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Existem, segundo Aristóteles, dois tipos:
• Dependentes da linguagem (in dictione).
• E não dependentes da linguagem (extra dictionem).
Em geral as falácias que dependem da linguagem se utilizam de
ambiguidade (utilizam dois significados para um mesmo termo na
intenção de confundir), ou que chegam a conclusões mal justificadas;
enquanto os raciocínios que não dependem da linguagem lidam com
elementos de fora da linguagem (como o apelo à força).
Vejamos.
Falácias = raciocínios ruins, equivocados, que enganam.
Exemplos (de falácias não dependentes da linguagem):
• Ad hominem (ataques pessoais):
Quando você descrimina uma característica pessoal do seu oponente,
indicando que ele estaria errado somente por ter aquela característica
Por exemplo, por ter certa nacionalidade, ou cor de cabelo. “Você é
russo!”.
• Apelar Para Emoção:
Quando se apela para emoções, como raiva, tristeza, e etc. Ex: “Não
faça isso, pois me magoa.” Ou, “Olha quantas pessoas ficarão tristes
com isso.”
• Ad baculum (apelar para a força, ou medo):
“Somos mais forte que você, portanto suas ideias não importam.”
Exemplos (de falácias dependentes da linguagem):
• Falso Dilema
“Ou você concorda comigo, ou está errado.”
• Apelo à ignorância
“Como os cientistas não podem provar que vamos ter uma guerra
mundial, então ela provavelmente não ocorrerá.”
• Da derrapagem (ou, escorrego)
“Se eu abrir uma exceção para você, terei de abrir exceções para
todos. “
Falácia do Falacista:
• Engloba tanto as falácias dependentes da linguagem, quanto as não
dependentes da linguagem.
• Ocorre quando apontamos que por um argumento ser falacioso, e
somente por ser falacioso, condenamos a conclusão ou toda as ideias
da pessoa.
Exemplo (fora da linguagem): “Você está chorando (apelando para as
emoções), logo está errado.” Mas é errado se emocionar? Se revoltar?
Exemplo (dentro da linguagem): “Você está exagerando (e ainda não
justificou esse exagero), logo você está errado.” A pessoa, logo em
seguida, pode se justificar e você perde a discussão.
Silogismos
(1) Pelo menos uma premissa tem que ser universal. (2) Pelo menos uma
premissa precisa ser afirmativa. (3) Se tiver uma premissa negativa, a
conclusão tem que ser negativa. (4) Termo médio é o termo que aparece
em ambas as premissas.
Todo grego é humano. (Premissa menor)
Nenhum humano é imortal. (Premissa maior)
Logo, nenhum grego é imortal. (Conclusão)
Sócrates é homem (P-)
Todo homem é mortal (P+)
Logo, Sócrates é mortal. (C)
TODO HOMEM > TODO GREGO > SÓCRATES
• O silogismo pode gerar conclusões baseadas na experiência, mas que
são mais seguras por seguirem esse método "lógico", "silogístico".
• Também é possível chegar a conclusões universais seguindo o
silogismo, mas não usando objetos empíricos, e sim através de frases
vazias, ou objetos abstratos da matemática. Por exemplo,
Se A pertence a todo B, e B pertence a todo C, então A pertence a todo C.
• De certa, maneira essa forma “generalista”, que procura espécies, e
classificações para tirarmos conclusões mais seguras resume muito da
filosofia de Aristóteles. Vejamos.
• Que “humanos” são mortais é uma classificação (obtida mediante
observação do mundo).
• Mas o mundo é feito de mudança né? Os objetos do mundo podem mudar.
E para se referir a essas mudanças ele desenvolve algumas noções como de
• Categoria.
• Acidente.
• Substância.
• Lembrando que ele está procurando um método, uma linguagem para falar do
mundo livre de ambiguidades. E ele trabalha com esses termos “substância,
acidente e categoria” gramaticalmente, embora esses termos tenham também
relação com a física aristotélica.
• Substâncias são coisas que sofrem "acidentes" e podem mudar. Na física
Aristotélica existiria um “substrato” comum a todas as coisas que existem, mas
cada coisa que pode ser categorizada, e sofrer acidentes é uma substância.
• Acidentes são coisas que mudam as substâncias sem mudar a essência delas.
• Existem 10 categorias (dez formas de categorizar, uma substância): Substância
(que tipo de coisa você é); quantidade; qualidade (adjetivo); relação (quando
você é comparado); lugar; tempo; posição; posse; ação (atividade); passividade
(sofrendo algo).
•Exemplo de categorização:
Sócrates (nome próprio e não é substância) é humano (substância), tem
dois metros de altura (quantidade), é sábio (qualidade), mais velho que
Platão (relação), e ele vivia em Atenas (lugar) no século V antes de Cristo
(tempo). Em determinadas situações podemos dizer que ele estava
sentado (posição), em posse, ou vestindo uma casaco (posse),
costurando (atividade), e sendo aquecido pelo sol (passividade).
ÉTICA (o que devo fazer), e POLÍTICA (o que devemos fazer):
A política, para ele, assim como a ética, deveriam gerir a sociedade
(dominando conhecimentos gerais), mas também seriam saberes
autônomos, que buscam responder perguntas pessoais e sociais, tais como:
“o que devo fazer?” E “o que devemos fazer?”
Não acredita em formas de governo, mas em qualidade de governo
(democracia pode tender a demagogia, aristocracia a oligarquia, autocracia a
tirania).
É dele a frase “o homem é um animal racional” (ver Ato e Potência).
People’s virtues are a subset of their good qualities. They are not innate, like
Felicidade para Aristóteles
Aristotle’s approach to ethics is teleological. If life is to be worth living,
he argues, it must surely be for the sake of something that is an end in
itself—i.e., desirable for its own sake (happiness).
E a felicidade para ele reuniria todas as virtudes do homem (sendo a
felicidade uma consequência do emprego da racionalidade e todas
virtudes que fazem parte da natureza do homem).
Exemplos de virtude: coragem, justiça, temperança (conveniência).

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As principais ideias de Aristóteles sobre lógica, categorias e ética

  • 1. Existem, segundo Aristóteles, dois tipos: • Dependentes da linguagem (in dictione). • E não dependentes da linguagem (extra dictionem). Em geral as falácias que dependem da linguagem se utilizam de ambiguidade (utilizam dois significados para um mesmo termo na intenção de confundir), ou que chegam a conclusões mal justificadas; enquanto os raciocínios que não dependem da linguagem lidam com elementos de fora da linguagem (como o apelo à força). Vejamos. Falácias = raciocínios ruins, equivocados, que enganam.
  • 2. Exemplos (de falácias não dependentes da linguagem): • Ad hominem (ataques pessoais): Quando você descrimina uma característica pessoal do seu oponente, indicando que ele estaria errado somente por ter aquela característica Por exemplo, por ter certa nacionalidade, ou cor de cabelo. “Você é russo!”. • Apelar Para Emoção: Quando se apela para emoções, como raiva, tristeza, e etc. Ex: “Não faça isso, pois me magoa.” Ou, “Olha quantas pessoas ficarão tristes com isso.” • Ad baculum (apelar para a força, ou medo): “Somos mais forte que você, portanto suas ideias não importam.”
  • 3. Exemplos (de falácias dependentes da linguagem): • Falso Dilema “Ou você concorda comigo, ou está errado.” • Apelo à ignorância “Como os cientistas não podem provar que vamos ter uma guerra mundial, então ela provavelmente não ocorrerá.” • Da derrapagem (ou, escorrego) “Se eu abrir uma exceção para você, terei de abrir exceções para todos. “
  • 4. Falácia do Falacista: • Engloba tanto as falácias dependentes da linguagem, quanto as não dependentes da linguagem. • Ocorre quando apontamos que por um argumento ser falacioso, e somente por ser falacioso, condenamos a conclusão ou toda as ideias da pessoa. Exemplo (fora da linguagem): “Você está chorando (apelando para as emoções), logo está errado.” Mas é errado se emocionar? Se revoltar? Exemplo (dentro da linguagem): “Você está exagerando (e ainda não justificou esse exagero), logo você está errado.” A pessoa, logo em seguida, pode se justificar e você perde a discussão.
  • 5. Silogismos (1) Pelo menos uma premissa tem que ser universal. (2) Pelo menos uma premissa precisa ser afirmativa. (3) Se tiver uma premissa negativa, a conclusão tem que ser negativa. (4) Termo médio é o termo que aparece em ambas as premissas. Todo grego é humano. (Premissa menor) Nenhum humano é imortal. (Premissa maior) Logo, nenhum grego é imortal. (Conclusão) Sócrates é homem (P-) Todo homem é mortal (P+) Logo, Sócrates é mortal. (C) TODO HOMEM > TODO GREGO > SÓCRATES
  • 6. • O silogismo pode gerar conclusões baseadas na experiência, mas que são mais seguras por seguirem esse método "lógico", "silogístico". • Também é possível chegar a conclusões universais seguindo o silogismo, mas não usando objetos empíricos, e sim através de frases vazias, ou objetos abstratos da matemática. Por exemplo, Se A pertence a todo B, e B pertence a todo C, então A pertence a todo C. • De certa, maneira essa forma “generalista”, que procura espécies, e classificações para tirarmos conclusões mais seguras resume muito da filosofia de Aristóteles. Vejamos.
  • 7. • Que “humanos” são mortais é uma classificação (obtida mediante observação do mundo). • Mas o mundo é feito de mudança né? Os objetos do mundo podem mudar. E para se referir a essas mudanças ele desenvolve algumas noções como de • Categoria. • Acidente. • Substância.
  • 8. • Lembrando que ele está procurando um método, uma linguagem para falar do mundo livre de ambiguidades. E ele trabalha com esses termos “substância, acidente e categoria” gramaticalmente, embora esses termos tenham também relação com a física aristotélica. • Substâncias são coisas que sofrem "acidentes" e podem mudar. Na física Aristotélica existiria um “substrato” comum a todas as coisas que existem, mas cada coisa que pode ser categorizada, e sofrer acidentes é uma substância. • Acidentes são coisas que mudam as substâncias sem mudar a essência delas. • Existem 10 categorias (dez formas de categorizar, uma substância): Substância (que tipo de coisa você é); quantidade; qualidade (adjetivo); relação (quando você é comparado); lugar; tempo; posição; posse; ação (atividade); passividade (sofrendo algo).
  • 9. •Exemplo de categorização: Sócrates (nome próprio e não é substância) é humano (substância), tem dois metros de altura (quantidade), é sábio (qualidade), mais velho que Platão (relação), e ele vivia em Atenas (lugar) no século V antes de Cristo (tempo). Em determinadas situações podemos dizer que ele estava sentado (posição), em posse, ou vestindo uma casaco (posse), costurando (atividade), e sendo aquecido pelo sol (passividade).
  • 10. ÉTICA (o que devo fazer), e POLÍTICA (o que devemos fazer): A política, para ele, assim como a ética, deveriam gerir a sociedade (dominando conhecimentos gerais), mas também seriam saberes autônomos, que buscam responder perguntas pessoais e sociais, tais como: “o que devo fazer?” E “o que devemos fazer?” Não acredita em formas de governo, mas em qualidade de governo (democracia pode tender a demagogia, aristocracia a oligarquia, autocracia a tirania). É dele a frase “o homem é um animal racional” (ver Ato e Potência). People’s virtues are a subset of their good qualities. They are not innate, like
  • 11. Felicidade para Aristóteles Aristotle’s approach to ethics is teleological. If life is to be worth living, he argues, it must surely be for the sake of something that is an end in itself—i.e., desirable for its own sake (happiness). E a felicidade para ele reuniria todas as virtudes do homem (sendo a felicidade uma consequência do emprego da racionalidade e todas virtudes que fazem parte da natureza do homem). Exemplos de virtude: coragem, justiça, temperança (conveniência).