1. 2005
2005
AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis
2. sumário
sumÁrio
Análise Financeira
Demonstrações Contábeis
19 Parecer do Auditores Independentes
20 Balanço Patrimonial
22 Demonstração do Resultado
23 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos
24 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (Controladora)
26 Demonstração do Fluxo de Caixa
27 Demonstração do Valor Adicionado
28 Demonstração da Segmentação de Negócios
35 Balanço Social
38 Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis
38 1. Princípios de consolidação
43 2. Sumário das principais práticas contábeis
46 3. Disponibilidades
47 4. Contas a receber, líquidas
47 5. Partes relacionadas
52 6. Estoques
53 7. Contas petróleo e álcool – STN
53 8. Títulos e valores mobiliários
54 9. Projetos estruturados
60 10. Depósitos judiciais
61 11. Investimentos
75 12. Imobilizado
80 13. Financiamentos
84 14. Receitas (despesas) financeiras, líquidas
85 15. Outras despesas operacionais, líquidas
85 16. Impostos, contribuições e participações
90 17. Benefícios concedidos a empregados
98 18. Participação dos empregados e administradores
98 19. Patrimônio líquido
101 20. Processos judiciais e contingências
106 21. Compromissos assumidos pelo segmento de energia
108 22. Garantias aos contratos de concessão para exploração de petróleo
109 23. Informações sobre segmentos de negócios
110 24. Instrumentos derivativos, hedging e atividades de gerenciamento de riscos
115 25. Segurança, meio ambiente e saúde
115 26. Remuneração de dirigentes e empregados da Controladora (em reais)
115 27. Evento subseqüente
116 Informações Coorporativas
117 Parecer do Conselho Fiscal
3. análise financeira
análise financeira
1. Resumo Econômico-Financeiro(1) A PETROBRAS, suas Subsidiárias e Controladas apresentaram um lucro líquido consolidado de R$ 23.725 milhões
no exercício de 2005, após a eliminação das operações intercompanhias e a dedução da participação dos
CONSOLIDADO(6) PETROBRAS
2005 2004 2005 2004
acionistas minoritários, sendo superior 40% em relação ao exercício de 2004 (R$ 16.887 milhões).
Receita Operacional Bruta (R$ milhões) 179.065 150.440 143.666 120.025 Os principais fatores que contribuíram para a formação do lucro líquido consolidado no exercício de 2005 em
Receita Operacional Líquida (R$ milhões) 136.605 111.128 105.823 85.575
relação ao exercício de 2004 foram:
Resultados:
Atividades Próprias 24.551 17.065 22.161 16.438 Aumento do lucro bruto em R$ 13.438 milhões, em função do comportamento dos preços de petróleo e
Subsidiárias/Coligadas (250) (145) 1.782 1.350
derivados nos mercados interno e externo, do aumento da produção de petróleo e LGN no país (13%), do
24.301 16.920 23.943 17.788
acréscimo da produção (2%) e da qualidade dos derivados.
Itens extraordinários (2)
(576) (33) (493) (34)
Aumento nas Despesas com Vendas (R$ 725 milhões), para atender ao volume comercializado e o aumento
Lucro Líquido (R$ milhões) 23.725 16.887 23.450 17.754
do custo dos fretes marítimos, tendo em vista o crescimento das exportações.
Endividamento Líquido (R$ milhões) (3)
24.825 35.816 – (5)
1.217 Aumento nas Despesas Gerais e Administrativas (R$ 1.287 milhões), em virtude dos maiores gastos com
EBITDA (R$ milhões) (4)
47.808 36.798 36.518 28.554 pessoal, com manutenção de redes e com licenças de software.
Endividamento Líquido/EBITDA (3) (4)
0,52 0,97 – (5)
0,04
Aumento nas despesas com planos de pensão e de saúde de aposentados e pensionistas devido à mudança
Patrimônio Líquido (R$ milhões) 78.785 62.130 80.703 64.254
de premissas procedidas na revisão atuarial de dez/04 (R$ 690 milhões)
Ativo Permanente (R$ milhões) 109.184 96.972 71.717 57.065
Relação Capital Próprio/Capital de Terceiros (3)
48/52 42/58 59/41 51/49
Aumento nas despesas de prospecção e exploração (R$ 561 milhões) devido ao aumento da atividade de
geologia e geofísica, a baixa de poços secos e/ou subcomerciais e ao efeito do complemento da provisão para
Notas: abandono de área.
1. Os valores expressos em Reais (R$), mencionados nesta análise financeira, foram apurados em conformidade às práticas contábeis emanadas da legislação
Aumento nas despesas de pesquisa e desenvolvimento (R$ 239 milhões) para atender às atividades de
societária e às normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
2. Considera-se como Itens Extraordinários valores referentes a fatos não previstos ou habituais aos negócios da Companhia e que, portanto, não são recorrentes. pesquisa e contratação de licença de exploração de dados sísmicos.
3. Inclui endividamento contraído através de contratos de leasing.
4. Resultado antes dos impostos, dos acionistas não controladores, do resultado financeiro líquido, das participações em investimentos relevantes, e da Aumento de outras despesas operacionais (R$ 403 milhões), em função, principalmente, dos gastos com relações
depreciação, amortização e custo com abandono.
institucionais e projetos culturais (R$ 221 milhões) e perdas líquidas no segmento de Gás e Energia (R$ 93 milhões).
5. As disponibilidades são superiores ao endividamento total.
6. Apartir de 1º de janeiro de 2005, as Sociedades de Propósito Específico, cujas atividades operacionais são controladas, direta ou indiretamente pela Redução nas despesas tributárias (R$ 360 milhões), em função da mudança, a partir de agosto/04, na
PETROBRAS, passam a ser incluídas nas Demonstrações Contábeis Consolidadas, conforme determina a Instrução CVM nº 408/2004. Para facilitar a
comparabilidade, essas Sociedades de Propósito Específico foram incluídas também nas Demonstrações Contábeis no exercício de 2004.
legislação (Decreto nº 5.164/04) que reduziu a zero as alíquotas do PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre
as receitas financeiras.
Efeito positivo sobre o resultado financeiro líquido em R$ 478 milhões, cabendo destacar:
Diminuição das despesas financeiras em R$ 691 milhões, em função da redução dos encargos sobre
2. Resultado Consolidado empréstimos e financiamentos, reflexo da apreciação do real frente ao dólar no exercício (12%), apesar do
aumento da taxa Libor incidente sobre os mesmos;
(R$ milhões)
23.725 Variação cambial e monetária negativa (efeito de R$ 213 milhões), gerada, pela diminuição das variações
20.237 cambiais (R$ 419 milhões), reflexo da apreciação do real frente ao dólar no exercício (12%), se comparado
17.795 17.848
16.887
com a apreciação no ano anterior (8%), combinado com o fato da controladora, ter passado de devedora
para credora no relacionamento com as subsidiárias e controladas no exterior.
Aumento na provisão com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro, no montante de R$ 3.898
2003 2004 2005 milhões, em função do aumento do lucro líquido básico para tributação, apesar do aproveitamento de um maior
VALORES HISTÓRICOS VALORES ATUALIZADOS PELO IPCA
2 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 3
4. benefício fiscal decorrente do provisionamento de juros sobre capital próprio em 2005 (R$ 5.483 milhões), b. Abastecimento
superior ao exercício de 2004 (R$ 4.386 milhões).
Resultado Segmento Abastecimento
(R$ milhões)
5.556
3. Resultado por Área de Negócio
2.553
A PETROBRAS é uma Companhia que opera de forma integrada, sendo a maior parte da produção de petróleo e
gás da área de Exploração e Produção transferida para outras áreas da Companhia.
2005 2004
Destacamos, abaixo, os principais critérios utilizados na apuração de resultados por área de negócio:
a. Receita operacional líquida: foram consideradas as receitas relativas às vendas realizadas a clientes externos, No exercício de 2005, o lucro líquido apurado pela área de negócio de Abastecimento foi de R$ 5.556 milhões,
acrescidas dos faturamentos e transferências entre as áreas de negócio, tendo como referência os preços internos 118% superior ao lucro líquido apurado no exercício de 2004 (R$ 2.553 milhões), reflexo do incremento de
de transferência definidos entre as áreas, com metodologias de apuração baseadas em parâmetros de mercado. R$ 4.859 milhões no lucro bruto, com destaque para os seguintes fatores:
b. No lucro operacional estão computados a receita operacional líquida, os custos dos produtos e serviços Acréscimo no valor médio de realização dos derivados comercializados no mercado interno e no mercado externo;
vendidos, que são apurados por área de negócio, considerando o preço interno de transferência e os demais Melhoria do perfil de produção das refinarias, diminuindo a necessidade de importação de derivados de
custos operacionais de cada área, bem como as despesas operacionais, nas quais são consideradas as despesas maior valor agregado;
efetivamente incorridas em cada área. Aumento de 4% da participação do óleo nacional na carga processada pelas refinarias.
c. Ativos: contemplam os ativos identificados a cada área. Aumento de 2% na produção de derivados.
Parte desses efeitos foi compensada pelos seguintes aspectos:
a. Exploração e Produção Aumento no custo de aquisição e transferência de petróleo e derivados, pressionado pelo aumento das
cotações internacionais, apesar da apreciação de 17% na taxa média do real frente ao dólar norte-americano e
Resultado Segmento E&P
(R$ milhões) da elevação do spread entre petróleos pesados e leves;
22.699 Elevação no custo de refino, em função, principalmente, do aumento da complexidade do parque de refino.
18.083
c. Gás e Energia
Resultado Segmento Gás e Energia
2005 2004 (R$ milhões)
(624)
(517)
No exercício de 2005, o lucro líquido apurado pela área de negócio de Exploração e Produção foi de R$ 22.699
milhões, 26% superior ao lucro líquido apurado no exercício de 2004 (R$ 18.083 milhões), devido ao aumento
de R$ 8.401 milhões no lucro bruto apurado com as vendas e transferências de petróleo, refletindo os acréscimos
de 13% na produção de petróleo e LGN e de 3% na produção de gás natural, bem como o aumento nas cotações 2005 2004
internacionais, apesar da apreciação de 17% na taxa média do real frente ao dólar norte-americano e da menor
valorização de petróleos pesados no mercado internacional comparativamente a petróleos mais leves. No exercício de 2005, o resultado da comercialização de energia apresentou melhoria, tendo em vista os novos
O spread entre o preço médio do petróleo nacional vendido/transferido e a cotação média do Brent aumentou contratos firmados. O resultado operacional com comercialização do gás natural continuou positivo, tendo em
de US$ 4,72/bbl no exercício de 2004 para US$ 8,96/bbl no exercício de 2005. vista o aumento de 9% no volume vendido e o processo de realinhamento dos preços de venda do gás natural,
Parte do aumento no lucro bruto foi compensada pelo acréscimo de R$ 731 milhões nas despesas com apesar das maiores despesas operacionais.
prospecção e perfuração devido à baixa de poços secos e/ou subcomerciais, além da atualização da provisão para Entretanto, o desempenho da comercialização não foi suficiente para compensar as perdas com geração de
abandono de área. energia, tendo em vista a manutenção do baixo patamar de preços no mercado brasileiro, assim como os gastos
4 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 5
5. extraordinários registrados em 2005 em decorrência de pendências contratuais com termelétricas e com No exercício de 2005, a Área de Negócios Internacionais apurou um lucro líquido no montante equivalente a
recomposição de lastro de térmicas do Nordeste. R$ 567 milhões, 63% superior ao lucro líquido equivalente a R$ 347 milhões apurado no exercício de 2004.
Estes fatores, em conjunto, levaram a área de negócio de Gás e Energia a apurar um prejuízo de R$ 624 Este aumento no lucro líquido deveu-se principalmente aos seguintes fatores:
milhões em 2005, 21% superior ao prejuízo de R$ 517 milhões, apurado no exercício anterior. Acréscimo de R$ 355 milhões no lucro bruto, proveniente do aumento das cotações internacionais do
Excluídos os gastos extraordinários, a área de Gás e Energia alcançaria no exercício de 2005 um lucro petróleo, da elevação da venda de gás da Bolívia para o Brasil e início, em junho/04, do contrato de venda do
operacional de R$ 38 milhões (lucro operacional de R$ 111 milhões em 2004) e um prejuízo, líquido de efeitos gás boliviano para a Argentina. Estes efeitos foram parcialmente compensados pelos seguintes fatores:
tributários, de R$ 223 milhões (prejuízo de R$ 471 milhões em 2004). i) produção declinante em campos maduros na Argentina e Angola; ii) aumento no custo de produção na
Bolívia devido à elevação da alíquota de 18% para 50%, a partir de maio de 2005, no imposto sobre
d. Distribuição hidrocarbonetos; iii) menores margens de comercialização de óleo diesel e gasolina na Argentina devido às
limitações impostas pelo governo local nos preços de venda; e iv) apreciação de 12% do real frente ao dólar
Resultado Segmento Distribuição
(R$ milhões) norte-americano no processo de conversão das demonstrações contábeis;
784 Aumento nos ganhos de participação societária, no valor de R$ 79 milhões, devido, principalmente, aos lucros
623 obtidos nas operações desenvolvidas pelas sociedades vinculadas à PEPSA, com destaque para o segmento de
energia elétrica na Argentina.
Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo aumento nas despesas operacionais, no montante de
R$ 106 milhões, devido à baixa de crédito fiscal no Equador e ao incremento das despesas gerais e administrativas.
2005 2004
No exercício de 2005, a área de negócio de Distribuição apurou um lucro líquido de R$ 784 milhões, 26% f. Corporativo
superior ao lucro líquido apurado no exercício de 2004 (R$ 623 milhões), decorrente do aumento de R$ 636
Resultado Segmento Corporativo
milhões no lucro bruto, destacando-se a consolidação da empresa Liquigás (adquirida em agosto de 2004), (R$ milhões)
com reflexos positivos no volume vendido, 10% maior em relação ao exercício de 2004. (4.096)
(3.677)
Estes efeitos foram parcialmente compensados pelo crescimento de R$ 226 milhões nas despesas operacionais,
com destaque para o acréscimo nas despesas com comercialização e distribuição de produtos e com pessoal.
A participação no mercado de distribuição de combustíveis no exercício de 2005 foi de 33,8% (552 mil
bbl/dia), incluindo a empresa Liquigás, enquanto no exercício de 2004 era de 31,6% (500 mil bbl/dia). 2005 2004
No exercício de 2005, a Liquigás contribuiu com um lucro bruto e líquido de R$ 548 milhões e R$ 111 milhões,
respectivamente. De agosto a dezembro de 2004 a contribuição da Liquigás no lucro bruto e líquido foi de As atividades corporativas do Sistema PETROBRAS geraram um prejuízo de R$ 4.096 milhões no exercício de
R$ 319 milhões e R$ 155 milhões, respectivamente. 2005, 11% superior ao prejuízo apurado no exercício de 2004 (R$ 3.677 milhões), com destaque para os gastos
com pessoal, publicidade, propaganda institucional e com a mudança de premissas na revisão atuarial dos Planos
e. Internacional de Saúde e de Pensão, referente aos aposentados e pensionistas.
Parte desses efeitos foi compensada pelo decréscimo de R$ 767 milhões na despesa financeira líquida,
Resultado Segmento Internacional
(R$ milhões) principalmente como reflexo da maior apreciação do real frente ao dólar em 2005 (12%) se comparado com o
567 ano anterior (8%) sobre os empréstimos e financiamentos.
347
2005 2004
6 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 7
6. No exercício de 2005, os seguintes itens extraordinários tiveram influência sobre o resultado segmentado e Demontração dos Itens Extraordinários em 31.12.2004
consolidado do Sistema PETROBRAS:
R$ Milhões
E&P ABAST. GÁS E ENERGIA DISTRIB. INTERN. CORPOR ELIMIN. TOTAL
3.1. Itens Extraordinários Resultado Operacional
por Segmento de Negócios 29.101 3.604 42 828 1.938 (4.796) (787) 29.930
Demontração dos Itens Extraordinários em 31.12.2005 Itens Extraordinários:
Perdas Contratuais com
R$ Milhões Serviços de Transporte (Ship or Pay) - - - - 169 - - 169
E&P ABAST. GÁS E ENERGIA DISTRIB. INTERN. CORPOR. ELIMIN. TOTAL
Contingências Previdenciárias (INSS) 135 - - - - - - 135
Resultado Operacional por
Segmento de Negócios 36.518 8.482 (456) 1.238 2.187 (6.427) (1.769) 39.773 Estimativas de Gastos p/ Futuro Abandono
Itens Extraordinários: de Poços e Desmant. de Áreas (412) - - - - - - (412)
Perdas Contratuais com
Serviços de Transporte (Ship or Pay) - - - - 147 - - 147
Baixa de bônus de assinatura em Angola - - - - 192 - - 192
Ganhos Líquidos na Permuta de Ativos - - - - - (146) - (146)
Crédito Fiscal PEPSA - - - - (239) - - (239)
Perda em ação de Execução Fiscal ref. ICMS - 286 - - - - - 286
Recuperação de Créditos Previdenciários - - - - - 165 - 165
Efeito de Mudança do Ambiente Regulatório - - - - 23 - - 23 Indébito Fiscal - 94 - - - - - 94
Recomposição de Lastro Despesas Decorrentes de
de Termelétricas no Nordeste - - 118 - - - - 118 Pendências Contratuais com Termelétricas - - 69 - - - - 69
Despesas Decorrentes de Pendências Subtotal Itens Extraordinários (277) 94 69 - 122 165 - 173
Contratuais com Termelétricas - - 376 - - - - 376
Resultado Operacional sem
Subtotal Itens Extraordinários - 286 494 - 170 (146) - 804 Efeitos de Itens Extraordinários 28.824 3.698 111 828 2.060 (4.631) (787) 30.103
Resultado Operacional sem Lucro líquido (Prejuízo)
Efeitos de Itens Extraordinários 36.518 8.768 38 1.238 2.357 (6.573) (1.769) 40.577 por segmento de negócios 18.083 2.553 (517) 623 347 (3.677) (525) 16.887
Lucro líquido (Prejuízo) Itens Extraordinários (277) 94 69 - 122 165 - 173
por segmento de negócios 22.699 5.556 (624) 784 567 (4.096) (1.161) 23.725
Efeitos Tributários 94 (32) (23) - (123) (56) - (140)
Itens Extraordinários - 286 494 - 170 (146) - 804
Lucro líquido sem efeitos
Efeitos Tributários - (98) (93) - (87) 50 - (228) de Itens Extraordinários 17.900 2.615 (471) 623 346 (3.568) (525) 16.920
Lucro líquido sem efeitos
de Itens Extraordinários 22.699 5.744 (223) 784 650 (4.192) (1.161) 24.301
4. Receita Operacional do Sistema PETROBRAS
A receita operacional bruta da Petrobras, suas Subsidiárias e Controladas atingiu a cifra de R$ 179.065 milhões,
correspondendo a um acréscimo de 19% em relação ao exercício anterior. Deduzindo-se os impostos e outros
encargos incidentes sobre o faturamento, a Companhia apurou uma receita operacional líquida consolidada de
R$ 136.605 milhões no exercício de 2005 (R$ 111.128 milhões no exercício de 2004).
O volume de vendas no mercado interno aumentou 2% no exercício de 2005, em relação ao exercício de
2004, destacando-se o aumento nas vendas de Gasolina (4%), em função do aumento de consumo provocado
pelo crescimento da frota de veículos urbanos e de Gás Natural (9%), em função do maior consumo industrial e
do crescimento do número de conversões de veículos. O aumento na venda desses produtos foi compensado,
8 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 9
7. parcialmente, pela redução nas vendas de Óleo Combustível (8%), decorrente da forte concorrência de produtos 5. Despesas e Receitas Financeiras
substitutos como o carvão, o coque, a biomassa, a lenha e o gás natural. O óleo diesel manteve seu consumo
praticamente estável em relação ao exercício de 2004, tendo como causas principais o desempenho da agricultura No exercício findo em 31.12.2005, o resultado financeiro consolidado foi negativo em R$ 2.843 milhões (R$ 1.061
e o aumento de preços do produto, que também concorreu para a retração do mercado. milhões – Controladora), enquanto no ano anterior foi de R$ 3.321 milhões (R$ 564 milhões – Controladora). A
variação cambial está sendo impactada pelos reflexos da apreciação do real frente ao dólar no exercício de 2005
EXERCÍCIO
(12%), se comparado com a apreciação no ano anterior (8%), combinado com o fato da Controladora ter passado
2005 2004 ∆%
Volume de vendas - Mil Barris/dia de devedora para credora no relacionamento com as subsidiárias e controladas no exterior.
Diesel 665 656 1
DESPESAS FINANCEIRAS, LÍQUIDAS (R$ milhões)
Gasolina 287 275 4
CONSOLIDADO PETROBRAS
Óleo combustível 99 108 (8) 2005 2004 2005 2004
Despesas financeiras
Nafta 157 157 -
Empréstimos e financiamentos (3.509) (3.647) (658) (710)
GLP 213 210 1
Fornecedores (44) (22) (1.515) (1.441)
QAV 78 74 5
Outras (1.011) (1.511) (70) (102)
Outros 156 157 (1)
(4.564) (5.180) (2.243) (2.253)
Total de derivados 1.655 1.637 1
Receitas financeiras
Álcoois, Nitrogenados e outros 28 32 (13)
Aplicações financeiras 358 468 (188) 30
Gás natural 228 210 9
Subsidiárias e controladas - - 2.043 1.141
Total mercado interno 1.911 1.879 2
Adiantamento a fornecedores 79 93 79 93
Exportação 512 416 23
Adiantamento a Petros 73 74 73 74
Vendas Internacionais 385 416 (7)
Financiamentos concedidos 93 106 - -
Total mercado externo 897 832 8
Outros 748 535 362 273
Total geral 2.808 2.711 4
1.351 1.276 2.369 1.611
Variações monetárias e cambiais
Variação monetária ativa 131 307 116 606
Variação monetária passiva (209) (590) (174) (454)
Volume de Vendas Mercado Interno - 2005
Variação cambial ativa (1.243) (122) (4.185) (3.020)
(1.911 mil barris/dia)
4% QAV Variação cambial passiva 1.691 988 3.056 2.946
Óleo combustível 5%
370 583 (1.187) 78
Nafta 8%
Despesas financeiras, liquidas (2.843) (3.321) (1.061) (564)
GLP 11% 35% Diesel
Outros 10%
Gás Natural 12% 15% Gasolina
10 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 11
8. 5.1. Exposição cambial Estoques - Consolidado - 31.12.2005
(R$ milhões)
A exposição cambial do Sistema PETROBRAS é mensurada conforme quadro a seguir:
R$ Milhões
CONSOLIDADO 1.909
31.12.2005 31.12.2004
Ativo
Circulante 17.531 18.765 1.939 5.400
Disponibilidades 4.658 9.843 Matéria-Prima
Outros ativos circulantes 12.873 8.922 Derivados
Realizável a longo prazo 3.009 2.499 Suprimentos para manutenção
4.359
Outros
Permanente 29.097 25.747
Investimentos (272) 145
Imobilizado 28.777 24.806
Outros ativos permanentes 592 796
Estoques - Consolidado - 31.12.2004
Total do Ativo 49.637 47.011
(R$ milhões)
Passivo 1.572
Circulante 15.141 13.874
Financiamentos 7.393 7.560 1.855
Fornecedores 4.583 3.587 6.447
Outros passivos circulantes 3.165 2.727
Matéria-Prima
Exigível a longo prazo 30.082 37.000
Derivados
Financiamentos 28.498 35.177 Suprimentos para manutenção
4.390
Outros exigíveis a longo prazo 1.584 1.823 Outros
Total do Passivo 45.223 50.874
Ativo Líquido em Reais 4.414 (3.863)
7. Contas Petróleo e Álcool
(+) Fundos de Investimentos Financeiros - Cambial 11.469 8.349
(-) Empréstimos FINAME - em reais indexado ao dólar 627 870 R$ Milhões
Ativo Líquido em Reais 15.256 3.616 2005 2004
(5)
Saldo Inicial 749 689
Ativo Líquido em Dólares 6.518 1.362
Ressarcimentos à PETROBRAS - 4
(5) Considera a conversão do valor em reais pela taxa de dólar de venda do dia do encerramento do exercício (2005 - R$ 2,3407 e 2004 - R$ 2,6544).
Encargos de mútuo 21 14
Liquidação parcial - (8)
Regularizações – GTI* - 50
Saldo Final 770 749
6. Estoques (*) Grupo de Trabalho de Auditoria Governamental
Os estoques consolidados de petróleo, derivados, matérias-primas e álcoois, atingiram o montante de Conforme definido na Lei nº 10.742, de 06 de outubro de 2003, o encontro de contas com a União deveria ter
R$ 13.607 milhões em 31.12.2005, 5% inferiores aos de 31 de dezembro de 2004, enquanto na Controladora ocorrido até 30 de junho de 2004. A PETROBRAS está, em articulação com o Ministério de Minas e Energia –
houve uma redução de 11%. MME, buscando equalizar as divergências ainda existentes com a Secretaria do Tesouro Nacional – STN, visando
concluir a operação, de acordo com o previsto na Medida Provisória nº 2.181-45, de 24 de agosto de 2001.
12 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 13
9. O saldo da conta poderá ser pago através da emissão de títulos do Tesouro Nacional, de valor igual ao saldo 9. Endividamento
final do encontro de contas ou com outros montantes que a PETROBRAS porventura estiver devendo ao Governo
Federal, inclusive os relativos a tributos ou uma combinação das opções anteriores. Em 31 de dezembro de 2005, o endividamento, referente a empréstimos e financiamentos no país e no exterior,
atingiu o total de R$ 48.242 milhões no Consolidado, conforme demonstrado a seguir:
8. Investimentos R$ Milhões
CONSOLIDADO
DETALHES 2005 2004
No País, a PETROBRAS investiu, prioritariamente, no desenvolvimento de sua capacidade de produção de petróleo e Curto Prazo:
gás natural, através de investimentos próprios e através da estruturação de empreendimentos com parceiros. No Financiamento 10.503 8.805
exercício de 2005, os investimentos consolidados totais alcançaram R$ 25.710 milhões (R$ 22.549 milhões em 2004). Leasing 613 770
Subtotal 11.116 9.575
Investimentos consolidados
(R$ milhões) Longo Prazo:
Financiamento 34.439 42.977
14.000 13.934
Leasing 2.687 3.251
13.000 12.441
12.000 Subtotal 37.126 46.228
11.000
Endividamento total 48.242 55.803
10.000
(-) Disponibilidades (23.417) (19.987)
9.000
8.000 Endividamento líquido 24.825 35.816
7.000
6.000
5.000
O endividamento líquido do Sistema PETROBRAS, em 31.12.2005, alcançou R$ 24.825 milhões, com redução
4.000 3.907
3.286 3.153
3.000
de 31% em relação a 31.12.2004. A apreciação do real frente ao dólar vem contribuindo para a redução do
2.331 2.385
2.000 1.527 endividamento. Podemos mencionar também a melhora do nível de endividamento, medido através do índice da
1.223
1.000 624 775
625 495 532 Dívida Líquida/EBITDA que reduziu de 0,97, em 31.12.2004, para 0,52, em 31.12.2005. A estrutura de capital
311 454 169
87
0
Exploração e Abastecimento Gás e Energia Internacional Distribuição Corporativa Sociedades Empreendi- Projetos está representada por 52% de participação de capitais de terceiros em 31 de dezembro de 2005, com redução
produção de Propósito mentos em Estruturados
Específico Negociação de 6 pontos percentuais se comparada a 31 de dezembro de 2004.
(SPEs)
JAN/DEZ - 2005 JAN/DEZ - 2004
Dos investimentos próprios realizados no País pelo Sistema PETROBRAS em 2005, 54% destinaram-se às 10. Valor Adicionado
atividades de exploração e desenvolvimento da produção, sendo que somente na Bacia de Campos, foram
investidos R$ 4.886 milhões. No exercício de 2005, o Sistema PETROBRAS gerou recursos no montante de R$ 115.311 milhões (R$ 95.404
Os principais investimentos realizados em 2005 no segmento de Exploração e Produção foram nos campos de Marlim milhões em 2004), em termos de valor adicionado, que foram distribuídos às partes interessadas da seguinte forma:
Sul (R$ 764 milhões), Roncador (R$ 579 milhões), Albacora Leste (R$ 745 milhões), Jubarte/Cachalote (R$ 234 milhões),
Marlim Leste (R$ 82 milhões) e no campo de Barracuda/Caratinga (R$ 138 milhões), situados na Bacia de Campos.
14 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 15
10. Valor Adicionado distribuído em 2005 estatutária e R$ 14.169 milhões de reserva de retenção de lucros; e o saldo da reserva de correção monetária do
(R$ milhões)
capital realizado, no montante de R$ 339 milhões, aumentando o capital de R$ 32.896 milhões para R$ 48.248
9.643
milhões, sem modificação do número de ações emitidas.
8%
17.110
15% b. Retenção de lucros
63.810
56% Na proposta de destinação do resultado do exercício findo em 31.12.2005, está prevista uma retenção de lucros,
Entidades governamentais em Reserva de Retenção de Lucros, no montante de R$ 15.104 milhões, sendo a parcela de R$ 15.095 milhões
Acionistas
24.748
Instituições financeiras e fornecedores
proveniente do lucro líquido do exercício e R$ 9 milhões saldo remanescente de lucros acumulados, que se
21%
Pessoal destina a atender parcialmente o programa anual de investimentos estabelecido no Orçamento de Capital do
R$ 115.311 milhões exercício de 2006, a ser deliberado em Assembléia Geral de Acionistas em 03.04.2006.
c. Remuneração aos Acionistas
Valor Adicionado distribuído em 2004 O Conselho de Administração da PETROBRAS, com base em disposições estatutárias, propôs à Assembléia Geral
(R$ milhões) Ordinária do dia 03.04.2006, a distribuição de dividendo relativo ao exercício de 2005, no montante de
7.516 R$ 7.018 milhões, correspondendo a 31,8% do lucro básico para fins de dividendo, equivalente a R$ 1,60 por
8%
ação ordinária e preferencial, indistintamente, indicando um dividend yield, respectivamente, de 3,9% e 4,3%
13.303
14%
(4,3% e 4,7%, em 2004).
56.015
59%
Entidades governamentais
18.570 VALOR POR AÇÃO
19% Acionistas
DIVIDENDOS DELIBERADOS PELA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA ON E PN R$ MILHÕES
Instituições financeiras e fornecedores
Juros sobre Capital Próprio - Aprovado pelo Conselho de Administração em 0,50 2.193
Pessoal
17.06.2005
R$ 95.404 milhões
Juros sobre Capital Próprio - Aprovado pelo Conselho de Administração em 16.12.2005. 0,50 2.193
Juros sobre o Capital Próprio - Aprovado pelo Conselho de Administração em 17.02.2006. 0,25 1.097
Dividendos - Aprovado pelo Conselho de Administração em 17.02.2006. 0,35 1.535
TOTAL DE DIVIDENDOS 1,60 7.018
11. Patrimônio Líquido e Dividendo
a. Capital
A Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 22.07.2005 deliberou e aprovou o desdobramento das ações Aos dividendos propostos estão sendo imputados juros sobre o capital próprio no montante de R$ 5.483 milhões
representativas do capital social em 300%, resultando na distribuição gratuita de 3 (três) ações novas da mesma (R$ 1,25 por ação), sujeitos à retenção de imposto de renda na fonte de 15%, exceto para os acionistas imunes
espécie para cada 1 (uma) com base na posição acionária de 31.08.2005. Desta forma, o capital social no e isentos, sendo que em 05.01.2006 a companhia efetuou o pagamento de antecipação dos Juros sobre o Capital
montante de R$ 33.235 milhões, a partir de 01.09.2005, foi dividido em 4.386 milhões de ações sem valor Próprio (R$ 2.193 milhões) aos detentores de ações ordinárias e preferenciais na data base de 30.06.2005.
nominal, sendo 2.537 milhões de ações ordinárias e 1.849 milhões de ações preferenciais e a relação entre os Os dividendos, compreendendo os juros sobre o capital próprio, terão os seus valores atualizados monetariamente,
American Depositary Receipts (ADR) e as ações correspondentes de cada espécie foi alterada da atual “uma ação a partir de 31 de dezembro de 2005 até a data de início do pagamento, de acordo com a variação da taxa SELIC.
por um ADR” para “quatro ações por um ADR”.
Está sendo proposta à Assembléia Geral Extraordinária de 03.04.2006, a incorporação ao capital das seguintes
reservas: parte das reservas de lucros, no montante de R$ 15.013 milhões, sendo R$ 844 milhões de reserva
16 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 17
11. Parecer dos Auditores Independentes
Aos Administradores e Acionistas da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS
1. Examinamos os balanços patrimoniais da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS e os balanços patrimoniais
consolidados da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS e suas subsidiárias, controladas, controladas em
conjunto e sociedades de propósito específico levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as
respectivas demonstrações dos resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de
recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua
Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e
compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de
transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia, (b) a constatação, com base em testes,
das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação
das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia, bem
como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
demonstrações
3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS e a posição
demonstrações contábeis patrimonial e financeira consolidada da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS e suas subsidiárias,
contábeis controladas, controladas em conjunto e sociedades de propósito específico em 31 de dezembro de 2005 e
2004, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus
recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
4. Nossos exames foram conduzidos com o objetivo de expressarmos uma opinião sobre as demonstrações
contábeis referidas no primeiro parágrafo. As demonstrações do balanço social (consolidado), do fluxo de caixa
(controladora e consolidado), do valor adicionado (controladora e consolidado) e da segmentação de negócios
(consolidado) foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e estão sendo
apresentadas para propiciar informações contábeis adicionais sobre a Companhia, apesar de não serem
requeridas como parte das demonstrações contábeis. Estas demonstrações foram submetidas aos procedimentos
de auditoria descritos no segundo parágrafo e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas em todos
os seus aspectos relevantes em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
5. Conforme mencionado na Nota 1, a partir de 1º de janeiro de 2005, em atendimento à Instrução CVM 408 de
18 de agosto de 2004, a Companhia passou a incluir nas demonstrações contábeis consolidadas as Sociedades
de Propósitos Específicos – SPEs. Objetivando manter a comparabilidade das demonstrações contábeis, o
exercício de 2004 foi ajustado para incluir também tais SPEs nas demonstrações contábeis consolidadas.
Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 2006
ERNST & YOUNG Auditores Independentes S/A CONTADOR Paulo José Machado
CRC – 2SP 015.199/O-6 – F - RJ CRC – 1RJ 061.469/O-4
PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 19
12. Balanço Patrimonial
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004
(Em milhares de reais)
CONSOLIDADO CONTROLADORA CONSOLIDADO CONTROLADORA
ATIVO 2005 2004 2005 2004 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2005 2004 2005 2004
Circulante Circulante
Disponibilidades (Nota 3) 23.417.040 19.986.848 17.481.555 11.580.288 Financiamentos (Nota 13) 8.589.629 8.219.855 1.499.012 1.144.973
Depósitos vinculados 85.229 217.748 Juros sobre financiamentos (Nota 13) 1.913.369 585.374 156.709 165.265
Contas a receber. líquidas (Nota 4) 14.148.064 10.977.519 10.676.578 7.421.319 Fornecedores 8.976.359 9.054.723 24.865.115 26.949.707
Dividendos a receber (Nota 5a) 41.907 48.625 945.676 440.240 Impostos. contribuições e participações (Nota 16b) 8.931.341 7.854.014 7.292.508 6.583.563
Estoques (Nota 6) 13.606.679 14.263.518 10.337.565 11.555.627 Dividendos propostos (Nota 19c) 7.165.878 5.141.363 7.017.843 5.044.074
Impostos. contribuições e participações (Nota 16a) 6.550.997 4.842.714 4.037.175 2.966.007 Projetos estruturados (Nota 9d) 28.135 64.106 2.421.806 4.652.469
Despesas antecipadas (Nota 11e) 941.016 490.366 680.787 735.261 Provisão para plano de pensão (Nota 17c) 482.942 441.374 461.848 414.865
Outros ativos circulantes 1.444.258 1.958.862 535.395 744.528 Salários. férias e encargos 1.196.281 873.561 978.222 653.812
60.235.190 52.786.200 44.694.731 35.443.270 Provisão para contingência (Nota 20a) 167.645 339.612 167.645 333.111
Realizável a longo prazo Adiantamento de clientes 1.626.854 780.028 1.054.783 381.719
Contas a receber. líquidas (Nota 4) 1.587.771 1.914.788 28.151.479 35.220.122 Outras contas e despesas a pagar 3.281.717 3.371.877 1.780.189 1.613.792
Conta petróleo e álcool - STN (Nota 7) 769.524 748.788 769.524 748.788 42.360.150 36.725.887 47.695.680 47.937.350
Títulos e valores mobiliários (Nota 8) 618.091 858.873 7.601 4.840 Exigível a longo prazo
Projetos estruturados (Nota 9a) 569.030 1.830.257 Financiamentos (Nota 13) 34.439.489 42.976.885 6.408.872 8.589.120
Adiantamentos a fornecedores 684.235 958.692 684.235 958.692 Subsidiárias. controladas e coligadas (Nota 5b) 39.954 276.328 1.925.046 3.420.119
Depósitos judiciais (Nota 10) 1.818.185 1.815.104 1.443.834 1.068.657 Impostos e contribuição social diferidos (Nota 16c) 8.461.721 7.474.135 6.270.290 5.263.660
Investimentos em empresas privatizáveis (Nota 11d) 3.454 331.589 1.475 1.476 Provisão para plano de pensão (Nota 17c) 1.898.360 696.273 1.749.036 601.347
Despesas antecipadas (Nota 12e) 1.362.800 1.513.045 1.060.967 1.076.077 Provisão para plano de saúde (Nota 17c) 7.030.939 5.673.650 6.477.127 5.214.410
Adiantamento para plano de pensão (Nota 17a) 1.205.358 1.217.612 1.205.358 1.217.612 Provisão para contingência (Nota 20a) 614.568 632.721 225.251 220.721
Impostos e contribuição social diferidos (Nota 16c) 4.337.361 4.148.685 2.333.641 2.030.268 Outras contas e despesas a pagar 3.228.563 2.766.832 2.558.578 2.135.582
Empréstimos compulsórios ELETROBRAS 117.811 117.488 117.811 117.488 55.713.594 60.496.824 25.614.200 25.444.959
Estoques (Nota 6) 492.777 265.296 492.777 265.296 Resultado de exercícios futuros 483.274 502.171
Outros ativos realizáveis a longo prazo 1.104.861 1.018.548 763.816 588.090 Participação dos acionistas não controladores 6.178.854 4.811.315
14.102.228 14.908.508 37.601.550 45.127.663 Patrimônio líquido (Nota 19)
Permanente Capital realizado 33.235.445 33.235.445 33.235.445 33.235.445
Investimentos (Nota 11b) 2.280.702 2.078.758 20.366.625 14.048.878 Reservas de capital 372.064 354.673 372.064 354.673
Imobilizado (Nota 12) 105.429.354 93.323.224 50.772.065 42.582.076 Reserva de reavaliação 60.120 69.094 60.120 69.094
Diferido 1.473.634 1.569.676 578.175 434.058 Reservas de lucros 45.117.607 28.470.957 47.035.637 30.594.424
109.183.690 96.971.658 71.716.865 57.065.012 78.785.236 62.130.169 80.703.266 64.253.636
Total do ativo 183.521.108 164.666.366 154.013.146 137.635.94 Total do passivo e patrimônio líquido 183.521.108 164.666.366 154.013.146 137.635.945
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis
20 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 PETR OBRA S AnÁlise Financeira e Demonstrações contábeis 2005 21
13. Demonstração do Resultado Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004
(Em milhares de reais, exceto lucro por ação do capital integralizado) (Em milhares de reais)
CONSOLIDADO CONTROLADORA CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004
Receita operacional bruta Origens dos recursos
Vendas Das operações sociais:
Produtos 177.595.324 149.973.540 143.276.549 119.709.723 Lucro líquido do exercício 23.724.723 16.887.398 23.450.082 17.754.171
Serviços. principalmente fretes 1.469.960 466.619 389.181 315.004 Participação dos acionistas não controladores 1.022.923 1.683.100
179.065.284 150.440.159 143.665.730 120.024.727 Resultado de participações em investimentos relevantes 158.529 129.761 (1.816.395) (1.345.357)
Encargos de vendas (42.460.206) (39.312.400) (37.843.204) (34.450.292) Ágio/deságio - amortização 91.595 14.900 34.372 (4.522)
Receita operacional líquida 136.605.078 111.127.759 105.822.526 85.574.435 Dividendos 172.977 202.545 990.935 546.885
Custo dos produtos e serviços vendidos (77.107.946) (65.069.329) (57.512.113) (48.607.576) Depreciação e amortização 8.034.716 6.868.355 3.739.373 3.807.002
Lucro bruto 59.497.132 46.058.430 48.310.413 36.966.859 Operações com subsidiárias, controladas e coligadas 3.277.858 (13.248.121)
Variações monetárias e cambiais
Despesas operacionais alocadas no ativo permanente 3.999.654 1.774.139
Vendas (5.477.419) (4.751.890) (4.195.157) (2.858.630) Valor residual de bens baixados do ativo permanente 2.411.575 2.734.006 1.106.798 1.097.034
Financeiras (Nota 14) Resultado de alienação de navios e equipamentos (6.453) (40.168)
Despesas (4.564.773) (5.180.059) (2.242.658) (2.252.841) Variações monetárias, cambiais e rendimentos líquido
Receitas 1.351.410 1.276.134 2.369.097 1.611.385 de créditos e obrigações de longo prazo (4.083.087) (2.015.160) (768.921) 127.926
Variações monetárias e cambiais, líquidas (Nota 14) 370.536 583.346 (1.187.233) 77.243 Complemento de planos de benefícios e outras provisões 3.306.932 2.555.545 2.928.199 2.195.396
Gerais e administrativas Imposto de renda e contribuição social diferidos, líquidos 1.983.578 1.733.745 491.471 821.126
Honorários da Diretoria e do Conselho de Administração (28.845) (26.390) (4.089) (3.214) Outras origens 19.167 (70.291)
De administração (5.401.953) (4.117.811) (3.449.664) (2.596.338) 40.824.117 32.568.334 33.446.486 11.641.081
Tributárias (895.208) (1.255.033) (443.415) (807.547) De outras fontes:
Despesas com pesquisas e desenvolvimento tecnológico (934.600) (695.650) (932.627) (688.562) Financiamentos 5.747.298 4.573.214 373.199 369.624
Perda na recuperação de ativos (126.032) (55.205) (49.368) (55.205) Créditos e subvenções para investimentos 17.391 14.808 17.391 14.808
Custos exploratórios para extração de petróleo e gás (2.222.792) (1.682.664) (1.876.411) (1.164.741) Receita na alienação de ativos 506.187 2.516.454 2.488.610 2.662.895
Despesas com benefícios (Nota 17e) (2.011.016) (1.320.929) (1.888.903) (1.240.026) 6.270.876 7.104.476 2.879.200 3.047.327
Outras despesas operacionais, líquidas (Nota 15) (2.626.419) (2.222.718) (2.692.062) (2.804.865) Total da origens de recursos 47.094.993 39.672.810 36.325.686 14.688.408
(22.567.111) (19.448.869) (16.592.490) (12.783.341)
Aplicações de recursos
Participações em subsidiárias e coligadas Aumento no saldo da conta petróleo e álcool – STN 18.727 46.252 46.252
Resultado de participações em Investimentos 910.167 3.041.246 1.214.962
investimentos relevantes (Nota 11b) (250.124) (144.661) 1.782.023 1.349.879 Aquisição de participação de acionistas não controladores 45.349
Lucro operacional 36.679.897 26.464.900 33.499.946 25.533.397 Gastos em exploração e desenvolvimento
Despesas não-operacionais (124.531) (207.309) (199.982) (227.772) da produção de óleo e gás 11.385.451 10.222.766 5.041.315 5.813.253
Outros imobilizados 15.186.497 10.385.981 7.677.517 7.094.042
Lucro antes da contribuição social, do imposto
Diferido 360.839 388.900 204.812 169.453
de renda, das participações dos empregados e
Operações em subsidiárias, controladas e coligadas
administradores e da participação minoritária 36.555.366 26.257.591 33.299.964 25.305.625
Aumento de empreendimentos em negociação 907.459 615.991
Contribuição social (Nota 16e) (2.845.244) (1.940.903) (2.466.083) (1.830.978)
Transferência de financiamentos e
Imposto de renda (Nota 16e) (7.956.912) (4.962.966) (6.537.799) (5.060.476)
fornecedores para passivo circulante 9.879.227 5.706.659 1.719.940 1.394.149
Lucro antes das participações dos empregados Redução de outras contas do exigível a longo prazo 913.592 1.093.189 582.606 1.273.477
e administradores e da participação minoritária 25.753.210 19.353.722 24.296.082 18.414.171 Aumento de outras contas do realizável a longo prazo 370.055 811.011 639.817 221.784
Participações dos empregados Dividendos propostos 7.165.878 5.470.124 7.017.843 5.044.074
e administradores (Nota 18) (1.005.564) (783.224) (846.000) (660.000) Total das aplicações de recursos 45.280.266 35.080.398 26.832.555 22.887.437
Lucro antes da participação minoritária 24.747.646 18.570.498 23.450.082 17.754.171 Ingresso de capital circulante líquido de controlada
Participação dos acionistas não controladores (1.022.923) (1.683.100) da incorporada e do ajuste de exercícios anteriores 409.810
Lucro líquido do exercício 23.724.723 16.887.398 23.450.082 17.754.171 Aumento (redução) no capital circulante 1.814.727 4.182.602 9.493.131 (8.199.029)
Lucro líquido por ação do capital Variação do capital circulante
integralizado no fim do exercício – R$ 5,41 15,40 5,35 16,19 Ativo circulante:
Lucro líquido por ação após o No fim do exercício 60.235.190 52.786.200 44.694.731 35.443.270
desdobramento, para fins de comparação – R$ 5,41 3,85 5,35 4,05 No início do exercício 52.786.200 56.041.522 35.443.270 39.246.621
7.448.990 (3.255.322) 9.251.461 (3.803.351)
Passivo circulante:
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis
No fim do exercício 42.360.150 36.725.887 47.695.680 47.937.350
No início do exercício 36.725.887 44.163.811 47.937.350 43.541.672
5.634.263 (7.437.924) (241.670) 4.395.678
Aumento (redução) do capital circulante 1.814.727 4.182.602 9.493.131 (8.199.029)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis
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