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1. RESPOSTA TÉCNICA
Título
Criação comercial de calopsitas
Resumo
Informa sobre criação comercial de calopsitas.
Palavras-chave
Calopsita; psitacídeo
Assunto
Agricultura e pecuária
Demanda
Deseja obter informações sobre criação comercial de calopsitas.
Solução apresentada
Originária da Austrália, a calopsita é um Psitacídeo da família das Cacatuas. Na natureza
alimenta-se de sementes, além de frutos e insetos. Diferentemente dos outros Psitacídeos que
preferem o topo das árvores, costuma alimentar-se no chão.
Descrita cientificamente pela primeira vez em 1792, a Calopsita começou a fazer parte dos
aviários europeus apenas em 1884 e teve maior expansão a partir de 1949 com o surgimento
da primeira mutação, a Arlequim, na Califórnia.
Figura 1 – Calopsita.
Fonte: Portal - Família Pet <http://familiapet.uol.com.br/aves/aves/calopsita_ficha.htm >
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2. Mede cerca de 30 cm, é um psitacídeo da família das Cacatuas.
Costuma se alimentar de sementes, mas os frutos e insetos também estão no seu cardápio.
Gosta mesmo é de se alimentar no chão e não no topo das árvores como as outras aves de
sua espécie.
Quando criada em cativeiro, a reprodução acontece o ano todo. Já na natureza, costuma se
reproduzir nas épocas de chuvas, até porque os alimentos aparecem mais fartamente. Procura
geralmente um eucalipto que esteja próximo a água e faz seu ninho em algum buraco já
existente na árvore.
Figura 2 – Calopsita.
Fonte: Animal Raro <http://www.animalraro.hpg.ig.com.br/aves/calopsita.htm >
Suas cores:
Na natureza a Calopsita é cinza com as bordas das asas brancas, bochechas vermelhas, crista
amarelo – acinzentado nas fêmeas e, amarelo nos machos, que também apresenta a cabeça
dessa cor.
Os criadores chamam de padrão silvestre ou normal. Quando surgem aves mutantes na
natureza, ostentando outras combinações de cores, dificilmente sobrevivem.
Elas são vítimas mais fáceis de predadores, pois a coloração diferente ganha destaque e
colabora para uma visualização mais rápida da ave. A partir do padrão silvestre, a criação
selecionada fixou diversos padrões e também muitas variedades que se caracterizam pela
mescla de padrões distintos.
A crista do macho é diferente da fêmea. A dos machos costuma ser amarela, com a cabeça
amarela e na fêmea costuma ser cinza amarelada e a cabeça cinza. Uma mancha vermelha
circular, nas laterais das faces das Calopsitas, é uma característica, mas são sempre mais
suaves nas fêmeas.
O contraste da cor negra na cauda parece deixar as outras cores se sobressaírem ainda mais.
Mas essa é uma característica só dos machos, pois as fêmeas misturam o negro e o amarelo,
na parte mais baixa da cauda.
São inúmeras as cores das Calopsitas. Muitas delas surgiram a partir da fixação de mutações
feitas pelos criadores.As que são encontradas na natureza têm o corpo cinza com a borda das
asas brancas. Podemos dizer que essas são as originais.
Outras cores são:
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3. • Arlequim - parte das penas em cinza e amarelo claro, cabeça amarelo forte, bochechas
vermelhas e crista amarela;
• Canela - cor cinza substituída pelo marrom;
• Cara Branca - macho com cabeça branca, crista cinza e bordas das asas brancas e
fêmea com corpo cinza, bordas das asas brancas e face interior da cauda com estrias
pretas e brancas;
• Fulvo - olhos vermelhos, corpo canela pálido com difusão de amarelo suave e face
amarelo forte;
• Lutino - cor predominante branco com olhos e bochechas vermelhas e crista e cabeça
amarelas;
• Pérola - faces amarelas salpicadas de cinza, crista amarela riscada de cinza, penas das
costas do branco ao amarelo, cauda amarela e peito e barriga listrados de amarelo e
cinza;
• Prata Recessivo - olhos vermelhos e corpo prateado e
• Prata Dominante - olhos pretos, face e crista em tom de amarelos forte e bochechas
vermelhas.
Diferenças entre machos e fêmeas:
• Padrão Normal: Macho tem cabeça amarela e crista um tom de amarelo mais forte.
• Padrão Canela: Macho mais escuro;
• Padrão Pérola: O macho maduro perde quase totalmente o perolado;
• Padrão Lutino: Macho não tem estrias amarelas na face inferior da cauda;
• Padrão Arlequim: Macho não tem listras e nem estrias amarelas na cauda.
• Padrão Cara Branca: Macho tem cabeça branca;
• Padrão Fulvo: É um dos padrões em que é mais difícil notar o dimorfismo. Via de regra,
a fêmea tem cores mais brilhante;
• Padrão Cara Amarela: A principal diferença é o amarelo da bochecha, que é mais forte
no macho.
Figura 3 – Calopsita.
Fonte: Animal Raro <http://www.animalraro.hpg.ig.com.br/aves/calopsita.htm >
Alimentação:
Diariamente oferecer composto de 20% de alpiste, 50% de painço, 15% de arroz com casca,
10% de aveia e 5% de girassol;
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4. De duas a três vezes por semana, oferecer ração para cães, frutas e legumes em pedaços e
verduras como couve, almeirão, espinafre, chicória, bem lavados. Em dias alternados, oferecer
milho verde, mas se houver filhotinhos, passar a oferecer todos os dias.
Os grãos germinados de girassol, painço, aveia com casca, milho seco, trigo e arroz sem
casca, pão duro, os integrais e os secos também devem ser dados.
Já a areia grossa e lavada e farinha de ostras ajudarão na digestão e serão excelentes fontes
de cálcio. Ainda deve ser dado o carvão vegetal em pedaços ou moído, misturado com areia e
com farinha de ostras.
Os ossos de siba não devem ser esquecidos também.
A alimentação dos filhotes é a mesma dos adultos, acrescida de milho verde diariamente.
Reprodução:
Na natureza reproduz-se nas épocas das chuvas, quando os alimentos são mais abundantes.
Em cativeiro, a reprodução ocorre o ano todo. Faz seu ninho em buracos já existentes no
tronco das árvores, geralmente em eucaliptos próximos à água.
A Calopsita reproduz tanto se estiver em viveiro coletivo como se estiver apenas um casal no
ambiente. Esta última opção é a mais simples e, portanto a mais recomendada. A idade mínima
para o acasalamento é de um ano.
Está apta a reproduzir o ano todo, mas o mais comum que o faça durante a primavera e o
verão. O ideal é que não acasale mais de duas vezes ao ano, pois desgasta as aves. Instale na
tela da gaiola ou do viveiro um ninho de madeira tipo caixa, medindo cerca de 35 cm X 20cm X
20cm (não há necessidade de oferecer material para forração).
O macho se exibe para a fêmea, levantando a abaixando a crista, cantando e abrindo as asas.
Então ele entra no ninho e a fêmea o segue. Durante cinco ou dez minutos, o macho esfrega a
cloaca na da fêmea, que emite um som contínuo e baixo. Durante vários dias, o episódio pode
repetir.
A postura costuma se iniciar de uma a duas semanas após a união do casal. Normalmente são
botados uma média de cinco ovos, com intervalos de cerca de dois dias. A incubação dos ovos
varia de 17 a 22 dias. O macho deve permanecer com a fêmea, pois a ajuda a cuidar dos ovos
e dos filhotes. Com oito semanas de vida, os filhotes devem ser transferidos para o “viveiro de
filhotes”, que deve ser mais espaçoso que o dos adultos para permitir bastante exercício de
vôo. As dimensões podem ser de 4m x 3m x 2m.
Instalações:
Gaiolões de 1 x 0,4 x 0,5 m para 1 casal, e um ninho de madeira do lado de fora compondo
uma caixa horizontal com 20 x 20 cm de frente De preferência com uma entrada redonda e 35
cm de comprimento.
Dois poleiros de diâmetros diferentes, variando de 1,5 a 2,5 cm, instalado em local ventilado,
mas sem correntes de ar. É preciso que receba o sol da manhã.
Já os viveiros devem ter de 3 x 1 x 2 m para 1 casal e de 4 x 3 x 2 m para os filhotes. Podem
ser de tijolos de barro rebocados, de alvenaria, de placas de cimento, de blocos de cimento
revestidos de argamassa, com cobertura de telhas de cerâmica em 1/3 do viveiro, protegendo
os comedouros e ninho, tela galvanizada de cerca de ½ polegada e fio 18 e piso de concreto
com escoamento para água. Dois poleiros de madeira, vasilhas de barro ou louça e uma
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5. separada para tomar banho. a ventilação e o recebimento da luz do sol devem ser idênticas as
das gaiolas.
Temperamento:
Calopsitas podem assobiar e falar. Alguns especialistas dizem que elas podem apenas ou falar
ou assobiar e outros especialistas dizem que elas apenas podem assobiar, não conseguindo
falar. Mas isso varia de exemplar para exemplar. Algumas pessoas usam fitas cassetes, CDs e
programas de computador para ensinar suas calopsitas a falar. São divertidos e leais ao
bando, do qual o dono passa a fazer parte.
Extremamente pacífica e dócil, seja com outras aves ou mesmo com seres humanos. Ela não é
nada agressiva e se o viveiro não for muito pequeno, convive bem inclusive com aves menores.
Mesmo sendo maior que os outros habitantes de um viveiro, a Calopsita não tenta dominar o
local, afugentando as outras aves dos poleiros ou ninhos.
Com pessoas, a relação também é amigável e participativa. É um bicho de estimação para toda
a família. Elas se apegam às pessoas da casa e normalmente quando as vêem assobiam e se
aproximam das grades da gaiola para as observarem de perto e acompanharem atentamente
suas atividades.
A única recomendação sobre o convívio entre Calopsitas e humanos é em relação às crianças
pequenas e pouco acostumadas a lidar com aves. É preciso orientá-las para evitar que
machuquem as Calopsitas caso as peguem na mão e também para que não as estressem com
atitudes bruscas, como bater no viveiro ou gritar muito alto. Atitudes como essas deixam as
aves apavoradas e desconfiadas com pessoas.
As Calopsitas adoram assobiar – especialmente os machos. Quando se assobia para uma
Calopsita, ela normalmente responde e inicia uma simpática “conversação”. Aprendem até a
assobiar músicas. Ainda que não seja o forte da espécie, a Calopsita pode aprender a falar.
Com muito treinamento é possível que emita pelo menos algumas palavras.
O estilo dócil e interativo da Calopsita permite que ela tenha um convívio extremamente
próximo aos donos. Se acostumada desde pequena ao contato com o homem, ela aceita ser
pega na mão e ficar no ombro. Ainda que muitos criadores não recomendem criar a Calopsita
solta, pois temem que seja pisada por alguém ou atacada por algum outro bicho, há muita
gente que opta por isso, pelo menos por um tempo.
Ativa e brincalhona, a Calopsita parece mesmo ser uma ave feliz. Estão sempre brincando,
pulando de um poleiro para outro, subindo na grade ou divertindo-se na banheira. É muito
gratificante ter Calopsitas, elas estão sempre em movimento, alegrando o ambiente. Mas,
mesmo sendo adepta de muitas brincadeiras, as Calopsitas não costumam ser destrutivas.
Diferente de alguns Psitacídeos que roem os poleiros e os brinquedos, a Calopsita não é de
estragar os objetos que usa.
Conclusões e recomendações
Com sua beleza exótica destacada pela crista ereta, a Calopsita ornamenta o ambiente onde
está. Torna-se ainda mais atraente por seu tamanho médio, de cerca de 30 cm, e grande
diversidade de cores. Permite compor viveiros com diversidades de espécies, uma
característica restrita à maioria das aves, aceitando com o seu temperamento pacífico também
o convívio com pássaros menores. As qualidades vão além. Não incomoda a vizinhança por
não ser barulhenta e pode nos trazer alegrias adicionais, aprendendo a falar e assobiar. É
ainda fácil de criar, pois come pouco, reproduz-se com facilidade e não é destruidora, além de
viver bastante, em média 20 anos.
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6. É uma ave muito fácil de criar e por isso é recomendada para iniciantes e para quem quer ter
pouco trabalho. É resistente a doenças. São aves fortes, que raramente adoecem. Com tanta
saúde, a Calopsita vive muito e comumente morre de velhice.
Outra facilidade dessa ave é a procriação. Por ser criada há muito tempo em cativeiro, a
Calopsita já está predisposta a reproduzir fora do ambiente natural sem grandes exigências.
Não que a Calopsita dispense todas e quaisquer exigências para acasalar e botar ovos, mas as
poucas de que precisa além de serem simples já são conhecidas, eficientes e estão divulgadas
em literatura.
O fato de o macho e a fêmea diferirem fisicamente na maioria das mutações auxilia muito
quando se pretende formar um casal. A Calopsita também é uma ótima mãe. Não é daquelas
que rejeitam chocar os ovos ou cuidar dos filhotes e acabam por transferir ao dono parte das
tarefas da maternidade. Muito pelo contrário.
Até na dieta a Calopsita simplifica a vida dos donos e criadores. É composta principalmente por
ração e sementes, que se encontra com facilidade nas lojas, e os complementos são comuns,
como frutas e verduras.
Existe publicada em nosso Portal (<http://sbrt.ibict.br>), Resposta Técnica sobre psitacídeo.
Basta digitar a palavra psitacídeo no campo palavra-chave e clicar em busca. Ou acessá-la
através do link abaixo:
Informações sobre as exigências da legislação para a criação comercial de psitacídeos:
requisitos básicos da criatória em si, espécies permitidas e procedimentos para o registro de
criação. http://sbrt.ibict.br/upload/sbrt2749.html
Recomenda-se que o cliente busque informações complementares através de todos os sites
citados nessa resposta técnica. É importante, se possível, contar com o apoio de um
profissional especialista na área, para elaboração de um projeto adequado às condições
desejadas.
Para maiores informações sobre o assunto, recomenda-se que entre em contato com a
Embrapa Aves e Suínos:
Embrapa Suínos e Aves
End.: Rod. BR 153, km 110, Vila Tamanduá. Concórdia - SC.
Telefax: (49) 3441-0400
E-mail: sac@cnpsa.embrapa.br
Site: <http://www.cnpsa.embrapa.br>
Fontes consultadas
ANIMAIS raros: Calopsita. Disponível em:
<http://www.animalraro.hpg.ig.com.br/aves/calopsita.htm > Acesso em: 24 out. 2006.
FAMÍLIA Pet: Calopsita. Disponível em:
<http://familiapet.uol.com.br/aves/aves/calopsita_ficha.htm > Acesso em: 24 out. 2006.
SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Informações sobre as exigências da
legislação para a criação comercial de psitacídeos: requisitos básicos da criatória em si,
espécies permitidas e procedimentos para o registro de criação. São Paulo, Disque-
Tecnologia/CECAE/USP, Maio 2006. Disponível em: <http://sbrt.ibict.br/upload/sbrt2749.html
> Acesso em: 23 out. 2006.
Elaborado por
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Resposta Técnica produzida pelo Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas / SBRT
http://www.sbrt.ibict.br
7. Patrícia Regina Cardoso da Silva
Nome da Instituição respondente
Rede de Tecnologia da Bahia - RETEC/BA
Data de finalização
23 out. 2006
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