1. Antraz é uma infecção aguda causada por uma bactéria que forma
esporos, o Bacillus anthracis. Essa infecção foi um dos primeiros
acidentes de trabalho dos antigos separadores de lã, no entanto
houve poucos casos nos últimos cem anos.
O Antraz tem maior predominância nas zonas rurais, pois tal doença é
mais comum entre os animais.
2. O antraz é uma infecção provocada pela bactéria Bacillus antracis. Os
casos humanos devem-se normalmente à exposição à carne ou pele
de animais infectados. As vítimas geralmente têm profissões
relacionadas com a manipulação de animais ou de produtos
derivados. O bacilo causador da infecção por antraz não é contagioso,
sendo pouco provável que se espalhe de uma pessoa para outra. A
infecção quase sempre se dá por exposição a esporos, os quais
podem entrar no corpo humano através dos intestinos, pulmões ou
pele.
3. Antraz cutâneo (pele) - A forma cutânea do antraz é a forma mais
comum (95% dos casos), e se inicia como uma mancha vermelho
acastanhada que aumenta com uma vermelhidão importante ao redor,
levando a formação de bolhas e endurecimento da pele. O centro da
mancha então torna-se um ferida que dá saída a secreção
sanguinolenta, seguida por a formação de uma crosta escurecida. Há
gânglios aumentados na região, e pode haver dor muscular, dor de
cabeça, febre, náusea e vômitos. Aproximadamente 10% dos casos
evoluem para a forma o que pode ser fatal
4. O Antraz pulmonar ocorre depois da aspiração da bactéria e se
desenvolve pela multiplicação desta nos gânglios do tórax. É
frequente a presença de sangramentos e de morte tecidual. Os
sintomas se parecem com o de uma gripe no início, depois há
dificuldade respiratória e febre muita alta. A doença geralmente leva
ao coma e à morte. O antraz gastrointestinal ocorre no intestino e
provoca sangramentos e necroses em gânglios próximos ao órgão.
Quando a infecção é generalizada são comuns casos de morte.
5. Agora muito raro, antraz do intestino é o resultado da ingestão de
carne contaminada na presença de algum pequeno ferimento na
faringe ou no intestino (de forma que a bactéria pode invadir a parede
intestinal). A toxina bacteriana causa sangramento e necrose dos
gânglios próximos ao intestino. A infecção generalizada ocorre então,
com alta taxa de mortalidade.
6. A detecção e identificação da bactéria podem ser feitas por testes
bacteriológicos, sorológicos ou imunológicos. Estudam-se novos
métodos diagnósticos, especialmente pelo uso da reação da
polimerase em cadeia. Esses novos métodos seriam muito úteis na
prática clinica devido a sua rapidez e precisão.
7. As maneiras de se prevenir o antraz é evitar o contato com animais e
produtos contaminados e evitar comer carne mal cozida. Outra forma
de prevenção é a vacina. A vacina tem 93% de eficácia na proteção
contra a infecção. Depois de tomada a primeira dose deve se tomar as
doses subsequentes em 2 e 4 semanas, e 6, 12 e 18 meses da data da
primeira vacinação. Assim que completo o esquema, reforços são
recomendados anualmente. Vale a pena lembrar que a vacina de
animais não deve ser usada em humanos.
8. O tratamento baseia-se na administração de antibióticos (penicilina,
doxiciclina, ciprofloxacina e outros). Para ser efetivo, o tratamento
deve ser iniciado precocemente. Caso não tratado o antraz pode ser
fatal. Para as pessoas com o antraz e sem os sintomas, pode-se fazer
a profilaxia com doxiciclina ou ciprofloxacina por seis semanas. O
tratamento deve ser expandido para os casos de antraz respiratório
para que ocorra a eliminação pulmonar dos esporos, que não são
afetados pela presença dos antibióticos.
9. É uma doença infecciosa grave, não contagiosa, causada por toxina
produzida pela bactéria Clostridium tetani. Sob a forma de esporos,
essa bactéria é encontrada nas fezes de animais e humanos, na terra,
nas plantas, em objetos e pode contaminar as pessoas que tenham
lesões na pele (feridas, arranhaduras, cortes, mordidas de
animais,etc.) pelas quais o microorganismo possa penetrar.
10. A contaminação pode acontecer via cordão umbilical, quando a
gestante não foi imunizada (nunca tomou vacina antitétano). Não
possuem e não passam para o bebê os anticorpos que poderia ter
produzido se tivesse sido vacinada.
11. É adquirido através da contaminação de algum ferimento (cortes,
queimaduras, necroses), por menor que seja, pelos esporos da
bactéria. Quando essa bactéria encontra as condições favoráveis, se
multiplica e produz a neurotoxina tetanospasmina.
12. São sintomas do tétano rigidez muscular em todo o corpo, mas
principalmente no pescoço, dificuldade para abrir a boca (trismo) e
engolir, riso sardônico produzido por espasmos dos músculos da
face. A contratura muscular pode atingir os músculos respiratórios e
pôr em risco a vida da pessoa.
13. A toxina produzida pela bactéria ataca principalmente o sistema
nervoso central. São sintomas do tétano rigidez muscular em todo o
corpo, mas principalmente no pescoço, dificuldade para abrir a boca
(trismo) e engolir, riso sardônico produzido por espasmos dos
músculos da face. A contratura muscular pode atingir os músculos
respiratórios e pôr em risco a vida da pessoa.
14. A melhor maneira de se prevenir o tétano é por meio da vacinação.
Após a primeira dose, deve-se esperar dez anos para tomar a
segunda. Tomar as duas doses da vacina contra tétano é essencial
para garantir a imunização.
Limpar bem todas as feridas e ferimentos e remover tecidos mortos
ou muito danificados (com detritos), quando apropriado, pode reduzir
o risco de desenvolver tétano. Se tiver se ferido em uma área externa
ou de uma forma em que o contato com o solo tenha sido provável,
entre em contato com seu médico sobre o possível risco de tétano.
15. O tratamento consiste em introduzir no organismo antibióticos,
relaxantes musculares, sedativos (para não induzir espasmos
musculares) e aplicação do soro anti-tetânico para casos onde há
necessidade de combater a doença mais rapidamente. É
extremamente importante evitar os estímulos colocando-os em locais
tranquilos, confortáveis e de fácil observação