SlideShare uma empresa Scribd logo
Antraz é uma infecção aguda causada por uma bactéria que forma
esporos, o Bacillus anthracis. Essa infecção foi um dos primeiros
acidentes de trabalho dos antigos separadores de lã, no entanto
houve poucos casos nos últimos cem anos.
O Antraz tem maior predominância nas zonas rurais, pois tal doença é
mais comum entre os animais.
O antraz é uma infecção provocada pela bactéria Bacillus antracis. Os
casos humanos devem-se normalmente à exposição à carne ou pele
de animais infectados. As vítimas geralmente têm profissões
relacionadas com a manipulação de animais ou de produtos
derivados. O bacilo causador da infecção por antraz não é contagioso,
sendo pouco provável que se espalhe de uma pessoa para outra. A
infecção quase sempre se dá por exposição a esporos, os quais
podem entrar no corpo humano através dos intestinos, pulmões ou
pele.
Antraz cutâneo (pele) - A forma cutânea do antraz é a forma mais
comum (95% dos casos), e se inicia como uma mancha vermelho
acastanhada que aumenta com uma vermelhidão importante ao redor,
levando a formação de bolhas e endurecimento da pele. O centro da
mancha então torna-se um ferida que dá saída a secreção
sanguinolenta, seguida por a formação de uma crosta escurecida. Há
gânglios aumentados na região, e pode haver dor muscular, dor de
cabeça, febre, náusea e vômitos. Aproximadamente 10% dos casos
evoluem para a forma o que pode ser fatal
O Antraz pulmonar ocorre depois da aspiração da bactéria e se
desenvolve pela multiplicação desta nos gânglios do tórax. É
frequente a presença de sangramentos e de morte tecidual. Os
sintomas se parecem com o de uma gripe no início, depois há
dificuldade respiratória e febre muita alta. A doença geralmente leva
ao coma e à morte. O antraz gastrointestinal ocorre no intestino e
provoca sangramentos e necroses em gânglios próximos ao órgão.
Quando a infecção é generalizada são comuns casos de morte.
Agora muito raro, antraz do intestino é o resultado da ingestão de
carne contaminada na presença de algum pequeno ferimento na
faringe ou no intestino (de forma que a bactéria pode invadir a parede
intestinal). A toxina bacteriana causa sangramento e necrose dos
gânglios próximos ao intestino. A infecção generalizada ocorre então,
com alta taxa de mortalidade.
A detecção e identificação da bactéria podem ser feitas por testes
bacteriológicos, sorológicos ou imunológicos. Estudam-se novos
métodos diagnósticos, especialmente pelo uso da reação da
polimerase em cadeia. Esses novos métodos seriam muito úteis na
prática clinica devido a sua rapidez e precisão.
As maneiras de se prevenir o antraz é evitar o contato com animais e
produtos contaminados e evitar comer carne mal cozida. Outra forma
de prevenção é a vacina. A vacina tem 93% de eficácia na proteção
contra a infecção. Depois de tomada a primeira dose deve se tomar as
doses subsequentes em 2 e 4 semanas, e 6, 12 e 18 meses da data da
primeira vacinação. Assim que completo o esquema, reforços são
recomendados anualmente. Vale a pena lembrar que a vacina de
animais não deve ser usada em humanos.
O tratamento baseia-se na administração de antibióticos (penicilina,
doxiciclina, ciprofloxacina e outros). Para ser efetivo, o tratamento
deve ser iniciado precocemente. Caso não tratado o antraz pode ser
fatal. Para as pessoas com o antraz e sem os sintomas, pode-se fazer
a profilaxia com doxiciclina ou ciprofloxacina por seis semanas. O
tratamento deve ser expandido para os casos de antraz respiratório
para que ocorra a eliminação pulmonar dos esporos, que não são
afetados pela presença dos antibióticos.
É uma doença infecciosa grave, não contagiosa, causada por toxina
produzida pela bactéria Clostridium tetani. Sob a forma de esporos,
essa bactéria é encontrada nas fezes de animais e humanos, na terra,
nas plantas, em objetos e pode contaminar as pessoas que tenham
lesões na pele (feridas, arranhaduras, cortes, mordidas de
animais,etc.) pelas quais o microorganismo possa penetrar.
A contaminação pode acontecer via cordão umbilical, quando a
gestante não foi imunizada (nunca tomou vacina antitétano). Não
possuem e não passam para o bebê os anticorpos que poderia ter
produzido se tivesse sido vacinada.
É adquirido através da contaminação de algum ferimento (cortes,
queimaduras, necroses), por menor que seja, pelos esporos da
bactéria. Quando essa bactéria encontra as condições favoráveis, se
multiplica e produz a neurotoxina tetanospasmina.
São sintomas do tétano rigidez muscular em todo o corpo, mas
principalmente no pescoço, dificuldade para abrir a boca (trismo) e
engolir, riso sardônico produzido por espasmos dos músculos da
face. A contratura muscular pode atingir os músculos respiratórios e
pôr em risco a vida da pessoa.
A toxina produzida pela bactéria ataca principalmente o sistema
nervoso central. São sintomas do tétano rigidez muscular em todo o
corpo, mas principalmente no pescoço, dificuldade para abrir a boca
(trismo) e engolir, riso sardônico produzido por espasmos dos
músculos da face. A contratura muscular pode atingir os músculos
respiratórios e pôr em risco a vida da pessoa.
A melhor maneira de se prevenir o tétano é por meio da vacinação.
Após a primeira dose, deve-se esperar dez anos para tomar a
segunda. Tomar as duas doses da vacina contra tétano é essencial
para garantir a imunização.
Limpar bem todas as feridas e ferimentos e remover tecidos mortos
ou muito danificados (com detritos), quando apropriado, pode reduzir
o risco de desenvolver tétano. Se tiver se ferido em uma área externa
ou de uma forma em que o contato com o solo tenha sido provável,
entre em contato com seu médico sobre o possível risco de tétano.
O tratamento consiste em introduzir no organismo antibióticos,
relaxantes musculares, sedativos (para não induzir espasmos
musculares) e aplicação do soro anti-tetânico para casos onde há
necessidade de combater a doença mais rapidamente. É
extremamente importante evitar os estímulos colocando-os em locais
tranquilos, confortáveis e de fácil observação

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

0508 ascaridíase, escabiose, pediculose - rose
0508 ascaridíase, escabiose, pediculose - rose0508 ascaridíase, escabiose, pediculose - rose
0508 ascaridíase, escabiose, pediculose - roselaiscarlini
 
Trabalho de Biologia - Doenças Bacterianas
Trabalho de Biologia - Doenças Bacterianas Trabalho de Biologia - Doenças Bacterianas
Trabalho de Biologia - Doenças Bacterianas Lúhh Sousa
 
Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactériasDoenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactériasRenata Caetano
 
Bactérias patogênicas
Bactérias patogênicasBactérias patogênicas
Bactérias patogênicasfloripa-lucas
 
Doenças bacterianas
Doenças bacterianasDoenças bacterianas
Doenças bacterianasProf Regina
 
Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactériasDoenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactériasRafael Serafim
 
Doenças Causadas Por Bactérias
Doenças Causadas Por BactériasDoenças Causadas Por Bactérias
Doenças Causadas Por BactériasSimone Miranda
 
Ectima contagioso
Ectima contagioso Ectima contagioso
Ectima contagioso gecoufba
 
trabalho de bio doenças completo parte 2
trabalho de bio   doenças completo parte 2trabalho de bio   doenças completo parte 2
trabalho de bio doenças completo parte 2eld09
 
Doenças: Toxoplasmose e Tuberculose
Doenças: Toxoplasmose e TuberculoseDoenças: Toxoplasmose e Tuberculose
Doenças: Toxoplasmose e TuberculoseFêe Oliveira
 
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Bacterioses
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre BacteriosesSlides da aula de Biologia (Renato) sobre Bacterioses
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre BacteriosesTurma Olímpica
 
Aula micose subcutanea e sporothrix
Aula    micose subcutanea e sporothrixAula    micose subcutanea e sporothrix
Aula micose subcutanea e sporothrixCatarina Leão
 
Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactérias Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactérias Nic K
 

Mais procurados (20)

0508 ascaridíase, escabiose, pediculose - rose
0508 ascaridíase, escabiose, pediculose - rose0508 ascaridíase, escabiose, pediculose - rose
0508 ascaridíase, escabiose, pediculose - rose
 
Trabalho de Biologia - Doenças Bacterianas
Trabalho de Biologia - Doenças Bacterianas Trabalho de Biologia - Doenças Bacterianas
Trabalho de Biologia - Doenças Bacterianas
 
Doenças bacterianas
Doenças bacterianasDoenças bacterianas
Doenças bacterianas
 
Proteoses
ProteosesProteoses
Proteoses
 
Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactériasDoenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactérias
 
Bactérias patogênicas
Bactérias patogênicasBactérias patogênicas
Bactérias patogênicas
 
Doenças bacterianas
Doenças bacterianasDoenças bacterianas
Doenças bacterianas
 
Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactériasDoenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactérias
 
Doenças bacterianas 1
Doenças bacterianas 1Doenças bacterianas 1
Doenças bacterianas 1
 
Doenças Causadas Por Bactérias
Doenças Causadas Por BactériasDoenças Causadas Por Bactérias
Doenças Causadas Por Bactérias
 
Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactériasDoenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactérias
 
Ectima contagioso
Ectima contagioso Ectima contagioso
Ectima contagioso
 
trabalho de bio doenças completo parte 2
trabalho de bio   doenças completo parte 2trabalho de bio   doenças completo parte 2
trabalho de bio doenças completo parte 2
 
Doenças: Toxoplasmose e Tuberculose
Doenças: Toxoplasmose e TuberculoseDoenças: Toxoplasmose e Tuberculose
Doenças: Toxoplasmose e Tuberculose
 
Cap 17 principais doenças bacterianas e fungias
Cap 17 principais doenças bacterianas e fungiasCap 17 principais doenças bacterianas e fungias
Cap 17 principais doenças bacterianas e fungias
 
Clostridioses
ClostridiosesClostridioses
Clostridioses
 
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Bacterioses
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre BacteriosesSlides da aula de Biologia (Renato) sobre Bacterioses
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Bacterioses
 
Aula micose subcutanea e sporothrix
Aula    micose subcutanea e sporothrixAula    micose subcutanea e sporothrix
Aula micose subcutanea e sporothrix
 
Micoses
MicosesMicoses
Micoses
 
Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactérias Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactérias
 

Destaque (9)

Cortar cubos
Cortar cubosCortar cubos
Cortar cubos
 
Poliedros
PoliedrosPoliedros
Poliedros
 
Exercícios de poliedros
Exercícios de poliedrosExercícios de poliedros
Exercícios de poliedros
 
Aula de microbiologia Prof. Gilberto de Jesus
Aula de  microbiologia Prof. Gilberto de JesusAula de  microbiologia Prof. Gilberto de Jesus
Aula de microbiologia Prof. Gilberto de Jesus
 
Microbiologia slide
Microbiologia slideMicrobiologia slide
Microbiologia slide
 
II.1 Vírus
II.1 VírusII.1 Vírus
II.1 Vírus
 
Introdução à microbiologia
Introdução à microbiologiaIntrodução à microbiologia
Introdução à microbiologia
 
Aula 01 Introdução a Microbiologia
Aula 01   Introdução a MicrobiologiaAula 01   Introdução a Microbiologia
Aula 01 Introdução a Microbiologia
 
Aula de microbiologia ppt
Aula de microbiologia   pptAula de microbiologia   ppt
Aula de microbiologia ppt
 

Semelhante a Antrazasdasd

Trabalho de doenças ocupacionais 0010
Trabalho de doenças ocupacionais 0010Trabalho de doenças ocupacionais 0010
Trabalho de doenças ocupacionais 0010prevencaonline
 
Microbiologia - Parte 3 (2).pdf
Microbiologia - Parte 3 (2).pdfMicrobiologia - Parte 3 (2).pdf
Microbiologia - Parte 3 (2).pdfTawaneBalsanuff
 
Trabalho biologia
Trabalho biologiaTrabalho biologia
Trabalho biologia2° PD
 
Trabalho biologia
Trabalho biologiaTrabalho biologia
Trabalho biologia2° PD
 
Tétano e Coqueluche Doenças bacterianas
Tétano e Coqueluche Doenças bacterianasTétano e Coqueluche Doenças bacterianas
Tétano e Coqueluche Doenças bacterianasDCRDANYLA
 
SLIDES 12 e 14 BACTERIOSES antibioticos.pptx
SLIDES 12 e 14  BACTERIOSES  antibioticos.pptxSLIDES 12 e 14  BACTERIOSES  antibioticos.pptx
SLIDES 12 e 14 BACTERIOSES antibioticos.pptxLuiz BORGES
 
Especialidade Biossegurança-doenças.pptx
Especialidade Biossegurança-doenças.pptxEspecialidade Biossegurança-doenças.pptx
Especialidade Biossegurança-doenças.pptxAlexandreJr7
 
Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactériasDoenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactériasCharles Carvalho
 
Trab Bio Doenças-Cotuca
Trab Bio Doenças-CotucaTrab Bio Doenças-Cotuca
Trab Bio Doenças-Cotucaeld09
 
Grandes Epidemias A Febre TifóIde E A Antraz
Grandes Epidemias   A Febre TifóIde E A AntrazGrandes Epidemias   A Febre TifóIde E A Antraz
Grandes Epidemias A Febre TifóIde E A Antrazcnaturais9
 
Biologia A, Profª Lara, 1ª Série - EM | Infecções bacterianas
Biologia A, Profª Lara, 1ª Série - EM | Infecções bacterianasBiologia A, Profª Lara, 1ª Série - EM | Infecções bacterianas
Biologia A, Profª Lara, 1ª Série - EM | Infecções bacterianasAlpha Colégio e Vestibulares
 
Principais bactérias anaeróbias de interesse clínico.pdf
Principais bactérias anaeróbias de interesse clínico.pdfPrincipais bactérias anaeróbias de interesse clínico.pdf
Principais bactérias anaeróbias de interesse clínico.pdfCheserDomingues
 
Doenças
DoençasDoenças
Doençaseld09
 
As principais parasitoses humanas
As principais parasitoses humanasAs principais parasitoses humanas
As principais parasitoses humanasLetícia Oliveira
 

Semelhante a Antrazasdasd (20)

Trabalho de doenças ocupacionais 0010
Trabalho de doenças ocupacionais 0010Trabalho de doenças ocupacionais 0010
Trabalho de doenças ocupacionais 0010
 
Microbiologia - Parte 3 (2).pdf
Microbiologia - Parte 3 (2).pdfMicrobiologia - Parte 3 (2).pdf
Microbiologia - Parte 3 (2).pdf
 
Trabalho biologia
Trabalho biologiaTrabalho biologia
Trabalho biologia
 
Trabalho biologia
Trabalho biologiaTrabalho biologia
Trabalho biologia
 
Tétano e Coqueluche Doenças bacterianas
Tétano e Coqueluche Doenças bacterianasTétano e Coqueluche Doenças bacterianas
Tétano e Coqueluche Doenças bacterianas
 
SLIDES 12 e 14 BACTERIOSES antibioticos.pptx
SLIDES 12 e 14  BACTERIOSES  antibioticos.pptxSLIDES 12 e 14  BACTERIOSES  antibioticos.pptx
SLIDES 12 e 14 BACTERIOSES antibioticos.pptx
 
Especialidade Biossegurança-doenças.pptx
Especialidade Biossegurança-doenças.pptxEspecialidade Biossegurança-doenças.pptx
Especialidade Biossegurança-doenças.pptx
 
7ano c trabalho
7ano c trabalho7ano c trabalho
7ano c trabalho
 
Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactériasDoenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactérias
 
Trab Bio Doenças-Cotuca
Trab Bio Doenças-CotucaTrab Bio Doenças-Cotuca
Trab Bio Doenças-Cotuca
 
dtp
dtp dtp
dtp
 
Trab de biologia
Trab de biologiaTrab de biologia
Trab de biologia
 
Tétano
TétanoTétano
Tétano
 
Grandes Epidemias A Febre TifóIde E A Antraz
Grandes Epidemias   A Febre TifóIde E A AntrazGrandes Epidemias   A Febre TifóIde E A Antraz
Grandes Epidemias A Febre TifóIde E A Antraz
 
Biologia A, Profª Lara, 1ª Série - EM | Infecções bacterianas
Biologia A, Profª Lara, 1ª Série - EM | Infecções bacterianasBiologia A, Profª Lara, 1ª Série - EM | Infecções bacterianas
Biologia A, Profª Lara, 1ª Série - EM | Infecções bacterianas
 
Principais bactérias anaeróbias de interesse clínico.pdf
Principais bactérias anaeróbias de interesse clínico.pdfPrincipais bactérias anaeróbias de interesse clínico.pdf
Principais bactérias anaeróbias de interesse clínico.pdf
 
Reino monera
Reino moneraReino monera
Reino monera
 
Doenças
DoençasDoenças
Doenças
 
As principais parasitoses humanas
As principais parasitoses humanasAs principais parasitoses humanas
As principais parasitoses humanas
 
Apresentação tétano
Apresentação tétanoApresentação tétano
Apresentação tétano
 

Antrazasdasd

  • 1. Antraz é uma infecção aguda causada por uma bactéria que forma esporos, o Bacillus anthracis. Essa infecção foi um dos primeiros acidentes de trabalho dos antigos separadores de lã, no entanto houve poucos casos nos últimos cem anos. O Antraz tem maior predominância nas zonas rurais, pois tal doença é mais comum entre os animais.
  • 2. O antraz é uma infecção provocada pela bactéria Bacillus antracis. Os casos humanos devem-se normalmente à exposição à carne ou pele de animais infectados. As vítimas geralmente têm profissões relacionadas com a manipulação de animais ou de produtos derivados. O bacilo causador da infecção por antraz não é contagioso, sendo pouco provável que se espalhe de uma pessoa para outra. A infecção quase sempre se dá por exposição a esporos, os quais podem entrar no corpo humano através dos intestinos, pulmões ou pele.
  • 3. Antraz cutâneo (pele) - A forma cutânea do antraz é a forma mais comum (95% dos casos), e se inicia como uma mancha vermelho acastanhada que aumenta com uma vermelhidão importante ao redor, levando a formação de bolhas e endurecimento da pele. O centro da mancha então torna-se um ferida que dá saída a secreção sanguinolenta, seguida por a formação de uma crosta escurecida. Há gânglios aumentados na região, e pode haver dor muscular, dor de cabeça, febre, náusea e vômitos. Aproximadamente 10% dos casos evoluem para a forma o que pode ser fatal
  • 4. O Antraz pulmonar ocorre depois da aspiração da bactéria e se desenvolve pela multiplicação desta nos gânglios do tórax. É frequente a presença de sangramentos e de morte tecidual. Os sintomas se parecem com o de uma gripe no início, depois há dificuldade respiratória e febre muita alta. A doença geralmente leva ao coma e à morte. O antraz gastrointestinal ocorre no intestino e provoca sangramentos e necroses em gânglios próximos ao órgão. Quando a infecção é generalizada são comuns casos de morte.
  • 5. Agora muito raro, antraz do intestino é o resultado da ingestão de carne contaminada na presença de algum pequeno ferimento na faringe ou no intestino (de forma que a bactéria pode invadir a parede intestinal). A toxina bacteriana causa sangramento e necrose dos gânglios próximos ao intestino. A infecção generalizada ocorre então, com alta taxa de mortalidade.
  • 6. A detecção e identificação da bactéria podem ser feitas por testes bacteriológicos, sorológicos ou imunológicos. Estudam-se novos métodos diagnósticos, especialmente pelo uso da reação da polimerase em cadeia. Esses novos métodos seriam muito úteis na prática clinica devido a sua rapidez e precisão.
  • 7. As maneiras de se prevenir o antraz é evitar o contato com animais e produtos contaminados e evitar comer carne mal cozida. Outra forma de prevenção é a vacina. A vacina tem 93% de eficácia na proteção contra a infecção. Depois de tomada a primeira dose deve se tomar as doses subsequentes em 2 e 4 semanas, e 6, 12 e 18 meses da data da primeira vacinação. Assim que completo o esquema, reforços são recomendados anualmente. Vale a pena lembrar que a vacina de animais não deve ser usada em humanos.
  • 8. O tratamento baseia-se na administração de antibióticos (penicilina, doxiciclina, ciprofloxacina e outros). Para ser efetivo, o tratamento deve ser iniciado precocemente. Caso não tratado o antraz pode ser fatal. Para as pessoas com o antraz e sem os sintomas, pode-se fazer a profilaxia com doxiciclina ou ciprofloxacina por seis semanas. O tratamento deve ser expandido para os casos de antraz respiratório para que ocorra a eliminação pulmonar dos esporos, que não são afetados pela presença dos antibióticos.
  • 9. É uma doença infecciosa grave, não contagiosa, causada por toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani. Sob a forma de esporos, essa bactéria é encontrada nas fezes de animais e humanos, na terra, nas plantas, em objetos e pode contaminar as pessoas que tenham lesões na pele (feridas, arranhaduras, cortes, mordidas de animais,etc.) pelas quais o microorganismo possa penetrar.
  • 10. A contaminação pode acontecer via cordão umbilical, quando a gestante não foi imunizada (nunca tomou vacina antitétano). Não possuem e não passam para o bebê os anticorpos que poderia ter produzido se tivesse sido vacinada.
  • 11. É adquirido através da contaminação de algum ferimento (cortes, queimaduras, necroses), por menor que seja, pelos esporos da bactéria. Quando essa bactéria encontra as condições favoráveis, se multiplica e produz a neurotoxina tetanospasmina.
  • 12. São sintomas do tétano rigidez muscular em todo o corpo, mas principalmente no pescoço, dificuldade para abrir a boca (trismo) e engolir, riso sardônico produzido por espasmos dos músculos da face. A contratura muscular pode atingir os músculos respiratórios e pôr em risco a vida da pessoa.
  • 13. A toxina produzida pela bactéria ataca principalmente o sistema nervoso central. São sintomas do tétano rigidez muscular em todo o corpo, mas principalmente no pescoço, dificuldade para abrir a boca (trismo) e engolir, riso sardônico produzido por espasmos dos músculos da face. A contratura muscular pode atingir os músculos respiratórios e pôr em risco a vida da pessoa.
  • 14. A melhor maneira de se prevenir o tétano é por meio da vacinação. Após a primeira dose, deve-se esperar dez anos para tomar a segunda. Tomar as duas doses da vacina contra tétano é essencial para garantir a imunização. Limpar bem todas as feridas e ferimentos e remover tecidos mortos ou muito danificados (com detritos), quando apropriado, pode reduzir o risco de desenvolver tétano. Se tiver se ferido em uma área externa ou de uma forma em que o contato com o solo tenha sido provável, entre em contato com seu médico sobre o possível risco de tétano.
  • 15. O tratamento consiste em introduzir no organismo antibióticos, relaxantes musculares, sedativos (para não induzir espasmos musculares) e aplicação do soro anti-tetânico para casos onde há necessidade de combater a doença mais rapidamente. É extremamente importante evitar os estímulos colocando-os em locais tranquilos, confortáveis e de fácil observação