O documento fornece instruções sobre a criação de canários, incluindo: 1) escolher um local com boa ventilação para as gaiolas; 2) fornecer alimentos como alpiste, aveia e sementes gordurosas; 3) manter bebedouros limpos e fornecer areia e água fresca para os pássaros.
Morfologia e biologia das abelhas apis melliferaGuiomar Silva
Este documento discute a morfologia, biologia e comportamento da abelha Apis mellifera. Ele descreve as características da cabeça e órgãos internos das operárias, o desenvolvimento das abelhas, a polinização e comunicação entre as abelhas.
O documento descreve a ordem Hymenoptera, incluindo suas principais características como aparelho bucal mandibulado, asas anteriores maiores que as posteriores, e abdome peciolado em algumas espécies. A ordem é dividida nas subordens Symphyta e Apocrita.
Este documento classifica e descreve os principais grupos de animais. Divide-se os animais em vertebrados e invertebrados, e descreve as principais características de cada um dos cinco grupos de vertebrados: mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes.
Este documento fornece orientações sobre como iniciar a criação de codornas de forma prática. Ele aborda tópicos como vantagens da criação de codornas, estrutura básica necessária, equipamentos, investimento inicial e cuidados com as aves.
O documento classifica diferentes tipos de aves de acordo com sua alimentação e características físicas, incluindo: 1) aves de rapina com bicos curvos e fortes para rasgar presas e garras para agarrar presas; 2) aves que comem sementes com bicos curtos e cônicos para apanhar sementes; 3) aves insetívoras com bicos compridos para capturar insetos.
Um leão poupa a vida de um ratinho que o acordou enquanto dormia. Mais tarde, o leão fica preso em uma rede de caçadores e o ratinho o salva roendo as cordas, retribuindo o favor.
Este documento descreve os sistemas de criação e manejo de abelhas melíferas no Brasil, incluindo informações sobre colméias, raças, doenças, alimentação e instalações necessárias para a apicultura. O documento também fornece curiosidades sobre as funções da rainha, operárias e zangões, além da comunicação entre as abelhas.
O documento fornece diretrizes para projetar e manter instalações adequadas para caprinos e ovinos, abordando aspectos como objetivos, localização, materiais de construção, dimensionamento de baias e equipamentos.
Morfologia e biologia das abelhas apis melliferaGuiomar Silva
Este documento discute a morfologia, biologia e comportamento da abelha Apis mellifera. Ele descreve as características da cabeça e órgãos internos das operárias, o desenvolvimento das abelhas, a polinização e comunicação entre as abelhas.
O documento descreve a ordem Hymenoptera, incluindo suas principais características como aparelho bucal mandibulado, asas anteriores maiores que as posteriores, e abdome peciolado em algumas espécies. A ordem é dividida nas subordens Symphyta e Apocrita.
Este documento classifica e descreve os principais grupos de animais. Divide-se os animais em vertebrados e invertebrados, e descreve as principais características de cada um dos cinco grupos de vertebrados: mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes.
Este documento fornece orientações sobre como iniciar a criação de codornas de forma prática. Ele aborda tópicos como vantagens da criação de codornas, estrutura básica necessária, equipamentos, investimento inicial e cuidados com as aves.
O documento classifica diferentes tipos de aves de acordo com sua alimentação e características físicas, incluindo: 1) aves de rapina com bicos curvos e fortes para rasgar presas e garras para agarrar presas; 2) aves que comem sementes com bicos curtos e cônicos para apanhar sementes; 3) aves insetívoras com bicos compridos para capturar insetos.
Um leão poupa a vida de um ratinho que o acordou enquanto dormia. Mais tarde, o leão fica preso em uma rede de caçadores e o ratinho o salva roendo as cordas, retribuindo o favor.
Este documento descreve os sistemas de criação e manejo de abelhas melíferas no Brasil, incluindo informações sobre colméias, raças, doenças, alimentação e instalações necessárias para a apicultura. O documento também fornece curiosidades sobre as funções da rainha, operárias e zangões, além da comunicação entre as abelhas.
O documento fornece diretrizes para projetar e manter instalações adequadas para caprinos e ovinos, abordando aspectos como objetivos, localização, materiais de construção, dimensionamento de baias e equipamentos.
Este documento apresenta um modelo de caixa racional para a criação da abelha uruçu-amarela (Melipona flavolineata) com o objetivo de padronizar e otimizar o processo produtivo. O modelo é baseado em estudos da literatura e experiências de campo, reunindo soluções criativas como melgueiras móveis para facilitar a colheita de mel. Detalha as partes e dimensões da caixa, como o ninho, sobreninho e melgueiras, e fornece instruções sobre obtenção de enxames e consider
O documento discute os diferentes sistemas de criação de camarões, incluindo extensivo, semi-extensivo, semi-intensivo e intensivo. O sistema semi-intensivo pode ser contínuo ou intermitente. Os sistemas variam em termos de tecnologia, densidade de povoamento, controle e produtividade. O manejo nutricional e a alimentação também diferem entre as fases de crescimento dos camarões.
Este documento describe las características básicas de las tortugas, incluyendo que son reptiles ovíparos que regulan su temperatura según el ambiente y han sobrevivido por más de 200 millones de años. Explica que el cortejo comienza en octubre-noviembre, con el macho persiguiendo a la hembra hasta montarla y fertilizar sus huevos. También menciona algunas de las especies más comunes de tortugas terrestres y acuáticas, así como algunos de sus alimentos típicos.
O documento discute tópicos relacionados ao manejo de plantas ornamentais, incluindo irrigação e drenagem, controle de mato, adubação, podas e controle de pragas. É uma aula sobre o assunto ministrada pelo professor Ednei Pires, com informações e links sobre cada tema.
Este documento trata sobre la bioseguridad en granjas avícolas. Explica que la bioseguridad incluye medidas para prevenir la introducción y diseminación de enfermedades infecciosas mediante el control de roedores, descontaminación, vacunación y otros programas sanitarios. También describe estrategias para el control de enfermedades como la vacunación, medicamentos preventivos y la descontaminación. Finalmente, ofrece recomendaciones sobre la desinfección de instalaciones avícolas utilizando productos como el dióxido de
Este documento resume aspectos gerais da fisiologia e estrutura do sistema digestivo dos peixes relacionados à piscicultura. Descreve a anatomia do aparelho digestivo dos peixes, incluindo a cavidade bucal, esôfago, estômago, intestino e reto. Também aborda processos como consumo e tempo de passagem do alimento, secreções digestivas, absorção e aspectos da digestão em larvas e pós-larvas. O objetivo é fornecer informações sobre o sistema digestivo dos peixes para embasar o
Este documento apresenta informações sobre taxonomia, nomenclatura e identificação de insetos. Ele contém uma introdução sobre taxonomia e classificação biológica, seguida por seções sobre nomenclatura zoológica, Código Internacional de Nomenclatura Zoológica e nomeação de táxons. Também fornece chaves dicotômicas para identificação de ordens e famílias de insetos. O objetivo é servir como apostila para estudantes de entomologia.
(1) O documento discute vários métodos contraceptivos, incluindo pílulas anticoncepcionais, DIU, camisinha, vasectomia e laqueadura. (2) A vasectomia envolve cortar ou obstruir os canais deferentes para impedir que os espermatozóides sejam eliminados no sêmen. (3) Mesmo após uma vasectomia, o uso de preservativos é recomendado para prevenir doenças sexualmente transmissíveis.
La codorniz es un ave galliforme ampliamente distribuida en la región Paleártica y África oriental y meridional. Los galpones para codornices deben construirse considerando la temperatura local y preferiblemente incluir bebederos automáticos, una dieta que incluya alimento verde y suplementos minerales, y jaulas piramidales con capacidad para 180-200 aves que permitan mejor circulación de aire y limpieza.
Este documento apresenta informações sobre as plantas, incluindo sua diversidade, classificação, constituição, reprodução, fatores ambientais que as influenciam, tipos de plantas (espontâneas e cultivadas, comestíveis e não-comestíveis), cores das folhas e curiosidades. O documento contém 25 slides com texto e imagens sobre o tema, seguido de uma bibliografia com 26 referências.
O documento discute os benefícios da apicultura, incluindo a produção de mel, pólen, cera, própolis, geleia real e apitoxina. Ele explica o papel das abelhas operárias, rainhas e zangões, além de detalhar os usos e benefícios de cada produto apícola. A avaliação dos formandos será feita por meio de uma prova de conhecimentos.
O documento descreve as diferentes estratégias de locomoção utilizadas por animais aquáticos. Os peixes usam barbatanas e bexigas natatórias para nadar, enquanto mamíferos como baleias têm membros transformados em barbatanas. Répteis aquáticos como tartarugas também têm membros modificados em barbatanas. Anfíbios possuem dedos ligados por membranas e aves têm membranas entre os dedos. Invertebrados usam apêndices articulados, sistemas ambulacr
Noções gerais de rega localizada (2ª parte)Armindo Rosa
Este documento fornece informações gerais sobre rega localizada. Descreve os fundamentos da rega localizada, incluindo como concentra a água perto das raízes das plantas. Também discute as vantagens, como poupança de água e fertilizantes, e alguns problemas potenciais, como obstruções nos emissores. O documento serve como uma introdução ao tópico da rega localizada.
O documento discute a produção de mel por abelhas, incluindo seu papel na polinização e importância econômica. Ele descreve a missão, visão e objetivos de aumentar a produção e qualidade do mel de forma sustentável para satisfazer os clientes e gerar renda. Também lista os equipamentos, fatores de produção e bens e serviços envolvidos na apicultura.
O documento descreve as características, instalações, criação e manejo de codornas. As codornas possuem cabeça móvel, penas cinzentas ou castanhas, e as fêmeas são levemente maiores que os machos. Sua criação envolve gaiolas individuais, iluminação noturna, acasalamento diário e incubação dos ovos. Os filhotes requerem aquecimento até os 10 dias de idade.
O documento descreve os diferentes tipos de locomoção dos animais no solo, ar e água. No solo, animais se locomovem através da marcha, corrida, salto ou reptação. No ar, aves voam usando asas, enquanto insetos e morcegos voam usando asas membranosas ou membranas alares respectivamente. Na água, peixes nadam usando barbatanas e corpos em forma de fuso, enquanto mamíferos aquáticos nadam usando membros em forma de barbatanas.
Este documento habla sobre el manejo de la abeja africana y la genética de especies menores. Describe las características de la abeja africana como más prolífera, agresiva y con menor producción de miel en comparación con la abeja europea. También discute técnicas para el manejo de apiarios con cruces de abejas africanas y europeas, incluyendo revisión periódica y distanciamiento de colonias.
O documento discute o cultivo orgânico do algodão no Brasil, descrevendo sua importância socioeconômica, práticas de preparo do solo, cultivares, controle de pragas e colheita. A produção de algodão orgânico é maior na região Nordeste, especialmente no Ceará, Paraíba e Pernambuco. Práticas como consorciação, controle biológico e cultural de pragas, e espaçamento amplo entre plantas, são recomendadas para o cultivo orgânico sustentável do algodão.
El documento proporciona recomendaciones para la construcción de galpones avícolas, incluyendo considerar el acceso, orientación, materiales de construcción, ventilación, iluminación, dimensiones y más. Los materiales deben proveer aislamiento térmico. La orientación y ventilación son cruciales para controlar la humedad, gases y temperatura. La iluminación estimula la producción de huevos. El manejo del estiércol es importante para evitar la acumulación de gases y humedad.
O documento fornece orientações sobre como cuidar de canários, incluindo verificar se você tem tempo e espaço suficientes, escolher o local correto para criação, equipamentos necessários como gaiolas e acessórios, e detalhes sobre alimentação, reprodução e cuidados com filhotes.
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 1Franco Alexandre
O documento discute as cores dos canários, explicando que a melanina, um pigmento produzido pelo canário, determina a cor preta ou marrom. Há três tipos de melanina - eumelanina negra, eumelanina marrom e feomelanina, que conferem diferentes tons de marrom. Os canários são divididos em dois grupos, lipocrômicos como branco e amarelo, e melânicos como verde e cobre, dependendo da presença ou ausência de melanina.
Este documento apresenta um modelo de caixa racional para a criação da abelha uruçu-amarela (Melipona flavolineata) com o objetivo de padronizar e otimizar o processo produtivo. O modelo é baseado em estudos da literatura e experiências de campo, reunindo soluções criativas como melgueiras móveis para facilitar a colheita de mel. Detalha as partes e dimensões da caixa, como o ninho, sobreninho e melgueiras, e fornece instruções sobre obtenção de enxames e consider
O documento discute os diferentes sistemas de criação de camarões, incluindo extensivo, semi-extensivo, semi-intensivo e intensivo. O sistema semi-intensivo pode ser contínuo ou intermitente. Os sistemas variam em termos de tecnologia, densidade de povoamento, controle e produtividade. O manejo nutricional e a alimentação também diferem entre as fases de crescimento dos camarões.
Este documento describe las características básicas de las tortugas, incluyendo que son reptiles ovíparos que regulan su temperatura según el ambiente y han sobrevivido por más de 200 millones de años. Explica que el cortejo comienza en octubre-noviembre, con el macho persiguiendo a la hembra hasta montarla y fertilizar sus huevos. También menciona algunas de las especies más comunes de tortugas terrestres y acuáticas, así como algunos de sus alimentos típicos.
O documento discute tópicos relacionados ao manejo de plantas ornamentais, incluindo irrigação e drenagem, controle de mato, adubação, podas e controle de pragas. É uma aula sobre o assunto ministrada pelo professor Ednei Pires, com informações e links sobre cada tema.
Este documento trata sobre la bioseguridad en granjas avícolas. Explica que la bioseguridad incluye medidas para prevenir la introducción y diseminación de enfermedades infecciosas mediante el control de roedores, descontaminación, vacunación y otros programas sanitarios. También describe estrategias para el control de enfermedades como la vacunación, medicamentos preventivos y la descontaminación. Finalmente, ofrece recomendaciones sobre la desinfección de instalaciones avícolas utilizando productos como el dióxido de
Este documento resume aspectos gerais da fisiologia e estrutura do sistema digestivo dos peixes relacionados à piscicultura. Descreve a anatomia do aparelho digestivo dos peixes, incluindo a cavidade bucal, esôfago, estômago, intestino e reto. Também aborda processos como consumo e tempo de passagem do alimento, secreções digestivas, absorção e aspectos da digestão em larvas e pós-larvas. O objetivo é fornecer informações sobre o sistema digestivo dos peixes para embasar o
Este documento apresenta informações sobre taxonomia, nomenclatura e identificação de insetos. Ele contém uma introdução sobre taxonomia e classificação biológica, seguida por seções sobre nomenclatura zoológica, Código Internacional de Nomenclatura Zoológica e nomeação de táxons. Também fornece chaves dicotômicas para identificação de ordens e famílias de insetos. O objetivo é servir como apostila para estudantes de entomologia.
(1) O documento discute vários métodos contraceptivos, incluindo pílulas anticoncepcionais, DIU, camisinha, vasectomia e laqueadura. (2) A vasectomia envolve cortar ou obstruir os canais deferentes para impedir que os espermatozóides sejam eliminados no sêmen. (3) Mesmo após uma vasectomia, o uso de preservativos é recomendado para prevenir doenças sexualmente transmissíveis.
La codorniz es un ave galliforme ampliamente distribuida en la región Paleártica y África oriental y meridional. Los galpones para codornices deben construirse considerando la temperatura local y preferiblemente incluir bebederos automáticos, una dieta que incluya alimento verde y suplementos minerales, y jaulas piramidales con capacidad para 180-200 aves que permitan mejor circulación de aire y limpieza.
Este documento apresenta informações sobre as plantas, incluindo sua diversidade, classificação, constituição, reprodução, fatores ambientais que as influenciam, tipos de plantas (espontâneas e cultivadas, comestíveis e não-comestíveis), cores das folhas e curiosidades. O documento contém 25 slides com texto e imagens sobre o tema, seguido de uma bibliografia com 26 referências.
O documento discute os benefícios da apicultura, incluindo a produção de mel, pólen, cera, própolis, geleia real e apitoxina. Ele explica o papel das abelhas operárias, rainhas e zangões, além de detalhar os usos e benefícios de cada produto apícola. A avaliação dos formandos será feita por meio de uma prova de conhecimentos.
O documento descreve as diferentes estratégias de locomoção utilizadas por animais aquáticos. Os peixes usam barbatanas e bexigas natatórias para nadar, enquanto mamíferos como baleias têm membros transformados em barbatanas. Répteis aquáticos como tartarugas também têm membros modificados em barbatanas. Anfíbios possuem dedos ligados por membranas e aves têm membranas entre os dedos. Invertebrados usam apêndices articulados, sistemas ambulacr
Noções gerais de rega localizada (2ª parte)Armindo Rosa
Este documento fornece informações gerais sobre rega localizada. Descreve os fundamentos da rega localizada, incluindo como concentra a água perto das raízes das plantas. Também discute as vantagens, como poupança de água e fertilizantes, e alguns problemas potenciais, como obstruções nos emissores. O documento serve como uma introdução ao tópico da rega localizada.
O documento discute a produção de mel por abelhas, incluindo seu papel na polinização e importância econômica. Ele descreve a missão, visão e objetivos de aumentar a produção e qualidade do mel de forma sustentável para satisfazer os clientes e gerar renda. Também lista os equipamentos, fatores de produção e bens e serviços envolvidos na apicultura.
O documento descreve as características, instalações, criação e manejo de codornas. As codornas possuem cabeça móvel, penas cinzentas ou castanhas, e as fêmeas são levemente maiores que os machos. Sua criação envolve gaiolas individuais, iluminação noturna, acasalamento diário e incubação dos ovos. Os filhotes requerem aquecimento até os 10 dias de idade.
O documento descreve os diferentes tipos de locomoção dos animais no solo, ar e água. No solo, animais se locomovem através da marcha, corrida, salto ou reptação. No ar, aves voam usando asas, enquanto insetos e morcegos voam usando asas membranosas ou membranas alares respectivamente. Na água, peixes nadam usando barbatanas e corpos em forma de fuso, enquanto mamíferos aquáticos nadam usando membros em forma de barbatanas.
Este documento habla sobre el manejo de la abeja africana y la genética de especies menores. Describe las características de la abeja africana como más prolífera, agresiva y con menor producción de miel en comparación con la abeja europea. También discute técnicas para el manejo de apiarios con cruces de abejas africanas y europeas, incluyendo revisión periódica y distanciamiento de colonias.
O documento discute o cultivo orgânico do algodão no Brasil, descrevendo sua importância socioeconômica, práticas de preparo do solo, cultivares, controle de pragas e colheita. A produção de algodão orgânico é maior na região Nordeste, especialmente no Ceará, Paraíba e Pernambuco. Práticas como consorciação, controle biológico e cultural de pragas, e espaçamento amplo entre plantas, são recomendadas para o cultivo orgânico sustentável do algodão.
El documento proporciona recomendaciones para la construcción de galpones avícolas, incluyendo considerar el acceso, orientación, materiales de construcción, ventilación, iluminación, dimensiones y más. Los materiales deben proveer aislamiento térmico. La orientación y ventilación son cruciales para controlar la humedad, gases y temperatura. La iluminación estimula la producción de huevos. El manejo del estiércol es importante para evitar la acumulación de gases y humedad.
O documento fornece orientações sobre como cuidar de canários, incluindo verificar se você tem tempo e espaço suficientes, escolher o local correto para criação, equipamentos necessários como gaiolas e acessórios, e detalhes sobre alimentação, reprodução e cuidados com filhotes.
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 1Franco Alexandre
O documento discute as cores dos canários, explicando que a melanina, um pigmento produzido pelo canário, determina a cor preta ou marrom. Há três tipos de melanina - eumelanina negra, eumelanina marrom e feomelanina, que conferem diferentes tons de marrom. Os canários são divididos em dois grupos, lipocrômicos como branco e amarelo, e melânicos como verde e cobre, dependendo da presença ou ausência de melanina.
Este documento discute as opções de ração para canários, incluindo as linhas Alcon Eco Club Canário, Alcon Club Canário e Alcon Canário Criador. Essas rações fornecem todos os nutrientes necessários para os canários e devem compor 100% da dieta, com frutas e vegetais como complemento duas vezes por semana. Durante a reprodução e amamentação, a dieta deve ser complementada com rações mais ricas em proteínas e lipídios.
Este documento descreve a história do desenvolvimento do Canário Arlequim Português como uma nova raça genuinamente portuguesa. Começou como um sonho de um criador que queria criar um canário que representasse o povo multifacetado de Portugal. Após anos de trabalho cuidadoso por parte de vários criadores, o Canário Arlequim Português obteve reconhecimento internacional como raça em 2008.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor desempenho. O dispositivo também possui recursos adicionais de inteligência artificial e segurança de dados aprimorados. O lançamento do novo smartphone está programado para o final deste ano.
Curso sobre Canarios
Encuentra más información de este curso en: http://educagratis.cl/moodle/course/view.php?id=21
Origen del canario: Ave endémica de los archipiélagos de las Azores, Madeira y Canarias. La variedad canaria habita en las islas de Tenerife, Gran Canaria, La Palma, Gomera y El Hierro (Islas Canarias). El canario de las Islas Canarias, es distinto del que vive en Madeira y las Azores, incluso su distinta fortaleza hace diferentes a las poblaciones de canarios de las fachadas Norte de las del Sur de las islas que están sometidas a un clima más seco....Encuentra Más cursos Aquí: http://www.educagratis.cl/moodle/
Este documento discute genética, cores e mutações em pássaros. Explica que a cor dos pássaros resulta da combinação de duas cores básicas: melanina e lipocromo. Descreve várias mutações genéticas que podem afetar essas cores, resultando em uma grande variedade de tons, como branco, amarelo, laranja, vermelho e cinza. Também explica como essas mutações são hereditárias e se manifestam nos pássaros.
1. O documento lista as doenças mais comuns em canários, descrevendo os sintomas e tratamentos de cada uma, incluindo enterite, indigestão, colibacilose, salmonelose, streptococos, tifos, hepatite, varíola, coriza, pneumonia, aerosaculite, asma, mudança anormal de penas, teigne, parasitoses externas, pipocas nas patas, stress, infertilidade, candidíase, coccidiose, aspergilose respiratória, ácaros respiratórios e carência de
Este manual fornece instruções para julgar diferentes variedades de canários-da-terra (Sicalis flaveola) de acordo com sua cor, padrão de plumagem e região de origem. As variedades serão julgadas separadamente considerando suas características morfológicas e de cor distintas. O foco é premiar exemplares com a máxima expressão de pigmentos amarelos ou marrons e padrão de plumagem mais definido.
Este manual fornece dicas sobre a manutenção e reprodução de Agapornis em cativeiro. Explica que os Agapornis são aves coloridas que vivem em bandos e precisam de companhia. Fornece informações sobre as subespécies, aquisição, sexagem, alojamento, alimentação e reprodução destas aves. O autor espera esclarecer dúvidas de quem deseja criar Agapornis.
Este manual fornece informações sobre os cuidados com calopsitas, incluindo alimentação, higiene, reprodução, doenças e primeiros socorros. Ele descreve as características e origem das calopsitas, bem como instruções detalhadas sobre como criá-las de forma saudável e amansá-las.
O documento lista 136 vagas de emprego em diversas cidades de Pernambuco, com informações sobre a agência, descrição da vaga, quantidade de vagas, experiência exigida, salário e escolaridade necessária. Algumas vagas são exclusivas para pessoas com deficiência.
How to Become a Thought Leader in Your NicheLeslie Samuel
Are bloggers thought leaders? Here are some tips on how you can become one. Provide great value, put awesome content out there on a regular basis, and help others.
O documento fornece diretrizes para a criação de galinhas caipiras em sistema orgânico, abordando requisitos para instalações, alimentação, saúde animal e calendário de vacinação. Deve-se construir galinheiros arejados com poleiros e ninhos, fornecer pasto e ração balanceada com ingredientes locais como milho e mandioca, além de plantas medicinais. A saúde das aves requer limpeza, vacinação contra doenças e tratamento com fitoterápicos caso adoeçam.
O documento fornece diretrizes para a criação de galinhas caipiras em sistema orgânico, abordando requisitos para instalações, alimentação, saúde animal e calendário de vacinação. Deve-se construir galinheiros arejados com poleiros e ninhos, fornecer pasto e ração balanceada à base de milho, soja e mandioca, além de plantas medicinais. A saúde deve ser garantida por meio de higiene, plantas como alho e ervas como hortelã, e vacinação contra
1) O documento descreve as diretrizes para a criação de aves caipiras no sistema semi-intensivo, incluindo raças, instalações, alimentação e manejo.
2) São apresentadas opções de raças puras, cruzamentos e tipos industriais de aves, assim como recomendações para construção de galinheiros, poleiros e outros equipamentos.
3) O foco é fornecer informações para pequenos e médios produtores realizarem a criação de aves caipiras de forma rentável e sustentável.
O documento fornece informações sobre a criação e cuidados com calopsitas filhotes, incluindo alimentação, instalações adequadas, corte de asas e tabela com horários de alimentação ao longo das semanas. Também apresenta descrição e classificação da espécie.
A N I M A I S D O M E S T I C O - F A I SÃ OJoão Felix
O Faisão não é uma ave inteiramente doméstica, mesmo espécie comum criada em cativeiro desde a civilização grega. Trazida da Colchida (Domingues, 1968), das margens do antigo Rio Phase (daí Phasianus), que descende do Cáusaco para o Mar Negro, era considerado na antiguidade como limite entre a Ásia e Europa. Sua disseminação pela parte meridional da Europa é devida aos romanos.
São conhecidas pelo nome de faisão mais de 150 espécies de galiformes da família Phasianidae, que é a mesma da galinha doméstica, do pavão, do peru, da codorna e perdizes. Embora pertençam a diversos gêneros, os faisões possuem como característica comum (apesar de existirem algumas exceções) o colorido brilhante e variado da plumagem dos machos, que possuem longas caudas, fêmeas com cauda curta e plumagem discreta em tons marrons, normalmente barradas de preto (esta coloração facilita a sua "camuflagem" no ambiente durante o período reprodutivo), possuem também uma boa capacidade para voar, o que não ocorre com os galos, perus e pavões, sem perder a qualidade de se deslocar em terra à grande velocidade.
O objetivo deste material é ajudar as agricultoras e agricultores a melhorarem os seus trabalhos de acompanhamento e monitoramento das áreas de produção e armazenamento de forragens, algodão e mamona e auxiliar os técnicos e técnicas a desenvolverem suas atividades junto às famílias contribuindo para o processo de multiplicação de experiências.
Os agapornis são originários da África e vivem em casais. Foram descobertos na Europa no século 18 e levados ao Brasil na década de 1980, quando começaram a ser criados. O documento fornece informações sobre as espécies de agapornis, sua criação, alimentação, reprodução e anilhamento.
Este documento discute o percevejo marrom (Euschistus heros) como uma praga da cultura da soja (Glycine max) no Brasil. O percevejo marrom é uma espécie da família Pentatomidae que se alimenta de partes da planta de soja, causando danos que reduzem o rendimento e qualidade da safra. O documento descreve o ciclo de vida do inseto e métodos de amostragem e controle, concluindo que o monitoramento e manejo adequado são necessários para garantir uma produção sustentável de soja
A criação comercial de calopsitas envolve a criação de calopsitas em cativeiro para venda. As calopsitas são psitacídeos originários da Austrália que medem cerca de 30 cm e se alimentam principalmente de sementes, frutos e insetos. Sua reprodução ocorre o ano todo em cativeiro e envolve a construção de ninhos em caixas colocadas nas gaiolas.
Este documento trata sobre o percevejo marrom (Euschistus heros) como praga da cultura da soja (Glycine max (L.)) no Brasil. O percevejo marrom é uma espécie da família Pentatomidae que se alimenta da seiva das plantas de soja, causando danos que reduzem o rendimento e qualidade da safra. O documento descreve o ciclo de vida do inseto e métodos de amostragem e controle, destacando a importância do monitoramento constante para um manejo eficiente desta praga agrícola.
Este documento fornece informações sobre a criação de galinhas caipiras de forma profissional. Ele aborda tópicos como escolha das galinhas e do galo, construção do galinheiro e cercados, alimentação, doenças e as diferentes fases da criação, desde a reprodução até o abate. O objetivo é auxiliar pequenos criadores, principalmente do semiárido nordestino, a transformar esta atividade em um empreendimento viável.
1) A Semana da Saúde Cotripal ofereceu avaliações nutricionais e de pressão arterial gratuitas para 200 clientes e funcionários. 2) Palestras nutricionais e aulas de culinária ensinaram sobre alimentação saudável. 3) O objetivo do evento foi promover o bem-estar dos clientes e oferecer produtos naturais e nutritivos.
O documento discute a criação de codornas, incluindo suas características, criação, alimentação e manejo. Aborda tópicos como origem da cotonicultura, características físicas e de produção das codornas, instalações, alimentação, reprodução, cuidados com pintinhos e aves adultas, doenças e vacinação.
Este documento fornece informações sobre a criação de abelhas (apicultura) para pequenos produtores rurais. Ele explica como iniciar uma criação de abelhas de forma lucrativa, descrevendo os equipamentos necessários, os cuidados com as colméias, a alimentação das abelhas e a coleta dos produtos como mel, cera e própolis.
Este documento fornece diretrizes para a criação do frango caipira brasileiro, incluindo cuidados com pintinhos recém-nascidos, construção e manutenção de galpões, sistemas de criação, equipamentos necessários e alimentação.
Este documento fornece diretrizes para a criação do frango caipira brasileiro, incluindo cuidados com pintinhos recém-nascidos, construção e equipamento de galpões, sistemas de criação, pasto e alimentação.
Este documento fornece informações sobre biologia e criação de coelhos. Ele discute a origem, características, classificação científica, diferenças entre coelhos e lebres, biologia reprodutiva, alimentação, raças e cuidados com coelhos.
Este documento fornece informações sobre a criação de abelhas (apicultura). Explica como as abelhas vivem em colméias sociais, os principais produtos produzidos por elas como mel, cera e própolis, e detalha a organização da colméia e os papéis das rainhas, operárias e zangões. Também fornece orientações sobre como iniciar uma criação de abelhas com a montagem de um apiário.
O documento fornece instruções detalhadas sobre como criar e manter uma cultura de enquitreias ou Enchytraeus albidus no aquário, incluindo o local ideal, como começar a cultura, alimentação, coleta e uso como alimento vivo para peixes.
Semelhante a Apostila para criação de canário belga (20)
1. LOCAL DA CRIAÇÃO
Para iniciar uma pequena criação de canários, geralmente pode-se
adaptar algum cômodo já existente na casa. De preferência, a
acomodação deve ser provida de ampla (s) janela(s) devem ser
protegidas por tela de malha fina para evitar a entrada de insetos e
dispostas de madeiras a evitar a corrente de ar direta sobre as gaiolas,
para prevenir o desenvolvimento de problemas respiratórios. Entretanto, é
necessário que haja circulação de ar, o que pequenas aberturas junto ao
forro, que facilitarão a saída do ar aquecido.
A previsão do número de casais deverá ser feita de acordo com as
dimensões do criadouro, sempre tendo em mente que o mesmo também
precisará acomodar os futuros filhotes e que superpopulação é uma das
causas de insucesso na criação de pássaros.
GAIOLAS
As gaiolas indicadas para a criação de canários são de arame
galvanizado com grade divisória removível e suportes externos para
bebedouros e comedouros.
Existem no comércio diversos tipos de gaiolas e excelentes fabricantes.
Antes de adquiri-las é recomendável fazer uma pesquisa cuidadosa para
eleger o modelo mais conveniente, o melhor acabamento e preço, sendo
interessante ouvir a opinião de criadores experientes. Feita a escolha, deve-se adquirir as gaiolas
iguais e do mesmo fabricante, com a finalidade de padronizar o equipamento e facilitar o
manuseio. Embora um pouco mais caro, deve-se adquirir para cada gaiola, uma grade - piso
sobressalente que facilitará a limpeza.
São eles que, ao adquirirem seus primeiros exemplares, possibilitam aos criadores de categoria
média a base financeira para que adquiram exemplares de grande categoria genética aos grandes
criadores que por sua vez, obtêm condições para o aumentarem suas importações, finalizando a
espiral do progresso.
Por isso, para esses verdadeiros propulsores dessa imensa máquina, selecionamos os conselhos
de um técnico do gabarito do autor desse artigo que consideramos um dos mais bem elaborados e
explicativos dos quantos que já apareceram através dos anos.
Os fundos das gaiolas (bandejas) devem ser forrados com papel absorvente (pode-se usar folhas
de jornal) e sempre que houver acúmulo de desejos, troca-se a forração (dias alternados). Pelo
menos duas vezes por semana as grades-pisso devem ser trocadas por outras limpas. As grades
retiradas devem ser imersas em água por algumas horas, depois cuidadosamente esfregadas e
lavadas e imersas novamente por algumas horas em solução desinfetante.
É preciso dispensar cuidados especiais também com os poleiros, que devem ser mantidos limpos
e, se possível, trocados a cada duas semanas.
ACESSÓRIOS E UTENSÍLIOS
São muitos e variados os acessórios utensílios destinados a equipar as gaiolas de criação que
podem ser encontrados no comércio. Deve-se evitar sobrecarregar as gaiolas com equipamentos
muitas vezes supérfluos e que acabam dificultando a manutenção da higiêne.
2. Os melhores e mais práticos são os comedouros e bebedouros plásticos em forma de concha ou
meia lua, usados no exterior da gaiola. Esses recipientes devem ser mantidos rigorosamente
limpos, não admitindo-se que os bebedouros criem limo (algas) e os comedouros acumulem pó.
Além da limpeza diária dos bebedouros, com pincel, escova e esponja, pelo menos uma vez por
semana os mesmos devem ser mergulhados por algumas horas em solução de cloro (Quiboa,
Cândida, etc...) e depois enxaguados em água corrente. Os comedouros destinados às sementes
devem ser constantemente esvaziados para evitar o acúmulo de pó e podem ser trocadas para
lavagem em espaços de tempos maiores.
Os canários precisam tomar banho freqüentes e para isso pode-se adquirir banheiras plásticas de
tamanho grande, mas que permita a sua passagem pelas portas das gaiolas.
Durante a época de criação deve-se fornecer aos casais, ninhos adequados, sendo muito usados
os de plástico que são duráveis e de fácil higienização. Esses ninhos devem receber forros de
flanela, corda ou feltro, comumente encontrados em lojas especializadas.
É boa prática trocar os ninhos quando os filhotes são anilhados e sempre usar ninhos limpos a
cada nova ninhada.
Após a abertura dos olhos dos filhotes não convém manusear os ninhos, para evitar que os
mesmos o abandonem prematuramente, causando sérios inconvenientes.
ALIMENTAÇAO SAUDAVEL
Todos os pássaros devem receber uma alimentação a base de sementes e vitaminas para
estarem saldáveis para a criação
ALPISTE LIMPO E POLIDO
Alpiste (Phalaris canariensis)
Grão rico em carboidratos. Ao contrário do que seu nome em inglês "canaryseed"
sugere, este grão não é usado somente para canários, sendo, entretanto o principal
componente da maioria das misturas de grãos para pássaros. Seu uso principal é nas
misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos e
periquitos grandes.
AVEIA DESCASCADA
3. Aveia sem casca (Avena sativa)
Grão rico em carboidratos, de ótima palatabilidade e digestibilidade, portanto ingerido
com muito gosto e facilidade por pássaros no ninho. Em quantidades demasiadas pode
levar ao acúmulo de gordura, principalmente em canários. Seu uso principal é nas
misturas de grãos para canários
CÂNHAMO
Cânhamo (Cannabis sativa)
Grão inativado da planta Cannabis sativa. É rico em extrato etéreo (óleos) e proteína.
Contém THC, que estimula o interesse sexual nos pássaros. Deve-se cuidar para que
não haja exageros na quantidade de cânhamo oferecida aos pássaros, para evitar-se
constipação e excessiva excitação dos animais. Seu uso principal é nas misturas de
grãos para canários,
COLZA PRETA
4. Colza (Brassica rapa)
Grão rico em proteína e extrato etéreo (óleos), de sabor um pouco amargo. É o mais
importante grão numa mistura para canários, pois seu elevado teor de extrato etéreo
(óleos) promove uma excelente saúde e um canto melodioso. Pode levar à adiposidade,
se usado em demasia. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários,
pássaros exóticos e pássaros silvestres. Esta foto da Colza se refere à Colza fresca,
geralmente as que são vendidas em aviculturas comuns são pretas não azuladas como
as da foto, mas que também servem para a alimentação de Pássaros canoros, mas não
possuem as mesmas propriedades nutritivas.
LINHAÇA
Linhaça (Linum usitatissimum)
Grão da planta do linho. É rico em proteínas e extrato etéreo (óleos), principalmente do
grupo Omega 3, essencial para uma excelente plumagem. Possui propriedades
terapêuticas, melhorando o trânsito do bolo alimentar no tubo digestivo e contribuindo
para uma melhor digestão. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários,
NÍGER
5. Níger (Guizotia abyssinica)
Grão rico em extrato etéreo (óleos) e proteínas. Devido a sua excelente palatabilidade,
este grão é muito apreciado por diferentes tipos de pássaros. Seu uso principal é nas
misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres
PERILA BRANCA (comum)
Perila (Perilla frutescens)
É conhecida também como "a semente da saúde". Grão rico em extrato etéreo (óleos),
principalmente do grupo dos Omega 6 e Omega 3. Importante na promoção de um
canto melodioso e uma plumagem exuberante. Seu uso principal é nas misturas para
curiós e outros pássaros silvestres, canários e pássaros exóticos. É o melhor grão e o
mais importante para os pássaros, seu uso não pode ser excessivo.
PERILA CAFÉ
6. Perila (Perilla frutescens)
É conhecida também como "a semente da saúde". Grão rico em extrato etéreo
(óleos), principalmente do grupo dos Omega 6 e Omega 3. Importante na
promoção de um canto melodioso e uma plumagem exuberante. Seu uso principal
é nas misturas para curiós e outros pássaros silvestres, canários e pássaros
exóticos. É o melhor grão e o mais importante para os pássaros, seu uso não pode
ser excessivo.
LEMBRE-SE DE QUE GRÃOS GORDUROSOS (como a Colza, Linhaça, Níger, Perila,
Cânhamo, Nabão...) NÃO DEVEM SER ADMINISTRADOS EM QUANTIDADE
EXCESSIVA (principalmente no Verão).
S E M E N T E S
Alpiste: Como já sabemos o alpiste é a principal semente usada na dieta do canário, é rica em
hidrato de carbono, proteínas, vitaminas B1 e E, etc. Os hidratos de carbono produzem calorias,
mantendo a saúde da ave, facilitando o digestão.
[aveia]
Aveia: Também é uma semente rica em hidrato de carbono exercendo ação benéfica sobre o
aparelho digestivo, semelhante ao grão de trigo e arroz com casca.
Colza: Uma semente rica em proteínas, ótima para o desenvolvimento da glândula tireóide,
músculos, penas, vísceras, tendões, possui ainda hidrato de carbono, vitaminas, uma semente
oleosa e gordurosa, semente de cor escura, em forma de esfera.
Níger: Como a colza esta também é uma semente escura e comprida, é recomendada mais na
época de criação mas podendo ser fornecida o ano todo, também possui bastante óleo, sendo um
bom fortificante das matérias corantes dos canários.
7. Linhaça:Também é bastante oleosa, rica em proteínas, é recomendada ser fornecida as aves na
época de muda de pena, pois acentua o brilho das penas.
Nabão: É utilizado também nos canários de canto, uma semente macia, é bem oleoso, rica em
gordura e hidrato de carbono.
Descrevemos as principais sementes usada na alimentação dos canários, existe outras sementes
que são empregadas na alimentação dos canários, além de serem difíceis de serem encontradas no
mercado elas agem com as mesmas condições vitaminicas delas na alimentação do canário
obedece certas necessidades biológicas, sendo substituídas estas carências pelas farinhadas com
ovo, óleo de fígado de bacalhau.
[composição nutrientes]
C O M P O S I Ç Ã O D E N U T R I E N T E S D A S S E M E N T E S
Sementes Hidra.carbono Gordura Proteínas Fibras Vitaminas
Alpiste 62 51 11 06 B1,E
Aveia 63 06 10 11
Colza 21 41 19 05 A
Níger 20 37 20
Linhaça 20 37
Nabão 22 41 19 05
Particularmente administro a seguinte dosagem para meus canários:
Primavera Verão Outono Inverno
Alpiste 500 700 400 400
Aveia 200 200 100 150
Colza 100 100 100 150
Níger 200 100 150 200
Nabão 150 150 150 200
Linhaça 50 100 100 50
8. obs: as dosagens estão em gramas.
[areia]
Areia: Como nós criadores sabemos que as aves em geral não possuem dentes, como nos canários
o processo de digestão ocorre quando os músculos da moela se contraem triturando os grãos de
alimento ingeridos, é nesse processo que a areia desempenha um papel fundamental. É a areia que
permite a "trituragem" que antecede a digestão se proceda de maneira completa, permitindo que a
ave possa extrair do alimento todo o seu valor nutritivo. A areia que é ingerida pela ave vai para
moela, fazendo as vezes dos dentes, ajudando a trituragem e digestão dos alimentos. Por esta
razão o canário deve sempre ter à sua disposição uma quantidade de areia grossa, lavada e
peneirada, se possível; esterilizada e seca ao sol, pode-se acrescentar junto desta areia a casca de
ovo que pode ser fervida e moída ou triturado no liqüidificador após secar ao sol por alguns dias, a
casca não deve ser triturada muito no liqüidificador para evitar que vire pó, e que fique num
tamanho em que o canário possa escolher, onde junto com a areia irá na moela.
A casca de ovo é uma rica fonte de cálcio o qual é indispensável para a vida das aves. A areia deve
permanecer diariamente pois as aves saberão quanto e quando se alimentar.
[água]
Água: Como em todos os seres vivos a maior parte que constitue o corpo é água, como não
poderia de ser os canários também possuem água em seu corpo 60%. Uma ave pode ficar sem
comer e perder suas gorduras e proteínas e ainda sobreviverá, enquanto que a perca de 15% de
água resultará em sua morte.
Os canários deve ter a sua disposição um pote de água para beber e outro para se banhar (já visto
em outro capítulo). A água a ser fornecida para o consumo da ave deve ser um água fresca e
limpa, livre de impurezas ou mesmo de produtos químicos como cloro, etc; produtos estes que são
utilizados no seu tratamento. A água é um dos alimentos que não há substituto, ele só vai ingerir
aquela, por este motivo quando tiver de administrar remédios e vitaminas faz-se por via desta, pois
a ave será obrigada a ingerir.
No organismo da ave se faz necessário pois a mesma transporta materiais de uma parte do corpo
para outra e executa funções importantes na regulação da temperatura do organismo dos canários.
A quantidade de água a ser consumida pelos canários em relação aos alimentos chega a ser numa
proporção de 3 partes de água para uma parte de alimento ingerido.
A água deve ser trocada todos os dias, evitando assim o acumulo de limpo nos bebedouros que é
prejudicial a ave, evite que fiquem expostos aos raios solares, porque a água esquenta e pode
causar diarréia as aves.
Quanto a água de beber em viveiros e voadeiras estas devem ser colocadas do lado externo
como nas gaiolas, se não for possível é aconselhável que não se coloque as vasilhas de água
debaixo dos poleiros, para evitar que as aves defequem dentro dos bebedouros, podendo
contaminar a água.
Lembramos sempre fornecer água limpa e fresca as aves e se possível de mina ou poços artesiano,
pois temos notado que a água com cloro vem dando diarréia nas aves. Quando houver excesso de
cloro na água (notável pelo cheiro forte e pelo paladar), deve-se fervê-la.
9. [carvão]
Carvão: O Carvão vegetal é utilizado como fortificante para os canários, evitando doenças e fornece
uma maior resistência as aves, fornecendo ao canário uma vez por mês na seguinte forma: tritura-
se o carvão até formar um pó, mistura-se aos poucos o mel puro, até que forme uma pasta
farinhada.
FORMAÇÃO DE PLANTEL
Como o objetivo da canaricultura é a quantidade, o criador inexperiente não deve iniciar sua
criação com número muito grande de casais. Se a intenção for ter um ou dois casais, por
passatempo, sem a preocupação com os resultados, qualquer casal serve, desde que seja
saudável. Entretanto, se o objetivo for criar canários pensando em desenvolvimento técnico e em
concursos, deve-se começar com casais de raça ou de cor de acordo com a preferência, mas de
qualidade reconhecida. O criador deverá então filiar-se a um clube ornitológico que lhe possibilitará
a compra de anilhas para registros oficiais, além de assistência técnica e convívio com muitos
criadores.
Para conseguir bons pássaros é prudente visitar criadores de prestígio, que poderão dar valiosas
orientações sobre os acasalamentos pretendidos e fornecer matrizes de qualidade técnica
indiscutível.
Algumas regras já estabelecidas são importantes e devem ser lembradas na hora da compra.
desconfie dos pássaros baratos pois geralmente são de qualidade inferior ou portadores de
alguma afecção. É preferível começar com poucos casais de qualidade do que com muitos
ruins;
compre somente canários que tenham anilha e solicite do vendedor o seu "pedigree".
Não confie somente no seu "gosto" para avaliar um canário que deseja comprar.
Certifique-se se ele está dentro dos padrões da cor ou de raça desejada. Se possível
solicite os conselhos de um especialista e leia o Manual de Julgamento da Ordem
Brasileira de Juízes de Ornitologia, inteirando-se das características dos pássaros devem
possuir.
Não compre exemplares fracos ou enfermos por melhor que seja se "pedigree" pois um
pássaro nessas condições não será bom reprodutor;
Lembre-se que um pássaro saudável é esperto e alegre. Sua barriga deve ser limpa e sem
manchas, seus pés e dedos sem crostas ou tumurações e sua respiração silenciosa e sem
chiado.
Segundo o saudoso companheiro Carlos Gimenez "nem sempre um canário que obteve
um primeiro lugar é o mais adequado para a criação.
Existem canários espetaculares em termos de plantel e criação que não teriam grandes chances
numa mesa de julgamento, ou por terem o rabo aberto ou por estarem com a plumagem
desarrumada, ou por estarem um pouco gordos quebrando assim a harmonia visual. Seria muito
fácil se você comprasse o macho campeão e a fêmea campeã e acasalando-os, obtivesse o novo
campeão.
10. Claro que os pássaros classificados em concursos devem possuir qualidades, mas também é
muito importante a sua origem e potencialidades genéticas, o que justifica o ditado muito popular
entre os canaricultures; "É preferível um pássaro razoável de uma excelente criação do que um
pássaro excelente de uma criação razoável."
ACASALAMENTO
Considerando-se as variações naturais da luz solar, anualmente ocorre
um aumento gradual e contínuo do tempo de duração da luminosidade do
dia, a partir de 21 de junho, alcançando o máximo em 21 de dezembro.
Esse período considerado foto-período positivo, influencia o ciclo
reprodutivo dos canários. Assim entre a segunda quinzena de julho e a
primeira de agosto, em nosso hemisfério, e a época recomendada para
iniciar os acasalamentos.
Os machos e as fêmeas deverão ser colocadas nas gaiolas de cria, separados pela grade
divisória, para um período de adaptação, fornecendo-se às fêmeas o ninho e fios de estopa
(desfiada ou em pedaços de 5 x 5 cm, presos nas gaiolas). Quando os pássaros começarem a
trocar comida através da grade e a fêmea a confeccionar o ninho remove-se a grade divisória,
sendo então bem menor a possibilidade de brigas geradas por incompatibilidade ou despreparo do
casal.
POSTURA
A postura do primeiro ovo sucede de 6 a 8 dias após a primeira cópula e as posturas mais
freqüentes são as de 3 e 4 ovos.
A canária normalmente põe os ovos em dias seguidos, mas em alguns casos podem ocorrer
intervalos de um dia entre um ovo e o seguinte.
Nas primeiras horas da manhã ( 5 a 7hs) a canária realiza a postura e depois é coberta pelo
macho, o que assegura a fecundação dos ovos posteriores. Por isso, não é conveniente entrar no
criadouro muito cedo.
Todas as manhãs depois da 7 horas, os ovos recém postos devem ser retirados e substituídos por
outros plásticos. Os ovos recolhidos devem ser colocados em recipiente com areia, algodão ou
sementes esférica, (evitar sementes pontiagudas como alpiste, que podem perfurar a casca) e
mantidos em temperatura ambiente. Após a postura do último ovo, que normalmente é de cor mais
escura, os ovos devem voltar ao ninho, sendo este considerado o primeiro dia da encubação. A
razão para que os filhotes nasçam mo mesmo dia e tenham a mesma oportunidade de
desenvolvimento.
INCUBAÇÃO
Normalmente a incubação é de 13 dias e nesse período é conveniente que o ambiente seja
tranqüilo e que as manipulações na gaiola sejam rápidas, evitando-se perturbar a canária.
Durante a incubação os ovos perdem água através da casca que é porosa e permite também
intercâmbio de grades necessários para a vida do embrião. Nesse processo de "respiração do ovo"
o vapor da água expelido deve ser reposto. Daí a necessidade, nesse período, de umidade relativa
do ar mais elevada. As canárias por instinto regulam a umidade molhando suas penas, sendo
conveniente colocar banheiras, particularmente ao final da incubação (3-4 dias antes do final)
momento em que os ovos necessitam de maior umidade e menor temperatura para que os
11. estímulos de eclosão sejam eficazes e os filhotes possam romper facilmente a casca (70-90% de
umidade).
Se a fêmea não se banha é conveniente pulverizar os ninhos com água.
Em períodos de baixa umidade pode-se colocar esponja úmida no fundo da gaiola, embaixo do
ninho.
Durante a incubação pode-se fazer o diagnóstico da fertilidade dos ovos a partir do 5º ou 6º dia,
examinando-os por transparência através de um foco de luz e comprovando a existência do
complexo embrionário. Para isso emprega-se um "ovoscópio" que consiste numa caixa contendo
uma lâmpada no interior e um orifício sobre o qual se coloca o ovo.
Observando-se um ovo não fecundado, por esse método, a gema é perfeitamente distinguida,
enquanto nos ovos fecundados, a partir do 3º ou 4º dia da incubação já não se distingue a gema,
como se ela estivesse misturada com a clara.
Segundo Perez e Perez (Bases biológicas Y de aplicacion prática de la canaricultura), os ovos
abortados constituem perigo pelas emanações que produzem, sobre os ovos normais, podendo
estar a causa de fracasso da incubação. Por essa razão, esse autor recomenda a ovoscopia em
dois períodos, aos 5-6 dias para descobrir ovos infecundados e aos 10-11 dias para eliminar os
embriões mortos.
NASCIMENTO
Na maioria dos casos o nascimento se produz
exatamente no 13º dia de incubação. Entretanto , se o
nascimento não ocorrer dentro do previsto, deve-se Ter
paciência e aguardar. Várias circunstâncias podem
causar atraso. Há fêmeas que não chocam e saem do
ninho com frequencia. A falta de umidade também
podem influir. Não abra ou jogue fora um ovo pelo
menos até o 15º dia de chôco e, mesmo assim, faça um
teste de vitalidade.
Para isso coloca-se os ovos em um recipiente com água
morna e aguardar-se alguns minutos. Se o embrião
estiver vivo, o ovo flutuará com a ponta para baixo, ema
vez que a câmara de ar ocupa o pólo mais largo e balançará ligeiramente. Os ovos abordados
flutuarão de lado, sem movimentos pendulares, ou afundarão.
ANILHAMENTO
Para identificar as aves o sistema mais prático e seguro, consiste na colocação
de anilhas nas pernas dos filhotes. A anilha é um anel de alumínio, fechada,
inviolável, nas quais estão gravadas. As siglas da Federação e da Sociedade
que as emitiu, o ano do nascimento, o número de ordem e o número do
criador. Esta anilha é a identidade do pássaro , pois não saíra mais de sua
perna, acompanhando-o por toda a vida.
12. Os pássaros para serem apresentados em Exposições e Concursos oficiais devem portar
obrigatoriamente anilhas.
As anilhas são colocadas nos canários, com pouco dias de vida de 4 a 7, mas sempre tendo-se em
conta o desenvolvimento ou que o pássaro a perca, se a manobra for realizada muito cedo.
O anilhamento é um processo delicado e as vezes é difícil, para o principiante.
Deve ser feito sobre mesa forrada com papel, pois ao pegar os filhotes é
comum que os mesmos defequem.
Para anilhar, toma-se o filhote com a mão esquerda, e com a direita o anel.
Passa-se a anilha até o início da articulação.
Segura-se a ponta desses dedos e desloca-se a anilha
através do dedo posterior, que deve estar no mesmo sentido da perna,
fazendo com que o anel passe a perna.
Em seguida liberta-se o dedo posterior, desenganchando-o da anilha. Essa
operação pode ser facilitada, untando-se os pés dos filhotes com vaselina ou
outro lubrificante neutro.
SEPARAÇÃO DOS FILHOTES
A permanência no ninho até 20 dias é considerada normal. As ninhadas nutridas deixam o ninho
entre 15 e 18 dias. Pouco dias depois, os filhotes começam a bicar os alimentos, principalmente a
farinhada, frutas e verduras. Com um mês devem descansar e quebrar as sementes, podendo
então ser separados dos pais.
Uma regra prática interessante é não separar os filhotes enquanto estes não percam as penugens
da cabeça (espécie de pelos).
Normalmente, por volta do 25º dia, a fêmea inicia outro ciclo e começa a se preparar para a nova
postura. Nesse período os pais podem depenas os filhotes em busca de material para confeccionar
o novo ninho. Isto pode ser evitado, separando-se os filhotes dos pais pela grade divisória da
gaiola e oferecendo ao casal material para a confecção do ninho. Os pais alimentam os filhotes
pela grade, bastando para isso a colocação de poleiros baixos próximos à grade divisória, dos dois
lados.
ALIMENTAÇÃO DOS FILHOTES
Deve-se oferecer aos pais alimentação farta e variada. A farinhada com ovo cozido deve ser
administrada em pequenas quantidades e várias vezes ao dia.
Pode-se usar verduras como almeirão, chicória e couve, sempre muito bem lavadas e frescas, bem
como maçã e jiló.
O uso de variedades de sementes também é importante. Além do alpiste, a aveia sem casca
(especialmente na primeira semana) e o Niger devem ser oferecidos em comedouros separados.
Alguns criadores costumam usar pão molhado na leite, com muita aceitação pelas fêmeas. O
preparo é feito usando pão d'água, amanhecido, descascado e cortado em fatias que são
mergulhados em água. As fatias intumescidas são espremidas e colocadas novamente na água,
repetindo-se a operação várias vezes. Depois, mergulhadas em leite novamente espremidas e
oferecidas aos pássaros.
Algumas canárias não alimentam ou alimentam mal os seus filhotes, apesar dos cuidados do
criador. Nesses casos. Delille (ABC PRATIQUE DE IÉLEVURS DE CANARIES COULEURS)
13. recomenda além da retirada do macho, oferecer água de beber fortemente açucarada por um dia e
pedaços de maçã.
Outro recurso que pode ser usado, principalmente para as canárias que saem pouco do ninho, é
retira-lo com os filhotes por alguns momentos. Essa manobra faz com que a fêmea se alimente e
ao voltar ao ninho, acabe alimentando os filhotes.
É sempre interessante colocar-se várias fêmeas para chocar ao mesmo tempo, ainda que para
isso seja preciso esperar alguns dias. Caso falhem todas as manobras para estimular uma fêmea
preguiçosa a tratar sua ninhada, resta a possibilidade de distribuir os filhotes entre fêmeas que
estejam tratando bem.
Alguns criadores costumam auxiliar as fêmeas, administrando alimentos pastosos no bico dos
filhotes, prática essa que é condenada por outros.
Esse procedimento não deve ser usado o tempo todo, mas acreditamos que nos primeiros dias de
vida é muito importante, pois permite administrar aos filhotes vitaminas e medicamentos eficientes
no tratamento, por exemplo, da colibacilose, patologia responsável pela maioria das mortes no
ninho. Além disso, auxilia o desenvolvimento inicial mantendo os filhotes em condições de se
levantarem e pedirem alimentação as mães, aumentando o índice de sobrevivência.
As fórmulas das farinhas que devem ser misturadas ao ovo cozido e passado pela peneira para
fazer a "farinhada" ou "farofa", são muito variadas. Esse assunto é bastante polêmico e cada
criador tem sua própria receita, guardada muitas vezes como grande segredo.
O objetivo final dessa farinhada é obter uma mistura com proporções adequadas de carboidratos,
proteínas e gorduras, além de sais minerais e vitaminas, o que na maioria das vezes não é
alcançados. Nas revistas e livros especializados encontra-se várias sugestões para o preparo
dessas misturas.
Existem hoje no comércio, rações balanceadas e adequadas para serem usadas puras ou
misturadas com o ovo. Que estão sendo usados por criadores de renome, com bons resultados.
A MISTURA DE SEMENTES DOS CANÁRIOS, COMO BALANCEAR
O canário, como qualquer ser vivo, ingere alimentos para fazer funcionar seu
organismo, isto é: para manter a temperatura do corpo, fazer o metabolismo funcionar,
repor tecidos, trocar penas, se movimentar, se reproduzir, etc, etc.
São pássaros granívoros e, portanto, as sementes representam a parte mais importante
de sua dieta, que deve ser complementada por uma ração, antigamente chamada de
farinhada. Juntos, sementes e reação, devem prover e adequar os alimentos fornecidos
às diferentes necessidades de nossos pássaros.
A composição e o balanceamento da mistura de sementes e seu necessário ajustamento
a ser discutido neste artigo.
Alimentação X Fases da vida.
14. Como todo ser vivo, as necessidades de alimentos variam em função das fases da vida,
da temperatura ambiente, do clima em que os canários vivem. Se estão em muda; a
troca de penas é um processo extremamente penoso e crítico para os pássaros,
exigindo elementos nutritivos especiais, suas necessidades são diferentes, por
exemplo, da pós-muda, quando estão aguardando a nova estação de cria, se
exercitando nas voadeiras, cantando, brigando entre si.
Durante a reprodução, a cria dos filhotes exige muito das fêmeas, que se estressam e
ficam mais vulneráveis às doenças oportunistas.
De modo simples, podemos dividir em três, as fases em que os canários têm
necessidades de alimentação distintas: Reprodução, Período de Muda e Repouso.
Proteínas X Carboidratos X Lipídeos
Proteínas: São compostos nitrogenados, absolutamente necessários aos processos
metabólicos de crescimento, reposição de tecidos, formação de matéria viva, massa
muscular, esqueleto, muda de penas, etc. Suas necessidades em períodos de
reprodução são críticas para o sucesso da criação.
Carboidratos: São os provedores de energia para o organismo, sendo necessários para
prover calor, fazer funcionar o organismo, enfim, é o combustível da máquina chamada
canário.
Lipídeos: São as gorduras, (graxas ou extrato de etéreo). São compostos com alta carga
de energia (2,25 vezes mais que os carboidratos). É em forma de gordura que as aves e
os outros animais armazenam energia no corpo para atender às situações de carência
alimentar.
Composição Média das Sementes
Cada semente tem uma composição diferente de proteínas, carboidratos e lipídeos.
Abaixo relacionamos as principais sementes encontradas no mercado brasileiro:
SEMENTE PROTEINA % CARBOIDRATOS % LIPÍDEOS %
Alpiste 16,6 49,0 6,4
Colza 19,6 18,0 45,0
Aveia 11,3 68,4 8,7
Nabão 20,7 5,7 40,2
Linhaça 24,2 25,0 36,5
Perila 22,6 10,6 43,2
Cânhamo 18,2 21,8 32,5
Níger 23,0 17,0 40,0
O alpiste é a semente mais importante na mistura. Sua composição de proteínas,
carboidratos e lipídeos é a que mais se aproxima das necessidades normais dos
canários. A qualidade de sua proteína, medida pelo balanço de aminoácidos e
15. digestibilidade, é alta. O alpiste é essencial aos canários, e deve entrar na mistura de
sementes com, pelos menos, 60% do total.
A níger uma semente muita apreciada pelo nossos pássaros, tem elevado teor de
proteínas e gorduras. É usada normalmente como provedor de proteínas na mistura.
Como tem altíssimo teor de lipídeos, sua participação deve ser limitada à 20% do total.
A colza é outra semente que, co0mo a níger, apresenta bom teor de proteínas e teor de
gorduras bastante elevado (45%). Maurice Pomarède, estudioso francês de canários,
alerta para a alta toxidês desta semente, recomendando restrições à seu uso. Outro
cuidado é com relação à aquisição desta semente no mercado. Freqüentemente, vende-
se semente de mostarda como se fosse colza, com prejuízos evidentes para a mistura.
A aveia é um excelente provedor de energia, muito rico em amido, e especialmente rico
em lisina e cistina, dois dos principais aminoácidos essenciais. Deve ser utilizada no
balanceamento da mistura como o principal provedor de carboidratos. O risco desta
semente é a alta manifestação de fungos e outras formas de vida indesejáveis, que
podem causar sérios danos à saúde dos pássaros.
A linhaça não é muito palatável para os canários. Tem alto teor de proteínas e lipídeos.
Administrada durante o período de muda, tem efeito benéfico sobre a formação das
penas.
Balanceamento das Sementes
A recomendação para nossos canários é que no período de reprodução, os teores de
proteínas sejam mais elevados devido às necessidades dos filhotes, e os teores de
carboidratos e lipídeos sejam menores, pois assim os canários serão levados à ingerir
mais alimentos para atender à suas necessidades calóricas.
No caso oposto, no período de repouso, quando as proteínas são menos necessárias, as
energias deverão ter seus teores elevados.
No período de muda, as gorduras são mais desejadas, pelo efeito positivo sobre a
formação das penas, e deposição de lipocromo. Os grãos escuros (colza, níger, linhaça,
cânhamo), usados sempre com parcimônia devido aos altos teores de gorduras em suas
composições, ajudam nesta fase.
Relação Nutritiva
Um dos parâmetros muito usado no ajustamento dos alimentos às necessidades dos
pássaros é a Relação Nutritiva (RN).
O que é Relação Nutritiva (RN)?
Nada mais é do que uma fórmula prática, extremamente simples, usada nos cálculos
dos alimentos, que reflete os relacionamentos entre proteínas, carboidratos e lipídeos,
adequando-se às fases da vida de nossos canários.
16. Existem outros métodos para balanceamento de rações, bem mais complexos e
completos, porém, para efeito deste artigo, exemplificaremos o balanceamento apenas
pelo fator RN.
Observando-se a fórmula, ela mostra exatamente isto que foi comentado: Mais proteína
e menos energia no período de reprodução e menos proteína e mais energia no período
de repouso. A muda, com RN=4 (limites: 3,5 a 4,5) deve ter os teores intermediários
entre as outras fases.
A fórmula prática é a seguinte:
% CARBOIDRATOS + GRAXAS x 2,25 RN = % PROTEÍNAS
Quais são as necessidades? Ë recomendável que a relação R/N esteja o mais próximo
dos seguintes valores:
Reprodução? RN = 3 (limites: 2,5 a 3,5)
Muda? RN = 4 (limites 3,5 a 4,5)
Repouso? RN = 5 (limites 4,5 a 5,5)
Traduzindo estes parâmetros para teores de proteínas, carboidratos e lipídeos, teremos
o seguinte quadro:
PERÍODO PROTEÍNAS (%) CARBOIDRATOS (%) LIPÍDEOS (%)
REPRODUÇÃO 16,0 a 18,5 40 a 45 6,0 a 8,0
MUDA 14,5 a 15,5 45 a 50 8,0 a 10,0
REPOUSO 12,5 a 13,5 50 a 60 7,0 a 8,0
Comentários Importante:
Da simples análise do RN recomendado para o período de REPRODUÇÃO, (lipídeos entre
5,5 % e 7,5%), e da verificação dos teores de gordura das sementes, chegamos à
conclusão que não há possibilidade de se obter com apenas as sementes, as proporções
adequadas e desejadas.
O que fazer? Primeira conclusão: Há necessidade de se usar uma ração que, oferecida
aos canários, equilibre os teores dos elementos discrepantes na mistura de semente.
Como as rações comerciais para canários descrevem na embalagem os teores destes
princípios nutritivos, basta calcular os teores da mistura de sementes, e assim definir
que ração adquirir, em função dos elementos para balanceamento.
Como o período mais crítico é o da reprodução, e o teor de proteínas o princípio
nutritivo mais importante mais importante nesta fase, o recomendado é calcular
primeiramente a mistura levando-se em conta o teor de proteína, tentando manter o
mais baixo possível os lipídeos.
17. Em seguida, determinaremos que parâmetros deverá conter a ração que vamos usar
para completar a alimentação de nossos pássaros. Usando-se um programa simples de
cálculo, e várias tentativas procurando obter uma mistura de sementes com proteínas
entre 16,0 % e 18,5%, chegamos aos seguintes resultados para o período de
reprodução.
Cálculo do Teor de Proteína:
SEMENTE
TEOR PROTEÍNA
NA SEMENTE
QUANTIDADE
NA MISTURA
TEOR
PROTEÍNAS NA
MISTURA FINAL
MEMÓRIA DE
CÁLCULO
Alpiste 16,5 700 11,6 (1)
Colza 19,6 80 1,6 (2)
Aveia 11,3 70 0,8 (4)
Linhaça 24,2 20 0,5 (5)
Níger 23,0 130 3,0 (3)
Cálculo do Teor de Carboidratos
Repetindo os cálculos como mostrados acima, somente trocando as colunas de
proteínas pelas de carboidratos, teremos: Teor de Carboidratos = 43,2%.
Repetindo mais uma vez para os lipídeos, teremos: Teor de Lipídeos= 14,6%.
Verificação da Relação RN:
RN desejada (REPRODUÇÃO) = 3 (limites: 2,5 a 3,5)
%CARBOIDRATOS + LIPÍDEOS X 2,25
O valor de RN está em 4,3. Porém o desejado é entre 2,5 e 3,5.
Examinando com cuidado os resultados da análise, verificamos que os parâmetros
obtidos se comparam com os desejados da seguinte maneira:
DESEJADO OBTIDO ANÁLISE
PROTEÍNA 16,0 A 18,5 % 17,5 % OK
CARBOIDRATOS 40 A 45 % 43,2 % OK
LIPÍDEOS 6,0 A 8,0 % 14,6 % Muito elevado !
Resumindo: Vamos necessitar de uma ração com teor de gorduras muito baixo, e teores
de carboidratos e proteínas dentro dos limites acima indicados para o período de
reprodução. Assim, oferecendo-a aos canários, junto com mistura de sementes acima,
teremos a correção do teor de lipídeos, e conseqüentemente os parâmetros adequados
às necessidades de nossos canários naquele momento.
18. Em caso de dificuldades em se encontrar uma ração com os parâmetros desejados, nos
restam dois caminhos: recalcular a mistura de sementes, ou ajustar a ração por adição
de elementos (nutrientes) que reduzam ou elevem os teores fora dos limites desejados.
Conclusão
O principal objetivo deste artigo foi mostrar que é importante destinar mais atenção à
alimentação de nossos canários. A mistura de sementes escolhida deve ser adequada à
ração que utilizaremos. Elas não podem ser tratadas de forma separada, pois são
componentes indivisíveis da alimentação das aves.
Memória de Cálculo:
(1) 700 gr / 1000 gr X 16,5 % = 11,6 % Proteína
(2) 80 gr / 1000 gr X 19,6 % = 1,6 % Proteína
(3) 130 gr / 1000 gr X 23,0 % = 3,0 % Proteína
(4) 70 gr / 1000 gr X 11,3 % = 0,8 % Proteína
(5) 20 gr / 1000 gr X 24,2 % = 0,5 % Proteína
DOENÇAS E PREVENÇÕES
PERDA DE VOZ - ROUQUIDÃO
As aves têm um órgão fonador chamado siringe, que é encontrada na bifurcação da traquéia
em brônquios primários. Quando a ave tem rouquidão é porque alguma coisa nasce nesse
local, impedindo-a de liberar o som com todas as variações. Pode ser uma inflamação por
ácaros, por viroses, por bactérias e mycoplasma etc.
Doença ocasionada por vairos motivos, entre eles pela conseqüência de um resfriado forte
por exposição da ave a corrente de vento ou comida gelada, alem de fungos suspensos e
ambientes muito úmidos e por exposição a ar condicionado.
Os sintomas são: voz fanhosa, perda total da voz, respiração ofegante, chiado na respiração,
um intermitente abre-fecha do bico e intensa dificuldade para respirar.
O diagnóstico é a simples observação do canto da ave e notar a evidente diferença para a
voz normal.
A profilaxia é não expor o pássaro à corrente de vento, não sair com a ave nos dias em que
19. estiver ventando muito, não permitir que cantem de forma exagerada, notadamente após os
torneios, bem como fechar devidamente os vidros do automóvel nas viagens para passeios.
Alem disso, não colocar as gaiolas das aves em contato com paredes úmidas e mofadas,
principalmente em banheiros, cozinhas e finalmente nunca manter aves debaixo de ar
condicionado.
Como terapia, dependendo da causa, usam-se os remédios homeopáticos Alium-sativa,
própolis, antibióticos e quimioterápicos,vitaminas etc.
Quando a doença estiver associada à dificuldade para respirar, ministrar antibiótico à base
de cloranfenicol, eritromicina, norfloxacina e tilosina, que seria o tratamento para à base de
cloranfenicol, eritromicina, norfloxacina e tilosina, que seria o tratamento para a DRC
(doença respiratória crônica), mycoplasmose (melhor tratamento é a tilosina). É importante
que se façam nebulizações diárias utilizando 4 ml de soro fisiológico e 4 ml de antibiótico à
base de tilosina.
Para o ataque de ácaros, as soluções são inseticidas com piretrina e o medicamento
ivermectin. Para o ataque de fungos, ministrar fungicida na água por até 15 dias.
Se for um macho muito cantador, é fundamental ainda que se obrigue a ave a parar de
cantar colocando-se duas fêmeas frias uma de cada lado da gaiola a uma distância de dez
centímetros. A verdade é que, infelizmente, quase sempre não se consegue a cura completa.
A voz é prejudicada e a ave fica meio fanhosa para o resto da vida.
PSITACOSE
Doença de ocorrência comum em psitacídeos. Pode ocorres em outros pássaros.
Causa: Chlamydia psittaci
Sintomas: Diarréia esverdeada, sanguinolenta; corrimento nasal e ocular, dispnéia; fígado e
baço aumentados com focos de necrose; sacos aéreos espessados.
Tratamento: Uso das tetracilinas.
Prevenção: Evitar a manutenção de psitacídeos próximo ao criatório. Quarentena com
novos pássaros.
POLAINAS DE CASCA NOS PÉS E NAS PERNAS
Aparecem sob a forma de cascas, parecendo uma bota ou cobertura, que cobre os dedos e
toda a canela das aves, dificultando a articulação, e pode levar à atrofia e à paralisia dos
movimentos do pé.
20. É provocada por ataque de ácaros e pela falta de higiene e de banho. Quando é muito grave,
chega a forçar e prender a movimentação do anilho, que terá que ser retirado imediatamente
para evitar-se a gangrana.
Como profilaxia deve-se manter a gaiola o mais limpa possível, notadamente os poleiros, e
propiciar condições para que a ave tome banho todos os dias.
Na terapia, uma única vez, usar-se como tratamento tópico o seguinte procedimento:
colocar o pássaro no contentor e banhar em água morna os pés e as canelas, para amolecer
as cascas. Após isso, passar pomada que contenha bastante óleo e friccionar levemente com
os dedos as áreas atingidas, até que o material da polaina se desprenda. Tomar todo o
cuidado para não forçar e na pressa arrancar a pele. Em seguida cortar as unhas, se
necessário, e passar pomada desinfetante, antibiótica, fungicida e inseticida.
É importante também que se pulverize periodicamente a ave doente com solução de algum
inseticida/fungicida direcionando o jato para os pés.
Chamamos de Pevide à crosta que se forma na extremidade da língua de alguns pássaros,
reflexo de uma inflamação que está associada a hipovitaminose.
PEVIDE
Pevide: Chamamos de Pevide à crosta que se forma na extremidade da língua de alguns
pássaros, reflexo de uma inflamação que está associada a hipovitaminose.
Crosta retirada com auxílio de uma pinça
Causas: A principal causadora é carência de vitamina A.
Sintomas: O pássaro apresenta dificuldade para alimentar-se, abrindo e fechando o bico
constantemente. O pássaro passa a se alimentar menos e emagrece.
21. Tratamento: Quando a crosta esta se soltando com relativa facilidade, o que ocorre na
medida em que vai perdendo sua flexibilidade, poderá ser removida com uma pinça. A
remoção da crosta facilitará a alimentação do pássaro.
No local deve ser passado um cotonete embebido em Nistatina solução oral, uma vez ao
dia, durante uma semana.
Há estudos que apontam para uma associação de infestação parasitária com o surgimento
da Pevide, embora essa seja conseqüência indireta. É indicado exame de fezes para
identificação de infestações verminóticas e coccidiose.
Prevenção: Dieta equilibrada e controle verminótico do plantel
PEITO SECO
Peito seco não é propriamente uma doença, é sim, um sintoma.
A perda de massa corporal indica a incapacidade do organismo para aproveitar os
nutrientes ingeridos.
Causas: Várias são as causas possíveis, a mais comum é a coccidiose. Também as
verminoses mais significativas poderão levar a perda de massa corporal.
Sintomas: A perda de massa corporal faz com que o osso do peito do pássaro tome a forma
de facão (certo exagero). Esse é um sintoma apresentado em um estagio avançado da
doença. Um criador atento a seus pássaros perceberá alterações de comportamento, apetite,
disposição e volume de ingestão de líquidos muito antes do peito secar.
Tratamento: É altamente indicado um exame de fezes para definir o diagnostico e
determinar o tratamento. Na impossibilidade, ministrar um medicamento para coccidiose
imediatamente. Manter farinhada com prebióticos e probioticos e complexo vitamínico.
Concluído o tratamento da coccidiose. Aguarde uma semana e faça uma vermifugação.
Prevenção: Higiene, equilíbrio da dieta, ministrar probióticos regularmente ao plantel e
observar as aves, procurando identificar possíveis problemas sanitários antes que se
configure o peito seco.
MYCOPLASMA
Os Mycoplasmas são os menores microorganismos de vida livre, diâmetro variando entre
100 e 300 nanômetros e comumente encontrados tanto em plantas como em animais,
22. inclusive o humano. O Mycoplasma pneumoniae, nos anos 60, chegou ser confundido com
os vírus e foi chamado agente Eaton. A extrema pequenez do genoma limita muito a
capacidade de biossíntese, o que, explica as difíceis exigências nutricionais para o seu
cultivo em laboratório e a necessidade de ter existência parasítica(vivem às custas de outros
seres vivos. Sólon, um dos sete grandes pensadores gregos, chamou de parasita o
freqüentador assíduo dos banquetes oficiais. É, amigos, puxa-sacos e sócios do erário
público existem há muito tempo) ou saprófita (vivem sobre outros seres vivos sem os
prejudicar). Dependem, para a sobrevivência, da ligação às células dos hospedeiros para na
busca de precursores essenciais como ácidos gordurosos, nucleotídeos, aminoácidos e
esteróis.
Por não terem parede celular, sendo contornados somente por três membranas, apresentam
como propriedades biológicas mais importantes a resistência aos antibióticos
betalactâmicos (antibióticos, como as penicilinas e as cefalosporinas, que possuem na sua
fórmula o anel betalactâmico e agem destruindo a parede celular da bactéria. A bacitracina,
por agir da mesma maneira, também sofre a resistência dos Mycoplasmas) e grande
pleomorfismo (capacidade de apresentarem-se de diversas formas, como cocos, bastonetes
e anelar dependendo do meio em que se desenvolvem).
Por não produzirem ácido fólico, também são resistentes às sulfonamidas e à trimetoprima.
A ausência da parede também os torna sensíveis a fatores externos: sobrevivem apenas por
poucas horas em superfícies secas e durante dois a quatro dias na água e, muito bom para os
criadores, são pouco resistentes aos desinfetantes comuns. Têm predileção pela colonização
do revestimento mucoso, provocando inflamações crônicas nos tratos respiratório e
urogenital e nas articulações (juntas) de várias espécies de animais, inclusive aves e cães.
Aí está, amigo Ivan, mais uma causa daqueles passarinhos com as juntinhas inchadas e com
dificuldades para pousar no poleiro. Causam desarranjo dos cílios (formações digitiformes
que movimentam a camada de muco) das células mucosas e, algumas vezes, a destruição
celular. Alguns, como o U. urealyticum, expressam uma protease (enzima) que destrói a
imunoglobulina A, um dos fatores de defesa mais importantes da mucosa (membrana que
forra os órgãos ocos e as cavidades naturais do organismo, mantida úmida por uma camada
de muco).
Pertencem à ordem Mycoplasmatales, da classe Mollicutes. Foram agrupados em três
gêneros: 1- Mycoplasma, que necessitam colesterol para o crescimento; 2- Acholeplasma,
não necessitam colesterol para crescerem e 3- Ureaplasma, também necessitam do
colesterol para o crescimento, além de uréia para o metabolismo energético. Umas quatorze
espécies de Mycoplasmas já foram descritas como causadoras de doenças no
homem/mulher (vivo perguntando, por que falar somente no homem sempre que queremos
nos dirigir aos humanos? Parece um critério machista do homem, querendo ter primazia até
nas doenças, sô!). O Mycoplasma orale e o salivavarium até o momento são tidos como
reles comensais da cavidade oral; o Mycoplasma pneumoniae, o mais famoso da patota, é
uma causa comum de pneumonia em todas as idades humanas. O Ureaplasma urealyticum e
o M. hominis (olha aí de novo, por que não também M. mulheris?) em geral vivem
assintomáticos no trato geniturinário, mas podem provocar infecções oportunistas em
adultos e recém-nascidos. O M. genitalium, o M. fermentans e o M. penetrans podem ser
encontrados nos tratos respiratório e geniturinário humano e merecem a atenção.
23. O básico para a patogenicidade do Mycoplasma é a aderência às células mucosas do
hospedeiro, processo multifatorial e complexo responsável pela patogenicidade de muitas
outras bactérias. Embora a maioria dos mycoplasmas fixem residência e multipliquem-se na
superfície celular, algumas, como o M. fermentans, o M. penetrans e mais raramente o M.
pneumoniae, podem localizar-se no interior celular onde ficam protegidos dos antibióticos e
dos anticorpos do hospedeiro; aí está a explicação para a cronicidade da doença e a
dificuldade de cultura em meios artificiais. Algumas espécies produzem citotoxinas, como
as exotoxinas e o H2O2 (peróxido de oxigênio), e polissacarídeos. Nas aves, como em
outros animais, existem alguns fatores que facilitam a infecção pelos mycoplasmas:
membrana epitelial imatura, ambientais(ar seco e calor), excesso de NH3 e infecções por
alguns vírus (paramixovírus, reovírus, adenovírus) e bactérias como a Escherichia coli.
Num surto dentro de um aviário podem haver desde pássaros assintomáticos até os quadros
mais graves e mortais. Uma importante propriedade do M. hominis é a metabolização do
aminoácido arginina com a conseqüente liberação de amônia que é tóxica para as células. O
M. pneumoniae e o hominis produzem peróxido de hidrogênio, oxidante potente capaz de
lesar as células. Os Ureaplasmas, que exigem colesteróis para o crescimentos e formam
colônias bem pequenas em forma de ovo frito em meio contendo agar, diferentemente dos
outros gêneros da classe Mollicutes, têm atividade de urease (enzima) que pode induzir a
produção de cálculos urinários e a degradação das imunoglobulinas A secretoras que têm
importância vital na defesa da mucosa. Alguns indivíduos infectados com o M. pneumoniae
desenvolvem anticorpos reativos contra o cérebro, coração e músculos e auto-anticorpos da
classe IgM que aglutinam os eritrócitos humanos a 4 graus centígrados (aglutinação a
frigore).
Para a imunidade (defesa) os Mycoplasmas genitais exigem anticorpos específicos, o que,
explica o fato da falta de anticorpos maternos, que passam para o feto nos meses finais da
gestação, ser a causa do alto risco da doença para os prematuros. Dentro de uma Ordem as
diferentes espécies provocam reações cruzadas entre elas, determinadas pela pequena
antigenicidade (capacidade de reagir com anticorpos resultantes de uma resposta
imunológica) determinada pela ausência de parede celular e por ficarem nos recessos da
parede celular pouco acessíveis aos mecanismos de defesa do hospedeiro; essa baixa
especificidade leva ao alto número de reações falso positivas em exames laboratoriais.
Os Mycoplasmatales possuem baixa infectividade, exigindo para a disseminação contato
próximo entre os indivíduos, sendo as infecções mais comumente encontradas nos locais de
maiores densidade populacionais. Os tratos respiratórios e genital são as portas de entrada
primárias. Os microorganismos são disseminados pelas excreções das vias respiratórias
(como as gotículas eliminadas durante a fala, canto, tosse ou espirros) e pelas gônadas de
ambos os sexos. Nas aves, a infecção dos sacos aéreos pode conviver com a do ovário e dos
folículos em desenvolvimento. Como pode haver muitos pássaros, inclusive filhotes,
contaminados assintomáticos mas capazes de transmitir a doença, a atenção do criador na
inspeção do seu plante e para a higiene do ambiente Nos ninhegos o contato direto é a
principal maneira de disseminação. Pais podem contaminar os filhotes alimentando-os com
conteúdo contaminado do papo. A transmissão transovariana pode ser importante em
alguns criadouros. A fêmea contaminada é capaz de transmitir o microorganismo
diretamente a toda à ninhada. Citam-se também a transmissão pelas penas ou poeira
24. contaminadas. Estresses como o frio corrente de ar e exercícios intensos (como os longos
vôos de pombos de competição) podem tornar aparente uma infecção até então inaparente.
No homem, os Mycoplasmas mais importantes são o M. pneumoniae, o Ureaplasma
urealyticum e o M. hominis.O Mycoplasma pneumoniae é responsável por
aproximadamente 15% das pneumonias nos humanos, sendo causa comum de
traqueobronquites e bronquiolites. A adesão às membranas celulares ciliares é mediada pela
proteína de adesão P1; a invasão da parede das vias respiratórias no máximo chega à
membrana basal. As culturas, como de material colhido da garganta e do catarro, são
demoradas e o exame sorológico mais usado para confirmar o diagnóstico é o ELISA
(enzyme-linked immunosorbent), exigindo o diagnóstico definitivo a soroconversão em
dois exames feitos com intervalos de 2 a 4 semanas. Embora haja controvérsias, podem ser
usadas dosagens de IgM e IgG e a fixação do complemento. Sempre que for confirmada a
presença de um caso na comunidade será muito provável a existência de outros. Os
anticorpos encontrados no ELISA e na fixação do complemento apresentam reação cruzada
com outros antígenos, principalmente de outros Mycoplamas, o que requer muito cuidado
na avaliação.
O Ureaplasma urealyticum, com 14 sorotipos, e o Mycoplasma hominis, com sete
sorotipos, são os chamados Mycoplasmas genitais, podendo ser isolados no trato urogenital
baixo de mulheres e na urina, no sêmen e na uretra distal de homens assintomáticos.
Provocam inflamação crônica do trato geniturinário e das membranas amnióticas
(membranas que se desenvolvem em torno do embrião dos vertebrados superiores e
formam o saco amniótico). Fazem parte do grupo das DST (doenças sexualmente
transmissíveis). O M. hominis é uma das causas da doença inflamatória pélvica, inclusive a
salpingite (inflamação da tuba uterina por onde passa o óvulo) que pode levar à
infertilidade. Mycolasmas em aves. Muitas espécies de aves podem ser contaminadas pelos
Mycoplasmas, inclusive os pássaros ditos de gaiola (cage birds). Embora possa atingir a
ave em qualquer idade, a incidência é maior entre os filhotes.
Os Mycoplasmas mais comumente encontrados nas grandes criações de aves domésticas
são o Mycoplasma gallisepticum, que provocam lacrimejamento, catarro nasal, problemas
respiratórios com tosse e inchaço dos seios infraorbitários pela sinusite, saculite, queda na
produção de ovos e septicemia secundária pela Escherichia coli (coisa ruim nunca vem
sozinha); o Mycoplasma synoviae, que se manifesta por diarréia esverdeada, inchaços das
almofadas das patas e nas articulações dos membros anteriores (asas) e posteriores (patas)
que levam a ave a movimentar-se muito pouco. Nas articulações o quadro típico é o de
sinovite (inflamação da membrana sinovial, revestimento interno da cápsula articular),
principalmente dos tendões (tenossinovite), como acontece comumente nos jarretes. A
bursite (inflamação da bursa, bolsa contendo líquido situada em locais de atrito mais forte)
do osso esternal pode a piorar a respiração e Mycoplasma meleagridis, manifestado por
queda da fertilidade, mortalidade de filhotes, deformidades de membros e pescoço, sinais
respiratórios de média intensidade, catarro nasal, inflamação e inchação dos seios infra-
orbitários (sinusite) e grande predominância entre os perus.
O Mycoplasma iowae está também entre os mais encontrados, provocando mortalidade
embrionária e queda na fecundidade dos ovos A incubação varia com a espécie de ave e do
25. Mycoplasma, girando em torno de 6 até 21 dias. A mortalidade pode ser alta, podendo
chegar a 90% entre os filhotes de faisões. A doença dissemina-se lentamente e os olhos do
criador devem estar atentos para os primeiros sinais como o pestanejar freqüente e a
arranhadura das pálpebras. Aos poucos o estado geral vai se deteriorando, as pálpebras
incham-se, a ave torna-se incomodada com a luz (fotofobia) e os olhos ficam encatarrados.
Pode haver letargia, ficando a ave indiferente ao meio ambiente, inapetente e sonolenta,
chocalhando a cabeça para remover secreção nasal grossa. Aos poucos vai perdendo peso.
À inflamação da pálpebra (blefarite) ou da conjuntiva (conjuntivite) pode seguir inflamação
da córnea (ceratite) que, nos casos mais sérios, pode levar à cegueira e morte por caquexia
pela ave não ter condições de achar ou movimentar-se até o alimento. Muito característico é
o aumento, às vezes gigantesco, com pouca ou nenhuma secreção, dos seios infraorbitários.
O pássaro fica dispneico (falta de ar), principalmente quando está excitado, e respira com o
bico aberto. Podem ser ouvidos sons respiratórios murmurejantes (putz!). Algumas espécies
de Mycoplasma e Acholeplasma podem ocasionar alta mortalidade embrionária. Em
algumas espécies de aves, como gansos domésticos, pode haver infecção com necrose do
falo, infecção da cloaca (cloacite), saculite (infecção dos sacos aéreos), orquite (infecção do
testículo) e peritonite (inflamação do peritônio, membrana serosa que reveste internamente
as cavidades abdominal e pélvica e externamente as vísceras nelas contidas) determinados
pelo M. cloacale e, mais raramente, pelo M. anseris; nos criadouros atingidos pode haver
altas incidências de ovos não férteis e mortalidade embrionária. O A. axanthum pode ser
isolado de fezes e de secreções das vias respiratórias de aves de criadouro com mortalidade
embrionária acima de 50%; nesses criadouros podem haver muitos casos de salpingite e
saculite. As rinites, sinusites, conjuntivites e traqueites apresentam-se com secreção grossa
gelatinosa.
Muitas vezes os Mycoplasmas lesam as mucosas e preparam o terreno para infecções
secundárias por bactérias como a Escherichia coli, vírus e fungos. A infecção pode ficar
endêmica num criadouro com pequenas evidências da sua presença como sinais
respiratórios vagos, lacrimejamento, sinusite ou debilidade. Somente após contaminar um
grande número de aves, ou nas situações estressantes, torna-se aparente. Aí está uma
aspecto muito sério do problema e que deve ser sempre levado em conta par todo criador
consciente.
Os Mycoplasmas estão entre os agentes que mais comumente provocam morte embrionária,
conhecida pelos criadores como anel de sangue (blood-ring) ou morte dentro da casca.
Chegam ao ovo pelo oviduto ou pelo sêmen de machos infectados. Os antibióticos mais
usados nas aves são a enrofloxacina, tilmicosin, tetraciclinas, tylosin, tylamutin e
lincospectin, os quais, somente devem ser usado por indicação do veterinário. Geralmente
os antibióticos são usados na água de beber, nos alimentos e, muito interessante, injetado
nos ovos (Tylosin ou a combinação de lincomicina e espectinomicina injetados nas câmaras
aéreas); há quem banhe os ovos em soluções contendo antibióticos. Vi descrito que a
elevação da temperatura em uma incubadora (forced-air incubator) até 46 graus centígrados
por 12 a 14 horas é efetiva, mas pode diminuir em 8 a 12% a fertilidade dos ovos; não me
perguntem se surte efeito porque não aconselho e não gosto de ovo cozido.
26. Se o tratamento é área de atuação do veterinário, o papel do criador na profilaxia é
essencial:
- A manutenção higiênica do prédio onde está instalado o criatório deve ser diária, evitando
o acúmulo de dejetos e restos alimentares. As excreções do hospedeiro protegem os
parasitas da ação dos desinfetantes e devem ser removidas ante do uso dos mesmos. Ter um
jogo de mangueira, pazinha de limpeza, baldes, botas, vassouras, rodos, cestos de lixo, etc.
somente para dentro do criatório. Se existirem mais de um ambiente, um jogo para cada
um. Verão que vale a pena o investimento.
O uso de detergentes e outros produtos de limpeza bactericidas deve ser feito com
orientação técnica. Aqui não cabem improvisações. Ainda advogo o uso de vassouras de
fogo tendo, é lógico, cuidado para não colocar fogo no prédio e nos pássaros. Sempre usei
esse procedimento no canil e é tiro e queda. Nunca houve problemas com parasitas externos
e, de quebra, elimino alguns parasitas internos que teimam em viver algum tempo fora do
organismo. É método de fácil execução, rápido e não tem ação residual como os produtos
químicos.
Com técnica adequada não danificará paredes, desde que não se fique com o fogo muito
tempo num só lugar como estivesse assando um churrasquinho, e, creio, poderá ser usada
nas gaiolas de arame vazias. Tendo-se o cuidado de tirar os pássaros do ambiente, isolando-
se as partes combustíveis das instalações, evitando-se a presença de líquidos inflamáveis,
etc., o método é seguro. Aconselho procurar informações com alguém que já tenha alguma
experiência para não cometer erros de principiante. Lavar, se possível de maneira
individualizada, os utensílios também com água filtrada. Se for possível, pelo menos uma
vez por mês, ferver os utensílios resistentes à fervura, principalmente as grades e as
bandejas do fundo da gaiola. Se for organizada uma rotina, mesmo nos criatórios maiores
as atividades profiláticas serão relativamente fáceis.
- Tratar as fêmeas contaminadas por Mycoplasma é essencialíssimo porque podem infectar
verticalmente os filhotes.
- Tratar os machos galadores infectados, pois, por ser comum usá-los com várias fêmeas
(poligamia), poderão contaminar, através do sêmen, o plantel numa proporção geométrica.
E criam uma cadeia de infectividade progressiva: macho – fêmea – embriões ou ninhegos.
Cuidado com os machos que vão a torneios ou a outros criatórios para coberturas.
- Manter em observação e isolados todos os filhotes nascidos de mãe e/ou pai
contaminados. Os gaiolões com muitos filhotes funcionariam como creches ampliando a
disseminação da bactéria. A superpopulação é um fator poderoso na transmissão e
manutenção dos Mycoplasmas dentro de um criadouro. Deve ser evitada a chamada China
alada.
- Não caia naquela de dar antibióticos com finalidade profilática. São muito poucos os
casos em que o uso profilático de antibióticos tem valor comprovado. E a infecção pelo
Mycoplasma não é um deles. Fazendo isso você estará criando cepas resistentes da bactéria,
um problema para a sua própria família e para os seus pássaros. Cepas resistentes de uma
27. bactéria que se propaga facilmente num canaril são pragas de sogra (só um xiste, porque a
minha era ótima).
- Cuidado especial com pássaros trazidos de fora do canaril, mesmo que seja somente para
uma galadinha. Fazer quarentena nem sempre é praticável. Se o galador vier de canaril que
mantenha boas condições higiênicas tudo fica mais fácil. Seria ótimo os donos dos bons
pássaros galadores manterem os pássaros em ótimas condições de higiene física, social e
até mental, pois, eles podem representar um boa fonte de renda para abater nas despesas do
criatório.
- Com as aves vindas de outros criadouros a quarentena é obrigatória, a não ser que venham
de criatório que mantenha rígidas condições de controle sanitário do plantel. Creio que a
quarentena de três semanas seja suficiente para a maioria das doenças infecciosas. Não
trazer o pássaro em gaiolas do criatório de onde o adquiriu. Manter o pássaro entrante fora
das instalações que albergam o plantel. O ideal seria uma pessoa para cuidar somente dele e
que não tivesse acesso ao criatório. Se não, usar luvas ou lavar rigorosamente as mãos, com
água e sabão, após o trato e cuidados com os utensílios da ave em quarentena. Todos os
utensílios, produtos alimentares, vassouras, pazinhas, cestos de lixo, etc. devem ser
mantidos separadamente dos usados para o plantel. Ponto de água para lavar os utensílios
separados. Muito cuidado com os excrementos. A quarentena deve ser para valer ou nem
vale a pena ser feita.
Apesar de a transmissão ser através das secreções das vias respiratórias e genitais,
condições anatômicas das aves, como a presença da cloaca que pode permitir contaminação
das fezes e urina por parasitas existentes nas secreções genitais, deve-se ter alguns cuidados
comuns no controle de parasitas, como as enterobactérias, que são transmitidas pela via
fecal-oral. Esses cuidados tomam dimensão ainda maior se levarmos em conta que essas
bactérias, principalmente a Escherichia coli, estão entre os parasitas capazes de agravar
uma infecção pelos Mycoplasmas.:
- Lavar rigorosamente as mãos com água e sabão, sabão mesmo, esfregando as unhas com
uma escovinha antes de manusear as frutas, as hortaliças e a água que serão fornecidos aos
pássaros. As mãos devem ser lavadas, sempre com água e sabão, antes e depois de
manusear pássaros ou os utensílios.
- Lavar rigorosamente, com água e sabão, frutas e as hortaliças que serão dadas aos
pássaros e enxágua-las muito bem. Podem ser deixadas por alguns minutos em solução de
água e vinagre ou de hipoclorito de sódio, não se esquecendo de enxaguar copiosamente
antes de dá-las aos pássaros. Pela simplicidade creio que o lavar as mãos, as frutas e as
hortaliças já será uma grande ajuda no controle desses parasitas.
- Oferecer aos pássaros somente água, no mínimo, filtrada. A água fervida seria mais
seguro, desde que seja mantida no fogo pelos menos durante 20 minutos após levantar a
fervura. Os mesmo cuidados devem ser tomados com a água para os banhos dos pássaros.
Esfregar bem os bebedouros para remover o biofilme líquido que fica na superfície e que
pode albergar muitas bactérias. O ideal seria ter jogos de dois bebedouros para intercalá-los
28. diariamente, possibilitando a secagem completa de um dia para o outro do que não estiver
sendo utilizado.
- Muito cuidado com as fezes das aves. O papel do fundo da gaiola deve ser trocado
diariamente. O costume de colocar várias camadas de papel não é bom, pois, o filtrado da
parte líquida fecal pode levar os parasitas para a folha de baixo (lembrar que estamos
lidando com seres microscópicos). Deve ser usada uma folha de papel e a bandeja deve ser
limpa diariamente e colocada ao sol (para isso, seria bom ter, pelo menos, duas bandejas
por gaiola). Individualizar as bandejas para evitar usar bandeja usada em gaiola de pássaro
contaminado em a gaiola de pássaro não contaminado, criando, assim, condições para
disseminação da infecção pelo criatório. Se você usa areia na bandeja, tenha muito cuidado,
pois, se não houver troca constante e higiene impecável, será um meio propício para
manutenção dos parasitas.
- Muito cuidado com as gaiolas usadas para manter os machos ou levá-los aos torneios.
Como ficam a maior parte do tempo fora do criatório, têm maiores possibilidades de ser
depósitos de parasitas. São feitas de madeira, com muitos detalhes e têm muitas saliências e
reentrâncias que facilitam a vida dos parasitas e dificultam higienizá-las. E, na maioria das
vezes, não possuem grade separando a bandeja dos pássaros como acontece com as gaiolas
de criação. Creio que, num futuro próximo, poderão ser substituídas por gaiolas feitas
somente de arame.
- As vasilhas contendo sementes, farinhadas, minerais e água devem ser colocadas de modo
a evitar que sejam atingidas pelos jatos evacuatórios dos pássaros. Inspecioná-las
diariamente e, se estiverem sujas com excrementos, desprezar o conteúdo e higienizá-las.
idado com os poleiros. Devem ser colocados de maneira que não possam ser sujos pelas
fezes, pois, pelo hábito das aves limparem o bico neles após alimentarem-se, a
contaminação será fácil.
- Levar água filtrada e/ou fervida quando for a torneios, evitando dar ao pássaro água da
torneira sem as condições higiênicas seguidas no criatório. Se esquecer, é preferível dar
água de garrafa tipo natural. Nem para o banho deve ser usada água do local dos torneios.
- Cuidado com a água do banho dos pássaros. Deve ser, pelo menos, filtrada e, sempre que
possível, fervida. Tirar a vasilha logo que o pássaro terminar o banho.
- Algumas vezes os parasitas podem ser trazidos para o criatório pelas patas de pássaros,
como os pardais, ou das moscas. Telar as janelas, portas e as aberturas para a ventilação é
medida heróica. Não deixar lixo ou restos de comida expostos é essencial porque eles
atraem pássaros, moscas e predadores, inclusive ratos. Muitas plantas também são atrativas
para os pássaros soltos visitarem o criadouro. - E sol, amigos, pois, onde entra o sol não
entra o médico, ou o veterinário, como dizia minha avó. Locais escuros, muito quentes e
úmidos jogam para os bandidos.
- As medidas profiláticas são econômicas e, tornadas rotinas, de fácil execução.
29. MUDA FRANCESA
Causas: Infecções bacterianas, parasitoses, deficiência metabólica ou é ligada à
hereditariedade.
Sintomas: Algumas penas tomam aspecto retorcido e desalinhado. Podem tornar-se
quebradiças.
Tratamento: Verificar se o pássaro apresenta infestação por ácaro. Melhorar a condição
nutricional do pássaro, reforçando vitaminas, cálcio e ferro na dieta. Cortar a pena
deformada com uma tesoura e aguardar a próxima muda para sua substituição. Não arrancar
as penas.
Prevenção: Dieta equilibrada e higiene.
GIARDIA
Cuidados e prevenção
A giárdia é um microrganismo unicelular, um protozoário, do mesmo grupo dos coccídeos,
tricomonas e toxoplasmas. Possui flagelos que o auxilia na locomoção.
A espécie que comumente afeta as aves é a Giardia psittaci, que é de uma espécie diversa
da que parasita o homem, a Giardia lamblia. De um modo geral a psittaci não acomete o ser
humano, nem a lamblia parasita as aves.
A contaminação se dá pela forma direta, ou seja, através da ingestão dos cistos de giárdia
encontrados na água e nos alimentos. Os cistos é uma forma de resistência do protozoário,
que permite sua subsistência por um tempo prolongado na matéria orgânica ou na água.
A disseminação desse microrganismo se dá pela eliminação dos cistos através das fezes das
aves contaminadas. No organismo da ave o parasita habita o intestino delgado,
principalmente o duodeno, onde se reproduz por divisão binária.
No intestino da ave a giárdia pode permanecer um longo tempo sem causar sintomatologia,
nesse caso o animal parasitado é denominado de portador assintomático, quando apesar de
estiver sadio pode disseminar para o meio a forma contaminante da giárdia (o cisto).
O grupo de aves mais comumente afetado é o dos psitacídeos, porém os passeriformes
também podem ser contaminados. Na literatura norte-americana não encontramos relatos
de giárdia em canários (serinus) e fringilídeos. Em nosso meio não foram encontradas
informações estatísticas a esse respeito.
30. um é a diarréia.
Alterações cutâneas também podem surgir como pele seca, prurido e arrancamento de
penas. Pode ainda afetar os filhotes recém-nascidos, causando debilidade e morte.
As fezes podem ter aspecto mucóide e apresentar mau odor. Nas infestações maciças até
um quadro de má absorção intestinal dos alimentos pode ocorrer, com perda de gordura e
nutrientes pelas fezes, ocasionando um quadro de letargia e desnutrição.
O diagnóstico de certeza é feito com o encontro doas cistos e trofozoítos (forma adulta
habitante do intestino). Contudo algumas dificuldades surgem, pois a eliminação dessas
formas pelas fezes é inconstante. O ideal é a realização de exames de fezes seriados a
fresco (com menos de 10 minutos após a evacuação).
Um único exame negativo não afasta a possibilidade de contaminação.
Na impossibilidade do exame a fresco a conservação das fezes em formalina 10% (5%
segundo alguns autores) é recomendada, pois a giárdia na forma trofozoítica é frágil e
desintegra-se facilmente. Preservar os trofozoítos é importante, pois aumenta a chance de
diagnóstico, que estariam reduzidas se a procura for feita apenas pelos cistos. A ave
contaminada não elimina o protozoário em todas as evacuações.
Um método utilizado pelos laboratórios com o intuito de facilitar a identificação dos cistos
é o uso da solução de sulfato de zinco, que é facilmente preparada e faz com que os cistos
flutuem se separem das fezes e possam ser mais facilmente identificados com o uso do
microscópio.
O tratamento mais é feito com metronidazol por um período de 5 a 10 dias. No entanto há
muitos relatos de resistência a esse medicamento. O mais indicado seria a administração da
dose diária diretamente no bico, pois a dissolução na água de beber pode reduzir a sua
eficácia. Outra opção terapêutica é o febendazol, que tem o inconveniente de ser mais
tóxico, podendo ocasionar alterações na plumagem e até a morte da ave. Temos ainda o
relato do uso da paromomicina, um antibiótico aminoglicosídeo com ação antiprotozoário e
o dimetridazol, que apesar de eficaz tem vários efeitos tóxicos.
Geralmente está indicado o tratamento para todas as outras aves que estiveram em contato
com o indivíduo infestado.
A reinfestação, muitas vezes confundida com resistência do parasita à medicação, pode se
tornar comum se o ambiente que a ave vive não tiver um bom controle sanitário. Muitas
vezes é necessário que seja repetido o tratamento periodicamente. Em algumas aves nunca
estarão completamente curadas da giardíase.
Como a forma de propagação é pela ingestão de água e alimentos contaminados por fezes,
todo esforço para se prevenir que isso ocorra será de grande valia.
O fundo da gaiola deve ser protegido por grade removível e os alimentos e a água devem
estar fora do alcance dos dejetos, preferencialmente em recipientes externos à gaiola.
Devemos impedir que aves silvestres adentrem no criatório, pois podem ser reservatórios
31. da giárdia. Outro cuidado é a quarentena e exame de fezes das novas aves adquiridas pelo
aviário.
Desinfetante a base de amônia quaternária e cloro a 10 % são efetivos na inativação dos
cistos.
A grande verdade é que aves que são mantidas em ambientes saudáveis, com alimentação e
água adequadas estão sendo submetidas à melhor profilaxia de doenças infecciosas e
parasitárias que existe.
Concluindo: Ave que não come fezes não terá parasitose intestinal.
FRATURAS
Quando ocorre de a ave quebrar um osso, a primeira providência é retirar os poleiros e
colocar água e comida a disposição da ave. Será necessário encanar o osso com gesso
dissolvido em água ou álcool, que levará mais ou menos um mês para colar. Se for a perna
que quebrou, pegue um canudinho de refresco cortado ao meio, coloque as duas partes na
perna e passe o gesso, deixando uns 45 dias, após retire o gesso. Se for a asa que quebrou,
será necessário cortar todas as penas da asa, dependendo da fratura, tente encaná-la com
gesso. Caso não consiga, o melhor e mais correto é levar a ave a um veterinário, que esta
mais acostumado a fazer estes serviços.
Ministrar um anti-infamatório.
DIARRÉIAS
Causas: Má alimentação, alimentos azedos, deteriorados e água suja.
Sintomas: Fezes líquidas de cor amarela-esverdeada, falta de apetite e emagrecimento, ânus
inflamado.
Tratamento: Corte as penas do traseiro com cuidado e lave a região com água morna, após
enxugue. Administrar Neo Sulmetina SM.
Sulfas causam ausência de produção de espermatozóides nos machos durante 30a40 dias, a
chamada azoospermia. Nenhum ovo será galado nestas condições. Não use Sulfas para
reprodutores próximo à fase de reprodução.
Prevenção: Dieta equilibrada e qualidade nos alimentos.
CORIZA
32. Causas: Hemophilus gallinarum (forma aguda). Corpusculo cocobaciliforme (forma lenta).
As duas vêm associadas. Bruscas mudanças climáticas, aves em locais úmidos, aves mal
alimentadas, falta de vitamina C.
Sintomas: Secreção aquosa nos olhos e narinas.Com a evolução da doença, as narinas ficam
completamente obstruídas. Os olhos, em virtude da infecção, ficam inflamados e a ave pode
perder a visão.
Tratamento: Limpar as narinas com cotonete impregnado em solução de permanganato de
potássio, com 1./1.000. Aviarium ou Terramicina na água de beber, vitaminas.
COLIBACILOSE
Doença infecciosa provocada pela bactéria Escherichia coli, pode ser encontrada como
flora normal do intestino do homem, mamíferos e aves. As formas patogênicas para aves
são específicas desse grupo e nunca foram encontradas contaminando qualquer mamífero .
As formas não patogênicas assim como as patogências são eliminadas pelas aves através
das fezes. A bactéria muitas vezes existe em estado latente e em geral aparece depois de
alguma queda de resistência ou estado de estresse, principalmente o de fungos. Seus locais
de ação são: pulmão - sacos aéreos - coração, fígado, ovários, oviduto, saco da gema do
embrião e dos filhotes até a segunda semana de vida (cicatriz umbilical dos adultos),
peritônio, podendo tomar toda a economia da ave, causando septicemias. É uma doença
gravíssima em um criadouro, responsável pela dizimação de filhotes, todo cuidado é pouco.
Se quisermos sucesso temos que evitá-la a todo custo.
Os sintomas são, nas formas mais graves, poliúrias (excesso de urina), dispnéias, morte
súbita, crescimento retardado de filhotes, baixa eclodibilidade, baixa fertilidade das fêmeas,
febre, espirros, sede intensa e morte ao final do quinto dia.
O diagnóstico se faz com exames laboratoriais de aves mortas.
A profilaxia é feita com muita higiene, não deixar acúmulo de fezes, de muita umidade e
com o isolamento da ave suspeita. Como terapia usam-se os antibióticos: cloranfenicol,
tetraciclina e eritromicina, bem como sulfas e outros, todavia é melhor fazer o antibiograma
porque esta bactéria tem se mostrado muito resistente a muitos tipos de medicamentos.
COLERA AVIÁRIA
Doença infecciosa provocada pela bactéria Pausterella avium, ataca com média freqüência
os bicudos e curiós. Acontece com a ingestão de alimentos contaminados, contatos com
outros pássaros doentes e pela respiração da respectiva bactéria em locais com pouca
circulação de ar.
33. Os sintomas são: nos casos mais graves, morte súbita quase sem explicação; nos casos mais
brandos, os pássaros aparecem com abatimento, sonolência,bico semi-aberto, com
ocorrência de muco bucal, fezes brancas, com algum sinal de sangue e morte, precedida de
convulsão ao final do quinto dia.
A profilaxia consiste em muita higiene, cremar os cadáveres e fazer quarentena de 21 dias
nas novas aquisições. Locais arejados para as gaiolas ajudam muito.
O diagnóstico exato só pode ser feito em exames laboratoriais para detecção da bactéria.
Como terapia usam-se os antibióticos cloranfenicol e tetraciclina, como também as sulfas.
COCCIDIOSE
O melhor tratamento para a coccidiose é o preventivo, já que esta doença é altamente
contagiosa e pode causar grandes prejuízos se houver disseminação no criadouro. A higiene
é essencial para evitar esse mal. A desinfecção permanente das instalações é fundamental
para dificultar a infestação dos protozoários. Umidade e calor até por volta de quarenta
graus centígrados fazem parceria para o aparecimento da coccidiose. Nesse tipo de
ambiente os parasitas encontram meio adequado para a proliferação.
Uma vez expelidos pelas aves através das fezes contaminadas, se espalham pelas gaiolas ou
viveiros e tão logo são ingeridos pelos pássaros no meio da comida, desencadeiam a
enfermidade que, na maioria dos casos, leva à morte, porque causa lesões sérias no
intestino, mas já foram detectadas em outros órgãos. É praticamente impossível acabar com
a doença em criadouros; o que se pode fazer é provocar a imunidade natural nos pássaros
através de um trabalho bem cuidadoso.
Em locais propícios, o oocisto (pequenos ovos do protozoário) sobrevive por quase três
meses e para cada oocisto ingerido pela ave podemos obter quase um milhão de outros
oocistos. Por isso é que sem tratamento e cuidados preventivos é quase impossível se obter
sucesso na criação de pássaros. Todo pássaro teve a doença não deve tê-la eliminado
totalmente de seu intestino, podendo ter novo surto por um aumento indiscriminado do
parasita em virtude de queda de resistência . As coccídias não são da flora microbiana
intestinal. Essa afecção, que é provocada por seres muito pequenos, pode ser de dois
grupos: eiméria e isospora, sendo que o primeiro atinge somente o intestino e o segundo,
mais específico para passeriformes , inclusive bicudos e curiós, podem atingir outros
órgãos. As instalações devem ser mantidas o mais limpas possível. O ideal é um piso
telado, onde as fezes caiam para fora do viveiro, impossibilitando a ingestão de oocistos ou
também fundos de gaiolas forrados de papel absorvente (tipo jornal), que serão retirados
diariamente.
O sintoma mais evidente é o aparecimento da diarréia. As fezes sujam a cloaca, podem ter
aspecto gelatinoso ou conter alimentos mal digeridos. Nem sempre são espalhadas ao
atingirem o fundo, devido à quantidade de muco que solta o intestino, mantendo o seu
34. formato. Sua coloração vai desde o amarelado até cor de borra de café, quando contém
sangue digerido.
A ave fica embolada, podendo se alimentar ou ter um excesso de apetite, na grande maioria,
devido à má absorção de nutrientes causada pelo parasita. Fica no cocho quase o dia inteiro
e não se nutre, esse é um dos maiores sintomas. Com a ajuda de um veterinário, pode-se
confirmar a existência da doença através das fezes examinadas em um microscópio.
Existem vários tipos de coccídias, cerca de trinta espécies somente dos passeriformes. São,
na sua maioria, espécies de isospora. As espécies que atacam de galinha não acometem os
pássaros, por isso vacinas desenvolvidas para elas não dão resultado para bicudos e curiós.
Os criadores de pássaros devem ter sempre em mente a prevenção, quando ainda não tiver
sido detectada doença em sua criação, pois , quando ocorre o mal é muito difícil determinar
a causa. O controle, quando já tiver tido surto de coccidiose, é fundamental para o sucesso
da empreita. A eliminação total é impossível, devido à resistência do protozoário a todos os
tipos de desinfetantes, exceto calor contínuo (água fervente, vassoura de fogo ou estufas de
esterilização ). Se mantivermos baixa a infestação de nossas aves, elas se tornarão imunes e
transmitirão tal imunidade para os filhotes.
Algumas medicações devem ser usadas para emergências e outras para prevenção. O jeito é
prevenir para não precisar remediar. Primeiro com a higiene e desinfeção periódica das
instalações e depois com doses preventivas de medicamentos coccidiostáticos. Devem ser
ministradas doses precisas, de forma que os pássaros vão aos poucos adquirindo imunidade
contra a doença. Doses erradas de medicação causarão toxicidade (doses altas) e resistência
da coccídia ao medicamento (doses baixas). Logo a seguir , é importante que se ministre
polivitamínico rico em vitamina A.
A transmissão é sempre através da ingestão de fezes contaminadas, depositadas no fundo da
instalação, nos poleiros sujos, nas paredes onde a gaiola está encostada etc. Gaiolas e
viveiros com os fundos telados muito contribuem na profilaxia. A contaminação também é
provocada por moscas que transportam os oocistos de um lugar infectado para outro.
O bom seria a desinfeção com cal virgem, lança chamas ou estufa de calor a 150 graus
Celsius para as gaiolas e apetrechos , tomando-se as devidas precauções na adoção desses
procedimentos.
O tratamento curativo é feito com remédios à base de sulfa, nitrofuranos, ionóforos e
outros. Está se usando ultimamente um produto muito eficaz contendo metilclorpindolo e
vitaminas. A medicação é sempre repetida após 15 a 20 dias da primeira, contudo o
tratamento costuma resolver bem quando se percebe a doença em sua fase inicial. Para se
obter sucesso, tem-se também que desinfetar a gaiola contaminada a cada 3 dias, se
possível com fogo, e desencostá-la da parede para evitar nova infestação.
CALOSIDADE NOS PÉS
Doença muito comum, notadamente nos bicudos. É oriunda da falta de cuidado com os
poleiros, bem como da observação adequada do crescimento exagerado das unhas.
35. Com o passar do tempo, se o poleiro não é limpo e desinfectado, torna-se ensebado e
escorregadio, envolto em uma crosta de excrementos e restos de comida. Chega a brilhar de
tanta sujeira e gordura.
Assim, o pássaro em pouco tempo estará propenso a adquirir uma atrofia nos pés que mais
tarde poderá se transformar em calo. Doença das mais graves e incômodas. Porta de entrada
para uma série de infecções que pode levar a ave à morte.
A profilaxia deve ser:
limpara sistematicamente todos os materiais existentes na gaiola;
aparar periodicamente as unhas
não deixar que se entortem com poleiros muito grossos.
Como terapia, se limpa os pés com água morna, passando-se pomada à base de glicerina
para lubrificar, podendo até ter enxofre. Cortam-se as unhas e coloca-se um calicida no
olho do calo. Isso tudo uma única vez para não provocar estresse. Em seguida, colocam-se
poleiros tipo convexos durante 30 dias, descansando 8 dias, para colocá-lo de novo por
mais 30 dias. É bom que se usem também poleiros de material macio, tipo do talo de buriti
Mauritia-vinifera.
BRONQUEÍTE E TRANQUEÍTE
Causas: Correntes de ar, aves em local de ar não renovado, bruscas mudanças de
temperaturas.
Sintomas: A ave perde o apetite, narinas obstruídas, bico aberto, rouquidão e catarro, a ave
não canta e fica agitada.
Tratamento: Separar o pássaro, colocando-o em uma temperatura de 30C. Avitrin
Antibiótico, Norkill, Enro Flec 10 ou Linko Spectin na água de beber.
ASPERGILOSE E MICOTOXICOSE
Os fungos são os maiores inimigos da criação. É uma doença de elevada mortalidade,
talvez a que mais mata filhotes do terceiro ao 12 dias de vida, provocada pelos fungos
Aapergillus fumigatus, Aspergillus flavus e Aspergillus glaucus. Os sintomas são: diarréia
meio esverdeada, sede intensa, abatimento, tosse, febre, inapetência, crise de respiração
com catarro, o pássaro fica abrindo e fechando o bico e expulsando catarro do nariz.
Manifestações diarréias crônicas de cor amarelada também são comuns.
O grande problema ainda é que ela nos filhotes quase sempre vem associada a outra
doença, notadamente a colibacilose e mycoplasmose. O diagnóstico pode ser feito através
de microscópio, examinando a secreção catarral ou um esfregaço das vias respiratórias.
36. A profilaxia de um modo geral é não se ministrar aos pássaros comidas úmidas, mofadas ou
vencidas. Não mantê-los em ambientes úmidos e mal ventilados. A umidade nas gaiolas e
no ambiente são as principais causas dessa doença. Os esporos (sementes de fungos) ficam
no ar, à espera de algum ambiente úmido para ali formar uma colônia de fungos.
É muito difícil conseguir a cura. Existe terapia específica, porém não consegue atingir
eficientemente o tipo de lesão granulomatosa formada na ave em diferentes órgãos. Existe
medicamento fungicida natural, extraído de vegetais e também o proprionato de cálcio,
administrado misturado às sementes à base de um grama por quilo, para impedir o
desenvolvimento desse fungo e conseqüentemente formação de suas micotoxinas, principal
causadora de moléstias.
Podemos até terminar com os fungos, aquecendo no forno as sementes, todavia as
micotoxinas são termoestáveis, ou seja, resistentes ao calor e tem um caráter acumulativo,
isto é, cada vez que a ave ingere a micotoxina ela é depositada no seu organismo, não sendo
eliminada facilmente.
As micotoxinas causam mortalidade em adultos e filhotes, baixa fertilidade, queda de
resistência à doenças por atingir órgãos imunes etc. Interessante fazer periodicamente a
fumigação ou seja retirar os pássaros do criatório e através de um fungicida em fumaça seja
retirar os pássaros do criadouro e através de um fungicida em fumaça utilizado em granja
de frangos para exterminar os fungos do ambiente.
ASMA
Causas: Sternostoma tracheacolum. Poeira, friagem, alimentos condimentados, gaiolas
sujas, mudanças no clima e má ventilação do criadouro.
Sintomas: Respiração difícil acesso asmático freqüente e ofegante. Em casos muito graves
imobilidade, olhos entreabertos, penas soltas respiração acelerada intermitente com emissão
de pequenos gemidos. Evolui rapidamente para sua forma crônica se não for tratada
adequadamente.
Tratamento: Eliminar imediatamente frio, vento, poeira, úmidade. Colocar a ave em gaiola
com temperatura de 30C. Se o pássaro apresentar crises agudas, na hora da crise
administrar gotas de adrenalina a 1./10.000. Manter a gaiola coberta e fazer uso de um
inalador com solução de Tylan apresenta ótimos resultados. O tratamento com R-Trill vem
possibilitando bom resultado em muitos casos.
Prevenção: Evitar lugares úmidos e sujeitos a ventos frios. Mudanças bruscas de
temperatura.
ACARÍASE RESPIRATÓRIA
Causas: Ataque do ácaro Stermostoma tracheaculum, nas vias respiratórias. A transmissão
normalmente se dá nas exposições, torneios e na introdução de novas aves no criatório.
37. Pode ser transmitida por pássaros livres que tenham acesso ao criatório. É comum a
aproximação de pardais quando as gaiolas estão fora para treinamento ou banhos de sol.
Sintomas: Respiração penosa, curta, com o pássaro abrindo e fechando o bico
constantemente. O pássaro passa a se alimentar menos e emagrece.
Tratamento: Isolar imediatamente o pássaro apresentando esses sintomas. Ministrar G-Trox
ou Ivomecpour-on em todo o plantel em duas doses com intervalo de 15 dias. Desinfetar
todo o criatório, preferencialmente pintando as paredes com cal virgem. Aplicar Front-Line
Spray na dose de 2 gotas no dorso das aves, repetindo a dose 7 dias e 15 dias após a
primeira dose, apresenta bom resultado..
Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os
parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen
Canto e Fibra (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os
piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de
insetos. Evitar expor os pássaros a riscos de contágio. Colocar em quarentena todo o
pássaro que participar de uma exposição ou torneio.
ÁCAROS VERMELHOS
Causas: Parasita Dermanysus gallinae. Estes parasitas causam grandes problemas na
reprodução. Chamados piolhos vermelhos por serem hematófagos e apresentarem côr
vermelha quando cheios de sangue. São comumente encontrados em pombos e galinhas
podem ter sua presença despercebida por um longo período no criatório. É um parasita
noturno, se protegendo e reproduzindo em frestas, rachaduras e vãos, durante o dia. Seu
ciclo de vida pode ser completado em uma semana. Em criadouros pode permanecer por 6
meses, após a retirada das ave. A transmissão do problema se dá através de objetos
"contaminados" como: gaiolas, comedouros, capas de gaiolas, outros acessórios e pelo
próprio trânsito de pessoas de um criadouro a outro.
A ave não dorme direito, se estressando e perdendo nutrientes para o parasita. Podem
causar: diminuição da eficiência reprodutiva nos machos, diminuição da postura nas
fêmeas, diminuição da velocidade de crescimento dos filhotes, fraqueza, letargia, e
diminuição de apetite
Sintomas: Estes ácaros, durante o dia se escondem nas ranhuras dos poleiros, molas das
portas e buracos na parede ou teto. Durante o dia, principalmente nos banhos de sol, não
são observados e os pássaros ficam tranqüilos. Ataca as aves á noite. Durante a noite os
pássaros ficam agitados e não param de se bicar tentando se livrar dos parasitas.
Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Front-line Spray . Há criadores que
pulverizam com o inseticida SBP, o que não recomendamos por não termos vivido a
experiência. Tratar com G-TROX ou aplicar Ivomec Pour-on na dose de 1 gota no dorso
das aves apresenta bom resultado. Desinfetar o criatório.
Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os
parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre
38. qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos
pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos.
ÁCAROS DE TRAQUÉIA
Os Acáros de Traquéia(S.Tracheacolum) são pequenos parasitas, especialmente das vias
respiratórias superiores, que podem ser vistos até mesmo à olho nu ou com auxílio de uma
lupa. Irritam a mucosa das àreas que atacam tais como: traquéia, pulmões, sacos aéreos,
chegando mesmo à atingir os ossos pneumáticos. Eles ao atacarem essas àreas nas quais se
instalam, produzem lesões pois, alimentam-se de sangue(HEMATÓFAGOS), causando
patologias por si só e abrindo caminho para infecções por bactérias, vírus, fungos e
mycoplasmas oportunistas. Quando da incidência desse problema deve-se melhorar o
sistema de ventilação pois, com uma melhor ventilação, melhoramos a aeração e circulação
de ar eliminando partículas em suspensão no ar do criadouro. Os ácaros em um criadouro
podem ser trazidos por aves novas introduzidas¹ e que não tenham sido submetidas à
quarentena em ambiente separado do criadouro ou por correntes de ar mal distribuídas ou
podem existir naturalmente no ambiente, onde alimentam-se de detritos e de maneira
oportunista, podem infectar as aves. Um excesso de população também pode levar à
problemas de má qualidade do ar pois, aumenta a quantidade de partículas em suspensão no
ar do criadouro. Uma forma de tratamento é o uso da Ivermectina(Ivomec® ) e outro
método é o uso de inseticida aerosol à base de piretrinas, tipo SPB® . O inseticida deve ser
desse tipo pois, é menos tóxico. O método é simples, coloca-se a(s) ave(s) em uma gaiola,
cobre-se a gaiola e aplica-se um ou dois jatos do inseticida dentro da gaiola para que a(s)
ave(s) inalem o produto durante uns cinco minutos. Esse método mostra-se eficiente,
especialmente como tratamento de emergência em aves já parasitadas por ácaros.
Os principais sintomas são:
Dificuldade respiratória.
Tosse e a ave emite sons como gemidos, dando a impressão que está engasgada.
A ave perde a voz.
A ave abre muito o bico e o limpa constantemente no puleiro.
Em casos de infestação extrema pode ocorrer a morte da ave por asfixia mecânica.
As formas de se evitar esse tipo de "inimigo" da saúde nossas aves são:
Um bom manejo higiênico do criadouro.
Quarentena de novas aves.
39. Aplicação de produto preventivo como, por exemplo, a Ivermectina, que combate não só o
ácaro de traquéia, mas, também outros endo e ectoparasitas. Boa ventilação e renovação do
ar, mas, sem correntes de ar passando diretamente pelas gaiolas, pois, essas correntes
podem carrear ácaros e outros agentes infectantes.
Isolamento de aves infestadas do ambiente do criadouro, aliás, para qualquer patologia
deve-se retirar o indivíduo do criadouro.
Eliminação das aves mortas, de preferência incinerando-as.
É possível que a água de bebida seja uma fonte de infestação, portanto, temos que ter
cuidado com a higiene dos bebedouros.
Minha experiência com Ácaros de Traquéia
Vou descrever a experiência mais recente acontecida no Criadouro de Canários de um
amigo. Algumas aves começaram a tossir e agirem como se estivessem engasgadas.
Passados alguns dias 06 aves morreram. Ele ligou relatando-me o fato e como não podia,
naquele momento, ir até o seu criadouro, o aconselhei á levar 02 aves que apresentavam os
mesmos sintomas a um veterinário, nosso conhecido, que tem especialidade em aves. O
diagnóstico² foi ácaro de traquéia. O tratamento recomendado foi o uso do SBP®, como
descrito acima. Agora estamos fazendo também uma nova aplicação da Ivermectina³,
fazendo a aplicação, repousando 15 dias e repetindo a aplicação. Os grandes vilões nesse
caso foram encontrados:
1 - Excesso de aves no criatório.
2 - Má ventilação.
Esses problemas são facilmente resolvidos com a diminuição da população de aves no
criadouro (ou aumento do criadouro em si para comportar a população requerida) e com
uma melhoria da circulação do ar.
Conclusão
Devemos ter cuidado com o manejo e sanidade de nossos plantéis e criadouros pois,
descuidos e falta de atenção para detalhes como: a correta ventilação, higiene, quarentena
,etc.; podem ser o diferencial entre o fracasso e o sucesso na criação. Devemos sempre
procurar orientação profissional, pois, teremos maior precisão no diagnóstico e no
tratamento, conseguindo assim, melhores resultados e eliminando os agentes causadores
das anormalidades e patologias.
Notas:
1 - Além dos passeriformes também afetam outras espécies como pinzones, agapornis e
outros psitacídeos. Não é recomendável ter várias espécies em um mesmo ambiente se
pretendemos realizar uma quarentena rigorosa.
40. 2 - Seria interessante também realizar um diagnóstico diferencial para o Syngamus
trachea(verme vermelho de traquéia), para ter-se precisão no tratamento. Se bem que o tipo
de tratamento é o mesmo para ambos os parasitas, apesar da menor gravidade com relação
ao S. trachea por tratar-se de um nematóide.
3 - Com relação à dosagem específica da Ivermectina, existem estudos que dizem que não
devemos ultrapassar 0.1ml/kg. Existem relatos de que o uso em dosagens incorretas pode
causar cegueira em bois, cães, e tem sido observada em aves pequenas. Mas, o que temos
observado na prática em anos de criação de canários é que não houve um único caso desses
em vários plantéis.
ÁCAROS DAS PENAS
Causas: Parasita Syrongophilus bicectinata
Em ambiente natural é comum a presença de alguns piolhos brancos/amarelados, que,
normalmente não são visíveis, sendo residentes naturais, que são até benéficos para os
pássaros, pois removem células mortas das penas e pele e até determinadas bactérias.
Quando a higiene é relaxada no criatório, o acumulo de sujeira e de fezes formam o
ambiente propício para o desenvolvimento de uma superpopulação de parasitas que passam
a incomodar a ave. Há casos, inclusive de fêmeas que abandonam o choco por se sentirem
incomodadas, embora esses piolhos não se alimentem do sangue dos pássaros. As
reinfestações podem acontecer a qualquer momento. Pardais e outros pássaros contribuem
para o ressurgimento de novos focos.
Sintomas: O pássaro passa a se coçar seguidamente ficando irrequieto na gaiola. As cerdas
ficam com aspecto "roído", quebradas, imperfeitas e sem brilho. Dependendo da quantidade
de ácaros, podem comprometer o vôo. Para verificar se a ave está sendo atacada por ácaros,
pegue-a e observe com a sua asa aberta contra a luz.
Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Front-line Spray. Há criadores que
pulverizam com o inseticida SBP, o que não recomendamos por não termos vivido a
experiência. Produtos à base de Ivermectina não costumam apresentar bom resultado.
Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os
parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre
qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos
pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos.
ÁCARO KNEMIDOCOPTES
Causa sarna de bicos, penas, e pés.