1) O estudo teve como objetivo adaptar o instrumento Nursing Activities Score (NAS) para a língua portuguesa e avaliar suas propriedades psicométricas.
2) Após a adaptação cultural, o NAS foi aplicado em 200 pacientes de UTI no Brasil e mostrou alta confiabilidade e validade para medir a carga de trabalho de enfermagem em UTIs brasileiras.
3) Os resultados indicam que o NAS é um instrumento válido e confiável para medir a carga de trabalho de enfermagem em UTIs no Bras
Este artigo realizou uma revisão da literatura nacional entre 1990-2002 para identificar como a assistência de enfermagem na sala de recuperação anestésica é documentada. Foram encontrados apenas 16 artigos sobre o tema, indicando uma lacuna na literatura sobre este período importante do cuidado ao paciente. A documentação adequada da assistência de enfermagem no período de recuperação é essencial para proporcionar continuidade do cuidado.
Este documento apresenta 7 trabalhos acadêmicos sobre gestão em enfermagem. O primeiro trata da padronização
de carros de emergência hospitalares. O segundo avalia o conhecimento de profissionais sobre preços de insumos.
O terceiro mede a carga de trabalho em UTI coronariana. O quarto descreve a movimentação de pacientes em UTI
cardiológica. Os demais apresentam programas de acompanhamento pré-natal e mapeamento de saúde de
funcionários.
Gerenciamento do serviço de urgência e emergência: previsão e provisão de rec...Aroldo Gavioli
1) O documento discute o planejamento e dimensionamento de recursos humanos em enfermagem, especialmente em unidades de emergência.
2) É importante realizar cálculos usando sistemas de classificação de pacientes e parâmetros de horas de enfermagem necessárias por paciente para determinar a quantidade e tipo de profissionais necessários.
3) As escalas de trabalho devem ser feitas de acordo com a legislação, considerando folgas, férias e outros tipos de ausência dos profissionais.
Gerenciamento de enfermagem: avaliação de serviços de saúdeAroldo Gavioli
O documento discute a evolução da avaliação da qualidade nos serviços de saúde, desde Flexner em 1910 até os dias atuais. Aborda iniciativas de avaliação no Brasil como o PNASS e o Programa de Acreditação Hospitalar. Também destaca a importância da enfermagem na qualidade da assistência à saúde e fatores que influenciam essa qualidade como recursos humanos e participação do usuário.
Este documento apresenta 5 trabalhos acadêmicos sobre gestão em enfermagem. O primeiro relata a experiência de transmitir informações aos familiares de pacientes no centro cirúrgico. O segundo discute a importância do enfermeiro na gestão administrativa e hotelaria hospitalar. O terceiro analisa a flebite como indicador de qualidade assistencial. O quarto descreve a implantação de kits cirúrgicos para redução de custos. E o quinto trata da percepção da equipe de enfermagem.
O documento fornece parâmetros para dimensionar o quadro de profissionais de enfermagem em unidades de saúde. Estabelece indicadores como o Sistema de Classificação de Pacientes (SCP) e métodos para calcular as horas de enfermagem necessárias de acordo com o tipo de cuidado, desde cuidados mínimos até intensivos. A metodologia considera aspectos como a carga horária, distribuição de turnos e categorias profissionais.
Os documentos fornecem os calendários de atividades de três meses (maio, abril e junho de 2012 e agosto de 2011) de uma igreja pentecostal em Camela, com cultos, ensaios, círculos de oração e eventos especiais como formatura e aniversários.
- O documento descreve a organização da escala de trabalho de maio de 2013 para uma Unidade de Terapia Intensiva Adulto em um hospital público, com 9 leitos ocupados e problemas de afastamento de funcionários. A carga horária semanal da equipe de enfermagem é de 40h divididas em turnos de manhã, tarde e noite de 12h com 48h de folga.
Este artigo realizou uma revisão da literatura nacional entre 1990-2002 para identificar como a assistência de enfermagem na sala de recuperação anestésica é documentada. Foram encontrados apenas 16 artigos sobre o tema, indicando uma lacuna na literatura sobre este período importante do cuidado ao paciente. A documentação adequada da assistência de enfermagem no período de recuperação é essencial para proporcionar continuidade do cuidado.
Este documento apresenta 7 trabalhos acadêmicos sobre gestão em enfermagem. O primeiro trata da padronização
de carros de emergência hospitalares. O segundo avalia o conhecimento de profissionais sobre preços de insumos.
O terceiro mede a carga de trabalho em UTI coronariana. O quarto descreve a movimentação de pacientes em UTI
cardiológica. Os demais apresentam programas de acompanhamento pré-natal e mapeamento de saúde de
funcionários.
Gerenciamento do serviço de urgência e emergência: previsão e provisão de rec...Aroldo Gavioli
1) O documento discute o planejamento e dimensionamento de recursos humanos em enfermagem, especialmente em unidades de emergência.
2) É importante realizar cálculos usando sistemas de classificação de pacientes e parâmetros de horas de enfermagem necessárias por paciente para determinar a quantidade e tipo de profissionais necessários.
3) As escalas de trabalho devem ser feitas de acordo com a legislação, considerando folgas, férias e outros tipos de ausência dos profissionais.
Gerenciamento de enfermagem: avaliação de serviços de saúdeAroldo Gavioli
O documento discute a evolução da avaliação da qualidade nos serviços de saúde, desde Flexner em 1910 até os dias atuais. Aborda iniciativas de avaliação no Brasil como o PNASS e o Programa de Acreditação Hospitalar. Também destaca a importância da enfermagem na qualidade da assistência à saúde e fatores que influenciam essa qualidade como recursos humanos e participação do usuário.
Este documento apresenta 5 trabalhos acadêmicos sobre gestão em enfermagem. O primeiro relata a experiência de transmitir informações aos familiares de pacientes no centro cirúrgico. O segundo discute a importância do enfermeiro na gestão administrativa e hotelaria hospitalar. O terceiro analisa a flebite como indicador de qualidade assistencial. O quarto descreve a implantação de kits cirúrgicos para redução de custos. E o quinto trata da percepção da equipe de enfermagem.
O documento fornece parâmetros para dimensionar o quadro de profissionais de enfermagem em unidades de saúde. Estabelece indicadores como o Sistema de Classificação de Pacientes (SCP) e métodos para calcular as horas de enfermagem necessárias de acordo com o tipo de cuidado, desde cuidados mínimos até intensivos. A metodologia considera aspectos como a carga horária, distribuição de turnos e categorias profissionais.
Os documentos fornecem os calendários de atividades de três meses (maio, abril e junho de 2012 e agosto de 2011) de uma igreja pentecostal em Camela, com cultos, ensaios, círculos de oração e eventos especiais como formatura e aniversários.
- O documento descreve a organização da escala de trabalho de maio de 2013 para uma Unidade de Terapia Intensiva Adulto em um hospital público, com 9 leitos ocupados e problemas de afastamento de funcionários. A carga horária semanal da equipe de enfermagem é de 40h divididas em turnos de manhã, tarde e noite de 12h com 48h de folga.
O documento discute a administração de recursos humanos e sua relação com a enfermagem. Apresenta conceitos como mercado de trabalho, mão de obra e dimensionamento de pessoal. Também explica a evolução histórica da administração de RH e a importância da visão sistêmica nesta área.
O documento discute a importância da gestão por competências para as organizações. Afirma que a gestão por competências permite formar equipes motivadas e com alto desempenho, o que diferencia a empresa no mercado. Também descreve alguns tipos de inteligência e como a avaliação 360 graus pode ser usada para o desenvolvimento das competências.
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1) You must sign and submit your voter registration form to be registered to vote.
2) To complete registration, attach proof of address, age (for first time voters) and student declaration form (if applicable). Submit the form to your local Electoral Registration Officer.
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Este documento descreve uma pesquisa que teve como objetivo correlacionar as prescrições de enfermagem mais comumente implementadas para recém-nascidos admitidos em um alojamento conjunto com os diagnósticos de enfermagem segundo a taxonomia NANDA. A pesquisa analisou prontuários de 105 recém-nascidos e identificou as principais prescrições de enfermagem utilizadas, além de avaliar o raciocínio dos enfermeiros ao determiná-las.
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A prática clínica do enfermeiro na atenção básica um processo em construção u...Eli Paula
Este estudo objetivou apresentar o processo de ressignificação da prática clínica de enfermeiros na atenção básica no Brasil. Nove enfermeiros participaram de grupos de reflexão onde analisaram criticamente sua prática. Os resultados mostraram que os enfermeiros passaram a enxergar diferenças em seu trabalho clínico, reconhecendo a importância de focar no usuário e nas limitações do cotidiano. Concluiu-se que a prática clínica de enfermagem vem se consolidando por meio da análise coletiva
O documento propõe a implantação de uma unidade pediátrica exclusiva com atendimento diferenciado, estrutura confortável e profissionais especializados. Ele descreve a caracterização da necessidade, justificativa, objetivo, estrutura física, dimensionamento de pessoal, recrutamento, seleção, avaliação de desempenho e educação permanente.
Instrumento para coleta de dados em enfermagemNayara Kalline
1) O estudo elaborou um instrumento de coleta de dados para pacientes críticos em Unidade de Terapia Intensiva e o validou com enfermeiros especialistas.
2) O instrumento inclui itens sobre identificação do paciente e necessidades humanas nas áreas física, psicológica e espiritual.
3) A validação indicou que o instrumento é relevante para avaliar as necessidades dos pacientes críticos e apoiar o planejamento da assistência de enfermagem.
aula de Raciocinio clinico para estudantes de graduação em enfermagem e biome...DouglasSantos936253
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1) Raciocínio clínico, pensamento crítico e raciocínio diagnóstico;
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Sistematização da Assistência de Enfermagem na APS no Contexto Brasileiro.pdffabianasaboya2
Sistematização da Assistência de Enfermagem na APS no Contexto Brasileiro. sistematização da assistência de enfermagem;
processo de enfermagem; atenção primária em saúde. Objetivos:
» Apresentar os conceitos sobre Sistematização da Assistência de Enfermagem e sobre o Processo de Enfermagem.
» Descrever barreiras e facilitadores da Sistematização da Assistência de Enfermagem no contexto da atenção primária à saúde brasileira.
» Relatar tecnologias que favoreçam a aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem por enfermeiros no atendimento às famílias. Há 40 anos, a Declaração de Alma- -Ata, criada na Conferência In- ternacional sobre Cuidados Pri-
mários de Saúde, propôs aos países-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) a valori- zação da Atenção Primária à Saúde (APS) como eixo promotor do acesso universal em busca da minimização das desigualdades em saúde. Por: Grasielle Camisão Ribeiro, Erica Gomes Pereira e Maria Clara Padoveze.
Este documento discute os resultados alcançados por hospitais e serviços de enfermagem brasileiros ao adotarem a Gestão pela Qualidade Total. A análise mostrou que a abordagem propiciou ganhos nos recursos humanos e na satisfação dos clientes internos e externos, além de melhorias nos indicadores hospitalares. As organizações que agregaram valores como conhecimento, aprendizagem contínua tornaram-se mais diferenciadas.
O documento discute a experiência de residentes em saúde coletiva no processo de planificação da atenção à saúde na atenção primária no município do Rio de Janeiro. As residentes atuaram como facilitadoras na planificação, o que lhes permitiu enfrentar desafios relacionados ao contexto da área e desenvolver habilidades para apoiar a melhoria dos serviços de saúde. A planificação mostrou-se uma estratégia eficaz para estruturar processos de trabalho e fortalecer a atenção primária.
O documento descreve um estudo que teve como objetivo construir coletivamente uma Prescrição de Enfermagem Informatizada (PEI) para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) através da identificação dos problemas de enfermagem mais comuns e compilação de intervenções adaptadas à realidade da UTI. O processo envolveu a observação sistemática dos pacientes, pesquisa documental, consulta bibliográfica individual e revisão coletiva dos protocolos pelos enfermeiros. Como resultado, obtiveram-se 177 intervenções para 64 problemas de en
USO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA NA IMPLANTAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE ...rrbonci
O documento descreve um estudo realizado em um hospital público em 2011 para classificar pacientes de acordo com seu grau de dependência dos cuidados de enfermagem e dimensionar adequadamente os recursos de enfermagem. Foram avaliados 140 pacientes na clínica médica e 49 na clínica cirúrgica. A tecnologia da informação desenvolveu uma ferramenta para automatizar o cálculo do grau de dependência, agilizando o processo e permitindo que a equipe de enfermagem dedicasse mais tempo aos pacientes.
Implantação da consulta de enfermagem num centro endoscópicoJlioAlmeida21
Este artigo relata a experiência da implantação da consulta de enfermagem no Centro Endoscópico de um hospital universitário. A consulta de enfermagem foi implementada para melhorar o registro da assistência de enfermagem e a comunicação entre a equipe. A consulta envolve a coleta de dados do paciente, exame físico e educação sobre o procedimento. Isso contribuiu para maior segurança do paciente e equipe durante os exames endoscópicos.
O documento discute a atuação dos profissionais de enfermagem nas Unidades de Terapia Intensiva no Brasil. Aborda os principais desafios do trabalho em UTIs, como a sobrecarga e estresse. Também destaca a importância da humanização dos cuidados de enfermagem nesses ambientes.
1. O documento descreve a trajetória do movimento pela qualidade nos serviços de saúde e enfermagem, com foco no referencial teórico de Donabedian sobre estrutura, processo e resultado.
2. Discute como Donabedian adaptou esses conceitos da teoria de sistemas para avaliação da qualidade na assistência à saúde, considerando características como recursos, prestação de cuidados e resultados.
3. Também aborda a sistematização da assistência de enfermagem como base para a qualidade dos cuidados
1) O documento discute a inclusão de indicadores de funcionalidade humana no Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) no Brasil.
2) Atualmente, o PMAQ não possui indicadores de funcionalidade, tornando-o incompleto para avaliar adequadamente o desempenho da atenção primária.
3) O autor propõe novos indicadores de funcionalidade nas áreas de acessibilidade, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional para melhor avaliar
O documento descreve as dificuldades e desafios da sistematização da assistência de enfermagem na área pediátrica, como o preparo inadequado dos profissionais, falta de comprometimento e desinteresse. Propõe um curso de educação permanente de 40 horas para enfermeiros pediatras sobre o processo de enfermagem e um roteiro de evolução baseado nos diagnósticos de enfermagem. Conclui que ainda há falta de conhecimento sobre a sistematização e a elaboração da evolução de enfermagem.
Auditoria em saúde atribuições do enfermeiro auditorAfonso Ribeiro
O documento discute a auditoria em saúde e as atribuições do enfermeiro auditor. Ele explica que a auditoria tem como objetivo avaliar a qualidade do serviço e a eficiência dos custos nas instituições de saúde. Também destaca a importância do enfermeiro auditor nesse processo e como sua atuação é uma tendência no mercado de trabalho.
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...Lenilson Souza
Resumo: Você já tentou de tudo para emagrecer, mas nada parece funcionar? Você
não está sozinho. Perder peso pode ser uma jornada frustrante e desafiadora,
especialmente com tantas informações conflitantes por aí. Talvez você esteja se
perguntando se existe um método realmente eficaz e sustentável para alcançar
seus objetivos de saúde. A boa notícia é que, sim, há! Neste artigo, vamos explorar
estratégias comprovadas que realmente funcionam. Desde a importância de uma
alimentação balanceada e exercícios físicos eficazes, até a relação entre sono,
hidratação e controle do estresse com o emagrecimento, vamos desmistificar os
mitos e fornecer dicas práticas que você pode começar a aplicar hoje mesmo.
Então, se prepare para transformar sua abordagem e finalmente ver os resultados
que você merece!
1. 1009
Rev Esc Enferm USP
2009; 43(Esp):1018-25
www.ee.usp.br/reeusp/
NURSING ACTIVITIES SCORE (NAS): adaptação
transcultural e validação para a lingua portuguesa
Queijo AF, Padilha KG
NURSING ACTIVITIES SCORE (NAS):
adaptação transcultural e validação
para a língua portuguesa
NURSING ACTIVITIES SCORE (NAS): CROSS-CULTURAL ADAPTATION AND
VALIDATION TO PORTUGUESE LANGUAGE
NURSING ACTIVITIES SCORE (NAS): ADAPTACIÓN TRANSCULTURAL Y
VALIDACIÓN PARA EL PORTUGUÉS
RESUMO
O estudo teve como objetivos adaptar para
o português e avaliar as propriedades
psicométricas do Nursing Activities Score
(NAS), instrumento de medida de carga de
trabalho de enfermagem em UTI. Após o
processo de adaptação cultural, o NAS foi
aplicado em uma amostra de 200 pacien-
tes adultos internados em UTIs. A análise
da consistência interna pelo coeficiente
Alfa de Cronbach revelou que o NAS possui
23 medidas independentes que não com-
portam consolidação ou redução. A avalia-
ção da confiabilidade interobservadores
demonstrou alta concordância (99,8%) e
índice Kappa médio de 0,99. A validade con-
corrente foi demonstrada pela correlação
estatisticamente significativa entre o TISS-
28 e o NAS (r=0,67; p<0,0001), assim como
pela análise de regressão multivariada
(R2
=94,4%; p<0,0001). Na avaliação da va-
lidade convergente, a regressão multiva-
riada mostrou associação estatisticamen-
te significativa entre o NAS e o SAPS II,
quando ajustada pela idade (R2
=99,8%;
p<0,0001). Pelos resultados obtidos, o NAS
mostrou-se um instrumento confiável e vá-
lido para mensurar carga de trabalho de
enfermagem em UTIs brasileiras.
DESCRITORES
Unidades de Terapia Intensiva.
Carga de trabalho.
Enfermagem.
Estudos de validação.
1
Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, SP. Supervisora de Enfermagem das Áreas Críticas do
Hospital Beneficência Portuguesa, São Paulo, SP, Brasil. aldafq@ig.com.br /aldafq@usp.br 2
Enfermeira. Professor Titular do Departamento de Enfermagem
Médico Cirúrgica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. kgpadilh@usp.br
ARTIGOORIGINAL
Alda Ferreira Queijo1
, Kátia Grillo Padilha2
ABSTRACT
The study aimedto adapt to the Portuguese
language and to evaluate the psychometric
properties of the Nursing Activities Score
(NAS), an instrument for measuring the
nursing workload in ICUs. After the process
of cross-cultural adaptation, the NAS was
applied to a sample of 200 adult ICU
patients. The analysis of internal consis-
tency by Cronbach's alpha coefficient
revealed that the NAS has 23 independent
measures that do not allow for either
consolidation or reduction. Assessment of
inter-rater reliability showed high con-
cordance level (99.8%) and a Kappa index
average of 0.99. The concurrent validity was
demonstrated by statistically significant
correlation between the TISS-28 and NAS
(r=0.67, p<0.0001), and by multivariate
regression analysis (R2
=94.4%, p<0.0001).
The convergent validity was supported by
the statistically significant association
between the NAS and the SAPS II, when
adjusted for age (R2
=99.8%, p<0.0001).
These results indicate that the NAS is a valid
and reliable instrument to measure nursing
workload of Brazilian ICUs.
KEY WORDS
Intensive Care Units.
Workload.
Nursing.
Validation studies.
RESUMEN
El estudio tuvo como objetivos adaptar al
portugués y evaluar las propiedades psi-
cométricas de el Nursing Activities Score
(NAS), un instrumento para medir la carga
de trabajo de enfermería en UCI. Tras el
proceso de adaptación cultural, el NAS se
aplicó a una muestra de 200 pacientes adul-
tos ingresados en las UCIs. El análisis de
consistencia interna por el coeficiente alfa
de Cronbach reveló que el NAS cuenta con
23 medidas independientes que no per-
miten consolidación o reducción. La eva-
luación de la fiabilidad interobservador
mostró alta concordancia (99,8%) y el índi-
ce Kappa media de 0,99. La validez con-
currente se demostró por la correlación
estadísticamente significativa entre el TISS-
28 y NAS (r=0,67, p<0,0001), y por análisis
de regresión multivariante (R2
=94,4%,
p<0,0001). Al evaluar la validez convergen-
te, la regresión multivariante mostró
asociación estadísticamente significativa
entre el NAS y el SAPS II, cuando ajustada
por la edad (R2
=99,8%, p<0,0001). Los re-
sultados obtenidos indican que el NAS es
un instrumento válido y fiable para medir
la carga de trabajo de enfermería de UCIs
brasileñas.
DESCRIPTORES
Unidades de Cuidados Intensivos.
Carga de trabajo.
Enfermería.
Estudios de validación.
Recebido: 10/12/2008
Aprovado: 10/06/2009
Português / Inglês
www.scielo.br/reeusp
2. 1010
Rev Esc Enferm USP
2009; 43(Esp):1018-25
www.ee.usp.br/reeusp/
NURSING ACTIVITIES SCORE (NAS): adaptação
transcultural e validação para a lingua portuguesa
Queijo AF, Padilha KG
...a avaliação da carga
de trabalho de
enfermagem é
tema de fundamental
interesse...
INTRODUÇÃO
No contexto atual, o emprego de indicadores que ava-
liem objetivamente a condição clínica do paciente, bem
como a necessidade de cuidados que requerem, tornou-se
instrumental indispensável quando se busca melhorar a re-
lação custo-benefício na assistência à saúde. No caso parti-
cular da enfermagem, indicadores de demandas de cuida-
dos são cada vez mais necessários como requisitos para
assegurarqualidadedaassistênciaesubsidiaraquantificação
de pessoal nas diferentes unidades hospitalares, o que
também se aplica à Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Assim, a avaliação da carga de trabalho de enfermagem
é tema de fundamental interesse, visto que uma equipe
superdimensionada implica em alto custo. Por outro lado,
sabe-se que uma equipe reduzida tende a determinar a
queda da eficácia/qualidade da assistência, prolongando a
internação e gerando um maior custo no tratamento dos
pacientes(1)
.
Na literatura nacional e internacional, a existência de
instrumentos voltados à medida de carga de trabalho de
enfermagem não é recente, porém, vários deles(2-5)
foram
desenvolvidos dentro de uma perspectiva
abrangente, que incluía a UTI, sem voltar-se
especificamente a ela. Dessa forma, a neces-
sidade de caracterizar a demanda de traba-
lho de enfermagem nessas Unidades impul-
sionou, ao longo do tempo, o desenvolvimen-
to de instrumentos de medida voltados para
esse fim(6)
. Dentre eles, o Therapeutic Inter-
vention Scoring System (TISS) é encontrado
na literatura internacional como um dos pio-
neiros para medir a carga de trabalho da equipe de enfer-
magem na UTI.
O TISS foi originalmente idealizado por Cullen e colabo-
radores, do Massachussets General Hospital, de Boston, em
1974, com o duplo objetivo de mensurar a gravidade dos
pacientes e calcular a correspondente carga de trabalho de
enfermagem em UTI(7)
. Em sua primeira versão, era com-
posto por um total de 57 intervenções terapêuticas deter-
minadas por um grupo de especialistas que, além disso,
atribuíam pontuações de um a quatro, de acordo com o
tempo e esforço necessários para o desempenho das ativi-
dades de enfermagem.
Em 1983, o índice foi revisto e atualizado para 76 itens
de intervenções terapêuticas, que quantificavam a comple-
xidade, grau de invasividade e tempo dispensado pela en-
fermagem e pelo médico para realizar determinado proce-
dimento. Nesta versão, os pacientes continuaram sendo
classificados em quatro grupos (I a IV), conforme a maior
ou menor necessidade de vigilância e cuidados intensivos(8)
.
Decorridos 16 anos da existência do TISS-76 e de sua
utilização mundialmente reconhecida, Miranda e colabo-
radores, do University Hospital of Groningen, Holanda, re-
conhecendo a necessidade de atualizar e tornar mais prá-
tico o uso do TISS-76, realizaram ampla modificação, utili-
zando análises estatísticas para a determinação das cate-
gorias de intervenções terapêuticas, itens e sub-itens com-
ponentes e respectivos pesos. Essa nova versão, conhecida
como TISS-28(9)
, passou a ter, portanto, 28 itens distribuí-
dos em sete categorias: atividades básicas, suportes
ventilatório, cardiovascular, renal, neurológico, metabóli-
co e intervenções específicas. O escore total, com variação
de 1 a 78 pontos, permite a determinação da carga de tra-
balho de enfermagem, uma vez que 1 ponto TISS-28 equi-
vale a 10,6 minutos do tempo de trabalho de um enfer-
meiro em um turno de trabalho em UTI.
O TISS-28 passou a ser amplamente utilizado interna-
cionalmente, trazendo importantes subsídios para o
dimensionamento de pessoal e alocação de recursos hu-
manos de enfermagem nas UTIs, entre outras atividades
assistenciais e administrativas. No entanto, na sua aplica-
ção prática, várias críticas foram feitas pelos enfermeiros,
uma vez que o instrumento não contemplava o conjunto
das atividades desenvolvidas pela enfermagem, não só
aquelas de caráter assistencial ao doente, como também
as de suporte à família e as administrativas.
Visando ajustar o índice de modo a avali-
ar mais fielmente a carga de trabalho na UTI,
o TISS-28 sofreu uma nova modificação, re-
sultando no Nursing Activities Score (NAS)(10)
.
Para o desenvolvimento do NAS, a primei-
ra etapa incluiu a descrição do conjunto de
atividades de enfermagem relacionadas às
condições clínicas dos pacientes internados
na UTI, sendo realizada por 25 profissionais
(15 médicos e 10 enfermeiros), de 15 países. Na segunda
etapa, um painel de especialistas composto por oito pro-
fissionais preparou a seleção e descrição da lista dos itens,
onde cinco atividades específicas de enfermagem foram
identificadas: monitorização e controles, procedimentos de
higiene, mobilização e posicionamento, suporte e cuida-
dos aos familiares e pacientes e atividades administrativas
e gerenciais. Assim, a lista das atividades de enfermagem,
combinada com os itens do TISS-28 resultou, com alguns
agrupamentos, em 30 itens.
Após esses procedimentos, a validação do instrumento
foi realizada em uma amostra de 99 UTI, de 15 países. Du-
rante uma semana, dois tipos de dados foram coletados:
registro diário dos 30 itens do instrumento em uma amos-
tra de 2.041 pacientes admitidos na UTI, tendo por base as
informações das 24 horas e registro das atividades realiza-
das individualmente pelos componentes da equipe de en-
fermagem assistencial, em 30 momentos específicos do
dia , que resultaram em 127.951 registros, de acordo com
a técnica MultiMoment Recordings (MMR) ou Múltiplos
Momentos de Observação (MMO). Após essa coleta, os
pesos e a redução dos itens foram calculados estatistica-
mente por meio do cruzamento dos dados obtidos nas duas
formas de registro mencionadas.
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Rev Esc Enferm USP
2009; 43(Esp):1018-25
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NURSING ACTIVITIES SCORE (NAS): adaptação
transcultural e validação para a lingua portuguesa
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INSTRUMENTO
(NAS)
Tradução Inicial
Instrumento (Português)
(Back Translation)
Instrumento na versão em inglês
Revisão por Comitê de Juízes
Versão traduzida (Português)
Pré-Teste
3 tradutores
independentes
Compatibilização
das 3 versões pela
pesquisadora
Compatibilização
das 3 versões pela
pesquisadora
3
Back-translators
Verificação
desta versão
pelo autor do
instrumento
original
Equivalência
Semântica/
Idiomática/
Cultural
Figura 1 - Tradução e Adaptação do Nursing Activities Score (NAS) para o português - São Paulo - 2002
Como resultado final, o NAS divide-se em sete grandes
categorias e apresenta um total de 23 itens, cujos pesos
variam de um mínimo de 1,2 a um máximo de 32,0. A prin-
cipal mudança em relação ao TISS-28 ocorreu na categoria
atividades básicas, que foi sub-categorizada em:
monitorização e controles, procedimentos de higiene,
mobilização e posicionamento, suporte e cuidados aos fa-
miliares e pacientes e tarefas administrativas e gerenciais.
Com a nova estrutura, o NAS contempla 80.8% das ativida-
des de enfermagem, superando a abrangência de 43.3%
do TISS-28, descrevendo, aproximadamente, duas vezes
mais o tempo gasto pela enfermagem no cuidado ao paci-
ente crítico, quando comparado com o TISS-28. O escore
total obtido representa a porcentagem de tempo gasto por
enfermeiro, por turno, na assistência direta ao paciente,
podendo alcançar um máximo de 176,8%(10)
.
Considerando-se,pois,osatributosdoinstrumentoesua
capacidade para medir a carga de trabalho de enfermagem
na UTI, a aplicação na realidade brasileira encontrou, como
limitação, o fato de ter sido desenvolvido originalmente
na língua inglesa. Portanto, tendo em vista o interesse
em disponibilizá-lo para uso no contexto nacional, optou-se
pelarealizaçãodesteestudoquetevecomoobjetivorealizar
a adaptação transcultural do NAS para a língua portuguesa.
PROCEDIMENTOS PARAA
ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL
A adaptação transcultural obedeceu, em linhas gerais,
a preconizada por Guillemin, Bombardier e Beaton(11)
, que
compreende as seguintes etapas: tradução, tradução de
volta a língua de origem (back-translation), avaliação das
versões original e back translated, pré-teste (Figura 1) e ava-
liação das propriedades psicométricas.
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NURSING ACTIVITIES SCORE (NAS): adaptação
transcultural e validação para a lingua portuguesa
Queijo AF, Padilha KG
As conclusões obtidas
no estudo,
demonstraram índices
satisfatórios de
confiabilidade, de
validade de critério e
de constructo.
Após cumpridas as etapas mencionadas , o instrumen-
to final, em português denominado Escore de Atividades
de Enfermagem (EAE) foi testado para avaliar suas propri-
edades de medida. Cabe ressaltar que se optou por man-
ter a abreviatura NAS do título em inglês, com vistas a faci-
litar a comunicação com autores estrangeiros.
Para avaliar a confiabilidade do instrumento, conside-
rou-se a estabilidade, medida pela concordância entre ava-
liadores, e a consistência interna, medida pelo coeficiente
Alfa de Cronbach. A aplicação do NAS adaptado para a lín-
gua portuguesa, por dois avaliadores independentes, reali-
zada simultaneamente, em uma amostra de 100 pacientes
internados em UTI, após análise estatística, mostrou uma
concordância média de 99,8% e Kappa médio de 0,99. Os
resultados demonstraram uma correlação quase perfeita,
muito próxima de 1. Do total de 23 itens componentes do
NAS, à exceção dos itens 6 e 12, que apresentaram, respec-
tivamente, 97,5% e 99,5% de concordância, todos os de-
mais apresentaram uma concordância de 100,0%.
Assim, tendo como resultado os altos valores de con-
cordância encontrados (99,8%) e um Kappa quase perfeito
(0,99), concluiu-se que o NAS é um instrumento de medida
estável para avaliar a carga de trabalho de
enfermagem na UTI(12)
.
A confiabilidade do NAS foi também esti-
mada pela análise da consistência interna dos
itens e categorias que o compõem, utilizan-
do-se o coeficiente alfa de Cronbach(13-15)
. O
resultado final encontrado para o total dos
23 itens foi de 0,36, considerado baixo(16)
, o
que também ocorreu com alguns itens indi-
vidualmente. Tais resultados permitiram in-
ferir que os itens parecem representar fenô-
menos que não podem ser reduzidos a medidas mais sin-
téticas, frente à importância de cada um quando se pre-
tende medir carga de trabalho de enfermagem em UTI. Por
essa razão, apesar de baixos valores do alfa de Cronbach,
nenhum item foi excluído do instrumento.
Foram analisados dois tipos de validade: de critério con-
corrente e convergente.
A validade concorrente foi observada pela correlação
positiva e estatisticamente significante (r=0,67; p<0,001)
entre o NAS e o TISS-28. Também o modelo da análise de
regressão mostrou associação estatisticamente significati-
va entre os dois instrumentos (R2
= 94,4%; p-value<0,001).
A validade convergente foi constatada pela associação
estatisticamente significativa (R2
= 99,8%; p-value<0,001)
entre NAS e SAPS II, quando ao modelo da análise de re-
gressão se adicionou a variável idade.
As conclusões obtidas no estudo, demonstraram índi-
ces satisfatórios de confiabilidade, de validade de critério e
de constructo, permitindo, dessa forma, sugerir a sua utili-
zação, como um indicador confiável e válido para mensurar
carga de trabalho de enfermagem em UTI, em nosso meio.
A versão final do NAS na língua portuguesa encontra-
se apresentada no Apêndice.
ESTUDOS REALIZADOS
UTILIZANDO O NAS
Passados cinco anos da publicação do NAS, observa-se
que a sua utilização como instrumento de medida da carga
de trabalho de enfermagem em UTI é ainda recente na lite-
ratura nacional e internacional. No Brasil, no entanto, em-
bora as publicações ainda sejam escassas, o desenvolvimen-
to de estudos com a sua aplicação tem aumentado expres-
sivamente, sendo crescente o interesse dos enfermeiros em
incorporá-lo nas UTIs. Os resultados das investigações, con-
forme apresentação a seguir, têm mostrado carga de tra-
balho de enfermagem variável segundo as amostras estu-
dadas. Tais evidências são relevantes quando se pretende
alocar recursos humanos de enfermagem adequando-as às
demandas de cuidados dos pacientes.
Estudo que analisou a carga de trabalho de enferma-
gem em uma UTI geral de um hospital universitário de mé-
dio porte, cuja maioria dos pacientes foi procedente do
Pronto Socorro, tinha idade acima de 60 anos
e permaneceu, em média, 3,5 dias na UTI,
apresentou média NAS de 66,5%, mínima de
47,6% e máxima de 82,4%. Os autores obser-
varam que a carga de trabalho de enferma-
gem permaneceu acima de 50,0% no decor-
rer de toda internação na Unidade(17)
.
Investigação realizada com uma amostra
de 500 pacientes internados em UTIs gerais
de dois hospitais governamentais e dois não
governamentais do município de São Paulo,
concluiu que a média NAS na admissão dos pacientes foi
de 62,13%. Nessa amostra, houve predomínio de pacien-
tes idosos, procedentes do Pronto Socorro e com perma-
nência na UTI de 7,64 dias, em média. A gravidade dos pa-
cientes avaliada pelo SAPS II, na admissão foi de 37,41 pon-
tos e a mortalidade de 20,60%(18)
.
Com o objetivo de analisar a carga de trabalho de en-
fermagem em uma UTI geral de um hospital brasileiro, pri-
vado, de nível terciário, estudo longitudinal realizado du-
rante 14 dias com uma amostra de 33 pacientes, encon-
trou média NAS de 65,5%, com variação entre 22,30% e
127,90%(19)
.
Já um estudo metodológico desenvolvido em uma UTI
geral pertencente a um hospital privado do município de
São Paulo, com uma amostra constituída por 104 pacien-
tes, constatou média NAS de 52,7%, mínima de 32,2% e
máxima de 75,2%, em amostra de pacientes predominan-
temente idosos, com pontuação média SAPS II de 31,8 pon-
tos e mortalidade de 14,3%(20)
.
Outro estudo realizado em UTI geral de um hospital
público, universitário, associando estilos de liderança e car-
5. 1013
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NURSING ACTIVITIES SCORE (NAS): adaptação
transcultural e validação para a lingua portuguesa
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ga de trabalho de enfermagem utilizando o NAS, mostrou
que a média do escore NAS foi de 80,09%, com variação
entre 62,40% e 101,80%(21)
.
Referente à carga de trabalho de enfermagem em UTI
especializada, um único estudo encontrado na literatura
brasileira foi realizado com a aplicação do NAS em uma UTI
de cirurgia cardíaca, com 65 leitos, localizada em hospital
público de ensino, também especializado em cardiologia.
No estudo, que incluiu uma amostra de 100 pacientes, a
média NAS encontrada foi de 96,79%, no primeiro dia de
pós-operatório(22)
.
Na literatura internacional, apenas dois trabalhos fo-
ram encontrados com a utilização do NAS, ambos desen-
volvidos por um mesmo grupo espanhol(23-24)
. Um deles(23)
,
teve por objetivo verificar a carga de trabalho em uma UTI
Geral. A análise de uma amostra de 350 pacientes, em um
total de 1800 registros do NAS coletados diariamente, du-
rante três meses, no ano de 2004, apresentou NAS médio
de 40,8 ± 14,1, no primeiro dia de internação na UTI, indi-
cando a relação de um enfermeiro para o cuidado de 2,5
pacientes nessa Unidade.
Com relação à influência dos dados demográficos e clí-
nicos de pacientes na demanda de trabalho de enferma-
gem em UTI com o uso do NAS, também poucos estudos
que fizessem esse tipo de análise foram encontrados. No
entanto, duas investigações realizadas em UTI geral de adul-
tos de um hospital universitário, no Brasil, mostraram não
haver diferença estatisticamente significante entre a idade
e a carga de trabalho de enfermagem(17,25)
.
Pesquisa brasileira realizada em UTI geral de um hospi-
tal público, evidenciou boa correlação do NAS com o
APACHE II em uma amostra de 148 pacientes. Nessa inves-
tigação, os autores verificaram que a mortalidade foi mai-
or nos pacientes com valores de NAS mais elevados(26)
.
Como síntese desses estudos, é possível dizer que, em-
bora haja um longo caminho de investigação a ser percor-
rido com o uso do NAS, fato é que a sua adaptação para a
cultura brasileira foi de grande importância para a enfer-
magem intensiva no Brasil. Além disso, o maior conheci-
mento sobre o instrumento, decorrente das pesquisas rea-
lizadas e do uso cada vez mais disseminado, tem colocado
os enfermeiros brasileiros como referência também para
os profissionais de outros países, cujos pedidos de asses-
soria sobre a utilização do instrumento têm sido cada vez
maiores. Essa interlocução não só é desejável como neces-
sária, principalmente quando se consideram as demandas
da enfermagem mundial para a solução de problemas que
aliem qualidade da assistência, custos da assistência inten-
siva e bem-estar dos profissionais.
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APÊNDICE
Escore de Atividades de Enfermagem
continua...
ATIVIDADES BÁSICAS Pontuação
1. MONITORIZAÇÃO E CONTROLES
1a. Sinais vitais horários, cálculo e registro do balanço hídrico. 4,5
1b. Presença à beira do leito e observação ou atividade contínua por 2 horas ou mais em algum plantão 12,1
por razões de segurança, gravidade ou terapia, tais como: ventilação mecânica não invasiva, desmame,
agitação, confusão mental, posição prona, procedimentos de doação de órgãos, preparo e administração
de fluidos ou medicação, auxílio em procedimentos específicos.
1c. Presença à beira do leito e observação ou atividade contínua por 4 horas ou mais em algum plantão 19,6
por razões de segurança, gravidade ou terapia, tais como os exemplos acima.
2. INVESTIGAÇÕES LABORATORIAIS: bioquímicas e mircrobiológicas. 4,3
3. MEDICAÇÃO, exceto drogas vasoativas. 5,6
4. PROCEDIMENTOS DE HIGIENE
4a. Realização de procedimentos de higiene tais como: curativo de feridas e cateteres intravasculares, 4,1
troca de roupa de cama, higiene corporal do paciente em situações especiais (incontinência, vômito,’
queimaduras, feridas com secreção, curativos cirúrgicos complexos com irrigação), procedimentos
especiais (ex. isolamento), etc.
4b. Realização de procedimentos de higiene que durem mais do que 2 horas, em algum plantão. 16,5
4c. Realização de procedimentos de higiene que durem mais do que 4 horas em algum plantão. 20,0
5. CUIDADO COM DRENOS - Todos (exceto sonda gástrica) 1,8
6. MOBILIZAÇÃO E POSICIONAMENTO incluindo procedimentos tais como: mudança de decúbito,
mobilização do paciente; transferência da cama para a cadeira; mobilização do paciente em equipe
(ex. paciente imóvel, tração, posição prona).
6a. Realização do(s) procedimento(s) até 3 vezes em 24 horas. 5,5
6b. Realização do(s) procedimento(s) mais do que 3 vezes em 24 horas ou com 2 enfermeiros 12,4
em qualquer freqüência.
6c. Realização do(s) procedimento(s) com 3 ou mais enfermeiros em qualquer freqüência. 17,0
7. SUPORTE E CUIDADOS AOS FAMILIARES E PACIENTES incluindo procedimentos tais como telefonemas,
entrevistas, aconselhamento. Freqüentemente, o suporte e cuidado, sejam aos familiares ou aos pacientes permitem a
equipe continuar com outras atividades de enfermagem (ex: a comunicação com o paciente durante procedimentos de
higiene, comunicação com os familiares enquanto presente à beira do leito observando o paciente).
7a. Suporte e cuidado aos familiares e pacientes que requerem dedicação exclusiva por cerca de 4,0
uma hora em algum plantão, tais como: explicar condições clínicas, lidar com a dor e angústia,
lidar com circunstâncias familiares difíceis.
7b. Suporte e cuidado aos familiares e pacientes que requerem dedicação exclusiva por 3 horas 32,0
ou mais em algum plantão, tais como: morte, circunstâncias trabalhosas (ex. grande número de
familiares, problemas de linguagem, familiares hostis).
8. TAREFAS ADMINISTRATIVAS E GERENCIAIS
8a. Realização de tarefas de rotina tais como: processamento de dados clínicos, solicitação de 4,2
exames, troca de informações profissionais (ex.passagem de plantão, visitas clínicas).
8b. Realização de tarefas administrativas e gerenciais que requerem dedicação integral por 23,2
cerca de 2 horas em algum plantão, tais como: atividades de pesquisa, aplicação de protocolos,
procedimentos de admissão e alta.
8c. Realização de tarefas administrativas e gerenciais que requerem dedicação integral por 30,0
cerca de 4 horas ou mais de tempo em algum plantão, tais como: morte e procedimentos de
doação de órgãos, coordenação com outras disciplinas.
8. 1016
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NURSING ACTIVITIES SCORE (NAS): adaptação
transcultural e validação para a lingua portuguesa
Queijo AF, Padilha KG
Os sub-itens dos itens 1, 4, 6, 7 e 8 são mutuamente exclusivos.
continuação...
Correspondência: Katia Grillo Padilha
Rua Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 419 - Cerqueira César
CEP 05403-000 - São Paulo, SP, Brasil
ATIVIDADES BÁSICAS Pontuação
9. Suporte respiratório: Qualquer forma de ventilação mecânica/ventilação assistida com ou sem pressão expiratória 1,4
final positiva, com ou sem relaxantes musculares; respiração espontânea com ou sem pressão expiratória final
positiva (ex. CPAP ou BiPAP), com ou sem tubo endotraqueal; oxigênio suplementar por qualquer método.
10. Cuidado com vias aéreas artificiais. Tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia. 1,8
11. Tratamento para melhora da função pulmonar. Fisioterapia torácica, espirometria estimulada, terapia inalatória, 4,4
aspiração endotraqueal.
SUPORTE VENTILATÓRIO
12. Medicação vasoativa independente do tipo e dose. 1,2
13. Reposição intravenosa de grandes perdas de fluídos. Administração de fluídos >31/m /dia, independente do tipo 2,5
de fluído administrado.
14. Monitorização do átrio esquerdo. Cateter da artéria pulmonar com ou sem medida de débito cardíaco. 1,7
15. Reanimação cardiorrespiratória nas últimas 24 horas (excluído soco precordial). 7,1
2
SUPORTE CARDIOVASCULAR
16. Técnicas de hemofiltração. Técnicas dialíticas. 7,7
17. Medida quantitativa do débito urinário (ex. Sonda vesical de demora). 7,0
SUPORTE RENAL
18. Medida da pressão intracraniana 1,6
SUPORTE NEUROLÓGICO
SUPORTE METABÓLICO
19. Tratamento da acidose/alcalose metabólica complicada. 1,3
20. Hiperalimentação intravenosa. 2,8
21. Alimentação enteral. Através de tubo gástrico ou outra via gastrintestinal (ex: jejunostomia). 1,3
INTERVENÇÕES ESPECÍFICAS
22. Intervenções específicas na unidade de terapia intensiva. Intubação endotraqueal, inserção de marca-passo, 2,8
cardioversão, endoscopia, cirurgia de emergência no último período de 24 horas, lavagem gástrica. Intervenções
de rotina sem conseqüências diretas para as condições clínicas do paciente, tais como: Raio X, ecografia,
eletrocardiograma, curativos ou inserção de cateteres venosos ou arteriais não estão incluídos.
23. Intervenções específicas fora da unidade de terapia intensiva. Procedimentos diagnósticos ou cirúrgicos. 1,9