1. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias - ARTE
Ensino Médio – 1ª Série
Arte Indígena - Rituais, Música e Dança
2. ARTE Série: 1º Ano - Ensino Médio
ARTE INDÍGENA
ARTE INDÍGENA
Cestaria
Grafismo
Máscara indígena
Artesanato – cerâmica
Danças – rituais
Música
Instrumentos musicais
Arte Plumária
Adereços
Pintura corporal Totem
Imagens: (a) http://veton.picq.fr / GNU Free Documentation License, (b) Agência Brazil / Creative Commons Attribution 3.0 Brazil e (c) Albert Eckhount /
National Museum of Denmark / Public Domain.
3. ARTE INDÍGENA
ARTESANATO
ARTE PLUMÁRIA
A arte plumária é conhecida no mundo
inteiro e está presente nos museus mais
importantes, tanto no Brasil quanto em
outros países. Ela é famosa pela sua
beleza e riqueza (1).
Imagens: (a) http://veton.picq.fr / GNU Free Documentation License, (b) Agência Brazil /
Creative Commons Attribution 3.0 Brazil.
4. ARTE INDÍGENA
Todos os grupos têm seu estilo e sua técnica, mas a grande preocupação é fazer
com que a arte plumária saia com perfeição. Cada acessório feito carrega
inúmeros signos e somente os povos do mesmo grupo podem interpretar esse
significado (2).
ARTESANATO
ARTE PLUMÁRIA
Imagens: (a) Rodrigo Coimbra / Ministério da Cultura / Creative Commons
Attribution 2.0 Generic e (b) Daderot / Public Domain.
5. ARTE INDÍGENA
ARTESANATO
ARTE PLUMÁRIA
São os homens que fazem a produção das
peças, pois eles seguem certo ritual de coleta,
tingimento, caça e outros. As cores das penas não
alteradas, obtendo a coloração do amarelo-
alaranjado.
A matéria-prima para confecção:
• Penas: são retiradas das asas e da calda do
pássaro;
• Plumas: se localiza na costa e no peito da ave;
• Plumagem: encontra-se no pescoço, nas costas e
no peito das aves.
Para fazer a criação da arte plumária, existem
dois hábitos em que os índios brasileiros fazem:
- As tribos dos cerrados, costumam fazer peças
enormes como, por exemplo, as diademas.
- As tribos silvícolas, produzem peças mais delicadas.
Colocam as penas em camadas, sobre um pano de
algodão (3).
Imagem: (a) Daderot / Public Domain e
(b) Daderot / Public Domain.
6. ARTE INDÍGENA
ARTESANATO
CESTARIA - ARTE DA PALHA
Imagem: Jen / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported.
Imagem: Joe Mabel / GNU Free Documentation License.
7. ARTE INDÍGENA
ARTESANATO
CESTARIA - ARTE DA PALHA
A cestaria é o conjunto de
objetos feitos quando se trançam
fibras vegetais. Com as fibras, os
índios produzem cestos para
transportar coisas e armazená-las,
além de trançar pulseiras, cintos,
colares, fazer armadilhas de pesca, etc.
As fibras usadas na
cestaria indígena também
variam: usa-se a taquara, o
arbusto "arumã" e a folha
de palmeira, sisal, entre
outros (4).
Imagem:
Daderot
/
Public
Domain.
9. ARTE INDÍGENA
ARTESANATO
CERÂMICA INDÍGENA
Os índios brasileiros
fazem peças de
cerâmica para usar
como enfeites, panelas,
vasos para pegar água,
cachimbos, etc. (5)
Imagem: Agência Brasil / Creative Commons Attribution 3.0 Brazil.
10. ARTE INDÍGENA
ARTESANATO
CERÂMICA INDÍGENA
Na produção das peças, a índia usa a
argila e uma mistura de areia, conchas ou
cascas de árvore trituradas, para tornar a
argila melhor de ser trabalhada. Feitos
com a massa vários rolinhos, coloca uns
em cima dos outros, em círculo, formando
o vaso. Com instrumentos variados, alisa
a superfície do vaso, unindo os rolinhos.
O vaso pode ser queimado ao ar
livre (fica com uma cor alaranjada) ou em
fornos de barro, fechados (nesse caso, a
peça fica negra ou cinza).
Somos parte da terra e ela parte de nós.
Imagem:
Vsolymossy
/
GNU
Free
Documentation
License.
11. ARTE INDÍGENA
GRAFISMO
PINTURA CORPORAL
O grafismo identifica cada tribo,
expressando uma variedade de
motivos básicos exclusivos, formando
padrões distintos. Para essas
sociedades, ele representa um cartão
de identidade para aquele que o usa.
A linguagem visual transmite, a cada
tribo, um significado especial,
caracterizando, identificando e
distinguindo-a das demais (6).
Imagem: Dr. R. Lehmann-Nitsche , 1852 / Public Domain.
12. ARTE INDÍGENA
GRAFISMO
PINTURA CORPORAL
Os índios, e também todos os homens de qualquer etnia, conseguem opor
sua opção cultural à realidade da Natureza.
Imagens: (a) Agência Brasil / Creative Commons Attribution 2.5 Generic e (b) Agência Brasil / Creative Commons Attribution 3.0 Brazil.
13. ARTE INDÍGENA
GRAFISMO
PINTURA CORPORAL
O indígena deu um dos
significados, o mais básico, de suas
pinturas corporais: diferenciar-se de
outros seres da Natureza. O índio pode
se pintar quando quiser. Nenhum outro
animal consegue modificar sua
aparência, usando meios que não o
próprio corpo, apenas pelo desejo de se
embelezar, ou se destacar dos demais
(7).
Antigamente, os grafismos eram
tatuados no corpo com garras ou
dentes dos animais. Hoje em dia, são
pintados com o suco do jenipapo,
urucum para as celebrações e rituais
especiais.
Imagem:
José
Cruz/Abr
/
Creative
Commons
Attribution
3.0
Brazil.
14. ARTE INDÍGENA
INSTRUMENTOS MUSICAIS INDÍGENAS
Os instrumentos musicais mais comuns são
o chocalho (ou maracá), a flauta, o reco-reco
(feito com casca de tartaruga), as trombetas de
cuia, percussão, sopro e os bastões de ritmo.
Maracá - usado para acompanhar o canto. Para
fazer o instrumento, os índios pegam uma
cabaça e colocam dentro dela pequenas pedras
e sementes. Depois, fecham o buraco, colocam
no chocalho um cabo de madeira e o enfeitam
com penas.
Pau-de-chuva - instrumento de percussão, feito
com um longo canudo de madeira onde se
colocam várias sementes. Quando o índio mexe
o instrumento, o canudo faz um som que é
exatamente igual ao das chuvas das florestas da
Amazônia - daí o nome "pau de chuva“ (8)!
MÚSICA INDÍGENA
15. ARTE INDÍGENA
MÚSICA INDÍGENA
A música tem um papel de
destaque nas tribos indígenas
brasileiras, por meio dela,
preservam grande parte de suas
memórias e tradições.
Há, predominantemente, o
uso de poucas notas e quase
nenhuma variedade de
andamento durante a sua
execução. O ritmo geral é binário
ou ternário e, às vezes, alternam-
se em um mesmo verso.
Música indígena é
predominante coletiva.
Imagem:
Fotofox
/
Public
Domain.
16. ARTE INDÍGENA
A música indígena envolvia danças
rítmicas, sobretudo nos festejos
religiosos, e a fusão entre música e dança
era uma forma de celebração e culto de
suas próprias crenças, ligação com os
ancestrais, no exorcismo, na magia e na
cura.
MÚSICA INDÍGENA
Os sons da natureza se faziam
presentes na música indígena, que, por
sua vez, procurava mimetizar os sons de
aves e de animais silvestres.
Imagem:
Roosewelt
Pinheiro/Abr
/
Creative
Commons
-
Atribuição
3.0
Brasil.
17. ARTE INDÍGENA
DANÇA INDÍGENA
As danças indígenas podem ser
realizadas por um único indivíduo ou em
grupo e, salvo raras exceções, no alto
Xingu, não é executada em pares.
As mulheres não participam de
danças sagradas, executadas pelos pajés
ou grupos de homens.
São utilizados, ainda, símbolos
mágicos, totens, amuletos, imagens e
diversos instrumentos musicais e
guerreiros em danças religiosas,
dependendo do objetivo da cerimônia (9).
Imagem: Valter Campanato/Abr / Creative Commons - Atribuição 3.0 Brasil.
18. ARTE INDÍGENA
Em algumas danças,
muitos usam máscaras,
denominadas dominós, que
lhes cobrem o corpo todo e
lhes servem de disfarce. A arte
da expressão do corpo com
seus movimentos, sua
organização estética e
coreográfica, além do canto,
ocupam um lugar fundamental
no desempenho do ritual
indígena (10).
DANÇA INDÍGENA
Imagem: GNU Free Documentation License.
19. ARTE INDÍGENA
Entre os rituais e danças mais
conhecidos dos índios brasileiros estão o Toré e
o Kuarup.
A dança do Toré apresenta variações de
ritmos e toadas, dependendo de cada povo. O
maracá – chocalho indígena feito de uma
cabaça seca, sem miolo, na qual se colocam
pedras ou sementes , marca o tom das pisadas
e os índios dançam, em geral, ao ar livre e em
círculos. O ritual do Toré é considerado o
símbolo maior de resistência e união entre os
índios do Nordeste brasileiro (11).
DANÇA INDÍGENA
Imagens: (a) Noel Villas Bôas, 1998 / GNU Free Documentation License e (b)
Wilson Dias/Abr / Creative Commons Attribution 3.0 Brazil.
20. ARTE INDÍGENA
DANÇA INDÍGENA
Faz parte da cultura autóctone dos povos Kariri-xocó, Xukuru-kariri, Pankararu,
Tuxá, (índios de Pernambuco) Truká, Geripancó, Kantaruré, Kiriri, Pataxó,
Tupinambá, entre outros.
Imagem:
GNU
Free
Documentation
License.
21. ARTE INDÍGENA
Há inúmeras danças executadas pelos
índios do Brasil, entre as quais podem ser
destacadas: Dança da Onça, Dança do
Jaguar, Kahê-Taugê, Acyigua, Buzoa e
Atiaru.
Buzoa é dançado em filas.
ATIARU - executada para afugentar os maus
espíritos e chamar os bons.
BUZOA - uma tradição do povo Pankararu,
município de Tacaratu, Pernambuco, foi
resgatada pelos jovens da aldeia, através
de relatos de membros mais velhos. Os
passos são diferentes do toré e os
integrantes não dançam em círculo (12).
DANÇA INDÍGENA
Imagens: (a) Noel Villas Bôas, 1998 / GNU Free Documentation License e (b)
Wilson Dias/Abr / Creative Commons Attribution 3.0 Brazil.
22. ARTE INDÍGENA
Como de origem indígena, podem ser
citadas algumas danças do folclore brasileiro
como: Caiapós, Jacundá, Cateretê, Cururu.
• CATERETÊ - considerada uma das mais
genuínas danças rurais brasileiras, cujo nome
vem da língua tupi. É uma espécie de
sapateado com bate-pé ao som de palmas e
violas, sendo bastante conhecida nos
estados de Minas Gerais, São Paulo e Goiás
(onde é denominada CATIRA).
• CURURU - dança sagrada de origem tupi-
guarani, executada unicamente por
homens, cuja coreografia é formada por
duas filas indianas, uma de frente para a
outra, onde os dançarinos dão dois passos
para a direita e dois para a esquerda,
transformando a fila em pequenos círculos
(13).
DANÇA INDÍGENA
Imagem: Al-nasiho / Creative Commons Attribution-Share
Alike 3.0 Unported.
23. ARTE INDÍGENA
MÁSCARA INDÍGENA
Arte indígena brasileira é a
arte produzida pelos povos
nativos do Brasil, antes e depois
da colonização portuguesa, que
se iniciou no século XVI.
Em algumas tribos
indígenas, cabe, aos índios mais
idosos, usar as máscaras durante
rituais para curar doentes,
proteger durante as guerra,
espantar maus espíritos ou
celebrar casamentos e ritos de
passagem - cerimônias nas quais
os meninos e as meninas do
grupo passam da infância para a
idade adulta (14).
Imagem: (a) Daderot / Public Domain e (b) Daderot / Public Domain.
24. ARTE INDÍGENA
TOTEM
Um Totem ou Tóteme é qualquer
objeto, animal ou planta que seja
cultuado como Deus ou equivalente por
uma sociedade organizada em torno de
um símbolo ou por uma religião, a qual é
denominada totemismo.
Totem é uma palavra dos índios,
designa o “Brasão” ou as “Armas” que a
família o traz. Os índios tinham-no como
talismã e acreditavam que tal objeto
velava por eles e os protegia (15).
Imagens: (a) Hans Weingartz / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Germany
e (b) http://en.wikipedia.org/wiki/User:H / Public Domain.
25. ARTE INDÍGENA
Há uma ampla variedade de
elementos naturais para realizar seus
objetos: madeiras, caroços, fibras,
palmas, palhas, cipós, sementes, cocos,
resinas, couros, ossos, dentes, conchas,
garras e belíssimas plumas das mais
diversas aves. Com um material tão
variado, as possibilidades de criação são
imensas (16).
ADEREÇOS INDÍGENAS
“A mente que se abre a uma nova ideia, jamais
voltará ao seu tamanho original.”
Albert Eintein
Preservar o meio ambiente é um
dever de todos nós, fazer arte com os
produtos naturais só trará benefícios à
natureza. Vamos fazer a nossa parte e
lembre que os índios brasileiros
sempre fizeram a deles.
Imagens: (a) Michelle Pemberton / The Children's Museum of
Indianapolis / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0
Unported e (b) Daderot / Public Domain.
26.
27. Daiara Hori Figueroa Sampaio - Duhigô, do povo indígena Tukano – Yé'pá Mahsã,
clã Eremiri Hãusiro Parameri do Alto Rio Negro na amazônia brasileira, nascida
em São Paulo.
Artista, ativista, educadora e comunicadora.
Graduada em Artes Visuais e Mestre em direitos humanos pela Universidade de
Brasília - UnB; pesquisa o direito à memória e à verdade dos povos indígenas;
Foi coordenadora da Rádio Yandê, primeira web-rádio indígena do Brasil -
www.radioyande.com de 2015 à 2001.
Ganhadora do Prêmio PIPA Online 2021, organizado pelo Instituto PIPA como
mais relevante prêmio brasileiro de artes visuais.
Estuda a cultura, historia e espiritualidade tradicional de seu povo junto à sua
família. Reside em Brasília, DF.
28. Decolonialidade é considerado como caminho para resistir e desconstruir padrões,
conceitos e perspectivas impostos aos povos subalternizados durante todos esses anos,
sendo também uma crítica direta à modernidade e ao capitalismo.
O pensamento decolonial se coloca como uma alternativa para dar voz e visibilidade aos
povos subalternizados e oprimidos que durante muito tempo foram silenciados. É
considerado um projeto de libertação social, político, cultural e econômico que visa dar
respeito e autonomia não só aos indivíduos, mas também aos grupos