SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 34
Baixar para ler offline
Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Renan Fernandes de Moraes
Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar
IFCE - Campus Juazeiro do Norte
2014
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Preliminares
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Preliminares
1 Relações e Classes de Equivalência;
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Preliminares
1 Relações e Classes de Equivalência;
2 Grupos e Subgrupos;
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Preliminares
1 Relações e Classes de Equivalência;
2 Grupos e Subgrupos;
3 Ações, p-grupos e subgrupos de Sylow;
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Grupos Abelianos
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Grupos Abelianos
Produto Direto e Grupos Abelianos Finitos
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Solubilidade
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Solubilidade
1 Comutadores;
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Solubilidade
1 Comutadores;
2 Grupos Solúveis;
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Grupos Nilpotentes
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Grupos Nilpotentes
Grupos Nilpotentes Finitos
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Grupo Solúvel: {1} = G0 G1 G2 ··· Gn = G e
Gi+1
Gi
é abeliano.
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Grupo Solúvel: {1} = G0 G1 G2 ··· Gn = G e
Gi+1
Gi
é abeliano.
Grupo Nilpotente: {1} = G0 G1 G2 ··· Gn = G e
Gi
Gi−1
⊂ Z
Gi
Gi−1
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Todo grupo nilpotente é, em particular, solúvel.
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Todo grupo nilpotente é, em particular, solúvel.
Todo grupo abeliano é solúvel: {e} ⊂ H ⊂ G
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
(i) G é nilpotente.
(ii) Todo Subgrupo de G é subnormal em G.
(iii) Se H ≤ G, então H ≤ NG(H).
(iv) Se M G, então M G.
(v) Se P ∈ SylP (G), então P G.
(vi) G = P1 × ··· × Pr, onde Pi é um p − subgrupo de Sylow de G.
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
(i) G é nilpotente.
(ii) Todo Subgrupo de G é subnormal em G.
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
(i) G é nilpotente.
(ii) Todo Subgrupo de G é subnormal em G.
(i) ⇒ (ii): Seja H um subgrupo de G. Definimos a cadeia de subgrupos
H = H0 ⊂ H1 ⊂ ... ⊂ Hn = G
tal que Hi−1 Hi, 1 ≤ i ≤ n. Como Hi−1 Hi, podemos tomar, sem perda de
generalidade, que Hi = NG(Hi−1). Segue que, se Hn−1 G, então |Hn−1| < |Hn|.
Como G, da forma que foi definido, é finito, deve existir um índice n tal que Hn = G.
Dai, Hn−1 Hn = G. Logo, todo subgrupo de G é subnormal.
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
(ii) Todo Subgrupo de G é subnormal em G.
(iii) Se H ≤ G, então H ≤ NG(H).
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
(ii) Todo Subgrupo de G é subnormal em G.
(iii) Se H ≤ G, então H ≤ NG(H).
(ii) ⇒ (iii): Segue que, seja H ≤ G. Se H é subgrupo normal em G, então existe
uma série tal que H = H0 H1 ··· Hn = G. Se i é o menor inteiro positivo tal que
H Hi, então H = Hi−1 Hi e, pela propriedade do normalizador, como G é
nilpotente, Hi ≤ NG(H).
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
(iii) Se H ≤ G, então H ≤ NG(H).
(iv) Se M G, então M G.
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
(iii) Se H ≤ G, então H ≤ NG(H).
(iv) Se M G, então M G.
(iii) ⇒ (iv): Segue que, se M é um subgrupo maximal em G, então M ≤ NG(M).
Então, como M ≤ NG(M), pela definição de subgrupo maximal, teremos
NG(M) = G. Como NG(M) = {g ∈ G | g−1Mg = M}, então M G.
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
(iv) Se M G, então M G.
(v) Se P ∈ SylP (G), então P G.
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
(iv) Se M G, então M G.
(v) Se P ∈ SylP (G), então P G.
(iv) ⇒ (v) Seja P ∈ Sylp(G) e suponha que P G. Então, P ≤ NG(P) < M G.
Afirmação: NG(M) = M. Com efeito, seja g ∈ NG(M). Então,
g−1Pg ⊂ g−1Mg = M. E, portanto, P e g−1Pg pertencem a Sylp(M). Pelo teorema
de Sylow existe x ∈ M, tal que x−1Px = g−1Pg =⇒ P = Pgx−1
. Portanto,
gx−1 ∈ NG(P) ≤ M. E g ∈ xM = M. Logo, NG(M) ⊆ M. Mas, M ≤ NG(M).
Então, M = NG(M) e M G. Portanto, cada subgrupo Sylow de G é normal.
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
(v) Se P ∈ SylP (G), então P G.
(vi) G = P1 × ··· × Pr.
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
(v) Se P ∈ SylP (G), então P G.
(vi) G = P1 × ··· × Pr.
(v) ⇒ (vi) Note-se que, neste caso, G é um produto direto de seus subgrupos de
Sylow.
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
(v) Se P ∈ SylP (G), então P G.
(vi) G = P1 × ··· × Pr.
(v) ⇒ (vi) Note-se que, neste caso, G é um produto direto de seus subgrupos de
Sylow.
(vi) G = P1 × ··· × Pr
(i) G é nilpotente.
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
(v) Se P ∈ SylP (G), então P G.
(vi) G = P1 × ··· × Pr.
(v) ⇒ (vi) Note-se que, neste caso, G é um produto direto de seus subgrupos de
Sylow.
(vi) G = P1 × ··· × Pr
(i) G é nilpotente.
(vi) ⇒ (i) Sabemos que todo p−grupo finito é nilpotente. Se P1,...,Pr são
nilpotentes, então G = P1 × ··· × Pr é nilpotente. Basta ver a proposição 5.6: Todo
p − grupo finito é nilpotente. E e proposição 5.7: Produtos diretos finitos de grupos
nilpotentes são também nilpotentes.
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Caracterização do Grupos Nilpotentes Finitos ≈
Generalização
Teorema
Fundamental dos Grupos Abelianos Finitos
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Teorema fundamental de Grupos Abelianos finitos: Se G é um grupo abeliano finito,
então G é o produto direto interno de seus subgrupos de Sylow e portanto, G é
isomorfo ao produto direto de seus subgrupos de Sylow.
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Referências
ANZAR, M. J. I.; MONASOR, F. P. LECCIONES sobre GRUPOS.
Disponível em: <http://www.uv.es/∼iranzo/Lecciones_de_Grupos.pdf>.
ALENCAR, J.M. GRUPOS COBERTOS POR SEIS SUBGRUPOS MAXIMAIS.
Disponível em: <http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/879>.
BATTACHARIA, P. B. Basic abstract algebra. 2nd ed. Cambridge : Cambridge Uni-
versity, 1994.
ROBINSON, D. J. S. A course in the theory of groups. New York : Springer-Verlag,
1982.
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Considerações Finais
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
Considerações Finais
“Para sabermos bem as coisas, é preciso sabermos os pormenores, e como estes são
quase infinitos, os nossos conhecimentos são sempre superficiais e imperfeitos”.
Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Complexos
ComplexosComplexos
Complexos
 
Ciclo de born haber
Ciclo de born haberCiclo de born haber
Ciclo de born haber
 
Termoquimica
TermoquimicaTermoquimica
Termoquimica
 
Termoquimica
TermoquimicaTermoquimica
Termoquimica
 
Resumo cap 11 Castellan
Resumo cap 11 CastellanResumo cap 11 Castellan
Resumo cap 11 Castellan
 
Complexos aula 1 (1)
Complexos aula 1 (1)Complexos aula 1 (1)
Complexos aula 1 (1)
 
Fisica 02 - A teoria cinética dos gases
Fisica 02 - A teoria cinética dos gasesFisica 02 - A teoria cinética dos gases
Fisica 02 - A teoria cinética dos gases
 
Lei de hess
Lei de hessLei de hess
Lei de hess
 
Física química
Física químicaFísica química
Física química
 
Reações de Ácidos Carboxílicos e Derivados
Reações de Ácidos Carboxílicos e DerivadosReações de Ácidos Carboxílicos e Derivados
Reações de Ácidos Carboxílicos e Derivados
 
Equilibrio oxidação e redução
Equilibrio oxidação e  reduçãoEquilibrio oxidação e  redução
Equilibrio oxidação e redução
 
MIPS 32 BITS
MIPS 32 BITSMIPS 32 BITS
MIPS 32 BITS
 
Aula 07 derivadas - regras de derivação - parte 1
Aula 07   derivadas - regras de derivação - parte 1Aula 07   derivadas - regras de derivação - parte 1
Aula 07 derivadas - regras de derivação - parte 1
 
Exercícios de torque
Exercícios de torqueExercícios de torque
Exercícios de torque
 
Termoquímica
TermoquímicaTermoquímica
Termoquímica
 
Tabela periódica
Tabela periódicaTabela periódica
Tabela periódica
 
Lista de exercícios cinética química
Lista de exercícios   cinética químicaLista de exercícios   cinética química
Lista de exercícios cinética química
 
Introdução à Reações Orgânicas
Introdução à Reações OrgânicasIntrodução à Reações Orgânicas
Introdução à Reações Orgânicas
 
Equilíbrio de fases em sistema simples (1)
Equilíbrio de fases em sistema simples (1)Equilíbrio de fases em sistema simples (1)
Equilíbrio de fases em sistema simples (1)
 
Pilhas - Básico - Prof. Thiago Mendonça
Pilhas - Básico - Prof. Thiago MendonçaPilhas - Básico - Prof. Thiago Mendonça
Pilhas - Básico - Prof. Thiago Mendonça
 

Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos

  • 1. Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar IFCE - Campus Juazeiro do Norte 2014 Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 2. Preliminares Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 3. Preliminares 1 Relações e Classes de Equivalência; Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 4. Preliminares 1 Relações e Classes de Equivalência; 2 Grupos e Subgrupos; Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 5. Preliminares 1 Relações e Classes de Equivalência; 2 Grupos e Subgrupos; 3 Ações, p-grupos e subgrupos de Sylow; Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 6. Grupos Abelianos Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 7. Grupos Abelianos Produto Direto e Grupos Abelianos Finitos Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 8. Solubilidade Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 9. Solubilidade 1 Comutadores; Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 10. Solubilidade 1 Comutadores; 2 Grupos Solúveis; Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 11. Grupos Nilpotentes Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 12. Grupos Nilpotentes Grupos Nilpotentes Finitos Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 13. Grupo Solúvel: {1} = G0 G1 G2 ··· Gn = G e Gi+1 Gi é abeliano. Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 14. Grupo Solúvel: {1} = G0 G1 G2 ··· Gn = G e Gi+1 Gi é abeliano. Grupo Nilpotente: {1} = G0 G1 G2 ··· Gn = G e Gi Gi−1 ⊂ Z Gi Gi−1 Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 15. Todo grupo nilpotente é, em particular, solúvel. Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 16. Todo grupo nilpotente é, em particular, solúvel. Todo grupo abeliano é solúvel: {e} ⊂ H ⊂ G Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 17. Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos (i) G é nilpotente. (ii) Todo Subgrupo de G é subnormal em G. (iii) Se H ≤ G, então H ≤ NG(H). (iv) Se M G, então M G. (v) Se P ∈ SylP (G), então P G. (vi) G = P1 × ··· × Pr, onde Pi é um p − subgrupo de Sylow de G. Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 18. (i) G é nilpotente. (ii) Todo Subgrupo de G é subnormal em G. Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 19. (i) G é nilpotente. (ii) Todo Subgrupo de G é subnormal em G. (i) ⇒ (ii): Seja H um subgrupo de G. Definimos a cadeia de subgrupos H = H0 ⊂ H1 ⊂ ... ⊂ Hn = G tal que Hi−1 Hi, 1 ≤ i ≤ n. Como Hi−1 Hi, podemos tomar, sem perda de generalidade, que Hi = NG(Hi−1). Segue que, se Hn−1 G, então |Hn−1| < |Hn|. Como G, da forma que foi definido, é finito, deve existir um índice n tal que Hn = G. Dai, Hn−1 Hn = G. Logo, todo subgrupo de G é subnormal. Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 20. (ii) Todo Subgrupo de G é subnormal em G. (iii) Se H ≤ G, então H ≤ NG(H). Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 21. (ii) Todo Subgrupo de G é subnormal em G. (iii) Se H ≤ G, então H ≤ NG(H). (ii) ⇒ (iii): Segue que, seja H ≤ G. Se H é subgrupo normal em G, então existe uma série tal que H = H0 H1 ··· Hn = G. Se i é o menor inteiro positivo tal que H Hi, então H = Hi−1 Hi e, pela propriedade do normalizador, como G é nilpotente, Hi ≤ NG(H). Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 22. (iii) Se H ≤ G, então H ≤ NG(H). (iv) Se M G, então M G. Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 23. (iii) Se H ≤ G, então H ≤ NG(H). (iv) Se M G, então M G. (iii) ⇒ (iv): Segue que, se M é um subgrupo maximal em G, então M ≤ NG(M). Então, como M ≤ NG(M), pela definição de subgrupo maximal, teremos NG(M) = G. Como NG(M) = {g ∈ G | g−1Mg = M}, então M G. Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 24. (iv) Se M G, então M G. (v) Se P ∈ SylP (G), então P G. Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 25. (iv) Se M G, então M G. (v) Se P ∈ SylP (G), então P G. (iv) ⇒ (v) Seja P ∈ Sylp(G) e suponha que P G. Então, P ≤ NG(P) < M G. Afirmação: NG(M) = M. Com efeito, seja g ∈ NG(M). Então, g−1Pg ⊂ g−1Mg = M. E, portanto, P e g−1Pg pertencem a Sylp(M). Pelo teorema de Sylow existe x ∈ M, tal que x−1Px = g−1Pg =⇒ P = Pgx−1 . Portanto, gx−1 ∈ NG(P) ≤ M. E g ∈ xM = M. Logo, NG(M) ⊆ M. Mas, M ≤ NG(M). Então, M = NG(M) e M G. Portanto, cada subgrupo Sylow de G é normal. Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 26. (v) Se P ∈ SylP (G), então P G. (vi) G = P1 × ··· × Pr. Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 27. (v) Se P ∈ SylP (G), então P G. (vi) G = P1 × ··· × Pr. (v) ⇒ (vi) Note-se que, neste caso, G é um produto direto de seus subgrupos de Sylow. Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 28. (v) Se P ∈ SylP (G), então P G. (vi) G = P1 × ··· × Pr. (v) ⇒ (vi) Note-se que, neste caso, G é um produto direto de seus subgrupos de Sylow. (vi) G = P1 × ··· × Pr (i) G é nilpotente. Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 29. (v) Se P ∈ SylP (G), então P G. (vi) G = P1 × ··· × Pr. (v) ⇒ (vi) Note-se que, neste caso, G é um produto direto de seus subgrupos de Sylow. (vi) G = P1 × ··· × Pr (i) G é nilpotente. (vi) ⇒ (i) Sabemos que todo p−grupo finito é nilpotente. Se P1,...,Pr são nilpotentes, então G = P1 × ··· × Pr é nilpotente. Basta ver a proposição 5.6: Todo p − grupo finito é nilpotente. E e proposição 5.7: Produtos diretos finitos de grupos nilpotentes são também nilpotentes. Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 30. Caracterização do Grupos Nilpotentes Finitos ≈ Generalização Teorema Fundamental dos Grupos Abelianos Finitos Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 31. Teorema fundamental de Grupos Abelianos finitos: Se G é um grupo abeliano finito, então G é o produto direto interno de seus subgrupos de Sylow e portanto, G é isomorfo ao produto direto de seus subgrupos de Sylow. Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 32. Referências ANZAR, M. J. I.; MONASOR, F. P. LECCIONES sobre GRUPOS. Disponível em: <http://www.uv.es/∼iranzo/Lecciones_de_Grupos.pdf>. ALENCAR, J.M. GRUPOS COBERTOS POR SEIS SUBGRUPOS MAXIMAIS. Disponível em: <http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/879>. BATTACHARIA, P. B. Basic abstract algebra. 2nd ed. Cambridge : Cambridge Uni- versity, 1994. ROBINSON, D. J. S. A course in the theory of groups. New York : Springer-Verlag, 1982. Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 33. Considerações Finais Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos
  • 34. Considerações Finais “Para sabermos bem as coisas, é preciso sabermos os pormenores, e como estes são quase infinitos, os nossos conhecimentos são sempre superficiais e imperfeitos”. Renan Fernandes de Moraes Orientador: Prof. Mestre Júnio Moreira de Alencar Caracterização dos Grupos Nilpotentes Finitos