Este documento discute a teoria crítica de Julia Kristeva e como seus conceitos de abjeção, transgressão e corpo se manifestam na cultura visual, especialmente nos filmes. Primeiramente, apresenta brevemente a disciplina dos Estudos da Cultura Visual e as categorias lacanianas do Simbólico, Imaginário e Real. Em seguida, explica os conceitos kristevanos de abjeção, revolta e transgressão, ilustrando com exemplos cinematográficos como Rebel Without a Cause e Psycho. Finalmente, discute o pap
O documento discute as imagens como representações visuais e mentais e sua importância na cultura e comunicação. Aborda como as imagens surgiram antes da escrita e se tornaram onipresentes na era digital. Também explora como as imagens podem ser entendidas como ícones, índices ou símbolos e seu papel na memória, significado e interpretação.
Este documento apresenta um resumo de três frases do trabalho de conclusão de curso "MÍDIA E ARTE NA PRODUÇÃO DO SENTIDO: da passividade do espectador à emancipação do homem pela criação", de Raquel Coneglian Franchito. O trabalho discute como a mídia e a arte participam da formação do sentido e da significação da realidade pelo indivíduo na atualidade, utilizando a teoria de Vygotsky sobre a produção de sentido.
Acopanhamento terapeutico critividade no cotidianoCarina Fonseca
1) O documento discute a noção de criatividade em Winnicott e sua relação com a reabilitação psicossocial.
2) Winnicott via a criatividade como um potencial humano de produção e transformação do mundo, enquanto a reabilitação psicossocial busca restaurar a capacidade das pessoas de gerar sentido através da participação social.
3) As abordagens são conectadas por buscarem permitir que indivíduos em sofrimento mental recuperem a capacidade de viver de forma criativa e significativa por meio da ação
O Conceito de Cultura & O Imaginário é uma RealidadeLuiza Araujo
Seminário desenvolvido para a disciplina de Identidade e Imagem Institucional, ministrada pelo Prof. Rudimar Baldissera. Com base nos textos de Thompson e Maffesoli:
THOMPSON, J. O Conceito de Cultura. In: Ideologia e Cultura Moderna, p. 165-192
MAFFESOLI, M. O Imaginário é uma Realidade. In: Revista Famecos, ago/2001, p. 74-82.
Fabico - UFRGS - 2014.1
1) O documento discute a Teoria Antropológica do Imaginário proposta por Gilbert Durand e como ela pode ser usada para entender mitos, imagens e a imaginação humana.
2) Durand sugere que os seres humanos usam a imaginação para lidar com a angústia da mortalidade através de símbolos e mitos.
3) Ele classifica as imagens em regimes diurno e noturno associados a esquemas de ação como postura, digestão e ciclos.
Possíveis diálogos com imagens do feminino no cinemaCassia Barbosa
(1) O documento discute como os filmes representam as identidades femininas e como essas representações constroem papéis de gênero. (2) Analisa como as mulheres são retratadas no cinema, especialmente em filmes hollywoodianos, e se essas imagens são construídas a partir de um olhar masculino. (3) Argumenta que as imagens cinematográficas têm um grande poder de influenciar a formação de identidades e valores na sociedade.
Teoria das Representações Sociais e Cidadania, pelo viés da Comunicação PolíticaMarcos Marinho Queiroz
Aula sobre Teoria das Representações Sociais aplicadas à Comunicação Política, com impacto direto na Cidadania. Apresentada na disciplina de Mídia e Cidadania, do Mestrado em Comuicação (PPGCM-UFG).
1) O documento discute como as constelações visuais formadas por imagens compartilhadas em redes sociais revelam tendências do imaginário coletivo.
2) É analisado como certos temas e símbolos visuais se repetem em grupos autônomos e comunidades independentes, revelando aspectos do imaginário ocidental.
3) A pesquisa explora como a popularização da cultura online não depende apenas de dispositivos técnicos, mas está ligada às mentes daqueles que vivem a cultura participativa e desejam compartilhar
O documento discute as imagens como representações visuais e mentais e sua importância na cultura e comunicação. Aborda como as imagens surgiram antes da escrita e se tornaram onipresentes na era digital. Também explora como as imagens podem ser entendidas como ícones, índices ou símbolos e seu papel na memória, significado e interpretação.
Este documento apresenta um resumo de três frases do trabalho de conclusão de curso "MÍDIA E ARTE NA PRODUÇÃO DO SENTIDO: da passividade do espectador à emancipação do homem pela criação", de Raquel Coneglian Franchito. O trabalho discute como a mídia e a arte participam da formação do sentido e da significação da realidade pelo indivíduo na atualidade, utilizando a teoria de Vygotsky sobre a produção de sentido.
Acopanhamento terapeutico critividade no cotidianoCarina Fonseca
1) O documento discute a noção de criatividade em Winnicott e sua relação com a reabilitação psicossocial.
2) Winnicott via a criatividade como um potencial humano de produção e transformação do mundo, enquanto a reabilitação psicossocial busca restaurar a capacidade das pessoas de gerar sentido através da participação social.
3) As abordagens são conectadas por buscarem permitir que indivíduos em sofrimento mental recuperem a capacidade de viver de forma criativa e significativa por meio da ação
O Conceito de Cultura & O Imaginário é uma RealidadeLuiza Araujo
Seminário desenvolvido para a disciplina de Identidade e Imagem Institucional, ministrada pelo Prof. Rudimar Baldissera. Com base nos textos de Thompson e Maffesoli:
THOMPSON, J. O Conceito de Cultura. In: Ideologia e Cultura Moderna, p. 165-192
MAFFESOLI, M. O Imaginário é uma Realidade. In: Revista Famecos, ago/2001, p. 74-82.
Fabico - UFRGS - 2014.1
1) O documento discute a Teoria Antropológica do Imaginário proposta por Gilbert Durand e como ela pode ser usada para entender mitos, imagens e a imaginação humana.
2) Durand sugere que os seres humanos usam a imaginação para lidar com a angústia da mortalidade através de símbolos e mitos.
3) Ele classifica as imagens em regimes diurno e noturno associados a esquemas de ação como postura, digestão e ciclos.
Possíveis diálogos com imagens do feminino no cinemaCassia Barbosa
(1) O documento discute como os filmes representam as identidades femininas e como essas representações constroem papéis de gênero. (2) Analisa como as mulheres são retratadas no cinema, especialmente em filmes hollywoodianos, e se essas imagens são construídas a partir de um olhar masculino. (3) Argumenta que as imagens cinematográficas têm um grande poder de influenciar a formação de identidades e valores na sociedade.
Teoria das Representações Sociais e Cidadania, pelo viés da Comunicação PolíticaMarcos Marinho Queiroz
Aula sobre Teoria das Representações Sociais aplicadas à Comunicação Política, com impacto direto na Cidadania. Apresentada na disciplina de Mídia e Cidadania, do Mestrado em Comuicação (PPGCM-UFG).
1) O documento discute como as constelações visuais formadas por imagens compartilhadas em redes sociais revelam tendências do imaginário coletivo.
2) É analisado como certos temas e símbolos visuais se repetem em grupos autônomos e comunidades independentes, revelando aspectos do imaginário ocidental.
3) A pesquisa explora como a popularização da cultura online não depende apenas de dispositivos técnicos, mas está ligada às mentes daqueles que vivem a cultura participativa e desejam compartilhar
A recepção coletiva e suas transformações: Da participação afetiva em salas d...Fernanda Gomes
1) O documento discute a transformação da recepção coletiva no cinema, de uma participação afetiva passiva para uma participação efetiva em instalações interativas.
2) Originalmente, os espectadores de cinema eram passivos, observando em silêncio as imagens projetadas. Agora, instalações interativas permitem que os espectadores participem de forma criativa.
3) A interatividade é definida como a forma como nossas ações são refletidas de volta, como em um espelho, permitindo uma representação performática dos
1) O documento discute a identidade cultural na pós-modernidade e como as identidades modernas estão sendo "descentradas" ou fragmentadas.
2) Isso ocorre devido a mudanças estruturais nas sociedades modernas que estão deslocando as paisagens culturais que forneciam às pessoas uma ancoragem estável em termos de classe, gênero, etnia e nacionalidade.
3) Esse processo produz o sujeito pós-moderno, cuja identidade não é fixa ou permanente, mas múltipla e transformada continu
[1] O documento discute a análise visual de imagens inseridas em matérias jornalísticas sobre AIDS, notando que essas imagens carregam ideologias e estereótipos.[2] As fotos raramente mostram pessoas soropositivas e geralmente retratam crianças, bebês ou pessoas debilitadas, reforçando preconceitos.[3] O grupo selecionou imagens sobre comportamento para análise qualitativa segundo teorias de Kress e van Leeuwen sobre proximidade e outros aspectos visuais.
1) O documento discute as relações entre construtivismo, inatismo e realismo na epistemologia e na pedagogia.
2) Argumenta-se que o construtivismo não é incompatível com o inatismo e adere ao realismo em suas expressões filosóficas mais importantes.
3) Confusões conceituais que opõem artificialmente o construtivismo a essas outras abordagens geram consequências danosas nas teorias pedagógicas.
Este documento discute os conceitos de sujeito, subjetividade e modos de subjetivação a partir das obras de Gilles Deleuze, Félix Guattari e Michel Foucault. A autora explica que a subjetividade é um processo de produção contínua influenciado pelo social, enquanto os modos de subjetivação são como as subjetividades se agrupam historicamente. Ela argumenta que essas noções são importantes para entender como a vida pode ser libertada e analisada de novas perspectivas.
DO DISCURSO MONOLÓGICO DA CONSCIÊNCIA AOS GÊNEROS DO DISCURSOSoares Junior
O documento discute a concepção dialógica e os gêneros do discurso em Bakhtin. Apresenta a importância epistemológica destes conceitos e suas implicações para a vida comunitária e ética. Argumenta que os gêneros do discurso são unidades de conhecimento que só fazem sentido como prática social, e discute suas implicações nos atos cotidianos, especialmente os profissionais.
As três frases ou menos que fornecem as informações essenciais do documento são:
1) O documento discute diferentes abordagens sobre representações mentais, como representações sociais, representações proposicionais e representações mentais de acordo com diferentes autores e teóricos.
2) É apresentada a distinção entre representações mentais analógicas (imagens) e representações mentais proposicionais (linguísticas), de acordo com Johnson-Laird.
3) Também são discutidas as concepções de representações mentais de acordo com Moscov
1. O documento discute a questão da identidade cultural na pós-modernidade e como as identidades modernas estão sendo "descentradas".
2. Três concepções de identidade são apresentadas: a) sujeito do Iluminismo, b) sujeito sociológico e c) sujeito pós-moderno. Este último tem identidades múltiplas, variáveis e contraditórias em vez de uma identidade fixa.
3. A mudança na modernidade tardia, incluindo a globalização, está fragmentando paisagens culturais e abalando
Este documento discute a identidade cultural na pós-modernidade. Afirma que as identidades modernas estão se fragmentando devido a mudanças estruturais nas sociedades modernas. Isso está deslocando os indivíduos de seus lugares sociais e culturais e abalando sua noção de identidade unificada, levando a uma "crise de identidade". A identidade se torna móvel e contraditória no mundo pós-moderno.
Este artigo relaciona o conceito de representações sociais com os estudos do cinema. Discute como o cinema pode representar e modificar a realidade social através de seus discursos. Também aborda visões clássicas sobre representação de autores como Durkheim, Moscovici e Jodelet, e como essas visões se relacionam com o desenvolvimento teórico do cinema.
Este documento discute a teoria da imagem e como as imagens são usadas na comunicação contemporânea. Aborda como as imagens podem ocultar ou distorcer a realidade, e a necessidade de analisar o número e o impacto das imagens nas pessoas. Também explora como as imagens podem ter diferentes interpretações dependendo do observador, e a importância de distinguir a denotação e conotação ao analisar imagens.
A metodologia da pesquisa e a importância das imagensAntonio Medina
1) O documento discute a importância das imagens na pesquisa sobre representações sociais, argumentando que o pensamento humano envolve tanto linguagem verbal quanto imagética.
2) Atualmente há um excesso de ênfase nos métodos verbais nas ciências sociais, ignorando o potencial das imagens.
3) Incorporar técnicas que coletem dados imagéticos pode enriquecer análises sobre representações sociais, associando códigos verbais e icônicos.
O retrato e a relacao com os dispositivos: de constrangidos a constrangedores...Fernanda Gomes
1) O documento discute as transformações nas relações entre sujeitos e dispositivos fotográficos, desde as primeiras sessões do século XIX até as produções de imagens contemporâneas.
2) Nas primeiras fotografias, os sujeitos eram constrangidos pelas longas poses e especificidades técnicas, mas isso permitia viver dentro do instante. Agora, os sujeitos apropriam-se dos dispositivos e produzem suas próprias imagens.
3) A autora analisa como as técnicas fotogr
Stuart Hall discute a representação e como ela evoluiu de uma reflexão da realidade para um elemento constitutivo dos eventos. Ele define cultura como o principal fator de significado e explica como usamos mapas conceituais para classificar e dar sentido ao mundo. A linguagem e comunicação são essenciais para exteriorizarmos nossas representações.
O documento discute a filosofia e seu papel. Apresenta três funções centrais da filosofia: questionar ideias tidas como óbvias, compreender o mundo de forma crítica e fornecer ferramentas para a liberdade e felicidade. A filosofia não é uma ciência, mas sim uma reflexão crítica sobre outros campos do saber.
Este documento discute a plasticidade do conceito de identidade na psicologia social. A identidade é dinâmica e se forma através das relações sociais, desempenhando papéis que mudam ao longo do tempo. A identidade não é fixa, mas sim um processo contínuo de representação de si mesmo nas diversas esferas sociais.
Este documento discute como os significados atribuídos aos objetos mudam ao longo do tempo devido a mudanças sociais e culturais. Ele explora como os seres humanos deram novos significados a coisas existentes para progredir tecnologicamente e como a globalização e mídia estão homogeneizando as identidades culturais, permitindo que as pessoas deem novos significados compartilhados a objetos. Finalmente, discute como os designers podem planejar a atribuição de novos significados aos objetos.
Pedagogia dos monstros os prazeres e os perigos da confusão de fronteirasAriane Mafra
O documento discute como as novas teorias sociais e culturais colocaram em crise a noção de sujeito racional e crítico que esteve no centro da pedagogia crítica. A psicanálise, o pós-estruturalismo e o pós-modernismo questionaram a ideia de um núcleo essencial de subjetividade, enfatizando seu caráter social e linguístico. Deleuze e Guattari substituíram a noção de sujeito por máquinas desejantes e corpos sem órgão,
Identidade cultural pos modernidade stuart hallRaquel Benaion
1. O documento discute a questão da identidade cultural na pós-modernidade e como as identidades modernas estão sendo "descentradas".
2. Três concepções de identidade são apresentadas: a) sujeito do Iluminismo, b) sujeito sociológico e c) sujeito pós-moderno. Este último é conceptualizado como não tendo uma identidade fixa.
3. A mudança na modernidade tardia, incluindo a globalização, está fragmentando as paisagens culturais e abalando as identidades, levando a uma "crise de
1) O documento discute a identidade cultural na pós-modernidade e como as identidades modernas estão sendo "descentradas" ou fragmentadas.
2) Isso ocorre devido a mudanças estruturais nas sociedades modernas que estão deslocando as paisagens culturais que forneciam às pessoas uma ancoragem estável em termos de classe, gênero, etnia e nacionalidade.
3) Esse processo produz o sujeito pós-moderno, cuja identidade não é fixa ou permanente, mas múltipla e transformada continu
1) O artigo discute conceitos como identidade, subjetividade e constituição do sujeito a partir de uma perspectiva ontológica dialética.
2) A autora argumenta que a "identidade" pode ser compreendida como a constituição do sujeito, desde que seu significado aponte para algo aberto e inacabado.
3) A subjetividade é vista como uma dimensão do sujeito, assim como a objetividade, que a partir das relações vivenciadas constrói experiências afetivas e reflexivas capazes de produzir significados
Este documento apresenta os principais pontos da teoria sócio-interacionista de Vygotsky para a Educação Física. A teoria defende que o pensamento é construído social e historicamente através da interação entre o homem e o meio. As emoções e sentimentos também são determinados social e historicamente. A teoria questiona a visão naturalista do homem e propõe que a atividade física e o esporte devem ser entendidos dentro de sua dimensão social e histórica.
A recepção coletiva e suas transformações: Da participação afetiva em salas d...Fernanda Gomes
1) O documento discute a transformação da recepção coletiva no cinema, de uma participação afetiva passiva para uma participação efetiva em instalações interativas.
2) Originalmente, os espectadores de cinema eram passivos, observando em silêncio as imagens projetadas. Agora, instalações interativas permitem que os espectadores participem de forma criativa.
3) A interatividade é definida como a forma como nossas ações são refletidas de volta, como em um espelho, permitindo uma representação performática dos
1) O documento discute a identidade cultural na pós-modernidade e como as identidades modernas estão sendo "descentradas" ou fragmentadas.
2) Isso ocorre devido a mudanças estruturais nas sociedades modernas que estão deslocando as paisagens culturais que forneciam às pessoas uma ancoragem estável em termos de classe, gênero, etnia e nacionalidade.
3) Esse processo produz o sujeito pós-moderno, cuja identidade não é fixa ou permanente, mas múltipla e transformada continu
[1] O documento discute a análise visual de imagens inseridas em matérias jornalísticas sobre AIDS, notando que essas imagens carregam ideologias e estereótipos.[2] As fotos raramente mostram pessoas soropositivas e geralmente retratam crianças, bebês ou pessoas debilitadas, reforçando preconceitos.[3] O grupo selecionou imagens sobre comportamento para análise qualitativa segundo teorias de Kress e van Leeuwen sobre proximidade e outros aspectos visuais.
1) O documento discute as relações entre construtivismo, inatismo e realismo na epistemologia e na pedagogia.
2) Argumenta-se que o construtivismo não é incompatível com o inatismo e adere ao realismo em suas expressões filosóficas mais importantes.
3) Confusões conceituais que opõem artificialmente o construtivismo a essas outras abordagens geram consequências danosas nas teorias pedagógicas.
Este documento discute os conceitos de sujeito, subjetividade e modos de subjetivação a partir das obras de Gilles Deleuze, Félix Guattari e Michel Foucault. A autora explica que a subjetividade é um processo de produção contínua influenciado pelo social, enquanto os modos de subjetivação são como as subjetividades se agrupam historicamente. Ela argumenta que essas noções são importantes para entender como a vida pode ser libertada e analisada de novas perspectivas.
DO DISCURSO MONOLÓGICO DA CONSCIÊNCIA AOS GÊNEROS DO DISCURSOSoares Junior
O documento discute a concepção dialógica e os gêneros do discurso em Bakhtin. Apresenta a importância epistemológica destes conceitos e suas implicações para a vida comunitária e ética. Argumenta que os gêneros do discurso são unidades de conhecimento que só fazem sentido como prática social, e discute suas implicações nos atos cotidianos, especialmente os profissionais.
As três frases ou menos que fornecem as informações essenciais do documento são:
1) O documento discute diferentes abordagens sobre representações mentais, como representações sociais, representações proposicionais e representações mentais de acordo com diferentes autores e teóricos.
2) É apresentada a distinção entre representações mentais analógicas (imagens) e representações mentais proposicionais (linguísticas), de acordo com Johnson-Laird.
3) Também são discutidas as concepções de representações mentais de acordo com Moscov
1. O documento discute a questão da identidade cultural na pós-modernidade e como as identidades modernas estão sendo "descentradas".
2. Três concepções de identidade são apresentadas: a) sujeito do Iluminismo, b) sujeito sociológico e c) sujeito pós-moderno. Este último tem identidades múltiplas, variáveis e contraditórias em vez de uma identidade fixa.
3. A mudança na modernidade tardia, incluindo a globalização, está fragmentando paisagens culturais e abalando
Este documento discute a identidade cultural na pós-modernidade. Afirma que as identidades modernas estão se fragmentando devido a mudanças estruturais nas sociedades modernas. Isso está deslocando os indivíduos de seus lugares sociais e culturais e abalando sua noção de identidade unificada, levando a uma "crise de identidade". A identidade se torna móvel e contraditória no mundo pós-moderno.
Este artigo relaciona o conceito de representações sociais com os estudos do cinema. Discute como o cinema pode representar e modificar a realidade social através de seus discursos. Também aborda visões clássicas sobre representação de autores como Durkheim, Moscovici e Jodelet, e como essas visões se relacionam com o desenvolvimento teórico do cinema.
Este documento discute a teoria da imagem e como as imagens são usadas na comunicação contemporânea. Aborda como as imagens podem ocultar ou distorcer a realidade, e a necessidade de analisar o número e o impacto das imagens nas pessoas. Também explora como as imagens podem ter diferentes interpretações dependendo do observador, e a importância de distinguir a denotação e conotação ao analisar imagens.
A metodologia da pesquisa e a importância das imagensAntonio Medina
1) O documento discute a importância das imagens na pesquisa sobre representações sociais, argumentando que o pensamento humano envolve tanto linguagem verbal quanto imagética.
2) Atualmente há um excesso de ênfase nos métodos verbais nas ciências sociais, ignorando o potencial das imagens.
3) Incorporar técnicas que coletem dados imagéticos pode enriquecer análises sobre representações sociais, associando códigos verbais e icônicos.
O retrato e a relacao com os dispositivos: de constrangidos a constrangedores...Fernanda Gomes
1) O documento discute as transformações nas relações entre sujeitos e dispositivos fotográficos, desde as primeiras sessões do século XIX até as produções de imagens contemporâneas.
2) Nas primeiras fotografias, os sujeitos eram constrangidos pelas longas poses e especificidades técnicas, mas isso permitia viver dentro do instante. Agora, os sujeitos apropriam-se dos dispositivos e produzem suas próprias imagens.
3) A autora analisa como as técnicas fotogr
Stuart Hall discute a representação e como ela evoluiu de uma reflexão da realidade para um elemento constitutivo dos eventos. Ele define cultura como o principal fator de significado e explica como usamos mapas conceituais para classificar e dar sentido ao mundo. A linguagem e comunicação são essenciais para exteriorizarmos nossas representações.
O documento discute a filosofia e seu papel. Apresenta três funções centrais da filosofia: questionar ideias tidas como óbvias, compreender o mundo de forma crítica e fornecer ferramentas para a liberdade e felicidade. A filosofia não é uma ciência, mas sim uma reflexão crítica sobre outros campos do saber.
Este documento discute a plasticidade do conceito de identidade na psicologia social. A identidade é dinâmica e se forma através das relações sociais, desempenhando papéis que mudam ao longo do tempo. A identidade não é fixa, mas sim um processo contínuo de representação de si mesmo nas diversas esferas sociais.
Este documento discute como os significados atribuídos aos objetos mudam ao longo do tempo devido a mudanças sociais e culturais. Ele explora como os seres humanos deram novos significados a coisas existentes para progredir tecnologicamente e como a globalização e mídia estão homogeneizando as identidades culturais, permitindo que as pessoas deem novos significados compartilhados a objetos. Finalmente, discute como os designers podem planejar a atribuição de novos significados aos objetos.
Pedagogia dos monstros os prazeres e os perigos da confusão de fronteirasAriane Mafra
O documento discute como as novas teorias sociais e culturais colocaram em crise a noção de sujeito racional e crítico que esteve no centro da pedagogia crítica. A psicanálise, o pós-estruturalismo e o pós-modernismo questionaram a ideia de um núcleo essencial de subjetividade, enfatizando seu caráter social e linguístico. Deleuze e Guattari substituíram a noção de sujeito por máquinas desejantes e corpos sem órgão,
Identidade cultural pos modernidade stuart hallRaquel Benaion
1. O documento discute a questão da identidade cultural na pós-modernidade e como as identidades modernas estão sendo "descentradas".
2. Três concepções de identidade são apresentadas: a) sujeito do Iluminismo, b) sujeito sociológico e c) sujeito pós-moderno. Este último é conceptualizado como não tendo uma identidade fixa.
3. A mudança na modernidade tardia, incluindo a globalização, está fragmentando as paisagens culturais e abalando as identidades, levando a uma "crise de
1) O documento discute a identidade cultural na pós-modernidade e como as identidades modernas estão sendo "descentradas" ou fragmentadas.
2) Isso ocorre devido a mudanças estruturais nas sociedades modernas que estão deslocando as paisagens culturais que forneciam às pessoas uma ancoragem estável em termos de classe, gênero, etnia e nacionalidade.
3) Esse processo produz o sujeito pós-moderno, cuja identidade não é fixa ou permanente, mas múltipla e transformada continu
1) O artigo discute conceitos como identidade, subjetividade e constituição do sujeito a partir de uma perspectiva ontológica dialética.
2) A autora argumenta que a "identidade" pode ser compreendida como a constituição do sujeito, desde que seu significado aponte para algo aberto e inacabado.
3) A subjetividade é vista como uma dimensão do sujeito, assim como a objetividade, que a partir das relações vivenciadas constrói experiências afetivas e reflexivas capazes de produzir significados
Este documento apresenta os principais pontos da teoria sócio-interacionista de Vygotsky para a Educação Física. A teoria defende que o pensamento é construído social e historicamente através da interação entre o homem e o meio. As emoções e sentimentos também são determinados social e historicamente. A teoria questiona a visão naturalista do homem e propõe que a atividade física e o esporte devem ser entendidos dentro de sua dimensão social e histórica.
1. O documento apresenta uma análise semiótica da obra de arte "Sunrise by the Ocean".
2. A obra representa um signo que produz um efeito interpretativo analisado sob os três elementos da semiótica: primeiridade, secundidade e terceiridade.
3. A análise descreve cada elemento da obra relacionando-os aos conceitos teóricos da semiótica.
Criatividade e Processos de Criação, capítulo 1.Luana Colosio
Este documento resume o capítulo 1 do livro "Criatividade e Processos de Criação" da autora Fayga Ostrower. Ela discute como a criatividade é inerente à natureza humana e como os processos criativos estão interligados com a consciência, sensibilidade e cultura de cada pessoa. Fayga define a criação como um ato de dar forma às coisas através da percepção, ordenação e busca de significados.
O documento resume os principais conceitos da Antropologia da Comunicação, incluindo: 1) A Antropologia estuda a diversidade cultural e busca entender outros grupos a partir de seu próprio ponto de vista; 2) Cultura consiste em valores, crenças e símbolos compartilhados que moldam a visão de mundo de um grupo; 3) A recepção das mensagens midiáticas é filtrada pela cultura e diferentes grupos podem interpretá-las de forma distinta.
Edgar Morin propõe uma definição de sujeito baseada em princípios biológicos. Ele argumenta que o sujeito emerge da autonomia relativa dos seres vivos e da dimensão cognitiva inerente à vida. O sujeito é definido como o egocentrismo de posicionar-se no centro do próprio mundo e tratar a si mesmo como objeto. Isso envolve a capacidade de auto-referência e distinção entre si e o não-si.
O documento discute o surgimento da fenomenologia como resposta à crise do pensamento ocidental. A fenomenologia de Husserl propôs refundar o conhecimento a partir da intencionalidade da consciência, que se volta para os objetos no mundo. Isso marcou uma virada epistemológica ao conectar indissociavelmente sujeito e objeto. A fenomenologia também se distanciou das abstrações metafísicas e da objetividade científica, adotando a descrição das essências a partir da intuição originária como método.
Este documento apresenta os objetivos e conteúdos de um curso de história da arte. Os objetivos incluem identificar elementos da linguagem visual, contextualizar imagens historicamente, refletir sobre a função da arte em diferentes períodos, e estudar obras, artistas e movimentos desde a pré-história até a Idade Média. Os conteúdos abrangem a arte rupestre, civilizações antigas, arte mesopotâmica, egípcia, chinesa, indiana, greco-romana e as eras cristã primitiva, românica
Pinheiro; nayara kinsk da silva diferenças raciais, sociais e culturais um ...Acervo_DAC
Este documento discute as diferenças raciais, sociais e culturais através de desenhos. Aborda o preconceito contra aqueles vistos como "diferentes" e analisa como as pessoas percebem o mundo e os outros. Também explora a história da beleza e como os paradigmas sociais influenciam a percepção de raça, classe e aparência.
Semelhante a Abjeção, transgressão e corpo na cultura visual fílmica (20)
Pinheiro; nayara kinsk da silva diferenças raciais, sociais e culturais um ...
Abjeção, transgressão e corpo na cultura visual fílmica
1. ABJEÇÃO, TRANSGRESSÃO E CORPO NA CULTURA VISUAL FÍLMICA
Gustavo Figliolo (UEL)
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo analisar parte da teoria crítica de Julia Kristeva,
exemplificando alguns de seus conceitos no campo da cultura visual, especificamente na
filmografia. Primeiramente, far-se-á um breve comentário da nova disciplina de Estudos em
Cultura Visual. Enseguida, analisar-se-ão as categorias lacanianas de Simbólico, Imaginário e
Real, a servir de envasamento teórico para o trabalho. Finalmente, abordar-se-ão os conceitos
kristevanos de abjeção, transgressão e corpo e sua manifestação em diversos filmes. O
presente trabalho resulta de um comentário do capítulo Kristeva and the visual, abjection,
transgression and the body, do livro Visual Culture and Critical Theory, de Fuery, Patrick e
Fuery, Kelli.
ABSTRACT
The aim of this work is to analyze part of Julia Kristeva’s critical theory, with examples of
many of its concepts in the terrain of visual cultures, specifically in filmography. Firstly, there
will be made a brief comment of the new discipline of Visual Culture Studies. Then, there
will be analyzed the lacanian categories of Symbolic, Imaginary and Real, as a theoretical
support to the work. Finally, there will be taken up to analyses the kristevan concepts of
abjection, transgression and body and their manifestations in several films. The current work
comes from a comment on the chapter Kristeva and the visual, abjection, transgression and
the body, from Fuery Patrick and Fuery Kelli’s book Visual Culture and Critical Theory.
We live in a world of the image. The very idea of the self,
the ways in which we make sense of the world, the means
by which we communicate, have all become invested in,
and developed through, the visual
Fuery, Patrick; Fuery, Kelli
As imagens nos cercam, estão em todos os lados. Não apenas nas telas dos televisores
ou dos computadores, mas onde menos pensarmos; as imagens, na verdade, estão onde
estivermos. Desde os anúncios e panfletos de rua de comida a kilo ou lingerie, com seus
desenhos impressos de um suculento prato de comida ou uma insinuante peça íntima, aos
enormes outdoors enfileirados nas ruas da cidade, chamando-nos a consumir e a formar parte
dessa cultura. Desde as fotografias dos prefeitos dependuradas em partes estratégicas nos
2. corredores das prefeituras, aos não menos ingênuos quadros, pinturas e folders das salas de
espera dos médicos, nos escritórios dos empresários, ou nas paredes detrás das escrivaninhas
dos gerentes de banco. As imagens sobressaem por sua insistência, transbordam o imaginário
social a ponto de muitas vezes não só formar parte dele mas determiná-lo: a cultura veiculada
– determinada – pelas imagens. Estas estão nos ícones dos telefones celulares, nas placas de
trânsito, nas esculturas das praças das cidades, nas inúmeras formas de propaganda, nas
escolas, nas igrejas, na mídia, na guerra, na paz, e em todos os outros lugares; mas a
verdadeira importância das imagens reside em que elas estão em nós, em nossa consciência e
em nosso inconsciente; cada olhada em um espelho leva consigo a pergunta: como está a
minha aparência? É boa a minha imagem? Ou melhor: a minha imagem se encaixa nos
padrões culturais dos que formo parte?
A tentativa de resposta de porquê e como as imagens influenciam em nós, em uma
determinada cultura, tem suscitado há já algum tempo uma nova disciplina, os Estudos em
Cultura Visual. O aporte – em veemente andamento – desta nova disciplina, tem trazido luz já
a vários interrogantes. Como estas imagens nos afetam? Por que algumas nos afetam mais que
outras? Como é compartilhado este afetar com os outros? Qual o nosso papel na concepção
das imagens e da cultura visual? Como a nossa cultura molda a imagem e o espectador?
Patrick Fuery e Kelli Fuery nos sugerem uma definição:
[...] Part of the complexities is figuring out why some images do this more
than others, why an image can do this at one moment and not another, and
how we might share such an experience with others. From the almost unseen
to the insistent, these images are the constitutive elements of a visual culture;
how we become spectators of them is what locates us within a visual culture.
Between these three elements – image, culture, spectator – exists a powerful
and complex matrix of processes and relationships (Fuery, P e Fuery, K.
2003, p.xi).
A interação destes três atores – imagem, cultura e espectador – é a que decidirá a
ordem cultural. Poderia-se dizer que constitui um processo cíclico, onde uma determinada
cultura, composta por imagens e “veedores” (espectadores) dessas imagens faz com que esses
espectadores criem – conforme processos que por vezes nos parecem inapreensíveis – novas
imagens que alterarão, modificarão o estádio cultural existente de alguma maneira. Patrick e
Kelli Fuery dizem (2003, p.xii) que a imagem não simplesmente existe, mas deve ser feita
visível, e o processo que faz possível esta imagem ser vista é parte da criação do espectador.
Trata-se de como a imagem passa a, além de ser vista, ter significado. Constitui, então, uma
3. complexa interação entre a ordem cultural das coisas, o processo de significação das imagens
e a criação do espectador.
O processo então é de mão dupla. Por um lado, as imagens são utilizadas para
responder a assuntos e preocupações culturais; por outro lado, estas mesmas imagens dão
forma aos processos culturais. O espectador1
é crucial neste processo, enquanto suas
características estão constantemente deslocando conforme as necessidades da ordem cultural
do momento, assim como as imagens que ele produz. “The spectator is an agency of the
image as well as the culture ... so these three elements of spectator, image and culture, shape
each other in a system of reciprocity” (Fuery, P. E Fuery, K. 2003, p.xiii).
A teoria crítica2
tem colaborado, essencialmente, no questionamento da ordem de
coisas, da ordem cultural. Conseqüentemente, este questionamento se estende à cultura visual.
Apesar de nenhum destes pensadores ter elaborado sua teoria específica sobre a função da
imagem na cultura, praticamente todas as teorias se servem de exemplo das imagens, e
contém, de alguma maneira, a cultura visual.
Nossa proposta neste trabalho é tomar um desses críticos teóricos – Julia Kristeva para
sermos mais precisos – e ver de que modo sua teoria e seus pensamentos confluem com a
ordem visual – cultural – das coisas.
Os trabalhos de Julia Kristeva são complexos e abrangem os campos da lingüística, a
psicanálise e a teoria literária. Tanto nas suas abordagens desde o olhar do signo, do ponto de
vista da linguagem ou na análise dos processos do inconsciente – de influência freudiana -,
sua principal preocupação estriba na constituição do sujeito e sua subjetividade, ou melhor,
como uma subjetividade se constrói, isto é, como se dá o processo de construção de uma
subjetividade. Analisaremos aqui esta construção a partir do conceito de abjeção e as
respostas do sujeito nas fobias, revoltas e transgressões, e o papel que o corpo joga na cultura
visual na constituição da subjetividade através do que ela denominou de “speaking subject”.
Como foi comentado, o pensamento kristevano carrega em grande parte a influência
de seu treinamento freudiano. Neste sentido, o sujeito – o eu – se constitui a partir das
premissas de perda, separação e desejo.
1
Preferimos falar em espectador e não sujeito, uma vez que trata-se de uma subjetividade que muda
constantemente, em constante processo de constituição, conforme o espectador interage no processo. Afastamo-
nos assim da idéia de transcendência: o sujeito é o que ele é conforme as “armas” que tem a disposição em um
dado momento; o sujeito é o momento.
2
Entendemos por teoria crítica as idéias levantadas principalmente após a Primeira Guerra Mundial e até o
presente momento, que suscitaram novos pontos de vista e quebra de paradigmas das filosofias clássicas, muitas
vezes apoiando-se nelas ou superando-as, dentro dos sistemas de pensamento do mundo ocidental.
4. Para entendermos melhor seu pensamento, necessitaremos esboçar, minimamente que
seja, as noções lacanianas de Simbólico, Imaginário e Real.
A ordem simbólica é a ordem das regras e imposições, direitos e obrigações, leis
culturais, sociais e lingüísticas que nos são impostas a partir da separação da criança com a
mãe. Este processo – que para Lacan se dá entre os seis e os dezoito meses de vida -,
determina a entrada no mundo simbólico; o eu já não mais se vê como o centro do universo,
mas deve responder, de agora em diante, ao mundo lá fora. O Simbólico, então, constitui a
ordem social que rege a cultura e controla o sujeito e a formação de sua subjetividade através
da linguagem e os signos, entre eles a cultura visual.
A ordem imaginária tem seu centro no ego. O ser ideal do sujeito se forma aqui, mas
não é o sujeito que forma, que “imagina” seu ser, sua subjetividade, mas esta é o resultado da
interação dele com a ordem simbólica.
O Real, finalmente, refere àquilo que está permanentemente em nós, que não vemos,
que não tocamos, que não sentimos, mas que é manifesto fora de nosso controle; em termos
freudianos, é o Id, a energia pulsional que nos movimenta e que se manifesta na ordem
simbólica das mais diversas maneiras. O trabalho de Kristeva persegue, justamente, analisar
este processo de manifestação do Real no Simbólico, via linguagem e, é claro, imagem visual.
Isto posto, vejamos o conceito de Abjeção de Kristeva.
Uma vez que o sujeito entra na ordem simbólica já não tem mais volta atrás. O estado
do self perfeito sofre uma ruptura. E esta ruptura acontece com a separação da criança com a
mãe e é simbolizada como uma castração3
. Mas a impossibilidade do sujeito da volta a seu
ego ideal não implica na não tentativa de recuperá-lo, de fato, é o que fazemos a vida inteira.
Sucede, então, o processo pelo qual o sujeito busca por todos os meios voltar ao estado
de união perfeita com a mãe, através da energia psíquica inconsciente, porém não
conseguindo realizá-lo já que ele, o sujeito, não se encontra mais na ordem imaginária, mas na
ordem simbólica. Ao sentir fome, o bebê chora e a mão açude imediatamente preenchendo o
vazio; quando adultos, nossas estratégias serão desviadas para se adaptar ao meio e ao mundo,
à sociedade e à cultura. Perante a falha na tentativa – a impossibilidade de poder chorar,
seguindo o exemplo -, a energia pulsional não pode recorrer a instância psíquica, acontecendo
uma repressão, ou uma substituição, ou um deslocamento, ou qualquer outro mecanismo de
defesa do ego. Partindo da teoria freudiano-lacaniana, Kristeva chega assim ao que ela chama
de Inominável, que é, muito sucintamente, aquilo que não pode ser simbolizado, aquilo que
3
Isto remete à explicação proposta por Freud, onde o menino sente o medo de ver seu pênis castrado e a menina
a culpa por sua falta (do pênis).
5. não pode entrar no mundo simbólico e precisa sofrer adaptações para, de alguma maneira,
aliviar a tensão psíquica - ou libidinal, em termos freudianos -. Surge assim o “referente-
abjeto”. A fobia do Inominável - a fobia pela impossibilidade de representação do desejo na
ordem simbólica - é manifestada através de um objeto, e este objeto é o “referente-abjeto”. A
abjeção precisa ser contida e são assim representadas metáforas - imagens - de fobia e revolta,
que não são outra coisa que medo e sua repulsão, originados na separação do bebê com a mãe
e que remetem ao medo da castração.
O que é notório – e desapontador muitas vezes -, é que o sujeito e sua luta com a
abjeção só podem ser representados na ordem simbólica4
.
Neste ponto, chegamos à ideia de revolta. Uma vez que há um desejo que ameaça a
ordem social e cultural – o Simbólico -, que emerge desde o inconsciente – o Real -, uma vez
que há o desejo de estabelecer uma identidade – o Imaginário – e representar o Inominável,
acontece a revolta. A revolta é uma reação às regulações das representações e desejos do
inconsciente (FUERY, P e FUERY, K., 2003, p.48).
Kristeva (1982, p.4-5) diz que “what causes abjection (is) what disturb identity,
system and order”, e que “all abjection is recognition of the want on which any being,
meaning, language or desire is founded”.
No cinema, James Dean, em Rebel Without a Cause (Ray 1955) é um claro exemplo
da revolta contra a ordem social e familiar, à qual ele não consegue adaptar-se, uma
impossibilidade de manifestação de seus desejos na ordem simbólica.
Na mão inversa deste processo – lembrando sempre que o espectador, através da
imagem modela a cultura e que a cultura visual através das imagens modela também como o
espectador deve “ver” tal ou qual imagem -, outro bom exemplo em cinema acontece no filme
Psycho (Hitchcock 1960). No funeral de Norman Bates aparecem dezenas de pássaros
amontoados em uma casa; em si, os pássaros não são abjetos, mas a imagem nos é mostrada
desde uma leitura cultural em que estes pássaros naquela situação transmitem um sentido de
esquisitice e ameaça.
Mas o fato de ignorar as regras socioculturais não pressupõe, por si só, abjeção. O
abjeto é recusar a manter-se dentro de seus limites. Aparece aqui o conceito de transgressão.
Kristeva assim o explica:
[...] He who denies morality is not abject; there can be grandeur in amorality
and even in crime that flaunts its disrespect for the law ... Abjection on the
other hand, is immoral, sinister, scheming, and shady: a terror that
4
O exemplo clássico deste processo é o medo às baratas ou aos ratos.
6. dissembles, instead of inflaming it, a debtor who sells you up, a friend who
stabs you ...(Kristeva, J. 1982, p.4).
O exemplo fílmico o encontramos em Casino (Scorcese 1995), onde Nicky, um de
seus protagonistas, não só ignora a ordem de valores sociais, já que ele é um mafioso, mas é
incapaz ao mesmo tempo de comportar-se “socialmente” de maneira correta dentro da própria
máfia. O cinema criou uma nova ordem social e cultural iconizando a máfia e seus procederes
– o que existe também na vida real, é claro -, mas em si esta seria mais uma ordem simbólica;
Nicky precisa transgredi-la desafiando essa ordem; dentro da própria máfia, a transgressão.
A última parte da análise está centrada no corpo.
O corpo é produzido e representado de infinitas maneiras dentro da cultura visual. As
imagens que nos chegam dele assumem as mais variadas formas nos mais diversos contextos.
Vemos corpos não só na televisão, nos anúncios, cartazes, revistas, etc, mas também na rua e
nos lugares de trabalho; e é através deles, também, que se forma a ordem social e cultural, o
Simbólico, conforme as diferentes necessidades, as distintas estratégias e por meio da cultura
visual. Uma acertada definição do papel do corpo nos dão Fuery, P. e Fuey, K. (2003, p.53),
quando dizem que “the body reflects the agenda of a visual culture through its fragmented
state”. Este estado fragmentado do corpo se deve a sua ambigüidade dentro da cultura visual,
já que representa – ou funciona – tanto como transgressor quanto como regulador da ordem
simbólica. Kristeva, ao organizar sua teoria do processo de construção de subjetividade, cria o
conceito de “speaking subject”, que é o sujeito envolvido na constituição da linguagem e seus
significantes, reconhecendo as dificuldades que surgem de um sujeito que é parte da
linguagem e ao mesmo tempo é alienado por ela.
Fuery, P. e Fuery, K. (2003, p.55), comentam que é esta a razão péla qual o corpo
provê um excelente exemplo em cultura visual de como o Simbólico é constituído, já que – o
corpo – funciona ora transgredindo, ora regulando. Em The Matrix (Washowsky Bros 1999),
acontece esta ambigüidade representada nos dois mundos paralelos: a ordem social da matrix
e o mundo real. Seu protagonista Neo representa o significante da revolta e transgressão para
o agente Smith, assim como o significante de regulação do Mundo Real para Morpheus.
Kristeva construiu sua teoria, em grande parte, a partir dos pressupostos freudianos,
aos que se acrescentaram alguns conceitos de Lacan para melhor compreender as idéias de
abjeção e transgressão, o papel do corpo dentro deste sistema e sua visibilização através da
cultura visual.
7. Um último exemplo que deixaremos está extraído do filme The Village (Shyamalan
2000).
Existe na Pensilvânia, nos Estados Unidos, uma pequena vila afastada com apenas
algumas dezenas de habitantes, rodeada por uma floresta que a separa do mundo civilizado.
Nesta floresta, existem seres aterrorizadores (“Aqueles dos que nós não falamos”) com os
quais as pessoas da vila evitam qualquer contato, principalmente entrar na floresta. Na
verdade, o afastar-se a viver isoladamente é idéia do grupo de pessoas mais velhas da vila, as
quais perderam seus seres queridos em tragédias – todos assassinatos – pelo que decidiram
retirar-se e esconder-se além floresta. Para isto, criaram nas sucessivas gerações o medo
destas criaturas, iconizadas com a cor vermelha, o sangue.
Temos assim, em termos lacanianos, um mundo simbólico pré-fabricado que pretende
ser um mundo imaginário ideal. O Real, porém, surge inevitável por meio de um de seus
moradores, Lucius, que se resiste a esse estado de coisas e parte para uma transgressão – o
atravessar a floresta -, que é executada por sua noiva – cega -, já que Lucius é ferido de morte
pelo louco da vila.
As leituras são várias. Lucius – seu Real interior – não suporta a ordem simbólica
prefigurada na vila, não encontra sua simbolização, e transgride. O Inominável, os seres dos
quais as pessoas da vila não falam, parece conter os moradores, à custa do medo e do horror,
mas dentro da repressão o Real acha uma saída, através de Lucius. Ivy, a noiva de Lucius, é a
que finalmente atravessa a floresta para a verdadeira ordem simbólica – a cidade além floresta
com todo seu sistema de leis e normas comuns a qualquer cidade -, depois que seu pai lhe dá
permissão. O pai de Ivy parece perceber que não há possibilidade de reter nossa energia
pulsional, quando o Real emerge buscará por qualquer meio um lugar na ordem simbólica. O
Imaginário, então, torna-se impossível. O complô dos mais velhos para estabelecê-lo e moldar
o self ideal está fadado ao fracasso, e eles se apercebem disto na discussão depois da qual
finalmente lhe é permitido a Ivy cruzar a floresta. Tudo isto em uma enorme metáfora em que
Ivy vai procurar medicinas para salvar Lucius na cidade, isto é, na ordem simbólica real, e
não na vila, ou, a ordem imaginária inatingível. O único a andar pelas florestas é o louco,
porque por seu estado demente está além do Simbólico e do Imaginário, é puro Real. E
curiosamente morre trajado como um dos inomináveis, talvez por ultrapassar a ordem
simbólica, uma vez que tentou matar Lucius. O que o sujeito deseja não pode ser encontrado
na ordem simbólica, porque esta não controla o inconsciente; a abjeção é o resultado da
quebra da ordem simbólica, na tentativa de achar o inominável que a represente; a abjeção é o
reconhecer o que se quer.
8. BIBLIOGRAFIA
FUERY, P.e FUERY, K. Visual Cultures and Critical Theory. Arnold: London, 2003.
KRISTEVA, Julia. Powers of Horror: an essay on Abjection. New York: Columbia
University Press, 1982.