As três frases são:
1) O documento discute o movimento estudantil e revoltas da juventude em 1968 como um fenômeno global complexo e contraditório.
2) Importantes temas dos movimentos incluíram a rejeição ao imperialismo dos EUA e a democratização radical da universidade e da sociedade.
3) No Brasil, parte significativa dos estudantes universitários se mobilizou, especialmente nas capitais dos estados, em eventos importantes e inesperados.
Mov sociais a nova rebelião da classe media eesne_sup2012Elisio Estanque
Este artigo discute os movimentos sociais recentes, particularmente os protestos de 2011, e como eles refletem a insatisfação crescente de segmentos da classe média. Analisa como os movimentos dos anos 1960 influenciaram as sociedades ocidentais e como os novos movimentos sociais enfrentam desafios como identidades difusas e adversários abstratos. Também discute como a classe média portuguesa foi afetada nessa época e como os protestos atuais unem estudantes e trabalhadores precários.
Surgimento e Breve perspectiva histórica do anarquismo - Felipe CorrêaBlackBlocRJ
Este documento apresenta uma breve história do surgimento e desenvolvimento do anarquismo desde 1868 até os dias atuais. Ele define o anarquismo e suas correntes, discute o contexto histórico que levou ao surgimento do anarquismo e apresenta uma perspectiva histórica em cinco ondas, abordando os principais acontecimentos em cada região do mundo. O objetivo é mapear os eventos fundamentais envolvendo o anarquismo ao longo de 150 anos e indicar referências bibliográficas para estudos futuros mais aprofundados.
Este artigo discute as relações entre a Tropicália e a esquerda política nos anos 1960 no Brasil. Apesar de a esquerda da época defender que a arte deve refletir a realidade brasileira e estar associada à luta revolucionária, a Tropicália compartilhava desta visão geral, mas oferecia uma perspectiva mais complexa da realidade brasileira ao apontar a combinação entre o moderno e o arcaico, ao invés de enxergar apenas o arcaico como a esquerda. A noção de revolução defendida pela esquerda
1) O documento discute a concepção marxista-leninista de partido político revolucionário, desde a formulação de Marx e Engels no Manifesto do Partido Comunista até os escritos de Lenin. 2) Argumenta que o partido tem o papel de educar a classe operária sobre sua consciência de classe e interesses antagônicos à burguesia, levando à revolução socialista. 3) Detalha a formação teórica e prática de Lenin na Rússia no final do século 19 e início do 20, que consolida a concepção do partido
1. O documento discute o papel do movimento estudantil no processo revolucionário, analisando a relação entre a intelectualidade e as classes sociais.
2. A intelectualidade não constitui uma classe em si mesma, mas vincula-se às classes dominantes ou ao proletariado. Há atração da burguesia, repulsão da burguesia e atração do proletariado sobre a intelectualidade.
3. O movimento estudantil representa um setor da intelectualidade e desempenha importante papel na revolução através da luta ide
Este documento discute como combater o totalitarismo moderno em quatro passos: 1) denunciar a ideologia neoliberal global, 2) apresentar um modelo alternativo ao capitalismo, 3) caracterizar inimigos locais e globais, e 4) estabelecer alianças contra o totalitarismo.
Revolucionário ou reformista? Prós e contra do sindicato segundo Errico Malat...Thiago Lemos
1) O artigo discute a visão de Errico Malatesta sobre o papel dos sindicatos no movimento anarquista.
2) Malatesta criticou tanto os anarquistas individualistas quanto os comunistas libertários por se distanciarem do movimento operário.
3) Ele defendia que os sindicatos, por meio de táticas de ação direta como greves, poderiam ajudar a revolução, desde que não se tornassem reformistas.
Este artigo discute as visões sobre a natureza rebelde da juventude e sua relação com movimentos revolucionários. Apresenta autores que defendem essa visão "mitológica" e outros que criticam concepções ilusórias sobre os estudantes. Discute contribuições de Lênin e Trotski sobre as "tarefas" da juventude revolucionária e a necessidade de compreender os fatores concretos que influenciam sua relação com a revolução.
Mov sociais a nova rebelião da classe media eesne_sup2012Elisio Estanque
Este artigo discute os movimentos sociais recentes, particularmente os protestos de 2011, e como eles refletem a insatisfação crescente de segmentos da classe média. Analisa como os movimentos dos anos 1960 influenciaram as sociedades ocidentais e como os novos movimentos sociais enfrentam desafios como identidades difusas e adversários abstratos. Também discute como a classe média portuguesa foi afetada nessa época e como os protestos atuais unem estudantes e trabalhadores precários.
Surgimento e Breve perspectiva histórica do anarquismo - Felipe CorrêaBlackBlocRJ
Este documento apresenta uma breve história do surgimento e desenvolvimento do anarquismo desde 1868 até os dias atuais. Ele define o anarquismo e suas correntes, discute o contexto histórico que levou ao surgimento do anarquismo e apresenta uma perspectiva histórica em cinco ondas, abordando os principais acontecimentos em cada região do mundo. O objetivo é mapear os eventos fundamentais envolvendo o anarquismo ao longo de 150 anos e indicar referências bibliográficas para estudos futuros mais aprofundados.
Este artigo discute as relações entre a Tropicália e a esquerda política nos anos 1960 no Brasil. Apesar de a esquerda da época defender que a arte deve refletir a realidade brasileira e estar associada à luta revolucionária, a Tropicália compartilhava desta visão geral, mas oferecia uma perspectiva mais complexa da realidade brasileira ao apontar a combinação entre o moderno e o arcaico, ao invés de enxergar apenas o arcaico como a esquerda. A noção de revolução defendida pela esquerda
1) O documento discute a concepção marxista-leninista de partido político revolucionário, desde a formulação de Marx e Engels no Manifesto do Partido Comunista até os escritos de Lenin. 2) Argumenta que o partido tem o papel de educar a classe operária sobre sua consciência de classe e interesses antagônicos à burguesia, levando à revolução socialista. 3) Detalha a formação teórica e prática de Lenin na Rússia no final do século 19 e início do 20, que consolida a concepção do partido
1. O documento discute o papel do movimento estudantil no processo revolucionário, analisando a relação entre a intelectualidade e as classes sociais.
2. A intelectualidade não constitui uma classe em si mesma, mas vincula-se às classes dominantes ou ao proletariado. Há atração da burguesia, repulsão da burguesia e atração do proletariado sobre a intelectualidade.
3. O movimento estudantil representa um setor da intelectualidade e desempenha importante papel na revolução através da luta ide
Este documento discute como combater o totalitarismo moderno em quatro passos: 1) denunciar a ideologia neoliberal global, 2) apresentar um modelo alternativo ao capitalismo, 3) caracterizar inimigos locais e globais, e 4) estabelecer alianças contra o totalitarismo.
Revolucionário ou reformista? Prós e contra do sindicato segundo Errico Malat...Thiago Lemos
1) O artigo discute a visão de Errico Malatesta sobre o papel dos sindicatos no movimento anarquista.
2) Malatesta criticou tanto os anarquistas individualistas quanto os comunistas libertários por se distanciarem do movimento operário.
3) Ele defendia que os sindicatos, por meio de táticas de ação direta como greves, poderiam ajudar a revolução, desde que não se tornassem reformistas.
Este artigo discute as visões sobre a natureza rebelde da juventude e sua relação com movimentos revolucionários. Apresenta autores que defendem essa visão "mitológica" e outros que criticam concepções ilusórias sobre os estudantes. Discute contribuições de Lênin e Trotski sobre as "tarefas" da juventude revolucionária e a necessidade de compreender os fatores concretos que influenciam sua relação com a revolução.
Movimentos sociais na américa latina na atualidadeGracy Garcia
Este documento discute os movimentos sociais na América Latina no contexto da globalização. Apresenta como os movimentos sociais e organizações da sociedade civil têm lutado por direitos e justiça social em resposta às políticas neoliberais e seus impactos. Também destaca o papel central de movimentos como os sem-terra, indígenas, mulheres e economia solidária na promoção de alternativas emancipatórias.
O documento descreve a história do movimento estudantil no Brasil desde a década de 1950, incluindo a expansão das universidades, a luta pela reforma universitária nos anos 1960, a repressão durante o regime militar de 1964-1985, e os movimentos estudantis atuais.
O documento descreve a história dos movimentos estudantis no Brasil, desde a lei de 1985 que regulamentou as entidades estudantis até a ditadura militar entre 1964-1985, quando os movimentos foram proibidos e atuaram na clandestinidade, defendendo uma sociedade mais justa e democrática.
Mulheres Anarquistas, O Resgate de uma História Pouco ContadaBlackBlocRJ
Louise Michel foi uma professora e anarquista francesa que participou ativamente da Comuna de Paris em 1871, lutando nas barricadas contra as forças de Versalhes. Após a derrota da Comuna, foi presa e deportada para a Nova Caledônia por sete anos. Ao retornar para a França, continuou sua militância anarquista realizando conferências públicas até sua morte em 1905.
O documento descreve a tática dos "Black Blocs" e sua origem no movimento autônomo europeu. Os Black Blocs surgiram na Alemanha na década de 1980 como uma tática de militância anônima para resistir à repressão policial contra os movimentos sociais radicais e os squatters. Eles usavam roupas e máscaras pretas para se proteger durante protestos e ações diretas contra o capitalismo e o Estado. Esta tática se espalhou para outros países europeus e inspirou movimentos similares nos EUA.
Uma breve historia da AIT ou apenas InternacionalCarlo Romani
Este documento discute a Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) entre Marx e Bakunin. A AIT foi criada em 1864 para organizar trabalhadores internacionalmente, mas divergências ideológicas surgiram. Marx defendia um partido comunista centralizado enquanto Bakunin defendia o anarquismo coletivista e descentralização. Isso levou a disputas que eventualmente dividiram a organização.
A Comuna de Paris e o Estado - Mikhail BakuninBlackBlocRJ
Este documento discute a Comuna de Paris de 1871 e a noção de Estado. O autor descreve como a Comuna representou uma negação do Estado ao rejeitar a autoridade central de Versalhes e estabelecer um governo descentralizado e autogerido em Paris. Ele argumenta que a Comuna inaugurou uma nova era de emancipação popular e solidariedade internacional.
Da Periferia para o Centro - Felipe CorrêaBlackBlocRJ
O documento discute as diferenças entre as visões anarquista e marxista sobre o sujeito revolucionário e a transformação social. Bakunin defendia que camponeses e o "lumpemproletariado" desempenhavam papel revolucionário, ao contrário de Marx que via apenas o proletariado industrial como tal. Além disso, anarquistas queriam destruir relações de dominação "centro-periferia" sem criar novos centros de poder, diferentemente dos marxistas que visavam tomar o controle do Estado.
O documento descreve os eventos de Maio de 1968 na França. Começou com protestos estudantis contra a autoridade na Universidade de Nanterre, que se espalharam para a Sorbonne em Paris. Greves gerais paralisaram o país. O presidente de Gaulle dissolveu o governo e convocou novas eleições para acalmar a crise política. Embora os protestos tenham terminado, Maio de 1968 trouxe mudanças duradouras na sociedade francesa, como maior liberdade de expressão e emancipação feminina.
Os movimentos contestatários da juventude na década de 1960 incluíram o movimento hippie, que defendia a liberdade, paz e amor, os protestos de Maio de 1968 na França contra o autoritarismo, e o movimento pelos direitos civis liderado por Martin Luther King Jr nos EUA.
Este documento apresenta a biografia e as ideias da anarquista Emma Goldman. Detalha sua vida como operária imigrante nos EUA e sua radicalização após eventos como a greve de Haymarket. Goldman se tornou uma importante ativista anarquista e feminista, escrevendo sobre a emancipação individual e social. Suas ideias defendiam a cooperação voluntária em oposição ao Estado e ao capitalismo, e tiveram pouca repercussão no Brasil até recentemente.
Este documento descreve os eventos de maio de 1968 na França, quando estudantes se revoltaram contra a sociedade de consumo e autoridade. A revolta começou nos campi universitários e espalhou-se para os trabalhadores, questionando o sistema capitalista e a exploração da classe trabalhadora. Apesar de breve, a revolta alterou mentalidades e enfraqueceu o Partido Comunista, levando a maior abertura na sociedade francesa.
Este documento discute como as revoluções industriais foram acompanhadas por novas tecnologias sociais de organização do trabalho, não apenas por avanços tecnológicos. A produção medieval era realizada em casa e controlada pelos trabalhadores, enquanto o sistema de fábricas expropriou seu tempo, ferramentas e criatividade. Os trabalhadores inicialmente resistiram com revoltas e valores tradicionais, mas logo desenvolveram teorias socialistas utópicas para defender seus direitos.
As revoltas de junho no brasil e o anarquismoAlexandre Lemos
O documento discute o anarquismo e seu papel nas mobilizações de 2013 no Brasil. Aborda os princípios e teóricos do anarquismo, sua influência na América Latina e no Brasil, e analisa as revoltas de junho em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, destacando a presença de ideias anarquistas e a repressão estatal.
Teorias dos Estados Anarquista e Marxista - Felipe CorrêaBlackBlocRJ
Este documento discute as teorias do Estado anarquista e marxista, comparando as visões de Marx, Engels e Bakunin. Os anarquistas do século XX criticaram o bolchevismo e a social-democracia por não abandonarem o Estado. Bakunin via o Estado como uma ferramenta de dominação de classe e acreditava que ele criaria sua própria classe dominante, a burocracia. Isso fundamentou as críticas anarquistas ao socialismo estatal do século XX.
Movimentos sociais, Burocratização e Poder Popular Da Teoria à Prática - Feli...BlackBlocRJ
O documento discute movimentos sociais, sua definição e surgimento histórico. Apresenta três principais teorias sobre movimentos sociais e argumenta que a Teoria do Confronto Político oferece boas bases para análise. Discute também burocratização de movimentos, propondo um programa antiburocrático e projeto de poder popular, levantando problemas colocados pela prática.
Como nasceu e como morreu o marxismo ocidentalCésar Pereira
O documento discute como o "marxismo ocidental" falhou em reconhecer as questões coloniais e a violação dos direitos humanos nos países capitalistas e liberais. Isso levou a uma visão idealizada desses sistemas e uma incapacidade de criticá-los adequadamente. Autores como Mao e Ho Chi Minh, por outro lado, reconheceram a opressão racial e colonial nesses países. Essa remoção da questão colonial contribuiu para o declínio do marxismo ocidental.
O documento discute a história da IV Internacional fundada por Leon Trotsky em 1938 para defender os princípios do marxismo e da revolução socialista mundial. Ao longo do século XX, muitas correntes marxistas adotaram o nacionalismo em vez dos ideais internacionalistas. A IV Internacional e as ideias de Trotsky receberam pouca atenção acadêmica devido aos preconceitos contra o trotskismo propagados por Stalin.
Em maio de 1968, estudantes franceses iniciaram protestos contra a sociedade de consumo e o ensino tradicional que se espalharam para outros países. Os protestos começaram na Universidade de Nanterre e na Sorbonne em Paris e evoluíram para confrontos violentos com a polícia. Greves de trabalhadores paralisaram a França em solidariedade aos estudantes, apesar da oposição dos sindicatos comunistas que viam os protestos como "aventurismo".
1) O documento discute as origens e desenvolvimento do socialismo, desde as ideias utópicas até o socialismo científico de Marx.
2) A teoria da transição inclui conceitos como a ditadura do proletariado e o Estado de transição, com ênfase na defesa do poder político do proletariado.
3) As ideias marxistas se desenvolveram ao longo do tempo influenciadas por fatores como o capitalismo, novas revoluções e experiências socialistas.
Este documento promociona un coctel de coco sin alcohol llamado "Coctail de Coco Sin Licor" y proporciona información sobre unirse a un club llamado "Club The Cat" a través de su sitio web o suscribiéndose a su boletín de correo electrónico.
El documento explica que muchas personas escriben el número 7 con una barra horizontal a través del medio. Aunque esta costumbre ha desaparecido de la mayoría de las tipografías modernas, tiene su origen en la historia bíblica. Según la historia, cuando Moisés anunció el séptimo mandamiento "No desearás a la mujer de tu prójimo", la multitud gritó que tachara el 7 para evitar confusión. Desde entonces, muchos han continuado escribiendo el 7 con una raya a través.
Movimentos sociais na américa latina na atualidadeGracy Garcia
Este documento discute os movimentos sociais na América Latina no contexto da globalização. Apresenta como os movimentos sociais e organizações da sociedade civil têm lutado por direitos e justiça social em resposta às políticas neoliberais e seus impactos. Também destaca o papel central de movimentos como os sem-terra, indígenas, mulheres e economia solidária na promoção de alternativas emancipatórias.
O documento descreve a história do movimento estudantil no Brasil desde a década de 1950, incluindo a expansão das universidades, a luta pela reforma universitária nos anos 1960, a repressão durante o regime militar de 1964-1985, e os movimentos estudantis atuais.
O documento descreve a história dos movimentos estudantis no Brasil, desde a lei de 1985 que regulamentou as entidades estudantis até a ditadura militar entre 1964-1985, quando os movimentos foram proibidos e atuaram na clandestinidade, defendendo uma sociedade mais justa e democrática.
Mulheres Anarquistas, O Resgate de uma História Pouco ContadaBlackBlocRJ
Louise Michel foi uma professora e anarquista francesa que participou ativamente da Comuna de Paris em 1871, lutando nas barricadas contra as forças de Versalhes. Após a derrota da Comuna, foi presa e deportada para a Nova Caledônia por sete anos. Ao retornar para a França, continuou sua militância anarquista realizando conferências públicas até sua morte em 1905.
O documento descreve a tática dos "Black Blocs" e sua origem no movimento autônomo europeu. Os Black Blocs surgiram na Alemanha na década de 1980 como uma tática de militância anônima para resistir à repressão policial contra os movimentos sociais radicais e os squatters. Eles usavam roupas e máscaras pretas para se proteger durante protestos e ações diretas contra o capitalismo e o Estado. Esta tática se espalhou para outros países europeus e inspirou movimentos similares nos EUA.
Uma breve historia da AIT ou apenas InternacionalCarlo Romani
Este documento discute a Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) entre Marx e Bakunin. A AIT foi criada em 1864 para organizar trabalhadores internacionalmente, mas divergências ideológicas surgiram. Marx defendia um partido comunista centralizado enquanto Bakunin defendia o anarquismo coletivista e descentralização. Isso levou a disputas que eventualmente dividiram a organização.
A Comuna de Paris e o Estado - Mikhail BakuninBlackBlocRJ
Este documento discute a Comuna de Paris de 1871 e a noção de Estado. O autor descreve como a Comuna representou uma negação do Estado ao rejeitar a autoridade central de Versalhes e estabelecer um governo descentralizado e autogerido em Paris. Ele argumenta que a Comuna inaugurou uma nova era de emancipação popular e solidariedade internacional.
Da Periferia para o Centro - Felipe CorrêaBlackBlocRJ
O documento discute as diferenças entre as visões anarquista e marxista sobre o sujeito revolucionário e a transformação social. Bakunin defendia que camponeses e o "lumpemproletariado" desempenhavam papel revolucionário, ao contrário de Marx que via apenas o proletariado industrial como tal. Além disso, anarquistas queriam destruir relações de dominação "centro-periferia" sem criar novos centros de poder, diferentemente dos marxistas que visavam tomar o controle do Estado.
O documento descreve os eventos de Maio de 1968 na França. Começou com protestos estudantis contra a autoridade na Universidade de Nanterre, que se espalharam para a Sorbonne em Paris. Greves gerais paralisaram o país. O presidente de Gaulle dissolveu o governo e convocou novas eleições para acalmar a crise política. Embora os protestos tenham terminado, Maio de 1968 trouxe mudanças duradouras na sociedade francesa, como maior liberdade de expressão e emancipação feminina.
Os movimentos contestatários da juventude na década de 1960 incluíram o movimento hippie, que defendia a liberdade, paz e amor, os protestos de Maio de 1968 na França contra o autoritarismo, e o movimento pelos direitos civis liderado por Martin Luther King Jr nos EUA.
Este documento apresenta a biografia e as ideias da anarquista Emma Goldman. Detalha sua vida como operária imigrante nos EUA e sua radicalização após eventos como a greve de Haymarket. Goldman se tornou uma importante ativista anarquista e feminista, escrevendo sobre a emancipação individual e social. Suas ideias defendiam a cooperação voluntária em oposição ao Estado e ao capitalismo, e tiveram pouca repercussão no Brasil até recentemente.
Este documento descreve os eventos de maio de 1968 na França, quando estudantes se revoltaram contra a sociedade de consumo e autoridade. A revolta começou nos campi universitários e espalhou-se para os trabalhadores, questionando o sistema capitalista e a exploração da classe trabalhadora. Apesar de breve, a revolta alterou mentalidades e enfraqueceu o Partido Comunista, levando a maior abertura na sociedade francesa.
Este documento discute como as revoluções industriais foram acompanhadas por novas tecnologias sociais de organização do trabalho, não apenas por avanços tecnológicos. A produção medieval era realizada em casa e controlada pelos trabalhadores, enquanto o sistema de fábricas expropriou seu tempo, ferramentas e criatividade. Os trabalhadores inicialmente resistiram com revoltas e valores tradicionais, mas logo desenvolveram teorias socialistas utópicas para defender seus direitos.
As revoltas de junho no brasil e o anarquismoAlexandre Lemos
O documento discute o anarquismo e seu papel nas mobilizações de 2013 no Brasil. Aborda os princípios e teóricos do anarquismo, sua influência na América Latina e no Brasil, e analisa as revoltas de junho em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, destacando a presença de ideias anarquistas e a repressão estatal.
Teorias dos Estados Anarquista e Marxista - Felipe CorrêaBlackBlocRJ
Este documento discute as teorias do Estado anarquista e marxista, comparando as visões de Marx, Engels e Bakunin. Os anarquistas do século XX criticaram o bolchevismo e a social-democracia por não abandonarem o Estado. Bakunin via o Estado como uma ferramenta de dominação de classe e acreditava que ele criaria sua própria classe dominante, a burocracia. Isso fundamentou as críticas anarquistas ao socialismo estatal do século XX.
Movimentos sociais, Burocratização e Poder Popular Da Teoria à Prática - Feli...BlackBlocRJ
O documento discute movimentos sociais, sua definição e surgimento histórico. Apresenta três principais teorias sobre movimentos sociais e argumenta que a Teoria do Confronto Político oferece boas bases para análise. Discute também burocratização de movimentos, propondo um programa antiburocrático e projeto de poder popular, levantando problemas colocados pela prática.
Como nasceu e como morreu o marxismo ocidentalCésar Pereira
O documento discute como o "marxismo ocidental" falhou em reconhecer as questões coloniais e a violação dos direitos humanos nos países capitalistas e liberais. Isso levou a uma visão idealizada desses sistemas e uma incapacidade de criticá-los adequadamente. Autores como Mao e Ho Chi Minh, por outro lado, reconheceram a opressão racial e colonial nesses países. Essa remoção da questão colonial contribuiu para o declínio do marxismo ocidental.
O documento discute a história da IV Internacional fundada por Leon Trotsky em 1938 para defender os princípios do marxismo e da revolução socialista mundial. Ao longo do século XX, muitas correntes marxistas adotaram o nacionalismo em vez dos ideais internacionalistas. A IV Internacional e as ideias de Trotsky receberam pouca atenção acadêmica devido aos preconceitos contra o trotskismo propagados por Stalin.
Em maio de 1968, estudantes franceses iniciaram protestos contra a sociedade de consumo e o ensino tradicional que se espalharam para outros países. Os protestos começaram na Universidade de Nanterre e na Sorbonne em Paris e evoluíram para confrontos violentos com a polícia. Greves de trabalhadores paralisaram a França em solidariedade aos estudantes, apesar da oposição dos sindicatos comunistas que viam os protestos como "aventurismo".
1) O documento discute as origens e desenvolvimento do socialismo, desde as ideias utópicas até o socialismo científico de Marx.
2) A teoria da transição inclui conceitos como a ditadura do proletariado e o Estado de transição, com ênfase na defesa do poder político do proletariado.
3) As ideias marxistas se desenvolveram ao longo do tempo influenciadas por fatores como o capitalismo, novas revoluções e experiências socialistas.
Este documento promociona un coctel de coco sin alcohol llamado "Coctail de Coco Sin Licor" y proporciona información sobre unirse a un club llamado "Club The Cat" a través de su sitio web o suscribiéndose a su boletín de correo electrónico.
El documento explica que muchas personas escriben el número 7 con una barra horizontal a través del medio. Aunque esta costumbre ha desaparecido de la mayoría de las tipografías modernas, tiene su origen en la historia bíblica. Según la historia, cuando Moisés anunció el séptimo mandamiento "No desearás a la mujer de tu prójimo", la multitud gritó que tachara el 7 para evitar confusión. Desde entonces, muchos han continuado escribiendo el 7 con una raya a través.
El documento pide que las personas reenvíen un mensaje a todos sus contactos para ayudar a una niña de 14 meses que sufrió quemaduras graves en la cara y el cuerpo debido a un accidente. Explica que la niña se encuentra en un hospital en Polonia recibiendo tratamiento de un especialista, pero aún necesita múltiples cirugías y rehabilitación, y sus padres ya no tienen más dinero. Pide a las personas que reenvíen el mensaje para que los padres de la niña reciban 3 centavos por cada correo electrónico enviado.
El documento describe la Sagrada Escritura como una obra de Dios a través de la acción de las tres personas de la Santísima Trinidad. Se atribuye particularmente al Espíritu Santo ya que la Biblia es para nuestra salvación. Además, la Sagrada Escritura puede ser vista como la manifestación de la Palabra de Dios encarnada en Jesucristo y como un puente entre lo divino y lo humano que contiene la revelación de Dios.
La carta agradece a la madre por su amor incondicional, comprensión y perdón. Reconoce que a veces el gran amor de una madre puede confundirse con egoísmo, pero que incluso sus mayores fallas las comete por amor. Pide perdón por sus propios errores y desea darle solo felicidad a su madre, quien se merece lo mejor.
O artigo discute o movimento estudantil mundial de 1968, que abrangeu parte importante do planeta. O autor argumenta que a revolta teve início e uma de suas principais fontes no Terceiro Mundo. Apesar de eventos importantes no Primeiro Mundo também, como na França, a onda teve características nacionais particulares em cada país. Um elemento comum foi o fato de os movimentos serem de juventude universitária das classes médias, principalmente em grandes cidades.
O documento descreve eventos importantes que ocorreram em 1968 ao redor do mundo, incluindo protestos estudantis na França que levaram a uma greve geral, a contracultura hippie nos Estados Unidos, e o massacre de estudantes no México durante um protesto em Tlatelolco.
O documento discute como a utopia ainda é a melhor forma de questionar a exclusão social e como os protestos de 1968 trouxeram mudanças estruturais à sociedade. Apesar de ganhos positivos como maior liberdade para as mulheres, o espírito capitalista acabou se recuperando. Hoje existem quatro antagonismos que impedem a reprodução infinita do capitalismo: ameaças ecológicas, propriedade intelectual, avanços tecnocientíficos e novas formas de apartheid. A tarefa do século 21 é politizar as
O documento descreve as transformações culturais e sociais na Europa entre 1905 e os anos 1960, incluindo as guerras mundiais, a Grande Depressão e o surgimento de novos movimentos artísticos e ideologias como o modernismo e o fascismo.
O documento descreve a história do movimento feminista ao longo dos séculos XIX e XX, dividido em três ondas principais. A primeira onda lutou principalmente pelo direito ao voto no final do século XIX. A segunda onda emergiu na década de 1960 com foco em conquistar igualdade de direitos e desnaturalizar diferenças entre os gêneros. A terceira onda se estabeleceu na década de 1990, continuando a luta contra a violência de gênero e pela participação política das mulheres.
Mesa Redonda Arquivo, Memória e Ditadura - Edição 2013Arquivista.org
O documento discute os movimentos contra-hegemônicos no Brasil durante a ditadura militar e a luta pela democratização. Apresenta os determinantes sócio-históricos destes movimentos, incluindo as lutas de classes e os movimentos internacionais na década de 1960. Também descreve os principais movimentos culturais e artísticos de resistência à ditadura, como o cinema novo e a bossa nova. Finalmente, discute os movimentos operários e estudantis que ganharam força a partir da década de 1970 pela redemocratização do
A Guerra Fria influenciou o mundo inteiro e levou ao surgimento do movimento contracultura nos anos 1960-1970, que questionou os valores da sociedade ocidental e introduziu novos costumes. Esses movimentos, como o hippie, ainda influenciam debates sobre os modelos de sociedade capitalista e socialista.
O documento resume os principais acontecimentos políticos e sociais de 1968 ao redor do mundo, com ênfase no Brasil. Em 3 frases:
1) Foi um ano marcado por protestos estudantis em todo o mundo, pela guerra no Vietnã e invasão da Tchecoslováquia.
2) No Brasil, houve manifestações contra a ditadura militar e o surgimento do movimento tropicalista.
3) O ano terminou com a edição do Ato Institucional no5, que ampliou a repressão no país.
O documento descreve os movimentos sociais da década de 1960, incluindo protestos contra a guerra do Vietnã e por direitos civis. A música se tornou um veículo importante de protesto social. Em 1968, explodiu uma revolução em Paris liderada por estudantes e trabalhadores que propunham uma sociedade mais livre.
Cultura e sociedade década de 1950 a 1980Nívia Sales
O documento descreve vários movimentos de contracultura que ocorreram nas décadas de 1960 e 1970, incluindo: 1) o movimento pelos direitos civis nos EUA liderado por Martin Luther King Jr.; 2) a Geração Beat e sua rejeição aos padrões da classe média americana; 3) a Nova Esquerda nos EUA que se opunha à guerra do Vietnã e defendia a igualdade racial. Também discute movimentos no Leste Europeu que contestaram o domínio soviético, como os levante na Polônia e Hung
O documento apresenta uma introdução aos principais representantes dos estudos de mídia contemporâneos, como Marshall McLuhan, Umberto Eco e os estudos de mídia na América Latina. Discorre sobre a produção, contribuições e pesquisa nessa área, destacando os principais centros de pesquisa entre os anos 1950-1970 e suas orientações teóricas, como a teoria da dependência e o conceito de hegemonia. Também menciona as principais revistas comunicacionais do período e conceitos como semiologia e estruturalismo que inspiraram
O documento discute os eventos globais de 1968, um ano de grandes movimentos sociais e culturais. Apresenta a Guerra Fria, o movimento hippie, protestos estudantis em todo o mundo e a revolução cultural que questionou as normas estabelecidas.
Mov sociais a nova rebelião da classe media eesne_sup2012Elisio Estanque
1) O documento discute os movimentos sociais recentes, particularmente os que ocorreram em 2011, e como eles refletem a insatisfação das classes médias.
2) Analisa como os movimentos sociais dos anos 1960 influenciaram as sociedades ocidentais e promoveram mudanças culturais, apesar de terem sido inicialmente derrotados.
3) Discutem como os movimentos atuais envolvem uma ampla gama de segmentos sociais precários, não apenas estudantes, e buscam novas formas de ativismo.
002 3º ano história rafael - guerra fria 2015Rafael Noronha
O documento descreve os principais eventos da Guerra Fria entre 1945 e 1989, incluindo a divisão da Europa e da Alemanha, a corrida espacial entre EUA e URSS, as revoluções socialistas na China e Cuba, os movimentos de 1968, e o fim da Guerra Fria com a queda do Muro de Berlim em 1989.
Este documento descreve os principais eventos da Guerra Fria após a Segunda Guerra Mundial, incluindo a divisão da Europa entre a OTAN e o COMECON, a corrida espacial entre EUA e URSS, a Guerra do Vietnã, as revoluções na China e Cuba, e os movimentos estudantis de 1968 que desafiaram o status quo em todo o mundo. O documento também discute como a Guerra Fria influenciou a América Latina e como o conflito entre capitalismo e socialismo chegou ao fim na década de 1980.
O documento descreve as origens do Black Bloc, um grupo de protesto que usa roupas e máscaras pretas para se manifestar anonimamente. O Black Bloc surgiu nos anos 1980 na Alemanha entre jovens autônomos que ocupavam prédios abandonados e criavam centros sociais alternativos. Quando o governo começou a reprimir os autônomos com despejos e prisões, os protestos se tornaram mais militantes, levando ao surgimento do Black Bloc como tática de resistência anônima.
Daniel AarãO 150 Anos Manifesto Comunistacarloslyr
1) O artigo descreve o Encontro Internacional realizado em Paris para comemorar os 150 anos da publicação do Manifesto Comunista, que reuniu cerca de 1500 pessoas de diversos países.
2) No encontro, três principais abordagens foram identificadas: uma apologética do pensamento de Marx, uma aberta a revisões, e uma intermediária entre as duas.
3) O autor aponta desafios como a conjugação do internacionalismo com o respeito às particularidades locais e a ausência de jovens nos debates.
Tema 00 introdução parte iv (j c ruy).ppt 04altairfreitas
Este documento descreve a história do marxismo-leninismo no Brasil desde referências iniciais no século 19 até os dias atuais. Aborda tópicos como a fundação do Partido Comunista do Brasil na década de 1920, a influência da União Soviética nas décadas seguintes, e o debate intelectual sobre o marxismo que cresceu nas universidades brasileiras a partir da década de 1950. Também discute as diferentes correntes e organizações marxistas que influenciaram o pensamento político brasileiro ao longo
Este documento descreve os movimentos sociais e políticos da década de 1960, conhecidos como "anos da utopia". Influenciados por pensadores como Marx, Sartre e Marcuse, jovens em todo o mundo contestaram os valores burgueses e propuseram uma nova ordem baseada no bem-estar coletivo, amor e pacifismo. No entanto, cada país teve suas próprias manifestações de acordo com suas questões sociais específicas.
O documento discute as origens e teorias do socialismo, desde os socialistas utópicos do século 18 até as diferentes abordagens modernas. Apresenta os principais pensadores socialistas como Marx, Engels e Lenin e descreve o socialismo real implementado na União Soviética sob Stalin como uma ditadura sangrenta.
Semelhante a Artigo de luís antônio groppo em revista em 2008 (20)
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre o movimento estudantil na Universidade Federal de Minas Gerais como uma organização social detentora de projetos políticos. O trabalho argumenta que os movimentos sociais podem ser objetos válidos de estudo para os estudos organizacionais e analisa como o movimento estudantil na UFMG se organiza em torno de projetos políticos que servem de base para a identidade e unidade dos estudantes.
Este documento descreve a participação juvenil em movimentos sociais no estado de Pernambuco entre 1958-1964. Os jovens se engajaram em movimentos estudantis e de reforma agrária, liderados por organizações como a UNE e a JUC. Embora a juventude tenha desempenhado um papel importante, suas identidades eram definidas principalmente por outras categorias como trabalhadores e estudantes.
Este trabalho analisa o discurso atual da União Nacional dos Estudantes (UNE) por meio de uma perspectiva linguístico-discursiva, com foco na noção de éthos. Seleciona dez textos da UNE entre 2011-2012 e os analisa com base nos planos temáticos, vocabulário, estatuto do enunciador e modo de enunciação. Os resultados revelam um discurso de esquerda com dois éthes principais: um "cidadão", que busca o bem comum, e um "revolucionário", que alme
1. O documento discute a operacionalização das repúblicas estudantis no carnaval de Ouro Preto em 2012, com foco na República Xeque-Mate.
2. As repúblicas são parte importante da cultura universitária da cidade e oferecem pacotes especiais para receber turistas durante o carnaval, com acomodação, alimentação, festas e acesso aos blocos e escolas de samba.
3. A pesquisa analisa como a República Xeque-Mate recebeu os turistas no carnaval de 2012
1. Este documento apresenta uma monografia sobre o perfil dos turistas e suas escolhas de hospedagem em três eventos na cidade de Ouro Preto em 2006: Carnaval, Semana Santa e um evento científico. 2. A metodologia incluiu questionários aplicados aos turistas para identificar sua demanda, a oferta formal e informal de hospedagem, e seus perfis socioeconômicos. 3. Os resultados mostraram que no Carnaval a maioria era jovem e se hospedou em repúblicas estudantis, enquanto na Semana
O documento é uma dissertação de mestrado apresentada à Universidade Federal de Ouro Preto que analisa o Festival de Inverno de Ouro Preto, evento cultural promovido anualmente entre 1967 e 1979. O sumário destaca que o festival oferecia cursos de férias em artes e promovia exposições e espetáculos, atraindo centenas de pessoas à cidade histórica. Além das atividades oficiais, existia um circuito paralelo com vida noturna e manifestações sobre liberdade sexual e drogas, gerando conflitos com setores conservadores loc
Esta dissertação analisa a atuação da União Nacional dos Estudantes (UNE) no Brasil entre 1945 e 1964, período marcado por fortes disputas políticas e ideológicas. Apresenta as principais forças políticas que atuaram no movimento estudantil, como comunistas, udenistas, socialistas, católicos e anticomunistas radicais, que disputavam espaço na UNE para defender suas crenças. Analisa como essas forças influenciaram a atuação da entidade estudantil nesse período turbulento da história
Este documento é uma dissertação de mestrado apresentada à Universidade Estadual de Montes Claros sobre a Corrente Revolucionária de Minas Gerais (CORRENTE) e a Ação Libertadora Nacional (ALN), organizações revolucionárias de esquerda que atuaram na resistência armada contra a ditadura civil-militar em Minas Gerais entre 1967-1971. A dissertação analisa a formação, propostas revolucionárias e trajetória das organizações a partir de depoimentos de ex-militantes e documentos produzidos pela polícia política.
Este documento apresenta uma monografia sobre hospitalidade em moradias estudantis em Ouro Preto-MG. A autora realizou um estudo de caso sobre as tradicionais repúblicas da cidade, destacando suas histórias e relacionando os conceitos de hospitalidade com o sistema destas moradias. A pesquisa descreve 8 repúblicas estudadas e analisa como a hospitalidade ocorre nesses espaços para calouros, ex-alunos, amigos e turistas. A autora conclui que as repúblicas proporcionam hospitalidade de forma peculiar em O
Esta dissertação analisa os significados construídos por militantes estudantis da Faculdade de Medicina da UFRJ sobre recentes transformações na Universidade e políticas públicas de ensino superior e saúde. A pesquisa utilizou entrevistas com militantes do Centro Acadêmico Carlos Chagas e observação de suas atividades. Os resultados apontaram tensões entre defesa de propostas democratizantes e interesses da medicina, influenciados pela construção social da profissão como saber legítimo. A militância parece enfraquecida pela fragilidade nas "bande
Este documento apresenta a tese de doutorado de Carla Agda Gonçalves sobre o Programa REUNI e a implantação do curso de Serviço Social da Universidade Federal de Goiás. A tese analisa os significados e ressonâncias do processo de implantação do curso, que foi pioneiro no estado de Goiás. A pesquisa incluiu entrevistas com representantes do curso sobre os impactos da implantação e se representou uma expansão importante da formação de assistentes sociais na região.
1. O documento é uma dissertação de mestrado apresentada à Universidade Federal do Piauí sobre o cineasta pernambucano Jomard Muniz de Britto e seu filme "O Palhaço Degolado" de 1976.
2. O filme é analisado como um laboratório de crítica cultural que desafiou as visões tradicionais de cultura brasileira de intelectuais como Gilberto Freyre e Ariano Suassuna durante a repressão política da ditadura militar.
3. A dissertação argumenta que "O Palhaço
O documento descreve uma pesquisa sobre a aquisição de orações relativas em língua inglesa por alunos brasileiros. A pesquisa utilizará tarefas de produção escrita antes e depois de uma intervenção pedagógica focada na forma gramatica para analisar os efeitos no uso de orações relativas.
Este documento trata da autoavaliação institucional proposta pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior para instituições públicas e privadas. A pesquisa analisou como esse processo vem sendo implementado em duas instituições de ensino superior e seus efeitos na atuação docente. Os resultados indicaram que a autoavaliação passou por diferentes fases de implantação e que alguns aspectos da docência, como o relacionamento professor-aluno, vêm sendo modificados com base nos resultados das avaliações.
Este documento fornece informações sobre a Revista Mosaico, publicada pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). A revista é produzida pelo Curso de Graduação em Letras do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da UNESP e publica artigos sobre estudos literários produzidos por alunos. Este número em particular contém onze artigos que abordam questões de gêneros literários como poesia, narrativa e teatro sob diferentes perspectivas e autores.
Este trabalho analisa como o artista visual Claudio Tozzi desenvolveu entre 1964-1968 uma poética engajada de resistência ao regime militar brasileiro por meio de obras que criticavam o golpe de 1964, o apoio estadunidense à ditadura e o governo de Castello Branco de forma irônica, além de propor narrativas sobre marginalidade, liberação sexual e conquistas femininas. O trabalho interpreta os sentidos dessas obras à luz da História da Arte como diálogo entre fenômenos artísticos e políticos.
Este manual do professor apresenta orientações para o uso da coleção "Perspectiva História" no ensino de História no 9o ano do Ensino Fundamental. Ele aborda temas como o papel do professor, a avaliação de alunos, o uso de tecnologias e filmes em sala de aula, e fornece diretrizes específicas para cada unidade do livro didático do 9o ano.
1) O documento discute a ritualização nas Repúblicas Federais de Ouro Preto através de "rezas de cachaça" e hinos. Estas práticas refletem aspectos da cultura estudantil e revelam características de tradição oral, identidade e pertencimento.
2) Ouro Preto abriga 68 Repúblicas Federais, antigos casarões transformados em moradias estudantis cedidos pela Universidade Federal de Ouro Preto.
3) Estas atividades ritualísticas normalmente ocorrem em festas nas repúblicas
Mais de citacoesdosprojetosdeotavioluizmachado (20)
Paper A ritualização nas repúblicas federais de ouro preto mg - dos hinos à...
Artigo de luís antônio groppo em revista em 2008
1. Teoria e Debate Especial 1968 H maio 200835
S
empre me senti surpre-
endido pela vastidão do
movimento de 1968, que
abrangeu parte importante
do planeta. Do mesmo modo, sempre
me intrigaram os relatos sobre sua
força e influência. Nascido em 1971,
em meio à “geração AI-5”, não aceitei
nunca com tranqüilidade a taxação
de que os jovens das décadas pos-
teriores à de 1960 eram apolíticos,
AgênciaEstado
A revolta mundial da
juventude e o Brasil
movimento Estudantil
José Dirceu,
presidente da União
Estadual dos Estudantes
de São Paulo, em 1968
alienados ou individualistas. E quis
mesmo conferir a tal força de 1968.
Se ainda considero caricata a ima-
gem dos jovens da minha geração
como tão somente individualistas, a
pesquisa à qual me dediquei durante
meu doutoramento me fez aprender
a enorme energia da revolta de 1968.
E o que me propus a fazer foi observá-
la como um movimento juvenil de
caráter mundial.
Parte considerável dos universitários se mobilizou, em especial
nas capitais dos estados, em eventos tão importantes quanto
inesperados Luís Antonio Groppo
Menos que uma coincidência no
tempo de inúmeras revoltas de cunho
nacional, quis ler 1968 – e as revoltas
juvenis dos anos 1960 em seu todo,
na verdade – como fenômeno único,
complexo e contraditório, de cunho
global, como uma onda mundial de
revoltas. Ao mesmo tempo, considerei
que este movimento teve na juventude
real ou presumida de seus integrantes
o seu principal elemento comum. Tal
2. Teoria e Debate – Especial 1968 H maio 2008 36
olhar não deve nos abster, entretanto,
de compreender as muitas nuanças
destas revoltas que, é bem verdade,
tiveram características nacionais e
mesmo locais bastante particulares.
Outro risco a se evitar com o olhar
global sobre 1968 é o de considerar
os movimentos algo mais legítimo
ou característico dos países ditos
“desenvolvidos”. Ainda que contrá-
rio à mera inversão simplista desta
postura, o que eu proponho é que
a onda mundial de revoltas teve no
Terceiro Mundo seu início e uma de
suas principais fontes. Isto não signi-
fica desconsiderar a importância dos
movimentos do “Primeiro Mundo”,
ao contrário. O maio francês de 1968
foi provavelmente o movimento em
que as possibilidades emancipatórias
daquela onda tenham ido mais longe.
A Alemanha teve importantes movi-
mentos estudantis na então Berlim
Ocidental desde o início da década
de 1960. E, mesmo depois de 1968,
países que já haviam tido eventos
muito relevantes, atingiriam o ápice
de suas mobilizações, como a Itália
(com uma greve estudantil-operária
de amplas proporções em 1969) e os
tos “anti-socialistas”, mas sim contra
as feições totalitárias, burocráticas e
corruptas assumidas pelos regimes
soviéticos, em prol de mais liberdade
e democracia.
Entre os elementos que deram a
1968 relativa unidade, deve ser cita-
do, primeiro, o fato de que os mais
característicos movimentos eram de
juventude universitária com origem
principalmente nas classes médias
(principalmente das “novas classes
médias”). Como segundo elemento
de unidade, os movimentos se deram
principalmente nas grandes cidades,
que eram centros políticos e econô-
micos (São Francisco, Washington,
Nova York, Londres, Berlim, Paris,
São Paulo, Rio de Janeiro, Cidade do
México, Praga, Tóquio, Cairo etc.).
Terceiro, tinham como elementos
desencadeadores aspectos de um
explosivo contexto histórico mundial:
fatores geopolíticos como a guerra
fria e a descolonização da Ásia e da
África; fatores socioeconômicos como
o enorme avanço da economia mun-
dial no pós-Segunda Guerra Mundial
e a ascensão das novas classes médias
(mais ligadas aos setores de serviços e
técnicos); e fatores político-culturais,
como as transformações nas univer-
sidades, os novos radicalismos e a
contracultura.
Importantes temas de cada movi-
mento nacional giraram em torno de
alguns eixos, em especial a rejeição
agressiva ao imperialismo norte-ame-
ricano (a começar pelos protestos no
interior dos próprios Estados Unidos
contra a guerra do Vietnã). Também
se fez a crítica à tese da “convivência
pacífica” entre o socialismo soviético
e o capitalismo de extração norte-
americano, e adotaram-se temas
sobre a democratização radical da
universidade e da sociedade; mundo
Estados Unidos (com uma enorme
revolta estudantil em 1970 contra a
invasão do Camboja, no contexto da
guerra do Vietnã).
Mas, no Terceiro Mundo, foi forte
e até mesmo precursora esta onda. Na
América Latina, inclusive Brasil e Mé-
xico, na Ásia, em países como Japão,
Vietnã, Paquistão e Bangladesh, Sri
Lanka, Índia, Iraque, Irã, Síria, Israel,
Palestina, Turquia, Líbano, Tailândia,
Birmânia e Malásia, e na África, como
Nigéria, Senegal, Egito, Argélia, Marro-
cos, Mauritânia, Congo e Camarões, a
onda mundial de revoltas teve eventos
tão importantes quanto inesperados
para um olhar que espera apenas do
“Ocidente civilizado” os ímpetos de
emancipação da humanidade.
Também, contra quaisquer sim-
plismos na interpretação destes even-
tos, que poderiam caracterizá-los tão
somente como “anticapitalistas” (que,
em boa medida, realmente eram),
1968 foi muito importante também
no antigo mundo socialista, em pa-
íses como Polônia, ex-Iugoslávia, ex-
Tchecoslováquia, antiga Alemanha
Oriental e, na China, a revolução cul-
tural. Não se tratavam de movimen-
A relativa unidade está no fato de que os mais característicos movimentos eram de juventude
universitária
AgênciaEstado
3. Teoria e Debate Especial 1968 H maio 200837
afora, declarou-se solidariedade aos
movimentos de libertação nacional,
fizeram-se presentes de modo con-
tundente os socialismos heterodoxos
– em especial os da revolução cultural
chinesa e os da revolução cubana – e
houve a apologia e algumas vezes até
a prática de guerrilhas, luta armada e
“guerra popular revolucionária”, sob
a influência dos socialismos antes
citados. Esta apologia, demonstrando
a complexidade e a contraditoriedade
desta galáxia de rebeldias, conviveu,
algumas vezes bem, outras mal,
com propostas de reestruturação e
transformação da vida cotidiana,
da cultura e do comportamento, em
especial na práxis da contracultura e
do movimento hippie.
Em todos os movimentos, certa-
mente, foram marcantes as mani-
festações artístico-culturais, como o
Cinema Novo, a canção de protesto e
o tropicalismo no Brasil, o movimento
hippie, as drogas psicodélicas e a revo-
lução sexual nos Estados Unidos e em
outros países da Europa Ocidental, os
grafites e os panfletos no maio de 1968
francês, a literatura e o teatro nos paí-
ses soviéticos do Leste Europeu e, até
dos. As possibilidades de rebeldia
não são as mesmas em todos os tem-
pos. Os jovens não são socializados
sempre com os mesmos valores, nem
sempre as alternativas de contestação
estão abertas a todos. Quase nunca as
manifestações de descontentamento
se dão do modo esperado, da forma
“clássica” de fazer revolta política. Se
houve condições sociais e políticas
que praticamente empurraram os
jovens estudantes das classes médias
à revolta em 1968, os jovens de hoje
não deixam de protagonizar outros
e novos protestos. Temos protestos
recentes contra a globalização neoli-
beral que contaram com importante
participação dos jovens entre os seus
manifestantes, durante reuniões
das instituições financeiras e políti-
cas supranacionais (como o Fundo
Monetário Internacional − FMI −, o
Banco Mundial e o G-7 – o grupo dos
sete países mais ricos do mundo).
Também, contra a segunda guerra do
Iraque, em 2003, em muitos países.
Outro questionamento logo se
apresenta. É preciso perguntar sem-
pre de qual jovem estamos falando,
seja hoje, seja em 1968. A juventude
das camadas trabalhadoras não é a
mesma das camadas mais bem provi-
das de recursos financeiros. A própria
possibilidade de viver a juventude
como tempo de preparação para o fu-
turo papel adulto é algo que esteve e
está mais à disposição de certas clas-
ses, certo gênero, etnia e regiões do
país que de outras. Os jovens rebeldes
de 1968 foram, em ampla margem,
filhos das classes médias.
mesmo, os cartazes e as caricaturas
na revolução cultural chinesa.
Na arte, nas manifestações cultu-
rais e nas novas doutrinas políticas,
todo um rol de respostas alternativas
à situação global insatisfatória vivida
naquele momento estava à disposi-
ção, a serviço do cultivo da rebeldia.
Enquanto o “sistema” oferecia, como
supostas alternativas, a indústria
cultural massificada, o discurso de
fundo moralizante e tradicionalista
do mundo “democrático” ou a versão
estreita da ortodoxia comunista sovi-
ética, os jovens buscaram respostas e
modelos alternativos: Che Guevara e
Cuba, Mao-Tsé e a China, o Vietnã e as
lutas dos povos oprimidos nos países
do Terceiro Mundo, intelectuais e
novas organizações de esquerda que
criticavam o comunismo soviético (o
filósofo alemão Herbert Marcuse e a
Escola de Frankfurt, novas revistas e
organizações de nova esquerda na Eu-
ropa, grupos de discussão e ação estu-
dantil) e contestadores culturais.
Creio que não se devem idealizar
os jovens do passado, nem desprezar
os do presente, muito menos usar os
primeiros para condenar os segun-
Importantes temas de cada movimento nacional giraram
em torno da rejeição agressiva ao imperialismo norte-americano
e a democratização radical da universidade
Vladimir Palmeira, presidente da União Metropolitana dos Estudantes (RJ),
liderou a Passeata dos Cem Mil
AcervoIconographia
4. Teoria e Debate – Especial 1968 H maio 2008 38
Como último ponto, apresento
uma breve descrição desta revolta no
Brasil. O Brasil também fez parte da
onda mundial de revoltas estudantis-
juvenis de 1968. Aqui, ela mobilizou
parte considerável dos estudantes
universitários, em especial nas ca-
pitais dos estados, mas também há
notícias de importantes ações em
regiões interioranas, como no estado
de São Paulo. Se a seguir destacarei os
eventos das capitais paulista e cario-
ca, entretanto, é preciso enfatizar que
manifestações muito importantes
se deram em quase todas as demais
capitais, como em Brasília, Belo Ho-
rizonte, Goiânia e Curitiba.
O principal oponente deste movi-
mento foi o regime militar instalado
no Brasil pelo golpe de 1964. O golpe
derrubou a ordem populista em crise,
AUniversidade de Brasília (UnB) era
um sonho em 1968. E ainda é. Há
quarenta anos, era o sonho de inovação,
de renovação, desta que é uma instituição
medieval, conservadora e corporativista,
e que sobrevive há quase mil anos desde
a criação da Universidade de Bolonha, na
Europa1
. A UnB era o sonho da universi-
dade brasileira, em construção.
Aprovado em dois vestibulares da
Universidade Federal de Minas Gerais,
em Belo Horizonte, segui para Brasília
em 1966. Queria estudar na UnB, re-
cém-reaberta depois da invasão das
tropas da ditadura militar em 1965. A
Universidade de Brasília era isso: sonho
que atraía, mobilizava, clamava, paixão
à primeira vista. Estudantes vinham de
todo o Brasil, todos querendo ajudar a
construir a universidade que Juscelino
Kubitschek demorara a aceitar.A UnB era
precoce ruína de concreto. Construção
interrompida pelos militares, o Instituto
Central de Ciência (ICC) − chamado de
“minhocão” –, que hoje é espinha dorsal
da universidade, constituía uma estrutura
de concreto abandonada. O Centro Olím-
pico resumia-se a barracões de madeira
à beira do lago Paranoá, que ocupamos
em 1967 como moradia estudantil; o
Instituto de Teologia – hoje Fundação
Educacional do Distrito Federal –, espigão
de cimento armado invadido pelo mato.
Tudo era sonho, provisório, estruturas de
madeira, poeira vermelha que nos coloria
e dava vida à UnB.
O movimento estudantil organizou-se
desde o seu nascedouro, com a cons-
trução da Federação dos Estudantes
Universitários de Brasília (Feub). A Feub
lutou pela consolidação da UnB, resistiu
ao golpe de 1964, às invasões poli-
cial-militares. Os melhores estudantes
dirigiram a Feub, entre eles, Honestino
Monteiro Guimarães, seu presidente em
1968, morto covardemente no pau-de-
arara em 1973. Estudante de Geologia,
aprovado em primeiro lugar no vestibular
da UnB aos 17 anos, Honestino mostrava
com seu carisma o que todos queríamos
da UnB: comprometimento com nossos
grandes sonhos − redemocratização do
país, fim da ditadura, construção de um
Brasil mais justo e solidário para todos
os brasileiros.
As assembléias da Feub mobilizavam
o conjunto dos estudantes.Todos queriam
participar. O auditório Dois Candangos era
pequeno para a UnB de 1968. A morte
do estudante Edson Luís, no Restaurante
Calabouço, no Rio de Janeiro, foi o es-
topim da indignação de todos. A UnB foi
novamente invadida; Honestino foi preso,
e então o substituí como presidente da
Feub, em julho de 1968. Levamos a
voz livre e solta dos estudantes para a
Esplanada dos Ministérios, para o Teatro
Nacional, para o Congresso Nacional:
“Abaixo a Ditadura!”. Ninguém discor-
dava, o consenso era de todos.
A visibilidade política de Brasília pedia
de seu movimento estudantil atuação en-
focada nas grandes questões nacionais.
Sua arquitetura, distante das grandes
praças e avenidas do Rio de Janeiro e
de São Paulo, exigia criatividade, que
mostramos diante das representações
diplomáticas do imperialismo norte-
americano, na Câmara dos Deputados e
no Senado Federal; diante do Ministério
da Cultura (MEC) e do próprio ministro
da Educação, Favorino Bastos Mércio.
Liderados pela Feub, os estudantes da
UnB deram seu recado na luta em torno
das grandes questões nacionais pela
redemocratização do Brasil. Democracia,
sempre!
Paulo Speller, estudante de psicologia
da UnB em 1968, é professor e reitor da
Universidade Federal do Mato Grosso
UnB, o sonho
1
A Universidade de Bolonha, a mais antiga da
Europa, foi fundada na Itália em 1088. Na
Idade Média, seria reconhecida em toda a
Europa por seus cursos de humanidades e
direito civil. E abrigaria os poetas, então estu-
dantes, Dante Alighieri e Petrarca. (N.E.)
Visibilidade política de Brasília pedia de seu movimento estudantil atuação enfocada
nas grandes questões nacionais Paulo Speller
5. Teoria e Debate Especial 1968 H maio 200839
ações e contribuiu para uma relativa
organização das mesmas.
Entretanto, enquanto para boa
parte dos estudantes a revolta signifi-
cava “libertação”, tanto política quan-
to comportamental, e para a própria
classe média se tratava antes de tudo
de uma luta pela redemocratização
do país, para os líderes de 1968 e mi-
litantes dos partidos estudantis (em
geral informados pelos socialismos
heterodoxos e pela apologia da luta
armada) o maior desejo era tornar
possível a “revolução popular” que
levaria o Brasil ao socialismo:
Nós éramos profundamente liber-
tários. O que mais se gritava naquele
momento era a palavra de ordem
“Liberdade”. O curioso, e paradoxal,
é que toda essa visão e toda essa
prática muito libertárias coexistiam
com um discurso ideológico que
apontava para outras direções. Todos
nós, naquele momento, piamente de-
fendíamos a ditadura do proletariado
(Sirkis 1999, p. 114).
promoveu prisões políticas, cassa-
ções, torturas, exílios e tentou, paula-
tinamente, institucionalizar um siste-
ma político autoritário em nosso país,
com Atos Institucionais, leis e Consti-
tuição que foram minando o pouco de
democrático que sobrevivera a 1964.
O final de 1968 selaria a entrada deste
regime em seu momento mais autori-
tário e violento, com a decretação do
Ato Institucional n° 5 (AI-5). Mas isto
se daria apenas em dezembro. Antes
disto, desde março até outubro, 1968
fora o ano de revoltas estudantis que
sacudiram o país e que estiveram no
centro de esperanças democráticas e
de pesadelos da violência.
Por outro lado, o movimento
também era cultural, contracultural,
ainda que não muito consciente disso,
pois ao menos na prática, nos atos da
massa estudantil, também se expres-
sou o desejo da libertação dos com-
portamentos e dos valores, no campo
da arte, da sexualidade e das drogas.
Por fim, 1968 foi o ponto culminante
de uma verdadeira revolução nas ar-
tes populares iniciada no começo da
década de 1960, em torno do Centro
Popular de Cultura (CPC), do Teatro de
Arena e do Teatro Opinião, do Cinema
Novo, dos Festivais de Música Popular,
da canção de protesto, da emergente
Música Popular Brasileira, da jovem
guarda, do tropicalismo etc.
Encabeçando as manifestações,
ainda que de modo mais formal que
de fato, já que a direção dos aconte-
cimentos tomava rumo próprio nas
massivas manifestações populares,
esteve a União Nacional dos Estu-
dantes (UNE). A UNE havia sido
declarada ilegal pelo governo e teria
seus espaços fechados pela ditadura,
culminando na prisão de todos os
participantes do 30º Congresso da
UNE em Ibiúna (SP), em outubro de
1968. Mas, antes disso, ao lado das
uniões estaduais dos estudantes, di-
retórios centrais estudantis e centros
acadêmicos, a UNE ajudou a impri-
mir a marca da nova esquerda nestas
UNE na ilegalidade: todos participantes do 30º Congresso presos em Ibiúna (SP)
AcervoIconographia
6. Teoria e Debate – Especial 1968 H maio 2008 40
Dois ápices marcaram os oito
meses de revolta (Moraes, 1989). O
primeiro se deu entre 28 de março
e o início de abril, contando com 26
grandes passeatas em quinze capi-
tais estaduais. O fato que precipitou
essas passeatas foi o assassinato do
estudante secundarista Edson Luís1
Souto pela polícia, no Rio de Janeiro,
no restaurante Calabouço (destinado
a estudantes pobres, em geral vindos
do interior do estado do Rio de Janeiro
e de outras regiões do país). Em meio
à enorme manifestação popular em
que se transformou seu enterro, criou-
se um slogan certeiro: “Mataram um
estudante. Podia ser seu filho”.
O segundo grande momento se
deu na metade de junho, no qual
houve dezessete grandes passeatas
em oito capitais de estado. Outro fato
ocorrido no Rio de Janeiro teria dis-
parado essa segunda onda, quando
a polícia, em 20 de junho, reprimiu
com brutalidade uma passeata
estudantil no centro da cidade, na
chamada “quarta-feira sangrenta”.
No dia 21, centenas de estudantes
que estavam em assembléia na Uni-
versidade Federal foram agredidos
pela polícia no Estádio do Botafogo,
Edson Luís, primeiro estudante assassinado pela ditadura militar, morto durante confronto no
restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro
Manifestações
após a morte
de Edson Luís
mobilizaram
várias capitais
brasileiras
Hamilton/JB
AcervoIconographia
7. Teoria e Debate Especial 1968 H maio 200841
quando a televisão transmitiu cenas
da violência oficial. Estava preparado
o cenário para a “sexta-feira sangren-
ta”, no dia 22: a população apoiou os
estudantes e também atacou a polí-
cia, e o confronto que se estendeu até
o final da tarde deixou muitos feridos
e mortos. Novo ato se convocou para
o dia 26, que ficaria conhecido como
a Passeata dos Cem Mil. Postaram-
se ao lado dos estudantes, artistas,
membros do clero, das classes mé-
dias e até dos trabalhadores, anga-
riando à revolta ampla – mas breve
– legitimidade.
A resposta da ditadura não tar-
dou: decretou-se a proibição de pas-
seatas em todo o país. Estava fechado
o principal meio até então legal de
expressão da revolta estudantil e dos
anseios de democratização. As ma-
nifestações que foram convocadas a
partir de então sofreram repressão
cada vez mais vigorosa, desencora-
jando aqueles que antes facilmente se
animavam a seguir os protestos.
Outro importante modo de ação
também tinha seus dias contados,
a saber, as greves e ocupações de
unidades estudantis. Destacaram-
se as ocupações na Universidade de
São Paulo (USP). Momento bastante
indicativo de mais este fechamento
foi a guerra da Maria Antonia (rua
da capital de São Paulo onde se deu
o conflito), quando integrantes do
grupo ultraconservador Comando
de Caça aos Comunistas (CCC), alo-
jados na Universidade Mackenzie,
travaram violento duelo contra os
estudantes esquerdistas que ocupa-
vam a Faculdade de Filosofia da USP.
Ao final, a Faculdade de Filosofia foi
incendiada, sob o olhar conivente da
polícia.
Diante do crescente da violência
da ditadura, que culminou na prisão
de quase oitocentos delegados no
30º Congresso da UNE e no AI-5, o
ímpeto juvenil e rebelde de 1968 se
dispersaria. Enquanto a classe média
logo se acomodaria ao sistema – fe-
chado politicamente, mas com novas
oportunidades de enriquecimento
acenadas pelo “milagre econômico”
–, a rebelião juvenil bifurcou-se em
duas frentes. Uma delas, a da rebeldia
comportamental de nossos hippies,
amantes da liberdade sexual e da ex-
perimentação psicodélica, não tinha
interesse central pela transformação
do regime político. A outra, a da luta
armada, organizações de esquerda
que entraram em clandestina mas
sangrenta batalha contra o regime,
pouco puderam diante da violência
quase absoluta daquele Estado – que
mobilizou com mais eficácia os di-
versos órgãos de repressão na temível
Operação Bandeirantes (Oban).
Contra os estudantes universitá-
rios, militantes ou não de qualquer
rebelião, o Estado reservara para o
início de 1969 o Decreto n° 477, que
estipulava que fazer ou participar
de greve, passeata ou simplesmente
distribuir “material subversivo” era
um grave delito. Deste modo, os
estudantes dos anos 1970 viram seu
espaço constantemente cerceado e
vigiado, punidos por um radicalismo
que não tinha sido o de sua geração
e, ainda por cima – como os jovens de
hoje –, foram acusados de alienados
pela mesma sociedade que não lhes
dava condições de ser um verdadeiro
protagonista da vida política. ✪
Luís Antonio Groppo é professor do Centro
Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal),
Unidade Americana, e pesquisador do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq). Autor, entre outros,
de Autogestão, Universidade e Movimento
Estudantil, Uma Onda Mundial De Revoltas:
Movimentos Estudantis de 1968 e Juventude:
Ensaios Sobre Sociologia e História das
Juventudes Modernas (Difel, 2000)
1
Nascido em Belém (PA), o secundarista Edson
Luís foi o primeiro estudante morto pela ditadura
militar. Foi assassinado pela Polícia Militar du-
rante um confronto no restaurante Calabouço,
no centro do Rio de Janeiro, onde funcionava o
Instituto Cooperativo de Ensino. (N.E.)
Bibliografia
Groppo, L. A. Uma Onda Mundial de Revoltas:
Movimentos Estudantis de 1968. Piracica-
ba, Editora da Unimep, 2005.
_____________. Autogestão, Universidade e
Movimento Estudantil. Campinas, Autores
Associados, 2006.
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South End Press, 1987.
Moraes, J. Q. de. “A mobilização democrática
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Brasil em 1968: notas historiográficas e
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manha. 2ª ed. São Paulo, Editora Fundação
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Brasil. Campinas, Unicamp, 1999.
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vimento Estudantil Brasileiro e a Educação
Superior. Recife. Editora Universitária
UFPE, 2007.
Com a violência da ditadura, que culminou na prisão de quase
oitocentos delegados no 3o
Congresso da UNE e no AI-5, o ímpeto
juvenil e rebelde de 1968 se dispersaria