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"Se um dia alguém me perguntasse que
aprendizagem deveria um jovem fazer para chegar a romancista,
se o ofício se ensinasse, eu diria que enquanto a vida lhe não
desse todas as voltas e reviravoltas, amores, sofrimentos,
repúdios, sonhos, frustrações, equívocos, etc., etc., (...) seria
avisado que o mandasse ensinar a sapateiro, não para saber
deitar tombas e meias solas, porque nem para tanto ele
usufruirá, às vezes, com a escrita, mas para que ganhasse o
hábito de padecer bem, amarrado ao assunto durante largos
anos, antes que provasse o paladar gostoso de algumas horas de
pleno prazer. "
Alves Redol

Organização a cargo dos dinamizadores do
Clube Ler da Escola Básica e Integrada de Arrifes.
Alves Redol nasceu em Vila Franca de Xira, em 1911.
Frequentou o Colégio Arriaga, de Lisboa, onde concluiu
o curso comercial, em 1927. Neste ano publica o
primeiro artigo no semanário local, Vida Ribatejana,
continuando a publicar artigos no semanário até à sua
partida para Luanda, em julho de 1928. Daqui, envia
regularmente uma série de crónicas, que revelam
qualidades literárias bastante promissoras, ao mesmo
tempo que já acusam certa consciencialização dos
problemas sociais, que o ambiente africano lhe
despertara. Doente, regressa à Metrópole em 1931. A
experiência humana de que vem enriquecido o seu
gosto literário contribui para que desempenhe um papel
muito ativo na vida cultural de Vila Franca. Em 1932
inicia a sua colaboração no Mensageiro do Ribatejo, ano
em que publica a primeira novela no Notícias Ilustrado,
de Lisboa. Em 1934 pronuncia a sua primeira palestra
no Grémio Artístico Vilafranquense, sob o título “Terra
de pretos – Ambição de brancos”, versando aspetos da
colonização portuguesa em Angola. A partir de 1936,
passa a colaborar assiduamente no Mensageiro do
Ribatejo, numa ação em que aglutina uns tantos jovens
interessados, como ele, pela literatura e pelos
problemas sociais. Em Julho do mesmo ano, pronuncia
no Grémio Artístico Vilafranquense uma conferência
sobre “Arte” defendendo os princípios que enformam o
realismo socialista. Nos finais deste ano, aparece a sua
primeira publicação n’O Diabo – o conto “Kagondo”, que
lhe abre novas e amplas perspetivas como escritor.

Em 1937, escreve, e publica no ano seguinte, o
primeiro livro: “Glória – Uma Aldeia do Ribatejo”. Com
a participação de companheiros que vieram a formar
um grupo, hoje designado Grupo Neorrealista de Vila
Franca, desempenha uma ação político-cultural
bastante intensa, culminando com a publicação de
uma “Página Literária” no Mensageiro do Ribatejo,
entre maio e setembro de 1939. Nesse ano publica
“Gaibéus”. E, fixado depois em Lisboa, prossegue a
sua atividade literária, publicando diversas obras até
ao romance “Barranco de Cegos” (1966), sua obra
prima. Entretanto, em 1947, é nomeado secretáriogeral da Secção Portuguesa do Pen Club, e no ano
seguinte desloca-se à Polónia, integrado na delegação
portuguesa ao Congresso dos Intelectuais para a Paz.
É todavia impedido de participar noutro congresso de
escritores, na América Latina. Convive com escritores
e artistas de vários países. Em 1950, recebe o prémio
Ricardo Malheiros, pelo romance “Horizonte Cerrado”
(1949), o primeiro da série Port-Wine. Escreve
algumas peças teatrais, literatura infantil, e vários
estudos, entre eles avultando “A França – Da
Resistência à Renascença” (1949). Alguns dos seus
romances estão traduzidos em várias línguas. Em
1964, é comemorado em Vila Franca de Xira, tomando
aspeto nacional, o 25º aniversário da publicação de
“Gaibéus”. Morre, novo, em 1969. Postumamente, em
1972, é publicado o seu romance “Reinegros”.
In Garcez da Silva, Alves Redol e o Grupo Neorrealista de Vila Franca, Ed. Caminho 1990
Bibliografia
Romances
Gaibéus (1939)
Marés (1941)
Avieiros (1942)
Ganga (1943)
Anúncio (1945)
Porto Manso (1946)
Horizonte Cerrado (1949)
Os Homens e as Sombras (1951)
Vindima de Sangue (1953)
Olhos de Água (1954)
A Barca dos Sete Lemos (1958)
Uma Fenda na Muralha (1959)
Cavalo Espantado (1960)
Barranco de Cegos (1961)
O Muro Branco (1966)
Os Reinegros (1972)

Teatro
Maria Emília (1945)
Forja (1948)
O Destino Morreu de repente (1967)
Fronteira Fichada (1972)

Conferência
Le Roman de Tage (Edição da Union Française
Universitaire – Paris (1946)

Contos
Nasci com Passaporte de Turista (1940)
Espólio (1943)
Comboio das Seis (1946)
Noite Esquecida (1959)
Constantino, Guardador de Vacas e de Sonhos (1962)
Histórias Afluentes (1963)
Três Contos de Dentes (1968)

Literatura Infantil
Vida Mágica da Sementinha (1956)
A Flor Vai Ver o Mar (1968)
A Flor Vai Pescar Num Bote (1968)
Uma Flor Chamada Maria (1969)
Maria Flor Abre o Livro das Surpresas (1970)

Argumentos de Filmes
Nazaré (1952)
Avieiros (1975)

Estudos
Glória – Uma Aldeia do Ribatejo
A França – Da resistência à Renascença (1949)
Cancioneiro do Ribatejo (1950)
Ribatejo (Em Portugal Maravilhoso) (1952)
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O ofício do escritor e a vida

  • 1. "Se um dia alguém me perguntasse que aprendizagem deveria um jovem fazer para chegar a romancista, se o ofício se ensinasse, eu diria que enquanto a vida lhe não desse todas as voltas e reviravoltas, amores, sofrimentos, repúdios, sonhos, frustrações, equívocos, etc., etc., (...) seria avisado que o mandasse ensinar a sapateiro, não para saber deitar tombas e meias solas, porque nem para tanto ele usufruirá, às vezes, com a escrita, mas para que ganhasse o hábito de padecer bem, amarrado ao assunto durante largos anos, antes que provasse o paladar gostoso de algumas horas de pleno prazer. " Alves Redol Organização a cargo dos dinamizadores do Clube Ler da Escola Básica e Integrada de Arrifes.
  • 2.
  • 3. Alves Redol nasceu em Vila Franca de Xira, em 1911. Frequentou o Colégio Arriaga, de Lisboa, onde concluiu o curso comercial, em 1927. Neste ano publica o primeiro artigo no semanário local, Vida Ribatejana, continuando a publicar artigos no semanário até à sua partida para Luanda, em julho de 1928. Daqui, envia regularmente uma série de crónicas, que revelam qualidades literárias bastante promissoras, ao mesmo tempo que já acusam certa consciencialização dos problemas sociais, que o ambiente africano lhe despertara. Doente, regressa à Metrópole em 1931. A experiência humana de que vem enriquecido o seu gosto literário contribui para que desempenhe um papel muito ativo na vida cultural de Vila Franca. Em 1932 inicia a sua colaboração no Mensageiro do Ribatejo, ano em que publica a primeira novela no Notícias Ilustrado, de Lisboa. Em 1934 pronuncia a sua primeira palestra no Grémio Artístico Vilafranquense, sob o título “Terra de pretos – Ambição de brancos”, versando aspetos da colonização portuguesa em Angola. A partir de 1936, passa a colaborar assiduamente no Mensageiro do Ribatejo, numa ação em que aglutina uns tantos jovens interessados, como ele, pela literatura e pelos problemas sociais. Em Julho do mesmo ano, pronuncia no Grémio Artístico Vilafranquense uma conferência sobre “Arte” defendendo os princípios que enformam o realismo socialista. Nos finais deste ano, aparece a sua primeira publicação n’O Diabo – o conto “Kagondo”, que lhe abre novas e amplas perspetivas como escritor. Em 1937, escreve, e publica no ano seguinte, o primeiro livro: “Glória – Uma Aldeia do Ribatejo”. Com a participação de companheiros que vieram a formar um grupo, hoje designado Grupo Neorrealista de Vila Franca, desempenha uma ação político-cultural bastante intensa, culminando com a publicação de uma “Página Literária” no Mensageiro do Ribatejo, entre maio e setembro de 1939. Nesse ano publica “Gaibéus”. E, fixado depois em Lisboa, prossegue a sua atividade literária, publicando diversas obras até ao romance “Barranco de Cegos” (1966), sua obra prima. Entretanto, em 1947, é nomeado secretáriogeral da Secção Portuguesa do Pen Club, e no ano seguinte desloca-se à Polónia, integrado na delegação portuguesa ao Congresso dos Intelectuais para a Paz. É todavia impedido de participar noutro congresso de escritores, na América Latina. Convive com escritores e artistas de vários países. Em 1950, recebe o prémio Ricardo Malheiros, pelo romance “Horizonte Cerrado” (1949), o primeiro da série Port-Wine. Escreve algumas peças teatrais, literatura infantil, e vários estudos, entre eles avultando “A França – Da Resistência à Renascença” (1949). Alguns dos seus romances estão traduzidos em várias línguas. Em 1964, é comemorado em Vila Franca de Xira, tomando aspeto nacional, o 25º aniversário da publicação de “Gaibéus”. Morre, novo, em 1969. Postumamente, em 1972, é publicado o seu romance “Reinegros”. In Garcez da Silva, Alves Redol e o Grupo Neorrealista de Vila Franca, Ed. Caminho 1990
  • 4. Bibliografia Romances Gaibéus (1939) Marés (1941) Avieiros (1942) Ganga (1943) Anúncio (1945) Porto Manso (1946) Horizonte Cerrado (1949) Os Homens e as Sombras (1951) Vindima de Sangue (1953) Olhos de Água (1954) A Barca dos Sete Lemos (1958) Uma Fenda na Muralha (1959) Cavalo Espantado (1960) Barranco de Cegos (1961) O Muro Branco (1966) Os Reinegros (1972) Teatro Maria Emília (1945) Forja (1948) O Destino Morreu de repente (1967) Fronteira Fichada (1972) Conferência Le Roman de Tage (Edição da Union Française Universitaire – Paris (1946) Contos Nasci com Passaporte de Turista (1940) Espólio (1943) Comboio das Seis (1946) Noite Esquecida (1959) Constantino, Guardador de Vacas e de Sonhos (1962) Histórias Afluentes (1963) Três Contos de Dentes (1968) Literatura Infantil Vida Mágica da Sementinha (1956) A Flor Vai Ver o Mar (1968) A Flor Vai Pescar Num Bote (1968) Uma Flor Chamada Maria (1969) Maria Flor Abre o Livro das Surpresas (1970) Argumentos de Filmes Nazaré (1952) Avieiros (1975) Estudos Glória – Uma Aldeia do Ribatejo A França – Da resistência à Renascença (1949) Cancioneiro do Ribatejo (1950) Ribatejo (Em Portugal Maravilhoso) (1952) Romanceiro Geral do Povo português (1964)