1) O documento discute a importância do agronegócio brasileiro para a balança comercial do país e apresenta 100 nomes influentes no setor.
2) A revista Dinheiro Rural completa 100 edições contando histórias do agronegócio brasileiro.
3) O documento destaca breves biografias de 5 pessoas influentes no agronegócio brasileiro: Eduardo Logemann, Gustavo Grobocopatel, Eraí Maggi Scheffer, José Carlos Grubisich.
As florestas industriais e suas vantagens absolutas: geração de riquezas e di...Instituto Besc
MADEIRA 2008 - Congresso Internacional de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Indústria de Base Florestal e de Geração de Energia, 10 e 11 de Dezembro, Hotel Plaza São Rafael, Porto Alegre, RS
As florestas industriais e suas vantagens absolutas: geração de riquezas e di...Instituto Besc
MADEIRA 2008 - Congresso Internacional de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Indústria de Base Florestal e de Geração de Energia, 10 e 11 de Dezembro, Hotel Plaza São Rafael, Porto Alegre, RS
Seminário ANCP 2018 - Precocidade Sexual: Do mito à realidadeANCP Ribeirão Preto
Palestra ministrada pela Roberta Gestal de Siqueira, zootecnista e mestre em Genética e Melhoramento Animal, da Melhora + Consultoria Genética e Alta Genetics, e pesquisadora associada da ANCP, durante o 24º Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores.
Seminário ANCP 2018 - Lançamento Oficial do APP da ANCP.
As 100 personalidades mais influentes do agronegócio_Dinheiro Rural_ Ediçã…
1. EspEcial
dinheiro
RuRal
Os
nomes mais influentes do
agronegócio
Rural100_Especial_Abre.indd 2 2/1/13 4:00:40 AM
2. e não fosse o agronegócio, a
S
balança comercial do País, no
ano passado, teria um rombo
de US$ 53 bilhões. Foram os
produtores rurais e a indús-
tria ao seu redor que, ao
exportarem produtos no valor
de quase US$ 73 bilhões, deixaram as contas
DINHEIRO RURAL no azul, com um saldo positivo de
mOstRA, NEstA
st
stA US$ 17,9 bilhões, segundo o Ministério do
cENtésImA EDIçãO, Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Com
QUAIs sãO As a safra atual praticamente garantida, tudo
indica que em 2013 o campo vai assegurar mais
pERsONALIDADEs uma vez um superávit expressivo, como tem
QUE, cOm sEU ocorrido nos últimos 12 anos. Foi esse cenário
tRAbALHO cOtIDIANO,
O
Ot que levou a equipe da Dinheiro – única publi-
cRIAm A RIQUEzA DO
z
zA cação semanal de economia, negócios e finan-
ças do País – a iniciar o projeto DINHEIRO
cAmpO bRAsILEIRO E RURAL, em novembro de 2004. A ideia, colo-
tRANfORmAm O pAís
p cada em prática pela Editora Três, era abordar
Em pROtAgONIstA
ROtA
ROtt st
stA o campo como fonte de negócios e investimen-
mUNDIAL DA OfERtA
ERtA
ERtt to, por um ângulo corporativo. O projeto fun-
cionou. Somente no ano passado, a equipe de
DE gRãOs, cARNEs, jornalistas da revista viajou por 134 mil
fIbRAs E quilômetros, em reportagens por todos os
bIOcOmbUstívEIs rincões do Brasil, distância equivalente a
Por Vera Ondei e Hugo Cilo
quase três voltas e meia ao redor da Terra.
Para comemorar essa trajetória vitoriosa
estamos entregando a edição de número 100.
Nela, a revista homenageia quem faz o agro-
negócio brasileiro ser o mais pujante do
mundo. Nas 20 páginas seguintes, 100 nomes
se destacam em um universo de quatro
milhões de produtores rurais e represen-
tantes de áreas como pesquisa, governo,
empresas, instituições, cooperativas, bancos
e consultorias, nos quais DINHEIRO
RURAL se inspira todos os meses para con-
Foto: shuttErstock
tar as melhores histórias do agronegócio
brasileiro. A todos eles, segue a nossa home-
nagem. Aproveite a leitura.
2/1/13 4:00:42 AM
3. EspEcial
dinheiro
RuRal
Eduardo
Logemann
Formado em enge-
nharia mecânica,
esse empresário
agRicultuRa
gaúcho construiu
uma máquina de
fazer dinheiro nas
Em 52 milhões lavouras brasileiras.
de hectares, a Presidente da SLC
produção Agrícola, empresa
nacional de com faturamento
grãos na safra anual de mais de
2012/2013 deve R$ 1 bilhão, tornou-
se um dos maiores
Gustavo
Grobocopatel
Eraí Maggi Scheffer
chegar a 180
milhões de produtores de soja, No final dos anos 1970, depois da morte
toneladas, algodão e milho do Um aRGEnTinO do pai em um acidente, Eraí deixou o Sul e
País, produzidos em nO mínimO partiu para Mato Grosso na boleia de um
segundo a 14 fazendas nos difEREnTE. caminhão. Comprou um sítio em Juara, no
Companhia Estados de Mato aSSim é norte do Estado, com a intenção de plantar
nacional de Grosso, Mato GUSTavO
UST
USTav café. Mas percebeu logo que o futuro esta-
abastecimento Grosso do Sul, GROBOCOPaTEl,
ROBOCOPaTE
ROBOCOPa a va na soja. Em menos de duas décadas,
(Conab). Há 10 Maranhão, Bahia, dE família dE Eraí se tornou o maior sojicultor do Brasil.
anos, o Brasil ORiGEm RUSSO- O Grupo Bom Futuro, controlado por ele,
produzia 123 JUdia E HER- produz cerca de 600 mil toneladas do grão
milhões de dEiRO dE Um por ano. Além da soja, nos últimos anos
toneladas de dOS maiORES Eraí vem intensificando a produção de
grãos, em 44 GRUPOS aGRO- milho e gado para abate.
milhões de hec- alimEnTaRES
T
Ta
dO mUndO. a
tares. isso tem
um nome: pro-
lOS GROBO, COm José Carlos rífico JBS. Para o exe-
SEdE Em Grubisich cutivo, que também
dutividade. Goiás e Piauí. A CaRlOS cria gado nelore no
Enquanto a produtividade de CaSaRES, na O executivo José Estado, plantar euca-
área plantada suas fazendas de PROvínCia dE Carlos Grubisich lipto, desenvolver tec-
aumentou ao milho no Centro- BUEnOS aiRES, comanda a nologia e fazer parce-
redor de 20%, Oeste é quase o tri- na aRGEnTina, rias com agricultores
a produção plo da média nacio- é O maiOR PRO- faz parte do desafio
cresceu 50%. nal. A SLC Agrícola dUTOR dE TRiGO para consolidar a
Graças a esse é uma das raras dO PaíS E O
P empresa como a maior
desempenho empresas do agro- SEGUndO dE fabricante de celulose
negócio com ações SOJa. nO de fibra curta do
extraordinário
negociadas na BRaSil, aO vES- mundo. Ex-presidente
nas lavouras, o da ETH, braço na pro-
Bolsa de Valores de TiR a CamiSa
País passou de São Paulo. vERdE-amaRE- dução de etanol do
importador de la, GUSTavO SE
UST
USTav Eldorado Brasil, a grupo baiano
alimentos a um TORnOU Um megaempresa de Odebrecht, Grubisich
dos principais RESPEiTadO
T
Tad celulose de Três está à frente de um
produtores e PROdUTOR dE lagoas, em mato ambicioso projeto que
exportadores SOJa naS REGi- Grosso do Sul, con- já consumiu investi-
mundiais. õES nORTE E trolada pela holding mentos da ordem de
CEnTRO-OESTE. J&f, dona do frigo-
f
f, R$ 6 bilhões.
34 dinHEiRO RURal/100-fEvEREiRO-2013
Rural100_Especial_parte1.indd 2 2/1/13 4:07:49 AM
4. César Borges
Emerson Tenório o empresário césar
borges, sócio e vice- Blairo Maggi
Seu nome é sinônimo presidente da Walter Horita
de coco. No comando caramuru alimentos, Poucos empresários
da Sococo, o empre- de itumbiara (go) – rurais conseguiram maior rEfErência
sário é responsável empresa nacional lapidar sua imagem Em cultiVo dE
por envasar quase que disputa mercado tão bem como Blairo algodão na
60% da água da com gigantes como Maggi, um dos maio- bahia, o
fruta produzida no bunge e cargill – é res produtores de agricultor
País. Fundada por um dos maiores soja do mundo. Em paranaEnsE
ele, em Maceió, em empreendedores do 2006, quando era WaltEr horita é
1966, a Sococo man- Otaviano Pivetta universo da soja. governador de Mato hErdEiro dE uma
tém a maior fazenda administrada a qua- Grosso, recebeu o família pionEira
de coco no mundo, Ex-dEputado tro mãos com o prêmio Motosserra dE japonEsEs quE
em Moju, no Pará. A Estadual pElo pdt irmão mais novo de Ouro, do introduziram o
lavoura de 1,5 E atual prEfEito alberto, a caramuru, Greenpeace, por ser cultiVo da fibra
milhão de coqueiros da cidadE dE fundada pelo pai, em o brasileiro que mais no Estado, Em
produziu no ano pas- lucas do rio 1964, em maringá contribuiu para a 1984. À frEntE dE
sado cerca de 100 VErdE, o mato- (pr), nasceu nego- devastação da flores- um grupo quE
milhões de frutas. grossEnsE ciando apenas com- ta. Quatro anos fatura r$ 245
otaViano piVEtta é
ta
taV modities, como soja depois, em 2010, os milhõEs por ano,
um dos e milho. hoje, aposta líderes do Greenpe- ElE já foi
pErsonagEns num portfólio diversi- ace o presentearam prEsidEntE da
mais com uma caixa de associação dos
rEconhEcidos do bombons de cupua- produtorEs
agronEgócio çu, fruto de uma baianos dE
brasilEiro. como árvore da Amazônia algodão por dois
sócio majoritário brasileira. Maggi foi mandatos.
da Vanguarda premiado pelo
agro, rEsultado sucesso do programa
da fusão EntrE a MT Legal, que cadas-
João Faria da Silva maEda E a brasil trou 20 milhões de
EcodiEsEl, ElE ficado de atividades hectares de proprie-
Depois de plantar 18 comandou aquEla e produtos, que vão dades, cerca de 50%
milhões de pés de quE já foi de biodiesel a deriva- da área de produção
café na fazenda uma das maiorEs dos de grãos, entre de todo Mato Grosso
Samambaia, em produtoras dE eles farináceos e até o ano de 2011.
Alfenas (MG), e em biodiEsEl do país.
p cereais que com- No conselho do “somos compEti-
outras seis fazendas, com fazEndas quE põem a linha da grupo Amaggi, um tiVos hojE, pEla
o empresário paulista Vão dE minas marca sinhá, distri- colosso de US$ 4 alta qualidadE
João Faria da Silva se gErais ao cEará, buída no varejo. bilhões de receitas alcançada nas
tornou o maior produ- sua EmprEsa é anuais e interesses la
laVouras”, diz
tor do grão, no mundo. hojE uma das na agricultura, ener- horita.
Agora, ele quer tam- principais gia, exportação e
bém ser um dos maio- produtoras navegação, o ex-
res exportadores. brasilEiras dE governador do
Chefe da terceira soja, milho E Estado, e atual sena-
geração de uma famí-
famí algodão. dor da República
lia de cafeicultores, (PR-MT), passou de
João Faria colhe 180 desmatador a
mil sacas por ano. ambientalista.
diNheiro rurAl/100-Fevereiro-2013 35
2/1/13 4:09:22 AM
5. EspEcial
dinheiro
RuRal
Glauber Silveira
Alceu Dalle Molle Aloysio Faria CoM uMA
ColheitA
olheit
olheitA
Nascido em Caxias segundo a revista eStiMAdA eM
do Sul, a capital americana Forbes, 84 MilhõeS de
nacional da uva, aloysio faria, dono do toNelAdAS, o
Alceu dalle Molle se banco alfa, é dono da BrASil Pode
tornou um expert oitava maior fortuna Se torNAr
em vinhos, nas últi- do país, calculada em NeSte ANo o Robério Silva
mas décadas. ele us$ 4,2 bilhões. o MAior Produ-
Luiz Alexandre começou sua trajetó- banqueiro, fundador tor MuNdiAl minEiro dE pEdra
Garcia ria em uma pequena do banco real, vendi- de SojA, SuPe- azul, no ValE do
propriedade, mas do para o holandês jEquitinhonha,
cEo do grupo algar, acumulou experiên- abn amro por us$ robério silVa é uma
ilVa
ilV
V
com negócios nas cia em grandes coo- 2,1 bilhões, em 1998, unanimidadE quan-
áreas de telecomuni- perativas gaúchas. tem um pé no agrone- do o assunto é
cações, agricultura, hoje na presidência gócio, há 30 anos. no café. os conhEci-
tecnologia, aviação e do instituto pará, aloysio criou a mEntos E a opinião
turismo, com fatura- Brasileiro do vinho,
v agropalma para dE silVa, quE tam-
ilVa,
ilV
V
mento de r$ 3,2 Molle diz que sua extrair óleo de palma bém é produtor,
bilhões, luiz principal missão é – ou o popular dendê intErEssam a muita
alexandre garcia promover a bebida –, utilizado na indús- rANdo oS gEntE. hojE ElE é
pertence a uma no Brasil e no tria alimentícia. faria eStAdoS
t
tA dirEtor-ExEcutiVo
linhagem de homens exterior. já aplicou cerca de uNidoS. da organização
de negócios que us$ 250 milhões na GlAuBer intErnacional do
começou com seu produção desse óleo. SilveirA, café (oic), organi-
avô, alexandrino com 107 mil hectares AGriCultor e zação intErgoVEr-
garcia, fundador da de terras, cultivo de PreSideNte namEntal formada
primeira empresa, há 39 mil hectares e refi- dA por 77 paísEs pro-
57 anos. sob o no de 320 toneladas ASSoCiAção dutorEs dE café,
comando de garcia, de óleo por dia, a BrASileirA rEsponsáVEl por
a algar agro, braço empresa se tornou a doS dEfEndEr os intE-
no agronegócio do maior da américa ProdutoreS rEssEs do sEtor
algar, inaugurou, no latina no setor e a de SojA, FAz no mundo. os paí-
s paí
ano passado, sua Carlo Lovatelli 11ª no mundo. PArte de uMA sEs-mEmbros da
primeira refinaria e SAFrA de oic rEspondEm por
envase de óleo de Carlo Lovatelli, presi- joveNS lide- 97% da produção
soja no nordeste. na dente da Associação rANçAS No global dE café E
unidade de porto Brasileira das P
PAíS que vêM por 80% do consu-
franco, no maran- Indústrias de Óleos GANhANdo mo do
hão, foram investidos Vegetais, aos 67 voz eM teMAS grão Em todo o
r$ 70 milhões. o anos, já passou por que vão de planEta.
atual desafio do exe- várias empresas, queStõeS
cutivo é fazer parce- entre elas a Bunge SANitáriAS A
rias com produtores, Alimentos. Hoje na PolítiCAS.
para que o seu em- Abiove ele é a voz “PreCiSAMoS
preendimento possa que fala em nome AProveitAr”,
roveit
roveitA
colocar no mercado de 12 empresas do diz SilveirA.
5,5 milhões de cai- setor, responsáveis “eStAMoS NA
t
tAM
xas de óleo por ano. por mais de 70% déCAdA dA
da soja processada SojA BrASi-
no País. leirA.”
36 diNheiro rurAl/100-Fevereiro-2013
Rural100_Especial_parte1.indd 4 2/1/13 4:09:32 AM
6. Augusto Oliveira José Antônio Fay
Júnior
coubE a josé
o executivo augusto antônio fay
f
oliveira júnior é a figu- comandar até aqui
ra pública do grupo PecuáRia/ a brf, criada Em
brf
gaúcho josapar, presi- PRoteína 2009 com a fusão
animal
dido por seu irmão da pErdigão E
luciano adures de sadia, num longo
oliveira. mas podem o País é hoje procEsso dE
chamá-lo de tio joão, um dos maio- ajustEs. a EmprEsa
marca do arroz que res produto- quE atua nos
levou fama à empresa res, consumi- sEgmEntos dE
dores e expor-
expor carnEs, alimEntos
Alysson Paulinelli tadores de industrializados E
láctEos, E tEm
proteína ani-
Ex-ministro da Agricultura, Paulinelli é um mal no mundo. faturamEnto
aficionado por competitividade. Sua passa- do campo líquido na casa
gem pelo governo, entre 1974 e 1979, no
governo do general Ernesto Geisel, rendeu a saem 13
consolidação da Embrapa como a grande milhões de
impulsionadora da pesquisa no agronegócio. toneladas de
Em sua gestão foram criadas ou reformadas e fez dela sinônimo de frango, quase
25 das 47 unidades da Embrapa, entre as qualidade. todas as
t nove milhões
quais os seis centros de pesquisa da vezes que há um even- de toneladas
Amazônia. Inquieto por natureza, aos 75 to, é oliveira júnior de carne bovi-
anos, Paulinelli divide seu tempo entre sua quem sai explicando o na e três
fazenda e a missão de transformar o milho que acontece. a atual milhões de dos r$ 26 bilhõEs,
em uma commodity de maior peso nas missão do executivo é toneladas de quEr agora
exportações. “Somente a China vai importar orientar investimentos suínos. A pro- dEslanchar no
140 milhões de toneladas dentro de uma da ordem de r$ 70 mErcado intErno E
dução leiteira
década”, diz Paulinelli, que preside a milhões por ano para sEr uma marca
Associação Brasileira dos Produtores de fomentar a parceria de 32 bilhões rEconhEcida E
com os produtores e de litros, ainda associada aos
garantir grãos de quali- é deficitária, sEus dois fortEs
José Luis Cutrale doras de laranja do dade para os voos da mas o País nomEs dE origEm.
mundo, a Cutrale, empresa, que no pas- tem potencial somEntE nEstE ano,
representante da sinônimo do suco da sado recente foi pro- para chegar a brf Vai inVEstir
V
terceira geração fruta no Brasil. um prietária da maior rede em 2020 com r$ 2 bilhõEs Em
familiar à frente de cada três copos de supermercados do 50 bilhões de instalaçõEs E
consumidos no sul do país, a real, litros produzi- EquipamEntos nas
mundo saem das hoje integrada na ame- dos. o mundo suas unidadEs dE
fábricas da Cutrale, ricana Walmart. produção.
demanda e
em Araraquara, no
interior paulista.
espera por
Atualmente, a isso: o consu-
Cutrale, que opera mo global já
unidades industriais passa de 600
nos estados unidos, bilhões de
do negócio, josé exporta para 90 paí- litros de leite,
luis Cutrale ses e mantém mais por ano, e só
comanda uma das de 15 mil empregos cresce.
maiores processa- diretos.
diNheiro rurAl/100-Fevereiro-2013 37
2/1/13 4:09:40 AM
7. EspEcial
dinheiro
RuRal
Paulo de Castro
Marques Silvia Morgulis
A parte mais visível A veteriNáriA
do empresário do e PeCuAriStAt
tA
setor farmacêutico SilviA
Paulo de Castro MorGuliS é A
Marques é o posto A
AtuAl PreSi-
que ocupa como deNte do Carlos Viacava
pecuarista, o de pre- NúCleo
sidente da FeMiNiNo do em uma roda de
Associação Brasileira AGroNeGóCio pecuaristas são pou-
de Angus. Essa vitri- (NFA), NoMe de cos aqueles que não
ne tem um motivo. BA
BAtiSMo do param para ouvir o
Em razão de seu tra-
balho, Marques foi
GruPo que NAS-
Ceu No FiM de
Joesley Batista que tem a dizer
Carlos viacava,
v
reeleito, no final de 2010 e que Numa batalha, “a estratégia é uma econo- criador de gado
2012, para um man- reúNe 23 mia de forças”, pregava no século 17 o nelore mocho no
dato de mais dois MulhereS que general alemão Karl von Clausewitz. Mas, interior de São
anos à frente do lidAM CoM para os irmãos Batista – José, Wesley e Paulo, que já foi
grupo de 420 criado- GAdo. elAS Joesley –, herdeiros do grupo goiano JBS, a presidente por dois
res da raça, respon- FAzeM PArte lição serve ainda hoje. Na divisão de tare- mandatos da
sáveis por um dos de uMA NovA
ov
ovA fas, coube a Joesley o papel de estrategis- Associação de
GerAção de ta para multiplicar os negócios da família. Criadores de Nelore
FAzeNdeirAS Presidente da holding J&F, hoje ele coman- do Brasil (ACNB).
que ColoCAM A da um grupo que fatura R$ 70 bilhões por Na gestão de
Mão NA MASSA e ano com a venda de carnes, lácteos, celu- v
viacava, a ACNB
CoMANdAM Pro- lose, produtos de higiene e limpeza, além criou a marca
PriedAdeS que de banco e financeira. Nelore Natural,
ABriGAM de referência em proje-
reBANhoS de to de valorização da
Seleção A MAiS Jonas Barcellos ding que aluga máqui- carne de zebu, hoje
programas de quali- de 70 Mil ANi- nas pesadas e faz a com a Seara, do
dade de carne mais MAiS NoS PAS- jonas Barcellos, da gestão de fundos de Grupo Marfrig. “Se
importantes do País, toS. NoS últi- fazenda Mata velha,
v investimentos, é ser a gente olhar o que
o Angus Carne MoS teMPoS, em uberaba (MG), um dos ícones na cria- aconteceu no Brasil
Certificada, que tem SilviA teM Sido é um nome polêmico ção de gado de elite. A nos últimos 20 anos,
como parceiros o fri- CoNStANteMeN-
t
tAN menos visível – e a verá que foi uma
gorífico Marfrig, a te CoNvidAdA que hoje tem provoca- revolução”, diz
rede de supermerca- A MoStrAr do maior curiosidade v
viacava. “o Brasil
dos Zaffari e a CoMo elAS no setor – é criar em não exportava
cadeia de lanchone- eStão CoNSe- suas fazendas em São carne. hoje somos
tes McDonald’s, na GuiNdo AdMi- Paulo e Mato Grosso líderes no mercado
venda de 370 mil NiStrAr eSSAS nelore de campo, usan- mundial.”
quilos de carne por ProPriedAdeS. do biotecnologias que
mês “De cada cinco aceleram a produção
bezerros que nascem na pecuária. elite de carne por hectare.
de cruzamento ou pasto? eis a “quem disse que o
industrial com nelo- questão. A fachada nelore não é uma
re, quatro são de ainda mais visível máquina versátil?”,
angus”, diz Castro de Barcellos, indaga Barcellos.
Marques.” Esse é o comandante do
caminho da carne. Grupo Brasif, hol-
38 diNheiro rurAl/100-Fevereiro-2013
Rural100_Especial_parte1.indd 6 2/1/13 4:09:45 AM
8. Jovelino Carvalho Ovídio Carlos Marcos Molina
Mineiro Filho de Brito
Comerciante de
mEstrE Em Econo- Juan Carlos o produtor ovídio carne desde os 16
mia E doutor Em Marroquín Cuesta carlos de brito é anos, idade em que
sociologia pEla avesso aos refletores, deixou o açougue do
sorbonnE, Em desde 1º de janeiro, o mas quem quiser pai em Mogi-Guaçu,
p
paris, ondE foi executivo guatemalteco conversar sobre gené- no interior paulista,
aluno do Ex-prEsi- marroquín cuesta, ex- tica bovina, óleo de Marcos Molina é,
presidente da subsidiá- palma ou borracha essencialmente, um
ria mexicana, comanda natural, é só fazer o vendedor. hoje, aos
a nestlé brasil. sua mis- 42 anos, ele é o
são é levar a empresa a maior acionista e
faturar r$ 35 bilhões atual Ceo do
em 2015, no país, com Grupo Marfrig, que
as vendas de 140 mar-
mar Marcus Vinícius fatura próximo de
cas e mais de 2,4 mil Pratini de Moraes r$ 30 bilhões com a
produtos. no setor de venda de carnes e
dEntE fErnando lácteos, a empresa O gaúcho Pratini de lácteos no País e no
hEnriquE cardoso, capta 2,2 bilhões de Moraes, hoje diretor exterior. A última
joVElino minEiro litros por ano, de seis convite que a respos- do Conselho de ideia colocada no
carValho filho sE
V
Valho mil produtores. ta será sim. nessas Administração do balcão por Molina
tornou um pEcua- ocasiões ele não grupo JBS, passou diz respeito a ele
rista dE Visão. Em nega uma boa infor- pelo Ministério da próprio. No final do
2003, ao fEchar mação. na pecuária, Indústria e Comércio, ano passado, Molina
uma parcEria com ninguém vende mais e Minas e Energia, anunciou que em
a uniVErsidadE dE reprodutores do que durante o regime
campinas, foi o pio- ele no país. todos os
t militar. Mas foi no da
nEiro no país no
p anos saem de sua Agricultura, e depois
dEsVEndamEnto do fazenda em pontes e na Associação
gEnoma do boi lacerda (mt) mais de Brasileira da
nElorE, mapEamEn- 1 mil touros das Indústria Exportadora
to quE pErmitiu Sergio Ferraz raças nelore mocho e de Carne, que ele fez
idEntificar, atraVés
ntificar, atra Ribeiro Filho brahman. nessa a diferença. Adepto
dE marcadorEs fazenda, ele também do marketing direto
molEcularEs, quais Neto do rei do leite, tem 1 milhão de pés para mostrar do que 2014 passará a pre-
gEnEs transmitEm olavo Barbosa, de seringueira que o País é capaz, sidência do grupo
caractErísticas dE falecido no ano produzem látex para Pratini chegou a para o economista e
importância Econô- passado, Sergio gigantes, como pirelli, organizar 180 chur- ex-presidente da
mica para a produ- Ferraz ribeiro goodyear e rascos no Exterior, Cargill, Sérgio rial.
ção dE carnE. no Filho, é sucessor do bridgestone. no pará entre 2002 e 2008. Molina permanecerá
próximo ano, avô no comando da está o cultivo de Em Roma, recebeu à frente do Conselho
joVElino minEiro, fazenda de palma. brito é sócio embaixadores do de Administração
como é mais Guaxupé, no sul de da denpasa, empresa papa; em Paris seis do Marfrig, mas, a
conhEcido, complE- Minas Gerais. A sua que além de produzir mil convidados devo- partir daí, como for-
for
tará quatro déca- produção de mais óleo é parceira da raram uma tonelada mulador e vendedor
das dE criação dE de dois milhões de Embrapa em pesqui- de picanha no de estratégias.
nElorE, Em fazEn- litros de leite por sas no setor. Palácio do Eliseu. “Já
das dE são paulo E
p mês, parte vendido passou a época em
minas gErais. com a marca que os americanos
Fazenda Bela vista,
v sustentavam o preço
é a de maior de uma commodity”,
prestígio no País. diz Pratini.
diNheiro rurAl/100-Fevereiro-2013 39
2/1/13 4:09:50 AM
9. EspEcial
dinheiro
RuRal
Antônio Maurício Tonhá
Camardelli Eduardo Biagi
BAiANo AGitA-
it
itA
t
todas as vezes que Eduardo Biagi tem do e ArretA-
rret
rretA
acontece algum um pé em cada do: ASSiM CoS-
evento no setor de canoa. Um está no tuMA Ser
exportação de carne interior paulista, onde deFiNido
bovina – como o comanda o grupo MAuríCio
Mauro Lúcio de caso da vaca louca Pedra Agroindustrial, toNhá, o doNo Alexandre Negrão
Castro Costa no final de 2012 –, que processa por ano dA leiloeirA
A
antônio camardelli, 7,5 milhões de tone- eStâNCiA “uma fábrica de pro-
o município dE presidente da ladas de cana-de- BAhiA, de dutos que o frigorífi-
p
paragominas, no associação brasileira açúcar. O outro pé áGuA BoA, eM
A co quer”, assim defi-
p
pará, quE já foi o da indústria está em Mato Grosso, ne a sua pecuária o
campEão nacional Exportadora de onde cria nelore há confinador de gado
dE dEsmatamEnto, carne, é chamado a 42 anos. De quebra, alexandre negrão, ou
tEm uma lição a dar sua versão dos desde 2010, é o pre- xandy, como é
dar: é possíVEl
possí fatos. camardelli é o sidente da ABCZ, a conhecido o piloto
rEVErtEr Essa situa- porta-voz de um maior entidade de de carros de corrida
ção E ainda sair setor que, no ano pecuária zebuína do e ex-dono do labora-
ganhando. o pEcua- passado, vendeu 1,2 mundo. tório farmacêutico
rista mauro lúcio milhão de toneladas medley. negrão man-
dE castro costa de carne, por us$ MAto GroSSo,
A
Ato tém em nova crixás,
tomou para si EssE 5,7 bilhões. “somos que tAMBéM é
t goiás, a maior estru-
dEsafio, Em 2008, E os maiores, mas o FAzeNdeiro e tura física para confi-
transformou sua ano poderia ter sido CoNFiNAdor. nar bois no país, com
fazEnda Em um ainda melhor”, diz há 12 ANoS, capacidade para
laboratório, no camardelli, encarre- toNhá Criou engordar mais de 70
mEio da florEsta gado de mostrar ao o MeGAleilão mil animais por ano.
amazônica, para mundo do que a de GAdo sua fazenda, a con-
multiplicar o projE- indústria frigorífica CoMerCiAl forto, se tornou refe-
to pEcuária VErdE, brasileira é capaz. há Marcos Jank que levA o
levA rência em gestão, ao
criado pElo sindica- pouco mais de uma NoMe dA adotar metas de pro-
to local, quE prEsi- década, a carne do ele nasceu pecuaris- eMPreSA, e dutividade e redução
dE. no ano passado, país não interessava ta e se fez agrônomo que é reAli- de custos semelhan-
p
paragominas rEcE- aos fóruns interna- em 1984. Mas a zAdo uMA vez
MA tes às de grandes
bEu o título dE cionais sobre comér- fazenda Agrindus, Por ANo. hoje, empresas industriais.
município VErdE, cio. para 2020, no interior paulista, o eveNto é o Em goiás, são raros
concEdido pElo porém, o plano é ficou pequena de- MAior do os eventos voltados
ministério do mEio suprir 45% do mer- mais. Marcos jank, MuNdo No aos pecuaristas, que
ambiEntE, ao sE tor- cado mundial. um dos mais requisi- GêNero e já não tomam a con-
nar o primEiro da tados palestrantes veNdeu MAiS forto como modelo
rEgião nortE a sair do País, se tornou de uM Milhão a ser seguido.
da lista do dEsmata- professor de univer-
univer de ANiMAiS
mEnto. “aos poucos
nto. “ sidade e fundou um PArA eNGor-
A
Estamos mostrando instituto de pesquisa dA. “NA PeCu-
quE é possíVEl
possí em 2003, o icone. áriA iNteNSi-
A
aumEntar a produti- Seu posto mais rele- v
vA, quANtidA-
VidadE E mantEr a vante nos últimos de e quAlidA-
florEsta Em pé”, diz anos foi o de presi- de deveM
castro costa. dente da união da ANdAr No
indústria da Cana- MeSMo
de-Açúcar (unica). PASSo”, diz.
40 diNheiro rurAl/100-Fevereiro-2013
Rural100_Especial_parte1.indd 8 2/1/13 4:09:54 AM
10. Paulo Horto Ivan Zurita
Paulo horto, o dono iV
iVan zurita
da maior leiloeira de trabalhou na
gado do País, a Pedro de Camargo nEstlé por 39
Programa leilões, Neto anos, 11 dos quais
de londrina (Pr), À frEntE da
conseguiu transfor-
transfor Engenheiro por subsidiária
mar esse tipo de formação e brasilEira da
venda num negócio pecuarista por multinacional
de cifras milionárias. profissão, Pedro de suíça. além dE
Animais acima de Camargo Neto é um ExEcutiVo, zurita
r$ 1 milhão são pre- dos maiores tEm um pé no
estudiosos em agronEgócio E o
Gabriel Donato de Andrade questões agrícolas
do País. Ele já foi
mérito dE sEr o
primEiro
Além de ser um dos fundadores da constru- presidente da sElEcionador dE
tora Andrade Gutierrez, uma das maiores Sociedade Rural gado simEntal a
empreiteiras do País, Andrade também é Brasileira e ajudou a
um marco na criação de gado leiteiro. Não fundar, na década de
há como dissociar seu nome da raça gir lei- 1990, o Fundo de
teira. Criador dessa raça há 51 anos, Desenvolvimento da
Andrade nadava contra a corrente quando senças frequentes Pecuária de São
todos apostavam nas raças europeias para nos eventos que Paulo, a primeira
produzir leite no País. “O gir leiteiro sempre organiza. Mas horto entidade privada a
foi uma boa opção para o ambiente tropi- também movimenta realizar ações no
cal, como é o caso da maior parte do um outro mercado combate à febre
Brasil”, diz. Hoje, aos 87 anos, ninguém milionário, o de ani- aftosa, em parceria inVEstir na
duvida do que ele tem falado durante toda mais de produção. com o serviço gEnética sul-
a sua vida. A fazenda em Arcos (MG) é um No ano passado, sua público. Hoje à africana, a partir
cartão de visita para quem quiser conferir. empresa interme- frente da Associação dE mEados da
diou a venda de Brasileira da década dE 1990.
quase 16 mil touros, Indústria Produtora EssE gado é mais
Jorge Rubez brasil, associação que pela média de r$ 7 e Exportadora de rústico quE os dE
reúne os produtores do mil. “Mesmo que a Carne Suína, origEm EuropEia E
a produção de leite país, pode ser colocado economia ande deva- Camargo Neto mais adaptado aos
no brasil, estimada no time dos obstinados. gar, o pecuarista que comemora os trópicos. no
em 32 bilhões de para ele, o brasil está não perde o foco de resultados de um intErior dE são
destinado a ser um dos que gado é uma ati- setor que tem p
paulo, zurita
maiores produtores de vidade de ciclo longo, crescido sem parar mantém um
leite do mundo, mas investe no futuro”, nos últimos anos. Em rEbanho dE 400
precisa vencer barreiras. diz horto. 2012, as animais como
”para crescer, as exportações banco gEnético,
propriedades devem avançaram 20%, além dE mil
administrar com rigor os somando US$ 1,8 nElorEs puros E a
custos e a mão de obra, bilhão. “Queremos prEtEnsão dE
um item que está se mais”, diz. “A meta transformar sEu
litros por ano, é um tornando escasso no agora é conquistar o trabalho Em uma
terço do que gado de leite”, diz mercado do Japão, grandE marca dE
produzem os rubez. que compra 1,2 carnE.
Estados unidos. milhão de toneladas
jorge rubez, de carne suína por
presidente da leite ano”, diz.
diNheiro rurAl/100-Fevereiro-2013 41
2/1/13 4:09:57 AM
11. EspEcial
dinheiro
RuRal
Francisco Turra
Ministro da
Agricultura no final
PRoteção de
do governo do ex- cultivos/
Pedro Furlan presidente Fernando animais,
Henrique Cardoso, o feRtilizantes
e insumos
pEdro furlan, bis- advogado Francisco
nEto dE attilio
E
Eto a Turra está à frente
fontana, fundador da União Brasileira Na década de
da sadia, podEria de Avicultura 1970, cada
sEr o quE quisEs- (Ubabef) desde produtor
sE na Vida, traba- 2008. No ano passa- rural do País
lhando Em gran- do, o setor produziu era capaz de
dEs EmprEsas na
cidadE. mas ElE
12,6 milhões de
toneladas de frango
alimentar 73 Dalton Dias Heringer
pessoas.
EscolhEu criar hoje, essa Filho de cafeicultores de Minas Gerais, o
pEixEs da amazônia,
relação é de agrônomo Dalton Dias Heringer, hoje com 74
como o surubim E anos de idade, começou a vida empacotando
o tambaqui, Em
quase 160 adubo e transformou a Fertilizantes Heringer,
mato grosso. Em pessoas. o com sede em Viana, no Espírito Santo, em
2006, criou a natiV aumento da referência no agronegócio. Ainda hoje é pos-
– pEscados amazô- produtividade sível encontrá-lo às voltas com agricultores,
nicos, Em sorriso, de lavouras e conversando sobre o seu assunto predileto, o
um dos municípios rebanhos foi campo. Em 2004, ele abriu um centro de
quE mais produ- e se manteve como possível base- eventos, no qual chega a receber 800 pesso-
zEm grãos no país.
p o maior exportador ado na evolu- as por vez, de governador de Estado a peão
o frigorífico da mundial e terceiro ção da prote- boiadeiro. “Cuidar da terra é a chave para
natiV podE abatEr
V maior produtor, ção de culti- não abrir novas áreas de cultivo”, diz.
até 22 tonEladas atrás de Estados vos e na utili-
dE pEixE por dia. a Unidos e China.
zação de fer-
Turra tem usado sua
tilizantes e
Ramiro De da dow AgroScienses
experiência como La Cruz Brasil, a partir de
político e como ex- insumos cada 2011. Ao assumir o
ministro para ala- vez melhores. “Para hoje, ou hoy” comando da multina-
vancar as vendas Nas mãos das é a frase predileta cional, que fatura no
externas. “Queremos empresas do do agrônomo mundo mais de uS$ 5
mais da China”, diz setor está bilhões por ano, de la
ele, de olho também parte dos Cruz mirou um alvo
em novos mercados, desafios para que não sai de seu
produção VErtica- como Indonésia, fazer do agro- radar: manter o Brasil
lizada, quE Vai dos
V Malásia e negócio um como a principal refe-
alEVinos ao comér- Paquistão. rência da companhia.
gestor com-
cio no VarEjo, tEm
V E No foco está o merca-
colocado a EmprE-
petente de do de sementes de
sa como modElo a produtos que milho, a cultura que
sEr sEguido. “a pis-
guido. “ podem elevar colombiano, de tem se tornado uma
cicultura ainda Vai
V a produtivi- alma verde-amare- promessa de destaque
crEscEr como dade no la, ramiro de la global para o País. “o
ocorrEu com o campo e ao Cruz, funcionário mercado de sementes
frango a partir da mesmo tempo da americana dow cresce três vezes mais
década dE 1970”, protegê-lo. química, desde que o de agroquími-
diz furlan. 1988, e presidente cos”, diz de la Cruz.
42 diNheiro rurAl/100-Fevereiro-2013
Rural100_Especial_parte1.indd 10 2/1/13 4:10:02 AM
12. Mário
Jorge Matsuda Lanznaster
Presidente do Grupo À frEntE da
E
Matsuda, com sede coopErcEntral
em álvares Machado aurora, dE
(SP), uma das maio- cooPeRativas
chapEcó (sc)
res empresas de dEsdE 2007, o
E
venda de sementes nomE dE mário
E
para pastagens no André Dias Laércio Giampani em 2012, as l
lanznastEr é uma
País, o economista de cooperativas unanimidadE no
E
fala mansa foi eleito NAS duAS desde 2005, a rotina faturaram coopEratiVismo,
por unanimidade últiMAS déCA- do agrônomo laércio quase uS$ 6 como administra-
presidente da dAS, o eNGe- giampani inclui os dois bilhões com dor compEtEntE.
E
Et
Associação Brasileira Nheiro ANdré lados da porteira. de exportações, o sob sua coordEna-
das indústrias de diAS, ForMAdo um lado, giampani vive segundo ção, a aurora
Suplementos No iNStituto de botas cultivando melhor resul- rEúnE 13 coopEra-
E
Minerais. A entidade teCNolóGiCo café no sul de minas tiVas filiadas E
V
Vas
tado de sua
reúne 13 empresas dA gerais. do outro lado, mais dE 70 mil
E
do setor, donas de AeroNáutiCA, de terno e gravata, ele
história. os associados, rEs-
80% do mercado Foi uM NoMe comanda a syngenta destaques ponsáVEis pElo
nacional. CoNStANte NA
t
tAN do brasil, a segunda foram o açú- abatE diário dE 600
E
equiPe dA principal operação car, o café em mil frangos E 14
AMeriCANA mundial da multinacio- grão e a carne mil suínos. ElE atri-
E
MoNSANto. A nal americana dedica- de frango, bui o sucEsso À
dediCAção o da à proteção de culti- todos com frEntE da aurora À
E
levou à Pre- vos e sementes. de uma participa- sua longa ExpEri-
E
SidêNCiA dA quebra, nos últimos ção individual ência no campo –
SuBSidiáriA seis anos, ele vem superior a agrônomo dE for-
E
BrASileirA representando os inte- 10% do vendi- mação, há mais dE
Por quAtro
A
Atro resses de cerca de 50 30 anos inVEstE naE
do lá fora pelo
ANoS. No MêS empresas do setor. por suinocultura E na
Jorge Espanha PASSAdo, diAS duas gestões consecu- setor. “Nas produção dE
Foi AlçAdo A tivas, giampani foi regiões do milho, fEijão, soja E
Depois de permanecer uMA PoSição País em que o trigo. Essa ExpEri-
E
por mais de uma déca- GloBAl GrA- cooperativis- ência é Vital no
da no Exterior, em çAS à viSiBili- mo está adian- diálogo com os
2005, o zootecnista dAde de Seu tado, ele se coopEratiVados E
V
Vados
Jorge Espanha assumiu trABAlho No equipara aos na Elaboração das
o comando da ameri- P
PAíS. o BrASi- melhores do políticas da
cana Pfizer Saúde leiro vAi
v mundo”, diz o aurora. “tudo
Animal no País. A prin- CoMANdAr ex-ministro da passa pEla Valori-
V
cipal característica do uMA equiPe zação do produ-
Agricultura
executivo é o gosto MuNdiAl dA escolhido para ser o tor”, diz.
pelas parcerias e pelas
roberto
MoNSANto, presidente do sindicato
aquisições. Sob seu CoM FoCo eM nacional da indústria rodrigues,
comando, a Pfizer quAlidAde, de produtos para que já foi pre-
incorporou três empre- CuSto, SeGu- defesa agrícola sidente da
sas do setor, entre elas rANçA, Meio (sindag). organização
a Fort Dodge. “Até AMBieNte e das
2017 queremos movi- SuSteNtABili-
t
tAB Cooperativas
mentar R$ 1 bilhão dAde. Brasileiras.
por ano”, diz.
diNheiro rurAl/100-Fevereiro-2013 43
2/1/13 4:10:09 AM
13. EspEcial
dinheiro
RuRal
Antonio Chavaglia José Aroldo
Irecy Ozelame Gallassini
Receber o ministro da
Em 2012, aos 72 Agricultura e secretários AOS 68 AnOS, O
anos, Irecy Ozelame de Estado faz parte das AGRônOmO
assumiu o conselho atribuições de Antonio cAtARInEnSE
AtARI
At
t
de administração da Chavaglia à frente da JOSé AROldO
Vinícola Aurora, em Cooperativa Mista dos GAllASSInI é
Jorge Karl Bento Gonçalves Produtores Rurais do um mItO dO
(RS), líder na venda Sudoeste Goiano AGROnEGócIO.
QuANdo SE fAlA EM
f l de vinhos no País. (Comigo), em Rio Verde, O HOmEm dE
CERVE
CERVEjA, CAdA uM TEM Hoje, o que ele mais há 37 anos. As visitas f
fAlA tRAnquI Geraldo Diniz
uM GoSTo. uNS PRE-
ST
STo. faz é mostrar o tra anuais acontecem lA E JEItO SIm Junqueira
fEREM AS MAiS AMAR- balho para se man durante a Tecnoshow
GAS, ouTRoS AS MAiS ter à frente da con Comigo, a mais impor- Um dos fundadores da
doCES. AlGuNS ESCo- corrência. Para ele, tante feira de tecnolo- Cooperativa Agrícola
lhEM AS ESCuRAS, o mundo ainda vai gia do Estado para de Orlândia (Carol),
ouTRoS AS AVERME- beber muito vinho mostrar as novidades de Orlândia, na região
lhAdAS. MAS joRGE brasileiro. Em 2012, do campo no setor de Ribeirão Preto
K
KARl Não TEM PREfE- a cooperativa expor
expor industrial, de pesquisa (SP), o agrônomo
RêNCiA. À fRENTE dA tou 57 mil garrafas e e de animais. No res- Geraldo Diniz
CooPERATiVA AGRáRiA, neste ano, quer ven tante do ano, Chavaglia, Junqueira é um dos
EM GuARAPuAVA (PR), der três vezes mais. um dos mais longevos PlES SE cOn nomes mais respeita-
fuNdAdA PoR iMi- dirigentes do cooperati- fundE cOm A dos da agricultura
GRANTES AlEMãES EM vismo brasileiro, HIStóRIA dA paulista. Hoje no con-
1951, KARl Não fAz
K ão f comanda 4,5 mil asso- EntIdAdE quE selho de administra-
diSTiNção ENTRE AS ciados que colhem IdEAlIzOu E ção da cooperativa,
CERVE
CERVEjAS, dESdE QuE milho, soja e arroz em AJudOu A fun que presidiu durante
oS CliENTES CoM- 11 municípios goianos. dAR, Em 24 anos, Junqueira já
PREM AS 240 Mil “No campo, a rentabili- nOVEmBRO dE dirigiu a Organização
T lA
ToNElAdAS dE MAlTE
l l
lTE dade é essencial e a 1960, A das Cooperativas do
PRoCESSAdo dA única maneira de con- cOOPERA
cOOPERAtIVA Estado de São Paulo e
CEVAdA, uM doS PRiN- seguirmos produzir com AGROInduS a secretaria estadual
CiPAiS iNGREdiENTES Andreas Petrus garantias”, diz tRIAl dE de Agricultura. A
dA bEbidA. van Kruijssen Chavaglia. cAmPO mOuRãO Carol tem mais de
A
ATuAlMENTE, CoM 550 (cOAmO), nO quatro mil cooperados
ASSoCiAdoS E RECEi- O agrônomo holandês SudEStE dO em cinco Estados –
TA SuPERioR A R$ 1,3 Andreas Petrus van P
PARAná. SOB São Paulo, Minas
bilhão ANuAl, A Kruijssen é o diretor SuA GEStãO, A Gerais, Mato Grosso,
AGRáRiA é A MAioR geral da Cooperativa cOAmO SE AGI Goiás e Tocantins. Em
PRoduToRA NACioNAl
T
To Veiling Holambra, em GAntOu, GRA dificuldades financei-
do CEREAl. SuA PRó- Santo Antônio de çAS AO cultI ras na década passa-
xiMA TACAdA é ExPAN- Posse (SP), município VO dE quAtRO
A
At da, a Carol acabou
diR A áREA dE ATuA- vizinho a Holambra, a mIlHõES dE formando a joint ven-
ção dA CooPERATiVA capital brasileira das HEctARES dE
ct
ctARES ture Carol Sodru, com
PARA ouTRAS CulTu-
ul
ulT flores. Kruijssen SOJA, mIlHO E o grupo russo
RAS E ESTAdoS. AléM comanda o maior lei- tRIGO, POR Sodrugestvo, em
do MAlTE, o ETANol
l
lTE lão eletrônico da SAfRA. 2010, para superá-las.
dE CANA-dE-AçúCAR América Latina, um O objetivo é originar
NA bAhiA é uM doS negócio de R$ 300 três milhões de tone-
AlVoS já dEfiNidoS.
l
lV milhões por ano, com ladas de soja até
a venda de flores e 2014-2015, com foco
plantas ornamentais. na exportação de soja.
44 dInHEIRO RuRAl/100fEVEREIRO2013
Rural100_Especial_parte2.indd 2 2/1/13 4:16:30 AM
14. Erik Peek
ERiK PEEK, PRESidEN-
K
TE do RAbobANK
bRASil, SubSidiáRiA
dA CENTENáRiA Coo-
Financiamentos/ PERATiVA dE CRédiTo
T
To
seguRos
dA holANdA, RARA-
ol
olAN
MENTE SE SENTE uM Luciano Coutinho
O agronegó PEixE foRA d’áGuA
cio, que tra NuMA RodA dE bRASi- luciano Coutinho,
dicionalmen lEiRoS. dEPoiS dE presidente do banco
te é sustenta MAiS dE uMA déCAdA Nacional de
do por finan À fRENTE dA oPERA- desenvolvimento
Márcio Lopes de Freitas ciamentos via ção No PAíS, o
hol
oP í
holANdêS, QuE fAlA
f l
Econômico e Social
(bNdES), é um
Banco do
Criador de gado e cafeicultor em Franca Brasil, come uM PoRTuGuêS otimista quando o
(SP), o administrador Márcio Lopes de ça a ganhar QuASE SEM SoTAQuE,
o
oTAQ assunto agronegócio
Freitas é, desde 2009, presidente da entra em pauta. o
Organização das Cooperativas do Brasil novos atores, doutor em economia
(OCB). À frente da mais poderosa entidade como a caixa pela universidade de
do setor, ele fala em nome de dez milhões Econômica e Cornell, no Estado de
de produtores, reunidos em sete mil entida- bancos priva Nova York, nos EuA,
des, espalhadas pelos quatro cantos do dos, interes que dirige o bNdES
País. Por isso mesmo, Freitas, que tem bom sados na desde 2007 acredita
trânsito no Palácio do Planalto, é figura obri- riqueza de que as metas de
gatória a ser consultada nas questões rele- um PIB de aumento da
vantes da política agrícola do governo. mais de R$ T
ToRNou-SE CoNhECE- produtividade no
900 bilhões doR do CAMPo. No campo são
por ano. úl
úlTiMo ANo, o TEMA perfeitamente
Carlos Alberto (cooxupé), em minas
Entre os
PREfERido dE PEEK factíveis. “Num curto
Paulino da Costa Gerais. Paulino da
desafios do
TEM Sido A CANA-dE- espaço de tempo o
costa tem levado a AçúCAR, ATiVidAdE brasil pode produzir
de grão em grão, cooperativa a um setor finan QuE TERá TRiPliCAdo muito mais”, diz
eles mandam no movimento inédito na ceiro, cujos oS RECuRSoS PARA Coutinho. Em sua
mercado de café. cafeicultura do País, ativos ultra iNVESTiMENToS do
MENT
MENTo gestão, os recursos
Em nome de 12 com a granelização passaram os RAbobANK NAS PRóxi- liberados ao
mil produtores fala total da cadeia produ R$ 3 trilhões, MAS SAfRAS. A ATuAl agronegócio saltaram
tiva, aposentando as um dos prin CARTEiRA RuRAl do de R$ 5,6 bilhões,
tradicionais sacas de cipais é fazer RAbobANK é dE uS$
ANK em 2008, para R$
estopa. “Os processos crescer o 1,8 bilhão, A MAioR 9,9 bilhões, no ano
precisam ser cada vez seguro rural, ENTRE AS iNSTiTui- passado, do total de
mais eficientes porque çõES PRiVAdAS do R$ 150 bilhões
que atual
o mundo tem sede de Pí
PAíS E A MAioR do destinados ao
café”, diz. A cooxupé
mente cobre bANCo, No MuNdo. financiamento de
processa o equivalente apenas 9% da todos os setores da
a 5,2 milhões de sacas, área plantada economia do País.
carlos Alberto dos quais cerca de dois no País, con
Paulino da costa, milhões são exporta tra quase
presidente da dos a cada ano. 90% nos
cooperativa de Estados
cafeicultores de unidos.
Guaxupé
dInHEIRO RuRAl/100fEVEREIRO2013 45
2/1/13 4:16:36 AM
15. EspEcial
dinheiro
RuRal
André Mesquita
“o agronegócio tem
sido um setor com
excelente
oportunidade de
crescimento”, afirma univeRsidades/
Pesquisa
André Mesquita,
vice-presidente de
produtos e A grande
operações do banco transforma
indusval & Partners ção da agro
(bi&P), de São pecuária do
Paulo, que tem entre País se deu
seus sócios dois
ex-presidentes da
Osmar Dias com o proces
so de moder
bM&f: Manoel felix O ex-senador paranaense pelo PDT Osmar nização do
Cintra Neto e luiz Dias sentiu-se em casa ao assumir, em campo, nos José Otávio
Masagão Ribeiro. o 2011, a vice-presidência do Banco do Brasil
anos 1960 e
Menten
banco decidiu para o agronegócio. Dias, formado em agro-
aumentar sua nomia, é ele próprio um produtor, à frente 1970. As pes Além de professor da
presença no campo, de uma fazenda de 700 hectares, em quisas da Escola Superior de
investindo no Goioerê (PR), onde cria gado e cultiva Empresa Agricultura luiz de
grãos. Não por acaso, o crédito tem sido Brasileira de Queiroz
tema permanente em sua agenda no BB. Pesquisa (Esalq/uSP), em
“Considerando a tradição de pagar juros Agropecuária Piracicaba (SP), josé
altos no País, o crédito mais barato no (Embrapa) e otávio Menten é
campo, desde o ano passado, é uma gran- as universida presidente do
de mudança para o produtor”, diz. des levaram o Conselho Científico
Brasil a ser para Agricultura
Sustentável (CCAS),
um dos líde
Jorge Hereda missos e metas. O exe
res mundiais
órgão da sociedade
financiamento aos cutivo quer tornar a civil criado em 2011,
produtores rurais, em desde o segundo caixa um banco forte em produtos que reúne 20
parceria com a semestre de 2012, a no agronegócio, papel agropecuá pesquisadores e
trading Ceagro agenda atribulada hoje praticamente rios. Algumas professores do País.
Agrícola, de do urbanista baiano exclusivo do Banco do cabeças pen “o lucro é necessário,
Campinas (SP). Para Brasil. “nenhum santes que se mas não suficiente”,
operacionalizar essa banco com a capilari tornaram diz Menten, para
proposta, ninguém dade da caixa pode se referência no quem a
melhor que dar ao luxo de não ter setor podem sustentabilidade é
Mesquita, que todos os produtos”, inspirar essencial em
também é pecuarista afirma Hereda. Ele qualquer
jovens talen
de leite em franca quer abrir duas mil empreendimento.
(SP). A expectativa é novas agências em
tos. A ordem “hoje, aspectos
de colocar no pequenas e médias hoje é inovar, ambientais e sociais
mercado R$ 300 Jorge Hereda, que cidades nas quais o para agregar são fundamentais.”
milhões em 2013. o assumiu a presidên motor da economia valor.
ibi&P possui uma cia da caixa seja o agronegócio.
carteira de crédito de Econômica federal “Em 12 meses, a meta
R$ 2,5 bilhões. em março de 2011, é conceder R$ 2
ficou ainda mais bilhões em emprésti
cheia de compro mos no campo.”
46 dInHEIRO RuRAl/100fEVEREIRO2013
Rural100_Especial_parte2.indd 4 2/1/13 4:16:45 AM