A psicologia comunitária surgiu nos EUA após a 2a Guerra Mundial para abordar problemas sociais e de saúde mental de forma mais ampla do que a psicologia clínica individual. Na América Latina, ganhou ênfase na década de 1970 ao questionar teorias estrangeiras e focar na realidade e libertação dos povos latino-americanos. No Brasil, desenvolveu-se durante a ditadura de forma voluntária e na democracia passou a fazer parte das políticas públicas de saúde.

1. ORIGENS DA PSICOLOGIA
COMUNITÁRIA
Profa. Cândida Câmara

2. QUANDO SURGIU A PSICOLOGIA
COMUNITÁRIA?
• Após a Segunda Guerra Mundial, anos 50 e 60.
• Na Conferência Swampscott de 1965, em Boston.
• Movimentos sociais comunitários de saúde mental
• A psicologia necessitava dar um enfoque na comunidade
como base para a mudança social, a fim de abordar a
saúde mental e o bem-estar.

3. QUAIS AS CONDIÇÕES PARA SEU
SURGIMENTO?
• NOS EUA: insatisfação com a capacidade da psicologia clínica
em abordar problemas sociais
• QUESTIONAMENTO: de práticas individualizantes e
psicoterapia como único tratamento para grande número de
pessoas
• Críticas às intervenções exclusivamente médicas e
hospitalocêntricas nos casos de doença mental.

4. QUAIS AS CONDIÇÕES PARA SEU
SURGIMENTO?
• Inspirados nos pressupostos da psiquiatria preventiva, esses
movimentos tinham como objetivo não somente tratar as
doenças mentais mas também preveni-las.
• Intervenções expandem o foco para as comunidades
compreendendo-se como produtoras de adoecimento mental.

5. QUAIS AS CONDIÇÕES PARA SEU
SURGIMENTO?
• A medicina comunitária também teve um forte papel no
aparecimento da Psicologia Comunitária
• O progressivo assalariamento , o achatamento da renda e a
consequente criação de condições para politização crescente
dos profissionais de saúde mental

6. TEMAS DE INTERESSE
• Temas como saúde pública, prevenção, mudanças sociais,
preconceitos raciais e religiosos, pobreza e outras questões.

7. AÇÕES
• Centros comunitários de saúde mental e
desinstitucionalização de pessoas com doenças mentais
nas comunidades.
• Experiências de base comunitária como Alcoólicos
Anônimos (A.A.) nos Estados Unidos influenciaram
enormemente a criação de outros grupos: narcóticos
anônimos, grupos de auto-ajuda, etc.
• Reich e Moreno

8. PSICOLOGIA COMUNITÁRIA NA
AMÉRICA LATINA
• Psicologia social crítica
• Teologia da libertação
• Educação popular.
atenção voltada aos graves problemas socioeconômicos da
região buscando superá-los.
Aumenta o índice do envolvimento dos psicólogos com as
questões sociais.

9. PSICOLOGIA COMUNITÁRIA NA
AMÉRICA LATINA
• Novas diretrizes da Psicologia Social Comunitária
• Deselitizar a Psicologia – Psicologia Social Crítica.
• Aproximar-se da realidade concreta da população.
• Historiciza a vida social – consciência do sujeito da ação.
• Conceitos: Fortalecimento dos grupos minoritários,
consciência social e de classe, relações de poder,
identidade social, subjetividade auntônoma, comunidade.

10. PSICOLOGIA COMUNITÁRIA NA
AMÉRICA LATINA
• Martin-Baró (hispano-salvadorenho)
• Maritza Montero (venezuelana)
• Silvia Lane (brasileira)

11. PSICOLOGIA COMUNITÁRIA NA
AMÉRICA LATINA
• Martin-Baró
• Paradigma e Psicologia da Libertação
• Questiona a importação de teorias estrangeiras
• Contexto de pobreza, exploração, desigualdade e
opressão do povo latino-americano
• Reverter esse contexto/ postura ética / política e não
neutra

12. PSICOLOGIA COMUNITÁRIA NA
AMÉRICA LATINA
• Congresso da Sociedade Interamericana de Psicologia –
SIP
• Lima, Peru, em 1979
• Questões básicas:
“De qual homem falamos?”
“De qual sociedade falamos?”
“Que Psicologia fazemos?”.

13. PSICOLOGIA COMUNITÁRIA NA
AMÉRICA LATINA
• Modelos básicos
• o modelo sócio-comunitário (predominante, influência da
Psicologia Social)
• o modelo clínico-comunitário (influência da Saúde Mental
Comunitária).

14. PSICOLOGIA COMUNITÁRIA NA
AMÉRICA LATINA
• Objetivos
• O desenvolvimento dos moradores como sujeitos da
comunidade;
• O desenvolvimento da comunidade como instância ativa
do poder local, da auto-sustentabilidade e do
crescimento endógeno do lugar
• A construção da Psicologia Comunitária dentro do
enquadre teoria-prática-compromisso social.

15. PSICOLOGIA COMUNITÁRIA NO
BRASIL
• Ditadura militar
• As discussões sobre os trabalhos realizados em
comunidades foram objeto de mais atenção.
• Era uma atividade não remunerada, clandestina e
voluntária (engajamento e militância política).
• O termo Psicologia comunitária passou a ser adotado
por profissionais em debates e reflexões.

16. PSICOLOGIA COMUNITÁRIA NO
BRASIL
• Década de 80 - redemocratização do País, a promulgação
da nova Constituição e a consolidação de um conjunto de
políticas sociais.
• Na saúde - com a organização do SUS, a abertura dos
campos de atuação nas instituições públicas de saúde.
• A instituições públicas de saúde - atendiam, sob o primado
das ações territoriais, a populações menos favorecidas
economicamente.

17. OUTROS TERMOS
•“Psicologia na Comunidade”
•“Psicologia do Desenvolvimento Comunitário”
•“Saúde Mental Comunitária”
•“Psicologia Comunitária/na/da Comunidade”