1) A Psicologia Comunitária surgiu oficialmente em 1965 em Boston, visando melhorar a qualidade das relações entre indivíduos e ambiente, não se limitando a perspectivas individuais.
2) Fatores como insatisfação com serviços de saúde mental e desigualdade no acesso levaram ao desenvolvimento da Psicologia Comunitária.
3) A Psicologia Comunitária baseia-se em vários quadros teóricos como psicologia social, teoria dos sistemas e perspectiva ecológica, visando compreender com
Psicossociologia análise social e intervençãoAriane Mafra
1. O documento discute a psicossociologia, que analisa a dinâmica social a partir da perspectiva dos indivíduos, grupos e organizações.
2. Aborda a teoria do "socius" e como a organização e funcionamento social são influenciados por práticas sociais reais, como a intervenção psicossociológica.
3. Apresenta experiências de intervenção psicossociológica na França e no Brasil, analisando como a prática contribuiu para o desenvolvimento teórico da psicoss
O documento discute a importância da ética e dos projetos profissionais no serviço social. Apresenta quatro ideias principais: 1) a distinção entre moral e ética; 2) a genealogia da moral como método para analisar a identidade profissional; 3) a natureza do projeto profissional; 4) os valores centrais de liberdade, direitos humanos, democracia e competência em projetos de serviço social. O documento defende uma abordagem reflexiva e crítica da ética na formação e prática dos assistentes sociais.
Este documento discute a relação entre teoria e prática no trabalho social. Apresenta três argumentos comuns sobre como os profissionais usam a teoria: 1) o argumento pragmático de que as teorias são difíceis de aplicar na prática devido a sua natureza genérica e competitiva; 2) o argumento positivista de que as teorias não são suficientemente rigorosas; e 3) o argumento eclético de que as teorias podem ser usadas em conjunto. O documento refuta esses argumentos e defende que a teoria e a pr
Este documento apresenta um resumo de três frases ou menos do livro "Psicologia Social: desafios e ações":
1) O livro reúne textos de conferencistas e expositores do XIII Encontro Regional Sul da Associação Brasileira de Psicologia Social, que discutem desafios e formas de atuação da Psicologia Social em diversas áreas como saúde, cultura, sexualidade e diferentes idades.
2) Os textos defendem uma Psicologia Social capaz de compreender a complexidade da realidade atual e abandon
O artigo discute a relação entre Psicologia Social e trabalho em dois tempos. No primeiro tempo, analisa o texto seminal de Ignácio Marín-Baró que propõe uma abordagem política do trabalho na América Latina, atenta às peculiaridades e desigualdades estruturais. No segundo tempo, retoma dois textos contemporâneos que dialogam com o trabalho, valorizando as formas alternativas de trabalho e compreendendo os sujeitos em seus modos de trabalhar. Ao longo do texto, defende-se a importância de uma psicologia social do trabalho atenta
Slide de uma aula de minha Monitoria para a Disciplina de Psicologia Social I; Texto A Psicologia Social e uma nova concepção do homem para a psicologia. Livro O homem e Movimento, da Autora Silvia Lane
O documento discute os fundamentos da psicologia social e apresenta diferentes abordagens teóricas, como o reducionismo, o complementarismo e o sistematismo. O complementarismo propõe que os fenômenos sociais devem ser estudados a partir de múltiplas perspectivas, como a biológica, cognitiva e social. Já o sistematismo defende uma abordagem que considere a composição dos sistemas sociais, sua organização estrutural e o contexto em que estão inseridos.
Uma reflexão sobre a psicologia social comunitáriaIsabella Costa
O documento discute a história e conceitos da psicologia social comunitária no Brasil. Ele descreve como a área emergiu nas décadas de 1960-1970 para promover a conscientização crítica e melhorar a qualidade de vida das comunidades carentes. Também define comunidade e explica como os psicólogos comunitários trabalham de forma interdisciplinar para transformar indivíduos em sujeitos ativos por meio de visitas domiciliares e mapeamento de problemas comunitários.
Psicossociologia análise social e intervençãoAriane Mafra
1. O documento discute a psicossociologia, que analisa a dinâmica social a partir da perspectiva dos indivíduos, grupos e organizações.
2. Aborda a teoria do "socius" e como a organização e funcionamento social são influenciados por práticas sociais reais, como a intervenção psicossociológica.
3. Apresenta experiências de intervenção psicossociológica na França e no Brasil, analisando como a prática contribuiu para o desenvolvimento teórico da psicoss
O documento discute a importância da ética e dos projetos profissionais no serviço social. Apresenta quatro ideias principais: 1) a distinção entre moral e ética; 2) a genealogia da moral como método para analisar a identidade profissional; 3) a natureza do projeto profissional; 4) os valores centrais de liberdade, direitos humanos, democracia e competência em projetos de serviço social. O documento defende uma abordagem reflexiva e crítica da ética na formação e prática dos assistentes sociais.
Este documento discute a relação entre teoria e prática no trabalho social. Apresenta três argumentos comuns sobre como os profissionais usam a teoria: 1) o argumento pragmático de que as teorias são difíceis de aplicar na prática devido a sua natureza genérica e competitiva; 2) o argumento positivista de que as teorias não são suficientemente rigorosas; e 3) o argumento eclético de que as teorias podem ser usadas em conjunto. O documento refuta esses argumentos e defende que a teoria e a pr
Este documento apresenta um resumo de três frases ou menos do livro "Psicologia Social: desafios e ações":
1) O livro reúne textos de conferencistas e expositores do XIII Encontro Regional Sul da Associação Brasileira de Psicologia Social, que discutem desafios e formas de atuação da Psicologia Social em diversas áreas como saúde, cultura, sexualidade e diferentes idades.
2) Os textos defendem uma Psicologia Social capaz de compreender a complexidade da realidade atual e abandon
O artigo discute a relação entre Psicologia Social e trabalho em dois tempos. No primeiro tempo, analisa o texto seminal de Ignácio Marín-Baró que propõe uma abordagem política do trabalho na América Latina, atenta às peculiaridades e desigualdades estruturais. No segundo tempo, retoma dois textos contemporâneos que dialogam com o trabalho, valorizando as formas alternativas de trabalho e compreendendo os sujeitos em seus modos de trabalhar. Ao longo do texto, defende-se a importância de uma psicologia social do trabalho atenta
Slide de uma aula de minha Monitoria para a Disciplina de Psicologia Social I; Texto A Psicologia Social e uma nova concepção do homem para a psicologia. Livro O homem e Movimento, da Autora Silvia Lane
O documento discute os fundamentos da psicologia social e apresenta diferentes abordagens teóricas, como o reducionismo, o complementarismo e o sistematismo. O complementarismo propõe que os fenômenos sociais devem ser estudados a partir de múltiplas perspectivas, como a biológica, cognitiva e social. Já o sistematismo defende uma abordagem que considere a composição dos sistemas sociais, sua organização estrutural e o contexto em que estão inseridos.
Uma reflexão sobre a psicologia social comunitáriaIsabella Costa
O documento discute a história e conceitos da psicologia social comunitária no Brasil. Ele descreve como a área emergiu nas décadas de 1960-1970 para promover a conscientização crítica e melhorar a qualidade de vida das comunidades carentes. Também define comunidade e explica como os psicólogos comunitários trabalham de forma interdisciplinar para transformar indivíduos em sujeitos ativos por meio de visitas domiciliares e mapeamento de problemas comunitários.
1) O documento descreve a produção científica na psicologia social brasileira entre 1986-1992, analisando trabalhos publicados na revista Psicologia & Sociedade.
2) Neste período, a revista funcionou mais como anais de encontros da ABRAPSO do que como uma revista científica tradicional, refletindo o contexto de consolidação de uma nova perspectiva na psicologia social brasileira.
3) A diretoria da ABRAPSO em 1992 expressava preocupação com falta de comunicação entre as regionais e a necessidade de
O documento descreve a evolução histórica da Psicologia Social Comunitária no Brasil e na América Latina desde os anos 1960. Apresenta os principais marcos no desenvolvimento da área, como o surgimento dos primeiros trabalhos comunitários nas décadas de 1960-1970 e a consolidação da Psicologia Social Comunitária como disciplina obrigatória nos cursos de Psicologia a partir da década de 1990. Também discute as mudanças nas práticas psicológicas comunitárias a partir da década de 1990, com o surgimento de novas demandas
Psicologia comunitaria uma abordagem conteitualFran Cedeño
Este documento apresenta uma revisão das principais tentativas de conceituação da Psicologia Comunitária, analisando suas origens na Psicologia Social. Discute-se que a Psicologia Comunitária é um saber em construção e pragmático, derivado da Psicologia Social, e que muitas de suas teorias e técnicas são adaptadas de referenciais teóricos existentes. Também aborda os desafios teóricos enfrentados, como a falta de um referencial teórico adequado e a necessidade de melhor articulação entre teoria
O documento descreve a história da psicologia social comunitária, começando com seu desenvolvimento após a Primeira Guerra Mundial para compreender crises sociais. Nos EUA, nos anos 1950-1960, modelos de ação comunitária surgiram para promover saúde mental. Na América Latina, nos anos 1960-1980, psicólogos trabalharam com comunidades sob ditaduras militares. A psicologia social comunitária se consolida nos anos 1990 como disciplina acadêmica comprometida com mudanças sociais e desenvolvimento humano.
Slides psicologia social comunitária enade 2012Bruna Talita
A psicologia social comunitária estuda as relações e representações dentro de uma comunidade para promover o desenvolvimento da consciência dos moradores como sujeitos históricos. O documento discute conceitos-chave como território, exclusão social e métodos para trabalhar com comunidades, com foco em empoderar indivíduos.
O que o serviço social quer dizer? (Faleiros, 2011)sesounirio
Este documento discute as definições históricas do Serviço Social em três frases:
1) Inicialmente, o foco era no ajustamento do indivíduo à sociedade por meio de técnicas científicas para promover o bem-estar social.
2) Na década de 1970, passou-se a enxergar o Serviço Social também como forma de controle social que reproduz a ideologia dominante.
3) Atualmente, há diversidade de perspectivas teóricas, desde o funcionalismo até enfoques marxistas que
A psicologia social surgiu no século XX para estabelecer uma ponte entre a psicologia e as ciências sociais, tendo como objeto de estudo o comportamento dos indivíduos em interação. Ela aborda conceitos como percepção social, comunicação, atitudes, processo de socialização, grupos sociais e papéis sociais. Recentemente, novas configurações familiares, como casais homoafetivos e famílias homoparentais, vêm desafiando modelos tradicionais.
[1] O documento discute a evolução da Sociologia como ciência, desde seus fundadores como Comte e Durkheim até teóricos contemporâneos como Wallerstein. [2] Apresenta as principais abordagens teóricas da Sociologia, como o funcionalismo de Comte e Durkheim, a compreensão de Weber e o materialismo dialético de Marx. [3] Destaca a teoria do sistema-mundo de Wallerstein, que propõe analisar a sociedade globalmente ao invés de apenas os Estados-nação.
Este plano de ensino descreve uma disciplina de Psicologia e Práticas Comunitárias. O curso visa contribuir para o desenvolvimento da psicologia comunitária como disciplina, estimulando sua pesquisa e formando profissionais capazes de aplicar seus conhecimentos teóricos e metodológicos na solução de problemas da comunidade. O curso abordará conceitos como sociedade, comunidade e cidadania, além de discutir a atuação do psicólogo em organizações e movimentos sociais.
O documento resume a teoria estruturalista, que se concentra no estudo das organizações como um todo e nas interações entre suas partes. A teoria surgiu devido à oposição entre a teoria clássica e das relações humanas e enfatiza a estrutura da organização. O estruturalismo considera a sociedade moderna como uma sociedade de organizações e analisa suas estruturas e interações.
O documento descreve os quatro pilares da psicologia comunitária: empowerment, cidadania, luta contra a pobreza e saúde mental. A psicologia comunitária tem como objetivo melhorar a saúde mental e competências da comunidade através da prevenção de problemas e atribuição de poder à população.
Este documento discute a natureza social do comportamento humano. Explica que desde o nascimento somos influenciados pela sociedade através de nossas interações com outras pessoas e grupos. Discute como aprendemos papéis sociais e normas que regulam nossas relações, e como isso influencia nossa identidade e percepção do mundo. Também aborda como instituições como família e escola reproduzem as condições sociais.
O documento discute a evolução histórica da Psicologia Social, desde sua fundação por Wundt até as teorias contemporâneas. Ao longo do tempo, houve debates sobre se a Psicologia Social deveria ser vista como parte da Psicologia ou da Sociologia. Teóricos como Ramos, Rodrigues e Lane debateram como compreender a relação entre indivíduo e sociedade, com visões diferentes sobre o grau em que o indivíduo é influenciado ou pode influenciar a sociedade.
O documento descreve a Teoria Estruturalista da administração, que surgiu para conciliar a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas. A Teoria Estruturalista enfatiza o estudo das interações entre as organizações sociais e vê a sociedade moderna como uma sociedade de organizações nas quais o homem desempenha vários papéis. Ela analisa as organizações considerando tanto aspectos formais quanto informais.
O documento discute a Teoria Estruturalista da administração. A Teoria Estruturalista emergiu para conciliar as abordagens clássicas e das Relações Humanas, enfatizando uma análise múltipla que considera tanto aspectos formais quanto informais das organizações. Ela vê as organizações como sistemas complexos que interagem com o ambiente externo.
A professora Sílvia Tatiana Maurer Lane teve uma trajetória importante no desenvolvimento da Psicologia Social no Brasil e na América Latina. Seu trabalho na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo contribuiu para o desenvolvimento da perspectiva sócio-histórica na Psicologia Social brasileira e para a criação da Psicologia Social Comunitária. Sua ênfase na importância do contexto social e do compromisso com a transformação da realidade fizeram dela uma influência fundamental no novo projeto de Psicologia Comprometida Socialmente.
1) O artigo discute como a perspectiva histórico-cultural de Vigotski pode contribuir para a práxis do psicólogo comunitário.
2) A perspectiva de Vigotski enfatiza a natureza social e mediada dos processos psicológicos, o método de investigação genético e a zona de desenvolvimento proximal.
3) Essas abordagens podem ajudar a superar dicotomias entre social e individual e enfatizar as interações dinâmicas em comunidades.
O documento descreve a evolução da psicologia social nos Estados Unidos, Europa e América Latina. Nos EUA, destaca-se o estudo experimental de atitudes e dinâmica de grupos entre os anos 1920-1980, enquanto na Europa e América Latina priorizou-se o estudo de identidade social e representações sociais a partir dos anos 1970, com foco nos problemas sociais e políticos regionais.
O documento discute a relação entre teoria, prática e práxis na Psicologia Social. Defende que a Psicologia Social deve estar a serviço da emancipação e transformação social, desenvolvendo uma práxis crítica que articule teoria e prática de forma dialética e comprometida com processos emancipatórios.
Este documento discute o conceito de contrato psicológico no contexto das organizações. Apresenta uma breve história do termo e define contrato psicológico como um acordo implícito entre empregados e empregadores que vai além do contrato formal. Discute como as expectativas mútuas podem ser afetadas ao longo do tempo e como a violação desse contrato pode levar à insatisfação e intenção de deixar a organização.
O documento discute a Psicologia Social, sua história e abordagens. A Psicologia Social surgiu da associação entre Psicologia e Sociologia para estudar a influência dos fatores sociais no comportamento humano. Atualmente, a Psicologia Social estuda indivíduos e grupos em contextos sociais reais para promover relações humanas e melhorar a organização da sociedade.
Este documento discute a origem e desenvolvimento da teoria das representações sociais. Apresenta como Serge Moscovici introduziu o conceito para descrever como o conhecimento científico é apropriado pelo senso comum. Também define representações sociais e explica que elas são construções sociais compartilhadas que permitem comunicação e ação social. Finalmente, discute os processos de objetivação e ancoragem que formam as representações sociais.
1) O documento descreve a produção científica na psicologia social brasileira entre 1986-1992, analisando trabalhos publicados na revista Psicologia & Sociedade.
2) Neste período, a revista funcionou mais como anais de encontros da ABRAPSO do que como uma revista científica tradicional, refletindo o contexto de consolidação de uma nova perspectiva na psicologia social brasileira.
3) A diretoria da ABRAPSO em 1992 expressava preocupação com falta de comunicação entre as regionais e a necessidade de
O documento descreve a evolução histórica da Psicologia Social Comunitária no Brasil e na América Latina desde os anos 1960. Apresenta os principais marcos no desenvolvimento da área, como o surgimento dos primeiros trabalhos comunitários nas décadas de 1960-1970 e a consolidação da Psicologia Social Comunitária como disciplina obrigatória nos cursos de Psicologia a partir da década de 1990. Também discute as mudanças nas práticas psicológicas comunitárias a partir da década de 1990, com o surgimento de novas demandas
Psicologia comunitaria uma abordagem conteitualFran Cedeño
Este documento apresenta uma revisão das principais tentativas de conceituação da Psicologia Comunitária, analisando suas origens na Psicologia Social. Discute-se que a Psicologia Comunitária é um saber em construção e pragmático, derivado da Psicologia Social, e que muitas de suas teorias e técnicas são adaptadas de referenciais teóricos existentes. Também aborda os desafios teóricos enfrentados, como a falta de um referencial teórico adequado e a necessidade de melhor articulação entre teoria
O documento descreve a história da psicologia social comunitária, começando com seu desenvolvimento após a Primeira Guerra Mundial para compreender crises sociais. Nos EUA, nos anos 1950-1960, modelos de ação comunitária surgiram para promover saúde mental. Na América Latina, nos anos 1960-1980, psicólogos trabalharam com comunidades sob ditaduras militares. A psicologia social comunitária se consolida nos anos 1990 como disciplina acadêmica comprometida com mudanças sociais e desenvolvimento humano.
Slides psicologia social comunitária enade 2012Bruna Talita
A psicologia social comunitária estuda as relações e representações dentro de uma comunidade para promover o desenvolvimento da consciência dos moradores como sujeitos históricos. O documento discute conceitos-chave como território, exclusão social e métodos para trabalhar com comunidades, com foco em empoderar indivíduos.
O que o serviço social quer dizer? (Faleiros, 2011)sesounirio
Este documento discute as definições históricas do Serviço Social em três frases:
1) Inicialmente, o foco era no ajustamento do indivíduo à sociedade por meio de técnicas científicas para promover o bem-estar social.
2) Na década de 1970, passou-se a enxergar o Serviço Social também como forma de controle social que reproduz a ideologia dominante.
3) Atualmente, há diversidade de perspectivas teóricas, desde o funcionalismo até enfoques marxistas que
A psicologia social surgiu no século XX para estabelecer uma ponte entre a psicologia e as ciências sociais, tendo como objeto de estudo o comportamento dos indivíduos em interação. Ela aborda conceitos como percepção social, comunicação, atitudes, processo de socialização, grupos sociais e papéis sociais. Recentemente, novas configurações familiares, como casais homoafetivos e famílias homoparentais, vêm desafiando modelos tradicionais.
[1] O documento discute a evolução da Sociologia como ciência, desde seus fundadores como Comte e Durkheim até teóricos contemporâneos como Wallerstein. [2] Apresenta as principais abordagens teóricas da Sociologia, como o funcionalismo de Comte e Durkheim, a compreensão de Weber e o materialismo dialético de Marx. [3] Destaca a teoria do sistema-mundo de Wallerstein, que propõe analisar a sociedade globalmente ao invés de apenas os Estados-nação.
Este plano de ensino descreve uma disciplina de Psicologia e Práticas Comunitárias. O curso visa contribuir para o desenvolvimento da psicologia comunitária como disciplina, estimulando sua pesquisa e formando profissionais capazes de aplicar seus conhecimentos teóricos e metodológicos na solução de problemas da comunidade. O curso abordará conceitos como sociedade, comunidade e cidadania, além de discutir a atuação do psicólogo em organizações e movimentos sociais.
O documento resume a teoria estruturalista, que se concentra no estudo das organizações como um todo e nas interações entre suas partes. A teoria surgiu devido à oposição entre a teoria clássica e das relações humanas e enfatiza a estrutura da organização. O estruturalismo considera a sociedade moderna como uma sociedade de organizações e analisa suas estruturas e interações.
O documento descreve os quatro pilares da psicologia comunitária: empowerment, cidadania, luta contra a pobreza e saúde mental. A psicologia comunitária tem como objetivo melhorar a saúde mental e competências da comunidade através da prevenção de problemas e atribuição de poder à população.
Este documento discute a natureza social do comportamento humano. Explica que desde o nascimento somos influenciados pela sociedade através de nossas interações com outras pessoas e grupos. Discute como aprendemos papéis sociais e normas que regulam nossas relações, e como isso influencia nossa identidade e percepção do mundo. Também aborda como instituições como família e escola reproduzem as condições sociais.
O documento discute a evolução histórica da Psicologia Social, desde sua fundação por Wundt até as teorias contemporâneas. Ao longo do tempo, houve debates sobre se a Psicologia Social deveria ser vista como parte da Psicologia ou da Sociologia. Teóricos como Ramos, Rodrigues e Lane debateram como compreender a relação entre indivíduo e sociedade, com visões diferentes sobre o grau em que o indivíduo é influenciado ou pode influenciar a sociedade.
O documento descreve a Teoria Estruturalista da administração, que surgiu para conciliar a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas. A Teoria Estruturalista enfatiza o estudo das interações entre as organizações sociais e vê a sociedade moderna como uma sociedade de organizações nas quais o homem desempenha vários papéis. Ela analisa as organizações considerando tanto aspectos formais quanto informais.
O documento discute a Teoria Estruturalista da administração. A Teoria Estruturalista emergiu para conciliar as abordagens clássicas e das Relações Humanas, enfatizando uma análise múltipla que considera tanto aspectos formais quanto informais das organizações. Ela vê as organizações como sistemas complexos que interagem com o ambiente externo.
A professora Sílvia Tatiana Maurer Lane teve uma trajetória importante no desenvolvimento da Psicologia Social no Brasil e na América Latina. Seu trabalho na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo contribuiu para o desenvolvimento da perspectiva sócio-histórica na Psicologia Social brasileira e para a criação da Psicologia Social Comunitária. Sua ênfase na importância do contexto social e do compromisso com a transformação da realidade fizeram dela uma influência fundamental no novo projeto de Psicologia Comprometida Socialmente.
1) O artigo discute como a perspectiva histórico-cultural de Vigotski pode contribuir para a práxis do psicólogo comunitário.
2) A perspectiva de Vigotski enfatiza a natureza social e mediada dos processos psicológicos, o método de investigação genético e a zona de desenvolvimento proximal.
3) Essas abordagens podem ajudar a superar dicotomias entre social e individual e enfatizar as interações dinâmicas em comunidades.
O documento descreve a evolução da psicologia social nos Estados Unidos, Europa e América Latina. Nos EUA, destaca-se o estudo experimental de atitudes e dinâmica de grupos entre os anos 1920-1980, enquanto na Europa e América Latina priorizou-se o estudo de identidade social e representações sociais a partir dos anos 1970, com foco nos problemas sociais e políticos regionais.
O documento discute a relação entre teoria, prática e práxis na Psicologia Social. Defende que a Psicologia Social deve estar a serviço da emancipação e transformação social, desenvolvendo uma práxis crítica que articule teoria e prática de forma dialética e comprometida com processos emancipatórios.
Este documento discute o conceito de contrato psicológico no contexto das organizações. Apresenta uma breve história do termo e define contrato psicológico como um acordo implícito entre empregados e empregadores que vai além do contrato formal. Discute como as expectativas mútuas podem ser afetadas ao longo do tempo e como a violação desse contrato pode levar à insatisfação e intenção de deixar a organização.
O documento discute a Psicologia Social, sua história e abordagens. A Psicologia Social surgiu da associação entre Psicologia e Sociologia para estudar a influência dos fatores sociais no comportamento humano. Atualmente, a Psicologia Social estuda indivíduos e grupos em contextos sociais reais para promover relações humanas e melhorar a organização da sociedade.
Este documento discute a origem e desenvolvimento da teoria das representações sociais. Apresenta como Serge Moscovici introduziu o conceito para descrever como o conhecimento científico é apropriado pelo senso comum. Também define representações sociais e explica que elas são construções sociais compartilhadas que permitem comunicação e ação social. Finalmente, discute os processos de objetivação e ancoragem que formam as representações sociais.
Este documento discute a origem e desenvolvimento da teoria das representações sociais. Apresenta como Serge Moscovici introduziu o conceito para descrever como o conhecimento científico é apropriado e transformado pelo senso comum. Também define representações sociais e explica como elas são construídas socialmente através de processos como objetivação e ancoragem. Finalmente, discute diferentes modelos para analisar representações sociais.
O documento discute um projeto de intervenção psicossocial comunitária realizado com adolescentes de baixa renda em Teresina, Piauí. O Projeto Despertar teve como objetivo proporcionar reflexão sobre temas da realidade dos adolescentes e compreender os impactos sociais nestes. Foram realizadas atividades semanais com 27 adolescentes por 4 meses, avaliando-se positivamente a troca de informações entre os envolvidos. A psicologia social comunitária pode ajudar no desenvolvimento do senso crítico e autonomia dos suje
O documento discute um projeto de intervenção psicossocial comunitária com adolescentes de baixa renda em Teresina, Piauí. O projeto "Despertar" visava fornecer um espaço de reflexão sobre temas relacionados à realidade dos adolescentes e compreender os impactos sociais nestes jovens. Foram realizadas atividades semanais com 27 adolescentes durante 4 meses para promover o desenvolvimento do senso crítico e da autonomia.
Este documento discute como a psicologia pode se movimentar para acompanhar a reforma psiquiátrica. Ele reflete sobre como a arte, a clínica e o corpo podem provocar novas formas de pensar e agir. Também analisa como a psicologia emergiu na modernidade e como isso influenciou suas práticas atuais.
Nesta introdução, o autor apresenta um panorama das principais transformações ocorridas na psiquiatria brasileira, com foco na Reforma Psiquiátrica e no surgimento da Atenção Psicossocial. A Reforma Psiquiátrica foi um movimento mundial iniciado na década de 1960 que questionou as práticas psiquiátricas. No Brasil, as mudanças mais radicais propuseram extinguir os manicômios e substituí-los por serviços comunitários como os Centros de Atenção Psicossocial.
Este documento fornece um resumo sobre educação de jovens e adultos, apresentando os principais conceitos da sociologia em 3 frases:
1) O material visa auxiliar aqueles que desejam completar o ensino médio rapidamente e de forma eficiente, respeitando metodologias de aprendizagem modernas.
2) A sociologia estuda as relações sociais e formas de associação humana, enquanto a economia analisa a produção e distribuição de bens e serviços.
3) Marx desenvolveu o conceito de alienação para mostrar como o
Este documento fornece um resumo sobre educação de jovens e adultos, destacando que o material foi elaborado para permitir que os participantes completem seus estudos de ensino médio de forma rápida e eficiente estudando sozinhos. Também discute brevemente as principais teorias sociológicas como o positivismo, Durkheim, Weber e Marx.
1. O documento discute a teoria funcionalista na antropologia cultural. 2. Apresenta os principais proponentes dessa teoria como Bronislaw Malinowski e A.R. Radcliffe-Brown e suas abordagens. 3. Discorre sobre as críticas a essa teoria, como seu foco nos efeitos e não nas causas dos fenômenos socioculturais.
Curso de Prevenção às Drogas Capitulo 2Edson Vieira
O documento apresenta um resumo sobre:
1) A definição de sujeito como um ser social e histórico, construído a partir de suas relações com o mundo.
2) A abordagem psicossocial no uso de drogas, que considera fatores biológicos, psicológicos e sociais, enfatizando a família e a rede social do indivíduo.
3) As transformações da família moderna e a importância de considerar o contexto familiar em abordagens sobre o uso de drogas.
Este documento fornece informações sobre educação de jovens e adultos, abordando tópicos como: 1) o material é organizado para aqueles que desejam completar os estudos rapidamente e de maneira eficiente; 2) o material foi elaborado por profissionais qualificados e respeita metodologias de aprendizagem modernas; 3) acredita-se que entendimento e reflexão sobre princípios como transparência e respeito permitirão alcançar padrões morais e éticos mais elevados.
O objetivo das Ciências Sociais é ampliar o conhecimento sobre o ser humano em suas interações sociais. A Sociologia revela a sociedade como ela é de fato, não como ela deveria ser. O propósito da Sociologia é o de contribuir para uma melhor compreensão a respeito da sociedade, o que permite que medidas sejam tomadas para melhorar a vida daqueles que dela fazem parte.
O mero ato de pensar é um ato social; aprender uma linguagem é um ato social. Embora qualquer um de nós venha ao mundo com a capacidade de aprender línguas, só as aprendemos em contato com o mundo social. Essa constatação simples, “vivemos em sociedade”, deu origem a muitas reflexões sobre o lugar do indivíduo no mundo. Desde o fim do século XIX, essas reflexões têm sido sistematizadas em ciências, denominadas Ciências Sociais. A proposta desta introdução é convidar você a conhecer alguns aspectos da Antropologia, da Sociologia e da Ciência Política.
Estereótipos femininos fomentados pelos meios de comunicaçãoCassia Barbosa
1) O documento discute os estereótipos femininos perpetuados pelos meios de comunicação de massa. 2) Ele argumenta que esses meios promovem visões estereotipadas das mulheres que reforçam desigualdades de gênero. 3) A autora defende que é necessário questionar essas representações limitadas para avançar em direção a maior igualdade.
O documento descreve a disciplina de Sociologia Geral, incluindo sua definição, objeto de estudo, contexto histórico e importância. Apresenta também a estrutura de avaliação da disciplina com diferentes atividades e pesos.
1) O documento discute a atuação dos psicólogos no contexto da saúde pública no Brasil, especialmente após a Reforma Psiquiátrica.
2) A Reforma Psiquiátrica objetivava responder às questões sociais, políticas e clínicas da época e promover a recuperação da cidadania dos pacientes psiquiátricos.
3) No entanto, os cursos de psicologia não se prepararam adequadamente para a nova demanda, tendendo a repetir modelos clínicos privados nos serviços públicos
Sweder: Psicologia Cultural vs Psicologia Transcultural (resumo)Adalene Sales
O documento discute os fundamentos da psicologia cultural e sua abordagem para o estudo da relação entre cultura e mente. A psicologia cultural propõe que a cultura e o psiquismo se influenciam mutuamente e devem ser estudados como fenômenos inter-relacionados. Ela toma como unidade de análise os "complexos personalizados", que associam mentalidades a práticas culturais específicas de uma comunidade.
Regina b. de barros e eduardo passos a construção do plano da clínica e o c...Bruno Martins Soares
O documento discute a construção do plano da clínica e o conceito de transdisciplinaridade. Defende-se a ideia de que toda clínica é transdisciplinar, apoiando-se em contribuições teóricas como a filosofia de Gilles Deleuze e a biologia da autopoiese de Humberto Maturana e Francisco Varela. Discute-se também a noção de campo na psicologia e como a pesquisa-ação evoluiu para a pesquisa-intervenção.
Este documento discute a construção do plano da clínica e o conceito de transdisciplinaridade. Primeiramente, aborda a noção de campo na psicologia e como a pesquisa-ação evoluiu para a pesquisa-intervenção. Defende a ideia de que toda clínica é transdisciplinar e deve se afastar de identificações a técnicas ou modismos, focando na potência de se criar e recriar a cada momento.
Semelhante a (Alguns) quadros teóricos da psicologia (20)
A construcao do plano da clinica e o conceito de transdisciplinaridade
(Alguns) quadros teóricos da psicologia
1. INTRODUÇÃO
A Psicologia Comunitária nasceu, oficial-
mente, em Boston nos Estados Unidos em 1965,
aquando de um congresso para analisar a forma-
ção dos psicólogos para os serviços de higiene
mental. Se até então, a perspectiva comunitária
se identificava, quase exclusivamente, com a hi-
giene mental e a psiquiatria social, a partir desta
data individualizou-se a Psicologia Comunitária
como uma área autónoma e definida como «uma
tentativa para compreender e melhorar a quali-
dade psicológica das relações homem-ambiente.
Não se limita a uma perspectiva de reabilitação
individual, mas alarga o campo de interesse da
psicologia à promoção da competência e da ca-
pacidade das organizações sociais em apoiar os
indivíduos» (Spielberger & Iscoe, 1972: 6).
Um dos factores preponderantes para o nasci-
mento da Psicologia Comunitária foi a insatisfa-
ção crescente pelo modo como eram geridos os
serviços de higiene mental e de como estes eram
distribuídos. Estudos efectuados mostraram o ca-
rácter não terapêutico e o clima de violência em
torno do doente mental (Stanton & Schwartz,
1954; Goffman, 1961), a desigualdade na distri-
buição dos serviços e, sobretudo, o tipo de trata-
mento oferecido, não relacionado com o dia-
gnóstico, mas fortemente correlacionado com a
classe social do paciente (Hollingshead & Red-
lich, 1958).
Outro elemento relevante, de carácter legisla-
tivo e financeiro: em 1955 o congresso nomeou
uma comissão conjunta para estudar o problema
da doença mental e os recursos existentes no
âmbito da higiene mental. Em 1962, o relatório
final salientou a relevância desta problemática,
os limites das modalidades de tratamento, e sub-
linhou a importância da comunidade como um
recurso terapêutico potencial. Em 1963 é apro-
vada a lei Community Mental Health Act, que
consignava o princípio da organização territorial
dos serviços psiquiátricos, concedendo fundos
para a construção de centros de higiene mental.
A ideia de uma intervenção sobre os sistemas
sociais, que devem funcionar de modo a que os
indivíduos que deles fazem parte vivam expe-
riências positivas, ganha um novo impulso. O
interesse deslocou-se dos factores puramente
individuais para os socio-económicos e culturais,
de metodologias diagnósticas e terapêuticas
baseadas no modelo intrapsíquico para metodo-
logias baseadas em modelos relacionais, com-
portamentais, humanísticos e sócio-ambientais,
salientando a necessidade de prestar uma maior
225
Análise Psicológica (2000), 2 (XVIII): 225-230
(Alguns) quadros teóricos da Psicologia
Comunitária
ANTÓNIA PRATAS FERNANDES (*)
(*) Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Beja.
2. atenção aos problemas da prevenção e à elabora-
ção de novas estratégias de intervenção, esta é
uma das questões centrais da psicologia comuni-
tária: como efectuar mudanças nas instituições
sociais de modo a que respondam melhor às ne-
cessidades dos indivíduos singulares que as
compõem.
QUADROS TEÓRICOS DA PSICOLOGIA
COMUNITÁRIA
A Psicologia Comunitária tem como origina-
lidade um modelo teórico «confuso». Porque
nunca foi elaborado um modelo teórico próprio,
a sua orientação é fundamentalmente prática,
identificando-se como psicologia social aplicada.
No entanto, é completamente errado supor ou
pensar que a sua prática não se baseia em
princípios teóricos precisos. De facto, as suas
referências teóricas são provenientes de diversos
modelos teóricos, que se completam e tornam
possível a compreensão do objecto de estudo da
psicologia comunitária – a COMUNIDADE.
Para melhor compreender as múltiplas pers-
pectivas às quais a psicologia da comunidade faz
referência, é necessário definir o termo comuni-
dade:
«... a comunidade é aquele tipo de ambiente,
de campo psicológico e social no interno do qual
somos capazes de desenvolver um sentido de
pertença, uma vivência de mútua partilha, uma
possibilidade de relação com outras pessoas»
(Francescato, 1988: 33).
Por sua vez, Contessa (1981) individualiza
três conceitos de comunidade:
- Espaço territorial;
- Características sociológicas;
- Unidade psicológica.
Para que se possa falar de comunidade, é ne-
cessário um espaço, um ambiente e um território
onde existam os mesmos indivíduos e grupos,
com uma identidade comum, i.e., a comunidade
é uma unidade psico-sócio-territorial mínima, no
interno da qual se desenvolvem relações signifi-
cativas.
Segundo Aldelson (1986) o termo «comunida-
de» compreende cinco aspectos ou definições in-
terrelacionadas:
1. A comunidade como grupo em que há uma
intensa e íntima partilha de ideias e de
sentimentos;
2. A comunidade como um lugar no tempo e
no espaço;
3. A comunidade como pertença cultural e
destino partilhado;
4. A comunidade como «sistema de siste-
mas»;
5. A comunidade como civitas, com os res-
pectivos direitos e deveres dos cidadãos.
Com a definição do termo «comunidade»
apercebemo-nos da complexidade do seu modelo
teórico. Este termo – comunidade – tem raízes
em disciplinas e perspectivas diversas, que vão
desde o estudo psicológico, à teoria dos siste-
mas, à antropologia cultural e à sociologia. Não
obstante este facto, a psicologia comunitária
não deixa de ser uma perspectiva inovadora e pe-
culiar, caracterizada por um conjunto de objecti-
vos e valores, de modelos explicativos e de es-
tratégias de intervenção.
As metodologias e estratégias utilizadas na
psicologia comunitária permitem a análise das
necessidades, as percepções e representações
sociais das pessoas num determinado sistema e
individualizar as características dos settings am-
bientais e organizacionais.
A psicologia comunitária dá particular aten-
ção à não separação entre aquisição do conheci-
mento e acção de transformação da realidade so-
cial, herdando o modelo de Kurt Lewin.
Outro conceito importante, herdado da psico-
logia social, é a concepção do Homem como
«entidade em relação», unidade de uma rede de
relações interpessoais. Da obra de Lewin e dos
seus colaboradores, a psicologia comunitária in-
tegrou os conceitos de:
- «campo psicológico» como totalidade in-
teractiva unitária de forças ambientais e in-
dividuais;
- a «investigação-acção» («cada investigação
que, para lá da metodologia específica uti-
lizada, entenda recolher conhecimentos, es-
timular e verificar as actuações de progra-
mas de intervenção no interno de organiza-
ções, serviços ou comunidades territoriais»
– Francescato, 1988: 63);
- o interesse pelas relações interculturais;
- e a atenção aos climas organizacionais.
226
3. Da teoria geral dos sistemas, utiliza o conceito
de «sistema aberto», que é definido por Buckley
(1967) como uma unidade complexa organizada,
que compreende as interacções das suas partes
componentes interdependentes e a sua relação
com o ambiente. Ou seja, o sistema é diferente
da soma das partes, e a sua organização é o mo-
do como as suas componentes se relacionam en-
tre si.
É com base no conceito de «sistema aberto»
que a psicologia comunitária utiliza o expressão
«sistema social», referindo-se a uma globalidade
de relações interactivas entre pessoas, considera-
das como unidade do sistema em interdependên-
cia. Para melhor compreender este conceito, é
necessário ter em consideração as propriedades
fundamentais do «sistema aberto» descritas por
Watzlawick (1967):
- TOTALIDADE: característica da globalida-
de e não da soma do sistema;
- RETROACÇÃO: o carácter circular dos
sistemas interactivos;
- EQUIFINALIDADE: os resultados não de-
pendem tanto das condições iniciais, mas da
natureza do processo e dos parâmetros do
sistema, i.e., não só as condições iniciais
diversas podem produzir o mesmo resultado
final, mas resultados diversos podem ser
produzidos pelas mesmas «causas».
Assim, a comunidade configura-se como uma
rede de sistemas em relação entre si.
A perspectiva ecológica fornece um quadro de
referência dinâmico para analisar as mudanças
nos termos dos settings particulares nos quais
acontecem (Mills & Kelly, 1972). De facto, o
ambiente (setting) não é só um cenário estático
do comportamento individual, é um fluxo global
contínuo, que fornece o contexto onde se obser-
va o comportamento, Kelly (1968; 1972) propõe
quatro princípios, derivados da ecologia, como
guião para planificar as intervenções na comuni-
dade:
1. A INTERDEPENDÊNCIA: a mudança de
um componente num ecossistema produz
mudanças em todos os outros componentes.
2. O CICLICIDADE DOS RECURSOS: ana-
lisar o modo como os recursos humanos,
tecnológicos e económicos são distribuí-
dos, utilizados e transferidos.
3. A ADAPTAÇÃO: «o processo pelo qual os
organismos variam os seus hábitos ou ca-
racterísticas para fazer face aos condicio-
namentos e às transformações ambientais»
(Levine & Perkins, 1987: 82).
4. A SUCESSÃO: as propriedades dinâmicas
do ambiente social e a necessidade de co-
nhecer quais são as direcções das mutações
em curso.
Assumidos no seu conjunto, estes quatro prin-
cípios permitem descodificar os mecanismos de
influência recíproca entre ambiente, grupos e in-
divíduo.
A psicologia ambiental e a perspectiva sócio-
-ambiental foram importantes para a psicologia
comunitária, ao proporem a análise do impacto
dos ambientes físicos e sociais no indivíduo. Foi
Barker (1968), aluno e colega de Lewin, a for-
mular o conceito de «behavior setting» como en-
tidade ambiental mínima em que actuam com-
portamentos intencionais significativos. Mostrou
como o significado social do setting integra um
sistema ordenado dos comportamentos singula-
res, pelo menos na maior parte dos casos.
Por sua vez, Wicker (1979), em alguns estu-
dos, verificou que o ponto crucial não é a dimen-
são do setting, nem o número de pessoas, mas
sim a propagação entre estes três factores:
1. O número de pessoas que desejam partici-
par activamente no setting;
2. A capacidade do setting em atribuir papéis
e incluir participantes;
3. O número mínimo de pessoas necessárias
para manter o setting.
Um setting é «subdimensionado» quando a
quantidade de pessoas que ali se encontram é
insuficiente para geri-lo; e «sobredimensionado»
quando existem demasiadas pessoas para os pa-
péis e as funções que é possível distribuir no set-
ting. No segundo caso, é favorecida a competiti-
vidade para as funções de maior prestígio, mas
simultaneamente, pode criar uma certa desmoti-
vação e apatia nos níveis mais baixos; no primei-
ro caso, é estimulada a cooperação.
Com a psicologia humanística de autores co-
mo Rogers, Maslow e Perls, a psicologia comu-
nitária partilha a ênfase que dá aos aspectos po-
sitivos do indivíduo e às suas potencialidades,
trabalhando sobre estes e não sobre as disfun-
227
4. ções e os distúrbios. Daí surgiram estratégias e
metodologias que promovem as capacidades de
coping dos indivíduos, reforçando as competên-
cias de pessoas-chave (importantes), e indiví-
duos não profissionais, para suporte aos grupos
espontâneos e de auto-ajuda presentes na comu-
nidade.
Levine e Perkins (1987), puseram em evidên-
cia o carácter reformador e inovador da psicolo-
gia comunitária, bem como a necessidade de de-
senvolver metodologias de investigação e bases
conceptuais mais rigorosas, sem as quais será di-
fícil atingir mudanças sociais positivas.
Um dos autores que contribuiu para a clarifi-
cação do quadro teórico desta disciplina foi
Murrell (1973), o qual sustenta que a psicologia
comunitária é um novo ramo de psicologia apli-
cada, dotado de «consciência social» e orientado
para a mudança dos sistemas sociais que influen-
ciam o comportamento individual.
Observa que o termo «comunidade» em psi-
cologia comunitária não se refere ao estudo da
comunidade enquanto entidade específica, mas à
prática de estudar as relações entre o indivíduo e
as suas instituições sociais na comunidade. O
setting apropriado para esta perspectiva é, por-
tanto, o ambiente natural da comunidade, mais
do que o laboratório experimental ou o gabinete
de psicoterapia.
Murrell (1973) sustenta que a personalidade é
uma função de transição activa entre o indivíduo
e o ambiente, em que o indivíduo não só reage
como também age sobre o ambiente (ele parte do
conceito de «homem complexo»). Definindo a
psicologia comunitária como «área da psicolo-
gia que estuda as transições entre redes de siste-
mas sociais, populações e indivíduos; que desen-
volve e avalia métodos de intervenção que me-
lhoram os mecanismos de adaptação pessoa-am-
biente, que planifica e avalia novos sistemas so-
ciais; e que este conhecimento e mudança pro-
cura aumentar as oportunidades psicossociais
do indivíduo» (op. cit.: 23). Dado que cada indi-
víduo pertence a mais de um sistema, Murrell
(1983) utiliza o conceito de acomodação intersis-
témica para referir-se ao grau de compatibilidade
entre os diversos sistemas sociais no interagir
com o indivíduo. Este conceito descreve os efei-
tos da rede de sistemas sobre o indivíduo.
Murrell, com base nesta conceptualização psi-
cológica, procura oferecer instrumentos idóneos
que descrevam os diversos níveis sociais (indi-
víduo; pequeno grupo; sistema; redes de siste-
mas). Com tal propósito, introduz conceitos pro-
venientes seja da psicologia ecológica, seja da
teoria geral dos sistemas. Assim, será possível
analisar variáveis como a distribuição do poder
decisional, o clima organizacional ou o tipo de
comunicação que caracteriza um certo sistema (a
unidade de força ambiental) típica de um deter-
minado setting de grupo.
A finalidade principal desta análise é recolher
os aspectos de complementaridade e congruên-
cia, ou a discrepância e conflito, nas transacções
entre diversos níveis sociais. O exame de tais
transacções permite planificar e realizar inter-
venções mais idóneas para melhorar o acordo
psicossocial.
O autor descreve seis níveis de intervenção,
que variam pela sua amplitude e complexidade:
1. REINSERÇÃO INDIVIDUAL: nenhum in-
divíduo pode inserir-se harmoniosamente
em todos os sistemas sociais, e nenhum sis-
tema social pode facilitar a gestão dos pro-
blemas de todos os indivíduos; deve efec-
tuar-se quando a interacção entre o indiví-
duo e o seu sistema é de tal modo incom-
patível (ao ponto de não se prever melho-
rias para ambos), que pode ser aconselhá-
vel a colocação do indivíduo num outro sis-
tema. Por exemplo, a entrega de uma crian-
ça a «novos» pais se os naturais não são ca-
pazes de tomar conta dela.
2. INTERVENÇÕES SOBRE O INDIVÍ-
DUO: o objectivo é mudar ou desenvolver
os recursos ou as estratégias da pessoa,
para que possa inserir-se melhor no siste-
ma. A intervenção sobre a pessoa pode ser
válida se concebida no interior de um plano
mais amplo, em que a relação indivíduo-
sistema é analisado como uma troca recí-
proca, e são previstas também fases de in-
tervenção sobre grupos, estruturas organi-
zacionais ou sobre o ambiente.
3. INTERVENÇÃO SOBRE A POPULA-
ÇÃO: a estratégia consiste em incrementar
os recursos de uma população ou de um
grupo de «risco»; através, p. ex., de pro-
gramas de preparação para a crise ou inter-
venções de formação de grupo.
4. INTERVENÇÕES SOBRE O SISTEMA
228
5. SOCIAL: trata-se de operar mudanças es-
truturais e funcionais sobre os sistemas, de
modo a que facilitem melhoramentos na
gestão dos problemas dos indivíduos.
5. INTERVENÇÕES INTERSISTEMAS: a
acção é directa sobre mais sistemas, entre
os quais se procura criar uma melhor coor-
denação e uma ligação mais funcional.
6. INTERVENÇÃO SOBRE TODA A REDE
SOCIAL: programas dirigidos à comunida-
de no seu conjunto.
A obra de Murrell é uma referência teórica
fundamental na psicologia comunitária pelas va-
riáveis específicas propostas, bem como pela
clareza das linhas metodológicas e a visão com-
plementar e interactiva da realidade social.
CONCLUSÃO
Um dos aspectos importantes da psicologia
comunitária é a sua evolução no tempo.
Se, no início, a psicologia comunitária trata da
problemática institucional dos doentes psiquiá-
tricos, hoje trabalha com áreas mais amplas,
como as escola, as empresas, etc. Podemos afir-
mar que inicialmente a intervenção se centrava
na prevenção terciária (a cura e a reabilitação) e
na prevenção secundária (complexo de activi-
dades que permitem individualizar os sintomas
iniciais de uma doença, através do diagnóstico e
da cura precoce).
Actualmente, as suas preocupações são sobre-
tudo ao nível da prevenção primária (o conjunto
de intervenções dirigidas a impedir o surgimento
de doenças latentes no Homem são, ou de situa-
ções sociais capazes de perturbar o equilíbrio
psicológico e a condição social de um indiví-
duo).
Podemos afirmar que se, num primeiro mo-
mento, a psicologia comunitária criou estruturas
para ajudar a comunidade com necessidades so-
ciais, num segundo momento, criou instrumentos
que ajudaram a mesma comunidade a combater
as suas dificuldades. Este período caracteriza-se
por uma maior preocupação teórica e metodoló-
gica; e pela participação dos elementos da comu-
nidade na actividade que diz respeito à resolução
dos seus problemas.
É, no entanto, importante referir que actual-
mente integra estes dois momentos, i.e., por um
lado cria as estruturas e, por outro, os instrumen-
tos de intervenção que ajudam a mesma comu-
nidade. Tudo isto faz com que seja difícil definir
o papel do psicólogo comunitário, e compreen-
der de modo claro o âmbito desta disciplina.
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RESUMO
A Psicologia Comunitária é uma área da psicologia
aplicada de origem relativamente recente, que se de-
senvolveu a partir de situações concretas do quoti-
diano. O seu campo de acção vai desde o tratamento à
prevenção; do indivíduo à comunidade, e incluiu as
metodologias de intervenção orientadas para a promo-
ção de comunidades «competentes».
Neste artigo procuramos referir, muito sucinta-
mente, alguns dos contributos teóricos importantes pa-
ra a Psicologia Comunitária.
Palavras-chave: Comunidade, investigação-acção,
intervenção.
ABSTRACT
Community Psychology is a branch of Applied
Psychology and it is a recent area of investigation. Its
development has been based on real situations from
everyday life.
The field of Community Psychology ranges from
prevention to treatment. It includes the relationship
between the individual and his community and the
methodologies of intervention, in an attempt to pro-
mote «qualified» communities.
Some of the most relevant theoretical works Com-
munity Psychology must consider are also mentioned
in this article.
Key words: Community, action-research, interven-
tion.
230