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A BANALIDADE DO MAL RADICAL
UMA ABORDAGEM SOBRE O MAL EM KANT E ARENDT.
Marcelo Larger Carneiro
Mestrando PPGFIL/UCS
“Que o homem é mau, essa é uma queixa tão antiga quanto a história”, afirma Imannuel
Kant em sua obra de A Religião nos Limites da Simples Razão(KANT, 2007, P.27). Assim
como Kant, Hannah Arendt também cuidou de discutir sobre o mal, em especial na obra
Eichmann em Jerusalém, onde retratou um relato sobre a banalidade do mal. Diante disso, não
podemos nos furtar de observar esse fenômeno trazendo dois conceitos fundamentais para a
filosofia, o Mal Radical de Kant e o Mal Banal de Arendt. Nesse sentido, pretende-se tecer
alguns breves comentários acerca do mal trazendo os conceitos de Mal Radical e Mal Banal, a
fim de verificar se essas teorias podem estabelecer alguma aproximação teórica.
Porque o homem é mau? Essa questão fez com que Imannuel Kant se debruçasse sobre o tema
estabelecendo uma teoria do mal radical. Nos anos de seus escritos maduros, Kant
concentrou-se em explicar o mal como quase que exclusivamente um problema da vontade
humana, contrariamente ao pensamento teológico da existência do mal ligada a Deus, pois
dessa forma não se poderia conhecê-lo, sendo possível somente através da relação do mal com
a vontade livre. (CAYGILL, 2000, P.222)1
Kant trata mais detidamente do assunto sobre o mal em sua obra intitulada Religião nos
Limites da Simples Razão, porem deixa claro sua preocupação em quase toda a sua teoria
filosófica. Na obra Critica da Razão Prática ele aduz que a autonomia da vontade é o único
principio de todas as leis morais e dos deveres conforme a ela, estabelecendo uma
contrariedade a todo principio heterônomo do arbítrio2
. Com efeito, ele estabelece que
inclusive a questão do mal não vem de uma fonte externa ao homem e sim do próprio sujeito,
pois de diferente fosse, não conseguiríamos responsabilizá-lo moralmente.
Contudo, é na Religião que Kant explicita a relação do mal com a liberdade do homem em
escolher suas máximas, excluindo, por conseguinte, a determinação do arbítrio por inclinação:
“Por conseguinte, o fundamento do mal não poderia ser encontrado
num objeto que determinasse o arbítrio por inclinação, num pendor
1
CAYGILL, Howard. Dicionário Kant. Tradução Álvaro Cabral. Revisão Valério Rohden. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2000. p. 222.
2
KANT. Imannuel. Critica da Razão Prática. Tradução baseada no original de 1788, com introdução e notas de
Valério Rohden. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011. Clássicos WMF. P. 55.
natural, mas somente numa regra que o arbítrio forja a si próprio pelo
uso de sua liberdade, ou seja, numa máxima”3
Para ele quando dizemos que o homem é bom ou mal por natureza isso significa que somos
guiados por um primeiro princípio o qual é “insondável a nós” e que nos permite admitir boas
ou más máximas. Em uma nota de rodapé Kant explica o princípio primeiro:
“Que o fundamento primeiro subjetivo da admissão das máximas
morais seja insondável, pode-se perceber isso antes de tudo pelo fato
que essa admissão é livre e que o princípio (pelo qual por exemplo
adotei uma má e não de preferência uma boa máxima) não deve ser
procurado de maneira alguma num móvel que venha da natureza, mas
sempre e ainda numa máxima; e como essa também deve ter seu
fundamento e que fora da máxima não se deve e não se pode indicar
nenhum princípio determinante do livre-arbítrio, acaba-se por ser
remetido mais longe para trás até o infinito na série dos princípios
determinantes subjetivos, sem poder chegar ao primeiro.”4
Continuando, Kant aduz que os caracteres que distinguem o homem de outros seres racionais
possíveis lhe são inato, mas se for mau a sua falta não é causada pela natureza e se for bom o
seu mérito também não pode ser causado por ela. Com efeito, o principio primeiro da
admissão de nossas máximas não pode ser dado pela experiência e se diz inato somente no
sentido que é posto como fundamento anteriormente a todo o uso da liberdade e que é
representado como existente no homem desde o seu nascimento, sem que seja sua causa.5
Na primeira parte da Religião, Kant já deixa clara a inerência do princípio do mau ao lado do
bem, estabelecendo uma radicalidade na natureza humana, contudo para que possamos
adentrar no mal radical é necessário que estabeleçamos os papeis do bem o do mau na teoria
kantiana. Para isso o filósofo, primeiro explica a disposição natural para o bem na natureza
humana e nesse ponto ele estabelece três classes:
1. A disposição do homem à animalidade;
2. A disposição à humanidade e
3. A disposição à personalidade
Pela primeira entende-se o amor de si físico, simplesmente mecânico, ou seja, que não exige
razão; já no segundo também trata do amor de si, porem é comparativo a outro, ou seja, o
3
KANT. Imannuel. Religião nos Limites da Simples Razão. Tradução Ciro Mioranza. São Paulo: Escala. P. 27.
4
Id. P. 27.
5
Id. P. 27
amor de si provém da inclinação de conferir certo valor na opinião de outrem e que, por
conseguinte exige parte da razão; finalmente pelo terceiro ele entende como aptidão de sentir
o respeito à lei moral, enquanto motivo em si do arbítrio. Desta forma, se considerarmos as
três formas de disposições veremos que a primeira não tem nenhuma razão por raiz, a segunda
tem por raiz a razão prática subordinada inteiramente por outros motivos e somente a terceira
é que unicamente por si mesma é pratica e tem sua raiz na razão que legisla de modo
absoluto.6
É, fundamentalmente, nesta terceira disposição ao bem que o mal pode se radicalizar, na
medida em que usa de sua liberdade para o estabelecimento de suas máximas tanto para o
bem quanto para o mal. Com a doutrina do mal radical como uma propensão universal para o
mal no homem, Kant opera uma sensível transformação em seu pensamento, sustentando que
deve ser possível escolher entre o bem e o mal, embora esta decisão não seja determinada por
qualquer princípio particular.7
Como vimos o mal é inerente ao homem, assim como o bem, ou seja, o mal está para o
homem assim como o bem também está e ao tratar o assunto na primeira parte da obra, Kant
utiliza apenas três vezes no termo “mal radical”:8
1. “podemos então chamar a esta propensão uma inclinação
natural para o mal, e, visto que ela deve ser, no entanto,
sempre autoculpada, podemos denominá-la a ela própria um
mal radical inato (mas nem por isso menos contraído por nós
próprios) na natureza humana.”
O termo natural e inato é imprescindível para entendermos essa primeira passagem, pois
segundo Kant a propensão é tida como natural porque ela reside no fundamento subjetivo das
máximas e está universalmente presente no homem. Com efeito, por natureza, Kant, nesse
contexto entende o fundamento subjetivo do uso da liberdade em geral, de modo que a
propensão para o mal tambem é natural porque ela remete diretamente ao arbítrio humano.
Disso vem o fato de que o homem é responsável pela sua contração e justamente essa culpa é
que faz que a propensão para o mal seja denominada um mal radical.9
6
Id. P. 31-33
7
CORREIA, Adriano. O Conceito de Mal Radical. Artigo publicado na revista Trans/Form/Ação. São Paulo:
28(2):83-94, 2005. P. 85.
8
KANT, Imannuel. Religião nos Limites da Simples Razão. Tradução Artur Mourão. Covilhã: Universidade da
Beira Interior, 2008. Coleções Textos Clássicos de Filosofia. P.
9
PINHEIRO, Leticia Machado. Por que o mal é radical em Kant? Artigo publicado na revista Tempo da Ciência
(15) 30:121-133, 2º semestre 2008. P. 124.
2. “Este mal é radical, pois corrompe o fundamento de todas as
máximas; ao mesmo tempo, como propensão natural, não
exterminar por meio de forças humanas, porque tal só poderia
acontecer graças a máximas boas – o que não pode ter lugar se
o supremo fundamento subjectivo de todas as máximas se
supõe corrompido; deve, no entanto, ser possível prevalecer,
uma vez que ela se encontra no homem como ser dotado de
acção livre.
Nesta acepção, Kant utiliza a expressão para tratar da corrupção da intenção, tida como um
primeiro fundamento subjetivo de adoção das máximas. Nesta passagem ele refere que a
intenção humana esta corrompida pelo mal e não é possível extirpá-lo com suas próprias
forças, contudo, por esse mal residir em um ato livre é plausível que ele possa ser dominado.10
3. “Esta desonestidade de lançar poeira nos próprios olhos, que
nos impede a fundação de uma genuína intenção moral,
estende-se então também exteriormente à falsidade e ao
engano de outros, o que, se não houver de se chamar maldade,
merece pelo menos apelidar-se de indignidade, e reside no mal
radical da natureza humana; este (em virtude de perturbar a
faculdade moral de julgar quanto àquilo por que um homem se
deve ter e torna de todo incerta, interior e exteriormente, a
imputação) constitui a mancha pútrida da nossa espécie,
mancha que, enquanto a não tiramos, estorva o
desenvolvimento do gérmen do bem, como, sem dúvida, o
faria noutro caso.”
Nesta terceira referencia, o filósofo remete a idéia da mentira, externa e interna, conceito
abominado por ele, que o homem comete acerca de suas intenções. Vinculada a essa intenção,
a mentira diz respeito ao engano a si mesmo e aos outros no que tange a intenção moral que
10
Id. P. 126.
motivou determinada ação. Tal engano reside no mal radical da natureza humana que acarreta
dificuldade referente ao julgamento e à imputação das ações.11
Assim, em linha gerais, apresentou-se a teoria do mal radial estabelecida por Kant e percebeu-
se que seus conceitos estão intimamente ligados aos de liberdade e arbítrio, no que concerne
ao estabelecimentos das máximas da lei moral. Diante disso, ao nosso ver, surge um
questionamento importante: O mal é radical porque está arraigado no livre arbítrio? O homem
só é mau porque é livre e pode escolher? Parece-nos que sim. Assim corrobora Eric Weil:
“A inclinação não é má; a tentação não é irresistível; a vontade
é livre – e o homem faz o mal. Não que ele seja vencido por
uma força exterior. Esta derrota psicológica, empírica,
histórica não pode ser compreendida por si mesma, já que a
vontade livre, em sua essência, é liberdade. Se o homem
sucumbe, é porque ele quer sucumbir, porque ele optou pela
derrota: ele deve, portanto, ele pode, obedecer à lei que a razão
prática se dá e que ele conhece; e ele não a obedece. Portanto,
ele não quer obedecê-la.” 12
REFERENCIAS
11
Id. P. 128
12
WEIL, Eric. Problemas Kantianos. Tradução Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Realizações, 2012. Coleção
Filosofia Atual. P. 148.
CAYGILL, Howard. Dicionário Kant. Tradução Álvaro Cabral. Revisão Valério Rohden. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2000. p. 222.
KANT. Imannuel. Critica da Razão Prática. Tradução baseada no original de 1788, com introdução e
notas de Valério Rohden. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011. Clássicos WMF. P. 55.
KANT. Imannuel. Religião nos Limites da Simples Razão. Tradução Ciro Mioranza. São Paulo: Escala. P. 27.
CORREIA, Adriano. O Conceito de Mal Radical. Artigo publicado na revista Trans/Form/Ação. São Paulo:
28(2):83-94, 2005. P. 85.
KANT, Imannuel. Religião nos Limites da Simples Razão. Tradução Artur Mourão. Covilhã:
Universidade da Beira Interior, 2008. Coleções Textos Clássicos de Filosofia. P.
PINHEIRO, Leticia Machado. Por que o mal é radical em Kant? Artigo publicado na revista Tempo da Ciência
(15) 30:121-133, 2º semestre 2008. P. 124.
WEIL, Eric. Problemas Kantianos. Tradução Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Realizações, 2012.
Coleção Filosofia Atual. P. 148.
CAYGILL, Howard. Dicionário Kant. Tradução Álvaro Cabral. Revisão Valério Rohden. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2000. p. 222.
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KANT. Imannuel. Religião nos Limites da Simples Razão. Tradução Ciro Mioranza. São Paulo: Escala. P. 27.
CORREIA, Adriano. O Conceito de Mal Radical. Artigo publicado na revista Trans/Form/Ação. São Paulo:
28(2):83-94, 2005. P. 85.
KANT, Imannuel. Religião nos Limites da Simples Razão. Tradução Artur Mourão. Covilhã:
Universidade da Beira Interior, 2008. Coleções Textos Clássicos de Filosofia. P.
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Artigo mal radical e mal banal

  • 1. A BANALIDADE DO MAL RADICAL UMA ABORDAGEM SOBRE O MAL EM KANT E ARENDT. Marcelo Larger Carneiro Mestrando PPGFIL/UCS “Que o homem é mau, essa é uma queixa tão antiga quanto a história”, afirma Imannuel Kant em sua obra de A Religião nos Limites da Simples Razão(KANT, 2007, P.27). Assim como Kant, Hannah Arendt também cuidou de discutir sobre o mal, em especial na obra Eichmann em Jerusalém, onde retratou um relato sobre a banalidade do mal. Diante disso, não podemos nos furtar de observar esse fenômeno trazendo dois conceitos fundamentais para a filosofia, o Mal Radical de Kant e o Mal Banal de Arendt. Nesse sentido, pretende-se tecer alguns breves comentários acerca do mal trazendo os conceitos de Mal Radical e Mal Banal, a fim de verificar se essas teorias podem estabelecer alguma aproximação teórica. Porque o homem é mau? Essa questão fez com que Imannuel Kant se debruçasse sobre o tema estabelecendo uma teoria do mal radical. Nos anos de seus escritos maduros, Kant concentrou-se em explicar o mal como quase que exclusivamente um problema da vontade humana, contrariamente ao pensamento teológico da existência do mal ligada a Deus, pois dessa forma não se poderia conhecê-lo, sendo possível somente através da relação do mal com a vontade livre. (CAYGILL, 2000, P.222)1 Kant trata mais detidamente do assunto sobre o mal em sua obra intitulada Religião nos Limites da Simples Razão, porem deixa claro sua preocupação em quase toda a sua teoria filosófica. Na obra Critica da Razão Prática ele aduz que a autonomia da vontade é o único principio de todas as leis morais e dos deveres conforme a ela, estabelecendo uma contrariedade a todo principio heterônomo do arbítrio2 . Com efeito, ele estabelece que inclusive a questão do mal não vem de uma fonte externa ao homem e sim do próprio sujeito, pois de diferente fosse, não conseguiríamos responsabilizá-lo moralmente. Contudo, é na Religião que Kant explicita a relação do mal com a liberdade do homem em escolher suas máximas, excluindo, por conseguinte, a determinação do arbítrio por inclinação: “Por conseguinte, o fundamento do mal não poderia ser encontrado num objeto que determinasse o arbítrio por inclinação, num pendor 1 CAYGILL, Howard. Dicionário Kant. Tradução Álvaro Cabral. Revisão Valério Rohden. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000. p. 222. 2 KANT. Imannuel. Critica da Razão Prática. Tradução baseada no original de 1788, com introdução e notas de Valério Rohden. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011. Clássicos WMF. P. 55.
  • 2. natural, mas somente numa regra que o arbítrio forja a si próprio pelo uso de sua liberdade, ou seja, numa máxima”3 Para ele quando dizemos que o homem é bom ou mal por natureza isso significa que somos guiados por um primeiro princípio o qual é “insondável a nós” e que nos permite admitir boas ou más máximas. Em uma nota de rodapé Kant explica o princípio primeiro: “Que o fundamento primeiro subjetivo da admissão das máximas morais seja insondável, pode-se perceber isso antes de tudo pelo fato que essa admissão é livre e que o princípio (pelo qual por exemplo adotei uma má e não de preferência uma boa máxima) não deve ser procurado de maneira alguma num móvel que venha da natureza, mas sempre e ainda numa máxima; e como essa também deve ter seu fundamento e que fora da máxima não se deve e não se pode indicar nenhum princípio determinante do livre-arbítrio, acaba-se por ser remetido mais longe para trás até o infinito na série dos princípios determinantes subjetivos, sem poder chegar ao primeiro.”4 Continuando, Kant aduz que os caracteres que distinguem o homem de outros seres racionais possíveis lhe são inato, mas se for mau a sua falta não é causada pela natureza e se for bom o seu mérito também não pode ser causado por ela. Com efeito, o principio primeiro da admissão de nossas máximas não pode ser dado pela experiência e se diz inato somente no sentido que é posto como fundamento anteriormente a todo o uso da liberdade e que é representado como existente no homem desde o seu nascimento, sem que seja sua causa.5 Na primeira parte da Religião, Kant já deixa clara a inerência do princípio do mau ao lado do bem, estabelecendo uma radicalidade na natureza humana, contudo para que possamos adentrar no mal radical é necessário que estabeleçamos os papeis do bem o do mau na teoria kantiana. Para isso o filósofo, primeiro explica a disposição natural para o bem na natureza humana e nesse ponto ele estabelece três classes: 1. A disposição do homem à animalidade; 2. A disposição à humanidade e 3. A disposição à personalidade Pela primeira entende-se o amor de si físico, simplesmente mecânico, ou seja, que não exige razão; já no segundo também trata do amor de si, porem é comparativo a outro, ou seja, o 3 KANT. Imannuel. Religião nos Limites da Simples Razão. Tradução Ciro Mioranza. São Paulo: Escala. P. 27. 4 Id. P. 27. 5 Id. P. 27
  • 3. amor de si provém da inclinação de conferir certo valor na opinião de outrem e que, por conseguinte exige parte da razão; finalmente pelo terceiro ele entende como aptidão de sentir o respeito à lei moral, enquanto motivo em si do arbítrio. Desta forma, se considerarmos as três formas de disposições veremos que a primeira não tem nenhuma razão por raiz, a segunda tem por raiz a razão prática subordinada inteiramente por outros motivos e somente a terceira é que unicamente por si mesma é pratica e tem sua raiz na razão que legisla de modo absoluto.6 É, fundamentalmente, nesta terceira disposição ao bem que o mal pode se radicalizar, na medida em que usa de sua liberdade para o estabelecimento de suas máximas tanto para o bem quanto para o mal. Com a doutrina do mal radical como uma propensão universal para o mal no homem, Kant opera uma sensível transformação em seu pensamento, sustentando que deve ser possível escolher entre o bem e o mal, embora esta decisão não seja determinada por qualquer princípio particular.7 Como vimos o mal é inerente ao homem, assim como o bem, ou seja, o mal está para o homem assim como o bem também está e ao tratar o assunto na primeira parte da obra, Kant utiliza apenas três vezes no termo “mal radical”:8 1. “podemos então chamar a esta propensão uma inclinação natural para o mal, e, visto que ela deve ser, no entanto, sempre autoculpada, podemos denominá-la a ela própria um mal radical inato (mas nem por isso menos contraído por nós próprios) na natureza humana.” O termo natural e inato é imprescindível para entendermos essa primeira passagem, pois segundo Kant a propensão é tida como natural porque ela reside no fundamento subjetivo das máximas e está universalmente presente no homem. Com efeito, por natureza, Kant, nesse contexto entende o fundamento subjetivo do uso da liberdade em geral, de modo que a propensão para o mal tambem é natural porque ela remete diretamente ao arbítrio humano. Disso vem o fato de que o homem é responsável pela sua contração e justamente essa culpa é que faz que a propensão para o mal seja denominada um mal radical.9 6 Id. P. 31-33 7 CORREIA, Adriano. O Conceito de Mal Radical. Artigo publicado na revista Trans/Form/Ação. São Paulo: 28(2):83-94, 2005. P. 85. 8 KANT, Imannuel. Religião nos Limites da Simples Razão. Tradução Artur Mourão. Covilhã: Universidade da Beira Interior, 2008. Coleções Textos Clássicos de Filosofia. P. 9 PINHEIRO, Leticia Machado. Por que o mal é radical em Kant? Artigo publicado na revista Tempo da Ciência (15) 30:121-133, 2º semestre 2008. P. 124.
  • 4. 2. “Este mal é radical, pois corrompe o fundamento de todas as máximas; ao mesmo tempo, como propensão natural, não exterminar por meio de forças humanas, porque tal só poderia acontecer graças a máximas boas – o que não pode ter lugar se o supremo fundamento subjectivo de todas as máximas se supõe corrompido; deve, no entanto, ser possível prevalecer, uma vez que ela se encontra no homem como ser dotado de acção livre. Nesta acepção, Kant utiliza a expressão para tratar da corrupção da intenção, tida como um primeiro fundamento subjetivo de adoção das máximas. Nesta passagem ele refere que a intenção humana esta corrompida pelo mal e não é possível extirpá-lo com suas próprias forças, contudo, por esse mal residir em um ato livre é plausível que ele possa ser dominado.10 3. “Esta desonestidade de lançar poeira nos próprios olhos, que nos impede a fundação de uma genuína intenção moral, estende-se então também exteriormente à falsidade e ao engano de outros, o que, se não houver de se chamar maldade, merece pelo menos apelidar-se de indignidade, e reside no mal radical da natureza humana; este (em virtude de perturbar a faculdade moral de julgar quanto àquilo por que um homem se deve ter e torna de todo incerta, interior e exteriormente, a imputação) constitui a mancha pútrida da nossa espécie, mancha que, enquanto a não tiramos, estorva o desenvolvimento do gérmen do bem, como, sem dúvida, o faria noutro caso.” Nesta terceira referencia, o filósofo remete a idéia da mentira, externa e interna, conceito abominado por ele, que o homem comete acerca de suas intenções. Vinculada a essa intenção, a mentira diz respeito ao engano a si mesmo e aos outros no que tange a intenção moral que 10 Id. P. 126.
  • 5. motivou determinada ação. Tal engano reside no mal radical da natureza humana que acarreta dificuldade referente ao julgamento e à imputação das ações.11 Assim, em linha gerais, apresentou-se a teoria do mal radial estabelecida por Kant e percebeu- se que seus conceitos estão intimamente ligados aos de liberdade e arbítrio, no que concerne ao estabelecimentos das máximas da lei moral. Diante disso, ao nosso ver, surge um questionamento importante: O mal é radical porque está arraigado no livre arbítrio? O homem só é mau porque é livre e pode escolher? Parece-nos que sim. Assim corrobora Eric Weil: “A inclinação não é má; a tentação não é irresistível; a vontade é livre – e o homem faz o mal. Não que ele seja vencido por uma força exterior. Esta derrota psicológica, empírica, histórica não pode ser compreendida por si mesma, já que a vontade livre, em sua essência, é liberdade. Se o homem sucumbe, é porque ele quer sucumbir, porque ele optou pela derrota: ele deve, portanto, ele pode, obedecer à lei que a razão prática se dá e que ele conhece; e ele não a obedece. Portanto, ele não quer obedecê-la.” 12 REFERENCIAS 11 Id. P. 128 12 WEIL, Eric. Problemas Kantianos. Tradução Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Realizações, 2012. Coleção Filosofia Atual. P. 148.
  • 6. CAYGILL, Howard. Dicionário Kant. Tradução Álvaro Cabral. Revisão Valério Rohden. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000. p. 222. KANT. Imannuel. Critica da Razão Prática. Tradução baseada no original de 1788, com introdução e notas de Valério Rohden. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011. Clássicos WMF. P. 55. KANT. Imannuel. Religião nos Limites da Simples Razão. Tradução Ciro Mioranza. São Paulo: Escala. P. 27. CORREIA, Adriano. O Conceito de Mal Radical. Artigo publicado na revista Trans/Form/Ação. São Paulo: 28(2):83-94, 2005. P. 85. KANT, Imannuel. Religião nos Limites da Simples Razão. Tradução Artur Mourão. Covilhã: Universidade da Beira Interior, 2008. Coleções Textos Clássicos de Filosofia. P. PINHEIRO, Leticia Machado. Por que o mal é radical em Kant? Artigo publicado na revista Tempo da Ciência (15) 30:121-133, 2º semestre 2008. P. 124. WEIL, Eric. Problemas Kantianos. Tradução Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Realizações, 2012. Coleção Filosofia Atual. P. 148.
  • 7. CAYGILL, Howard. Dicionário Kant. Tradução Álvaro Cabral. Revisão Valério Rohden. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000. p. 222. KANT. Imannuel. Critica da Razão Prática. Tradução baseada no original de 1788, com introdução e notas de Valério Rohden. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011. Clássicos WMF. P. 55. KANT. Imannuel. Religião nos Limites da Simples Razão. Tradução Ciro Mioranza. São Paulo: Escala. P. 27. CORREIA, Adriano. O Conceito de Mal Radical. Artigo publicado na revista Trans/Form/Ação. São Paulo: 28(2):83-94, 2005. P. 85. KANT, Imannuel. Religião nos Limites da Simples Razão. Tradução Artur Mourão. Covilhã: Universidade da Beira Interior, 2008. Coleções Textos Clássicos de Filosofia. P. PINHEIRO, Leticia Machado. Por que o mal é radical em Kant? Artigo publicado na revista Tempo da Ciência (15) 30:121-133, 2º semestre 2008. P. 124. WEIL, Eric. Problemas Kantianos. Tradução Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Realizações, 2012. Coleção Filosofia Atual. P. 148.