O documento discute os impactos e desafios das mudanças climáticas para a juventude da Mata Atlântica. Apresenta dados mostrando que comunidades tradicionais, negros, mulheres, jovens e crianças são mais atingidos por conflitos socioambientais e mudanças climáticas. Também destaca a falta de políticas públicas e espaços de participação para os jovens, e os riscos que isso traz, como o enfraquecimento da luta e resistência dos jovens.

1. Impactos e desafios das Mudanças
climáticas para a juventude da
Mata Atlântica
Prof. Dra. Graziela D. Blanco (ECOHE - UFSC)
Consultora do PNUD
Pós-doc do PPG-Ecologia da UFS

2. Onde esta a juventude no contexto de mudanças
climáticas?

3. 60% dos 20 países
considerados mais impactados
pelas mudanças climáticas são
afetados por conflitos
sociambientais
14 dos 34 países
em insegurança alimentar
experimentaram a dupla carga
de conflitos socioambientais e
crise climáticos (FAO 2020).
Mudanças
climáticas
Conflitos
socioambientias
International Committee of the Red Cross (2020)

4. Interdependência
O conceito socioambiental engloba três dimensões básicas: o mundo biofísico,
estruturas sociais, e o relacionamento dinâmico e interdependente entre os
dois mundos.
Ciclos
naturais
Estruturas
sociais
Conflitos sociambientais
Campagnario et al. (2021); Blanco (2023)

5. Conflitos sociambientais

6. Entre 2013 e 2022, houve 1935 invasões de territórios indígenas.
Somente entre 2019 e 2022 foram 61,25% das invasões dos últimos dez
anos ocorreram nos últimos quatro! Mais de 37% em terras indígenas.
Comissão Pastoral da Terra (2022)

7. M
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Principais causas dos conflitos
socioambientais no Brasil
Denuncia
dos
conflitos
(%)
FIOCRUZ (2019)

9. FIOCRUZ (2019)

10. Clima Info (2022)

11. Mais atingidos pelos
conflitos socioambientais
e mudanças climáticas
são comunidades
tradicionais, negros/as,
mulheres, jovens e
crianças

13. Falta de políticas públicas e espaços de fala e ação para os jovens
Falta de políticas e ações para o enfrentamento das mudanças climáticas
Falta de maior ação contra violência de gênero de jovens mulheres e enfrentamento
dos impactos das mudanças climáticas para as mulheres jovens do campo
Invizibilização social dos jovens do campo e urbanos, mas também nos territórios em
que ocupam.
Souza e Milanez (2016); Manzanero (2021)

14. + 1960 - 1970: democracia, movimentos sociais
+ 1990: luta pela sustentabilidade e direitos humanos nos países.
+ Os jovens são chaves centrais nas lutas socioambientais, e suas
atuações, locais e globais, têm sido decisivas em áreas como da educação
e dos direitos dos povos originários.
Juventude da América
Latina e Caribe

15. Invisibilidade social que os jovens vêm
sofrendo historicamente e uma
percepção da consequência que isso
gera: a vulnerabilização dos jovens
perante o conflito e o enfraquecimento
dos processos de luta e resistência.
Souza e Milanez (2016)

16. Clima e gênero; Boletím WRM 248 (2020)

17. Aumento de perseguições e mortes de jovens lideranças de comunidade
tradicionais
Morte de crianças em comunidades tradicionais
Aumento da violência contra mulheres de comunidades tradicionais
UNESCO (2015); ONU Mulheres (2022); Comissão Pastoral da Terra (2022); ; Manzanero (2021)
Imagem de fundo: UOL (2021)

18. Atlas das Juventudes (2021)

19. 26% das escolas públicas brasileiras
não têm acesso ao abastecimento
público de água
50% não têm acesso à rede pública de
esgoto.
Censo Escolar 2020

20. Fonte: Youth for Climate (2019); Clima e Gênero (2021); Quem precisa de de justiça climática no Brasil? (2022)
Imagem de fundo: Clima e Gênero (2021)

21. 80% dos deslocados por desastres e
mudanças climáticas são mulheres
ONU Mulheres

22. + Perda de território
+ Insegurança alimentar
+ Impossibilitado/a de práticar sua cultura
+ Violência
Juventude da Mata Atlântica
Imagem de fundo: Nivia Luz , jovem Ialorixá
FIOCRUZ (2019)

23. O que precisamos
Garantir a presença da
juventude em mecanismos
administrativos, políticos e
judiciais;
Acesso à informação, a
participação pública nos
processos decisórios
ambientais e a defesa dos
defensores ambientais;

24. Obrigada!
Prof. Dra. Graziela D. Blanco (ECOHE - UFSC)
Consultora do PNUD
Pós-doc do PPG-Ecologia da UFS