1) O documento discute as mudanças nas imagens do rei Artur nas obras de Nennius e Geoffrey de Monmouth, passando de dux bellorum (chefe guerreiro) para rei cristão invencível.
2) Na obra de Nennius, Artur é retratado como um guerreiro cristão que liderou vitórias contra os saxões. Já em Geoffrey de Monmouth, Artur é um poderoso rei cristão que conquistou 30 reinos.
3) Essas mudanças refletem como os normandos, ao invad
O documento apresenta informações sobre os direitos autorais da obra "Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda" de Howard Pyle. É proibida a venda ou uso comercial do conteúdo, que é fornecido gratuitamente pela equipe Le Livros para pesquisa e estudo. A organização acredita que o conhecimento deve ser livre e acessível a todos.
O documento descreve os principais gêneros literários em prosa da literatura medieval portuguesa: as crônicas, hagiografias, nobiliários e novelas de cavalaria. Detalha os temas e características de cada gênero, como as crônicas narrando fatos históricos, hagiografias descrevendo a vida dos santos e nobiliários registrando linhagens nobres. Também apresenta exemplos de obras e heróis famosos dessas narrativas, como Amadis de Gaul e o Rei Artur.
O documento discute a prosa medieval, dividida em quatro espécies literárias: novelas de cavalaria, cronicões, nibiliários e hagiografias. A novela de cavalaria celebrava aventuras de cavaleiros andantes e foi o gênero que mais influenciou o imaginário ocidental, gerando personagens lendárias como o Rei Artur, Carlos Magno e os Cavaleiros da Távola Redonda.
A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) foi resultado de uma disputa pelo trono francês entre a família inglesa Plantageneta e a francesa Valois após a extinção da linhagem masculina direta dos Capetos. Interesses econômicos, como o comércio inglês na região da Bélgica, também motivaram os confrontos entre franceses e ingleses ao longo do conflito.
O texto descreve como o ser humano desenvolveu ferramentas, linguagem e sociedade ao longo da evolução. A sociedade se organizou em torno daqueles que detinham conhecimento, originado do legado deixado por predecessores através da escrita.
Os melhores livros que já li 121026171434-phpapp02Creusa Rocha
O documento discute como o ser humano se desenvolveu ao longo do tempo, primeiro criando ferramentas, depois linguagem e por fim sociedade. A sociedade se organizou em torno daqueles que detinham conhecimento, que era transmitido através da escrita deixada por predecessores.
O documento discute como a história do Brasil é geralmente ensinada de forma conservadora, focando nos brancos vencedores e ignorando contradições e conflitos. Também aponta que as novas abordagens encontram dificuldades para serem transmitidas, e defende repensar como conceber, escrever e divulgar a história do país.
Este artigo discute Helena de Tróia, a rainha de Esparta retratada nos poemas épicos de Homero. Primeiro, aborda as dificuldades em se obter informações objetivas sobre ela através de fontes históricas. Segundo, compara Helena com mulheres aristocráticas do período do Bronze Recente para tentar entender a mulher real por trás da figura mítica. Por fim, analisa a famosa traição de Helena e suas implicações sociais e políticas.
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A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) foi resultado de uma disputa pelo trono francês entre a família inglesa Plantageneta e a francesa Valois após a extinção da linhagem masculina direta dos Capetos. Interesses econômicos, como o comércio inglês na região da Bélgica, também motivaram os confrontos entre franceses e ingleses ao longo do conflito.
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O documento discute como a história do Brasil é geralmente ensinada de forma conservadora, focando nos brancos vencedores e ignorando contradições e conflitos. Também aponta que as novas abordagens encontram dificuldades para serem transmitidas, e defende repensar como conceber, escrever e divulgar a história do país.
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O documento discute a Idade Média na Europa, explicando sua divisão em Alta e Baixa Idade Média, a influência dos invasores germânicos no fim do Império Romano, e o surgimento do feudalismo durante o período carolíngio, com a relação de suserania e vassalagem entre senhores e vassalos.
Invasões bárbaras e formação do feudalismoRenata Telha
O documento discute a Idade Média na Europa, incluindo sua divisão em Alta e Baixa Idade Média, a queda do Império Romano e a formação de reinos germânicos, o surgimento e expansão do Império Carolíngio sob Carlos Magno, e o estabelecimento das relações de suserania e vassalagem.
O documento resume os principais aspectos da Idade Média no Ocidente, incluindo a queda do Império Romano, a formação dos reinos bárbaros, o surgimento e características da sociedade feudal e do sistema feudal, com destaque para o Reino Franco sob a dinastia carolíngia de Carlos Magno.
A Idade Média na Europa teve início com as invasões germânicas no século V e caracterizou-se pelo feudalismo, supremacia da Igreja Católica e sociedade hierarquizada. Neste período, predominaram as relações de vassalagem entre senhores feudais e camponeses, e a sociedade era estática com pouca mobilidade social.
O documento resume o romance Memorial do Convento de José Saramago. Narra a construção do Convento de Mafra no século 18 durante o reinado de D. João V e a exploração do povo português. A história também acompanha o relacionamento entre os personagens Baltasar e Blimunda.
O documento descreve os principais gêneros literários medievais, incluindo romances de cavalaria, que narravam as aventuras de heróis como Rei Artur e seus cavaleiros, canções de gesta sobre Carlos Magno, e o conceito de amor cortês.
1) O filme explora o conflito entre o avanço do cristianismo e a extinção do paganismo na Grã-Bretanha do século VI através dos olhos de Morgana.
2) Morgana e Arthur foram levados quando crianças e treinados por Merlin e Viviane, respectivamente. Eles se apaixonam sem saber que são meio-irmãos.
3) A antiga religião da Deusa é substituída pelo cristianismo, e Avalon desaparece, marcado apenas por Glastonbury.
Quando nosso mundo se tornou cristao paul veynePaulo Almeida
Esta obra foi postada pela equipe Le Livros para proporcionar, de maneira totalmente gratuita, o benefício de sua leitura a àqueles que não podem comprá- la. Dessa forma, a venda desse eBookou até mesmo a sua troca por qualquer
contraprestação é totalmente condenável em qualquer circunstância. A generosidade e a humildade são marcas da distribuição, portanto distribua este livro livremente. Após sua leitura considere seriamente a possibilidade de adquirir o original, pois assim você estará incentivando o autor e à publicação de novas obras. Se gostou do nosso trabalho e quer encontrar outros títulos visite nosso site:Le Livros
ttp://LeLivros.com
O documento resume um capítulo da obra "A História da Civilização" de Will Durant, que analisa o período entre César e Cristo na Antiguidade tardia. O autor descreve a carreira política e militar de Júlio César, como ele conquistou a Gália e se tornou uma figura central na República Romana, e como seu nome acabou representando o poder secular em contraste com o reino espiritual de Cristo.
I - O documento apresenta perguntas sobre invasões bárbaras no Império Romano, o cristianismo e sua relação com a queda de Roma, além de questões sobre o feudalismo.
II - Aborda ainda temas como o papel do Império Bizantino e a transição do trabalho livre para o servil na Europa medieval.
III - Por fim, traz questões sobre Jesus Cristo, a divisão final do Império Romano e a solução encontrada pelos camponeses para fugir dos impostos.
1. O documento apresenta um texto sobre a exposição "As Idades do Mar", dividido em quatro partes que descrevem diferentes períodos: a Idade dos Mitos, a Idade do Poder, a Idade do Trabalho e a Idade das Tormentas.
2. A primeira parte descreve como as mitologias grega e romana representavam os mares como habitados por deuses e seres fantásticos.
3. A última parte refere como as pinturas da época representavam tempestades e naufrágios, destacando a violência da
O documento descreve a prosa medieval portuguesa no período trovadoresco, caracterizado por obras de caráter religioso, didático e histórico, como hagiografias, fábulas e crônicas. Destaca-se também o surgimento das primeiras novelas de cavalaria, influenciadas pelos poemas épicos franceses sobre reis e heróis.
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Resposta das questôes os sertões- euclides da cunhaEdneide Lima
O documento discute a obra "Os Sertões" de Euclides da Cunha. Ele divide a obra em três partes - A Terra, O Homem e A Luta - examinando como o autor aborda o determinismo ambiental e racial. Também resume as tragédias descritas, incluindo as quatro expedições militares fracassadas contra Canudos e seu líder, Antônio Conselheiro.
Este documento descreve a Europa entre os séculos VI e XII, um período marcado pela queda do Império Romano do Ocidente e o surgimento do feudalismo. As principais consequências das invasões bárbaras foram a guerra, destruição, mas também a convivência e partilha entre os povos. Neste período, fortaleceu-se o poder dos senhores feudais sobre os camponeses. A Igreja Católica também ganhou importância, convertendo reis bárbaros e aumentando seu prestígio.
O documento discute como os mitos do El Dorado e das Amazonas influenciaram as representações europeias da Amazônia nos séculos XVI-XVIII, moldando narrativas de viagens e mapas. Esses mitos alimentaram questionamentos sobre fronteiras e como o desconhecido era representado.
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 140luisprista
Obrigado pela sugestão, mas não tenho acesso ao livro "Felizmente há luar!" para lê-lo na íntegra. No entanto, gostava de saber mais sobre a obra e o seu contexto, se puder fornecer algumas informações básicas sem revelar detalhes da narrativa. Por exemplo, quem é o autor, qual é o género literário, de que trata o enredo de forma geral, em que época se passa, entre outros aspetos que possam ajudar a contextualizar a obra sem revelar o seu conteúdo. Ficaria grato por
O documento resume os principais temas do romance Memorial do Convento de José Saramago: amor, sonho e conhecimento. Destaca o amor verdadeiro entre Baltasar e Blimunda em oposição ao casamento por conveniência do rei D. João V. Aborda também a construção da Passarola como concretização de um sonho e a valorização de diferentes tipos de saber.
Este artigo analisa como a Batalha de Teutoburgo e a figura de Arminius foram mitificadas durante o período da Unificação Alemã entre 1808-1875. O artigo explora como esses símbolos históricos foram ressignificados e usados para legitimar o nacionalismo alemão e a unificação do país.
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O documento discute as regras para o uso correto da vírgula, incluindo separar termos explicativos, isolamento de vocativos, expressões de circunstância e conectivos. Pede também que o leitor escreva frases exemplificando cada uma das regras.
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1. AS MUDANÇAS NAS IMAGENS DO MÍTICO ARTUR: De Dux Bellorum a Rei
Cristão nas Visões de Nennius e Geoffrey de Monmouth
Adriana Zierer (UEMA/Brathair/Mnemosyne)1
In: ZIERER, Adriana (Org.) Uma Viagem pela Idade Média. São Luís: Ed. UEMA/
Apoio Fapema, 2010, p. 19-33.
Um reino próspero. Um rei justo e perfeito. Uma era de felicidade e abundância.
Por que Artur ainda chama tanto a nossa atenção? Porque no fundo o desejo de um
governante ideal capaz de resolver todos os nossos problemas ainda seja uma realidade.
Ou ainda, a possibilidade de que, se ele um dia existiu, um dia retornará, quando mais
precisarmos dele.
Será que houve uma única imagem sobre este grande rei e herói? O nosso
objetivo é provar que não. Se nas narrativas de origem céltica Artur está sempre
associado à figura do rei, nos primeiros escritos latinos sobre este indivíduo houve uma
modificação, uma passagem da idéia de dux bellorum (chefe guerreiro), nos escritos
atribuídos a Nennius, a de rei cristão invencível, simbologia tecida por Geoffrey de
Monmouth em uma importante obra, a Historia Regum Britanniae.
Qual a origem de Artur? Se ele existiu algum dia, era proveniente dos bretões,
povo de origem celta que habitava as Ilhas Britânicas. As populações que lá viviam
sempre estiveram em conflito, jamais havendo a unidade entre eles. A partir do século I
houve uma dominação superficial dos romanos no sudeste da ilha, quando
estabeleceram postos comerciais, realizaram a construção de estradas e estabeleceram o
Muro de Adriano visando separar os bretões — como os romanos chamaram os
moradores da ilha — de outros celtas inimigos, como os escotos (irlandeses) e pictos
(escoceses).
Com o esfacelamento do Império Romano do Ocidente, os anglos e saxões
ofereceram proteção aos bretões contra os inimigos, recebendo terras no território na
condição de federados, mas logo deixaram a posição de protetores para a de
dominadores, estabelecendo sete reinos independentes no século VI. Toda a terra
submetida ficou conhecida como terra dos anglos ou Inglaterra. Estes reinos saxões
também eram competitivos entre si, com a tendência dos reinos mais fortes absorverem
os mais fracos. É daí que surge a lenda arturiana, pois a existência de Artur não é
1
Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Docente do Departamento de
História e Geografia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). É uma das coordenadoras dos
seguintes grupos de pesquisa no CNPq: Brathair (Grupo de Estudos Celtas e Germânicos) e Mnemosyne
(Laboratório de História Antiga e Medieval).
2. 2
comprovada pelas fontes. Artur surge assim, como um mito de resistência e ligado a um
desejo de unificação que nunca existiu na Bretanha após a sua dominação pelos saxões.
Por isso, de acordo com a lenda, um dia ele voltaria para unir todos os bretões contra os
invasores. Pelo que sabemos através de Nennius, Artur teria sido um dux bellorum
(comandante militar) que venceu várias batalhas contra os inimigos, sendo a mais
importante a Batalha do Monte Badon, datada por uma outra fonte, os Annale Cambriae
(século X), como tendo ocorrido no ano 516 (BRUNEL, 1997, p. 101).
Neste momento de dominação saxã, a resistência dos bretões foi realizada no
País de Gales e a figura de Artur se tornou um símbolo de resistência aos invasores.
Assim a sua figura se tornou um mito. O mito é uma explicação simbólica da realidade,
ligada aos sentimentos e emoções, visando dar coesão a uma determinada coletividade
(CASSIRER, 1972, p. 134). Agrega funções integradoras, mobilizadoras e
esclarecedoras.
A imagem de Artur engloba provavelmente vários guerreiros em diferentes
épocas que realizaram a resistência contra os saxões. Mas é importante salientar que a
função mobilizadora do mito auxiliava os bretões a terem esperança no futuro ao
acreditar no retorno próximo de Artur para vencer os inimigos, auxiliando-os a serem
unidos e se acreditarem vencedores no campo das idéias.
Com a dominação anglo-saxã os bretões fugiram para as montanhas no oeste e
norte (Cornualha, País de Gales e Escócia), foram para o sul estabelecendo-se na
Pequena Bretanha, na Armórica (norte da França), fundiram-se com os conquistadores
ou foram mortos. Desta forma, as narrativas se espalharam. Contribuiu para a
popularização das narrativas arturianas nos territórios da Inglaterra e França a presença
de bardos, como o contador galês Bleheris ou Bleddri que transmitia as histórias
conhecidas pela tradição oral nas cortes (LOOMIS, 2000, p. 34).
ARTUR COMO DUX BELLORUM: A HISTÓRIA DOS BRETÕES (C. 800), DE
NENNIUS
Artur aparece pela primeira vez num texto latino na chamada Historia Brittonum
atribuída ao monge galês Nennius. No entanto, a obra não foi escrita por um único
copista, e sim por vários e por isso é anônima. Embora tenha sido redigida por volta do
ano 800, houve interpolações no manuscrito original até o século XIII.
3. 3
É interessante observar que desde cedo nestes textos existe uma relação entre
Artur e o processo de cristianização uma vez que surge como um guerreiro cristão,
protegido nas batalhas pela Virgem Maria. Todo o relato possui um sentido religioso. Se
os bretões foram dominados, segundo o autor foi devido aos seus pecados. Seguindo a
preocupação cronística do período medieval, a narrativa se inicia com a genealogia
bíblica, começando com Adão, procurando sempre relacioná-la com a contagem do
número de anos passados, numa tentativa comum da época de controlar o tempo e
associá-lo à temporalidade cristã da salvação (GUREVITCH, 1990, p. 88). Depois, os
bretões também são relacionados a um antepassado da Antigüidade Clássica, o troiano
Bruto que lhes teria dado origem, até que por fim chegamos à sua história propriamente
dita.
Outra preocupação de fundo religioso é a conversão ao cristianismo, que ocupa
um papel central na narrativa. É interessante observar em todas as obras latinas até o
século XI que a justificativa cristã para a derrota dos bretões seriam os pecados deste
povo (SÉCHELLES, 1957, p. 185). Neste sentido, a culpa recairia principalmente sobre
o soberano mítico bretão do período, Vortigern (monarca lendário entre 425 e 450),
palavra que significa rei tirano (FARAL, 1929, t. I, p. 96), o qual teria feito um acordo
com os saxões para que estes defendessem a ilha dos outros invasores e estes ao
contrário traíram o soberano e dominaram o território.
Vortigern comete uma série de delitos: apaixona-se pela filha do pagão Hengist,
líder dos saxões, e casa-se com ela. Mais tarde, como a coroar suas atitudes condenáveis
aos olhos do clero, pratica um erro ainda mais grave, cometendo o incesto e casando-se
pela segunda vez com sua própria filha, com quem gera um herdeiro. Estes elementos
parecem justificar a posterior dominação dos bretões pelos saxões. O mau exemplo
dado pelo soberano teria arrastado toda a população ao paganismo na visão dos copistas
do relato.
É curioso notar que os personagens referentes à realeza bretã são todos
inventados (Faral, 1929, T. I, p. 95) enquanto que os referentes aos saxões foram muitas
vezes retirados de listas genealógicas cuja existência foi atestada, demonstrando o
pouco conhecimento dos cronistas sobre a história bretã no período.
Em contraponto com o rei tirânico, São Germano é a figura santa que tenta levar
o monarca ao bom caminho e mudar suas atitudes, sem sucesso. O cristianismo na
Bretanha foi introduzido entre os séculos III e IV por missionários como Santo Albano,
e mais tarde com o próprio São Germano.
4. 4
São Germano (378-448) foi personagem histórico. Esteve duas vezes na
Bretanha no século V, tentando extirpar o pelagianismo, uma heresia que afirmava não
serem os humanos culpados pelo pecado de Adão, o qual era considerado uma falta
individual.
Outros personagens positivos na narrativa de Nennius são os lendários Vortimer,
filho de Vortigern que teria lutado decisivamente contra os inimigos, mas morrido
depois em batalha (NENNIUS, 2001, cap. 43) e Aurelius Ambrosius, associado por
Gildas, que escreveu a De Excidio et Conquestu Britanniae (século VI), a um soberano
vencedor do Monte Badon (GILDAS, 2001, cap. 25 e 26).
Na Historia Brittonum, Ambrósio faz previsões certeiras a Vortigern avisando
que seria derrotado pelos saxões e que debaixo do solo estavam duas serpentes, sendo
que uma delas representava a sua derrota. Mais tarde, na obra de Geoffrey de
Monmouth, este mesmo Aurélio seria o mago Merlin (MONMOUTH, 1993, p. 153-
174) e substitui à visão das serpentes pela dos dragões, significando igualmente o ocaso
de Vortigern.
Voltemos agora para a importância de Artur na obra atribuída a Nennius. O
guerreiro é citado em dois capítulos da obra. O capítulo 56 relata as doze batalhas
vencidas por Artur no Monte Badon. Se ele consegue sair vencedor é por seu sentido de
guerreiro cristão, ao contrário do rei pagão Vortigern, pois na última batalha, na qual
matou sozinho novecentos e sessenta saxões, carregava nos ombros a imagem da
Virgem Maria.
No capítulo 73 é descrito o túmulo do filho de Artur, Anir, que teria sido morto
pelo próprio pai. Este capítulo do texto está na parte referente às mirabilia da Bretanha e
também se relaciona a fontes célticas, pois menciona a marca do cão de Artur durante a
caçada ao porcus Troynt, acontecimento que aparece num conto galês chamado
Kulhwch e Olwen. Esta obra embora produzida no século XII, remonta ao século VII e
fala da caçada de Artur (na obra céltica visto também como um rei) ao javali Twrch
Twryth, uma das provas para que o seu primo Kulhwch pudesse se casar com Olwen
(Mabinogion, 2000, p. 180-181 e p. 203).
Uma das “coisas admiráveis” é que o túmulo de Anir, o filho de Artur, nunca
tinha uma dimensão exata, mudando de tamanho cada vez que era medido,
acontecimento maravilhoso que acaba por se relacionar com o próprio Artur.
5. 5
ARTUR COMO REI CRISTÃO INVENCÍVEL: A HISTORIA REGUM
BRITANNIAE (C. 1135-1138), DE GEOFFREY DE MONMOUTH
Depois de séculos de dominação saxã na atual Inglaterra houve uma nova
invasão ao solo britânico, desta vez mais extensa que as anteriores, englobando os
territórios da Escócia e Irlanda que anteriormente não haviam sido conquistados. Os
novos invasores eram de origem normanda e conquistaram a atual Inglaterra em 1066,
por ocasião da Batalha de Hastings quando Guilherme da Normandia venceu o rei saxão
Haroldo.
Os normandos logo perceberam que poderiam beneficiar-se das crenças de
origem celta em seu próprio beneficio. Desta maneira, o rei Henrique I, (1100-1135), de
origem normanda, rei da Inglaterra e vassalo do rei francês Luís VI, o Gordo (1108-
1137) encomendou a um clérigo de origem bretã uma história da Bretanha na qual os
normandos apareciam como descendentes do mítico Artur. Desta forma pretendiam
fortalecer o seu poder de forma simbólica, sendo aceitos pelos bretões.
Com a morte de seus herdeiros masculinos e após a morte de Henrique, o trono
deveria passar para sua filha Matilde, casada com o conde de Anjou, Godofredo
Plantageneta, mas foi usurpado por Estevão de Blois (1135-1153). A guerra foi
deflagrada entre as duas partes, sem que o trono fosse recuperado, mas houve o acordo
de que com a morte de Estevão o descendente de Matilde, Henrique II, assumiria o
trono, o que ocorreu em 1154. A utilização da obra foi realizada com sucesso por
Henrique, após o fim da guerra civil, tanto que a mandou traduzir para o vernáculo no
ano seguinte a que se tornou rei, o Roman de Brut, de Wace.
Mas a Historia Regum já continha elementos importantes baseados na figura de
Artur que faziam frente a dinastia capetíngia, governante na França. O texto pretendia
valorizar o glorioso passado dos bretões, identificando-os aos normandos, os quais se
apresentavam como continuadores da linhagem bretã através de seu mais nobre
representante, Artur, que aparece no texto de Geoffrey como um rei cristão invencível,
conquistador de trinta reinos e do Império Romano. Sua ação está associada ao espírito
de Cruzada contra os “infiéis”, associados no texto com os pictos e escotos (embora de
origem céltica, respectivamente escoceses e irlandeses) e saxões (germanos).
O autor retraça a história dos reis bretões desde a sua origem, com Brutus,
bisneto de Enéias, que após várias peripécias teria chegado à atual Inglaterra, então
chamada Albion. De acordo com o texto, o nome Bretanha proviria de seu fundador,
6. 6
Brutus. Brutus também tinha um companheiro, Corineus, lutador de gigantes, um
modelo de guerreiro épico.
A narrativa se inicia no século XII a.c. e segue até o último rei bretão
Cadwallader no século VII, passando pelo reinado de Artur, que ocupa um quarto da
obra. Também são citados outros reis como Leir e suas filhas, narrativa inspirada,
segundo Loomis (2000, p. 36) no conto oriental Barlaam and Josaphat.
O autor cita como inspiração autores como Gildas, escritor de De Excidio et
Conquestu Britanniae (século VI) e Beda, autor da Historia Eclesiástica Gentis
Anglorum (século VII), mas muito do que relata foi inspirado principalmente na
Historia Brittonum (c. 800), texto atribuído a Nennius, que sofreu várias interpolações
até o século XIII, sendo considerado anônimo, conforme já vimos. Geoffrey usa
livremente as suas fontes, sem se preocupar em ser fiel às mesmas.
De Nennius, Geoffrey retirou vários elementos como, por exemplo, a origem
troiana do fundador da Bretanha, que também é mencionada naquela obra. Além disso,
Geoffrey apresenta a figura de Merlin tal como a conhecemos hoje e que é proveniente
do Merlin Ambrósio, descrito por Nennius. Na Historia Brittonum, Nennius desenvolve
o personagem Ambrósio, filho de um incubo e uma donzela, o qual faz previsões
certeiras sobre o declínio do soberano usurpador na Betanha, Vortigern. Enquanto na
obra de Nennius são as serpentes debaixo do solo que são interpretadas por Merlin
como o declínio de Vortigern, na obra de Geoffrey o mesmo personagem prevê o ocaso
do governante bretão em virtude de dois dragões branco e vermelho que lutam debaixo
do solo.
Nesta narrativa, o mago produz a poção que faz o rei Uther adotar as feições de
Gorlois, marido da duquesa Ingerna (Igraine). Assim, enquanto Gorlois já estava morto,
Artur é concebido sem que a duquesa soubesse do disfarce. Porém, a ligação entre o
mago e o rei Artur termina neste ponto, sendo mencionado mais uma vez apenas as
profecias de Merlin sobre a conquista da Bretanha e o incerto retorno de Artur. Já a
Prophetia Merlini também escrita por Geoffreu de Monmouth trabalha com a figura do
Merlin Selvagem, associado ao bardo galês Myrddin.
Sobre a figura do Merlin Selvagem é interessante explicar a sua origem. Merlin
Selvagem é baseada na figura de um rei proveniente do norte da Bretanha e que lutou
pelos bretões contra os saxões no século VI. Este teria enlouquecido após uma batalha e
passara a vagar pela floresta, onde teria adquirido poderes sobrenaturais e durante esse
período só teve contato com animais. Há dados histórico-lendários que podem ligá-lo ao
7. 7
rei Lailoken, da Escócia. (MARKALE, 1989). É na Historia Regum Britanniae que
Merlin é associado a Artur pela primeira vez já quando é o responsável pelo nascimento
daquele.
Segundo a Historia Regum Britanniae, com a morte de Uther, que havia
conseguido a unificação da Bretanha, seu filho Artur é coroado às pressas aos quinze
anos com o intuito de evitar uma invasão saxã. As primeiras ações de Artur demonstram
largueza (isto é, generosidade) e carisma pessoal. Assim, sua coragem e bondade faziam
com que todos o amassem.
Embora cite vários reinados, o que a caracterizaria como uma crônica, a Historia
Regum Britanniae não é linear; por exemplo, o anúncio do nascimento de Artur por
Merlin é uma antecipação. Após Utherpendragon ter assumido por meio da mágica de
Merlin as feições de Gorlois, esposo de Igraine, o autor prenuncia o futuro glorioso de
seu descendente: “é nesta noite que ela concebeu Artur, homem célebre entre todos, o
qual foi reconhecido em seguida por seu senso de honra.” (MONMOUTH, 1993, p.
198).
O relato de Geoffrey aproxima-se das canções de gesta porque Artur é
apresentado como um guerreiro invencível. O fato de ser um rei-guerreiro em luta com
os pagãos e de empreender uma guerra santa contra eles era um motivo do gênero épico.
Há também elementos da obra que a aproximam do romance, como discursos
diretos por parte do autor e várias descrições sobrenaturais associadas a Artur, como,
por exemplo, o Lago Lomond, causador de prodígios, como o das águias que se reuniam
anualmente para anunciar os eventos maravilhosos que ocorreriam no reino
(Monmouth, 1993, p. 212). Tal lago é inspirado nas descrições de Nennius sobre “As
Coisas Admiráveis da Bretanha” (NENNIUS, 2003, p. 248-253).
O relato de Geoffrey também criou uma origem fantástica para as pedras de
Stonehenge, que seriam provenientes da África e foram levadas para a Irlanda durante a
estadia dos gigantes ali. Merlin, por meio de magia, havia trazido essas pedras,
possuidoras de dons curativos, da Irlanda para a Inglaterra (MONMOUTH, 1993, p.
185).
Além valorizar o glorioso passado dos bretões, identificando-os aos normandos,
apresentados como descendentes de Artur, o relato de Geoffrey também buscava fazer
frente à monarquia francesa e ao seus principais heróis, Rolando e Carlos Magno.
Assim, existe uma clara relação entre Artur e Rolando, o herói da canção de
gesta francesa. Os anglo-normandos pretendiam dar uma resposta literária ao rei da
8. 8
França, apresentando um herói guerreiro à altura de A Canção de Rolando (canção de
gesta composta no século XI, que se referia a um fato real da Alta Idade Média, a morte
de Rolando, sobrinho de Carlos Magno na Batalha de Roncesvales, contra os bascos,
mas que no relato são apresentados como muçulmanos). O personagem central da
narrativa é ligado à figura de Carlos Magno e consequentemente à dinastia capetíngia
(DUBY, 1982, p. 313 e p. 317). Na referida narrativa épica, o monarca francês é
apresentado como o único capaz de impedir os infiéis de dominarem a Europa.
Neste momento em que o poder régio começa a se fortalecer na França, os reis
da Inglaterra eram ao mesmo tempo vassalos do rei francês e passam a apresentar um
personagem tão cativante quanto o guerreiro Rolando para fazerem frente ao seu
suserano. Artur é também um guerreiro cristão perfeito e além de tudo é um monarca,
associado na narrativa à linhagem normanda.
O poderio de Artur na obra é tão grande que ele simbolicamente derrota o
soberano francês ao vencer em combate singular Frollo, um tribuno romano, governador
da Gália que o havia desafiado (MONMOUTH, 1993, p.217). Os normandos procuram
assim tanto agradar a população local, os bretões, ao abraçar um de seus mitos mais
caros, e ao mesmo tempo, fazer frente à monarquia francesa.
Visando ampliar o caráter da obra, Henrique II (1154-1189), neto de Henrique I,
mandou logo que a Historia Regum fosse traduzida em versos para o vernáculo, pelo
normando Robert Wace, o Roman de Brut (1155), para que fosse lida e vista como um
modelo em sua corte. É interessante lembrar que o monarca inglês havia se casado com
a ex-esposa do rei francês Henrique VII, Leonor da Aquitânia, aumentando ainda mais
as suas possessões na França.
É importante ressaltar ainda na Historia dos Reis da Bretanha a intertextualidade
com o texto de Nennius, especialmente quanto à figura de Artur, cujos traços guerreiros
ainda são marcantes. Um exemplo claro é que segundo Nennius ao explicar as doze
batalhas vencidas sob o comando de Artur contra os saxões afirma que o comandante
militar na oitava batalha “carregou a imagem de Santa Maria sempre virgem sobre seus
ombros; e os pagãos foram postos em debandada nesse dia” (NENNIUS, 2002, p. 244).
Alem disso na décima segunda batalha, a do Monte Badon “caíram em um dia
novecentos e sessenta homens de uma investida de Artur e ninguém os golpeou exceto o
próprio Artur, e em todas as batalhas ele saiu como vencedor” (NENNIUS, 2002, p.
244).
9. 9
Seguindo a linha de raciocínio de Nennius, Geoffrey de Monmouth reafirma em
sua obra a proteção da Virgem Maria a Artur, a quem ele sempre invocava antes das
batalhas. E o caráter de invencibilidade do rei se reafirma, pois segundo Geoffrey,
vencia todos os seus oponentes: “Todos aqueles com quem se batia, invocando Deus,
morriam ao primeiro golpe de espada. Ele não suspendeu seu ataque até ter matado
quatrocentos e setenta soldados com sua única arma Caliburn” (MONMOUTH, 1993,
p.215).
O monarca bretão tinha características ambíguas, pois portava elementos pagãos
e cristãos: uma espada (Caliburn) forjada no Outro Mundo Céltico, a ilha de Avalon;
mas seu escudo Pridwen, a quem sempre apelava nas batalhas, continha a imagem da
Virgem Maria, tal como havia sido indicado por Nennius.
Outros momentos da narrativa enfatizam a coragem de Artur e sua ligação a
animais importantes no imaginário celta como o urso e o dragão. Artur ao longo do
manuscrito mata dois gigantes e um oponente em combate singular, o tribuno Frollo,
governante da Gália. Nesta luta, o rei é descrito por Geoffrey como um “leão feroz” que
partiu a cabeça de seu oponente, de grande estatura, em dois.
A morte de Artur ocorre devido à traição de seu sobrinho Mordret, que usurpa o
trono quando o tio empreendia a conquista de Roma. Até então invencível, Artur é
mortalmente ferido na luta contra ele, sendo levado à Ilha de Avalon para curar seus
ferimentos. A obra de Geoffrey atendendo aos interesses dos normandos, não diz, no
entanto, se Artur algum dia retornará, como afirmavam as velhas crenças.
A conquista dos bretões é vista no seu livro como um castigo divino. Com o
domínio saxão, uma série de calamidades se abatem sobre o país, como a peste e a
fome. O último rei bretão, Cadwallader, refugia-se na Armórica, e recebe de um anjo
um aviso para se dirigir ao papa de Roma, onde morre. A ressurreição dos bretões é
prometida para um dia no futuro, graças à fé cristã (MONMOUTH, 1993, p. 259-285).
Não por acaso o final da obra de Geoffrey é ambíguo, não sabemos se após a
luta mortal contra o sobrinho-usurpador do trono Mordred e depois do ferimento mortal,
Artur retornará um dia para salvar os bretões. Curiosamente em 1195 sob o patrocínio
do Plantageneta, que morreu pouco antes do evento, foram forjadas na abadia de
Glanstonbury as descobertas dos túmulos de Artur e Guinever. Os novos dominadores
queriam provar aos bretões que Artur não voltaria mais e que eles governariam a ilha
10. 10
indefinidamente. Apesar disso, no período em que a obra foi escrita e muito depois, um
grande número de pessoas continuou acreditando no retorno de Artur.
A importância da retomada das narrativas arturianas repectivamente por Nennius
e depois por Geoffrey de Monmouth contribuiu para a difusão e desenvolvimento dos
relatos arturianos no Ocidente. Além disso, vários grupos sociais como os nobres, os
monarcas e o clero procuraram se apropriar das narrativas arturianas em seu benefício.
Cada autor ou anônimo foi criando novos elementos na aventura de Artur: Robert Wace
foi o criador da távola redonda, mesa ao redor da qual todos os cavaleiros se sentavam
como iguais; Chrétien de Troyes tornou os cavaleiros mais importantes que a figura do
rei e passou a relacionar o rei Artur e o Graal. E mais tarde, escribas do século XIII
transformaram o Graal, inicialmente apresentado como uma escudela ou travessa por
Chrétien, em cálice com o sangue de Cristo na Cruz e elemento fundamental para
garantir a prosperidade do reino arturiano. Este cálice, de acordo com a versão
cristianizada da narrativa, só poderia ser encontrado por um cristão puro, Galahad.
Na Península Ibérica a imagem cristianizada de Artur circulou principalmente
através da novela de cavalaria A Demanda do Santo Graal (c. 1250). Ainda que nesta
obra Artur apareça como um rei pecador, ainda podemos ver suas atitudes guerreiras em
batalha quando, numa ocasião, cercaram o rei mais de vinte homens, enfatizando as
descrições do rei-guerreiro invencível inspirada em Nennius e em Geoffrey de
Monmouth.
Um outro relato ibérico que mostrava o caráter guerreiro do rei mítico aparece
no Libro de las Generaciones, crônica navarra escrita entre 1260 e 1270. Nesta crônica
há um resumo de Artur como rei, possuindo traços de herói ao matar dois dragões e
vencer o imperador romano, unindo portanto, mais uma vez, elementos da obra de
Nennius e de Geoffrey de Monmouth.
Desta forma, com a circulação das narrativas arturianas em todo o Ocidente, o
mito do rei perfeito, que teve por origem uma reação de resistência dos bretões contra os
invasores saxões fortaleceu-se com o tempo e adquiriu diversos enfoques, fazendo com
que o conheçamos até hoje.
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11. 11
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