rever tudo...
  • 23.
  • 24. Altura de versal é a medida da base da fonte até o pico máximo das letras maiúsculas.
  • 25. Altura-x é a medida da altura da fonte até o topo da minúscula, excluindo seus ascendentes e descendentes.
  • 26. Linha de base é onde todas as letras repousam. Ela é o eixo mais estável ao longo de uma linha de texto e é crucial para alinhar textos a imagens e a outros textos.
  • 27. Serifa são os “bracinhos” que acontecem no final de cada fonte. Foi criada no século passado, uma lembrança dos acabamentos tipográficos feitos em pena.
  • 28. Haste é a espinha dorsal da fonte, o alinhamento vertical é feito por ela.
  • 29. Bojo é a barriga da fonte, uma fatia que nasce e morre com formas arredondadas.
  • 30. Orelha ou Bandeira a fonte pode possuir traços que saem da sua parte superior, uma espécie de linha.
  • 31. Descendente toda a parte da fonte que está abaixo da linha de base. As letras “G” e “J”, representam bem isso.
  • 32. Ascendente toda parte da fonte que está acima da linha da altura-x. O “L” e o “F” minúsculo em algumas fontes, apresenta as ascendentes bem visíveis.
  • 33. Remate é a finalização da fonte na base inferior, o final da pena.
  • 34. Ligadura muitas vezes duas letras ao serem escritas seguidas criam um laço entre si.
  • 35. Terminal o oposto do remate. É a finalização da fonte na sua parte superior.
  • 36. Espinha Curva e contra-curva principal presente na letra “S”.
  • 37. Barra horizontal todos elementos da fontes que produzem uma paralela com a linha de base.
  • 38. Oco ou Miolo espaço em branco envolvido por uma letra, seja totalmente, seja parcialmente.
  • 39. Eixo linha imaginária que define o grau de inclinação da fonte de acordo com o lado e o movimento feito pela pena.
  • 40. Abertura é o espaço de abertura de acesso ao miolo da fonte.
  • 42. A classificação adotava pela Association Typographique Internationale (AtypI) é conhecida como Classificação Tipográfica VOX/ATypI. Ela leva esse nome por ter se baseado cla classificação de Maximilien Vox, em 1954.
  • 43. Classificação Vox/ATypI Romanos Incisos Humanistas Manuais Garaldos Decorativos Transicionais Brush Didones Manuscritos (Script) Mecanizados Góticos Lineares (Sem Serifa) Texturados Grotescos Rotundos Geométricos Bastardos Neogrotescos Fraktur Humanísticos Não Latinos
  • 45. Humanistas São originadas das fontes romanas pioneiras. Foram baseadas nos desenhos dos caracteres presentes em manuscritos humanistas.
  • 46. O desenho dos caracteres tem sua origem no uso da pena empunhada de modo oblíquo. Por isso a inclinação do eixo para a esquerda, clara no O, no b e na barra do e. Não há grandes contrastes entre as hastes grossas e finas e as serifas são triangulares, ligadas às hastes por curvas. Nas caixas baixas, as serifas apresentam curvatura pronunciada. Exemplos: Centaur, Deepdene, Italian Old Style, Jenson, Kennerley, Lutetia, Schneider Old Style, Stempel Scheneider, Venetian Old Style, Verona.
  • 47. Garaldos A denominação vem de Garamond e Aldus Manutius. Os tipos Garaldos dominaram a tipografia européia por dois séculos.
  • 48. Como humanistas, os garaldos também têm os eixos inclinados para a esquerda, suas serifas são triangulares e as serifas das caixas baixas são oblíquas. No entanto, diversos daqueles, há um maior contraste das hastes e a barra do e tende a ser horizontal. Exemplos: Benguart, Bembo, Caslon, Dante, Garaldus, Garamond, Goudy Old Style, Palatino, Platin, Sabon, Souvenir
  • 49. Transicionais Têm origem no Roman du Roi, criado para a Imprensa Real por determinação de Luís XIV e que foi projetado por regras matemáticas rígidas.
  • 50. Os tipos transacionais têm uma maior variação nas espessuras das hastes do que os garaldos, suas serifas são mais planas (porém, ainda triangulares) e seu eixo é vertical ou apenas levemente inclinado. Exemplo: Americana, Baskerville, Bookman, Caledonia, Janson, Fournier, Imprimatur, Perpetua, Quadriga Antiqua, Stone Serif, Times, Zapf International.
  • 51. Didones São tipos cuja origem está no Neoclássico da segunda metade do século XVIII e no início do século XIX. Eles seguem a fenda aberta pelos transacionais, também baseando-se em rígidas proporções matemáticas e radicalizando as inovações daqueles.
  • 52. O contraste verificado entre as hastes dos tipos transacionais se torna bem mais acentuado e o eixo é definitivamente vertical. As serifas se tornam lineares, e especialmente nas maiúsculas elas são visivelmente finas e perpendiculares às hastes, unidas a estas sem quaisquer curvaturas. Os desenhos tendem a ter uma configuração geométrica. Exemplos: Bodoni, Corvinus, Didot, Fenice, Modern Extended, Modern, Walbaum.
  • 53. Mecanizados Esta configuração de tipos tem origem na Revolução Industrial e no mercado publicitário que surge a partir daí: eles foram originalmente desenhados para serem vistos de longe e em meio a outros impressos concorrentes e não mais para serem lidos de perto e mediante concentração do leitor, como nos livros e jornais. Por isso tendem a ser mais pesados e têm destaque nas sefiras.
  • 54. As serifas são marcantes, sólidas, formando um ângulo reto com a linha de base (ou com a das ascendentes ou a das descendentes). Esta perpendicularidade pode ser enfatizada pela ligação às hastes por outro ângulo reto (a chamada serifa retangular) ou contrastada com o uso de curvas discretas para estas mesmas ligações (a serifa inglesa). Exemplos: Aachen, American Typewriter, Beton, Cheltenham, Clarendon, Clearface, Courier, Egizio, Ionic, Melior, Memphis, Neutra, Nimrod, Lubalin Graph, Pro Arte, Rockwell, Serifa Volta, Schadow.
  • 57. Gravemente pesado mas com um contrate na espessura das hastes. Os caracteres são reduzidos à sua estrutura, conservando-se as formas mais essenciais. As curvas tendem a ser discretas, com terminações horizontalizadas das hastes curvas. Exemplos: Alternate Gothic, Grotesca, Grotesque, Franklin Gothic.
  • 58. Geométricos Têm origem no movimento modernista, com inspiração geométrica e racionaliza, e começam a ser difundidos na década de 1930.
  • 59. São monolineares (não há contrate entre as hastes) e tendem a partir de configurações básicas para a construção de grupos de caracteres com estrutura semelhante. São bem menos pesados do que os grotescos, dos quais derivam. Em geral, o a apresenta se sem o gancho superior. Exemplos: Avant Gardc Gothic, Erbar, Eurostyle, Futura.
  • 60. Neogrotescos Como os geométricos, derivam dos grotescos, com menos contraste entre as hastes do que aqueles, mas não monolineares quanto os geométricos.
  • 61. Difundidos a partir de meados da década de 1950, têm desenho cuidadoso, com forte preocupação com a legibilidade tanto para corpos grandes quando para pequenos. As hastes tendem a terminar de forma oblíqua. Exemplo: Folio, Helvetiva, Univers.
  • 62. Humanísticos Embora sem serifa, estão menos ligados aos grotescos e mais nas inscrições das maiúsculas a lapidarias romanas e nas minúsculas humanistas ou garaldas.
  • 63. Tendem a ser mais delicados do que as três subclasses anteriores, com contrastes entre as hastes. O a possui gancho superior. Exemplo: Frutiger, Gill Sans, Shannon, Myriand, Optima.
  • 65. São tipos que possuem semiserifa, baseados nas romanas gravadas em pedra. Suas formas assemelham-se mais aos originais esculpidos do que a letras caligrafias. Exemplos: Albertus, Augustea, Friz Quadrara, Hadriano, Medien.
  • 67. Decorativas São tipos que parecem mais desenhados do que propriamente escritos.
  • 68. Comumente utilizados em logotipos, displays, cartazes, anúncios publicitários. Não se destinam a texto corrido. Exemplos: Arnold Boecklin, Benguiat Gothic, Biffo, Codex, Hobo, Largo, Profil, Revue, Stop, Stencil.
  • 69. Brush No final do século 15, desenvolvidas a partir dos tipos romanos manuscritos.
  • 70. Têm inspiração na letra cursiva - por isso o eixo claramente inclinado, as linhas geralmente leves e arredondadas. No entanto, é nítido que são desenhados e que não têm como objetivo imitar a escrita cursiva, apesar de se inspirarem nela. Por isso se diferenciam dos manuscritos. Exemplos: Balloon, Brush Script, Dom Casual, Tekton.
  • 71. Manuscritos São os tipos que imitam a cursiva comum ou formal
  • 72. Distiguem se das manuais por imitarem claramente a escrita caligrafia. Observa-se ligaduras. Exemplos: Ariston, Coronet, Legend, Lithographia Shelley, Mistral, Park Avenue, Snell, Present Script, Virtuosa.
  • 73. Góticos Originaram-se na França, no século XI. Entre suas particularidades, foram os tipos utilizados na Bíblia de Gutenberg.
  • 74. Possuem como características principais tipos pontiagudos, com hastes terminando em losango. Exemplo: Cloister Wilhelm Kligspor.
  • 75. Rotundos Têm origem na Espanha e na Itália.
  • 76. As terminações são retangulares, mas as estruturas incluem curvas marcantes, com linhas angulosas. Exemplo: Schwabem Alt, Trump Deutsch, Wallau, Wedding, Weiß-Gotisch.
  • 77. Bastardos É o gótico mais popular, conhecido na Alemanha como schwabacher.
  • 78. Bastante enfeitado, com o o caixa baixa pontiagudo. As maiúsculas são mais dinâmicas do que as dos tipos texturas e rotundos. Exemplos: Ehmecke-Schwabacher, Old Schwabacher, Renata.
  • 79. Fraktur Foi muito difundido na Renascença e é hoje o tipo gótico mais utilizado na Alemanha.
  • 80. Tem formas mais sofisticadas que os bastardos, com curvas e ângulos que se alternam e maiúsculas com hastes curvas. As ascendentes têm serifas que se bifurcam. Exemplos: Breitkopf-Fraktur, Fette Gotich, Unger-Fraktur, Gilgengart Durer Fraktur
  • 83. A ideia de organizar fontes em famílias combinadas data do século XVI, quando os impressores começaram a coordenar tipos romanos e itálicos. O conceito foi formalizado na virada do século XX.
  • 84.
  • 86. Suavização A suavização digital (anti-aliasing) cria a aparência de borda suave ao fazer com que alguns píxels da borda de uma letra apareçam em tons de cinza. Ela é mais eficaz em títulos do que em textos pequenos.
  • 87. Fontes Bitmap São projetadas para serem usadas em tamanhos específicos (8px, ex.) porque seu corpo é construído precisamente com unidades de tela.
  • 88. Texto
  • 89. O termo “texto” é definido como uma sequência contínua de palavras, distinta de legendas ou títulos mais curtos. O bloc principal normalmente é chamado de “corpo” ou “texto corrido” e fui de uma caixa, coluna ou caixa para outra. Os designers geralmente tratam o corpo do texto com consistência, fazendo-o parecer como uma substância coerente distribuída ao longo do documento.
  • 91. É o processo de ajuste do espaço entre caracteres em uma fonte proporcional. Se as letras de uma fonte forem espacejadas muito uniformemente, produzirão um padrão não uniforme. Nesses casos, é necessário ajustar o Kerning manualmente.
  • 93. Também conhecido como tracking, refere-se a o ajuste das disntâncias entre um grupo de letras. Espacejar versais e versaletes enobrece-as e é um ato comum.
  • 94. Fazer espacejamento negativo é um crime tipográfico. Lembre-se: ajuste o sapato, não o pé. Não use espacejamento negativo para ganhar espaço.
  • 96. Também chamada de leading, a distância da linha de base para outra é chamada de entrelinha. Expandir a entrelinha torna o texto mais leve e aberto. Aumentar demais faz com que as linhas tornem-se elementos individuais, dificultando a leitura.
  • 98. O arranjo de colunas de texto com bordas duras e suaves é chamado de alinhamento. Cada estilo de alinhamento traz qualidades estéticas e prejuízos potenciais ao design.
  • 99. Justificado Bom: Produz uma forma limpa na página. Seu uso eficiente do espaço faz com que seja a norma para jornais e livros de texto longo.
  • 100. Justificado Ruim: Vazios feios podem aparecer quando o texto for forçado a caber em colunas com o mesmo comprimento. Evite-os certificando- se de que a linha é grande o suficiente em relação ao tipo.
  • 101. Amo-te tanto, meu amor... não cante O humano coração com mais verdade... Amo-te como amigo e como amante Numa sempre diversa realidade. Amo-te a m, de um calmo amor prestante E te amo além, presente na saudade Amo-te, en m, com grande liberdade Dentro da eternidade e a cada instante. Alinhamento à esquerda Bom: Os designers usam esse alinhamento quando querem respeitar o fluxo orgânico da linguagem e evitar o espacejamento irregular que infesta as colunas estreitas do texto justificado.
  • 102. Alinhamento à esquerda Ruim: A coluna alinhada à esquerda perde a sua aparência orgânica quando é desgraçada pelo mau desalinhamento. Batalhe firme para criar margens aleatórias e naturais, sem cair na tentação dos hífens.
  • 103. Alinhamento à direita Bom: Pode ser bem-vindo como desvio do familiar. Ele produz boas legendas, barras laterais e notas marginais, sugerindo afinidades entre elementos da página.
  • 104. Alinhamento à direita Ruim: Ele pode não ser um desvio bem-vindo, enervando leitores. O desalinhamento o ameaça tanto quanto aos alinhados à esquerda, com a dificuldade adicional: a pontuação no final da linha pode enfraquecer a margem direita.
  • 105. Centralizado Bom: O texto centralizado é clássico e formal, trazendo ricas associações com a história e a tradição. Ele convida o designer a quebrá-lo de acordo com o seu sentido e a criar uma forma orgânica em resposta ao fluxo do conteúdo.
  • 106. Centralizado Ruim: É estático e convencional. Empregado sem cuidado, pode ser tedioso, melancólico como uma lápide.
  • 108. Versaletes empilhados AS letras romanas foram feitas para ficar lado a lado, não em cima da outra. Centralizar a coluna ajuda a homogrneizar as difetenças de largura.
  • 109. Caixa-baixa empilhada Crime tipográfico! As pilhas de letras em caixa- baixa são esquisitas porque as ascendentes e descentes fazem o espacejamento parecer desigual.
  • 110. Linhas de base verticais O modo mais simples de fazer com que uma linha de texto forme uma linha vertical é mudar a orientação da linha de base, preservando a afinidade natural da letra que se apóiam nela.
  • 112. Indica um sistema que organiza um sistema que organiza conteúdo, enfatizando alguns dados e preterindo outros. Ela ajuda os leitores a localizarem-se no texto, sabendo onde entrar e sair e como selecionar o conteúdo que deseja.
  • 113. Ênfase em textos corridos Enfatizar uma palavra ou possível criar ênfase frase em um texto utilizando outra fonte. corrido normalmente requer apenas um sinal. O itálico é a forma- padrão. No entando, há diversas alternativas, tais como o uso de negrito, VERSALETES e mudanças de cor. Também é
  • 114. Crime tipográfico. Cuidado com a utilização de mais de um sinal para criar ênfase em um texto. Normalmente o texto fica saturado e cansativo.
  • 116. Lupton, Ellen. Pensar com Tipos: Guia para designers, escritores, editores e estudantes. Cosac Naify: São Paulo, 2006. Beaird, Jason. Princípios do web design maravilhoso. Alta Books: Rio de Janeiro, 2007.

Notas do Editor

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