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Autor Adelson Correia da Costa
Nascido em Recife/PE, é Administrador de Empresa e
Administrador Postal. Exerce a função de gestor de nível
superior em um a Empresa Pública Federal. Tem estudos
em universidades nas Área de Direito, Engenharia Química
e Economia e Letras.
As Flores do Ruanda (romance).
Contos fantásticos (Participação em livro de contos
selecionados em concurso na internet).
Seleta Cultura Escritores LP – Books (Participação em
conjunto com outros autores da Livro Pronto Editora a ser
lançado na Bienal de São Paulo 2012).
O livro
São Paulo,
2011.
1ª Edição
Ed. Livro Pronto
Tema
A obra é uma ficção que acontece sobre um cenário verídico: o genocídio de
1994, na cidade de Ruanda (África). A narrativa apresenta a jornada de uma médica
que está no meio de um episodio de guerra civil. O tema central é o controle de
Rwanda pelos Hutus, que vai culminar com o massacre dos Tutsi, em um contexto
de tensão e sofrimento, os 100 dias foram os piores já registrados no mundo, e o
que reforça a indignação é a inércia da comunidade internacional, na obra e na
vida.
Contexto histórico da obra
Por mais que seja uma obra de ficção, ela se baseia em um acontecimento
histórico real que ocorreu em 1994 em Ruanda. Esse fatídico episódio se encerrou
com um trágico fim, deixando um rastro de milhares de mortos.
Por questões étnicas e políticas envolvendo os Tutsis e Hutus, sendo que os
Tutsis compondo cerca de 14% da população, detinha o poder político em Ruanda,
porém os Hutus, que compunha 85% dos habitantes de Ruanda, ao assumir o
controle político, a milícia armada Interahamwe perseguiu e massacrou os Tutsis,
deixando um rastro de 800 mil mortes em 1994.
E é nesse contexto na cidade de Kigali que o autor cria uma ficção, ora nas
lembranças da Dra. Isabelle, que volta a Ruanda em 2004, ora no período citado
acima, mas que se mistura com a realidade, porém a maior parte ambienta-se no
ano de 1994.
As Flores de Ruanda
Adelson Correia da Costa
“Este livro é uma obra de ficção. Todas as falas e tramas são frutos da
minha imaginação.
A narrativa se desenrola por sobre um fundo verídico: o genocídio de 1994
ocorrido em um pequeno país africano chamado Ruanda e por isso há um paralelo
cronológico e factual com a realidade. ” - (COSTA, 2012)
Fotos: Gilles Peress
Tiradas do massacre de 1994, na Igreja e nas vias de Kigali e Rwanda.
Zaire, junto à fronteira com o Ruanda
RWANDA. 1994
AFRICA. Rwanda. Nyamata. 1994
ZAIRE. Goma. 1994
Nyarubuye, Ruanda, 1994
Rwanda, 1944.
Rwanda, 1994
Igreja de Nyarubuye, Ruanda, 1994
Nyarubuye, Ruanda, 1994
Rwanda. Kabgayi. April, 1994
Rwanda, 1994
Foto: Andrew Stawicki
Memorial de Nuamata, 2007
Foto: Sebastião Salgado
Orfanato no Zaire, 1994
Foto: Pascal Guyot-AFP
Soldados
franceses
vigiam campo
de refugiados
de ruandeses
da etnia tutsi
na cidade de
Niashishi, em
Ruanda, em
fotografia de
30 de abril de
1994.
Gerente do Hotel Milles Collines, em
Kigali, na época do genocídio em
Ruanda, Paul Ruses Abagina, ajudou a
salvar a vida de mais de 1.200
refugiados durante o massacre. Sua
história inspirou o filme "Hotel
Ruanda".
Bernard Munyagishari, comandante paramilitar acusado de participar do genocídio
de Ruanda, é escoltado por policiais, logo após a sua chegada ao aeroporto de
Kigali, em Ruanda, em 24 de julho de 2013.
Munyagishari é
um dos réus que
serão julgados
pelo Tribunal
Penal
Internacional para
Ruanda, com sede
em Arusha, na
Tanzânia
Personagens do livro
Dra. Isabelle
Médica nascida em Nova York e filha de um político de origem francesa. Ela
chega a Ruanda devido a sua ação voluntária na Cruz Vermelha.
“Eu me chamo Isabelle. Sou uma médica americana nascida em
Nova Iorque. Tenho ascendência francesa.” - (p. 11).
“Quando concluí o curso de medicina, aos 25 anos, encontrei a
oportunidade de fazer um trabalho filantrópico para a Cruz Vermelha.” - (p.
20).
Dr. Mike
Superintendente de operações de assistências médica na África Central.
“Lá encontrei o Dr. Mike, um elegante médico inglês senhoril
que contava 54 anos. Superintendia as operações de assistência médica na
África Central. Era um inteligentíssimo senhor de materialismo calcificado e
incorrigível.” - (p. 20).
Tharcisse Mugabe
Florista da etnia Twa, que se recusou a seguir no artesanato de barro, que
era comum entre os pigmeus.
Tharcisse Mugabe era um inteligente twa de 27 anos que fora criado com o
apoio de um estancieiro da cidade de Byumba que criava gado ankole (ancolé). Seu
pai foi um trabalhador de confiança na propriedade e em agradecimento aos
valiosos trabalhos executados, o patrão dera educação ao garoto twa. Todavia,
mesmo sendo portador de educação formal, não encontrava uma oportunidade de
emprego. Ele não quis labutar com o artesanato de barro como fazia a maioria dos
pigmeus e encontrou um ramo inusitado de atividade: a produção e venda de
flores usadas nos eventos fúnebres de Kigali. - (p. 28).
Mukono
Que era um jovem twa, mal visto por alguns, porém bem quisto por outros.
Havia um grupo que tentava, de longas datas, expulsar o indômito e
divergente pigmeu da comunidade de Kigali, sob o argumento de que gerava
discórdias e aglutinava problemas. Não obstante, outros o tinham por boa
nomeada e viam nele a perseverança da espiritualidade ancestral do povo indígena
twa das florestas. Ocorriam muitas demonstrações de poder por parte de Mukono
que serviam de argumento para os mais velhos e saudosos acreditarem que ele
seria, em breve, o guia espiritual de todos os twas, pois nele residiam os ancestrais
gloriosos do povo. (p. 52).
Canisous Rubuga
Um homem mau e chefe dos interahamwes.
Os interahamwes não compreendiam o que significa estar acometido, no
entanto, perceberam, pela expressão da doutora, que não seria boa coisa para eles.
[...] Chegaram à conclusão de que o melhor a fazer era se desterrarem e somente
falarem com seu chefe, Canisous Rubuga, no dia seguinte. (p. 53).
Rose Kabaguyoi
Jovem enfermeira tutsi que trabalhava no centro hospitalar de Kigali, e que
se tornou uma grande amiga de Isabelle.
Rose Kabaguyoi era uma competente enfermeira recém-passante de 22
anos de idade que trabalhava no Centro Hospitalar de Kigali. Era uma jovem tutsi
alta, elegante e de talhe esguio. Exorbitava da beleza. Possuía os traços do rosto
finos, como a maioria das pessoas da sua etnia. Belíssima, manuscrita, obra de
talho. (p. 23).
Padre Jumpe
Missionário angolano de 42 anos que conciliava o trabalho de caridade com
a evangelização.
Padre Jumpe, que possuía uma larga experiência caritativa no trato com os
twas. O vigário era um missionário angolano de 42 anos que, segundo ele mesmo
contava, o bom Deus o fez ir ao gueto para confortar cristãmente os pobres e
evangelizar os ímpios, através de um ministério de excluídos. Supunha-se
medianeiro dos negócios entre o céu e a terra. (p. 42).
Núcleo dos twas (pigmeus):
Tharcisse Mugabe, Mukono, Dancilla e Domitilla.
Estes personagens retratam, com suas atuações, o preconceito, o descaso, a
indiferença e a repressão que quase exterminam uma raça de inocentes e
desprotegidos, marginalizados sem garantias sociais ou apoio do Estado Ruandês.
Personalidade: reprimidos, cautelosos sem poder de reação; exceto Mukono.
(http://www.acordeicomvontadedeler.com/2012/09/no-diva-do-acordei-11-adelson-correia.html)
Núcleo dos hutus:
Canisous Rubuga, General Gedeon Bagirubwira, Tenente Fred Kaka,
Sargento Charles Musayidire, Béatha Habimana e Elizaphan
Ntakirutimana.
Representa o pensamento dos hutus moderados contrários ao genocídio e dos
perpetradores da matança generalizada. Aqui estão a governança hutu do Ruanda,
o exército e as milicias de repressão ao povo tutsi.
Personalidade: Variável conforme a posição que defende: pró ou contra o
desencadear do genocídio ruandês.
(http://www.acordeicomvontadedeler.com/2012/09/no-diva-do-acordei-11-adelson-correia.html)
Núcleo dos tutsis:
Presidente Paul Kagame, Capitão Aaron Bitero, Kimbolo, Rose
Kabaguyoi, Fazendeiro Emmanuel Habimana, Anne-Marie Kenyama,
François Mukakalisa e Ota Uwiragiye.
Estes personagens representam a luta contra o genocídio e o sofrimento de toda
uma etnia.
Personalidade: Há uma diferenciação de pensamento em relação às agressões
sofridas: Passiva, meras vítimas, ou ativa, beligerantes.
(http://www.acordeicomvontadedeler.com/2012/09/no-diva-do-acordei-11-adelson-correia.html)
Núcleo independente:
Padre Jumpe, Domingos, Senador americano pai da Dra. Isabelle, Mãe
da Dra. Isabelle, Coronel Pierre Raynaud.
Estes personagens orbitam o conflito tutsi-hutu e representam algumas posições
importantes da época: comunidade internacional, França e Igreja, por exemplo.
(http://www.acordeicomvontadedeler.com/2012/09/no-diva-do-acordei-11-adelson-correia.html)
Entidades Políticas Sociais:
FPR – Frente Patriótica Ruandesa — Grupo guerrilheiro armado que invade o
Ruanda à partir de Uganda buscando a retomada do poder político central em
mãos dos hutus.
MRND — Movimento Revolucionário Nacional para o Desenvolvimento — Partido
político hutu no poder.
INTERAHAMWE — (tradução aproximada do kinyaruandês: aqueles que lutam
juntos) – Grupo miliciano (paramilitar) armado que implanta o terror contra os
tutsis, chacinando milhares deles.
CRUZ VERMELHA INTERNACIONAL — Movimento internacional de voluntariado.
(http://www.acordeicomvontadedeler.com/2012/09/no-diva-do-acordei-11-adelson-correia.html)
Rwanda
Bandeira do Reino do Ruanda (1959-1962)
Anterior bandeira do Ruanda (1962-2001) A atual bandeira de Ruanda foi adotada a 25 de Outubro de 2001
Rwanda, 2016.
“Entre abril e junho de
1994, o mundo assistiu
impassível ao
extermínio de mais de
800.000 pessoas em
Ruanda. Tal morticínio é
considerado o terceiro
maior ocorrido desde
1950 [...] cerca de 11%
dos ruandeses e ¾ da
população tutsi foram
eliminados em apenas
um trimestre”
- MENDONÇA, p. 301.
Mapa
politico de
Rwanda,
2016.
País montanhoso,
dividido em colinas de
clima temperado e
regime de chuvas
moderado. A principal
atividade econômica é a
agricultura, que ainda
não é mecanizada.
População 85% hutus,
14% tutsis e 1% pigmeu.
O que o autor pretende?
Mostrar de maneira despretenciosa o sofrimento de um povo, que apesar
da magnitude pode passar despercebido depois de anos.
A pesar de ser um romance, o fato de se passar em um ambiente que
realmente existiu, possibilita ao leitor se envolver e se interessar, e quem sabe no
futuro ser um agente de defesa, tirando assim governantes deste estado de inércia,
que sacrifica vidas humanas.
Na sala de aula
Seria possível o uso no ensino médio, como objeto de leitura e discussão
em sala de aula, podendo ser comparado com outros artigos semelhantes. Somado
ao livro acredito que seria possível o uso do filme “Hotel Ruanda”, que também
retrata este contexto histórico através das câmeras.
O fato de ser um romance pode colaborar para aplicação e para o
desenvolvimento, já que é de fácil leitura e entendimento.
O livro vai proporcionar uma viagem ao Rwanda de 1994, ao modo de vida e as
transformações reforçadas pelas influências políticas externas ao contexto daquele
povo.
As Flores de Ruanda e os textos em sala
Usamos os seguintes textos para absorver o livro:
Ou temos uma colônia ou um jardim zoológico: sociedade e ambiente na África
Oriental Alemã – CORREA, Sílvio Marcus de Souza.
Filhos da terra: identidade e conflitos sociais em Luanda. MARZANO, Andrea.
A (longa) história a desigualdade na África do sul. PEREIRA, Analúcia Danilevicz.
O genocídio em Ruanda e a inércia da comunidade internacional. – MENDONÇA,
Marina Gusmão de.
Bibliografia
COSTA, Adelson Correa da. As Flores de Ruanda – São Paulo : Livro Pronto, 2011. 1ª ed.
MAPA DO GENOCIDIO - http://2.bp.blogspot.com/-dfM5gPZKauk/T-nZbwSnu-
I/AAAAAAAACzg/vV3VM8YHnJE/s1600/Mapa%2Bgenocidio.jpg
FOTOS GILLES PERESS -
https://pro.magnumphotos.com/CS.aspx?ALID=2K7O3R13CPRF&FRM=SubHeaderFrame%3AMAGO31_13&VP3
=SearchResult
FOTOS PASCAL GUIOT - http://noticias.uol.com.br/album/2014/04/06/genocidio-em-ruanda-completa-20-
anos.htm#fotoNav=10
AUTOR - https://maisumapaginalivros.blogspot.com.br/2013/06/autor-parceiro-adelson-correia-da-costa.html
e http://www.acordeicomvontadedeler.com/2012/09/no-diva-do-acordei-11-adelson-correia.html
FOTOS: http://www.safariants.com/public/docs/files/1439129386rwanda%20album%20people.jpg

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As flores do ruanda - de Adelson Correia da Costa

  • 1.
  • 2. Autor Adelson Correia da Costa Nascido em Recife/PE, é Administrador de Empresa e Administrador Postal. Exerce a função de gestor de nível superior em um a Empresa Pública Federal. Tem estudos em universidades nas Área de Direito, Engenharia Química e Economia e Letras. As Flores do Ruanda (romance). Contos fantásticos (Participação em livro de contos selecionados em concurso na internet). Seleta Cultura Escritores LP – Books (Participação em conjunto com outros autores da Livro Pronto Editora a ser lançado na Bienal de São Paulo 2012).
  • 3. O livro São Paulo, 2011. 1ª Edição Ed. Livro Pronto
  • 4. Tema A obra é uma ficção que acontece sobre um cenário verídico: o genocídio de 1994, na cidade de Ruanda (África). A narrativa apresenta a jornada de uma médica que está no meio de um episodio de guerra civil. O tema central é o controle de Rwanda pelos Hutus, que vai culminar com o massacre dos Tutsi, em um contexto de tensão e sofrimento, os 100 dias foram os piores já registrados no mundo, e o que reforça a indignação é a inércia da comunidade internacional, na obra e na vida.
  • 5. Contexto histórico da obra Por mais que seja uma obra de ficção, ela se baseia em um acontecimento histórico real que ocorreu em 1994 em Ruanda. Esse fatídico episódio se encerrou com um trágico fim, deixando um rastro de milhares de mortos. Por questões étnicas e políticas envolvendo os Tutsis e Hutus, sendo que os Tutsis compondo cerca de 14% da população, detinha o poder político em Ruanda, porém os Hutus, que compunha 85% dos habitantes de Ruanda, ao assumir o controle político, a milícia armada Interahamwe perseguiu e massacrou os Tutsis, deixando um rastro de 800 mil mortes em 1994. E é nesse contexto na cidade de Kigali que o autor cria uma ficção, ora nas lembranças da Dra. Isabelle, que volta a Ruanda em 2004, ora no período citado acima, mas que se mistura com a realidade, porém a maior parte ambienta-se no ano de 1994.
  • 6. As Flores de Ruanda Adelson Correia da Costa “Este livro é uma obra de ficção. Todas as falas e tramas são frutos da minha imaginação. A narrativa se desenrola por sobre um fundo verídico: o genocídio de 1994 ocorrido em um pequeno país africano chamado Ruanda e por isso há um paralelo cronológico e factual com a realidade. ” - (COSTA, 2012)
  • 7.
  • 8. Fotos: Gilles Peress Tiradas do massacre de 1994, na Igreja e nas vias de Kigali e Rwanda.
  • 9. Zaire, junto à fronteira com o Ruanda
  • 14. Igreja de Nyarubuye, Ruanda, 1994
  • 15. Nyarubuye, Ruanda, 1994 Rwanda. Kabgayi. April, 1994 Rwanda, 1994
  • 16. Foto: Andrew Stawicki Memorial de Nuamata, 2007
  • 18. Foto: Pascal Guyot-AFP Soldados franceses vigiam campo de refugiados de ruandeses da etnia tutsi na cidade de Niashishi, em Ruanda, em fotografia de 30 de abril de 1994.
  • 19. Gerente do Hotel Milles Collines, em Kigali, na época do genocídio em Ruanda, Paul Ruses Abagina, ajudou a salvar a vida de mais de 1.200 refugiados durante o massacre. Sua história inspirou o filme "Hotel Ruanda".
  • 20. Bernard Munyagishari, comandante paramilitar acusado de participar do genocídio de Ruanda, é escoltado por policiais, logo após a sua chegada ao aeroporto de Kigali, em Ruanda, em 24 de julho de 2013. Munyagishari é um dos réus que serão julgados pelo Tribunal Penal Internacional para Ruanda, com sede em Arusha, na Tanzânia
  • 21. Personagens do livro Dra. Isabelle Médica nascida em Nova York e filha de um político de origem francesa. Ela chega a Ruanda devido a sua ação voluntária na Cruz Vermelha. “Eu me chamo Isabelle. Sou uma médica americana nascida em Nova Iorque. Tenho ascendência francesa.” - (p. 11). “Quando concluí o curso de medicina, aos 25 anos, encontrei a oportunidade de fazer um trabalho filantrópico para a Cruz Vermelha.” - (p. 20).
  • 22. Dr. Mike Superintendente de operações de assistências médica na África Central. “Lá encontrei o Dr. Mike, um elegante médico inglês senhoril que contava 54 anos. Superintendia as operações de assistência médica na África Central. Era um inteligentíssimo senhor de materialismo calcificado e incorrigível.” - (p. 20).
  • 23. Tharcisse Mugabe Florista da etnia Twa, que se recusou a seguir no artesanato de barro, que era comum entre os pigmeus. Tharcisse Mugabe era um inteligente twa de 27 anos que fora criado com o apoio de um estancieiro da cidade de Byumba que criava gado ankole (ancolé). Seu pai foi um trabalhador de confiança na propriedade e em agradecimento aos valiosos trabalhos executados, o patrão dera educação ao garoto twa. Todavia, mesmo sendo portador de educação formal, não encontrava uma oportunidade de emprego. Ele não quis labutar com o artesanato de barro como fazia a maioria dos pigmeus e encontrou um ramo inusitado de atividade: a produção e venda de flores usadas nos eventos fúnebres de Kigali. - (p. 28).
  • 24. Mukono Que era um jovem twa, mal visto por alguns, porém bem quisto por outros. Havia um grupo que tentava, de longas datas, expulsar o indômito e divergente pigmeu da comunidade de Kigali, sob o argumento de que gerava discórdias e aglutinava problemas. Não obstante, outros o tinham por boa nomeada e viam nele a perseverança da espiritualidade ancestral do povo indígena twa das florestas. Ocorriam muitas demonstrações de poder por parte de Mukono que serviam de argumento para os mais velhos e saudosos acreditarem que ele seria, em breve, o guia espiritual de todos os twas, pois nele residiam os ancestrais gloriosos do povo. (p. 52).
  • 25. Canisous Rubuga Um homem mau e chefe dos interahamwes. Os interahamwes não compreendiam o que significa estar acometido, no entanto, perceberam, pela expressão da doutora, que não seria boa coisa para eles. [...] Chegaram à conclusão de que o melhor a fazer era se desterrarem e somente falarem com seu chefe, Canisous Rubuga, no dia seguinte. (p. 53).
  • 26. Rose Kabaguyoi Jovem enfermeira tutsi que trabalhava no centro hospitalar de Kigali, e que se tornou uma grande amiga de Isabelle. Rose Kabaguyoi era uma competente enfermeira recém-passante de 22 anos de idade que trabalhava no Centro Hospitalar de Kigali. Era uma jovem tutsi alta, elegante e de talhe esguio. Exorbitava da beleza. Possuía os traços do rosto finos, como a maioria das pessoas da sua etnia. Belíssima, manuscrita, obra de talho. (p. 23).
  • 27. Padre Jumpe Missionário angolano de 42 anos que conciliava o trabalho de caridade com a evangelização. Padre Jumpe, que possuía uma larga experiência caritativa no trato com os twas. O vigário era um missionário angolano de 42 anos que, segundo ele mesmo contava, o bom Deus o fez ir ao gueto para confortar cristãmente os pobres e evangelizar os ímpios, através de um ministério de excluídos. Supunha-se medianeiro dos negócios entre o céu e a terra. (p. 42).
  • 28. Núcleo dos twas (pigmeus): Tharcisse Mugabe, Mukono, Dancilla e Domitilla. Estes personagens retratam, com suas atuações, o preconceito, o descaso, a indiferença e a repressão que quase exterminam uma raça de inocentes e desprotegidos, marginalizados sem garantias sociais ou apoio do Estado Ruandês. Personalidade: reprimidos, cautelosos sem poder de reação; exceto Mukono. (http://www.acordeicomvontadedeler.com/2012/09/no-diva-do-acordei-11-adelson-correia.html)
  • 29. Núcleo dos hutus: Canisous Rubuga, General Gedeon Bagirubwira, Tenente Fred Kaka, Sargento Charles Musayidire, Béatha Habimana e Elizaphan Ntakirutimana. Representa o pensamento dos hutus moderados contrários ao genocídio e dos perpetradores da matança generalizada. Aqui estão a governança hutu do Ruanda, o exército e as milicias de repressão ao povo tutsi. Personalidade: Variável conforme a posição que defende: pró ou contra o desencadear do genocídio ruandês. (http://www.acordeicomvontadedeler.com/2012/09/no-diva-do-acordei-11-adelson-correia.html)
  • 30. Núcleo dos tutsis: Presidente Paul Kagame, Capitão Aaron Bitero, Kimbolo, Rose Kabaguyoi, Fazendeiro Emmanuel Habimana, Anne-Marie Kenyama, François Mukakalisa e Ota Uwiragiye. Estes personagens representam a luta contra o genocídio e o sofrimento de toda uma etnia. Personalidade: Há uma diferenciação de pensamento em relação às agressões sofridas: Passiva, meras vítimas, ou ativa, beligerantes. (http://www.acordeicomvontadedeler.com/2012/09/no-diva-do-acordei-11-adelson-correia.html)
  • 31. Núcleo independente: Padre Jumpe, Domingos, Senador americano pai da Dra. Isabelle, Mãe da Dra. Isabelle, Coronel Pierre Raynaud. Estes personagens orbitam o conflito tutsi-hutu e representam algumas posições importantes da época: comunidade internacional, França e Igreja, por exemplo. (http://www.acordeicomvontadedeler.com/2012/09/no-diva-do-acordei-11-adelson-correia.html)
  • 32. Entidades Políticas Sociais: FPR – Frente Patriótica Ruandesa — Grupo guerrilheiro armado que invade o Ruanda à partir de Uganda buscando a retomada do poder político central em mãos dos hutus. MRND — Movimento Revolucionário Nacional para o Desenvolvimento — Partido político hutu no poder. INTERAHAMWE — (tradução aproximada do kinyaruandês: aqueles que lutam juntos) – Grupo miliciano (paramilitar) armado que implanta o terror contra os tutsis, chacinando milhares deles. CRUZ VERMELHA INTERNACIONAL — Movimento internacional de voluntariado. (http://www.acordeicomvontadedeler.com/2012/09/no-diva-do-acordei-11-adelson-correia.html)
  • 33. Rwanda Bandeira do Reino do Ruanda (1959-1962) Anterior bandeira do Ruanda (1962-2001) A atual bandeira de Ruanda foi adotada a 25 de Outubro de 2001
  • 35. “Entre abril e junho de 1994, o mundo assistiu impassível ao extermínio de mais de 800.000 pessoas em Ruanda. Tal morticínio é considerado o terceiro maior ocorrido desde 1950 [...] cerca de 11% dos ruandeses e ¾ da população tutsi foram eliminados em apenas um trimestre” - MENDONÇA, p. 301.
  • 36. Mapa politico de Rwanda, 2016. País montanhoso, dividido em colinas de clima temperado e regime de chuvas moderado. A principal atividade econômica é a agricultura, que ainda não é mecanizada. População 85% hutus, 14% tutsis e 1% pigmeu.
  • 37. O que o autor pretende? Mostrar de maneira despretenciosa o sofrimento de um povo, que apesar da magnitude pode passar despercebido depois de anos. A pesar de ser um romance, o fato de se passar em um ambiente que realmente existiu, possibilita ao leitor se envolver e se interessar, e quem sabe no futuro ser um agente de defesa, tirando assim governantes deste estado de inércia, que sacrifica vidas humanas.
  • 38. Na sala de aula Seria possível o uso no ensino médio, como objeto de leitura e discussão em sala de aula, podendo ser comparado com outros artigos semelhantes. Somado ao livro acredito que seria possível o uso do filme “Hotel Ruanda”, que também retrata este contexto histórico através das câmeras. O fato de ser um romance pode colaborar para aplicação e para o desenvolvimento, já que é de fácil leitura e entendimento. O livro vai proporcionar uma viagem ao Rwanda de 1994, ao modo de vida e as transformações reforçadas pelas influências políticas externas ao contexto daquele povo.
  • 39. As Flores de Ruanda e os textos em sala Usamos os seguintes textos para absorver o livro: Ou temos uma colônia ou um jardim zoológico: sociedade e ambiente na África Oriental Alemã – CORREA, Sílvio Marcus de Souza. Filhos da terra: identidade e conflitos sociais em Luanda. MARZANO, Andrea. A (longa) história a desigualdade na África do sul. PEREIRA, Analúcia Danilevicz. O genocídio em Ruanda e a inércia da comunidade internacional. – MENDONÇA, Marina Gusmão de.
  • 40. Bibliografia COSTA, Adelson Correa da. As Flores de Ruanda – São Paulo : Livro Pronto, 2011. 1ª ed. MAPA DO GENOCIDIO - http://2.bp.blogspot.com/-dfM5gPZKauk/T-nZbwSnu- I/AAAAAAAACzg/vV3VM8YHnJE/s1600/Mapa%2Bgenocidio.jpg FOTOS GILLES PERESS - https://pro.magnumphotos.com/CS.aspx?ALID=2K7O3R13CPRF&FRM=SubHeaderFrame%3AMAGO31_13&VP3 =SearchResult FOTOS PASCAL GUIOT - http://noticias.uol.com.br/album/2014/04/06/genocidio-em-ruanda-completa-20- anos.htm#fotoNav=10 AUTOR - https://maisumapaginalivros.blogspot.com.br/2013/06/autor-parceiro-adelson-correia-da-costa.html e http://www.acordeicomvontadedeler.com/2012/09/no-diva-do-acordei-11-adelson-correia.html FOTOS: http://www.safariants.com/public/docs/files/1439129386rwanda%20album%20people.jpg