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Biografia
Redol tem sua origem nos espaços rurais (infância marcada pela pobreza, já que seu pai
era um comerciante de pequeno porte). Em função disso, começou desde cedo a
trabalhar. Presencia, desde essa altura, as péssimas condições de vida do homem rural, o
que, mais tarde, vai se refletir, preponderantemente, em sua escrita.

Inicialmente, almejava ser médico, mas, em decorrência da influência do seu avô, bem
como do contato e da admiração pelos jornalistas e escritores, passa a aspirar ao
ingresso no âmbito da escrita. Inicia-se nessa esfera aos 12 anos. Quando completa 14
anos, inicia sua colaboração na redação de textos para semanários e jornais. Trabalha,
inicialmente, como vendedor de mercearias.

Quando completa 16 anos, em 1928, vai para África (Angola e Luanda), onde exerce,
primeiramente, a função de operário e, após isso, trabalha em uma fazenda, objetivando
conseguir novas/melhores perspectivas de progresso futuro. Contudo, depara, nessa
região, com uma intensa situação de miséria e pobreza.

Quando regressa a Portugal, passa a trabalhar como vendedor de caminhões, carros,
pneus e óleos. Também lecionou Língua Portuguesa. Adere aos ideais do Partido
Comunista Português e do Movimento de Unidade Democrática, contrapondo-se,
veemente, à conjuntura política da época, trazendo à tona diversas questões
“esquecidas”.

Em virtude de sua convivência com as péssimas condições de vida das camadas rurais e
de vivenciar duplamente essas condições (na infância e na juventude), volta seu olhar
para a dimensão social, mais especificamente, para as questões de reivindicação de
mudança social. A essa altura, reafirma a sua vocação para a escrita. Cria a Secção “De
sol a sol”, no jornal O Diabo, em que passa a publicar textos voltados para as tensões
sociais, contrapondo-se, assim, aos ideais de exploração dos regimes totalitários.

Fillus 2002 sinaliza o fato de a crise econômica da década de 1920 ocasionar uma serie
de problemáticas sociais, tais como: desemprego, fome, miséria e, sobretudo, a crise do
capitalismo. Diante dessa quadro, eclodem os Regimes Totalitários (nos solo português,
o Salazarismo), iniciando uma intensa repressão, censura e exploração das classes
minoritárias.

Tendo como pano de fundo esse contexto, surge o Neorrealismo, uma literatura de
cunho político, que se opõe, veemente, à opressão dos regimes totalitários. Eclode,
assim, um novo conceito de arte em uma perspectiva de conscientização, acompanhada
de novo papel social para o artista enquanto defensor da sociedade que busca melhorias
a partir da ampliação da visão de mundo[1].

Isso entra em sintonia com Fillus 2002, pp. 127, que diz que o “movimento neorrealista
corresponde a uma nova tomada de consciência da sociedade portuguesa”. Dentre os
autores que defendem uma criação literária de denuncias das condições de exploração
do povo (em sua grande diversidade), está Alves Redol.

Figueiredo 2005 sinaliza o fato de a obra de Redol estar diretamente ligada às questões
econômicas, políticas, sociais e culturais respeitantes ao mundo do autor. Ou seja, seus
escritos se voltam para uma perspectiva de cunho social, primando, sobretudo, pela
crítica ao Regime de Salazar (Estado Novo), transformando suas obras em instrumento
de intervenção social. Um aspecto que ilustra esse viés é o fato de esse autor não se
restringir ao uso de histórias de ficção, mas, acima de tudo, lançar mão de histórias que
focam na realidade social circundante. Algumas dessas temáticas que até então eram
ignoradas.

Em vista disso, Redol sofre repressão da ditadura militar (perseguição política),
chegando até a ser preso e torturado. Ao lançar mão dessa postura de preocupação
social, ele toma como base alguns ideais do marxismo e do socialismo, empregando-os
em sua escrita os pressupostos de autores revolucionários clássicos tais como: Marx,
Engels, Lenine, Lefebvre, Bukiharini e Friedman[2]. E, à luz desses escritores adeptos do
Marxismo e do Socialismo, Redol passa a abordar as condições de vida dos
trabalhadores que viviam à margem da sociedade por conta de uma exploração
desumana. Para tanto, ele retrata os diversos profissionais rurais e urbanos (destacando
seus inúmeros grupos), suas práticas corriqueiras do dia a dia e, sobretudo, suas
péssimas condições de vida em decorrência do capitalismo.

Inúmeros aspectos expostos na obra de Redol refletirem suas vivências particulares.
Partindo desse pressuposto, ele não só apresentava as mazelas a que era submetido esse
povo, mas, sobretudo, evidenciava sua natureza [3]. Com isso, as personagens do
romancista, em geral, são apresentadas, de forma que suas individualidades sejam
expostas. Contudo, refletem um todo na mesma condição. Isso, de certa forma,
evidencia uma dicotomia (individual X coletivo). Em alguns casos, ele até estabelece
comparações entre o animal e o homem, em vista das péssimas condições de vida deste
último. Porém, ao apresentar essa faceta, lança mão de uma crítica e de um discurso
velado, em função da repressão política. Isto é, pelo fato de a literatura estar silenciada
por conta da opressão, eleadéqua sua linguagem, escrevendo de forma não explícita. Em
outras palavras, ele revela sua preocupação social, suas ideologias subjacentes e seu
não-ditos, por intermédio de uma linguagem nem sempre objetiva e direta. Destaca-se,
ainda, o fato de tal autor trabalhar em constante renovação do seu estilo de escrita.

A obra de Redol é amparada por uma perspectiva social, primando pela abordagem de
aspectos sócio-políticos e econômicos, focalizando, em especial, personagens que
refletem a diversidade dos grupos da sociedade portuguesa (rural e urbana). Apesar de
suas obras serem pautadas de uma perspectiva de junção de fatores, elegendo como
objeto de estudo o romance, a dramaturgia, obras voltadas para crianças e jovens,
destaca-se, sobretudo, a temática da preocupação social, evidenciando a desigualdade
intensa na distribuição da rendas[4]. Daí provém sua importância enquanto escrito
neorrealista. Não só por “iniciar uma nova estética literária no século XX” [5], mas,
sobretudo, por voltar seu olhar para o sofrimento do povo [a questão da exploração a
que eram submetidos as pessoas das classes baixas, condições de vida, miséria, fome,
prostituição etc..].

Opiniões sobre Redol
Muitos críticos literários e autores expressaram suas opiniões sobre o autor, entre eles,
Mário Dionísio que prefaciou a obra Barranco de Cegos com os seguintes dizeres:
"...Romance do Ribatejo, sim, e o mais completo livro que se escreveu sobre uma região
que já entusiasmara Garrett e interessara Ramalho. Romance duma família poderosa e
dum mundo que em torno dela e sob ela gravita, de campinos, varinos, valadores. Mas
romance também duma época e dum país. Fundamentalmente, de cegos que conduzem
cegos para o barranco, na imagem de S. Mateus, e do esforço mais ou menos cego,
denodado e violento, para evitar -lo em vão.Quem são os cegos? Os políticos dum
governo que cede perante a desordens dos tempos (indústria, caminhos-de-ferro,
liberalismo) em vez de reagir-lhes com dureza, como pensa Diogo Relvas."

A autora de contos e poesias para o público adulto e infantil Matilde Rosa Araújo diz:
“Julgo que toda obra de Alves Redol vive na raiz de um profundo respeito de amor
pelos direitos do Homem. E, necessariamente, pelos direitos da criança.”

Arquimedes da Silva Santos expressa sua opinião sobre Redol: “... a qualidade de uma
outra sua arte, hoje tão raramente cultivada, a da amizade. Sentimo-la, companheiros de
Vila Franca, quando promovia reuniões de leitura e reflexão em sua casa, emprestando-
nos livros, levando-os a colaborar em jornais e revistas, ou organizando sessões
culturais, passeios às lezírias e visitas a museus, aproximando pessoas de diferentes
estratos socioeconómicos, de rurais e citadinos, de embarcadiços ribatejanos a
universitários lisboetas, num convívio de comunhão, ousados nesses tempos de
suspeição.”

Redol sobre si mesmo
Alves Redol recebeu duras críticas pelo fato de sua obra abordar personagens, temas e
situações que não eram explorados pela literatura e de utilizar uma linguagem simples
que incorporava a fala das personagens de acordo com o ambiente em que viviam. Por
isso, na epígrafe de Gaibéus, ele dá o seguinte aviso: “Este romance não pretende ficar
na literatura como obra de arte. Quer ser, antes de tudo, um documentário humano
fixado no Ribatejo. Depois disso, será o que os outros entenderem".

Redol expressa seu orgulho e prazer de exercer sua profissão na declaração a seguir: “Se
algum dia alguém me perguntasse que aprendizagem deveria um jovem fazer para
chegar a romancista, se o ofício se ensinasse, eu diria que enquanto a vida lhe não desse
todas as voltas e reviravoltas, amores, sofrimentos, repúdios, sonhos, frustrações,
equívocos, etc., etc., (...) seria avisado que o mandasse ensinar a sapateiro, não para
saber deitar tombas e meias solas, porque nem para tanto ele usufruirá, às vezes, com a
escrita, mas para que ganhasse o hábito de padecer bem, amarrado ao assunto durante
largos anos, antes que provasse o paladar gostoso de algumas horas de pleno prazer.”

Obras
Romances

       Gaibéus (1939)
       Marés (1941)
       Avieiros (1942)
       Fanga (1943)
       Anúncio (1945)
       Porto Manso (1946)
       Ciclo Port-Wine:
o  Horizonte Cerrado (1949)
          o  Os Homens e as Sombras (1951)
          o  Vindima de Sangue (1953)
      Olhos de Água (1954)
      A Barca dos Sete Lemes (1958)
      Uma Fenda na Muralha (1959)
      Cavalo Espantado (1960)
      Barranco de Cegos (1961)
      O Muro Branco (1966)
      Os Reinegros (1972)

Teatro

      Maria Emília (1945)
      Forja (1948)
      O Destino Morreu de Repente (1967)
      Fronteira Fechada (1972)

Contos

      Nasci Com Passaporte de Turista (1940)
      Espólio (1943)
      Comboio das Seis (1946)
      Noite Esquecida (1959)
      Constantino, Guardador de Vacas e de Sonhos (1962)
      Histórias Afluentes (1963)
      Três Contos de Dentes (1968)

Literatura infantil

      Vida Mágica da Sementinha (1956)
      A Flor Vai Ver o Mar (1968)
      A Flor Vai Pescar Num Bote (1968)
      Uma Flor Chamada Maria (1969)
      Maria Flor Abre o Livro das Surpresas (1970)

Estudos

      Glória: Uma Aldeia do Ribatejo (1938)
      A França: Da Resistência à Renascença (1949)
      Cancioneiro do Ribatejo (1950)
      Ribatejo (Em Portugal Maravilhoso) (1952)
      Romanceiro Geral do Povo Português (1964)

Conferência

      LeRoman de Tage (Edição da UnionFrançaiseUniversitaire, Paris ) (1946)
Referências
  1.   ↑Figueiredo 2005.
  2.   ↑Figueiredo 2005.
  3.   ↑Figueiredo 2005.
  4.   ↑Figueiredo 2005.
  5.   ↑Fillus 2002, pp. 126

Bibliografia
       FIGUEIREDO, Anabela Oliveira de. A Obra de Alves Redol para Crianças:
       Dissertação de Mestrado em Estudos Portugueses Interdisciplinares. Coimbra:
       Universidade Aberta, 2005.
       FIGUEIREDO, Anabela Oliveira de. O Lúdico e o Didáctico na Obra de Alves
       Redol: in Anais do I Encontro Internacional de Língua Portuguesa. [S.l.: s.n.],
       2008.
       FILLUS, Luiza Nelma. Perfis Femininos em Gaibeús de Alves Redol:
       inANACLETA, v. 3, n.º 2, jul/dez 2002. Guarapuava, Paraná: [s.n.], 2002. p. 125-
       132.
       INFOPÉDIA. Infopédia: sv Alves Redol. Porto: Porto Editora, 2013-2011.
       LOBO, Domingos. Alves Redol: A Escrita Contra a Sujeição: in O Militante n.º
       315, nov/dez 2011. Lisboa: [s.n.], 2011.
       LOPES, Óscar. Gaibéus: Uma Leitura Cinquentenária. Lisboa: Caminho, 1990.
       MUSEU DO NEOREALISMO. Comemorações do Centenário de Alves Redol:
       Dossier de Imprensa. Vila Franca de Xira: Museu do Neorealismo.
       RESENDE, Kellen.
       [htpp://www.nee.ueg.br/seer/index.php/temporisacao/article/view/17/23
       Repressão e Silêncio em Gaibéus de Alves Redol]. [S.l.: s.n.].
       SILVA, Garcez da. Alves Redol e o Grupo Neo-Realista de Vila Franca. Lisboa:
       Caminho, 1990.
       TORRES, Alexandre Pinheiro. Os Romances de Alves Redol. Lisboa: Morais
       Editora.
       UNIVERSIDADE ABERTA. Obra de Alves Redol para Crianças. Programa de Pós-
       Graduação em Estudos Portugueses Interdisciplinares. [S.l.]: Universidade

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Biografia

  • 1. Biografia Redol tem sua origem nos espaços rurais (infância marcada pela pobreza, já que seu pai era um comerciante de pequeno porte). Em função disso, começou desde cedo a trabalhar. Presencia, desde essa altura, as péssimas condições de vida do homem rural, o que, mais tarde, vai se refletir, preponderantemente, em sua escrita. Inicialmente, almejava ser médico, mas, em decorrência da influência do seu avô, bem como do contato e da admiração pelos jornalistas e escritores, passa a aspirar ao ingresso no âmbito da escrita. Inicia-se nessa esfera aos 12 anos. Quando completa 14 anos, inicia sua colaboração na redação de textos para semanários e jornais. Trabalha, inicialmente, como vendedor de mercearias. Quando completa 16 anos, em 1928, vai para África (Angola e Luanda), onde exerce, primeiramente, a função de operário e, após isso, trabalha em uma fazenda, objetivando conseguir novas/melhores perspectivas de progresso futuro. Contudo, depara, nessa região, com uma intensa situação de miséria e pobreza. Quando regressa a Portugal, passa a trabalhar como vendedor de caminhões, carros, pneus e óleos. Também lecionou Língua Portuguesa. Adere aos ideais do Partido Comunista Português e do Movimento de Unidade Democrática, contrapondo-se, veemente, à conjuntura política da época, trazendo à tona diversas questões “esquecidas”. Em virtude de sua convivência com as péssimas condições de vida das camadas rurais e de vivenciar duplamente essas condições (na infância e na juventude), volta seu olhar para a dimensão social, mais especificamente, para as questões de reivindicação de mudança social. A essa altura, reafirma a sua vocação para a escrita. Cria a Secção “De sol a sol”, no jornal O Diabo, em que passa a publicar textos voltados para as tensões sociais, contrapondo-se, assim, aos ideais de exploração dos regimes totalitários. Fillus 2002 sinaliza o fato de a crise econômica da década de 1920 ocasionar uma serie de problemáticas sociais, tais como: desemprego, fome, miséria e, sobretudo, a crise do capitalismo. Diante dessa quadro, eclodem os Regimes Totalitários (nos solo português, o Salazarismo), iniciando uma intensa repressão, censura e exploração das classes minoritárias. Tendo como pano de fundo esse contexto, surge o Neorrealismo, uma literatura de cunho político, que se opõe, veemente, à opressão dos regimes totalitários. Eclode, assim, um novo conceito de arte em uma perspectiva de conscientização, acompanhada de novo papel social para o artista enquanto defensor da sociedade que busca melhorias a partir da ampliação da visão de mundo[1]. Isso entra em sintonia com Fillus 2002, pp. 127, que diz que o “movimento neorrealista corresponde a uma nova tomada de consciência da sociedade portuguesa”. Dentre os autores que defendem uma criação literária de denuncias das condições de exploração do povo (em sua grande diversidade), está Alves Redol. Figueiredo 2005 sinaliza o fato de a obra de Redol estar diretamente ligada às questões econômicas, políticas, sociais e culturais respeitantes ao mundo do autor. Ou seja, seus
  • 2. escritos se voltam para uma perspectiva de cunho social, primando, sobretudo, pela crítica ao Regime de Salazar (Estado Novo), transformando suas obras em instrumento de intervenção social. Um aspecto que ilustra esse viés é o fato de esse autor não se restringir ao uso de histórias de ficção, mas, acima de tudo, lançar mão de histórias que focam na realidade social circundante. Algumas dessas temáticas que até então eram ignoradas. Em vista disso, Redol sofre repressão da ditadura militar (perseguição política), chegando até a ser preso e torturado. Ao lançar mão dessa postura de preocupação social, ele toma como base alguns ideais do marxismo e do socialismo, empregando-os em sua escrita os pressupostos de autores revolucionários clássicos tais como: Marx, Engels, Lenine, Lefebvre, Bukiharini e Friedman[2]. E, à luz desses escritores adeptos do Marxismo e do Socialismo, Redol passa a abordar as condições de vida dos trabalhadores que viviam à margem da sociedade por conta de uma exploração desumana. Para tanto, ele retrata os diversos profissionais rurais e urbanos (destacando seus inúmeros grupos), suas práticas corriqueiras do dia a dia e, sobretudo, suas péssimas condições de vida em decorrência do capitalismo. Inúmeros aspectos expostos na obra de Redol refletirem suas vivências particulares. Partindo desse pressuposto, ele não só apresentava as mazelas a que era submetido esse povo, mas, sobretudo, evidenciava sua natureza [3]. Com isso, as personagens do romancista, em geral, são apresentadas, de forma que suas individualidades sejam expostas. Contudo, refletem um todo na mesma condição. Isso, de certa forma, evidencia uma dicotomia (individual X coletivo). Em alguns casos, ele até estabelece comparações entre o animal e o homem, em vista das péssimas condições de vida deste último. Porém, ao apresentar essa faceta, lança mão de uma crítica e de um discurso velado, em função da repressão política. Isto é, pelo fato de a literatura estar silenciada por conta da opressão, eleadéqua sua linguagem, escrevendo de forma não explícita. Em outras palavras, ele revela sua preocupação social, suas ideologias subjacentes e seu não-ditos, por intermédio de uma linguagem nem sempre objetiva e direta. Destaca-se, ainda, o fato de tal autor trabalhar em constante renovação do seu estilo de escrita. A obra de Redol é amparada por uma perspectiva social, primando pela abordagem de aspectos sócio-políticos e econômicos, focalizando, em especial, personagens que refletem a diversidade dos grupos da sociedade portuguesa (rural e urbana). Apesar de suas obras serem pautadas de uma perspectiva de junção de fatores, elegendo como objeto de estudo o romance, a dramaturgia, obras voltadas para crianças e jovens, destaca-se, sobretudo, a temática da preocupação social, evidenciando a desigualdade intensa na distribuição da rendas[4]. Daí provém sua importância enquanto escrito neorrealista. Não só por “iniciar uma nova estética literária no século XX” [5], mas, sobretudo, por voltar seu olhar para o sofrimento do povo [a questão da exploração a que eram submetidos as pessoas das classes baixas, condições de vida, miséria, fome, prostituição etc..]. Opiniões sobre Redol Muitos críticos literários e autores expressaram suas opiniões sobre o autor, entre eles, Mário Dionísio que prefaciou a obra Barranco de Cegos com os seguintes dizeres: "...Romance do Ribatejo, sim, e o mais completo livro que se escreveu sobre uma região que já entusiasmara Garrett e interessara Ramalho. Romance duma família poderosa e
  • 3. dum mundo que em torno dela e sob ela gravita, de campinos, varinos, valadores. Mas romance também duma época e dum país. Fundamentalmente, de cegos que conduzem cegos para o barranco, na imagem de S. Mateus, e do esforço mais ou menos cego, denodado e violento, para evitar -lo em vão.Quem são os cegos? Os políticos dum governo que cede perante a desordens dos tempos (indústria, caminhos-de-ferro, liberalismo) em vez de reagir-lhes com dureza, como pensa Diogo Relvas." A autora de contos e poesias para o público adulto e infantil Matilde Rosa Araújo diz: “Julgo que toda obra de Alves Redol vive na raiz de um profundo respeito de amor pelos direitos do Homem. E, necessariamente, pelos direitos da criança.” Arquimedes da Silva Santos expressa sua opinião sobre Redol: “... a qualidade de uma outra sua arte, hoje tão raramente cultivada, a da amizade. Sentimo-la, companheiros de Vila Franca, quando promovia reuniões de leitura e reflexão em sua casa, emprestando- nos livros, levando-os a colaborar em jornais e revistas, ou organizando sessões culturais, passeios às lezírias e visitas a museus, aproximando pessoas de diferentes estratos socioeconómicos, de rurais e citadinos, de embarcadiços ribatejanos a universitários lisboetas, num convívio de comunhão, ousados nesses tempos de suspeição.” Redol sobre si mesmo Alves Redol recebeu duras críticas pelo fato de sua obra abordar personagens, temas e situações que não eram explorados pela literatura e de utilizar uma linguagem simples que incorporava a fala das personagens de acordo com o ambiente em que viviam. Por isso, na epígrafe de Gaibéus, ele dá o seguinte aviso: “Este romance não pretende ficar na literatura como obra de arte. Quer ser, antes de tudo, um documentário humano fixado no Ribatejo. Depois disso, será o que os outros entenderem". Redol expressa seu orgulho e prazer de exercer sua profissão na declaração a seguir: “Se algum dia alguém me perguntasse que aprendizagem deveria um jovem fazer para chegar a romancista, se o ofício se ensinasse, eu diria que enquanto a vida lhe não desse todas as voltas e reviravoltas, amores, sofrimentos, repúdios, sonhos, frustrações, equívocos, etc., etc., (...) seria avisado que o mandasse ensinar a sapateiro, não para saber deitar tombas e meias solas, porque nem para tanto ele usufruirá, às vezes, com a escrita, mas para que ganhasse o hábito de padecer bem, amarrado ao assunto durante largos anos, antes que provasse o paladar gostoso de algumas horas de pleno prazer.” Obras Romances Gaibéus (1939) Marés (1941) Avieiros (1942) Fanga (1943) Anúncio (1945) Porto Manso (1946) Ciclo Port-Wine:
  • 4. o Horizonte Cerrado (1949) o Os Homens e as Sombras (1951) o Vindima de Sangue (1953) Olhos de Água (1954) A Barca dos Sete Lemes (1958) Uma Fenda na Muralha (1959) Cavalo Espantado (1960) Barranco de Cegos (1961) O Muro Branco (1966) Os Reinegros (1972) Teatro Maria Emília (1945) Forja (1948) O Destino Morreu de Repente (1967) Fronteira Fechada (1972) Contos Nasci Com Passaporte de Turista (1940) Espólio (1943) Comboio das Seis (1946) Noite Esquecida (1959) Constantino, Guardador de Vacas e de Sonhos (1962) Histórias Afluentes (1963) Três Contos de Dentes (1968) Literatura infantil Vida Mágica da Sementinha (1956) A Flor Vai Ver o Mar (1968) A Flor Vai Pescar Num Bote (1968) Uma Flor Chamada Maria (1969) Maria Flor Abre o Livro das Surpresas (1970) Estudos Glória: Uma Aldeia do Ribatejo (1938) A França: Da Resistência à Renascença (1949) Cancioneiro do Ribatejo (1950) Ribatejo (Em Portugal Maravilhoso) (1952) Romanceiro Geral do Povo Português (1964) Conferência LeRoman de Tage (Edição da UnionFrançaiseUniversitaire, Paris ) (1946)
  • 5. Referências 1. ↑Figueiredo 2005. 2. ↑Figueiredo 2005. 3. ↑Figueiredo 2005. 4. ↑Figueiredo 2005. 5. ↑Fillus 2002, pp. 126 Bibliografia FIGUEIREDO, Anabela Oliveira de. A Obra de Alves Redol para Crianças: Dissertação de Mestrado em Estudos Portugueses Interdisciplinares. Coimbra: Universidade Aberta, 2005. FIGUEIREDO, Anabela Oliveira de. O Lúdico e o Didáctico na Obra de Alves Redol: in Anais do I Encontro Internacional de Língua Portuguesa. [S.l.: s.n.], 2008. FILLUS, Luiza Nelma. Perfis Femininos em Gaibeús de Alves Redol: inANACLETA, v. 3, n.º 2, jul/dez 2002. Guarapuava, Paraná: [s.n.], 2002. p. 125- 132. INFOPÉDIA. Infopédia: sv Alves Redol. Porto: Porto Editora, 2013-2011. LOBO, Domingos. Alves Redol: A Escrita Contra a Sujeição: in O Militante n.º 315, nov/dez 2011. Lisboa: [s.n.], 2011. LOPES, Óscar. Gaibéus: Uma Leitura Cinquentenária. Lisboa: Caminho, 1990. MUSEU DO NEOREALISMO. Comemorações do Centenário de Alves Redol: Dossier de Imprensa. Vila Franca de Xira: Museu do Neorealismo. RESENDE, Kellen. [htpp://www.nee.ueg.br/seer/index.php/temporisacao/article/view/17/23 Repressão e Silêncio em Gaibéus de Alves Redol]. [S.l.: s.n.]. SILVA, Garcez da. Alves Redol e o Grupo Neo-Realista de Vila Franca. Lisboa: Caminho, 1990. TORRES, Alexandre Pinheiro. Os Romances de Alves Redol. Lisboa: Morais Editora. UNIVERSIDADE ABERTA. Obra de Alves Redol para Crianças. Programa de Pós- Graduação em Estudos Portugueses Interdisciplinares. [S.l.]: Universidade