Scientific article about handwashing according precepts of the World Health Organization WHO and the National Health Surveillance Agency ANVISA. Article written in 2013.
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Artigo científico sobre higienização das mãos conforme preceitos da OMS e ANVISA.
A assistência da Enfermagem baseia-se em conhecimentos ci- entíficos e métodos que definem sua implementação. Assim, a siste- matização da assistência de enfermagem (SAE) é uma forma plane- jada de prestar cuidados aos pacientes – que, gradativamente, vem sendo implantada em diversos serviços de saúde.
A assistência da Enfermagem baseia-se em conhecimentos ci- entíficos e métodos que definem sua implementação. Assim, a siste- matização da assistência de enfermagem (SAE) é uma forma plane- jada de prestar cuidados aos pacientes – que, gradativamente, vem sendo implantada em diversos serviços de saúde.
A enfermagem compreende um componente próprio de conhecimentos científicos e técnicos, construído e reproduzido por um conjunto de práticas sociais, éticas e políticas que se processa pelo ensino, pesquisa e assistência. Realiza-se na prestação de serviços à pessoa, família e coletividade, no seu contexto e circunstâncias de vida.
A enfermagem compreende um componente próprio de conhecimentos científicos e técnicos, construído e reproduzido por um conjunto de práticas sociais, éticas e políticas que se processa pelo ensino, pesquisa e assistência. Realiza-se na prestação de serviços à pessoa, família e coletividade, no seu contexto e circunstâncias de vida.
Revista Ciência Equatorial (ISSN 2179-9563), foi uma publicação semestral do Colegiado de Farmácia, da Universidade Federal do Amapá - UNIFAP. Foi publicada de 2011 à 2013 e teve por objetivo divulgar a produção científica resultante das atividades de estudos, pesquisas, trabalhos técnicos e outros, dos professores, pesquisadores, estudantes de pós-graduação e graduação desta e de outras instituições de ensino e de pesquisa, tanto no Brasil como no exterior. Publicava artigos originais, notas prévias e trabalhos de revisão que cobriam todos os aspectos da ciência em suas diversas áreas.
Médicos, enfermeiros e outros trabalhadores da saúde podem contaminar suas mãos fazendo coisas simples. A Higienização das Mãos é uma medida primária preventiva, uma estratégia de prevenção de IRAS em neonatologia e um dos cinco elementos do primeiro desafio mundial para a segurança do paciente; dela fazem parte a higienização simples, a higienização antisséptica, a fricção antisséptica e antissepsia cirúrgica das mãos. O uso de luvas não substitui a higienização das mãos, que deve ser realizada antes e após a retirada das luvas, seguindo os Cinco Momentos da Higienização das Mãos (OMS).
Material de 13 de abril de 2017
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Estudo de caso sobre alcoolismo sob a visão da Enfermagem. O estudo é verídico, mas o nome, idade e local do paciente foram trocados para manter a segurança do paciente.
A palavra PSICOSSOMATICA tem como raiz as palavras gregas: Psico (alma, mente), somática (corpo).
É a parte da medicina que estuda os efeitos da mente sobre o corpo.
Pessoas desajustadas emocionalmente tendem a ficarem mais doentes.
Exemplo do efeito da mente sobre o corpo: uma pessoa recebe uma notícia da morte de um parente. O choque emocional é muitas vezes tão forte que o cérebro desarma o "disjuntor" e a pessoa desmaia. Em alguns casos a descarga de hormônios e adrenalina no coração é tão forte que a pessoa morre na hora ao receber uma notícia terrível.
O que entra na sua mente ou coração pode em um instante te matar.
Maus sentimentos de rancor e mágoa podem envenenar o organismo lentamente.
A medicina psicossomática é uma concepção “holística” da medicina pluricausal que tem como objetivo estudar não a doença isolada, mas o homem doente, que é o paciente humanizado na sua mais completa perspectiva nosológica e ecológica. Numerosos argumentos parecem indicar a realidade das ligações clínicas e experimentais entre a vida emocional, os problemas psíquicos e o disfuncionamento de órgãos ou o aparecimento de lesões viscerais. Os estudos anatómicos e fisiológicos desempenham um papel capital ao nível do hipotálamo, do sistema límbico e dos diferentes sistemas neuroendocrinológicos (hipófise, corticoadrenal e medulloadrenal). No nível experimental, além de limitar as úlceras obtidas por diferentes técnicas no rato de laboratório, deve-se insistir nos experimentos de Weiss que mostraram que as úlceras pépticas do rato, sob certas condições, dependem de duas variáveis: o número de estímulos que o animal deve enfrentar e os feedbacks informativos mais ou menos úteis que recebe em troca. As investigações realizadas no doente mostram a importância dos problemas funcionais em relação às anomalias do sistema nervoso autônomo ou às anomalias dos gânglios intramurais, o que talvez explique a noção de órgãos-alvo dos problemas. Considerando os conceitos mais recentes que valorizam o papel dos fatores genéticos na determinação das doenças psicossomáticas, pode-se conceber que os determinantes psicológicos, afetivos ou ambientais, são cofatores que se integram a fatores somáticos, genéticos, constitucionais e nutricionais para produzir o quadro mórbido final.
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdfHELLEN CRISTINA
Trabalho em equipe, comunicação e escrita.
Pensamento crítico, científico e criativo.
Análise crítica de dados e informações.
Atitude ética.
Bibliografia
B1 MORAES, Márcia Vilma Gonçalvez de. Enfermagem do Trabalho - Programas,
Procedimentos e Técnicas. São Paulo: IÁTRIA, 2012. E-book. ISBN 9788576140825
B2 LUCAS, Alexandre Juan. O Processo de Enfermagem do Trabalho. São Paulo:
IÁTRIA, 2004. E-book. ISBN 9788576140832
B3 CHIRMICI, Anderson; OLIVEIRA, Eduardo Augusto Rocha de. Introdução à
Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. E-book.
ISBN 9788527730600
C1 CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho: NRs 1 a 37
Comentadas e Descomplicadas. Rio de Janeiro: Método, 2022. E-book. ISBN
9786559645893
C2 OGUISSO, Taka; ZOBOLI, Elma Lourdes Campos Pavone. Ética e bioética: desafios
para a enfermagem e a saúde. Barueri: Manole, 2017. E-book. ISBN 9788520455333
C3 KURCGANT, Paulina. Gerenciamento em Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016. E-book. ISBN 9788527730198
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Prático de Saúde - Enfermagem. Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2015. E-book.
ISBN 978-85-8114-321-7
C5 BECKER, Bruna; OLIVEIRA, Simone Machado Kühn de. Gestão em enfermagem na
atenção básica. Porto Alegre: SAGAH, 2019. E-book. ISBN 9788595029637
1. HIGIENIZAÇÃO NAS MÃOS DOS ENFERMEIROS
HIGIENIZACIÓN EN LAS MANOS DE ENFERMEROS
HYGIENIZATION IN THE HANDS OF NURSES
TABOSA, Andreutt Vasconcelos 1
RESUMO
As mãos são as estruturas corporais mais utilizadas no contato direto e se
constituem no principal veículo de transmissão de microrganismos, representando o
elo entre paciente, profissional de saúde e ambiente. A ruptura desse elo de
transmissão exige a adoção de normas básicas de higiene no ambiente hospitalar,
sendo a de maior impacto a higienização das mãos. O termo “Higienização das
Mãos” (HM) é genérico e se refere à ação de lavar as mãos com água e sabão
comum ou água e sabão antisséptico ou ainda fricção com álcool a 70%. Este
estudo objetiva evidenciar os relatos científicos sobre a temática “higienização das
mãos” e contextualizar a visão acadêmica pautada nos preceitos da Organização
Mundial da Saúde - OMS em relação ao cuidado, respeito e proteção à vida do
paciente. Foi realizado um levantamento bibliográfico, na Biblioteca Virtual em
Saúde – BVS, na qual foi iniciada uma pesquisa por meio de inserção dos termos
“higienização das mãos”, resultando 99 (noventa e nove) artigos científicos no
idioma português, após receberem as devidas filtragens.
Descritivos: Higienização. Mãos. Microrganismos. Infecção. Profilaxia.
1
Acadêmico, cursando quarto semestre em Bacharelado de Enfermagem - UDF – Centro Universitário.
E-mail: andreutt@gmail.com – 2013.
2. RESUMEN
Las manos son las estructuras corporales utilizados en contacto más directo y
constituyen el principal vehículo de transmisión de microorganismos, lo que
representa el enlace entre el paciente, el profesional de la salud y el ambiente. La
interrupción de este enlace de transmisión requiere la adopción de las normas
básicas de higiene en el ambiente hospitalario, y el mayor impacto és la higiene de
las manos. El término "higiene de las manos" (HM) es genérico y se refiere al acto
de lavarse las manos con agua y jabón común, agua y jabón antiséptico o fricción
con alcohol al 70%. Este estudio tiene como objetivo demostrar los informes
científicos sobre el "lavado de manos" es el tema y contextualizar la visión
académica, basada en los preceptos de la Organización Mundial de la Salud – OMS
sobre el cuidado, el respeto y la protección de la vida del paciente. Se realizó una
revisión bibliográfica de la Biblioteca Virtual en Salud - BVS, en la que se inició una
búsqueda por la inserción de la "higiene de las manos", es decir, lo que resulta en 99
(noventa y nueve) trabajos en portugués, después de recibir el filtrado necesario.
Descriptivo: Higienización. Manos. Microorganismos. Infección. Profilaxis.
ABSTRACT
The hands are the body structures used in more direct contact and constitute the
main vehicle of transmission of microorganisms, representing the link between
patient, the health professional and environment. The disruption of this link
transmission requires the adoption of basic standards of hygiene in the hospital
environment, and the greater impact of hand hygiene. The term "Hand Hygiene"
(HM) is generic and refers to the act of washing hands with water and soap or
antiseptic soap and water or rubbing alcohol to 70%. This study aims to demonstrate
the scientific reports on the theme "hand hygiene" and contextualize the academic
vision, based on the precepts of the World Health Organization - WHO concerning
the care, respect and protection of patient's life. We conducted a literature review on
the Virtual Health Library - VHL, in which a search was initiated by insertion of the
words "hand hygiene", resulting in 99 (ninety-nine) papers in Portuguese, after
receiving the necessary filtering.
Descriptive: hygienization. Hands. Microorganisms. Infection. Prophylaxis.
3. INTRODUÇÃO
A assistência à saúde no ambiente hospitalar demanda aproximação
física do profissional com os pacientes. As mãos são as estruturas corporais mais
utilizadas no contato direto e se constituem no principal veículo de transmissão de
microrganismos, representando o elo entre paciente, profissional e ambiente. A
ruptura desse elo de transmissão exige a adoção de normas básicas de higiene no
ambiente hospitalar, sendo a de maior impacto a higienização das mãos. O termo
“Higienização das Mãos” (HM) é genérico e se refere à ação de lavar as mãos com
água e sabão comum, água e sabão antisséptico ou fricção com álcool a 70%. O
sabão proporciona a remoção mecânica da microbiota transitória da pele; quando o
antiséptico tem ação química é letal aos microrganismos. O uso de álcool a 70%
resulta em importante redução de carga microbiana transitória e residente, pela ação
química e letal aos microrganismos. Há mais de 150 anos, foi comprovada sua
importância por Ignaz Philipp Semmelweis que instituiu essa prática no Hospital
Geral de Viena, como um meio para o controle de infecções puerperais. Além deste,
há outros grandes nomes na literatura que também contribuíram para ressaltar tal
prática no controle das infecções, como Oliver Wendel Holmes, Pasteur, Lister,
Robert Koch, Florence Nightingale e muitos outros. (ACTA SCIENTIARUM –
HEALTH SCIENCE, 2007).
Em face ao explanado, este estudo objetiva evidenciar os relatos
científicos sobre a temática “higienização das mãos” e contextualizar a visão
acadêmica pautada nos preceitos da Organização Mundial da Saúde – OMS e da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA em relação ao cuidado, respeito
e proteção à vida do paciente. A higienização das mãos necessita ser subliminar no
curso de Enfermagem, assim, o acadêmico deve atingir os elevados patamares do
saber científico refletindo sobre o paciente a devida assistência, obedecendo a
critérios da profilaxia quanto ao controle de infecções hospitalares.
4. METODOLOGIA
Foi realizado um levantamento bibliográfico, na Biblioteca Virtual em
Saúde – BVS, na qual foi efetivada uma pesquisa que se iniciou por meio de
inserção dos termos “higienização das mãos”, surgindo 301 (trezentos e um) índices,
recebendo a filtragem de “artigo” e surgiram 253 (duzentos e cinquenta e três) novos
índices, recebendo filtro para o idioma português, resultando em 99 (noventa e nove)
artigos científicos no idioma português. Esses artigos foram considerados
fundamentais para a análise, coleta e interpretação da literatura pesquisada. É
importante ressaltar que as três fases (análise, coleta e interpretação) realizadas,
serviram como norteadoras para a construção deste texto. Os dados foram
agrupados em dois grupos: a importância da higienização e a responsabilidade
com a saúde.
DISCUSSÃO E RESULTADOS
A partir de um estudo aprofundado em relação à higienização das mãos
pode-se orientar de forma expressiva e concisa a importância deste ato, pois esse
acometimento proporciona remoção mecânica da microbiota transitória residente na
localidade palmar, isso segundo Ignaz Philipp Semmelweis que há mais de 150 anos
comprovou sua eficácia na acessão de segurança no cuidado, um recurso primordial
que diminui riscos de contaminação, impede a reprodução dos microrganismos e
removem os contaminantes orgânicos e inorgânicos, promovendo maior qualidade,
proteção e respeito à vida do paciente.
DESENVOLVIMENTO
A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO
A higienização das mãos é considerada uma ação indispensável entre os
profissionais na área de saúde e visa às seguintes finalidades: remoção de
sujidades, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e da microbiota da pele,
interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato. Prevenção e
redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas. A simples utilização
de água e sabão pode reduzir a população de microbiota presentes nas mãos,
interrompendo a cadeia de transmissão de doenças, ajudando a controlar as
5. infecções nos serviços de saúde. O uso também de produtos antissépticos e alcoóis
intensifica ainda mais a limpeza das mãos e por consequência uma maior redução
de transmissão de microrganismos. A importância desse tema esta destacada nas
recomendações para esta prática no anexo IV da portaria 2616/98 do Ministério da
Saúde, que instrui sobre o Programa de Controle de Infecções Hospitalares nos
estabelecimentos de assistência à saúde no país. A legislação brasileira por meio da
portaria nº 2.616 de 12 de maio de 1998 e da RDC nº 50, de 21 de fevereiro de
2002, estabelece respectivamente, as ações mínimas a serem desenvolvidas com
vistas à redução das incidências das infecções relacionadas à assistência à saúde e
as normas e projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. (ANVISA,
2010).
Pesquisas demonstraram que quanto maior a gravidade do paciente, mais
frequentes foram às oportunidades para a higienização das mãos e menor adesão a
essa prática, inclusive em pacientes hematológicos, os quais são mais suscetíveis
às infecções. Nas investigações de surtos de infecção verificou-se estreita relação
entre a sobrecarga de trabalho e falhas nas medidas de prevenção. Outro fator
associado foi o uso de luvas que confere falsa segurança, predispondo a não troca
entre exposições a diferentes regiões corporais de um mesmo paciente e a não
higienização das mãos após a sua retirada. Diferentes fatores foram apontados
pelos profissionais como interferentes na adesão à higienização das mãos:
preferência para o uso de luvas, irritação cutânea, esquecimento, falta de tempo,
estrutura física e insumos insuficientes. Revisão sistemática de literatura identificou
os elementos que interferem negativamente na adesão à HM: categoria profissional
(médicos), o sexo (masculino), a atividade (trabalhar em unidade de cuidado
intensivo e de alto risco para a contaminação grosseira), as oportunidades (alto
número de oportunidades de higienização das mãos por hora por paciente) e o uso
de luvas. Além da adesão à higienização das mãos, outro fator relevante investigado
foi a qualidade técnica do procedimento, havendo adequação em apenas 41,2% das
práticas quando utilizado álcool. Consonante a esse resultado, o álcool tem sido
recomendado por exigir menor tempo para a higienização das mãos, ser prático ao
uso, agir rapidamente e não lesar a pele de forma pronunciada, resultando em
adesão acima de 90% em situações que envolvem contato com material biológico.
(CIENCIA y ENFERMERIA XV, 2009).
6. A RESPONSABILIDADE COM A SAÚDE
A compreensão do comportamento humano tem sido valorizada mais
recentemente como fundamental no contexto da higienização das mãos.
Conhecimento, motivação, intenção, percepção, expectativas e pressão social são
algumas das variáveis cognitivas utilizadas em modelos teóricos para explicar o
comportamento humano. Kretzer e Larson em 1998 revisaram teorias
comportamentais e sua aplicabilidade a partir da percepção de riscos, atitudes,
expectativas, opinião e normas subjetivas, intenção e estágios do processo de
mudança dos profissionais. Concluíram ser importante a associação de estratégias
que considerem elementos do comportamento humano e do contexto organizacional
para atingir mudanças significativas e duradouras na prática ideal da higienização
das mãos. Embora as técnicas envolvidas nessa prática sejam simples, sua
interdependência com as ciências do comportamento as torna complexas e
dependentes de um conjunto de fatores como atitudes, crenças e conhecimento.
Sob esta ótica, atitude positiva, rigoroso controle de comportamento e percepção do
valor atribuído pelos superiores para a higienização das mãos foram associados
com a intencionalidade da adesão. Por outro lado, demonstraram que o hábito pode
suplantar a intenção de realizar determinada ação. Neste sentido, para
pesquisadores embora os profissionais valorizem e reconheçam a importância da
higienização das mãos, o hábito inadequado resulta em não adesão. (CIENCIA y
ENFERMERIA XV, 2009).
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA (2007), as
mãos constituem a microbiota transitória que coloniza a camada mais superficial da
pele: Staphylococcus aureu, S. epidermis, Enterococcus spp, resistentes a
vancomicina e Enterobacteriaceae, o que permite sua remoção mecânica pela
higienização das mãos com água e sabão, sendo eliminada facilmente, quando
utilizada solução antisséptica. O uso de sabão tem sua importância reconhecida na
prática de saúde, uma vez que representa um recurso primordial que diminui riscos
de contaminação, impede a reprodução de microrganismos e remove os
contaminantes orgânicos e inorgânicos. Para higienização simples das mãos, água e
sabão são utilizados por 30 segundos e após friccionar com solução alcoólica a
70%, por 40 a 60 segundos. As mãos é a principal via de transmissão de infecção
hospitalar, a higienização das mãos é de grande importância para eliminar
7. microrganismos da pele, prevenir a propagação de doenças, proteger-se contra as
agressões e sua eficácia depende da duração e da técnica. A higienização das
mãos deve ser um hábito entre os profissionais de saúde. Deve-se relembrar que a
recomendação da lavagem das mãos é datada de muito antes da era bacteriológica;
precisamente, a história tem como marco a atuação de Semmelweis. A portaria 12,
nº. 2616 de 12 de maio de 1998, do Ministério da Saúde, atribui a educação como
responsabilidade da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, já entendendo a
importância deste tema como meio eficaz para diminuição das infecções causadas
pela assistência prestada pelos profissionais da saúde. (BOLETIM DE
ENFERMAGEM – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, 2009)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo aqui apresentado busca enfatizar a necessidade de explicitar a
real importância de um pequeno e simples procedimento de higienização que é a
lavagem das mãos. O ato de higienização das mãos, por mais simples que seja,
deveria ser “subliminar” no decorrer de todo o curso ministrado aos acadêmicos da
Enfermagem, para a conscientização de uma ação contínua na profilaxia da flora
microbiota contaminante e colonizadora das mãos, principalmente no que tange ao
controle de infecções hospitalares.
A higienização das mãos (HM) é uma pequena atitude da equipe de
enfermagem com o elevado teor de consciência e, antes de tudo, responsabilidade
moral e ética, o reflexo dessa sublime atitude sobrecai de modo direto no paciente e
consequentemente na saúde pública, baixando os índices de infecções hospitalares
de modo amplamente significativo.
As lacunas da profilaxia ainda existem e não estão devidamente seladas,
de modo que o profissional da saúde, ainda que com todas as campanhas, banner,
portarias e normas de saúde, deixa ocorrer falhas ao higienizar as mãos, seja por
falta de tempo, esquecimento das técnicas ou mesmo imperícia, aumenta as
brechas na barreira do controle da infecção hospitalar.
É importante frisar que os patamares do conhecimento técnico-científico
desenvolvem a responsabilidade na equipe de enfermagem que no decorrer de sua
vida acadêmica, aprende a teoria e tem domínio sobre a prática de higienizar as
mãos (HM). A importância deste ato é reconhecida e recomendada pela
8. Organização Mundial da Saúde (OMS), através da Aliança Mundial para Segurança
do Paciente e no Brasil, o Ministério Da Saúde, através da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária, ANVISA com a portaria 2616 de 12/05/98, tem recomendações
e orientações para a adesão da higienização das mãos.
Conhecer e fazer uso rotineiro da higienização das mãos é de muita
relevância, pois, a equipe de enfermagem torna-se responsável pela saúde do
paciente e este, por sua vez, encontra-se suscetível e em alguns casos, totalmente a
mercê dos contatos e cuidados da equipe de enfermagem.
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