Este documento analisa o setor brasileiro de venture capital e private equity como uma alternativa de financiamento para empresas, especialmente empresas de base tecnológica. Discute as características e tendências do setor no Brasil, além de iniciativas governamentais para desenvolvê-lo. Também explora os desafios de financiamento para empresas de base tecnológica devido aos altos riscos associados a novas tecnologias.
Obstaculos de investimento em p&d em empresas no brasilEverson Rodrigues
O documento discute as oportunidades e barreiras para ampliar os investimentos em P&D de empresas estrangeiras no Brasil. Há boas perspectivas para atrair investimentos em P&D orientados pelo mercado devido ao crescimento do mercado brasileiro. Entretanto, persistem dificuldades para atrair investimentos em P&D orientados pela tecnologia, especialmente devido à falta de recursos humanos qualificados e instituições acadêmicas sólidas.
O documento discute a inovação nas empresas brasileiras. Aponta que a inovação no Brasil é incipiente, com poucos investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Também destaca que a maioria das empresas realiza apenas inovações incrementais e poucas conhecem as leis e incentivos à inovação existentes, como a Lei do Bem. Recomenda promover uma cultura mais favorável à inovação entre os empresários brasileiros.
O documento discute o desenvolvimento da indústria de semicondutores orgânicos no Brasil. Apresenta estudos realizados sobre o tema desde 2006 e destaca a pesquisa científica brasileira, ainda em nível inicial. Aponta restrições como a distância entre empresas e centros de pesquisa e a falta de incentivos para a produção e comercialização de produtos inovadores. Defende a necessidade de fomentar novos negócios e o desenvolvimento tecnológico para que a indústria possa se estabelecer no país.
Este documento é uma monografia de conclusão de curso de graduação em Administração que analisa a importância da indústria de capital de risco no Brasil como fonte de financiamento para empresas emergentes. A monografia contextualiza a origem do private equity nos EUA e Europa, descreve a estruturação dos fundos de capital de risco no Brasil e apresenta casos de sucesso de empresas brasileiras que receberam investimento destes fundos.
1. O documento discute os princípios da administração financeira e como eles evoluíram ao longo do tempo, com foco em maximizar a riqueza de uma empresa.
2. Apresenta exemplos de como descobrir a riqueza de uma empresa, como por meio do preço de suas ações, e como os métodos financeiros melhoraram desde 1970.
3. Discutem objetivos de empresas, métodos de tributação e tipos de sociedade.
O documento apresenta 10 questões sobre orçamento público e administração pública. As questões abordam conceitos como receitas orçamentárias, leis orçamentárias, tipos de orçamento, princípios orçamentários e da administração pública.
1000 exercicios de contabilidade com gabaritoNelio019
O documento contém uma série de exercícios sobre contabilidade. Os exercícios abordam tópicos como objetivos, finalidades, campo de aplicação e conceitos fundamentais da contabilidade.
Este documento discute o papel do financiamento por capital de risco para pequenas e médias empresas de base tecnológica. Apresenta a evolução deste modelo nos EUA e analisa o programa Contec do BNDES no Brasil, que representa uma tentativa de oferecer esta alternativa de financiamento para inovação no país.
Obstaculos de investimento em p&d em empresas no brasilEverson Rodrigues
O documento discute as oportunidades e barreiras para ampliar os investimentos em P&D de empresas estrangeiras no Brasil. Há boas perspectivas para atrair investimentos em P&D orientados pelo mercado devido ao crescimento do mercado brasileiro. Entretanto, persistem dificuldades para atrair investimentos em P&D orientados pela tecnologia, especialmente devido à falta de recursos humanos qualificados e instituições acadêmicas sólidas.
O documento discute a inovação nas empresas brasileiras. Aponta que a inovação no Brasil é incipiente, com poucos investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Também destaca que a maioria das empresas realiza apenas inovações incrementais e poucas conhecem as leis e incentivos à inovação existentes, como a Lei do Bem. Recomenda promover uma cultura mais favorável à inovação entre os empresários brasileiros.
O documento discute o desenvolvimento da indústria de semicondutores orgânicos no Brasil. Apresenta estudos realizados sobre o tema desde 2006 e destaca a pesquisa científica brasileira, ainda em nível inicial. Aponta restrições como a distância entre empresas e centros de pesquisa e a falta de incentivos para a produção e comercialização de produtos inovadores. Defende a necessidade de fomentar novos negócios e o desenvolvimento tecnológico para que a indústria possa se estabelecer no país.
Este documento é uma monografia de conclusão de curso de graduação em Administração que analisa a importância da indústria de capital de risco no Brasil como fonte de financiamento para empresas emergentes. A monografia contextualiza a origem do private equity nos EUA e Europa, descreve a estruturação dos fundos de capital de risco no Brasil e apresenta casos de sucesso de empresas brasileiras que receberam investimento destes fundos.
1. O documento discute os princípios da administração financeira e como eles evoluíram ao longo do tempo, com foco em maximizar a riqueza de uma empresa.
2. Apresenta exemplos de como descobrir a riqueza de uma empresa, como por meio do preço de suas ações, e como os métodos financeiros melhoraram desde 1970.
3. Discutem objetivos de empresas, métodos de tributação e tipos de sociedade.
O documento apresenta 10 questões sobre orçamento público e administração pública. As questões abordam conceitos como receitas orçamentárias, leis orçamentárias, tipos de orçamento, princípios orçamentários e da administração pública.
1000 exercicios de contabilidade com gabaritoNelio019
O documento contém uma série de exercícios sobre contabilidade. Os exercícios abordam tópicos como objetivos, finalidades, campo de aplicação e conceitos fundamentais da contabilidade.
Este documento discute o papel do financiamento por capital de risco para pequenas e médias empresas de base tecnológica. Apresenta a evolução deste modelo nos EUA e analisa o programa Contec do BNDES no Brasil, que representa uma tentativa de oferecer esta alternativa de financiamento para inovação no país.
O documento discute os desafios de financiamento enfrentados por pequenas e médias empresas e como o capital de risco pode ser uma alternativa viável. Ele analisa a importância econômica das PMEs e as dificuldades em obter financiamento a taxas acessíveis, e argumenta que o capital de risco pode fornecer investimento necessário para o crescimento das PMEs de acordo com critérios avaliados pelos investidores.
[1] O documento analisa os contratos de private equity e venture capital no Brasil, especificamente o alinhamento de interesses entre fundos investidores e empresários nas empresas investidas. [2] Avalia como o ambiente jurídico-institucional brasileiro pode afetar a negociação de contratos mais eficientes, comparando estruturas contratuais brasileiras e internacionais. [3] Inclui questionários com gestores de fundos para identificar percepções sobre limitações impostas pelo ambiente jurídico e qual estrutura contratual seria mais
Este documento analisa a gestão de risco por parte das entidades investidoras de capital de risco em Portugal. Discute os principais fatores de risco identificados pelos operadores, as formas de gestão de risco utilizadas como títulos convertíveis e financiamento faseado, e apresenta os resultados de um estudo empírico sobre as práticas das sociedades de capital de risco portuguesas.
O documento discute modelos de financiamento da inovação no Brasil, Estados Unidos e Alemanha. Apresenta o programa Pró-Inovação da Finep como exemplo brasileiro e destaca desafios como a baixa procura por financiamento público e a ênfase excessiva em máquinas versus outros ativos inovadores.
Este documento discute o uso de estruturas de capital de risco corporativo (CVC) para gerar e acompanhar oportunidades de investimento em empresas inovadoras. Analisa as motivações e dificuldades no processo de implementação de CVC a partir de uma revisão da literatura, estudo de caso e painel de especialistas. Conclui que é importante buscar alinhamento entre as opções de investimento e os mercados alvo da organização, bem como entre os empreendedores apoiados e a filosofia da organização.
Os desafios enfrentados pelo empreendedorismo de base tecnológica no BrasilFundação Dom Cabral - FDC
O documento discute os desafios enfrentados por empresas de base tecnológica (EBTs) no Brasil, particularmente as EBTs ambientais em Minas Gerais. Os principais desafios são: 1) escassez de recursos financeiros, especialmente no estágio inicial, 2) carências em gestão devido ao perfil acadêmico dos fundadores, e 3) dificuldades em acessar o mercado e potenciais clientes.
A Fundação Dom Cabral, em conjunto com a Inventta Consultoria, realizou um levantamento com as empresas brasileiras para entender o processo de captação e uso de recursos públicos como meio de alavancar o processo de inovação.
1) O documento discute as dificuldades para implantação da inovação nas empresas usando a abordagem do design thinking, listando os passos deste processo.
2) São apontados diversos entraves à inovação como rigidez organizacional e falta de pessoal qualificado, além de incentivos existentes como a Lei do Bem e financiamentos da FINEP e BNDES.
3) Conclui que as empresas precisam criar estruturas que tornem a inovação um processo sustentável, identificando "dons" que possam romper barreiras e
O documento discute o Sistema Nacional de Inovação brasileiro, incluindo suas origens, componentes e incentivos. Ele explica que o SNI é composto por agências de fomento, universidades, empresas e agências governamentais e que o governo oferece incentivos fiscais e financiamentos para estimular a inovação, especialmente em estágios de alto risco.
Inovação nas médias empresas Brasileiras, um desafio para a competitividadeFundação Dom Cabral - FDC
Este documento resume os principais resultados de uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral sobre inovação nas empresas brasileiras de médio porte. A pesquisa analisou 149 empresas de diferentes setores em 4 regiões do Brasil e concluiu que: 1) a inovação aparece de forma evidente na ideologia de 71,2% das empresas pesquisadas, porém apenas em 22,2% de seus concorrentes; 2) as principais práticas inovativas nas empresas variam entre 16,7% e 23,3% e incluem inovação em produtos,
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre o modelo brasileiro de private equity e venture capital. O resumo em 3 frases é:
O trabalho conduz um estudo empírico com 65 organizações gestoras de PE/VC no Brasil para analisar o tamanho e estrutura da indústria. Identifica similaridades como a predominância de gestoras independentes e concentração regional de capital, e diferenças como tendência a investir em empresas mais maduras devido ao baixo empreendedorismo. O modelo brasileiro se adaptou ao ambiente instituc
Proposição para Estimulo ao Investimento em Startups - Anjos do BrasilCassio Spina
O investimento em startups é fundamental para o crescimento da economia inovadora brasileira e para isto o investidor anjo é essencial, pois é ele quem orienta, aconselha e conecta o empreendedor.
O documento discute a importância da inovação para países e empresas, as perspectivas para o Brasil aumentar seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento, os principais obstáculos à inovação no Brasil como taxas de juros elevadas, e as contribuições da FIESP para aumentar as taxas de inovação nas empresas brasileiras, como programas de capacitação e interface com governos.
Barreiras Para Inovação em Empresas de Base Tecnológica no Brasilmiguelfeldens
O documento analisa as barreiras para inovação de produtos em pequenas empresas de base tecnológica no Brasil. Identifica barreiras individuais, do grupo, organizacionais, da indústria, sociais e técnicas a partir de entrevistas com empreendedores e investidores. Conclui que é preciso entender as múltiplas barreiras para desenhar ações que fomentem a inovação e mitiguem riscos para empreendedores.
O documento discute o empreendedorismo nas incubadoras de empresas no Brasil. Primeiramente, apresenta os conceitos de empreendedorismo e empreendedorismo internacional. Em seguida, descreve o papel das incubadoras no apoio a empresas emergentes e suas perspectivas para se sustentarem no mercado global. Por fim, analisa as condições oferecidas pelas incubadoras brasileiras para fomentar o empreendedorismo internacional.
Este documento fornece um resumo da indústria de capital de risco em Portugal. Discute brevemente a história do capital de risco e sua definição. Também analisa os dados da indústria em Portugal, como o investimento total em 2005 de €245 milhões em 135 empresas. Apesar do crescimento, a indústria ainda está pouco desenvolvida em Portugal, com dependência dos ciclos econômicos e limitadas opções de saída.
Este documento fornece um resumo da indústria de capital de risco em Portugal. Discute a história do capital de risco, sua definição e conceitos-chave. Também analisa os dados sobre investimentos de capital de risco em Portugal em 2005 e as críticas à intervenção deste instrumento nas empresas portuguesas. O objetivo é compreender melhor como funciona o processo de tomada de decisão nesta indústria em Portugal.
O papel-do-vc-na-open-innovation-andr-saito-gvcepe-1212873754080198-8Manuel Fernandes
O documento discute o papel do capital de risco na inovação aberta, argumentando que o financiamento de novas empresas por meio de capital de risco é um mecanismo eficaz para identificar e viabilizar ideias inovadoras. Explica como o capital de risco funciona, desde a captação de investidores até a saída dos investimentos, e como ele ajuda a atravessar o "vale da morte" entre a ideia e o mercado.
Esta dissertação analisa os produtos financeiros de gestão de risco utilizados pelas empresas da região da Beira Interior em Portugal. A primeira parte descreve os principais instrumentos de cobertura de risco financeiro negociados nos mercados organizados e não organizados. A segunda parte caracteriza a estrutura empresarial da região e examina as práticas de gestão de riscos financeiros das empresas através de um questionário aplicado a uma amostra.
Este documento analisa comparativamente o investimento de capital de risco em Portugal e na Europa nos últimos anos, focando-se nas fases de entrada no capital das empresas e nos sectores de investimento. Conclui-se que as sociedades de capital de risco nacionais se especializam mais no investimento nas fases iniciais enquanto as europeias se focam mais no estágio posterior de aquisição de empresas. Nos sectores, destacam-se os bens de consumo e produtos industriais em Portugal e bens de consumo e tecnologias de informação na Europa.
O documento discute os desafios de financiamento enfrentados por pequenas e médias empresas e como o capital de risco pode ser uma alternativa viável. Ele analisa a importância econômica das PMEs e as dificuldades em obter financiamento a taxas acessíveis, e argumenta que o capital de risco pode fornecer investimento necessário para o crescimento das PMEs de acordo com critérios avaliados pelos investidores.
[1] O documento analisa os contratos de private equity e venture capital no Brasil, especificamente o alinhamento de interesses entre fundos investidores e empresários nas empresas investidas. [2] Avalia como o ambiente jurídico-institucional brasileiro pode afetar a negociação de contratos mais eficientes, comparando estruturas contratuais brasileiras e internacionais. [3] Inclui questionários com gestores de fundos para identificar percepções sobre limitações impostas pelo ambiente jurídico e qual estrutura contratual seria mais
Este documento analisa a gestão de risco por parte das entidades investidoras de capital de risco em Portugal. Discute os principais fatores de risco identificados pelos operadores, as formas de gestão de risco utilizadas como títulos convertíveis e financiamento faseado, e apresenta os resultados de um estudo empírico sobre as práticas das sociedades de capital de risco portuguesas.
O documento discute modelos de financiamento da inovação no Brasil, Estados Unidos e Alemanha. Apresenta o programa Pró-Inovação da Finep como exemplo brasileiro e destaca desafios como a baixa procura por financiamento público e a ênfase excessiva em máquinas versus outros ativos inovadores.
Este documento discute o uso de estruturas de capital de risco corporativo (CVC) para gerar e acompanhar oportunidades de investimento em empresas inovadoras. Analisa as motivações e dificuldades no processo de implementação de CVC a partir de uma revisão da literatura, estudo de caso e painel de especialistas. Conclui que é importante buscar alinhamento entre as opções de investimento e os mercados alvo da organização, bem como entre os empreendedores apoiados e a filosofia da organização.
Os desafios enfrentados pelo empreendedorismo de base tecnológica no BrasilFundação Dom Cabral - FDC
O documento discute os desafios enfrentados por empresas de base tecnológica (EBTs) no Brasil, particularmente as EBTs ambientais em Minas Gerais. Os principais desafios são: 1) escassez de recursos financeiros, especialmente no estágio inicial, 2) carências em gestão devido ao perfil acadêmico dos fundadores, e 3) dificuldades em acessar o mercado e potenciais clientes.
A Fundação Dom Cabral, em conjunto com a Inventta Consultoria, realizou um levantamento com as empresas brasileiras para entender o processo de captação e uso de recursos públicos como meio de alavancar o processo de inovação.
1) O documento discute as dificuldades para implantação da inovação nas empresas usando a abordagem do design thinking, listando os passos deste processo.
2) São apontados diversos entraves à inovação como rigidez organizacional e falta de pessoal qualificado, além de incentivos existentes como a Lei do Bem e financiamentos da FINEP e BNDES.
3) Conclui que as empresas precisam criar estruturas que tornem a inovação um processo sustentável, identificando "dons" que possam romper barreiras e
O documento discute o Sistema Nacional de Inovação brasileiro, incluindo suas origens, componentes e incentivos. Ele explica que o SNI é composto por agências de fomento, universidades, empresas e agências governamentais e que o governo oferece incentivos fiscais e financiamentos para estimular a inovação, especialmente em estágios de alto risco.
Inovação nas médias empresas Brasileiras, um desafio para a competitividadeFundação Dom Cabral - FDC
Este documento resume os principais resultados de uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral sobre inovação nas empresas brasileiras de médio porte. A pesquisa analisou 149 empresas de diferentes setores em 4 regiões do Brasil e concluiu que: 1) a inovação aparece de forma evidente na ideologia de 71,2% das empresas pesquisadas, porém apenas em 22,2% de seus concorrentes; 2) as principais práticas inovativas nas empresas variam entre 16,7% e 23,3% e incluem inovação em produtos,
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre o modelo brasileiro de private equity e venture capital. O resumo em 3 frases é:
O trabalho conduz um estudo empírico com 65 organizações gestoras de PE/VC no Brasil para analisar o tamanho e estrutura da indústria. Identifica similaridades como a predominância de gestoras independentes e concentração regional de capital, e diferenças como tendência a investir em empresas mais maduras devido ao baixo empreendedorismo. O modelo brasileiro se adaptou ao ambiente instituc
Proposição para Estimulo ao Investimento em Startups - Anjos do BrasilCassio Spina
O investimento em startups é fundamental para o crescimento da economia inovadora brasileira e para isto o investidor anjo é essencial, pois é ele quem orienta, aconselha e conecta o empreendedor.
O documento discute a importância da inovação para países e empresas, as perspectivas para o Brasil aumentar seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento, os principais obstáculos à inovação no Brasil como taxas de juros elevadas, e as contribuições da FIESP para aumentar as taxas de inovação nas empresas brasileiras, como programas de capacitação e interface com governos.
Barreiras Para Inovação em Empresas de Base Tecnológica no Brasilmiguelfeldens
O documento analisa as barreiras para inovação de produtos em pequenas empresas de base tecnológica no Brasil. Identifica barreiras individuais, do grupo, organizacionais, da indústria, sociais e técnicas a partir de entrevistas com empreendedores e investidores. Conclui que é preciso entender as múltiplas barreiras para desenhar ações que fomentem a inovação e mitiguem riscos para empreendedores.
O documento discute o empreendedorismo nas incubadoras de empresas no Brasil. Primeiramente, apresenta os conceitos de empreendedorismo e empreendedorismo internacional. Em seguida, descreve o papel das incubadoras no apoio a empresas emergentes e suas perspectivas para se sustentarem no mercado global. Por fim, analisa as condições oferecidas pelas incubadoras brasileiras para fomentar o empreendedorismo internacional.
Este documento fornece um resumo da indústria de capital de risco em Portugal. Discute brevemente a história do capital de risco e sua definição. Também analisa os dados da indústria em Portugal, como o investimento total em 2005 de €245 milhões em 135 empresas. Apesar do crescimento, a indústria ainda está pouco desenvolvida em Portugal, com dependência dos ciclos econômicos e limitadas opções de saída.
Este documento fornece um resumo da indústria de capital de risco em Portugal. Discute a história do capital de risco, sua definição e conceitos-chave. Também analisa os dados sobre investimentos de capital de risco em Portugal em 2005 e as críticas à intervenção deste instrumento nas empresas portuguesas. O objetivo é compreender melhor como funciona o processo de tomada de decisão nesta indústria em Portugal.
O papel-do-vc-na-open-innovation-andr-saito-gvcepe-1212873754080198-8Manuel Fernandes
O documento discute o papel do capital de risco na inovação aberta, argumentando que o financiamento de novas empresas por meio de capital de risco é um mecanismo eficaz para identificar e viabilizar ideias inovadoras. Explica como o capital de risco funciona, desde a captação de investidores até a saída dos investimentos, e como ele ajuda a atravessar o "vale da morte" entre a ideia e o mercado.
Esta dissertação analisa os produtos financeiros de gestão de risco utilizados pelas empresas da região da Beira Interior em Portugal. A primeira parte descreve os principais instrumentos de cobertura de risco financeiro negociados nos mercados organizados e não organizados. A segunda parte caracteriza a estrutura empresarial da região e examina as práticas de gestão de riscos financeiros das empresas através de um questionário aplicado a uma amostra.
Este documento analisa comparativamente o investimento de capital de risco em Portugal e na Europa nos últimos anos, focando-se nas fases de entrada no capital das empresas e nos sectores de investimento. Conclui-se que as sociedades de capital de risco nacionais se especializam mais no investimento nas fases iniciais enquanto as europeias se focam mais no estágio posterior de aquisição de empresas. Nos sectores, destacam-se os bens de consumo e produtos industriais em Portugal e bens de consumo e tecnologias de informação na Europa.
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre a atividade das sociedades de capital de risco em Portugal entre 1993-2004. Resume os principais conceitos relacionados com o capital de risco, o processo de investimento, os intervenientes da indústria, o enquadramento legal e fiscal em Portugal e analisa os dados sobre fundos angariados, investimento e desinvestimento no período em questão.
Este documento apresenta uma dissertação sobre o capital de risco e os possíveis conflitos de interesses. A dissertação introduz o tema, define os principais termos relacionados ao capital de risco e descreve a estrutura dos investimentos. Também analisa a natureza jurídica do capital de risco em Portugal e identifica possíveis conflitos de interesses, abordando também a regulamentação europeia sobre o assunto.
Este documento apresenta um relatório de estágio realizado na Associação Acredita Portugal. O relatório descreve as funções desempenhadas no estágio, analisa o perfil do empreendedor português e a importância do mercado de capital de risco em Portugal, com foco nos Business Angels.
Este documento é um questionário sobre a indústria de capital de risco em Portugal. O questionário contém perguntas sobre as características das atividades de capital de risco, o processo de tomada de decisão de investimento, as fontes de informação utilizadas e o controle de participadas. O questionário é direcionado a empresas de capital de risco e busca entender seus processos, setores de investimento, origem de fundos e critérios para avaliação e controle de investimentos.
Este documento apresenta os resultados do 2o Censo da Indústria Brasileira de Private Equity e Venture Capital realizado pela ABDI e FGV. O censo mapeou mais de 180 organizações gestoras e analisou dados sobre captação de recursos, investimentos realizados, saídas de investimentos e governança corporativa. O objetivo foi fornecer informações atualizadas sobre o setor para apoiar seu crescimento.
O documento discute a transição de modelos fechados para abertos de inovação, onde empresas buscam ideias e parcerias externas. Grandes empresas estão adotando processos mais abertos, enquanto startups e empreendedores são fontes crescentes de novas ideias. Institutos e incubadoras podem facilitar a colaboração entre atores para gerar inovações.
O documento analisa o modelo de venture capital americano e seu impacto no Vale do Silício. Em especial, discute:
1) A natureza e o papel do venture capital como fonte de financiamento para startups de alto crescimento;
2) Os fatores que tornaram o modelo americano bem-sucedido, como o ambiente empreendedor e a abundância de capital de risco;
3) O papel do venture capital no sucesso contínuo de inovação no Vale do Silício, apoiando novas ondas de empresas disruptivas como a Apple e o Google.
O documento discute como atrair investidores anjos para novos negócios. Ele explica que os investidores anjos fornecem capital e conhecimento em troca de participação acionária. Também descreve como encontrar investidores anjos, tornar seu negócio atraente para eles e fazer uma boa apresentação para vendê-lo.
Esta tese de doutorado analisa o Programa Criatec, lançado pelo BNDES em 2007 para apoiar o venture capital no Brasil. O objetivo é identificar lições sobre a atuação do setor público nessa área. A tese realiza uma revisão bibliográfica sobre o financiamento de empresas inovadoras e o papel do venture capital. Também examina o marco regulatório e histórico do venture capital no Brasil. Por fim, analisa a estrutura e operação do Fundo Criatec, identificando aspectos positivos como a rede
1. O documento analisa a associação entre operações de capitalização por meio de private equity e venture capital no desempenho de empresas com ações na BOVESPA entre 2002 e 2008.
2. Foram selecionados dados financeiros de empresas para testar se aquelas que receberam recursos por meio de private equity e venture capital com IPO tiveram melhor desempenho do que as demais.
3. Os resultados apontam que as empresas que receberam recursos por este meio tornaram-se diferentes das demais listadas na BOVESPA no período, contrib
Este documento apresenta uma tese de doutorado que investiga a influência dos ecossistemas de empreendedorismo inovador na indústria de venture capital, visando estabelecer estratégias de apoio às empresas inovadoras. A pesquisa envolveu uma revisão da literatura e entrevistas com especialistas do setor, identificando que os ecossistemas exercem influência moderada a forte sobre os fatores da indústria de venture capital e podem desempenhar papel cada vez mais importante no desempenho do processo de investimento
O documento discute como os empreendedores devem se preparar para buscar investimentos de capital de risco. Primeiramente, eles devem refletir sobre os impactos do capital de risco para sua empresa, como mudanças na governança e transparência. Também é importante proteger a propriedade intelectual da empresa, preparar um bom plano de negócios e sumário executivo, procurar aconselhamento legal e estar preparado para as etapas de avaliação e negociação com os investidores. Por fim, o documento fornece dicas sobre onde encontrar
A circular informa sobre os procedimentos para registro de Fundos de Investimento em Participações (FIPs) e Fundos de Investimento em Empresas Emergentes (FIEEs) junto à ABVCAP/ANBIMA. Os fundos constituídos antes de 1 de março de 2011 precisam apenas se registrar, enquanto os fundos constituídos após essa data devem observar integralmente o Código ABVCAP/ANBIMA. O registro exige a adesão da instituição administradora ao Código e o envio de documentos e informações ao sistema da ANBIMA.
Estudo do impacto económico do capital de risco em portugalManuel Fernandes
Este documento apresenta os resultados de um estudo sobre o impacto econômico do capital de risco em Portugal. O estudo analisou 142 empresas participadas por 11 operadores de capital de risco associados à APCRI. As principais conclusões mostram que o capital de risco contribuiu para melhorias na gestão, marketing, produção e recursos humanos das empresas, promovendo seu crescimento e desenvolvimento.
O documento resume o processo de investimento em venture capital, descrevendo as principais etapas: (1) prospecção, seleção e diligência de empresas candidatas a investimento; (2) valuation e negociação do investimento; (3) monitoramento da empresa investida; e (4) saída do investimento através de venda ou abertura de capital. Além disso, explica os principais termos e condições negociados nos acordos de investimento.
O documento discute o processo de transformar uma ideia de negócio em uma oportunidade de negócio maior, com o apoio de investidores anjos e fundos de capital de risco. Explica como empreendedores podem começar pequenos e atrair investimentos para expandir seus modelos de negócio, como franquias. Também fornece exemplos de empresas brasileiras que cresceram por meio desse processo, como a Casa do Pão de Queijo e a Diagnósticos da América.
Dissertação impacto da gestão do risco nas instuições finaceiras.Manuel Fernandes
Este documento analisa o impacto da gestão do risco nas principais instituições financeiras portuguesas à luz dos Acordos de Basileia. Estuda os relatórios e contas dos cinco maiores bancos portugueses para avaliar o estágio de desenvolvimento da gestão do risco operacional e verificar o cumprimento dos requisitos de Basileia. Conclui que os bancos desenvolvem integralmente atividades de gestão de risco e seguem as abordagens previstas nos Acordos de Basileia.
Dissertação impacto da gestão do risco nas instuições finaceiras.
A03v15n1
1. Gest. Prod., São Carlos, v. 15, n. 1, p. 11-21, jan.-abr. 2008
ao acesso ao crédito, mas, sobretudo, com relação aos
prazos curtos e ao custo do financiamento, reconhecida-
mente um dos maiores do mundo.
O saldo dos empréstimos no sistema financeiro brasi-
leiro atingiu R$ 841,5 bilhões, em agosto de 2007,
representando 33% do PIB – produto interno bruto
(BACEN, 2007). A média da intermediação financeira
dos países da OCDE (Organização para a Cooperação
Econômica e Desenvolvimento) é de 76% do PIB. Mesmo
os países em desenvolvimento apresentam uma média de
58% do PIB (BECK; LEVINE, 2000).
Se, no Brasil, a obtenção de financiamento para a
realização de investimentos em geral é algo difícil, os
financiamentos para o desenvolvimento de novas tecno-
logias são ainda mais escassos. Tal escassez é enfrentada
pelas empresas de base tecnológica (EBTs).
Diferentemente das empresas de setores tradicionais,
que utilizam em seu processo produtivo tecnologias
maduras, as EBTs são organizações que fundamentam
suas atividades produtivas no desenvolvimento de novos
produtos ou processos, com base na aplicação sistemática
de conhecimentos científicos e tecnológicos e utilização
de técnicas avançadas ou pioneiras (FINEP, 2007).
1 Introdução
As exportações brasileiras são fortemente concen-
tradas em commodities primárias, que representam cerca
de 40% do total. A composição da pauta de exportação
brasileira é significativamente diferente da composição
da pauta das exportações mundiais, em que a partici-
pação das commodities é de apenas 13%. A possibilidade
de ampliar a inserção do Brasil nos mercados de maior
conteúdo tecnológico e, conseqüentemente, de maior
valor agregado, é uma questão especialmente relevante
(DE NEGRI et al. 2005).
Vários autores destacam a importância do investimento
em inovação tecnológica, uma vez que a melhoria do nível
tecnológico é um aspecto fundamental para a criação
de vantagens competitivas sustentáveis (NELSON;
WINTER, 1982; DOSI, 1988; FREEMAN, 1982) e para
o crescimento econômico a longo prazo (FAGERBERG,
1994). A competitividade de uma nação depende da
capacidade de sua indústria para inovar, um aspecto que
se forma pouco a pouco (HEIJS, 2001).
Uma das condições necessárias ao desenvolvimento
de novas tecnologias é a possibilidade de financiamento.
No entanto, segundo Nascimento (2004), as restrições
ao financiamento das empresas, no Brasil, constituem
um fato empírico evidente, não apenas no que se refere
Jorge Luís Faria Meirelles
Tabajara Pimenta Júnior
Daisy Aparecida do Nascimento Rebelatto
Resumo
Este texto tem como objetivo analisar o setor brasileiro de venture capital e pri-
vate equity (VC/PE), buscando apresentar, com base na literatura e em fontes se-
cundárias de dados, as suas principais características e tendências, assim como a
sua potencialidade como alternativa de financiamento para as empresas em geral
e, sobretudo, para as empresas de base tecnológica. O trabalho apresenta, também
com base na literatura, as mudanças na legislação e as principais iniciativas gover-
namentais para o desenvolvimento do setor de VC/PE, no Brasil.
Palavras-chave: Venture capital. Private equity. Capital de risco. Financiamento.
Tecnologia.
Venture capital e private equity no Brasil:
alternativa de financiamento para empresas de base tecnológica
2. 12 Meirelles et al.
Gest. Prod., São Carlos, v. 15, n. 1, p. 11-21, jan.-abr. 2008
Uma alternativa de financiamento para as empresas em
geral e, sobretudo, para as EBTs, consiste no aporte de
capital do tipo venture capital ou private equity (VC/PE).
A experiência internacional mostra que esta é uma das
formas de alavancar a participação privada no conjunto
dos gastos em ciência e tecnologia, já tradicional nos
EUA, mas que vem crescendo acentuadamente nos
últimos anos nos países europeus e em algumas econo-
mias emergentes. Dentre outras iniciativas, os fundos de
VC/PE foram objeto de estímulo em vários países, na
medida em que são percebidos como um dos mecanismos
mais diretos e eficientes de aproximação entre os inves-
tidores e os projetos/empresas de base tecnológica, que
podem beneficiar-se dos recursos e da experiência geren-
cial trazida pelos gestores dos fundos (CGEE, 2003a).
Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo
analisar o setor brasileiro de VC/PE, buscando apre-
sentar, com base na literatura e em fontes secundárias
de dados, as suas principais características e tendências,
bem como identificar seu potencial como alternativa de
financiamento para as empresas em geral e, sobretudo,
para as empresas de base tecnológica. O trabalho apre-
senta, também com base na literatura, as mudanças na
legislação e as principais iniciativas governamentais para
o desenvolvimento do setor de VC/PE, no Brasil.
Os números sobre o setor brasileiro de VC/PE, aqui
apresentados, estão baseados fundamentalmente no
trabalho de Ribeiro (2005) e na pesquisa de Carvalho;
Ribeiro e Furtado (2006), do Centro de Estudos sobre PE
e VC (CEPE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), refe-
rentes a dezembro de 2004.
O problema da falta de crédito junto a instituições
financeiras ou investidores diretos já foi apontado como
uma das maiores dificuldades ao desenvolvimento de
EBTs. O risco associado às fases iniciais de desenvol-
vimento das tecnologias e produtos adotados por essas
empresas é o fator que inibe a concessão de crédito por
parte das instituições financeiras que lidam com financia-
mentos tradicionais (SEBRAE, 2001).
Do ponto de vista dos credores, as incertezas asso-
ciadas ao desenvolvimento e implementação de novos
produtos ou processos são traduzidas na maior imprevi-
sibilidade das projeções de fluxos de caixa das empresas
que desejam obter financiamento. Além disso, quanto
menores forem as garantias reais oferecidas pelas EBTs
(o que é comum no caso de empresas pequenas e em
estágios iniciais de desenvolvimento), menores são as
chances de concessão de crédito por parte das institui-
ções financeiras.
Christensen (1992) destaca que investimentos em
inovação tecnológica implicam em maiores incertezas,
quando comparados aos demais tipos de investimento.
Além da incerteza de mercado, associada ao sucesso ou
insucesso de uma inovação (processo de seleção pelo
mercado), há a incerteza técnica, relacionada ao risco
técnico de desenvolvimento de novos processos ou
produtos.
A implementação de inovações tecnológicas está
associada ao desenvolvimento de diferentes ativi-
dades inovativas, como pesquisa básica ou aquisição
de máquinas e equipamentos para a implementação de
produtos ou processos novos ou tecnologicamente aper-
feiçoados. Cada atividade inovativa apresenta um nível
diferente de incerteza.
Freeman (1982) divide a incerteza em vários níveis,
associados aos diferentes tipos de atividade inovativa.
Estes níveis de incerteza, em ordem decrescente, vão da
pesquisa básica até a realização de pequenos melhora-
mentos técnicos, como mostra o Quadro 1.
Embora apresente intensidades diferentes, a incerteza
é um dos principais elementos relacionados às atividades
inovativas, que possuem, por este motivo, algumas pecu-
liaridades. Uma delas refere-se às suas possibilidades de
financiamento. Freeman (1982) observa que, mesmo no
caso das inovações com níveis de incerteza mais baixos,
apenas uma pequena proporção delas é financiada por
meio de captação de recursos no mercado financeiro. A
forma mais comum de financiamento do processo inova-
tivo é a utilização de recursos próprios.
Contudo, para a produção de um novo produto em
escalademercado,ouaimplantaçãodeumnovoprocesso,
a empresa tem que realizar investimentos para os quais
ela geralmente não possui disponibilidades financeiras
imediatas.
Quadro 1. Diferentes níveis de incerteza das atividades inovativas.
Fonte: Freeman (1982).
Incerteza real Invenção fundamental; e
pesquisa básica
Incerteza muito alta Inovações de produto e de processo
radicais realizadas fora da empresa
Incerteza alta Inovações de produto relevantes; e
inovações de processo radicais na pró-
pria empresa
Incerteza moderada Novas gerações de produtos existentes
Incerteza baixa Inovações licenciadas;
imitação de inovações de produto;
modificações de produto ou processo; e
adoção precoce de processos já existen-
tes
Incerteza muito baixa Novo modelo;
diferenciação de produto;
implementação de nova função para
produto já existente;
adoção tardia de inovações de processo
já existentes; e
pequenos melhoramentos técnicos
3. 13Venture capital e private equity no Brasil: alternativa de financiamento para empresas de base tecnológica
Gest. Prod., São Carlos, v. 15, n. 1, p. 11-21, jan.-abr. 2008
em bolsa de valores em um prazo de até dois anos; (v)
recuperação empresarial (turnaround): aporte feito
quando a empresa encontra-se em dificuldade opera-
cional e/ou financeira e há expectativa de recuperação;
(vi) mezanino: investimentos em estágios avançados do
desenvolvimento da empresa, realizados por meio de
dívidas subordinadas; e (vii) PIPE (private investment
in public equity): é um estágio à parte que representa a
aquisição do capital acionário de empresas já listadas em
bolsa de valores.
É importante destacar que a definição dos estágios
empresariais e sua classificação como VC ou PE é arbi-
trária. Alguns autores preferem incluir expansão entre
os estágios de PE, bem como classificar capital semente
como uma categoria em si (CARVALHO et al., 2006).
Outros autores preferem classificar mezanino como uma
categoria à parte.
Os principais participantes da atividade de VC/PE são
os investidores, as organizações gestoras, os veículos de
investimento (fundos de VC/PE) e as empresas inves-
tidas, como mostra a Figura 1.
Os investidores aplicam seus recursos em fundos de
VC/PE, os quais são administrados por uma companhia
de VC/PE (organização gestora). Com os recursos apli-
cados nos fundos de VC/PE, são realizados aportes de
capital em empresas selecionadas (empresas investidas).
Tal aporte de capital ocorre por intermédio de partici-
pação acionária, ou outros instrumentos, como dívidas
conversíveis em ações e bônus de subscrição.
Segundo Gompers (1995), o papel dos gestores de
fundos de VC/PE não é somente aportar capital, mas
também reduzir o risco dos empreendimentos, propi-
ciando, desta forma, uma maior probabilidade de sucesso
destes. Isto ocorre porque, enquanto o empreendedor
está mais voltado às questões técnicas e de produção, o
investidor contribui significativamente com sugestões e
propostas em relação ao gerenciamento da empresa.
2 venture capital e private equity:
aspectos conceituais e principais
características
Venturecapitaleprivateequity(VC/PE)sãosegmentos
do mercado financeiro que consistem fundamental-
mente em aporte temporário de capital, realizado por um
fundo de VC/PE, por meio de participação no capital de
empresas com potencial de crescimento e expectativa de
grande valorização. A valorização da empresa permitirá
ao fundo de VC/PE obter retorno com a venda da partici-
pação (desinvestimento) a médio ou longo prazo.
O que torna venture capital (VC) uma classe de inves-
timento diferente de private equity (PE) é o estágio de
desenvolvimento das empresas que recebem o aporte de
capital. Os investimentos do tipo VC são direcionados
para empresas em estágios iniciais de seu desenvolvi-
mento, além de apresentarem uma participação mais ativa
dos gestores do fundo de VC nas empresas investidas
(RIBEIRO, 2005). Já o termo private equity é comumente
utilizado como sinônimo de investimentos em empresas
amadurecidas, sem que isso necessariamente implique
em menor envolvimento do gestor (CARVALHO et al.,
2006).
A expressão venture capital, da língua inglesa, é na
maioria das vezes traduzida para a língua portuguesa
como capital de risco. Outra tradução utilizada é capital
empreendedor.
Segundo Carvalho et al. (2006), os estágios de desen-
volvimento das empresas que recebem aporte de capital
do tipo venture capital são: (i) capital semente (seed
capital): geralmente representa um pequeno aporte, feito
em fase pré-operacional, para o desenvolvimento de um
produto, ou ainda para testes de mercado ou registro de
patentes; (ii) estruturação inicial (start-up): aporte de
capital para empresa em fase de estruturação, em geral
no primeiro ano de seu funcionamento, quando ainda
não vende seus produtos/serviços comercialmente; e
(iii) expansão: aporte de capital para a expansão das
atividades de uma empresa que já vende seus produtos
comercialmente.
Para Carvalho et al. (2006), os estágios de desenvol-
vimento das empresas que recebem aporte de capital
do tipo private equity são: (i) estágios avançados (late
stage): aporte de capital em empresas que já atingiram
uma taxa de crescimento relativamente estável e já apre-
sentam fluxo de caixa positivo; (ii) financiamento de
aquisições (aquisition finance): capital para expansão por
meio de aquisição de outras empresas; (iii) tomada de
controle pelos executivos (MBO/I – management buyout/
in): capital para financiar a equipe de gestores, da própria
empresa ou externos, que objetivam adquirir o controle de
uma empresa; (iv) estágio pré-emissão (bridge finance):
aporte feito quando a empresa planeja uma introdução
Figura 1. Principais participantes da atividade de VC/PE. Fonte:
Adaptado de Ganzi et al. (1998).
Investidores:
Bancos de investimento
Bancos de desenvolvimento
Fundos de pensão
Investidores individuais
Companhia
de VC/PE
Fundo de VC/PE
Empreendimentos
(Empresas investidas)
Saída:
IPO
Fusão
Aquisição
Liquidação
Solicitação
de capital
Avaliação
Administra
Investimento
Desinvestimento
retorno
retorno
$
$
$
$ $
$
$
$
4. 14 Meirelles et al.
Gest. Prod., São Carlos, v. 15, n. 1, p. 11-21, jan.-abr. 2008
Segundo Ribeiro (2005), existiam no Brasil, em 2004,
65 organizações de VC/PE. Foram consideradas organi-
zações tanto nacionais quanto internacionais, desde que
estas tivessem escritórios no Brasil.
Havia também seis organizações especializadas em
fundos do tipo PIPE. Estas organizações administravam
sete fundos do tipo PIPE. Tais fundos tinham realizado
aporte de capital em 43 empresas (CARVALHO et al.,
2006).
De acordo com Ribeiro (2005), o capital comprome-
tido pelo setor brasileiro de VC/PE, em dezembro de
2004, era de US$ 5,07 bilhões (equivalente a 0,84% do
PIB brasileiro). Quando são considerados também os
fundos do tipo PIPE, como faz Carvalho et al. (2006),
o capital comprometido sobe para US$ 5,58 bilhões, ao
final de 2004.
Pesquisa realizada pelo Centro de Estudos em PE eVC,
da FGV, em conjunto com o Instituto Endeavor, mostrou
que o capital comprometido pelos fundos de VC/PE e
PIPE atingiu US$ 16,7 bilhões, em julho de 2007. Assim,
o capital comprometido pelo setor brasileiro de VC/PE/
PIPE triplicou entre dezembro de 2004 e julho de 2007.
Nesse período, surgiram 18 novas organizações gestoras
de VC/PE/PIPE (VALOR FINANCEIRO, 2007).
No que se refere às organizações típicas de VC/PE,
atuantes no Brasil em 2004, a maioria era nacional (72%
do total) e administravam 60% do capital comprometido.
Já as originárias dos EUA representavam 15% do total de
organizações e administravam 35% do capital comprome-
tido. Do restante, quatro empresas tinham como origem
a Europa (Espanha, Holanda, Inglaterra e Suíça) e quatro
empresas outros países, como Chile, Ilhas Cayman e
Ilhas Virgens Britânicas (RIBEIRO, 2005).
Alguns paraísos fiscais têm sido utilizados por gestores
de VC/PE para serem sede dos fundos. Isso ocorre devido
às vantagens tributárias, simplicidade burocrática, confi-
dencialidade e sistema jurídico favorável à solução
de conflitos. Assim, embora 62% dos fundos fossem
sediados no Brasil, mais da metade do capital compro-
metido no setor brasileiro de VC/PE era congregado por
13 fundos (12 LPs e uma holding), sediados nas Ilhas
Cayman, como mostra a Tabela 1.
Os gestores de fundos propiciam a profissionalização
da gestão do negócio, ampliação da rede de relaciona-
mentos, práticas de governança corporativa, possibilidade
de ganhos de escala, abertura de canais de crédito e
aproveitamento de atividades complementares de outras
empresas que receberam aporte de capital do fundo. Esta
atuação tem como resultado a redução do risco de cada
negócio financiado.
Após determinado período de aporte de capital, ocorre
o desinvestimento, que representa a saída do fundo de
VC/PE da participação na empresa investida. Essa saída
pode ocorrer, dentre outras maneiras, por meio da venda
da empresa a um grupo empresarial ou abertura de capital
– realização de oferta pública inicial (IPO), na bolsa de
valores. O retorno do investidor depende da valorização
da empresa investida.
Do ponto de vista da empresa investida, o aporte de
capital do tipo VC/PE consiste em um financiamento de
longo prazo, em que não são exigidas garantias e não há
periodicamente o pagamento de juros ou a amortização
do principal, como ocorre nos financiamentos tradicio-
nais, o que dificultaria o reinvestimento do caixa gerado
pela empresa.
Já do ponto de vista do investidor, o investimento em
VC/PE apresenta baixa liquidez e há o risco da empresa
que recebeu aporte de capital não se valorizar como o
esperado. Para que esse risco seja reduzido, os gestores
de fundos de VC/PE realizam um criterioso processo de
análise das empresas, antes de realizarem os aportes de
capital. Após a escolha criteriosa, os gestores também
minimizam o risco ao acompanhar as empresas inves-
tidas, dando-lhes suporte gerencial. Além disso, os
gestores realizam aporte de capital em várias empresas,
de tal maneira que ocorra a diversificação do investi-
mento, o que possibilita que o fracasso de uma empresa
seja compensado pela grande valorização de outra.
3 Setor brasileiro de VC/PE
A atividade de VC/PE surgiu nos EUA e sua difusão
para os demais países envolveu a reprodução adaptada do
modelo estadunidense, com políticas e ações específicas
à realidade de cada país (NASCIMENTO, 2006).
O setor de VC/PE no Brasil é muito recente. A expe-
riência do BNDES começou em 1974, com a criação de
três subsidiárias voltadas para esta atividade, que seriam
fundidas em 1982, sob o nome BNDESPAR.
A primeira gestora privada de VC/PE do Brasil foi a
Brasilpar, criada em 1976. Entre 1981 e 1993 surgiram
seis organizações de VC/PE, mas o grande ciclo deste
setor, no Brasil, iniciou-se após a estabilização mone-
tária, com forte expansão no período 1999-2001. O pico
ocorreu em 2000, quando 13 organizações entraram no
mercado (RIBEIRO, 2005).
Tabela 1. País de constituição dos fundos de VC/PE. Fonte:
Ribeiro (2005).
País de constituição N° de fundos
de VC/PE
Comprometimentos
(bilhões de US$)
Brasil 56 (62,3%) 1,6 (31,6%)
Ilhas Cayman 13 (14,4%) 2,65 (52,3%)
Estados Unidos 9 (10%) 0,34 (6,7%)
Outros países 8 (8,9%) 0,36 (7,1%)
Não especificado 4 (4,4%) 0,12 (2,3%)
Total 90 (100%) 5,07 (100%)
5. 15Venture capital e private equity no Brasil: alternativa de financiamento para empresas de base tecnológica
Gest. Prod., São Carlos, v. 15, n. 1, p. 11-21, jan.-abr. 2008
varia entre 5 e 6% do patrimônio de US$ 6 trilhões das
fundações (FINEP, 2007).
Na Europa, segundo Megginson (2004), mais da
metade do capital tem origem em bancos, seguradoras e
agências do governo. Em 2002, dos 27,5 bilhões de euros
levantados, os fundos de pensão haviam contribuído com
16,3% e o governo com 11%.
Outro ponto que merece destaque é a participação de
investidores estrangeiros no setor brasileiro de VC/PE,
que representava 70% de todos os recursos comprome-
tidos e, para algumas categorias de investidores, atingia
100%. Já nos EUA, em 1999, apenas 20% dos recursos
eram de investidores estrangeiros (MEGGINSON,
2004).
As 65 organizações típicas de VC/PE, atuantes em
2004, administravam 90 veículos de investimento, sendo
que 13 ainda não haviam iniciado seu ciclo de inves-
timento e 77 haviam realizado aporte de capital em
263 empresas distintas.
Uma vez que algumas empresas receberam aporte
de capital de mais de um veículo de VC/PE, essas
263 empresas correspondiam a um total de 315 investi-
mentos. Na Europa, segundo Bottazzi et al. (2004), quase
metade dos investimentos é realizada de maneira sindi-
calizada (que envolve duas ou mais organizações), o que
indica que há menor cooperação entre as organizações
atuantes no setor brasileiro de VC/PE.
A maioria dessas 263 empresas recebeu aporte
de capital típico de venture capital, como mostra a
Tabela 3.
No Brasil, enquanto a maioria das empresas que rece-
beram aporte de capital do tipo venture capital estava
em fase de expansão, na Europa, segundo Bottazzi et al.
(2004), a maioria estava na fase de start-up e o finan-
ciamento do tipo seed capital era mais expressivo. Esses
O tamanho médio dos fundos de VC/PE brasileiros,
sediados nas Ilhas Cayman, era de US$ 204 milhões. Já
os fundos sediados no Brasil possuíam, em média, US$
38 milhões (RIBEIRO, 2005).
A maioria dos fundos de VC/PE brasileiros possui
duração determinada. Os prazos mais comuns estão
entre sete e dez anos, com possibilidade de extensão por
mais dois anos (RIBEIRO, 2005). Segundo Megginson
(2004), os prazos de duração dos fundos de VC/PE, nos
EUA, têm variado entre sete e dez anos, podendo chegar
a 15 anos.
De acordo com Sahlman (1990), o prazo de duração
do fundo de VC/PE é a principal ferramenta de alinha-
mento de interesses entre o gestor do fundo e o investidor.
Além de indicar ao gestor um prazo para a realização
das saídas, mostra ao investidor o prazo de resgate do
investimento, possibilitando a recusa da realização de
um novo comprometimento de recursos. Dessa forma, o
prazo determinado de duração do fundo possui impor-
tante função de governança.
Em Ribeiro (2005), só foi possível identificar a cate-
goria do investidor para 80% dos US$ 5,07 bilhões de
capital comprometido no setor brasileiro de VC/PE, em
2004. Isso ocorreu porque alguns gestores estavam impe-
didos, por contrato, de divulgar informações sobre seus
investidores.
Os principais investidores dos fundos de VC/PE no
Brasil eram os fundos de pensão, os grupos empresariais
e os bancos, como mostra a Tabela 2.
Embora os maiores investidores em fundos de VC/
PE, tanto no Brasil como nos EUA, sejam os fundos de
pensão, eles ainda possuem participação bem menor no
setor brasileiro. Os fundos de pensão brasileiros possuem
entre 0,3% e 0,5% do patrimônio de R$ 340 bilhões
investidos em VC/PE. Nos Estados Unidos, esse índice
Tabela 2. Principais investidores de VC/PE. Fonte: Ribeiro (2005).
Classe Comprometimentos
(milhões de US$)
Porcentagem válida Origem estrangeira (%)
Fundos de pensão 686 17,2 24
Empresas privadas 634 15,9 43
Bancos 413 10,4 78
Fundos de investimento 362 9,1 94
Trusts e Endowments 353 8,9 100
Pessoas físicas externas à organização 334 8,4 82
Outras organizações de VC/PE 291 7,3 96
Seguradoras 290 7,3 99
Governo e empresas públicas 255 6,4 0
Sócios da organização gestora 198 5,0 48
Instituições multilaterais 131 3,3 100
Organizações não governamentais 41 1,0 100
Não informado 1.080 - 91
Total 5.068 100 70
6. 16 Meirelles et al.
Gest. Prod., São Carlos, v. 15, n. 1, p. 11-21, jan.-abr. 2008
Com as mudanças de percepção dos investidores
a respeito das empresas de internet, muitos gestores
viram que parcela significativa de seu portfólio não iria
atingir o retorno esperado. Assim, outra maneira de saída
bastante utilizada no período (27,8% do total) foi a liqui-
dação total dos ativos (write-off/down), que significa a
descontinuação das operações da empresa investida. Esse
mecanismo ocorreu substancialmente em 2001 e 2002
(foram 35 nestes anos, do total de 45). Esses números
refletem o que seria uma espécie de limpeza do portfólio,
efetuada pelas organizações de VC/PE. Correspondem
a empresas que não apresentavam mais as perspectivas
de crescimento que justificaram o investimento inicial
(RIBEIRO, 2005).
O mecanismo de recompra da participação do fundo de
VC/PE, por parte do empreendedor – buyback – apareceu
em terceiro lugar, representando 19,7% das saídas do
período. Evidências empíricas mostram que muitas vezes
as operações de buyback são meros substitutos de uma
liquidação (RIBEIRO, 2005).
Em contraste com o período 2001-2003, o ano de
2004 foi extremamente positivo para o setor de VC/PE.
Em 2004 ocorreu pela primeira vez a saída por meio de
IPO. Cinco empresas que realizaram IPO na BOVESPA,
em 2004, receberam aporte de capital de nove fundos de
VC/PE (RIBEIRO, 2005). As nove saídas por meio de
IPO representam 23,7% das saídas ocorridas em 2004.
Embora tímida, a estratégia de saída por meio de
IPO representa uma alternativa importante para o setor
brasileiro de VC/PE, que voltou a ser repetida em 2005,
2006 e 2007, o que indica que foi completado o primeiro
ciclo de investimentos do setor. Das 72 ofertas públicas
iniciais (IPOs) que ocorreram na BOVESPA, de 2004
até julho de 2007, 28 foram de empresas que receberam
aporte de capital do tipo VC/PE. Esses dados mostram
como o setor de VC/PE tem influenciado o mercado acio-
nário brasileiro.
Quanto às perspectivas de continuidade de atuação no
setor de VC/PE, dentre as 65 organizações de VC/PE,
apenas sete empresas revelaram a intenção de abandonar
o setor e uma apresentou indecisão. O baixo índice de
abandono (12%) indica que o setor está se consolidando
e mostra que os gestores com experiência no mercado
identificaram condições necessárias para continuar inves-
tindo em VC/PE no Brasil (RIBEIRO, 2005).
4 Marco legal e iniciativas institucionais no
setor brasileiro de VC/PE
O estabelecimento de um mercado de VC/PE depende
da conformação de um ambiente econômico, institucional
e legal adequado à atuação dos atores (NASCIMENTO,
2006). As relações estabelecidas entre os investidores,
companhias de VC/PE, fundos de VC/PE e empresas
dados mostram que os aportes de capital realizados no
Brasil concentram-se em estágios mais avançados de
desenvolvimento das empresas, em comparação aos
dados europeus. Já nos EUA, de acordo com a NVCA
(2005), a maioria dos aportes de capital é realizada no
estágio de start-up, seguida pela fase de expansão e seed
capital.
Dados de diversos países mostram que parte relevante
dos investimentos realizados por organizações de VC/PE
está voltada para os setores de alta tecnologia, uma vez
que estes setores podem proporcionar retornos maiores,
por vezes astronômicos. Dados da OECD (2005) mostram
que em 19, dentre 29 países analisados, durante o período
1998-2002, mais de 40% dos investimentos foram dire-
cionados para os setores de tecnologia da informação,
telecomunicações, biotecnologia e saúde.
Dentre as 263 empresas que receberam aporte de
capital do tipo VC/PE, no Brasil, destacam-se as EBTs,
justamente as que realizam de maneira mais vigorosa o
desenvolvimento de inovações tecnológicas. Do total, 91
empresas (34%) eram do setor de informática e eletrô-
nica e 29 (11%) do setor de telecomunicações. Ainda no
setor de tecnologia, destacam-se dez empresas de biotec-
nologia. Segundo Ribeiro (2005), mesmo nos setores
tradicionais, parte das empresas que receberam aporte de
capital eram intensivas em inovação.
Para que as organizações de VC/PE possam obter
retorno em seus investimentos, elas precisam revender
a participação que detêm nas empresas investidas. Essa
etapa chama-se saída (exit) e é fundamental para esse
ramo de negócios (GOMPERS; LERNER, 1999).
Durante o período 1999-2004, analisado por Ribeiro
(2005), ocorreram 162 saídas. A maioria (32%) das
saídas foi realizada por meio de venda estratégica (trade
sale) da participação do fundo de VC/PE para um grupo
industrial interessado em integrar a empresa vertical ou
horizontalmente.
Tabela 3. Estágio de desenvolvimento das empresas investidas.
Fonte: Carvalho, Ribeiro e Furtado (2006).
Estágio das empresas N° %
Capital semente (seed capital) 36 13,7
Estruturação inicial (start-up) 72 27,4
Expansão 96 36,5
Venture capital 204 77,6
Estágio avançado 42 16,0
Financiamento para aquisição 5 1,9
Tomada de controle pelos executivos 3 1,1
Capital pré-emissão (bridge finance) 1 0,4
Recuperação empresarial (turnaround) 6 2,3
Mezanino 2 0,8
Private equity 59 22,4
Total 263 100
7. 17Venture capital e private equity no Brasil: alternativa de financiamento para empresas de base tecnológica
Gest. Prod., São Carlos, v. 15, n. 1, p. 11-21, jan.-abr. 2008
Pela legislação brasileira, quando os investidores se
utilizam de uma holding estão sujeitos às leis aplicáveis
às sociedades anônimas. Assim, inexiste a segregação
entre investidor e gestor de fundo com papel nitida-
mente fiduciário. Com relação aos tributos, os impostos
sobre os ganhos de capital são recolhidos pela própria
holding, o que significa que todos os investidores pagam
a mesma alíquota que a empresa (34%). Além disso,
a holding não tem duração limitada e só pode receber
investimentos estrangeiros se ela for de capital aberto
(CARVALHO et al., 2006).
A CVM instituiu estruturas que se aproximam das LPs.
Dessa forma surgiram a Instrução CVM 209, de 1994,
que instituiu os FMIEEs e a Instrução CVM 391, de 2003,
que instituiu os FIPs. Esses fundos têm como vantagens a
possibilidade de receber investimentos estrangeiros sem
que sejam de capital aberto, tributação diferenciada aos
seus cotistas, duração limitada, processo simplificado
de liquidação financeira dos investimentos e, no caso
de reinvestimento, os impostos são postergados. A prin-
cipal desvantagem é a obrigatoriedade de transparência
na gestão, o que é muitas vezes indesejável, como por
exemplo, o fornecimento de informações consideradas
estratégicas pelo gestor (CARVALHO et al., 2006).
Em relação aos FMIEE, os FIPs removem a limitação
de tamanho das empresas investidas, que podem também
ser de capital aberto.A liberdade contratual entre as partes
(gestores e cotistas) e o registro automático do fundo na
CVM conferem inegável flexibilidade aos FIPs. Como os
FIPs são constituídos sob a Instrução CVM 391, de 2003,
é de se destacar que essa estrutura tenha atraído número
significante de fundos e de capital em tão pouco tempo
(CARVALHO et al., 2006).
Também podem ser instituídos veículos de investi-
mento sob a Instrução CVM 409. Dentre as diversas
modalidades de fundos com designação padronizada
pela CVM 409 estão os fundos de ações, usados como
veículos de VC/PE. Estes fundos devem manter 67% de
sua carteira em títulos negociados em bolsa de valores ou
mercado de balcão organizado (especialmente adequados
para investimentos do tipo PIPE ou mezanino). As deci-
sões de investimento seguem as diretrizes estabelecidas
pela assembléia de cotistas, cabendo ao gestor a execução
dos negócios com valores mobiliários em nome do fundo
(CARVALHO et al., 2006).
Além de legislação apropriada, o bom funcionamento
do setor de VC/PE necessita de políticas públicas que
subsidiem e estimulem seu funcionamento, assim como
organizações de apoio, que incentivem seu desenvolvi-
mento, como entidades de classe, órgãos governamentais
e sem fins lucrativos, dentre outras iniciativas (KORTUM;
LERNER, 2000).
investidas estão sujeitas ao arcabouço legal de cada país
e ao mesmo tempo sustentam-se nesse arcabouço. Regras
legais bem estabelecidas definem o funcionamento pleno
do setor de VC/PE (KORTUM; LERNER, 2000).
As 65 organizações de VC/PE, atuantes no Brasil ao
final de 2004, administravam 90 veículos de investimento,
constituídos de várias formas, como mostra a Tabela 4.
A estrutura mais freqüente era a de fundos constitu-
ídos sob instruções da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM). Entre estes estavam 21 Fundos Mútuos de Inves-
timentos em Empresas Emergentes (FMIEE), dez Fundos
de Investimentos em Participações (FIP) e seis fundos
constituídos sob a Instrução CVM 409. Dos fundos
CVM, dois eram listados em bolsa de valores (RIBEIRO,
2005).
A segunda estrutura mais utilizada para constituição
dos fundos de VC/PE no Brasil, a limited partnership
(LP), é a que congregava maior parte do capital compro-
metido do setor (68% do total).
Os veículos estruturados sob a forma de holdings
eram muito comuns até 1994. De 1994 até 1998, as LPs
passaram a representar mais da metade dos fundos de
VC/PE lançados anualmente. A partir de 1999, os fundos
criados sob as instruções CVM passaram a ganhar impor-
tância, com destaque para os FIPs, que correspondem a
mais da metade dos fundos lançados a partir de 2003. A
tendência é que os FIPs ocupem o lugar das LPs como
estrutura de preferência para os investimentos em VC/PE
no Brasil (RIBEIRO, 2005).
A limited partnership (LP) não está prevista na legis-
lação brasileira. Uma das principais vantagens da LP
é sua flexibilidade tributária. Os ganhos são tributados
somente no momento do resgate das cotas e cada inves-
tidor paga a alíquota em que está sujeito. Além disso, o
investidor (limited partner) não assume responsabilidade
legal sobre passivos que venham a ultrapassar o capital
investido (CARVALHO et al., 2006).
Tabela 4. Estrutura legal dos fundos de VC/PE. Fonte: Ribeiro
(2005).
Estrutura legal N° de fundos
de VC/PE
Comprometimentos
(bilhões de US$)
Limited partnership 29 (32,2%) 3,45 (68,2%)
Empresas de participação
(holding)
20 (22,2%) 0,52 (9,4%)
CVM 391 e 406 (FIP) 10 (11,1%) 0,41 (8,2%)
CVM 409 6 (6,7%) 0,2 (3,9%)
CVM 209 (FMIEE) 21 (23,3%) 0,17 (3,3%)
Alocação orçamentária
de grupo empresarial
(corporate venture)
2 (2,2%) 0,31 (6,1%)
Outras estruturas 2 (2,2%) 0,01 (0,1%)
Total 90 (100%) 5,07 (100%)
8. 18 Meirelles et al.
Gest. Prod., São Carlos, v. 15, n. 1, p. 11-21, jan.-abr. 2008
inicial de implementação e organização de operações,
muitas vezes ainda dentro de incubadoras e universi-
dades. Nesse estágio, o capital semente é o recurso que
vai ajudar na capacitação gerencial e financeira, ação
fundamental para o crescimento e consolidação das
empresas (FINEP, 2007).
O programa Fórum Brasil de Inovação busca a apro-
ximação entre empresas emergentes de base tecnológica
e investidores potenciais. Essa aproximação ocorre por
meio dos programas Fórum Brasil de Capital de Risco e
Incubadora de Fundos Inovar (GUIMARÃES, 2006).
O programa Incubadora de Fundos Inovar tem por
objetivo apoiar as empresas nascentes e emergentes
de base tecnológica por meio da criação de fundos de
venture capital. Nesse sentido, propõe-se a apoiar, com
aporte de recursos, a criação de novos fundos voltados
para tais empresas e atrair para a atividade os investi-
dores institucionais, especialmente os fundos de pensão
(GUIMARÃES, 2006).
A Incubadora de Fundos Inovar realizou, entre 2001
e 2006, sete chamadas públicas para apresentação de
propostas de capitalização de fundos de venture capital.
Juntos, os 13 fundos aprovados por intermédio da Incuba-
dorarealizaraminvestimentosem47empresasinovadoras,
possuem cerca de R$ 600 milhões comprometidos, sendo
que destes, a FINEP, sozinha, comprometeu cerca de R$
100 milhões (1/6 do capital). Além disso, dos 14 fundos
de VC ativos na Comissão de Valores Mobiliários,
lançados entre 2000 e 2006, mais de 50% foram viabili-
zados por meio da Incubadora Inovar. O papel da ação de
investimentos da FINEP, na qual se insere a Incubadora
Inovar, é justamente atrair investidores para o mercado e
reuni-los na seleção e análise de novos gestores e admi-
nistradores de recursos (FINEP, 2007).
O BNDES anunciou a decisão de realizar investi-
mentos de R$ 260 milhões na criação de sete fundos de
VC, voltados para pequenas e médias empresas de base
tecnológica, e de dois fundos de PE, aos quais destinará
R$ 260 milhões, estimando que estes fundos possam
alavancar investimentos totais de R$ 1 bilhão. O BNDES,
via BNDESPar, terá participação de até 30% do patri-
mônio comprometido dos fundos de VC e de até 20% do
patrimônio dos fundos de PE (GUIMARÃES, 2006).
5 Considerações finais
O setor brasileiro de VC/PE é recente e pequeno. Está
distante da exuberância dos EUA, que foi de US$ 1 bilhão,
em 1985, para US$ 400 bilhões, em 2007. Entretanto, já
é possível constatar a sua importância para o desenvolvi-
mento econômico do país e apresenta boas perspectivas
de crescimento.
O grande ciclo de desenvolvimento do setor brasileiro
de VC/PE iniciou-se após a estabilização monetária,
As primeiras ações institucionais de destaque, que
buscam impulsionar o setor brasileiro de VC/PE, são
muito recentes.
Somente em 2000, foi criada a Associação Brasileira
de private equity e venture capital (ABVCAP), original-
mente denominada Associação Brasileira de Capital de
Risco.
O apoio governamental às atividades de P&D das
empresas e à inovação tem contemplado também expandir
o aporte de capital do tipo VC/PE a pequenas e médias
empresas de base tecnológica, seja mediante alocação de
recursos públicos, seja por meio de iniciativas destinadas
a promover maior aproximação entre essas empresas e
investidores potenciais (GUIMARÃES, 2006).
A ação governamental nessa direção tem sido imple-
mentada basicamente no âmbito do Projeto Inovar,
lançado em maio de 2000, pela FINEP – Financiadora
de Estudos e Projetos. O Projeto Inovar é uma ação
estratégica da FINEP, que tem por objetivo promover
o desenvolvimento das pequenas e médias empresas
de base tecnológica brasileiras, por meio da criação de
instrumentos para o seu financiamento, especialmente o
capital de risco. Assim, o Projeto Inovar visa construir
um ambiente institucional que favoreça o desenvolvi-
mento da atividade de VC/PE no Brasil. O Projeto Inovar
contempla o Fórum Brasil Capital de Risco (venture
forum FINEP), o seed Fórum, a Incubadora de Fundos
Inovar, o Fórum Brasil de Inovação, o Portal Capital de
Risco Brasil, a Rede Inovar de Prospecção e Desenvolvi-
mento de Negócios e o desenvolvimento de programas de
capacitação e treinamento de agentes de Capital de Risco
(FINEP, 2007).
O venture forum FINEP é uma agenda permanente de
rodada de negócios, em que potenciais empreendedores
têm a oportunidade de apresentar seus planos de negócios
a uma platéia de investidores selecionados – notadamente
gestores de fundos de VC/PE, bancos de investimento e
fundos de pensão (GUIMARÃES, 2006). Trata-se de um
modelo consagrado nos Estados Unidos, que contribuiu
significativamente para o desenvolvimento do mercado
de capital de risco norte-americano (FINEP, 2007).
De 2000 até 2007, ocorreram 15 rodadas do venture
forum FINEP. O que diferencia o venture forum FINEP
de iniciativas similares em outros países é o processo de
preparação das empresas, o que contribui para aumentar
as chances das empresas participantes receberem aporte
de capital.Assim, a empresa recebe apoio para elaboração
e aperfeiçoamento do plano de negócios, assessoria na
estruturação do negócio em seus aspectos organizacional,
estratégico, financeiro e jurídico, bem como suporte na
apresentação aos investidores (FINEP, 2007).
Em 2007, a FINEP iniciou o seed forum, voltado para
empreendimentos menores.A meta do seed forum FINEP
é apoiar empreendimentos promissores que estão em fase
9. 19Venture capital e private equity no Brasil: alternativa de financiamento para empresas de base tecnológica
Gest. Prod., São Carlos, v. 15, n. 1, p. 11-21, jan.-abr. 2008
tendo seu pico em 2000, impulsionado pelas empresas de
internet. O setor está se consolidando, os gestores estão
mais experientes após o primeiro ciclo de investimentos e
o alto percentual de organizações gestoras com intenção
de permanecer no setor mostra que foram identificadas
condições necessárias para continuar investindo em VC/
PE no Brasil.
A economia brasileira, que tem apresentado maior
robustez, parece não ter sido impactada de forma signi-
ficativa pela crise no segmento de crédito imobiliário de
alto risco dos EUA e pela incerteza quanto à evolução
da economia global. O país deverá continuar em sua
trajetória de crescimento, sustentado essencialmente
pela demanda doméstica. A consolidação de um cenário
de estabilidade macroeconômica duradoura contribui
para a continuidade do processo de redução progressiva
da percepção de risco macroeconômico que vem ocor-
rendo nos últimos anos. O comportamento dos preços de
ativos brasileiros sinaliza a consolidação da confiança
dos investidores internacionais na economia brasileira.
O espaço para que sejam praticados juros reais menores
deverá continuar se consolidando, como conseqüência
dessa melhora de percepção.
Cenários favoráveis à criação de novos empreen-
dimentos e ao crescimento dos existentes significam
maiores oportunidades de investimento para os fundos de
VC/PE.
A queda nas taxas de juros torna as aplicações de renda
fixa menos atraentes, o que leva a uma migração dos
investimentos para a renda variável. Com isso, grandes
investidores, como os fundos de pensão, devem procurar
alternativas de investimento como os fundos de VC/PE.
O aumento da confiança dos investidores internacio-
nais na economia brasileira deve fazer com que mais
recursos externos entrem no País, impulsionando, dentre
outros setores, o de VC/PE, uma vez que a maioria do
capital comprometido no setor brasileiro de VC/PE tem
origem estrangeira.
A estratégia de saída (desinvestimento) condiciona
todo o ciclo de investimento em VC/PE. No Brasil,
embora a maioria das saídas tenha ocorrido sob a forma
de venda estratégica, o crescente número de saídas por
meio de IPO, na BOVESPA, a partir de 2004, mostra
que o setor brasileiro de VC/PE já possui condições de
causar impacto no mercado de capitais brasileiro. Das
72 empresas que realizaram IPO na BOVESPA, de 2004
até o primeiro semestre de 2007, 39% receberam aporte
de capital do tipo VC/PE e foram responsáveis por 58%
do volume de recursos captado nas aberturas de capital
do período.
As saídas por meio de IPO, em geral, são as que possi-
bilitam o alcance de maiores ganhos para o setor de
VC/PE. Assim, ao mesmo tempo que este tipo de saída
impulsiona o mercado acionário brasileiro, têm-se, com
a crescente possibilidade de sua utilização, incentivos ao
desenvolvimento do setor brasileiro de VC/PE.
O setor de VC/PE apresenta-se como uma alternativa
para o financiamento da inovação tecnológica. O propó-
sito das empresas, ao inovar, é criar ativos escassos e,
portanto, que permitam uma elevada valorização do
capital investido. Na busca por esses elevados ganhos
de capital os fundos de VC/PE dão especial atenção às
EBTs.
Além disso, o aporte de capital do tipoVC/PE é um tipo
de financiamento mais condizente com os investimentos
em inovação tecnológica, que possuem característica de
longo prazo e apresentam grande incerteza com relação
a seus resultados (quanto será e quando ocorrerá sua
geração de caixa), o que não combina com o pagamento
periódico de amortização e juros, típicos de financia-
mentos tradicionais.
Contudo, enquanto na Europa e nos EUA as fases
de start-up e capital semente apresentam números mais
expressivos, dados do setor brasileiro de VC/PE mostram
que os aportes de capital, ao final de 2004, concentra-
vam-se em empresas em estágios mais avançados de
desenvolvimento, por apresentarem riscos relativamente
menores.
Dessa maneira, o setor público possui uma função
importante como investidor em fundos de VC/PE, não
somente no sentido de estimular o desenvolvimento deste
setor, mas, principalmente, no aspecto de direcionar
os aportes de capital para áreas em que ocorre maior
escassez de recursos, como o financiamento de empresas
em fase inicial de seu desenvolvimento (capital semente
e start-up), sobretudo das EBTs.
Nesse sentido, as iniciativas do BNDES e da FINEP
possuem papel fundamental. Assim, os fundos de VC/
PE consistem em mecanismos pelos quais o governo
pode financiar o desenvolvimento de inovações tecnoló-
gicas sem ter que arcar integralmente com o montante
de recursos aplicados nas empresas. Diferentemente de
financiamentos públicos tradicionais, em que o capital
(tão escasso) e o risco são integralmente do governo, os
fundos de VC/PE permitem que o capital e o risco sejam
compartilhados entre o governo e a iniciativa privada.
Outra iniciativa importante para o desenvolvimento
do setor de VC/PE é a alteração do marco regulatório.
Os FIPs, constituídos sob a Instrução CVM 391, que
é de 2003, devem tornar-se em breve a forma prefe-
rida de constituição dos fundos de VC/PE no Brasil. A
regulamentação dos FIPs parece ser mais adequada às
necessidades do setor, já que permite maior flexibilidade
e agilidade aos fundos de VC/PE.
Aos empreendedores que almejam obter um aporte
de capital do tipo VC/PE é importante salientar que o
critério de seleção é rigoroso, não havendo espaço para
amadorismos e informalidades.
10. 20 Meirelles et al.
Gest. Prod., São Carlos, v. 15, n. 1, p. 11-21, jan.-abr. 2008
PE. Outras pesquisas sobre o tema são necessárias, prin-
cipalmente aquelas que permitam analisar a evolução
do setor brasileiro de VC/PE em comparação aos outros
países e, também, em relação às iniciativas públicas e
privadas, necessárias para impulsionar seu desenvolvi-
mento.
Venture capital and private equity in Brazil:
alternative of financing for high technology industries
Abstract
This study analyzes the Brazilian venture capital and private equity industry (VC/PE), its main characteristics and
tendencies, as well as its potentiality as a financing alternative for companies in general and mainly for high technol-
ogy industries. This work also shows the changes in the legislation and the main government initiatives for the develop-
ment of the VC/PE industry in Brazil.
Keywords: Venture capital. Private equity. Finance. Technology.
Por fim, iniciativas como as de Carvalho; Ribeiro
e Furtado (2006), que receberam a denominação de
Primeiro Censo Brasileiro sobre private equity e venture
capital, são importantes para uma melhor compreensão
da dimensão e características do setor brasileiro de VC/
Referências bibliográficas
BACEN. Banco Central do Brasil. Ata da 130a
Reunião do
Comitê de Política Monetária (COPOM). Disponível em:
<http://www.bcb.gov.br/?COPOM130>. Acesso em: 25 out.
2007.
BECK, T.; LEVINE, R. External dependence and industry
growth: does financial structure matter? World Bank
Policy Research Working Paper, Washington, D.C. 2002.
Disponível em: <http://siteresources.worldbank.org/DEC/
Resources/16166_external_dependence.pdf>. Acesso em: 12
jul 2006.
BOTTAZZI, L.; DA RIN, M.; HELLMAN, T. The changing face
of the european venture capital industry: facts and analysis.
Journal of private equity, New York, v. 8, n. 1, spring, 2004.
CARVALHO, A. G.; RIBEIRO, L. L.; FURTADO, C. V. A
indústria de Private Equity e Venture Capital: primeiro
censo brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2006. 135 p.
CGEE. Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. Capital de
risco e desenvolvimento tecnológico no Brasil: experiência
recente e perspectivas. 2003a. Disponível em: <http://www.
venturecapital.gov.br>. Acesso em 14 set. 2006.
______.Capital de risco no Brasil: marco legal e experiência
internacional. 2003b. Disponível em: http:<//www.
venturecapital.gov.br>. Acesso em: 14 set. 2006.
CHRISTENSEN, J.L. The role of finance in National System
Innovation. In: LUNDVALL, B. (Org.) National system of
innovation: toward a theory of innovation and interactive
learning. New York: Pinter, 1992. 342 p.
DE NEGRI, J. A.; SALERNO, M. S.; CASTRO, A. B. Inovações,
padrões tecnológicos e desempenho das firmas industriais
brasileiras. In: DE NEGRI, J. A.; SALERNO, M. S. (Org.).
Inovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas
industriais brasileiras. Brasília: IPEA, 2005. 716 p.
DOSI, G. Sources, procedures and microeconomics effects of
innovation. Journal of economic literature, Pittsburgh, PA,
v. 26, n. 3, p. 1120-1171, sept., 1988.
FAGERBERG, J. Technology and international differences in
growth rates. Journal of economic literature, Pittsburgh, PA,
v. 32, n 3, p. 1147-1175, sept. 1994.
FINEP. Financiadora de Estudos e Projetos. Portal Capital de
Risco Brasil. Disponível em: < http://www.venturecapital.gov.
br>. Acesso em: 10 out. 2007.
FREEMAN, C. The economics of industrial innovation. Londres:
Pinter Publishers, 1982. 409 p.
GALANTE, S. P.; GLEBA, D. T. An overview of the venture
capital industry and emerging changes. The Private Equity
Analyst newsletter.Wellesley, USA: Galante Editor & Publisher,
1996.
GANZI, J. et al. Leverage for the Environment: A Guide to
the Private Financial Services Industry. Washington: World
Resources Institute, 1998. Disponível em: <http://www.wri.
org>. Acesso em: 15 set. 2006.
GOMPERS, P. A., Optimal Investment, Monitoring, and the
Staging of Venture Capital. The Journal of Finance, Malden,
MA. The American Finance Association. v. 50, n. 5, p. 1461-
1489, dec. 1995.
GOMPERS, P. A.; LERNER, J. What drives venture capital
fundraising? National bureau of economic research. NBER
working paper series, n.6906, 1999. Disponível em:< http://
www.nber.org/papers/>. Acesso em 14/04/2006.
GONÇALVES, E. Financiamento de empresas de base tecnológica:
algumas evidências da experiência brasileira. Revista
Econômica do Nordeste, Fortaleza. Banco do Nordeste, v. 33,
n. 1, p. 49-70, 2002.
GUIMARÃES, E. A. Políticas de inovação: financiamento e
incentivos. Texto para discussão n. 1212. Brasília: IPEA, 2006.
65 p.
HEIJS, J. Política tecnológica e innovacion: evaluación de la
financiación pública de I+D em España. Madrid: Consejo
Econômico y Social, 2001. 267 p.
11. 21Venture capital e private equity no Brasil: alternativa de financiamento para empresas de base tecnológica
Gest. Prod., São Carlos, v. 15, n. 1, p. 11-21, jan.-abr. 2008
NVCA. National Venture Capital Association. Year in review:
2004-2005. Arlington, VA: NVCA, 2005.
OECD. ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION
AND DEVELOPMENT. Developments in venture capital
and private equity since the and of tech bubble. Paris:
OECD, 2005.
PAVANI, C. Condições para a estruturação de uma indústria de
capital de risco no Brasil. Rio de Janeiro, 2002. Dissertação -
(Mestrado em Engenharia de Produção). COPPE/UFRJ.
RIBEIRO, L.L. O modelo brasileiro de private equity e venture
capital. São Paulo, 2005. 137 p. Dissertação - (Mestrado em
Economia). FEA/USP.
SAHLMAN, W. The structure and governance of venture capital
organizations. Journal of financial economics, North-Holland,
v. 27, n. 2, p.473-521, oct.1990.
SEBRAE. Serviço deApoio às Micro e Pequenas Empresas. MPEs
de Base Tecnológica: conceituação, formas de financiamento
e análise de casos brasileiros. Relatório de Pesquisa. Julho.
2001.
VALOR FINANCEIRO. Private equity e venture capital.
Especial. Ano 6. v. 7. set., 2007.
KORTUM, S.; LERNER, J. Assessing the contribution of venture
capital to innovation. The RAND journal of economics, Santa
Monica, CA, v. 31, n. 4, p. 674-692, 2000.
______. Does venture capital spur innovation? National bureau of
economic research. NBER working paper series, Cambridge,
n. 6846, 1998. Disponível em:< http://www.nber.org/papers/>.
Acesso em: 14 abr. 2006.
MEGGINSON, W. Toward a global model of venture capital?
Journalofappliedcorporatefinance,Malden,MA,Blackwell,
v. 16, n. 1, p. 8-26, 2004.
NASCIMENTO,L.A.ATrajetóriaRecentedaInstitucionalização
do Venture Capital no Brasil: Implicações para o Futuro.
Campinas, 2006. Dissertação - (Mestrado em Política Científica
e Tecnológica). UNICAMP.
NASCIMENTO, M. L. Financiamento: importância para o
crescimento econômico, condicionantes e análise do caso
brasileiro. São Paulo, 2004. 60p. Dissertação - (Mestrado em
Economia). FEA/USP.
NELSON, R.; WINTER, S. An evolutionary theory of economic
change. Cambridge: Cambridge U. Press, 1982. 437 p.
Sobre os autores
Jorge Luís Faria Meirelles
Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, Campus de Sorocaba
Rodovia João Leme dos Santos, km 110, CEP 18052-780, Sorocaba, SP, Brasil,
e-mail: jorgeluis@ufscar.br
Tabajara Pimenta Júnior
Departamento de Administração – FEA-RP, Universidade de São Paulo – USP,
Av. dos Bandeirantes, 3900, CEP 14049-000, Ribeirão Preto, SP, Brasil,
e-mail: taba.jr@terra.com.br
Daisy Aparecida do Nascimento Rebelatto
Departamento de Engenharia de Produção – EESC, Universidade de São Paulo – USP,
Av. Trabalhador Sãocarlense, 400, CEP 13560-970, São Carlos, SP, Brasil,
e-mail: daisy@sc.usp.br
Recebido em 13/2/2007
Aceito em 04/1/2008