1. TEXTO 1 A expansão periférica decorrente do crescimento urbano evidencia uma tendência à organização do espaço em zonas de
forte homogeneidade social entre elas. Essa organização é resultado de uma estratégia de segregação socioespacial que impede a
comunicação entre as diferenças. Percebe-se uma tendência de segregação socioespacial da população pobre e uma auto-
segregação da população rica. A segregação evidencia as ocupações do espaço sem planejamento- as favelas, e a auto-
segregação passa por uma grande ordem de planejamento invertendo as noções de público e privado e revisitando o conceito de
urbanidade, de convivência social. A segregação imposta ás pessoas pobres explica a formação de lugares separados, com
localização ruim, habitações precárias, dificuldade de transporte e ausência de infra-estrutura urbana.
A cidadania pode ser exercitada na reivindicação de espaços com planejamento urbano, infra-estrutura urbana, ruas bem
pavimentadas, iluminação, escolas, postos de saúde e distribuição de energia, coleta de lixo, rede de água, cuidando para que o
acesso a esses serviços não seja clandestino ou ilegal. A segregação dificulta a existência e manutenção de espaços públicos
voltados para o lazer.
TEXTO 2- As cenas chocantes do cotidiano de terror revelam a segregação e exclusão de povos da mesma nacionalidade,
separados pelos colonizadores, que escolheram os tutsis para os representar no poder local. Essa escolha gera um movimento
separatista entre as etnias: hutus ( 85% da população) e tutsis. Um território comum, mas marcado por estratégias de segregação. É
necessário um olhar diferente para o continente africano e sua exclusão no processo de globalização mundial, sua história de
discriminação e segregação no mundo dos brancos;além de conflitos gerados pela colonização européia na África e a permanência
do terror e do genocídio entre tribos de mesma nacionalidade; a migração forçada para os campos de refugiados.
1. Observando as imagens (bailes funks, hip hop, forrós, restaurantes, shoppings, condomínios fechados, favelas,
balé, consumismo) faça uma lista com 5 diferentes formas de segregação espacial que as imagens evidenciam.
2. Faça uma lista de serviços e equipamentos públicos importantes na vida
urbana. Produza um texto sobre como são importantes para a sociedade.
3. Em grupo, tire fotos de lugares que evidenciem a segregação na sua nossa
cidade.
4- Sobre os textos complete.
a) A expansão das periferias ocorrente por causa do..........................................
b) A segregação evidencia as ocupações do espaço sem planejamento, que são
as............................
5- Coloque V ou F
( ) Na organização dos espaços a população pobre é excluída e a população
rica se exclui, tornando o lugar homogêneo, formando assim bairro de pobre e
bairro de rico.
( ) Na África acontece segregação e exclusão de povos da mesma
nacionalidade.
( ) NA segregação o acesso a serviços públicos e de infra estrutura que era
para ser público(para todos) se torna privado, por que só alguns têm acesso.
( ) A África é o continente mais excluído da globalização
6) De acordo com o texto e no contexto da segregação, como a cidadania pode
ser exercida?
7) De exemplo de quando o acesso aos serviços públicos é clandestino ou
ilegal?
8) Qual a causa histórica da segregação em Ruanda?
9) Por que o texto 2 diz que é necessário um olhar deferente sobre o continente
africano
10- Encontre no diagrama palavras sobre o
tema acima.
S D I F E R E N Ç A S
E E F H J K J H J K P
G D E X C L U S A O U
R E T C P R D F D C B
E D D L R D R R E I L
G R F A I D E F D D I
A F D N V F F R E A C
Ç G F D A D U F D D O
A F A E D F G D E A C
O P V S O D I F D N X
F E E T R F A D S I C
R R L I D D D R D A X
F I A N F F O I A E Z
I F E O D D S C S R X
L E D R F F R O A D Z
E R F F S D F D D F C
G I D G D F G D F C C
A A F F S D P O B R E
L F H J I O J K J K C
S E P A R A D O S C C
2. Kigali, a capital de Ruanda, tinha 350 mil habitantes em meados de abril de 1994. Um mês depois, não havia mais que 250 mil
pessoas vivendo na cidade. Pelo menos 60 mil foram assassinadas. Mais de 20% dos 8 milhões de ruandenses abandonaram
suas casas, em pânico, para se refugiar no interior ou países vizinhos.
Em um único dia, 250 mil pessoas cruzaram a fronteira com a Tanzânia por uma ponte estreita – o maior e mais rápido
êxodo já visto por funcionários da ONU e Cruz Vermelha. Em menos de 4 semanas, houve uma chacina de proporções
assombrosas: mais de 200 mil mortos, 500 mil trucidados ( homens, mulheres, crianças, velhos). Um missionário que se
encontrava em Ruanda disse à revista Time: ‘Não sobraram demônios no inferno. Eles estão todos em Ruanda’. A tragédia é
mais uma etapa da guerra civil que despedaça Ruanda desde 1990 e mais um round na histórica briga entre as duas etnias que
povoam a região desde o século XV – os hutus e os tutsis. O ódio entre esses dois povos é herança da colonização
Os hutus, de estatura mais baixa e de cor negra mais acentuada, formam hoje 85% da população. Falam a mesma língua e
conviveram em paz com os tutsis, mais altos e de pele mais clara, até a chegada dos europeus, em 1885. Primeiro foram os
alemães, que colonizaram a região até a Primeira Guerra Mundial, e depois os belgas, que ficaram até 1961, um ano antes da
independência de Ruanda.
Os colonizadores escolheram os tutsis como testas de ferro de seu domínio. Concederam a eles os cargos no governo,
as vagas nas escolas, os postos mais importantes no exército e facilidades para se instalarem no comércio.
Na década de 50 ocorrem os primeiros conflitos entre as duas etnias. Com o crescimento do sentimento de nacionalidade
em toda a África, os hutus lançam um movimento separatista, mas seus líderes são assassinados pela elite tutsi. Em 1959
os hutus finalmente derrubam a monarquia tutsi, instalam um governo provisório no ano seguinte conseguem a independência.
Em 1963, um movimento guerrilheiro tutsi invade Ruanda, mas é derrotado e perde 12 mil homens. Dez anos mais tarde um
golpe militar põe no poder um hutu. A atual guerra civil começou em 1990, quando guerrilheiros tutsis invadem Ruanda.
Intermináveis negociações de paz foram conduzidas pela ONU, por países africanos, França e Bélgica.
Em abril de 1994, o avião em que viajava o presidente Habyarimana (hutu), foi derrubado por míssil quando retornava de
uma rodada de negociação da paz na Tanzânia. Os hutus responsabilizaram os tutsis pelo assassinato, mas suspeita-se que
líderes radicais hutus é que tenham disparado o míssil a fim de criar pretexto para massacrar os tutsis.
Milícias que atuam como braços armados de partidos políticos hutus saíram à caça de seus adversários em todo país. A
chacina foi monstruosa. Invadiram a universidade de Kigali e mataram, com tiros e golpes de facão, todos os estudantes que
estavam no campus. Os milicianos tinham listas com nomes de pessoas a serem mortas e as perseguiam até atingir os
objetivos. Aldeias inteiras foram dizimadas. Moradores de países vizinhos e observadores internacionais presenciaram cenas
horripilantes, que demonstravam um método macabro de extermínio: primeiro apareciam boiando nas correntezas dos rios os corpos
chacinados de homens e jovens, que morreram lutando para defender suas famílias; depois apareciam os corpos das mulheres e
velhos, também trucidados; por fim os corpos intactos de crianças e bebês, que foram jogados nos rios para se afogarem. Fonte: Revista
Nova Escola.Agosto: 1994, p.42/43.
1-Coloque a legenda que está sobre o país
a que se refere a informação.
- Ruanda, país em conflito étnico
- Tanzânia, país para foram a
maioria dos refugiados da guerra civil.
- Alemanha, um dos colonizadores
da Ruanda.
2- Coloque no mapa
a- O nome do continente que sofre com
conflitos étnicos por causa da colonização.
b- O nome do continente colonizador.
3- Responda no caderno 4- Relacione conceituando as palavras chave do tema
a- Qual é a capital da Ruanda?
b- O que aconteceu para que em um mês o número
de habitantes de Kigali passasse de 350 mil para 250
mil?
c- Descreva o êxodo apresentado no texto.
d- Por que um missionário que se encontrava em
Ruanda disse à revista Time: ‘Não sobraram
demônios no inferno. Eles estão todos em Ruanda’?
e- A guerra civil na Ruanda, acontece entre quais
etnias?
f- Descreva as características físicas das duas etnias
rivais.
g- O texto diz que as duas etnias viviam em paz. Que
acontecimento fez com que isso mudasse? O que
eles fizeram que despertou o ódio entre as etnias?
h- De acordo com o texto, quem conduziu as
negociações pela paz em Ruanda?
i- Explicar com suas palavras o significado de etnia,
genocídio e limpeza étnica.
(1) Fronteiras: (2) Identidade: (3) Etnia
(4) Limpeza Étnica (5) Ex: de Limpeza ética (6) Genocídio:
( ) Na segunda guerra Hitler queria ''limpar'' o mundo de Negros e judeus, etc. Na
Iugoslávia, havia varias etnias com religiões diferentes houve conflito entre elas e o
país se desmembrou. Na Ruanda, houve um conflito entre Tutsis e Hutus.
( ) Assassinato deliberado de pessoas motivado por diferenças étnicas, nacionais,
religiosas e (por vezes) políticas
( ) extermínio físico de um grupo nacional étnico ou religioso.
( ) é uma comunidade humana com afinidades lingüísticas, culturais, tribais,
religiosos, nacionais e genéticas, compartilhando território.
( ) Significa experiência de um povo, envolvendo representações simbólicas e a
relação com o outro. Identidade cultural representa os costumes, as tradições, a
língua, as formas de conviver e de viver, compartilhadas e construídas. Identidade
nacional representa movimentos que partem das bases: atributos lingüísticos,
territoriais, étnicos, religiosos e políticos-históricos. Identidade territorial são as
relações socioespaciais
( ) limite do território de um Estado. No contexto do tema pode significar
delimitações espaciais da segregação/discriminação, das resistências, dos valores,
das identidades.