2. Dificuldade de entender texto: hospitalidade exige trabalho e serviço. Será que Jesus queria que Marta estivesse aos pés dele, sentadinha ao lado da Maria?
3. Introdução Lucas: é o único gentio que contribui para escrever o NT. Ele era médico e historiador (STOTT) Apresenta Jesus como Salvador do mundo (STOTT). Episódios da vida de Cristo que não estão nos demais: a) pessoas discriminadas b) Detalhes dos momentos de quietude e solidão de Cristo
4. Informações gerais sobre o texto Local : aldeia ou vila chamada Betânia, onde moravam os irmãos Marta, Maria e Lázaro (Jo 11:1). Eles eram amigos de Jesus e O hospedavam de vez em quando. Jesus ressuscitou a Lázaro Maria ungiu os pés do Senhor com bálsamo e os enxugou com seus cabelos (distinto do encontro com a mulher de “má fama”) (Jo 11:2).
5. Observando a história Chegada de Jesus (com discípulos e lentamente) Marta: hospitalidade; serviço Maria: encantada, aos pés de Jesus; esquecida de Marta, da cozinha; esquecida que era mulher em meio a homens; exemplo bíblico da atitude contemplativa).
6. Observando a história Marta: condições da cozinha na época; “assanhada”; atarantada; poderia estar com dor de cabeça ou com TPM? haveria alguém lhe ajudando? Poderia fazer recepção mais simples? Vê Maria sentada aos pés do mestre (pensou nela como preguiçosa ou abelhuda?) Fica irritada e fala com Jesus
7. Jesus : ensina sobre a escolha de Maria. O que seria essa boa escolha? O que Jesus está dizendo a Marta? Que ela não precisava mais ligar pra nada e deixar tudo?
8. Observando a história Sinal verde para espiritualidade contemplativa e sinal vermelho para espiritualidade de ações e obras? Impossível conciliar essa visão com Jesus: ele ora sozinho e, da força adquirida no encontro com Deus, prega boas novas a milhares de pessoas, e cura (Bíblia de Estudo Renovare).
10. Versão Almeida, Edição Revista e Corrigida Versão Almeida Revista e atualizada Marta, porém andava DISTRAÍDA em muitos serviços;(...). E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ANSIOSA e AFADIGADA com muitas coisas, mas uma só é necessária; Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada. Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. (...) Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e preocupa-te com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo um só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”.
11. Por que Jesus repreendeu Marta? Problema de Marta: turbulenta, afadigada, distraída, ansiosa, “APERRIADA” Jesus não a admoesta por cozinhar, nem por ser hospitaleira, nem por saber que a fé dela é diferente da de Maria.
12. Por que Jesus repreendeu Marta? 1) Não era por ter trabalho demais para fazer, mas permitir que o trabalho a distraísse, a deixasse agitada. Marta era hospedeira, dinâmica Ativismo Submissão à “tirania do urgente”.
13. Por que Jesus repreendeu Marta? 2) Por conta de sua atitude de Marta Ele mostra que o serviço que ela está prestando é resultado da frustação, da ansiedade e da raiva e que não há necessidade de ela ficar nesse estado. Se ela não está feliz por cozinhar, se ela não encontra Deus na cozinha (...), por que ela não se junta a Maria e conversa um pouco com ele?” (p.1673). (Bíblia de Estudo Renovare)
14. Por que Jesus repreendeu Marta? Em lugar de concordar em Maria ir ajudar Marta, Jesus diz que a escolha desta é a mais adequada, primordial e incensurável Jesus parece estar oferecendo a mesma escolha a Marta. O que aconteceu depois?
15. A nova postura de Marta Geralmente Marta tem sido “acusada” de ativista. Marta parece ter aceitado o convite de Jesus - crescimento espiritual que ela demonstra na época da morte de Lázaro (João 11.17 – 37) Apesar da tristeza, ela lembrava da promessa da ressurreição. Marta não era mulher sem fé - declaração sobre Jesus Marta: transformação e amizade com Jesus , mas ainda servindo.
16. A nova postura de Marta Maria não lembra da promessa Reclamação como fruto da intimidade e não da irreverência Maria também serve (Jo 11:2) - demonstração da adoração através do serviço. Irmãs - características bastante diferentes. João nos diz especificamente que Jesus amava a Marta e seus irmãos.
17. A nova postura de Marta Marta ainda continua sendo “Marta” (agora servindo e adorando) e Maria continua sendo “Maria” (adorando de maneira singela e servindo). Serviço como inseparável da contemplação.
18. Qual a lição de Jesus, então? Não era a ação ou a atividade em si que estava errada. Era a atitude. Era a perspectiva ou o ponto de vista pelo qual Marta havia escolhido encarar a situação na sua casa naquele dia. Distraída, ansiosa e afadigada,preocupada, inquieta, agitada: estado emocional e repercussão no seu corpo (fadiga, cansaço). ESCOLHER a boa parte: ouvir a Cristo, contemplar.
19. O que Marta tem a ver conosco? Mundo atual Demandas de diversas frentes (estudo, trabalho, casamento, casa, filhos, etc) Jovens: preocupação com futuro, com amig@s, com namoro, com o relacionamento com os pais, com “curtir a vida”. Descanso-lazer: TV, filme, internet, celulares
20. O que Marta tem a ver conosco? Mundo atual Fuga ou medo do silêncio, da contemplação. Extremo (e contagiante) ativismo, inclusive das atividades ministeriais Espiritualidade cristã: definida pela agenda de compromissos
21. O que Marta tem a ver conosco? Hoje o que define a, a quantidade de pregações, visitas, etc. (BARBOSA, 2008, p.74). Igrejas não querem como líder alguém que passe horas em silêncio e meditação, mas que seja “dinâmico”, cheio de novas idéias de mobilização e que use seu tempo em atividades “produtivas”
22. O que Marta tem a ver conosco? Estresse como a doença do século XXI: Na Sociedade contemporânea, adversário tem especialização em três áreas: ruído, pressa e multidões (FOSTER, 2007). Conhecemos Jesus, mas os ruídos e demandas do mundo nos deixam distraídos. Valorização da postura inicial da MARTA. Tendência a agir como ela: afadigada, ansiosa, agitada.
23. O que Marta tem a ver conosco? “Nós nos sentimos cansados porque não sabemos parar, somos constantemente levados pela pressa dos outros, pela agenda dos que pensam que a vida é medida pelo acúmulo de bens ou compromissos que possuem. Às vezes chegamos a pensar que se pararmos o mundo não funcionará; nossa correria e agitação nos leva a pensar que a ordem do mundo depende de nossa agenda; não cremos mais num Criador” (BARBOSA, 2008, p.67).
24. O que Marta tem a ver conosco? Ir além das superficialidades de nossa cultura, bem como de suas agitações: disposição para descer ao silêncio recriador, ao mundo interno da contemplação (FOSTER, 2007). Necessidade de disciplinas como Meditação e Oração Dificuldade de colocar em prática: não recebemos treinamento; não somos encorajados; desconhecemos literatura; nadamos contra a corrente (FOSTER, 2007).
25. O que Marta tem a ver conosco? Mesmo com ministério profundamente atarefado, Jesus tinha o hábito de afastar-se para um lugar deserto, se afastar das multidões e ficar com Deus (FOSTER, 2007, p.47). O Deus do universo quer ter comunhão conosco (FOSTER, 2007, p.47). Ele deseja ter comunhão conosco. Devemos ter “santuário móvel, que influencia tudo que somos ou fazemos” (FOSTER, 2007, p.51).
26. O que Marta tem a ver conosco? Eugene Peterson nos fala da lectio divina (leitura contemplativa), composta de a) Leitura– repetidas vezes, leva à reflexão. “Comer a palavra”. Mastigar. Transformá-la em parte de nós. b) Meditação- visualização da cena bíblica, reflexão. c) Oração– movimento do coração em relação a Deus. d) Contemplação: “ponto alto da experiência da oração, é a profunda comunhão com Deus que nos envolve completamente e transforma a nossa vida” (BARBOSA, 2008, p.62).
27. O que Marta tem a ver conosco? Erro da separação entre meditação e ação, entre Marta e Maria. ‘A verdadeira santidade não tira os homens do mundo, mas capacita-os a viver melhor nele e incita os empreendimentos que ajudam a restaurá-lo” (FOSTER, 2007, p.53). “A meditação devolve-nos às coisas do mundo com mais equilíbrio e com uma perspectiva mais alargada” (FOSTER, 2007, p.53).
28. O que Maria nos ensina? Perspectiva de Maria durante a visita: escuta Precisamos nos desligar da confusão que nos rodeia e isso proporciona um vínculo mais profundo com Deus. Falar sobre silêncio em nossa sociedade parece um contrassenso (BARBOSA, 2008, p.67). Importância do silêncio –”há na Bíblia muitos exemplos de devoção, de pessoas que simplesmente se punham adiante do Senhor, sem esboçar uma única palavra, sem apresentar um único pedido, apenas ouvindo, meditando, contemplando” (BARBOSA, 2008, p.61).
29. O que Maria nos ensina? Não apresentar a Deus a “lista do supermercado”, mas aguardar que Ele fale (BARBOSA, 2008, p.76). Silêncio não só como não falar, mas como postura diante de Deus. “E um silêncio que nos habilita a ouvir, meditar e contemplar as obras e mistérios de Deus” (BARBOSA, 2008, p.75). “Oração é a nossa resposta à proposta e ao chamado de Deus. A primeira palavra é sempre de Deus; a nós cabe a segunda palavra: a resposta” (BARBOSA, 2008, p.76).
30. Marta, a contemplação e o serviço Marta: nova postura, personalidade modificada, mas traços de serviço permanecem “Orar é mudar. A oração é a principal via usada por Deus para nos transformar. Se não estivermos disposto a mudar, deixaremos a oração de lado, e ela não será uma característica perceptível em nossa vida” (FOSTER, 2007, p.65). “Esse tipo de comunhão transforma a personalidade. Não há como deixar acesa a chama eterna do santuário interior e permanecer igual, pois o Fogo divino consome tudo que é impuro” (FOSTER, 2007, p.51).
31. Marta, a contemplação e o serviço Personalidades mais práticas ou ativas se vêem questionadas. Necessidade de se tranquilizar, meditar. Não para fugir do mundo, mas para compreendê-lo; não para nos afastarmos do trabalho e da rotina, mas para respondermos com mais responsabilidade a eles (BARBOSA, 2008, p.66). “nosso dia por inteiro é parte vital na preparação para os momentos específicos da meditação. Se ficarmos presos ao redemoinho das atividade frenéticas, não conseguiremos concentrar-nos nas horas de silêncio interior. A mente atormentada e fragmentada pro questões externas dificilmente estará preparada para a meditação” (FOSTER, 2007, p.59). Meditação como estilo de vida.
32. Marta, a contemplação e o serviço “Podemos transformar lugares hostis e barulhentos em pequenos momentos de oração e ações de graça. Um assento de ônibus, uma parada no trânsito, um intervalo entre reuniões, uma pausa no meio do dia. Quando aprendemos a criar esses espaços vazios, lugares que precisam ser preenchidos pela presença de Deus, nós os transformamos em lugares tranquilos” (BARBOSA, 2008, p.67).
33. Marta, a contemplação e o serviço Necessidade de tempo, esforço e atenção para construir qualquer relacionamento pessoal. Exemplo da pessoa apaixonada. Desafio: construir relacionamento de intimidade com Deus, entregando a Ele TODAS as esferas de nossa vida.
34. Marta, a contemplação e o serviço “Este caminho de volta para o coração, de encontro com nossa alma, só pode ser trilhado através do silêncio e da contemplação. Ouvir o veredito que Deus tem a nosso respeito exige de nós o silenciar de outras vozes e ruídos, para ouvirmos apenas a voz de Deus. A prática do silêncio é evitada porque é através dele que os fantasmas da alma, os medos e as angústias que vivem nos esconderijos do coração, surgem com todo o seu poder e terror. Mas é através do silêncio que encontramos o poder de Deus que faz sucumbir os fantasmas e os medos e que renova em nós a alegria da paz e comunhão íntima com o Senhor” (BARBOSA, 2008, p.77).
35. Marta, a contemplação e o serviço Resultado do encontro com Deus: devocional; interior, na comunidade Ensinamento de Jesus: perspectiva de Marta Podemos ser contemplativos servindo.